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MANUAL DE INSTRUÇÕES CORPO DE BOMBEIROS

SUMÁRIO

COMISSÃO…………………………………………………………………………..3
INTRODUÇÃO……………………………………………………………………….4
ESTRUTURAÇÃO.…………………………………………………………………..5
ORGANOGRAMA OPERACIONAL………………………………………………..6
FUNÇÕES INTERNAS………………………………………………………………9
VIATURAS……………………………………………………………………………10
MANUTENÇÃO PERIÓDICA………………………………………………………18
EQUIPAMENTOS EMBARCADOS………………………………………………..20
POSICIONAMENTO DE VIATURAS………………………………………………22
DISTRIBUIÇÃO DE ÁREA………………………………………………………….23
RADIOFONIA…………………………………………………………………………25
TELEGRAFISTA………………………………………………………………………27
CURSOS……………………………………………………………………………….28
BREVETAÇÃO………………………………………………………………………...30
ESCALA DE GLASGOW……………………………………………………………..33
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO………..……………………………34
FLUXOGRAMA DE TRIAGEM START……………………………………………...70
X-ABCDE -F……………………………………………………………………………71
COMISSÃO
________________________________________________________________

COMANDANTE 6°GRUPAMENTO - CBI-III


TENENTE CORONEL QOPM CLAUDIO NETO

COMANDANTE DO POSTO DE BOMBEIROS - CBI-III


1° TENENTE QOPM LUIZ CARDOSO

COMISSÃO DE REVISÃO
SD QPPM BRUNO ROCHA
INTRODUÇÃO

Esse documento visa a: aprendizagem, doutrinas, código de conduta


do corpo de Bombeiros Militares do Estado de São Paulo.
No início do século XXI, adentrando por um novo milênio, o
Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo vem
confirmar sua vocação de bem servir, por meio da busca incessante
do conhecimento e das técnicas mais modernas e atualizadas
empregadas nos serviços de bombeiros nos vários países do mundo.
As atividades de bombeiros sempre se notabilizaram por oferecer uma
diversificada gama de variáveis, tanto no que diz respeito à natureza
singular de cada uma das ocorrências que desafiam diariamente a
habilidade e competência dos nossos profissionais, como
relativamente aos avanços dos equipamentos e materiais
especializados empregados nos atendimentos. Nosso Corpo de
Bombeiros, bem por isso, jamais descuidou de contemplar a
preocupação com um dos elementos básicos e fundamentais para a
existência dos serviços, qual seja: o homem preparado, instruído e
treinado. Objetivando consolidar os conhecimentos técnicos de
bombeiros, reunindo, dessa forma, um espectro bastante amplo de
informações que se encontravam esparsas, o Comando do Corpo de
Bombeiros determinou ao Departamento de Operações, a tarefa de
gerenciar o desenvolvimento e a elaboração dos novos Manuais
Técnicos de Bombeiros.
São Paulo, 03 de março de 2024

Tenente Coronel QOPM Cláudio Neto


COMANDANTE DO 6°GRUPAMENTO - CBI-III

ESTRUTURAÇÃO
Dentro do corpo de Bombeiros da Polícia militar do estado de São Paulo, existe
um organograma de estrutura complexa e organizada de forma que tal qual
executa a distinção de grupos e subgrupos. Os principais fundamentos de uma
organização estrutural são:
- HIERARQUIA ( QUADRO DE OFICIAIS E PRAÇAS )
- ADMINISTRAÇÃO

Esta organização é essencial para um funcionamento preciso de toda estrutura


relatada acima, sendo essencial um bom funcionamento de todos os subgrupos
relatados acima para uma boa convivência entre ambos, para isto existe a
hierarquia, sendo subdivido por Postos ou Graduações, sendo Postos para
oficiais e graduações para praças, sendo isto dentro das graduações, temos o
QPPM Quadro de Praças da Polícia Militar, sendo estes formados por Soldados,
Cabos, Sargentos, Subtenentes e também a inclusão dos Praças especiais qual
tal é denominado Aspirante a Oficial, Já de outra parte temos os Postos no qual
tem o Quadro organizacional de oficiais, no qual se tem os determinados postos:
Tenentes, Capitães, Majores, Tenentes-Coronéis e Coronéis Além do Cargo
Determinado pelo governador de estado denominado Comandante Geral da
Polícia Militar, cargo este que atribuem função a quem ele possui de comandar
toda a estrutura organizacional da polícia militar, numa hierarquia complexa e
organizada a subordinação se deve pelo Cargo superior ao referido, efeito de
antiguidade ou classificação em cursos ou concursos, a hierarquia também
disporá sobre o artigo 1 das disposições gerais da lei complementar n°839 de 09
de março de 2001 no qual estabelece que a hierarquia é a base da Polícia
Militar e de seus setores.
O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo ao contrário do resto dos
estados brasileiros faz parte do corpo da Polícia Militar sendo assim ficando
subordinado ao Comandante Geral da Polícia Militar e seu efetivo sendo
considerados Policiais Militares e com isto a regência dos regulamentos internos
tem validade sobre o mesmo.

ORGANOGRAMA
Este é o organograma Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo onde
o mesmo é formado por grupamentos, Subgrupamentos, postos de bombeiros,
estações de bombeiros, onde cada um desempenha uma função, cada
Grupamento de bombeiros tem seus postos e estações espalhados por uma
determinada região, Normalmente um Grupamento de bombeiros é comandado
por um Tenente Coronel, Um subgrupamento por um capitão, os postos de
bombeiros ou estações de bombeiros por um tenente e os grupos de prontidão
são comandados por subtenentes.
DIVISÕES DE REGIÕES
FUNÇÕES INTERNAS

Dentro do corpo de bombeiros militar existem varias funções e


designações , como as informadas abaixo , estas atribuições servem
para fazer o organismo interno da corporação funcionar perfeitamente
sem sobrecarregar nenhum setor ou função.

Comandante GB -.Desempenha a função de comandar o Grupamento de Bombeiros e todos os


subgrupos dentro do mesmo, a função é normalmente cumprida por um Tenente-Coronel

Subcomandante - Desempenha a função de sub-comandar o grupamento de bombeiros e todos


os subgrupos dentro do mesmo , a função é normalmente cumprida por um major.

Supervisor - Desempenha a função de supervisionar as unidades em uma área livre dentro da


área do gb assim atendendo as subáreas dos pb , esta função normalmente é exercida por
Capitães .

Comandante de Área - Comanda a área dos pb’s , Subgrupamentos e Grupamentos,, esta função
normalmente é exercida por um tenente

Prontidão Amarela e Azul - São as guarnições de prontidão que são basicamente as equipes de
prontidão sejam elas de UR , AT,ABS e por ai vai , normalmente é comandada por um Subtenente

Telegrafista - Cabe a ele receber as ocorrências via cobom e repassar às equipes de prontidão ,
o Telegrafista é visto também como Sentinela dos Grupamentos tendo vista a escala e o
posicionamento de trabalho , normalmente esta função é exercida por um cabo ou soldado

Auxiliar Administrativo de logística,Manutenção e apoio operacional - Auxilia nas funções


administrativas e operacionais de logística ,manutenção e também presta apoio operacional para
as prontidões

Instrutor - Instrutor é o cargo responsável por repassar as informações e técnicas obtidas no


curso de formação de instrutores ao seu contingente local .

Bombeiro Motorista - É o responsável por cuidar da viatura e além disso conduzi-la para as
ocorrências , cabe a ele pegar a papeleta dada pelo telegrafista.

Bombeiro Comandante Operacional - é o bombeiro que comanda uma equipe na rua ,


normalmente o mais experiente na mesma ou por graduação/posto maior , os comandantes das
equipes são determinadas pelo Comandante de Prontidão , seja ela azul ou amarela.

Zelador - Esta é uma função extra oficial e serve para zelar do posto ou do grupamento.
VIATURAS

AC-XXXX - São viaturas de alto comando que podem correr como Comando de Área,
Supervisão , Comando de Grupamento , Todas sem exceções são viaturas que correm com
um oficial embarcado , estas viaturas sao acionadas para um maior gerenciamento de crises

USA XXXX - A Unidade de Suporte Avançado (USA) é uma viatura que corre com um
Bombeiro Motorista , um Médico e um Enfermeiro Padrão , esta viatura é acionada
para gerenciamento de acidentes com glasgow 8 ou menor.
UR XXXX - As UR (Unidade de Resgate) São as principais viaturas de resgate , elas
desempenham função de atendimento e remoção de vitimas , normalmente são operadas
por três bombeiros sendo um Motorista, Comandante e Auxiliar

UT XXXX - Veiculo Utilitario , o propio nome ja diz ,ele serve para carregar diversos e
transportar do ponto “A” ao ponto “B” .
AG XXXX - O Auto Guincho , pelo propio nome ja diz ele serve como guincho para retirar
massas pesadas de acidentes , o acionamento do mesmo pode ser acionado pelo cobom ou
pela cet com guincho local

SK XXXX - Snorkel , veículo utilizado como jato com auxílio de um auto bomba , ele opera
conjuntamente com uma escada duplex ou skylift.
CM XXXXX - Cavalo Mecânico , ele serve como trem de carga podendo ser usado tanto
para carregar grãos de um veículo acidentado como também um tanque seja de
combustível ou de água , desde que com o acoplamento correto .

TP XXXXX - Viatura de Transporte Pessoal , a mesma é utilizada para transporte pessoal


dos bombeiros , a mesma pode ser utilizada para ações administrativas e nunca
operacionais.
AB XXXXX - A viatura Auto Bomba é um veículo designado a incêndios de qualquer escala
e serve como uma bomba d’água para lançar o jato

AE XXXXX - O Auto Escada é um veículo muito utilizado para acidentes com árvores , a
escada é controlada por um terceiro na viatura .
VO XXXXX - Viatura Operacional é utilizada muito das vezes por oficiais para transporte de
documentos e outros afins , pode correr como uma viatura de transporte pessoal também
porém de forma operacional e não apenas administrativamente

Estas citadas acima são algumas das viaturas utilizadas de forma operacional e
administrativamente , Logo aqui abaixo contém uma lista completa das viaturas com seus
prefixos e denominações:

UT - UTILITÁRIO

UR - UNIDADE DE RESGATE

AR - APOIO E RESGATE

AG - AUTO GUINCHO

SK - SNORKEL

CM - CAVALO MECÂNICO

TP - TRANSPORTE DE PESSOAL

AQ - AUTO QUÍMICO

AB - AUTO BOMBA
AE - AUTO ESCADA

VO - VIATURA OPERACIONAL

ESB - ESCOLA SUPERIOR DE BOMBEIRO

CBM - COMANDO DE BOMBEIROS METROPOLITANO

AC - AUTO COMANDO

CCB - COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS

AP - AUTO PLATAFORMA

ABL - AUTO BOMBA LEVE

ABF - AUTO BOMBA FLORESTAL

ATF - AUTO TANQUE FLORESTAL

GAED - GRUPO DE AÇÕES EM EMERGÊNCIAS E

DESASTRES

ABE - AUTO BOMBA ESCADA

ABP - AUTO BOMBA PLATAFORMA

AT- AUTO TANQUE

ASE - AUTO SALVAMENTO ESPECIAL

PP - PRODUTOS PERIGOSOS

USA - UNIDADE DE SUPORTE AVANÇADO

AS - AUTO SALVAMENTO

GO - GUINDASTE OPERACIONAL

CA - CAMINHÃO

AF - AUTO FAROL

AO - AUTO ONIBUS

MO - MICRO ONIBUS
AQUATICO

MA - MOTO AQUATICA

MOB - MOTO OPERACIONAL DE BOMBEIRO

TR - TRATOR DE REBOQUE

CSM/MOpB - Centro de Suprimento e Manutenção de Material Operacional de


Bombeiros
MANUTENÇÃO PERIÓDICA
À manutenção periódica de viaturas deve ser feita regularmente seguindo todos os
procedimentos necessários para os veículos estarem a prontidão para qualquer emergência
,para isto se deve seguir a seguinte lista de check-up de itens de segurança e essenciais do
veículo :

- VERIFICAÇÃO DE SULCOS DOS PNEUS.

