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Intuitivo
Os 10 princípios do comer intuitivo e como
aplica-los nas consultas.
sabrinaamorim.nutri
Sabrina Amorim
O que vamos
aprender neste curso?
Fase 1: O que é intuição?
Fase 2: Os 3 pilares do CI
Fase 3: Estilos de comedor
Fase 4: Comer Intuitivo x Comer disfuncional
Fase 5: O que é mentalidade de dieta
Fase 6: Os 10 princípios do CI
O que é Intuição?
É a capacidade de entender, identificar ou pressupor coisas que não
dependem de um conhecimento empírico, de conceitos racionais ou
de uma avaliação específica. Conhecimento claro, direto ou imediato
da verdade sem o auxílio de raciocínio.
Fase 1
O ser humano tem uma capacidade intrínseca de compreender os fatos do
momento sem recorrer, obrigatoriamente, à sua racionalidade. Essa forma de
conhecer e aprender o mundo não exige raciocínios complexos nem deduções:
acontece de forma imediata, direta e evidente.
Intuição é definida, portanto, como a capacidade para sentir, entender,
identificar ou pressupor coisas que não dependem de um conhecimento
empírico ou de conceitos racionais.
Fase 1
Conceito
Fase 1
Fase 2
Os pilares do CI
O CI propõe que o indivíduo mantenha uma sintonia com a comida a
mente e o corpo. Para isso, baseia-se em 3 pilares:
co
a
(família)
tem
ló
Cognitivo
gic
(pensamentos)
Sis
o
A Exossistema
Emocional representação (comunidade)
(sentimentos) do eu
(autêntico eu)
Macrossistema
Fisiológico
(cultura)
(corpo)
Fase 2
Estilos de Comedor
Fase 3
versus
comer disfuncional
Fase 4
Comer Intuitivo Comer disfuncional
Intervalos irregulares, beliscadas, restrição
Padrão Intervalos regulares entre as refeições.
Refeições principais e lanches satisfaz (comer menos) ou compulsão (comer mais)
alimentar sua fome do que o corpo precisa, comer com pressa
Mentalidade de dieta
Fase 5
A mentalidade de dieta
O termo mentalidade de dieta e definido como o manipulação social e o
consequente mal-estar que atravessa nossa experiência com a alimentação e
com o corpo.
Fase 6
Essas são sugestões de perguntas pra você entender
a mentalidade do seu cliente:
Fase 6
O que você acredita sobre dietas?
E sobre perda de peso?
De onde essas crenças vieram? (Com quem, onde aprendeu)
O que acha que vai acontecer se perder peso?
Você coloca coisas da vida "em espera" para quando perder peso?
Quais são as coisas que você coloca "em espera"?
Como seria se pudesse começar a explorar essas coisas agora, mesmo
sem perder peso?
2- Honrar a fome Fase 6
Passou-se um tempo desde a última refeição, fome que seria atendida por uma fruta,
Fome leve ou "fominha" um suco, um doce pequeno... Fome que, se não tiver comida por perto ainda, dá para
aguentar sem alterar a rotina
Passou da hora de comer, a barriga ronca e dói, a cabeça fica meio tonta, perde-se a
Faminto atenção, pode-se instalar a irritabilidade e o mau humor
De qualquer forma, cada pessoa são diferentes em suas sensações, por
isso as recomendações de horários não devem ser "rígidas" ou "exatas".
Deve-se estar aberto e sem julgamentos para perceber e sentir que os
sinais do corpo não são sempre iguais. Para ajudar a perceber esse sinais
você pode ensinar seu cliente a comer com atenção pela. Você como
profissional deve ajudar seu cliente a se programar como fazer para honrar
a fome no trabalho ou na escola, por exemplo levar lanches.
