Avaliaç Proj Analise Custo Beneficio B Mundial

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AVALIAÇÃO DE

PROJETOS DE
INVESTIMENTO

III – Avaliação de Projetos na


Ótica Económica

FE João Rodrigues
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)

Princípios Gerais:

1. Objetivo:

Quantificar o benefício líquido de um projeto


para a economia, expresso em termos do seu
contributo para o Rendimento Nacional;
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)
2. Metodologia:
a) Identificar que recursos serão sacrificados
para a execução do projecto (custos); e que
recursos serão por este gerados (benefícios);

b) Encontrar um sistema de preços que


permita quantificar verdadeiramente os
custos e os benefícios para a sociedade.
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)
2. Metodologia:
Custo – tudo o que implique um real
empobrecimento para a coletividade;

Benefício – corresponde a um real


enriquecimento para a sociedade.

Nota: Na ótica empresarial (patrimonial) apenas são


quantificados os custos e benefícios com reflexo no
património da empresa
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)

O sistema de preços que permite medir os custos e


os benefícios de um projeto para a coletividade, de
acordo com a metodologia do Banco Mundial
designa-se por :

PREÇOS DE EFICIÊNCIA ECONÓMICA REPORTADOS À


FRONTEIRA
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)
Preços de Eficiência Económica (PEE) Referidos à Fronteira
=
Preços no Mercado Interno (PMI), corrigidos de:

a) Eliminação das transferências (internas);


b) Distorções na fronteira;
c) Distorções nos preços internos;
d) Ajustamentos decorrentes dos custos de transporte
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)
a) Eliminação das transferências:
• Subsídios
• Impostos indiretos
• Juros
• Amortizações
• Contribuições p/ segurança social
• Outras transferências que não representem
acréscimo do Rendimento Nacional
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)

b) Distorções na fronteira:
• Direitos alfandegários
• Taxas Aduaneiras

c) Distorções nos preços internos:


• Monopólios
• Preços administrativos
• Proteções específicas
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)

d) Ajustamentos decorrentes dos custos de


transporte

Nota: Os preços de eficiência económica – Preços no Mercado


Interno (PMI) c/ eliminação de transferências -, traduzem
o que a economia terá que prescindir pela afetação de um
determinado recurso a um projeto: CUSTO DE
OPORTUNIDADE.
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)
Fórmula para cálculo dos Preços Fronteira:
a) Bens Transacionáveis (no mercado internacional)

Preços CIF para as importações (M)


Preços FOB para as exportações (X)
PF = PMI (corrigido de transferências)*FGC

b) Bens Não Transacionáveis

PF = PMI (corrigido de transferências)*FEC


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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)
Fórmula para cálculo dos Preços Fronteira:

FGC PF
PMI
Notas:
FGC – Fator Geral de Conversão
FEC – Fator específico de Conversão
PMI – Preços no mercado Interno
PF - Preços Fronteira
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)
Em síntese, para converter os PMI em PF:

1. Eliminam-se as transferências
2. Aplicam-se os fatores de conversão
3. Corrigem-se os custos de transporte interno

Preços de Eficiência Económica(PEE) = PMI – Transferências

PEE –> Custo de oportunidade do bem para a economia

PF = PEE*FGC
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)

Custo da Mão-de-Obra:

A Mão-de-Obra é um BNT que deve ser valorizado ao seu custo


de oportunidade, pelo facto de deixar de ser utilizada numa
actividade precedente. Assim:
1. Mão-de-Obra Qualificada:

Custo de Oportunidade (PEE) = W*FEC


FEC = 1
PF = [Custo de Oportunidade]*FGC
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)

Custo da Mão-de-Obra:

1. Mão-de-Obra Qualificada:

O FEC para a MO Qualificada é 1, porque se admite


que a mesma é relativamente escassa, tem
mobilidade e um nível de produtividade equivalente
em diferentes sectores;
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)
Custo da Mão-de-Obra:

2. Mão-de-Obra Não Qualificada:


Custo de Oportunidade (PEE) = W*FEC
FEC < 1
PF = [Custo de Oportunidade]*FGC

Sendo o FEC<1, estamos a admitir que a actividade


precedente é menos produtiva.
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)
Aspetos particulares na quantificação dos
custos dos projetos:

1. Amortizações
Não constituem um custo para a comunidade. Os
custos correspondentes são considerados na data da
aquisição dos equipamentos.
2. Componente financeira
i) Importa avaliar o projeto independentemente da
forma de financiamento;
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)
2. Componente financeira (cont.)
ii) Os juros não são um custo para a sociedade. Tratam-
se de meras transferências entre agentes económicos.
iii) No caso de empréstimos externos, constituem
encargos para a comunidade:
- Juros
- Reembolsos de capital
nas datas em que são pagos. Neste caso não se consideram a
aquisições que estes financiaram.
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)
Aspetos práticos na valoração dos elementos de
um projeto:

Vamos encontrar três categorias de bens:

a) Bens transacionáveis;
b) Bens não transacionáveis;
c) Mão-de-Obra.
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)
a) Bens transacionáveis

i) Inputs de um projeto:

- Se induzem aumento das importações são


valorizados a preços CIF;
- Se implicam a diminuição da oferta disponível para
exportação são valorizados a preços FOB.
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)
a) Bens transacionáveis (cont.)

ii) Outputs de um projeto:

- Se induzem aumento das disponibilidades para


exportação são valorizados a preços FOB;
- Se implicam a diminuição das importações são
valorizados a preços CIF.
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)

b) Bens não transacionáveis (BNT)

A metodologia geral sugere que os BNT sejam


submetidos a sucessivas decomposições até que
chegue a um nível de detalhe em que se obtenha a
sua decomposição em:
- Bens transacionáveis, e
- Mão-de-Obra
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)

c) Mão-de-obra

É necessário conhecer o Fator Específico de Conversão


para a Mão-de-obra não qualificada (que traduza o
custo de oportunidade para a economia).

Admite-se que para a Mão-de-obra qualificada o


FEC=1.
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)

CRITÉRIOS DE RENDIBILIDADE ECONÓMICA


a) Valor Actual Líquido:

Benefício
AnualLiq.n

n

0 1+in

i – Taxa Social de Preferência ou Taxa de


Atualização Económica (TAE)
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ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO
(Metodologia do Banco Mundial)

CRITÉRIOS DE RENDIBILIDADE ECONÓMICA


b) Taxa Económica de Rendibilidade (TER):

Benefício
AnualLiq.n

n
0
0 1+rn

Se TER( r ) > TAE  O projeto tem interesse económico


Se TER( r ) < TAE  O projeto não tem interesse económico

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