- VERIFICAÇÃO DE CALIBRAGEM DOS PNEUS.

- VERIFICAR ESTADO DAS CORREIAS DO MOTOR .

- LAVAR A VIATURA PERIODICAMENTE E MANTER SEMPRE EM PERFEITO ESTADO


DE CONSERVAÇÃO

- VERIFICAR NÍVEL DO ÓLEO, LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO DO MOTOR E FLUIDO


DE FREIO.

- VERIFICA LUZES DE RÉ, FARÓIS, LANTERNAS, SETAS.

- SEMPRE ANTES DE SAIR COM AS VIATURAS TÊM DE SE ABASTECE-LAS

- DEVE SE ATENTAR TAMBÉM AO ESTADO GERAL DOS GIROFLEX E TAMBÉM DOS


ESTROBOS .
EQUIPAMENTOS EMBARCADOS

Cada viatura tem seus equipamentos próprios e especializados para cada unidade ,
assim podendo separar as unidades e não tendo sobrecarga de outras unidades , os
equipamentos têm o mesmo sequenciamento de manutenção e revisões , para um
bom funcionamento a manutenção deve ser estritamente precisa e não pode haver
“desleixos” com a mesma , segue abaixo a lista de equipamentos por viatura

AC XXXXX - Á Viatura de Auto Comando vem equipada com varios equipamentos entre
eles :
Croqui , serve para arrombar um teto em casos de incêndio

Desencarcerador , serve para retirar vítimas presas em ferragens

Cortador , como o nome já diz ele serve para cortar partes metálicas

Alargador , Serve para cortar ou extender paineis metalicos etc

EPR - Sãos os equipamentos respiratórios , ele protege contra gases, poeiras etc

Bolsas para salvamento em Altura - Contém cordas e ferragens

Cadeirinha - Usada em conjunto para salvamento em Altura

Almofada pneumáticas - São feitas de borracha e servem para diversos tipos de


salvamentos

Moto Abrasivo - Serve para cortar portas e diversos

Motosserra - Serve para cortar arvores e galhos em caso de acidentes

MotoBomba - é uma bomba com motor que serve para bombear Água

Materiais para Enchente - Cordas de Nylon

USA XXXXX - á Unidade de Suporte Avançado corre equipada com diversos equipamentos
entre eles :

Cilindros de Oxigênio - servem para servir oxigênio puro a pacientes com


dificuldades respiratórias

Bolsas médicas de nível i , ii e iii - São bolsas que contém itens diversos para
atendimento médico.
DAE DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO - é um desfibrilador usado de forma
externa e dispensa as compressões manuais na vítima , é essencial para recuperação
da vítima em PCR.

UR XXXXX - Unidade de Resgate , a unidade de resgate mais conhecida como


“Ambulâncias” são as principais viaturas de resgate local e com elas vem varios
equipamentos de suporte básico de vida a intermediário entre eles são :

DAE - Desfibrilador Semi Automático Externo , tem a mesma função do DAE porem de
forma semiautomática

Bolsa de Medicamentos - Bolsa que contém Medicamentos para serem aplicados de


forma oral ou intravenosa para diversos tipos de sinistros .

Prancha - Serve como uma base reta e firme para transportes de vítima sem o auxílio
de uma maca retratil

Colar Cervical - serve como uma proteção da coluna cervical para evitar piorar ou
evitar o surgimentos de novas lesões durante o atendimento e durante o transporte

Ataduras - Servem para imobilizar regiões a fim de evitar piorar lesões ou o


surgimento das mesmas

MIFC - Monitor Interno de Frequência Cardíaca - serve para monitorar a frequência


cardíaca dos pacientes em transporte

Cilindros de Oxigenio - Servem para fornecer gas puro aos pacientes com
dificuldades respiratórias

EPI’s - Equipamentos de Seguranças para evitar contaminações de diversos tipos de


contaminações
POSICIONAMENTO DE VIATURAS

Dentro dos Postos ou Grupamentos tem o posicionamento correto das viaturas dentro de
sua respectiva vaga , sendo estas determinadas por números , seguindo a ordem abaixo.

Sendo assim as vagas 1 são destinadas ao Auto Bomba , Vaga 2 para Unidades de
Resgate e Vagas 3 para ac , as demais vagas são diversas pois sao vagas sem prioridade

Há uma prevalência de deixar a unidade de resgate mais centraliza para assim deixá-la
mais livre para o embarque pois ela é a viatura com maior empenho em sinistros

Este não é um posicionamento obrigatório porém é o mais recomendado .

A entrada de viaturas no 6gb se dá pela entrada lateral , JAMAIS PELO PÁTIO DE


VIATURAS.

A distribuição das viaturas dependem das viaturas que o PB ou o Grupamento mantém em


sua posse.
DISTRIBUIÇÃO DE ÁREA
A distribuição de área se dá pela região do PB ou Grupamento, viaturas e
contingenciamento.

Áreas em vermelho pertencem ao 6GB , Áreas em azul pertencem ao PB Nova Mirim e as


Áreas em verde pertencem ao GBMAR.

Fica estabelecido a Sede como Codinome de Caiçara e o PB como Nova Mirim .


Sendo isto , fica estabelecido as seguintes viaturas por PB ou Grupamento

6°GB Sede :
Comando Grupamento
Supervisão
Comando de Área Alfa
UR - 211
UR - 212
USA
MOB
AB TÁTICO

PB Nova Mirim
Comando de Área Bravo
UR - 210
UR - 213
UR - 214
UR - 215 (Quinta a Domingo)
ABE
AB - GAED (Quinta a Domingo)
AB TÁTICO 1 ALFA

Algumas viaturas correm com outro prefixo em dias específicos , sendo assim uma viatura
com prefixo 214 corre como 215 em certos dias desde que a mesma esteja anotada para
isto.
RADIOFONIA
A Radiofonia é um dos principais elementos no salvamento pois é por ela que se tem
conhecimento das ocorrências e maiores detalhes.

Na Radiofonia nós temos dois elementos que trabalham de forma conjunta , eles se
chamam Telegrafista e o COBOM , Centro de Operações de Bombeiros .

Após a vítima ligar para o 193 um atendente do COBOM , irá realizar o atendimento
pegando todas as informações , como local,numero,bairro,quantidade de vitimas e tipo de
acidente, feito isso ele irá despachar para a unidade mais próxima do acidente podendo até
mesmo acionar duas áreas como por exemplo acionar um comando de área de tal lugar e
uma UR de outro PB.

O comboio entrou em contato com o Telegrafista do PB e despachou a ocorrência para ele ,


feito isso o Telegrafista irá anotar tudo e repassar ao motorista da viatura.

A comunicação entre o COBOM e o Telegrafista deve seguir o padrão abaixo :

Caiçara/Nova Mirim é o Cobom .(COBOM)

R - qap cobom (TELEGRAFISTA)

Positivo Caiçara/Nova Mirim, QRX , Caiçara/Nova Mirim ,Acione UR ,Comando de Área


e Tático , pela rua(fale o nome da rua),- numeral (número do local) , bairro (bairro do
sinistro) por lá é (Tipo de Acidente) , vítimas (Quantidade de Vítimas e Gravidade)
Talão é 63(número do talão) (COBOM)

R - Caiçara Ciente (TELEGRAFISTA)

Positivo e bom deslocamento (COBOM)

Esta comunicação deve ser mais breve e precisa o possível, lembrando que não é permitida
a comunicação direta, por exemplo: “João vem aqui me buscar”

A comunicação entre o “Bravo” (BOMBEIRO) que está no local e o COBOM deve seguir o
seguinte padrão abaixo:

Cobom é Caiçara (BRAVO)

Caiçara , COBOM no qap , prossiga (COBOM)

UR e comando de área pelo local , qsl ? (BRAVO)


QRX Para Informes (BRAVO)

QSL , Comando de Área e UR .(COBOM)

Caiçara/Nova Mirim para Cobom , ur e ac atendimento solo , confirma contato(BRAVO)

Caiçara/Nova Mirim para Cobom , ur e ac é nhill , qta demais unidades , Contacta


Solicitante qsl (BRAVO)

Positivo Caiçara/Nova Mirim , Solicitante confirmado , talão 63-- , Prossegue


atualização de talão , ---(COBOM)

Positivo Caiçara/Nova Mirim , Solicitante Negativado tendo em vista a caixa de


mensagens QSL ? (COBOM)

Tks pelo empenho das viaturas e bom regresso (COBOM)

QSL TKS (BRAVO)

BRAVO PELO HT2 EQUIPE DE ÁREA , FINALIZA TALÃO 63-- QSL ? (BRAVO)

Positivo , Ciente Caiçara/Cobom (COBOM)

Esta Comunicação deve ser extremamente nos padrões estabelecidos acima para maior
fluidez da rede-rádio.
TELEGRAFISTA
O Telegrafista como dito acima é o responsável por repassar a ocorrência as prontidões ,
para isso ele deve seguir um padrão de comunicação interno da seguinte forma , vide
exemplo abaixo :

Comunicação do Telegrafista -

Telegrafista - Atenção Prontidão , Atenção Prontidão

Telegrafista - Atento a Guarnição UR e Auto bomba tático QRX

A Partir daí a guarnição tem 15 segundos para se prontificar

Após a prontificação o motorista deve se comunicar com o telegrafista pessoalmente


para pegar informações sobre ocorrido

Isso deve ser feito com a equipe já alocada na viatura

A função do Telegrafista não termina por aí pois ele tem comunicação com a viatura via
COBOM para informar maiores e até mesmo um cancelamento de deslocamento ou um
“aceleramento da unidade” além de poder fornecer apoio caso haja prontidão local no PB
CURSOS - CEP/EEP

A Escola Superior de Bombeiros é hoje a materialização de um sonho de


vários bombeiros empreendedores que a almejavam. Trata-se de um
tradicional órgão de ensino, localizado numa região privilegiada do município
de Franco da Rocha, próximo à cidade de São Paulo, rodeado de muito verde,
ar puro e às margens da represa de Mairiporã, contando com uma área de
cerca 109 (cento e nove) hectares e uma área construída de 51.000 m2
(cinqüenta e um mil metros quadrados).

Tornou-se um referencial nacional no que tange à formação e especialização


de Oficiais e Praças, nas diversas áreas, como combate e prevenção contra
incêndios, salvamento terrestre e aquático, pronto-socorrismo, defesa civil e
do meio ambiente, destacando-se os cursos de:

■ Curso de Bombeiros para Oficiais;

■ Curso de Bombeiros para Sargentos;

■ Curso de Formação de Soldados;

■ Curso de Mergulho Autônomo;

■ Curso de Salvamento em Altura;

■ Curso de Salvamento Terrestre;

■ Curso de Instrutor e Monitor de Resgate e Emergências Médicas;

■ Curso de Resgate e Emergências Médicas;

■ Curso de Guarda Vidas;

■ Curso de Produtos Perigoso


Além desses cursos citados acima também temos outros tipos de cursos como os

citados abaixo :

Curso de desencarceramento e salvamento Veicular

Curso de salvamento em Matas

Curso Urban Search and Rescue

Curso de Abordagem Técnica a Tentativas de Suicidio

Curso de Instrutor de Combate a Incêndio Estrutural

Credenciamento Avançado em Pressurização de Escadas

Curso de Motocicletas Operacionais dos Bombeiros


BREVETAÇÃO
Dentro de alguns cursos existem os chamados “Brevês” que devem ser ostentados no peito
superiormente na extremidade direita do corpo ,Abaixo alguns exemplos de Brevês cedidos
em cursos :

Curso de Bombeiros para Oficiais.

Curso de Salvamento Aquático.


Curso de Resgate e Emergências Médicas.

Curso de Salvamento em Matas


Curso de Produtos Perigosos (OFICIAL)

Curso de Produtos Perigosos (PRAÇAS)


ESCALA DE GLASGOW
É através dessa escala que é possível mensurar o nível de consciência dos pacientes. E a
partir desses dados podemos encaminhar o paciente de maneira mais segura. É preciso
marcar “NT” na pontuação caso não seja possível obter resposta do paciente por conta de
alguma limitação!