Um exercício bacana também é o odômetro da fome
4 5 6 7 Fase 6
3
8
0 1 2
9 10
Esse exercício tem como objetivo explicar os conceitos de fome e
saciedade. A fome e saciedade são inversamente proporcionais:
quando estamos com 0 de fome, nossa saciedade se aproxima de
10, e vice-versa, quando a fome é intensa, a saciedade se
aproxima de 0.
O odômetro apresenta uma marcação entre os números 4 e 6, e o
profissional deve incentivar que o cliente "treine" para tentar
realizar suas refeições próximas desse intervalo, isso aumenta a
possibilidade de comer com segurança, diminui o risco de
exagerar ou se restringir e aumenta a saciedade.
Fase 6
3- Fazer as pazes com a comida
Um dos pilares do CI é a permissão incondicional para
comer, que significa que o cliente deve comer com alguns
critérios se perguntando sempre: "eu realmente quero
comer esse macarrão?", "eu vou curtir um chocolate ou
uma salada de frutas agora?", você se sente seguro para
comer sem culpa e comer pela experiência e ver como se
sente fisicamente?. Nesse sentido a permissão
incondicional para comer deve considerar o que
realmente a pessoa gosta de comer.
Fase 6
Atividade para ajudar seu cliente a fazer as pazes com a comida
Esse exercício tem como objetivo ajudar o paciente a assumir uma postura
de "neutralidade" com a comida, evitando a dicotomia de certo ou errado,
engorda ou não engorda que permeia a mentalidade de dieta. Não fazer essa
classificação dicotômica dos alimentos ajuda a fazer as pazes com a
comida.
O profissional deve entregar um papel para o individuo e ler o seguinte texto:
Fase 6
É importante refletir sobre algumas questões: categorizar os
alimentos faz parte da mentalidade de dieta com o objetivo de
que as pessoas percam peso, algo que já e sabido que não
funciona (proibir aumenta o desejo e deixa a comida mais
tentadora); legalizar a comida traz a tranquilidade e a
segurança de não se culpar pelas escolhas que se faz e
escolher comer o que se tem vontade e parar quando se está
satisfeito. Então, a partir de sua lista, pergunto: "Se você se
permitir comer todos os alimentos que deseja, sem culpa ou
julgamento, do que você tem medo?"
Fase 6
O profissional deve dar uns minutos e pedir que o paciente responda
à pergunta. As respostas geralmente são: medo de ganhar peso, de
perder o controle, de não emagrecer, de prejudicar a saúde etc. Você
profissional deve estar preparado para argumentar que é preciso
dizer sim para poder dizer não.
O profissional então, deve sugerir que o paciente escolha um
alimento considerado perigoso ou proibido da sua lista para
experimentar na próxima semana. É importante que a experiência
seja combinada: o que será comido, com quem, onde e quando, e, ao
voltar na consulta, ambos devem refletir sobre a experiência e
concluir se aquele alimento ou contexto contribuiu para a busca da
neutralidade e se com aquele alimento já foi possível "fazer as
pazes". O profissional pode ampliar, passo a passo, a proposta para
um grupo maior de alimentos, aumentando a confiança.
4- Desafiar o policial alimentar
Fase 6
Algumas pessoas possuem dentro de suas mentes uma "delegacia de
polícia": Ou seja, funcionam como se houvesse sempre um policial de
plantão avaliando se as "regras" determinadas pela
mentalidade de dieta estão ou não sendo cumpridas: Com base nisso, as
sensações de estar "roubando" ou "mentindo" geram um sentimento de
culpa. É preciso avaliar o sistema de crenças sobre comida e corpo (também
as da família e os comentários dos outros) e discutir que as crenças afetam
os pensamentos, gerando cognições distorcidas (e pensamentos
automáticos).
O profissional deve ensinar a examinar os pensamentos e ajudar o paciente
a reformulá-los promovendo uma reflexão sobre a distinção entre
pensamentos e fatos, pois nem sempre aquilo que se pensa é de fato a
realidade.