Veja abaixo a tabela de Glasgow :

Como foi dito no módulo de viaturas , a Unidade de Suporte Avançado pode ser acionada
em casos de GLASGOW 8 ou Menor .
PROCEDIMENTO OPERACIONAL
PADRÃO

‰ Com a entrada da solicitação, o Posto de Bombeiro mais próximo será acionado


conforme a sequência do 1° alarme.

‰ Com a chegada das viaturas, essas deverão estacionar de uma forma que não
dificulte a chegada e saída das outras viaturas.

‰ A sinalização, bem feita e de fácil visualização, para que todos, bombeiros e


transeuntes, possam identificar as zonas de trabalho .

‰ Antes de realizar qualquer atendimento deve se atentar ao uso dos EPI 's , como
Luvas, Mascara e outros equipamentos anti-contaminantes.

ESTACIONAMENTO E POSICIONAMENTO :

O estacionamento e a sinalização deverão obedecer ao POP específico (POP


Estacionamento de Viatura).

O motorista da 1ª viatura a chegar no local deverá estacionar a uma distância


aproximada de 10 metros, sendo que esta distância poderá ser alterada caso seja
verificado algum risco adicional, como vazamento de produtos perigosos, etc. A
viatura deverá ser usada como uma proteção para o local, devendo ser parada em
diagonal, fechando a faixa do acidente, bem como a faixa ao lado, protegendo desta
forma as vítimas e as guarnições que trabalham no acidente.
As rodas da viatura deverão estar voltadas para fora do local do acidente, pois se a
viatura sofrer uma colisão na traseira não será lançada contra as guarnições e autos
acidentados

Deverão ser deixados os sinais luminosos ligados, para maior sinalização e proteção
do local de ocorrência.

Sinalizar o local da Ocorrência Sinalização é a forma de indicação ou advertência


quanto à existência de obstáculos ou riscos (POP Estacionamento de Viaturas)

Nas vias, a disposição dos cones é definida em função do fluxo de veículos


registrado no local, da velocidade permitida para a via, pela legislação, e das
características e condições do local. Considerando a capacidade reflexiva dos cones,
o que permite que eles sejam visualizados a pelo menos 120 metros, eles devem ser
colocados iniciando-se a sinalização a uma distância da viatura estacionada
equivalente a 1 metro para cada Km/h permitido para a via, ou seja, numa via em que
a velocidade permitida é 80 Km/h, devemos iniciar a sinalização a uma distância de 80
metros da viatura. Os cones devem ser distribuídos a cada 20 e no máximo 25 metros
um do outro, formando um triângulo, conforme se vê nas figuras abaixo.

Com isto com apenas 5 cones podemos efetuar quase todos os esquemas de
sinalização dos locais de estacionamento.
Isolamento Isolamento de área é a delimitação do espaço de trabalho dos bombeiros
e equipamentos em razão de uma emergência ou de áreas de risco temporário.

O isolamento deverá ser feito pelo motorista da viatura, devendo ser utilizada a fita de
isolamento, sendo amarrados em locais disponíveis, como árvores, postes e em
último caso viaturas.

O isolamento deverá ter a distancia mínima de 10 metros para todos os lados,


lembrando-se também que, onde tivermos um desencarcerador sendo operado, não
podemos ter ninguém a uma distância menor de que 5 metros sem EPI.
À distância do isolamento pode variar de acordo com a natureza, tipo de colisão e
risco específico existente no local. Em local com vazamento de combustível, não se
deve parar atrás.

Quando houver vazamento de combustível, o isolamento deverá ser feito de no


mínimo 30 (trinta) metros para todos os lados.

Quando o acidente envolver produtos perigosos à distância deverá obedecer ao


previsto no Manual da ABIQUIM. - Área restrita (1) é a área onde o atendimento é
realizado, somente é permitida a permanência neste local do pessoal envolvido
diretamente com a ocorrência ou as viaturas cujo emprego seja indispensável, tendo
em vista a necessidade de posicioná-la o mais próximo do sinistro ou que o emprego
do material por ela transportado implique em que os bombeiros tenham de recorrer
várias vezes às viaturas para buscá-lo ou controlá-lo.

Somente o pessoal e material com previsão de emprego contínuo desde o início até o
término da ocorrência devem permanecer nessa área.

A área restrita corresponde ao local do acidente, do incêndio, do vazamento ou


exposição, oferecendo riscos reais à integridade física do bombeiro compreendendo
também as frentes de trabalho. - Área de acesso limitado (2) é o local onde se postam
os bombeiros e viaturas que auxiliam diretamente os que estão empenhados na área
restrita.

Nesta área estão os bombeiros com os equipamentos e viaturas cujo emprego seja
necessário em determinadas fases táticas, mas não continuamente. Nela ficarão as
ferramentas hidráulicas, extintores, linhas de proteção e aparelhos de iluminação,
como reserva operacional.
- Área de suporte (3) é a área que circunda a área de acesso limitado; os que não
estão trabalhando diretamente na ocorrência, nem auxiliando; devem aguardar a sua
intervenção eventual dirigindo-se para o local indicado quando determinado pelo
Posto de Comando.

Vistoria Interna A Vistoria Interna deverá ser feita pelo Cmt da Guarnição, junto aos
autos acidentados, o qual realiza as seguintes missões:

• Analisa riscos potenciais para as vítimas e bombeiros: o Vazamento de combustível;


o Fios energizados próximos aos veículos acidentados; o Vítimas sob os veículos;

• Olha para dentro do veículo verificando quantas vítimas, traumas e lesões


aparentes, consciência; • Verifica travamento das portas; • Verifica vidros abertos;

• Coloca os calços no. 4 nos locais indicados para estabilização; • Determina em qual
lado que será iniciado o acesso pelas as portas.

Vistoria Externa A Vistoria Externa deverá ser feita pelo Subcmt (no. 2), a uma
distância de 3,5 metros a 7,0 metros dos acidentados, girando em sentido contrário
ao realizado pelo Cmt na vistoria interna (Caso Haja) , realizando as seguintes
missões: Questiona testemunhas sobre o acidente; Verifica vítimas que tenham sido
atropeladas, que tenham sido lançadas, que tenham saído andando dos autos
acidentados. (em caso de Colisão Veicular ) ou em caso de mal súbito em passeio

Planejar durante o deslocamento para a ocorrência: µ Com os dados transmitidos


pelo COBOM, o Cmt da Ocorrência deverá elaborar mentalmente o melhor
atendimento para aquele tipo de ocorrência;
Verificar se as viaturas acionadas para a ocorrência são suficientes ou serão
necessárias outras viaturas para melhor atendimento (por exemplo:

desencarceradores de maior capacidade existente em outra viatura), ou devido a um


risco específico, confirmar se o COBOM acionou, de imediato, o apoio necessário...
(por exemplo: numa colisão contra poste acionará a Eletropaulo, não espera chegada
de uma viatura do CB ao local, pois estaremos ganhando tempo, fator primordial em
emergência, e se uma viatura do CB ao chegar no local constatar não haver
necessidade, cancela-se o acionamento).
Viatura do policiamento deverá ser acionada de imediato, logo na solicitação de
atendimento da ocorrência, por tratar-se de acidente de trânsito com vítimas, para
realizar os procedimentos legais, para a preservação dos autos, para auxílio no
isolamento. Cabendo ao Cmt da ocorrência confirmar tal acionamento.

TRIPULAÇÃO :

A guarnição da unidade de suporte básico ou unidade de resgate – UR deve ser


tripulada por 03 (três) ou 04 (quatro) bombeiros militares devidamente qualificados,
conforme
conteúdo programático de no mínimo 200 (duzentas) horas, podendo ser do Curso de
Capacitação
de Socorrista – CCS ou equivalente legal, conforme item 2.1 – A da Portaria no 2.048
de 05/11/2002
do Ministério da Saúde.

Competências do Socorrista :

2.1 Conferir e testar todos os equipamentos e materiais da ambulância,


desencadeando
providências que se mostrem necessárias, logo no início do plantão.
2.2 Ao soar do brado, dirigir-se imediatamente à viatura e tomar posição para a
partida.
2.3 Durante o trajeto, comunicar-se com o Centro de Operações obtendo informações
sobre o evento a ser atendido.
2.4 Transportar os equipamentos e materiais necessários ao atendimento.
2.5 Chegando ao local, proceder uma avaliação do local de forma que permita uma
compreensão global da situação específica a ser atendida e uma adequada tomada de
decisões,
garantindo a máxima segurança para a equipe e os pacientes.
2.6 Prestar atendimento ao(s) paciente(s) de acordo com os protocolos deste POP.
2.7 Solicitar ao Centro de Operações o Suporte Avançado, quando constatada a
necessidade face às condições da(s) vítima(s).
2.8 Preencher os documentos adotados para o registro dos atendimentos.
2.9 Caso se apresente na cena do evento um profissional médico, seguir as
orientações
deste POP.
2.10 Em relação a pacientes encontrados em óbito, adotar os procedimentos
previstos
neste POP.
2.11 Recolher pertences das vítimas inconscientes ou menores de 18 anos,
colocando-os
em local apropriado e repassar a informação ao Comandante da Guarnição para
lançamento em
relatório de APH.
2.12 Verificar se não foi deixado nenhum material permanente ou de consumo no local
do
atendimento, antes da saída da Unidade de Resgate (UR) do local do acidente.
COMPETÊNCIAS DO SOCORRISTA COMANDANTE DA GUARNIÇÃO :

3.1 Além das competências ordinárias de Socorrista, cabe ao Comandante da


Guarnição:

3.1.1 Comandar as ações da guarnição, determinando tarefas a cada um dos


integrantes,
com o objetivo de:

a) facilitar a saída imediata da ambulância;

b) preparar a ambulância para receber pacientes, deixando a superfície das macas


completamente livres;

c) facilitar o uso dos materiais e equipamentos, de acordo com os procedimentos


técnicos apropriados, zelando pela conservação e guarda ordenada dos mesmos;
d) garantir a qualidade da comunicação com o Centro de Operações e o cumprimento
de suas determinações;

e) certificar-se do correto preenchimento dos documentos adotados para o registro


do
atendimento pré-hospitalar;

f) certificar-se de que o veículo, os equipamentos e os materiais sejam vistoriados e


conferidos no início de cada serviço.

3.2 Quando houver outro médico no local da ocorrência prestando auxílio no


atendimento, fazer com que o mesmo se reporte ao médico regulador de APH do
CBMESP para
a troca de informações relativas à situação da vítima.

3.3 Responsabilizar-se pela entrega dos pacientes ao médico de plantão no hospital


apropriado, acompanhados dos respectivos documentos.

3.4 Providenciar a reposição do material utilizado no atendimento, bem como


encaminhar ao Almoxarifado da UBM ou Central de Materiais Esterilizados (CME), as
cautelas de
equipamentos deixados na Unidade Hospitalar.

3.5 Zelar pela sua segurança, de sua equipe e dos pacientes atendidos pela
guarnição,
evitando todo e qualquer risco desnecessário.

3.6 Conferir se todos os equipamentos e materiais necessários ao atendimento se


encontram prontos, em condições de uso e dentro da viatura.

3.7 Havendo pertences de vítimas inconscientes ou menores de 18 anos, lançar no


relatório de ocorrência de APH e repassar para os familiares ou para o responsável
pela unidade
hospitalar que foi entregue o paciente ou órgão público responsável.

3.8 Havendo pertences de vítimas em óbito, lançar no relatório de ocorrência de APH


e
repassar somente para a autoridade policial que se fizer presente no cenário.

COMPETÊNCIAS DO SOCORRISTA CONDUTOR :

4.1 Além das competências ordinárias de Socorrista, cabe ao Condutor da Guarnição:

4.1.1 Conferir e testar a ambulância, no que diz respeito à manutenção de primeiro


escalão, verificando combustível, sistemas de ignição, sinalizadores sonoros e de
iluminação

intermitente de emergência, frenagem, direção, suspensão, eletricidade, hidráulica,


carroceria, ar-
condicionado do compartimento de atendimento, pneus (inclusive estepe, triângulo,
chave de roda

e macaco para troca de pneu), água e óleo, comunicação e equipamentos de


segurança,
desencadeando providências que se mostrem necessárias, logo no início do plantão.

4.2 Portar os documentos referentes à sua habilitação profissional.

4.3 Conhecer o sistema viário e as principais referências da localidade, a fim de que


possa situar rapidamente o destino para o qual é despachado.

4.4 Ao soar do brado, dirigir-se imediatamente à viatura e tomar posição para a


partida.

4.5 Conduzir a viatura dentro dos princípios de direção defensiva, de modo a não
comprometer a segurança da guarnição, dos demais veículos e seus ocupantes e dos
pedestres,
respeitando as normas de trânsito em vigor.
4.6 Utilizar adequadamente o sistema de sinalização da viatura, utilizando o
dispositivo
de alarme sonoro e iluminação intermitente somente quando da efetiva prestação do
serviço de
urgência, isto é, da saída do quartel até a entrega do paciente no hospital, conforme
art. 29, inciso
VII, alínea “c” do CTB.
4.7 Estacionar a viatura em local seguro e de forma a facilitar o acesso ao interior do
atendimento, deixando a porta traseira voltada para o local onde se encontra a vítima,
sempre que
possível.
4.8 Isolar o local, proporcionando maior segurança para as vítimas e demais membros
da guarnição durante o atendimento e evitando a interferência de populares.

4.9 Transportar os equipamentos e materiais necessários ao atendimento.

4.10 Estabelecer comunicação com o Centro de Operações, repassando, em


linguagem
técnica e precisa, as informações solicitadas ou fornecidas pela central ou pela
guarnição.

4.11 Utilizar o caminho menos acidentado e mais direto no deslocamento ao hospital


determinado pelo Centro de Operações, sempre que possível.

4.12 Chegando ao hospital, estacionar adequadamente a ambulância, garantindo a


máxima segurança, abrir imediatamente as portas do atendimento da ambulância e
auxiliar na
retirada e transporte da vítima para o interior do hospital.

4.13 Concluído o atendimento, retornar a base de origem, comunicando o retorno ao


Centro de Operações.

4.14 Providenciar limpeza e desinfecção da viatura após o atendimento conforme


descrito
neste POP.

VÍTIMA EM ÓBITO NO LOCAL DA OCORRÊNCIA :

5.1 A suspeita de óbito da vítima no local da ocorrência deve ser imediatamente


comunicada ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver), nos
termos do
item 4.2.1, alínea “c” deste POP.
5.2 Obrigatoriamente, a suspeita deve se referir às mortes óbvias, como, por exemplo:
vítima decapitada, segmentação ou esmagamento torácico, carbonização ou
calcinação, estado
de decomposição (inclusive rigidez cadavérica).
5.3 A suspeita de óbito deve ser lançada no relatório de ocorrência de APH como
aparentemente em óbito e o motivo que foi observado. Apenas o profissional
comprovadamente
médico pode atestar o óbito, devendo essa informação constar no relatório de
ocorrência. Assim
que possível, deve ser colhida no próprio relatório de ocorrência a assinatura e
carimbo do médico
que constatou o óbito.
5.4 A suspeita de óbito por crime deverá preservar as evidências, se possível não
removendo o corpo e mantendo intacta a cena.
5.5 A guarnição deverá permanecer no local da ocorrência até a chegada de
autoridade
policial competente, salvo orientação contrária do Centro de Operações.
5.6 Em caso de paradas cardiorrespiratórias que não se enquadrem nas mortes
óbvias,
o socorrista deve iniciar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) imediatamente e
conduzir para a
unidade hospitalar de destino.

VÍTIMA ADULTA CONSCIENTE QUE RECUSA ATENDIMENTO :

6.1 Quando houver vítima adulta consciente que recusa atendimento, a guarnição
deverá:
6.1.1 Identificar se há situações de risco de morte, e nesses casos, proceder com o
atendimento à vítima mesmo sem o consentimento.
6.1.2 Rever a abordagem inicial e conversar com a vítima e tranquilizá-la,
esclarecendo a
respeito da necessidade do atendimento, transmitindo profissionalismo e segurança.
6.1.3 Na persistência da recusa e somente nos casos em que não houver risco de
morte,
informar imediatamente o Centro de Operações, seguindo suas orientações.
6.1.4 Além de cumprir o item anterior, solicitar à própria vítima que assine um termo
de
responsabilidade, colher assinatura de pelo menos 2 (duas) testemunhas no relatório
de
ocorrência de APH e registrar o fato na Polícia Judiciária Civil.

LIBERAÇÃO DE VÍTIMA NO LOCAL DA OCORRÊNCIA :

7.1 A liberação das vítimas no próprio local da ocorrência é de competência exclusiva


do Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver), após tomar
conhecimento
de suas lesões e sinais vitais, ou do possível médico do serviço de APH do CBM-MT
presente no
local.
7.2 O socorrista não está autorizado a liberar a vítima no local da ocorrência, sem a
presença e registro de um profissional médico no relatório de ocorrência de APH.
7.3 Havendo liberação, o fato deve ser comunicado por escrito ao oficial de serviço e
lançado no relatório de ocorrência de APH.

ESTABILIZAÇÃO DE VÍTIMA :

8.1 Considera-se estabilizada e pronta para transporte a vítima que:


8.1.1 Segundo critério de suporte básico à vida, já tiver recebido os cuidados básicos
providos pelos socorristas, em relação a sinais vitais, permeabilidade das vias aéreas
e ventilação
mecânica com controle da cervical, oxigenoterapia, controle de hemorragias e
imobilização de
fraturas.
8.1.2 Segundo critério de suporte avançado de vida, já tiver recebido todos os
cuidados
de suporte básico à vida acima citados, bem como os avançados providos pelo
médico, incluindo
procedimentos invasivos, uso de equipamentos avançados e administração de
medicamentos de
urgência, atentando prioritariamente para permeabilidade das vias aéreas, assistência
ventilatória
com controle da cervical e reposição volêmica, sendo suporte avançado conforme
avaliação
médica.

TRANSPORTE :

9.1 O hospital para o qual será transportada a vítima será orientado pelo Centro de
Operações (médico regulador de APH, quando houver).
9.2 O transporte somente terá início após a estabilização da vítima e sua fixação
adequada na ambulância, salvo se houver orientação contrária do Centro de
Operações (médico
regulador de APH, quando houver), ou falta de meios avançados necessários.
9.3 Durante o deslocamento, a guarnição deverá checar repetidamente as condições
de estabilidade da vítima.
9.4 É obrigatória a permanência de pelo menos um socorrista junto à vítima estável e
dois socorristas junto à vítima instável, antes e durante o transporte.
9.5 A ambulância deverá ser conduzida adequadamente segundo as lesões
apresentadas
pela vítima, evitando-se solavancos, deslizamentos e manobras bruscas que agravem
a condição
de saúde da vítima.

CHEGADA À UNIDADE HOSPITALAR :

10.1 Ao chegar a Unidade Hospitalar, a guarnição deverá:


10.1.1 Apresentar a vítima à equipe de emergência, explicitando mecanismo da lesão,
achados significativos da cena do acidente, principais lesões, suspeitas clínicas,
cuidados
dispensados à vítima, sinais vitais (pulso, temperatura, frequência respiratória e
pressão arterial),
escala de coma de Glasgow e alterações apresentadas durante o transporte.
10.1.2 Apresentar à equipe de emergência o relatório de ocorrência de APH e colher a
assinatura do médico plantonista e, na falta deste, a assinatura do enfermeiro chefe
do plantão.
10.2 Caso seja necessário deixar com a vítima os equipamentos pertencentes ao
serviço
de APH do CBMESP preencher a respectiva cautela no próprio relatório de ocorrência
no campo
histórico, identificando o recebedor e colhendo sua assinatura para pegar o material
na próxima
ida a unidade hospitalar.
10.3 Concluído o atendimento, a guarnição deverá retornar a base, comunicando o
regresso ao Centro de Operações.

REGRESSO À BASE :

11.1 Conferir todo o material utilizado no atendimento, proceder à limpeza,


desinfecção
e guarda nos respectivos lugares, conforme itens 19, 20 e 21 deste POP.

11.2 O retorno deverá ser feito sem acionamento de sinal sonoro da viatura,
respeitando-
se os limites de velocidade das vias.

11.3 Caso ainda não tenha sido finalizado, o relatório de ocorrência de APH deverá ser
feito pelo Comandante da guarnição imediatamente após a chegada na base, visando
conter o
máximo de informações possíveis e fidedignas sobre a atuação da guarnição no local.

ABORDAGEM INICIAL DO PACIENTE TRAUMATIZADO :

1.1 Ao chegar ao local a guarnição deverá:


1.1.1 Avaliar a cena e garantir a segurança da guarnição, da vítima e de terceiros.
1.1.2 Utilizar equipamento de proteção individual (óculos de proteção, máscara, luvas
de
látex), bem como capacete e joelheira quando necessário e disponível.
1.1.3 Examinar rapidamente a cena a fim de colher informações sugestivas acerca do
mecanismo de lesão e verificar necessidade de recursos adicionais.
1.1.4 Identificar-se para a vítima como socorrista do CBMESP, explicando-lhe os
procedimentos que serão realizados e procurando obter sua colaboração.

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DO PACIENTE TRAUMATIZADO :

2.1 Abordar a vítima seguindo o X-ABCDE do atendimento ao trauma, obedecendo a


sequência:
X – Identificação e tratamento de hemorragias graves;
A – Tratamento da via aérea e estabilização da coluna cervical;
B – Ventilação;
C – Circulação e hemorragia;
D – Disfunção neurológica;
E – Exposição/Ambiente.
2.2 X – Identificação e tratamento de hemorragias graves:
2.2.1 Nesta etapa, o socorrista deve identificar e conter hemorragia externa grave,
utilizando as técnicas adequadas (pressão direta sobre o ferimento e torniquete para
extremidades).
2.3 A – Tratamento da via aérea e estabilização da coluna cervical:
2.3.1 Nesta etapa, um socorrista deve estabilizar manualmente a coluna cervical, ao
passo que outro socorrista verifica o estado de consciência (Alerta, Voz, Estímulo de
pressão,
Inconsciência – AVEI) e orientação (Localização e Orientação em Tempo, Espaço e
Pessoa –
LOTEP) da vítima e avalia o pescoço, pavilhão auricular e retro auricular, nariz,
mandíbula,
maxilar, boca e reação pupilar, para logo após, fazer a colocação do colar cervical.
2.3.2 Concomitante a etapa acima, deve checar as vias aéreas sem comprometer a
cervical.

2.3.3 Se a vítima está falando, as vias aéreas a princípio estão permeáveis. Passar
para
a etapa seguinte - checar respiração.
2.3.4 Se a vítima não responde normalmente ou existem evidências de obstrução das
vias aéreas superiores, o socorrista deve:
a) proceder inspeção das vias aéreas superiores pela manobra de abertura da boca.
b) retirar corpos estranhos visíveis e próteses dentárias; aspirar vômito e secreções;
utilizar
a manobra de rolamento a 90 graus (preferencialmente para o lado direito da vítima ou
lado que
não apresenta lesão) visando a drenagem de vômitos ou secreções das vias aéreas
superiores.
c) manter as vias aéreas permeáveis utilizando para vítimas conscientes a manobra
de
elevação do mento (queixo) ou tração da mandíbula. Para vítimas inconscientes deve
usar cânula
orofaríngea (cânula de guedel), mantendo apropriadamente o controle cervical.
d) não havendo evidências de desobstrução com as manobras acima descritas, iniciar
manobras de ventilação artificial e comunicar imediatamente ao Centro de Operações
(médico
regulador de APH, quando houver).
2.4 B – Ventilação
2.4.1 Nesta etapa, o socorrista irá avaliar a respiração e também deve:
a) colocar a mão sob o tórax do paciente em busca de sinais de respiração e observar
atentamente se há movimentos respiratórios.
b) se a respiração estiver presente, avaliar sua qualidade: lenta (inferior a 10
ventilações
por minuto – bradipneia) ou rápida (de 20 a 30 ventilações por minuto – taquipneia);
superficial ou
profunda; regular ou irregular; tranquila ou ruidosa. O normal da frequência
ventilatória para o
adulto é de 10 a 20 ventilações por minuto (eupneia).
c) colocação do oxímetro e verificar saturação de oxigênio presente no sangue.
Quando
for menor que 95%, fornecer de 10 a 15 l/min. quando for maior que 95%, fornecer de
2 a 5 l/min,
se necessário.
d) iniciar oxigenoterapia nos seguintes parâmetros:
- cateter nasal: fluxo de 1 a 6 l/min. indicado para paciente calmo e que fala sem
dificuldade.
Obs: Não usar em vítimas com traumas na face e/ou vias áreas comprometidas.
- máscara facial simples: fluxo de 6 a 10 l/min.
- máscara facial com reservatório: fluxo de 12 a 15 l/min. indicado para paciente com
dispneia e que fala com dificuldade.
e) se a respiração estiver ausente, iniciar imediatamente manobras de respiração
artificial
com a Bolsa de Ventilação Manual (BVM), sendo 12 ventilações por minuto no
paciente adulto e
20 ventilações por minuto na paciente lactante, e comunicar ao Centro de Operações
(médico
regulador de APH, quando houver).