Uma maneira de desafiar o policial alimentar é aprender a identificar as
diferentes "vozes da comida" que atrapalham o processo, como o
"informante nutricional" (usado para manter a pessoa em dieta, pois calcula
mentalmente as calorias, gramas de gordura, índice glicêmico etc.) e o
"revoltado" (geralmente "mandando" comer em excesso e sabotando o
processo) e transformá-las em aliados: o informante nutricional pode ajudar
a fazer escolhas saudáveis, porém sem culpa; e a voz do revoltado pode se
tornar um aliado para ajudar a manter os limites dos excessos em equilíbrio.
Fase 6
Fase 6
Atividade: Sinais de saciedade
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fase 6
6- Descobrir o fator satisfação
Fase 6
O objetivo de comer não pode ser apenas satisfazer necessidades
físicas mas também as socioculturais e emocionais incluindo ficar feliz e
satisfeito com o que se comeu.
Quanto mais conectada internamente a pessoa estiver para atender à
fome com comidas que tenha vontade de comer e que tragam saciedade
e se sentir satisfeita, mais plenitude ela terá, e menos riscos ela corre de
exagerar e buscar pela quantidade, e não pela qualidade.
Além da permissão incondicional para comer, é preciso criar um
ambiente agradável, que influencia nossa satisfação.
Fase 6
Ao propor o "fator satisfação", o CI foca em duas questões: 1) alguns
alimentos nos deixam satisfeitos por mais tempo (demoramos mais a
sentir fome e pensar em comida); 2) é preciso aprender a encontrar
também satisfação por meio da comida - não apenas usá-la para
"matar" a fome e se nutrir.
O objetivo dessa reflexão é estimular que o indivíduo perceba o tempo
de saciedade de refeições diferentes e aprenda a atender melhor suas
necessidades.
O profissional deve explicar que a satisfação também integra por
quanto tempo aquela refeição "sustentará" até ficar com fome
novamente. A satisfação portanto, tem a ver não apenas com estar
feliz com o que se comeu, mas com o quanto uma comida "sustenta".
Oriente seu cliente a refletir sobre:
Como quero me sentir fisicamente após esse lanche ou refeição?
Por quanto tempo quero que essa refeição me sustente?
Quando foi a última vez que comi?
A partir dessa última pergunta, questione seu cliente se ele está com fome
para fazer uma refeição, e explique que algumas pessoas são condicionadas
a fazer as refeições sempre nos mesmos horários e as vezes não consideram
que é possível estar com fome ainda mesmo que "não seja a hora" que ele
determinou para comer ou, ainda, não estar com fome quando "chega a hora"
predeterminada pela regra ou dieta. É importante ressaltar que, entre 3 a 5
horas (para a maioria das pessoas) após uma refeição, sentimos fome, e o
quanto de comida será necessário para atendê-la dependerá do que
comemos na refeição anterior.
Fase 6
7 - Lidar com as emoções sem
usar a comida
A conexão entre comida, emoções e comportamentos é, em geral muito
forte e complexa. A comida é muitas vezes usada para reduzir ou cessar
emoções negativas e prolongar as positivas. O estado emocional
influencia o desejo de comer de diferentes formas alguns comem menos,
outros sentem um desejo exagerado de comer. Comemos de formas
diferentes se muito felizes ou muito triste, ou vivenciando emoções
intensas. Uma relação de desequilibro ocorre quando a comida é usada
para "tapar buracos" emocionais, ou lida com problemas que não tem
nada a ver com ela.
Nesse caso falamos de um comer emocional, o que é usado na tentativa
de regular emoções.
Fase 6
Para te ajudar a identificar se seu cliente esta usando a
comida para lidar com as emoções separei essa atividade
que vai ajudar seu cliente a identificar o que ele está
sentindo.
O objetivo dessa atividade é ajudar o indivíduo a estar
mais consciente do seu comportamento e suas
necessidades para que possam, juntos, criar condições de
mudanças.