2.5 C – Circulação e hemorragia


2.5.1 Nesta etapa, o socorrista deve:
a) palpar o pulso carotídeo em vítimas inconscientes adultos e crianças, ou o pulso
radial,
em vítimas conscientes; em lactentes verificar pulso braquial.
b) se o pulso estiver presente, avaliar ritmo e qualidade.
c) a presença de pulso filiforme ou irregular deve ser imediatamente comunicada ao
centro
de operações (médico regulador de APH, quando houver).
d) pesquisar por hemorragias internas e sinais de estado de choque na pele (perfusão
do
leito ungueal, coloração, temperatura e umidade), investigando perdas de volume
sanguíneo não
visíveis, principalmente na pelve, abdômen e membros inferiores. Em caso de
suspeita de
hemorragia interna, providenciar transporte imediato.
e) se o pulso estiver ausente, iniciar imediatamente manobras de RCP e comunicar ao
Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver).
2.6 D – Disfunção neurológica
2.6.1 Nesta etapa, o socorrista deve:
a) avaliar através da escala de coma de Glasgow.
b) verificar pupilas, dilatação e simetria.

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA DO PACIENTE TRAUMATIZADO :

3.1. E – Exposição/Ambiente
3.1.1 Nesta etapa, o socorrista deve:
a) Identificar, expor, avaliar e tratar a queixa principal do paciente.
b) Expor a vítima, preparando-se para realizar a avaliação secundária minuciosa,
respeitando seu pudor em ambiente público. A exposição geralmente é realizada no
interior da
ambulância, se o tempo de resposta permitir, expondo totalmente a vítima
inconsciente e
parcialmente a vítima consciente, dirigindo-se pelas queixas por ela apresentadas ou
por lesões
sugeridas pelo mecanismo de lesão, explicando à vítima de forma técnica os
procedimentos que
estão sendo feitos.
3.1.2 A inspeção e apalpação as regiões do corpo deve ocorrer da seguinte forma:
3.1.2.1 Cabeça e face:
a) inspecionar cabeça e face, observando a cor e a integridade da pele e a simetria
das
estruturas.

b) observar cuidadosamente, durante todo o exame, a expressão facial da vítima, em


busca
de evidências de desconforto ou dor.
c) palpar o crânio com os polegares fixos na região frontal - mantendo controle
cervical -
buscando ferimento, edema, hematoma, deformidade, crepitação.
d) palpar os ossos da face buscando deformidade, instabilidade, crepitação.
e) investigar hemorragia ou escorrimento de líquido do nariz ou ouvidos (rinorragia e
rinorreia / otorragia e otorreia).
f) investigar hematoma retroauricular (sinal de batalha).
g) investigar integridade de pálpebras, olhos, hematoma ao redor dos olhos (sinal de
guaxinim).
h) verificar a simetria das pupilas e testar a fotorreatividade pupilar.
i) inspecionar a cavidade oral em busca de corpos estranhos, fraturas e secreções
remanescentes.
j) realizar a intervenção apropriada para as lesões de crânio e face apresentadas pela
vítima.
3.1.2.2Pescoço:
a) já foi verificado antes da colocação do colar cervical.
3.1.2.3Tórax:
a) inspecionar o tórax, observando a cor e integridade da pele, as características da
expansibilidade torácica ou a presença de deformidades.
b) palpar individualmente as clavículas, buscando deformidades, crepitação ou
instabilidade.
c) palpar os hemitórax, individualmente, até a linha axilar posterior, buscando
crepitação
ou deformidades.
d) realizar a intervenção apropriada para as lesões de tórax apresentadas pela vítima.
3.1.2.4Abdômen:
a) inspecionar o abdômen, observando a cor e integridade da pele e a mobilidade da
parede abdominal.
b) palpar cuidadosamente cada quadrante, analisando sensibilidade e rigidez de
parede.
c) realizar a intervenção apropriada para as lesões de abdome apresentadas pela
vítima.
3.1.2.5Pelve:
a) inspecionar a pelve, observando a cor e a integridade da pele e deformidades.
b) palpar as asas ilíacas e teste cuidadosamente a mobilidade da pelve.
c) realizar a intervenção apropriada para as lesões de pelve apresentadas pela vítima.
3.1.2.6Períneo:
a) examinar apenas nos casos de lesões evidentes nesta região como o priapismo no
caso
dos homens. Inspecionar observando a cor, integridade da pele e a presença de
hemorragias pela
uretra, vagina ou ânus (socorrista não pode executar toque retal ou vaginal, estas são
manobras
avançadas).
b) realizar a intervenção apropriada para as lesões de períneo apresentadas pela
vítima.
3.1.2.7 Membros Inferiores:
a) inspecionar cada um dos membros inferiores da raiz da coxa até os pés,
observando a
cor e a integridade da pele, o alinhamento, a simetria e a presença de deformidades
ou aumento
de volume.
b) palpar cada um dos membros inferiores em busca de crepitação ou instabilidade;
avaliar
tônus muscular e articulações.
c) palpar os pulsos femorais e pediosos, avaliando presença, ritmo e qualidade.
d) testar o enchimento capilar bilateralmente.
e) testar mobilidade ativa e passiva bilateralmente.
f) testar sensibilidade bilateralmente.
g) testar a força muscular bilateralmente.
h) realizar a intervenção apropriada para as lesões de membros inferiores
apresentadas
pela vítima.
3.1.2.8 Membros Superiores:
a) inspecionar cada um dos membros superiores do ombro até as mãos, observando
a cor
e a integridade da pele, o alinhamento, a simetria e a presença de deformidades ou
aumento de
volume.
b) palpar cada um dos membros superiores em busca de crepitação ou instabilidade;
avaliar tônus muscular e articulações.
c) palpar os pulsos radiais, avaliando presença, ritmo e qualidade.
d) testar o enchimento capilar bilateralmente.
e) testar mobilidade ativa e passiva bilateralmente.
f) testar sensibilidade bilateralmente.
g) testar a força muscular bilateralmente.
h) realizar a intervenção apropriada para as lesões de membros superiores
apresentadas
pela vítima.
3.1.2.9 Dorso:
a) mobilizar cuidadosamente a vítima pela técnica de rolamento a 90o, quando
possível.
b) inspecionar o dorso, observando a cor, integridade da pele e a presença de
deformidades ou aumento de volume.
c) palpar a coluna nas suas porções torácica, lombar e sacral, em busca de
deformidades
ou crepitação.
d) realizar a intervenção apropriada para as lesões de dorso apresentadas pela vítima.
e) reposicionar a vítima em decúbito dorsal na prancha.
3.2 Prevenir a hipotermia, mantendo a vítima aquecida com cobertor térmico, fechar
os
tirantes, colocar na maca e conduzi-la a ambulância.

3.3 Avaliar Sinais Vitais da seguinte forma:


a) aferir e registrar a frequência de pulso.
b) aferir e registrar a frequência respiratória.
c) aferir pressão arterial.
d) temperatura corporal.
3.4 O socorrista deve aplicar a regra AMPLA, que possui os seguintes significados:
3.4.1 A – Alergias; M – Medicações; P – Passado médico; L – Líquidos e alimentos
ingeridos; A – Ambiente e eventos relacionados ao trauma ou mecanismo da lesão.
3.5 Manter permanentemente o controle cervical, antes e depois de colocado o colar
cervical, não permitindo inclusive que haja movimentos bruscos sobre a coluna da
vítima.

OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO :

4.1 Suspeitar fortemente de obstrução das vias aéreas por corpo estranho, quando
houver:
a) obstrução parcial: vítima com esforços voluntários para desobstrução, tosse
fortemente,
com sibilos entre as tossidas.
b) obstrução total: Vítima que subitamente torna-se incapaz de falar ou tossir,
apresentando sinais de angústia e asfixia, cianose e esforço exagerado da respiração,
podendo
evoluir para inconsciência.
4.2 Na vítima com obstrução parcial o socorrista deve:
a) estimular a vítima para que persista com a tosse espontânea e com os esforços
respiratórios, não interferindo;
b) ao surgirem sinais de dificuldade respiratória acentuada, como tosse fraca e
ineficaz,
ruídos respiratórios estridentes ou gementes ou cianose, tratar como obstrução total.
4.3 Na vítima com obstrução total, ainda consciente, o socorrista deverá:
a) se adulto: pedir que a vítima afaste as pernas, se posicionar imediatamente atrás,
colocar uma das pernas entre as pernas da vítima, posicionar as mãos sobrepostas
no apêndice
xifoide (logo abaixo do osso esterno) e aplicar manobra de Heimlich com a vítima
preferencialmente em pé até a desobstrução. A manobra de Heimlich também pode
ser aplicada
com a vítima sentada desde que a cadeira não tenha encosto.
b) se gestante: seguir procedimento do adulto alterando apenas o local de
compressão,
não podendo ser na barriga da gestante, devendo ser na parte inferior do tórax
(esterno).
c) se lactentes: colocar o lactente no antebraço em decúbito ventral, de modo
inclinado
com a cabeça mais baixa do que o corpo, posicionada com a pegada em pinça para
desobstruir
as vias aéreas e aplicar manobras de tapotagem na linha inter escapular por 5 vezes e
após, caso
não desobstrua, trocar o bebê de braço colocando-o em decúbito dorsal
horizontalmente e aplicar
com dois dedos 5 manobras de desobstrução de vias aéreas (DVA) na região do
esterno.
4.4 Na vítima com obstrução total, inconsciente ou que venha a ficar inconsciente, o
socorrista deve:
a) deitar cuidadosamente a vítima em uma superfície horizontal rígida e aplicar
manobras
de DVA de modo adequado para adulto, criança ou lactente.

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA :

5.1 Durante a abordagem inicial, caso o socorrista tenha suspeita de ausência de


pulso
deve iniciar RCP imediatamente. Deve observar a sequência C – Circulação, A –
Abertura de vias
aéreas e B – Ventilação, pelo tempo máximo de 10 segundos:
5.1.1 Verificação e constatação da inconsciência da vítima.
5.1.2 Verificação de pulso carotídeo e constatação de sua ausência ou suspeita.
5.1.3 Verificação ocular e/ou com as mãos no tórax do paciente dos movimentos
respiratórios e constatação de sua ausência.
5.2 Completos os requisitos acima elencados, um dos socorristas deve
imediatamente
preparar o DEA para uso, enquanto outro deve posicionar as mãos sobrepostas no
osso esterno
do paciente, com a vítima deitada em decúbito dorsal sobre superfície rígida,
preferencialmente
no chão, e iniciar as manobras de RCP conforme protocolo atualizado da American
Heart
Association – AHA, nos seguintes parâmetros:
5.2.1 para pacientes adultos, com um, dois ou mais socorristas:
a) cinco ciclos de 30 compressões para 02 ventilações na frequência mínima de
100/min
até 120/min.

PARADA CARDIORESPIRATORIA :

b) a cada cinco ciclos completos checar pulso carotídeo e respiração (reavaliação) e


alternar posições dos socorristas para evitar a fadiga.
c) a profundidade da compressão deve ser de 5 cm.
5.2.2 para pacientes crianças, com um socorrista:
a) cinco ciclos de 30 compressões para 02 ventilações na frequência mínima de
100/min
até 120/min.
b) a cada cinco ciclos completos checar pulso carotídeo e respiração (reavaliação).
c) a profundidade da compressão deve ser de 5 cm.
5.2.3 para pacientes crianças, com dois ou mais socorristas:
a) dez ciclos de 15 compressões para 02 ventilações na frequência mínima de 100/min
até
120/min.
b) a cada dez ciclos completos checar pulso carotídeo e respiração (reavaliação) e
alternar
posições dos socorristas para evitar a fadiga.
c) a profundidade da compressão deve ser de 5 cm.
5.2.4 para pacientes lactentes, com um ou dois socorristas:
a) seguir os mesmos parâmetros dos itens “b” e “c”, com exceção na profundidade
de
compressão que deve ser cerca de 4 cm.
5.3 Concomitante as manobras de RCP e ventilação assistida, deve o DEA ser
preparado para uso e assim que pronto, os socorristas devem seguir as orientações
do aparelho,
atentando para se afastarem do paciente quando o DEA indicar o choque.
5.4 Nos casos de ocorrências dessa natureza, as ações devem, preferencialmente,
serem feitas com agilidade e objetivando transportar o paciente em PCR o mais breve
possível
para a unidade de saúde médica, no entanto, em hipótese alguma as manobras de
RCP devem
ser interrompidas por mais de 10 segundos para reavaliar a vítima ou mais de 30
segundos durante
sua remoção para a viatura ou unidade hospitalar, ou ainda, eventual procedimento
invasivo
médico.
5.5 A manobra de RCP só pode ser interrompida se:
a) o paciente for reanimado com respiração e circulação espontâneas.
b) com a chegada do suporte avançado de vida.
c) um médico disser que pode parar, mas somente após apresentar sua identificação
profissional.
d) o socorrista entrar em exaustão.
e) iminente risco de morte para o socorrista.
5.6 Nos casos em que se identificar somente a ocorrência de parada respiratória, ou
seja,
o paciente ainda apresenta pulso carotídeo, deve o socorrista realizar apenas
ventilações

assistidas, preferencialmente com o Unidade Manual de Respiração Artificial, ou


Reanimador
Manual de Ventilação (AMBU), nos seguintes parâmetros:
5.6.1 para o adulto:
a) recomenda-se a frequência de uma ventilação a cada 5 segundos por 2 minutos
(média
de 24 ventilações a cada 2 minutos). Após, reavaliar pulso carotídeo e movimentos
respiratórios.
Caso ocorra a PCR, proceder conforme item 5.2 e seguintes.
5.6.2 para crianças e lactentes:
a) recomenda-se a frequência de uma ventilação a cada 3 segundos por 2 minutos
(média
de 40 ventilações a cada 2 minutos). Após, reavaliar pulso carotídeo e movimentos
respiratórios.
Caso ocorra a PCR, proceder conforme item 5.2 e seguintes.
5.7 Nos casos em que não houver possibilidade de realizar as ventilações manuais,
por
falta do equipamento adequado, deve o socorrista realizar apenas as compressões
torácicas na
frequência de 100 a 120/min por 2 minutos. Após reavaliar pulso carotídeo e
movimentos
respiratórios, reiniciar o ciclo, trocando o socorrista, até o tratamento definitivo.

HEMORRAGIAS :
6.1 Quando se tratar de hemorragia externa o socorrista deve:
6.1.1 Diagnosticar hemorragias graves externas durante a abordagem inicial da vítima
(X-ABCDE).
6.1.2 Certificar-se da origem do sangramento e suas características: arterial, venoso,
capilar.
6.1.3 Controlar o sangramento utilizando-se das seguintes técnicas:
a) pressão direta sobre o ferimento.
b) torniquete.
6.2 Quando se tratar de hemorragia interna o socorrista deve:
a) manter vias aéreas abertas e verificar respiração e pulso.
b) evitar o choque, mantendo o paciente em decúbito dorsal, com a prancha
levemente
elevada na parte inferior.
c) afrouxar as roupas do paciente.
d) aquecer o paciente com cobertor térmico.
e) não administrar nada via oral.
f) reportar imediatamente a suspeita de hemorragia interna à equipe médica.
g) fazer oxigenoterapia.
h) transporte imediato.

CURATIVOS – REGRAS GERAIS :

7.1 Os curativos são utilizados com as seguintes finalidades:


a) controlar hemorragias.
b) prevenir contaminação.
c) proteger contra novos traumas.
d) apoiar e imobilizar segmentos feridos.
7.2 Na dependência da localização e do tipo de ferimento, realizar o curativo
observando a técnica adequada e as normas de controle de infecção.
7.3 Os curativos deverão ser feitos com gaze ou compressas estéreis.
7.4 Os curativos deverão ser fixados com os seguintes materiais:
a) esparadrapo.
b) ataduras de crepom.
7.5 Os socorristas devem priorizar a estabilidade dos sinais vitais da vítima de forma
imediata e o tratamento de lesões graves. Somente após essas condutas, deve
realizar os
curativos necessários nas lesões menos graves.

CHOQUE CIRCULATORIO :

7.1 Os curativos são utilizados com as seguintes finalidades:


a) controlar hemorragias.
b) prevenir contaminação.
c) proteger contra novos traumas.
d) apoiar e imobilizar segmentos feridos.
7.2 Na dependência da localização e do tipo de ferimento, realizar o curativo
observando a técnica adequada e as normas de controle de infecção.
7.3 Os curativos deverão ser feitos com gaze ou compressas estéreis.
7.4 Os curativos deverão ser fixados com os seguintes materiais:
a) esparadrapo.
b) ataduras de crepom.
7.5 Os socorristas devem priorizar a estabilidade dos sinais vitais da vítima de forma
imediata e o tratamento de lesões graves. Somente após essas condutas, deve
realizar os
curativos necessários nas lesões menos graves.

a) condições clínicas como tromboembolismo pulmonar – TEP;


b) tamponamento cardíaco;
c) trombose venosa profunda, além das traumáticas como o pneumotórax
hipertensivo.
8.4 Suspeitar de choque cardiogênico em vítimas apresentem:
a) contusão miocárdica;
b) Infarto Agudo do Miocárdio – IAM;
c) arritmia;
d) disfunção valvar;
e) choques elétricos.
8.5 Diagnosticar o tipo de choque durante a abordagem inicial, observando:
a) se há perfusão superior a 2 segundos.
b) se apresentar pulso rápido e fraco.
c) se há palidez cutaneomucosa / pele acinzentada.
d) se a pele está fria e sudorêica.
e) se há alteração do nível de consciência: agitação / torpor / inconsciência.
f) se apresentar pupilas dilatadas.
g) se está com pressão arterial abaixo do normal.
8.6 Outros sinais e sintomas:
a) taquipneia com respiração superficial e irregular.
b) náusea e vômitos.
c) secura da boca, língua e sede.
d) reflexo pupilar lento.
8.7 Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver),
os sinais e sintomas encontrados e da necessidade de apoio médico, conforme
protocolo de
Procedimentos de Comunicação, em seguida o socorrista deve:
a) controlar os pontos de sangramento, fazendo curativos nos ferimentos e alinhando
e
imobilizando fraturas.
b) remover todas as peças de vestuário úmidas.
c) não administrar líquidos via oral.
d) colocar a vítima em posição para evitar agravamento do choque, sendo: decúbito
dorsal,
roupas afrouxadas, se não houver um grande trauma posicionar as pernas acima do
nível do
coração, aquecer com cobertor térmico e fazer oxigenoterapia de 12 a 15 L/min.

TRAUMAS DA CABEÇA :

9.1 O socorrista suspeitará de trauma crânioencefálico (TCE) nas vítimas que


apresentarem:
a) mecanismo de lesão sugestivo;
b) alterações do nível de consciência;
c) lesões abertas ou fechadas sobre crânio e face;
d) ferimentos de couro cabeludo;
e) fraturas abertas ou fechadas;
f) equimose de pálpebras;
g) hematoma retroauricular;
h) cefaleia;
i) distúrbios visuais;
j) déficit sensitivo-motor das extremidades, afastadas outras causas;
k) otorragia ou rinorragia;
l) vômitos;
m) assimetria de pupilas e do reflexo pupilar;
n) bradicardia;
o) bradipneia;
p) hipertensão arterial.
9.2 Nos casos acima, o socorrista deve:
a) abordar a vítima conforme itens 2 e 3 deste POP;
b) Garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima inconsciente,
instalando
cânula orofaríngea – Guedel;
c) Administrar oxigênio de 12 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima;
d) Realizar curativos adequados para o controle de hemorragias;
e) Avaliar cuidadosamente o nível de consciência da vítima e sua evolução, através de
repetidos exames para a avaliação da escala de coma de Glasgow;
f) Avaliar a presença de otorragia, otorreia, rinorragia ou rinorreia;
g) Comunicar a Central de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais
e sintomas encontrados e a necessidade de apoio médico, conforme protocolo de
Procedimentos
de Comunicação;
h) Transportar a vítima com a cabeça elevada a 30o em relação ao tronco, exceto na
presença de choque hipovolêmico;
i) Atentar para refluxo, PCR ou convulsões;

j) Transportar a vítima em decúbito dorsal, porém atentar para a necessidade de


decúbito
lateral direito para a drenagem de vômitos ou secreções, se outras lesões
apresentadas assim o
permitirem.
9.3 Quando houver lesões na face, o socorrista deve:
a) Abordar a vítima com controle cervical cuidadoso, conforme item 2.3 deste POP.
b) Garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima, aspirando
secreções/vômito, removendo corpos estranhos e instalando cânula orofaríngea –
Guedel, para
as vítimas inconscientes.
c) Administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
d) Realizar curativos adequados para o controle de hemorragias.
e) Pesquisar danos visíveis ao globo ocular, orelhas, nariz, boca e dentes.
f) Palpar cuidadosamente os ossos da face em busca de sinais de fratura.
g) Comunicar a Central de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais
e sintomas encontrados.
9.4 Quando houver lesões nos olhos, o socorrista deve:
a) Realizar a abordagem inicial da vítima, conforme itens 2 e 3 deste POP;
b) Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver)
sobre
os sinais e sintomas encontrados.
c) Se houver lentes de contato, remover com cuidado.
9.4.1 Quando houver corpos estranhos visíveis não alojados no globo ocular:
a) remover com gaze estéril, invertendo a pálpebra.
b) fazer curativo oclusivo e transportar a vítima.
9.4.2 Quando houver corpos estranhos alojados no globo ocular:
a) sem mexer no olho atingido, imobilizar o corpo estranho e fazer curativo oclusivo
em
ambos os olhos.
9.4.3 Quando houver ferimento penetrante do globo ocular:
a) se houver objeto penetrante no olho, não remover.
b) ocluir ambos os olhos, fazendo curativo que apoie o objeto, sem mobilizá-lo.
c) transportar a vítima em decúbito dorsal.
9.4.4 Quando houver queimaduras químicas nos olhos:
a) lavar os olhos abundantemente, inclusive durante o transporte, com água destilada
ou
soro fisiológico; se apenas um olho foi atingido, não deixar que escorra para o olho
não lesado.
9.4.5 Quando houver queimaduras térmicas nos olhos:

j) Transportar a vítima em decúbito dorsal, porém atentar para a necessidade de


decúbito
lateral direito para a drenagem de vômitos ou secreções, se outras lesões
apresentadas assim o
permitirem.
9.3 Quando houver lesões na face, o socorrista deve:
a) Abordar a vítima com controle cervical cuidadoso, conforme item 2.3 deste POP.
b) Garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima, aspirando
secreções/vômito, removendo corpos estranhos e instalando cânula orofaríngea –
Guedel, para
as vítimas inconscientes.
c) Administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
d) Realizar curativos adequados para o controle de hemorragias.
e) Pesquisar danos visíveis ao globo ocular, orelhas, nariz, boca e dentes.
f) Palpar cuidadosamente os ossos da face em busca de sinais de fratura.
g) Comunicar a Central de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais
e sintomas encontrados.
9.4 Quando houver lesões nos olhos, o socorrista deve:
a) Realizar a abordagem inicial da vítima, conforme itens 2 e 3 deste POP;
b) Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver)
sobre
os sinais e sintomas encontrados.
c) Se houver lentes de contato, remover com cuidado.
9.4.1 Quando houver corpos estranhos visíveis não alojados no globo ocular:
a) remover com gaze estéril, invertendo a pálpebra.
b) fazer curativo oclusivo e transportar a vítima.
9.4.2 Quando houver corpos estranhos alojados no globo ocular:
a) sem mexer no olho atingido, imobilizar o corpo estranho e fazer curativo oclusivo
em
ambos os olhos.
9.4.3 Quando houver ferimento penetrante do globo ocular:
a) se houver objeto penetrante no olho, não remover.
b) ocluir ambos os olhos, fazendo curativo que apoie o objeto, sem mobilizá-lo.
c) transportar a vítima em decúbito dorsal.
9.4.4 Quando houver queimaduras químicas nos olhos:
a) lavar os olhos abundantemente, inclusive durante o transporte, com água destilada
ou
soro fisiológico; se apenas um olho foi atingido, não deixar que escorra para o olho
não lesado.
9.4.5 Quando houver queimaduras térmicas nos olhos:
a) aspirar sangue e secreções.
b) controlar a hemorragia por compressão direta, com atenção às vias aéreas
superiores,
conforme X-ABCDE.
9.6.2 Fratura do alvéolo dentário com avulsão do dente:
a) aspirar sangue e secreções.
b) limpar alvéolo e dente com soro fisiológico.
c) nas vítimas conscientes, reintroduzir o dente no alvéolo, na posição mais correta
possível; nas inconscientes manter o dente em soro fisiológico (dente hidratado).
9.6.3 Fratura do alvéolo dentário com intrusão do dente:
a) aspirar sangue e secreções.
b) não fazer nenhuma tentativa de reposicionar o dente, seguir o X-ABCDE.
9.7 Quando houver lesões do ouvido, o socorrista deve:
a) Realizar a abordagem inicial da vítima, conforme itens 2 e 3 deste POP;
b) Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais e sintomas encontrados.
c) O sangramento pelo ouvido deve ser pesquisado para a presença de líquor se o
mecanismo de trauma e as lesões da vítima forem sugestivos de TCE, deve aplicar o
teste do
Duplo Halo.
9.7.1 Ferimentos do pavilhão auricular:
a) controlar a hemorragia por compressão direta.
b) realizar curativo compressivo.
9.7.2 Amputação traumática do pavilhão auricular:
a) controlar a hemorragia por compressão direta.
b) realizar curativo compressivo.
c) envolver o segmento amputado em compressa estéril e seca, colocá-lo em um
recipiente
com gelo sem contato direto e transportar para o hospital junto com a vítima.
9.7.3 Otorragia com liquorréia:
a) suspeitar de fratura de base do crânio, seguir o X-ABCDE.
b) aplicar curativo frouxo, apenas para a absorção do sangramento, sem obstrui-lo.
9.7.4 Ferimentos do ouvido decorrentes de explosões:
a) não fazer tentativas de limpar o conduto auditivo, seguir o X-ABCDE.
b) aplicar curativo frouxo, apenas para a absorção do sangramento, sem obstrui-lo.

TRAUMA NA COLUNA VERTEBRAL

10.1 Suspeitar de Traumatismo Raquimedular (TRM) nas vítimas que apresentarem:


a) mecanismo de lesão sugestivo, como: acidentes de trânsito, quedas de nível,
acidentes
desportivos, mergulho em água rasa e ferimentos por arma de fogo ou arma branca.
b) quaisquer lesões contusas acima do nível das clavículas (supraclavicular):
suspeitar,
nesse caso, de TRM cervical.
c) diminuição ou perda da força muscular nas extremidades: paresia ou paralisia
(plegia).
d) diminuição ou perda da sensibilidade nas extremidades: parestesia ou anestesia.
e) hipotensão com bradicardia, especialmente se não há sinais de hipovolemia.
f) priapismo.
g) respiração diafragmática.
10.2 Ao se deparar com vítima suspeita de ter sofrido TRM, o socorrista deve:
a) Realizar a abordagem inicial da vítima, conforme itens 2 e 3 deste POP,
atentando-se
para as lesões vértebro-medulares altas, as quais podem produzir dificuldade
respiratória, bem
como para a manutenção do controle da cervical cuidadoso.
b) todas as manobras de mobilização da vítima devem ser feitas seguindo-se
adequadamente as técnicas preconizadas, procurando-se evitar movimentos bruscos
e
desnecessários e mantendo sempre o alinhamento.
c) verificar e garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores.
d) verificar a presença dos pulsos carotídeos, a turgência de jugular e a posição da
traqueia.
e) pesquisar cuidadosamente a presença de outros sinais e sintomas de TRM.
f) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais
e sintomas encontrados.
10.3 Quando houver ferimentos cortocontusos na região cervical, o socorrista deve:
a) seguir o X-ABCDE, controlar prioritariamente a hemorragia por pressão direta do
ferimento e realizar curativo adequado, segundo o tipo do ferimento.
b) atentar para lesões em trajeto de vasos calibrosos, como a artéria carótida.
c) pesquisar sinais e sintomas de TRM.
d) manter a imobilização cervical adequada durante o transporte.
10.4 Quando houver ferimentos penetrantes da região cervical, o socorrista deve:
a) seguir o X-ABCDE, controlar prioritariamente a hemorragia por pressão direta do
ferimento e realizar curativo adequado, segundo o tipo do ferimento. Nos casos de
objetos
empalados não remover.
b) pesquisar e tratar possíveis orifícios de entrada e saída de projéteis.

11.1 Realizar a abordagem inicial da vítima, conforme itens 2 e 3 deste POP.


11.2 Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver)
os
sinais e sintomas encontrados.
11.3 Sinais e sintomas dos traumatismos de tórax em geral:
a) dor torácica, de intensidade variável.
b) dispneia, de intensidade variável.
c) cianose, de intensidade variável.
d) diminuição da expansibilidade do tórax.
e) desvio de traqueia.
f) enfisema subcutâneo.
g) turgência de veias jugulares.
h) crepitação óssea.
11.4 Contusão de Tórax:
a) Executar o X-ABCDE, atentar para garantir a permeabilidade das vias aéreas
superiores
da vítima inconsciente, aspirando secreções e instalando cânula orofaríngea.
b) Administrar oxigênio a 12 L/min, via máscara facial perfeitamente ajustada à face
da
vítima.
c) Atentar para a qualidade da ventilação da vítima e para o surgimento de outros
sinais e
sintomas associados: cianose, turgência de jugulares e choque.
d) Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais e sintomas encontrados.
e) Tratar adequadamente outras lesões associadas.
f) Se possível, transportar o paciente em posição de conforto e considerar a posição
semi
sentada para alívio de desconforto respiratório.
11.5 Quando houver suspeita de fratura de arco costal, o socorrista deve:
a) executar o X-ABCDE.
b) tranquilizar o paciente.
c) evitar movimentação de membros superiores.
d) fazer utilização de tipoia.

e) não deve ser realizado em hipótese alguma imobilização de costelas, a não ser de
forma
indireta, em que o membro superior deve limitar a movimentação da costela fraturada,
diminuindo
assim a dor.
f) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
g) Se possível, transportar o paciente em posição de conforto e considerar a posição
semi
sentada para alívio de desconforto respiratório.
11.6 Suspeita-se de pneumotórax fechado quando houver:
a) dor torácica;
b) dispneia;
c) taquipneia;
d) respiração superficial;
e) hipertimpanismo torácico;
f) enfisema subcutâneo;
g) diminuição do murmúrio vesicular.
11.7 Quando houver suspeita de pneumotórax fechado, o socorrista deve:
a) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
b) considerar a possibilidade de elevação da prancha por meio da elevação da
cabeceira
da maca.
c) o socorrista deve manter a atenção em relação à possibilidade de evolução do
pneumotórax para o hipertensivo, o que torna a situação mais grave e difícil de ser
conduzida pelo
suporte básico da vida.
11.8 Suspeita-se de pneumotórax aberto quando houver:
a) insuficiência respiratória grave;
b) ansiedade;
c) taquipneia;
d) pulso radial fino e rápido;
e) lesão em parede torácica;
f) ruídos audíveis durante a inspiração e expiração.
11.9 Quando houver suspeita de pneumotórax aberto, o socorrista deve:
a) realizar o curativo de 3 pontas.
b) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, via máscara facial perfeitamente ajustada à
face
da vítima.
11.10 Suspeita-se de pneumotórax hipertensivo quando houver:

a) desvio da traqueia em direção contrária a lesão;


b) dor torácica;
c) dificuldade de respirar;
d) diminuição do murmúrio vesicular;
e) turgência de veias jugulares;
f) crepitação da parede torácica;
g) cianose;
h) taquicardia;
i) taquipneia;
j) agitação crescente;
k) sofrimento respiratório.
11.11 Quando houver suspeita de pneumotórax hipertensivo, o socorrista deve:
a) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
b) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais
e sintomas encontrados.
11.12 Suspeita-se de hemotórax quando houver:
a) dor torácica;
b) dispneia;
c) assimetrias do tórax;
d) murmúrio vesicular abafado (teste timpânico maciço) do lado lesão e sinais de
choque
hipovolêmico.
11.13 Quando houver suspeita de hemotórax aberto, o socorrista deve:
a) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
b) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais
e sintomas encontrados.
11.14 Suspeita-se de tórax instável quando houver movimento paradoxal da parede
torácica, em decorrência de fraturas localizadas na mesma costela ou em mais de um
local, em
três ou mais costelas vizinhas e/ou com fraturas múltiplas de cartilagens costais, com
ou sem
envolvimento do esterno. Pode causar complicações no pulmão e coração.
11.15 Quando houver suspeita de tórax instável, o socorrista deve:
a) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, via máscara facial perfeitamente ajustada à
face
da vítima.

b) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os


sinais
e sintomas encontrados.
11.16 Ferimento Penetrante com Objeto Empalado.
a) Executar o X-ABCDE, garantindo a permeabilidade das vias aéreas superiores da
vítima
inconsciente, aspirando secreções e instalando cânula orofaríngea.
b) Administrar oxigênio a 12 L/min, via máscara facial perfeitamente ajustada à face
da
vítima.
c) Realizar curativo ao redor do ferimento e do objeto, sem removê-lo.
d) Atentar para a qualidade da ventilação da vítima e para o surgimento de outros
sinais e
sintomas associados: cianose, turgência de jugulares, alteração do nível de
consciência e choque.
e) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais
e sintomas encontrados.
f) Tratar adequadamente outras lesões associadas.
g) Se possível, transportar o paciente em posição de conforto e considerar a posição
semi
sentada para alívio de desconforto respiratório.