Envergonha
Temeroso Bravo Triste Alegre Aborrecido Surpreso
do
triste (com
preocupado vingativo leve revoltado perplexo com remorso
dor)
Depois de identificar o sentimento, o profissional deve orientar o cliente a
se perguntar: "o que eu preciso agora?; ligar para um amigo, escrever uma
carta para desabafar?, falar com o terapeuta?, passar um tempo sozinho,
ouvir música, desabafar com alguém, fazer algo que goste muito?,
descansar/ dormir?, falar com a família?, sair com os amigos?, desligar o
computador/telefone?, ler um livro ou ir a uma livraria?, ouvir uma música
que "combine" com seus sentimentos.
Caso ele não consiga identificar do que precisa, o profissional deve acolhê-
lo e dizer que estar consciente dos sentimentos e checar as possíveis
"necessidades" já é um progresso - e quando ele identificar claramente
suas necessidades, provavelmente não usará a comida para supri-las. O
que eu preciso agora? Ajudá-lo a buscar uma atividade que o ajude a lidar
com suas dificuldades, de uma forma que não seja com comida.
Fase 6
8 - Respeitar seu corpo
Imagem corporal é definida como a figura que temos em nossas mentes do
tamanho e da forma dos nossos corpos, mas não é apenas como indivíduo se vê; o
conceito envolve ainda os sentimentos associados a tais características e às partes
que constituem nosso corpo - ou seja, o que uma pessoa sente, pensa e faz pelo
seu corpo. Infelizmente a insatisfação corporal é uma questão praticamente
unanime principalmente entre mulheres. A insatisfação é considerada um distúrbio
de imagem corporal; isso não acontece apenas quando a pessoa se vê maior ou
menor do que ela de fato é (distorção corporal). Isso se da quando acontece o
desprezo do próprio corpo ou a valorização extrema, isso acontece por existir uma
cultura que prega a modificação dos corpos a um padrão específico que não
valoriza a biodiversidade e as características naturais de cada pessoa.
Atividade para ajudar a respeitar o corpo
Fase 6
Fase 6
10. Honrar a saúde - praticar uma
"nutrição gentil"
Fase 6
Para estar bem, é preciso se tratar bem e estabelecer hábitos com os
quais se sente bem. Integrar bondade, compaixão, aceitação, gratidão,
empatia e valor próprio no dia a dia.
É importante dizer que se trata de um processo sem data específica
para terminar, pois acontece em tempos diferentes para cada pessoa,
mesmo quando a perda de peso é desejada e recomendada, pois o CI
só funciona com a rejeição da mentalidade de dieta e do policial
alimentar e comer de uma maneira diferente, seguindo os sinais
internos de fome, vontade e saciedade.
Fase 6
Incentive seu cliente a começar uma jornada de
autoconhecimento, isso vai fazer com que ele se
comprometa a melhorar em vários aspectos da vida, e ele
pode começar melhorando a alimentação e praticando
atividade física para melhorar a saúde, dessa forma ele
honrará com essa preciosidade que é a saúde física,
mental e social.
Obrigada!
Foi lindo ter você aqui comigo! Espero que
o curso tenha superado suas expectativas e
esclarecido muitas dúvidas e trazidos
maravilhosos insights.
Comenta qual tema você gostaria de ver por
aqui.
Te vejo em breve no nosso próximo curso!
Sabrina Amorim
Nutricionista há 2 anos, atua em consultório desde 2020.
Atuou em clínica durante 1 ano e 6 meses, formada em
Coaching Nutricional cognitivo comportamental há 1 ano, e
desde então trabalha com terapia nutricional e atendimento
humanizado no consultório. Além de fazer
acompanhamentos individuais, é criadora do método
DefinitivaMente Magra e instrutora de mentoria em grupo de
terapia nutricional e atua no empreendedorismo digital no
ramo da nutrição.