TRAUMA ABDOMINAL :

12.1 Realizar o X-ABCDE.


12.2 Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver)
os
sinais e sintomas encontrados.
12.3 Sinais e sintomas dos traumatismos de abdômen em geral:
a) evidência de lesões abertas (eviscerado ou não) ou fechadas na parede abdominal.
b) dor localizada ou difusa referida pelas vítimas conscientes.
c) dor à palpação superficial ou profunda do abdômen; eventualmente, rigidez da
parede
abdominal.
d) sinais e sintomas de choque hipovolêmico, sem evidências de sangramento
externo.
e) posição fetal.
f) sinal de lesão por cinto de segurança.
h) hematomas nos flancos abdominais ou ao redor do umbigo.
i) distensão abdominal.
12.4 Suspeitar de trauma abdominal sempre que o mecanismo de lesão assim o
sugerir.
12.5 Ao verificar contusão no abdômen, o socorrista deve:
a) executar o X-ABCDE, garantindo a permeabilidade das vias aéreas superiores da
vítima
inconsciente, aspirando secreções e instalando cânula orofaríngea.

b) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial


perfeitamente ajustada à face da vítima.
c) atentar para sinais e sintomas de choque hipovolêmico.
d) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais
e sintomas encontrados.
e) tratar adequadamente outras lesões associadas.
f) transportar rapidamente a vítima em decúbito dorsal.
12.6 Ao verificar ferimentos penetrantes no abdômen, o socorrista deve:
a) executar o X-ABCDE, garantindo a permeabilidade das vias aéreas superiores da
vítima
inconsciente, aspirando secreções e instalando cânula orofaríngea.
b) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, via máscara facial perfeitamente ajustada à
face
da vítima.
c) controlar a hemorragia através da pressão direta sobre o ferimento, observando:
- em ferimentos com objeto empalado, não retirá-lo, e incluí-lo no curativo.
- em ferimentos por arma de fogo, investigar e tratar possíveis ferimentos de entrada
e
saída do projetil.
- em ferimentos penetrantes com evisceração, não tentar recolocar na cavidade; fazer
curativo oclusivo com compressas umedecidas em soro fisiológico.
d) atentar para sinais e sintomas de choque hipovolêmico.
e) identificar possível mecanismo da lesão.
f) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais
e sintomas encontrados.
g) tratar adequadamente outras lesões associadas.
h) transportar a vítima em decúbito dorsal; a vítima eviscerada deve ser transportada
em
decúbito dorsal, com as coxas fletidas sobre os quadris (quando possível).

IMOBILIZAÇÃO DE EXTREMIDADES – REGRAS GERAIS :

14.1 Independentemente do tempo e da distância a ser percorrida até o hospital, todas


as fraturas e luxações devem ser imobilizadas adequadamente, de acordo com o
X-ABCDE.
14.2 A vítima só deve ser removida sem a devida imobilização das fraturas se houver
risco iminente de morte, como: explosões, incêndios, desabamentos, soterramentos,
descargas
elétricas ou ambiente com gases tóxicos; nestes casos, arrastar a vítima com Chave
de Rauteck,
reposicionando-a em local seguro para a abordagem e imobilização das fraturas.

14.3 Se houver necessidade de posicionar a vítima para manobra de RCP antes da


imobilização das fraturas ou luxações, proceder de modo a manter o alinhamento dos
segmentos
fraturados.
14.4 A imobilização das extremidades será feita com o auxílio de talas disponíveis e
equipamento de tração de fêmur, ou outros materiais improvisados, de acordo com as
necessidades da vítima e as peculiaridades do atendimento.
14.5 Os ferimentos das fraturas ou luxações expostas devem ser cobertos com
curativos
oclusivos antes de se proceder à imobilização da extremidade.
14.6 Proceder alinhamento das fraturas fechadas ou abertas de ossos longos antes
da
imobilização. O alinhamento deve ser mantido até que a imobilização esteja completa.
14.7 Não forçar o alinhamento das luxações ou de fraturas muito próximas às
articulações. Imobilizar a extremidade na posição em que foi encontrada.
14.8 Examinar a sensibilidade distal, os pulsos e o enchimento capilar da extremidade
distal ao foco da fratura ou luxação antes e depois da imobilização; rever o
procedimento se houver
alteração desses parâmetros.
14.9 Incluir na imobilização as articulações proximal e distal ao foco da fratura ou
luxação.
14.10 As talas e outros equipamentos de imobilização devem ser adequadas para o
procedimento de imobilização.

LESÕES POR QUEIMADURA :


15.1 As queimaduras podem ser: térmicas, químicas, elétricas e por radiação/luz.
15.2 Se a vítima estiver com fogo nas vestes, o socorrista deve apagar o fogo do
corpo
da vítima rolando-a no chão ou usando um cobertor úmido ou uma gandola
(abafamento).
15.3 Ao verificar ocorrência de queimadura, o socorrista deve:
a) realizar a abordagem inicial da vítima, seguindo o X-ABCDE.
b) retirar toda a roupa queimada que não esteja aderida a pele.
c) retirar pulseiras, relógios e anéis.
d) garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima inconsciente,
aspirando
secreções e instalando cânula orofaríngea.
e) atentar para a presença de sinais e sintomas de queimadura das vias aéreas, como
queimadura de face, pelos dos olhos ou nariz queimados, depósitos de carbono ou
sinais

inflamatórios em orofaringe, escarro com resíduos de carvão e história de


confinamento em
ambiente de incêndio.
f) quantificar a extensão (área corporal) queimada pela regra dos nove para adulto ou
criança, identificar o grau das queimaduras e sua localização anatômica para verificar
a gravidade
da lesão.
g) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, via máscara facial perfeitamente ajustada à
face
da vítima.
h) nas pequenas e médias queimaduras de 1o e 2o graus, lavar a área afetada em
água
fria ou soro fisiológico (em torno de 15 minutos a 20 minutos). Logo após, cubra-os
com curativo
específico ou curativo úmido.
i) vítimas com queimaduras em grandes áreas corporais ou com queimaduras de 3o
grau
não devem receber irrigação ou ter curativos úmidos, pois isto pode provocar
hipotermia. Utilizar
curativo seco (ataduras de Rayon) ou cobertor aluminizado para cobrir o ferimento.
j) não passar qualquer substância no local queimado (pomadas, mercúrio, óleos,
pasta
dental, etc.).
k) não perfurar as bolhas.
l) seguir as orientações dos itens 9.4.4 e 9.4.5 para as queimaduras nos olhos.
m) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais e sintomas encontrados.
n) atentar para sinais e sintomas de insuficiência respiratória e choque hipovolêmico.
o) transportar rapidamente a vítima com cobertor térmico.
15.4 Quando for o caso da hipotermia, além das condutas supracitadas, o socorrista
deve
retirar a vítima do ambiente com temperatura reduzida, remover roupas molhadas se
for o caso, se
disponível cobrir a vítima com cobertores durante o transporte.

CHOQUE ELÉTRICO :

16.1 Ao se deparar com uma ocorrência de choque elétrico, o socorrista deve:


a) garantir prioritariamente a segurança da guarnição antes de abordar a vítima, não
tocar
na vítima até certificar-se de que o circuito elétrico ou a energia tenham sido
interrompidos ou
desligados (verificar e desligar o padrão de energia elétrica da rua ou disjuntor do
estabelecimento).

b) abordar a vítima conforme protocolo de atendimento, seguindo o X-ABCDE,


quando
estiver consciente. Em caso de inconsciência, atentar para a possibilidade de PCR.
Neste caso,
iniciar imediatamente a RCP.
c) garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima inconsciente,
aspirando
secreções e colocando a cânula orofaríngea.
d) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
e) em caso de queimadura por choque elétrico, quantificar a área corporal queimada;
identificar o grau das queimaduras e sua localização anatômica (pontos de entrada e
saída e
provável circuito); identificar o possível mecanismo de lesão e proteger a superfície
queimada com
compressas estéreis.
f) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais
e sintomas encontrados.

AFOGAMENTO :

17.1 Em caso de vítima de afogamento em que a guarnição chegue ao local após o


afogamento, o socorrista deve:
a) realizar a abordagem inicial da vítima em superfície rígida (ex. borda de piscina,
embarcação, beira de rio...), seguindo o X-ABCDE, identificando o grau de
afogamento, conforme
abaixo:
- Grau 1 (tosse sem espuma na boca e/ou nariz): não fornecer oxigênio;
- Grau 2 (pouca espuma na boca e/ou nariz): 5 L/min com cateter nasal;
- Grau 3 (muita espuma na boca e/ou nariz com pulso radial palpável): 15 L/min com
máscara facial;
- Grau 4 (muita espuma na boca e/ou nariz sem pulso radial palpável): 15 L/min com
máscara facial;
- Grau 5 (parada respiratória com presença de pulso carotídeo e sinais de circulação
presentes): ventilação manual, não fazer compressão torácica. Após retornar
respiração
espontânea, tratar como grau 4.
- Grau 6 (parada cardiorrespiratória): manobras de RCP, conforme o item 5 deste POP.
Caso tenha sucesso, tratar como grau 4.
b) após, garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima inconsciente,
aspirando secreções e instalando cânula orofaríngea;

17.1 Em caso de vítima de afogamento em que a guarnição chegue ao local após o


afogamento, o socorrista deve:
a) realizar a abordagem inicial da vítima em superfície rígida (ex. borda de piscina,
embarcação, beira de rio...), seguindo o X-ABCDE, identificando o grau de
afogamento, conforme
abaixo:
- Grau 1 (tosse sem espuma na boca e/ou nariz): não fornecer oxigênio;
- Grau 2 (pouca espuma na boca e/ou nariz): 5 L/min com cateter nasal;
- Grau 3 (muita espuma na boca e/ou nariz com pulso radial palpável): 15 L/min com
máscara facial;
- Grau 4 (muita espuma na boca e/ou nariz sem pulso radial palpável): 15 L/min com
máscara facial;
- Grau 5 (parada respiratória com presença de pulso carotídeo e sinais de circulação
presentes): ventilação manual, não fazer compressão torácica. Após retornar
respiração
espontânea, tratar como grau 4.
- Grau 6 (parada cardiorrespiratória): manobras de RCP, conforme o item 5 deste POP.
Caso tenha sucesso, tratar como grau 4.
b) após, garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima inconsciente,
aspirando secreções e instalando cânula orofaríngea;

INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS – MÉTODO START :

19.1 Ao se deparar com uma ocorrência de múltiplas vítimas, em uma situação onde o
número de vítimas ultrapassa a capacidade de resposta das equipes de socorro, tais
como
acidentes de trânsito envolvendo veículos de transporte de passageiros (ônibus, van),
catástrofes,
grandes incêndios, explosões, desabamentos, ataque terrorista e similares, deve ser
realizada a
triagem.
19.2 Até reunir recursos suficientes para que cada vítima receba os devidos cuidados,
as vítimas que mais necessitam de cuidados devem receber prioritariamente o
tratamento,
enquanto aquelas que podem esperar devem aguardar um pouco mais.
19.3 As vítimas devem ser avaliadas e classificadas em categorias baseadas em sua
necessidade de tratamento.
19.4 Deve ser usado o método de triagem START (Simple Triage And Rapid Treatment
– Simples Triagem e Tratamento Rápido).

19.5 Feita a triagem, as vítimas serão atendidas de acordo com as seguintes


prioridades:
● Vermelho (emergência – prioridade “muito alta” – risco iminente à vida);
● Amarelo (urgência – prioridade “alta” – não tem risco iminente à vida);
● Verde (prioridade “baixa” – lesões leves e vítimas que podem andar);
● Cinza (irrecuperável – vítimas em óbito ou com lesões que obviamente levarão a
morte
em curto espaço de tempo).
19.6 Na triagem pelo método START, o socorrista deve seguir o fluxograma constante
no anexo A deste POP.

INCIDENTES ENVOLVENDO PESSOAS COM ALTERAÇÃO DE


COMPORTAMENTO :

21.1 Nos casos de alterações gerais do comportamento, o socorrista deverá:


a) observar atentamente as ações dessas pessoas, de forma a conseguir identificar
seu real
estado e estabelecer um canal de comunicação com elas;
b) identificar as mensagens verbais e extra verbais (além da comunicação verbal,
devemos
nos lembrar que existe uma comunicação não verbal, através de gestos e expressões,
que podem
dizer muito sobre uma pessoa);
c) ficar atento para o fato de que a capacidade de percepção desses pacientes poderá
estar
alterada;
d) ficar atento para o fato de que o paciente pode distorcer a realidade;
e) ficar atento para situações inesperadas ou de perigo para o próprio paciente ou
para todos
os demais que estejam próximos dele;
f) suspeitar de uma possível violência repentina, caso o paciente esteja com as mãos
para
trás do corpo ou nos bolsos (escondendo as mãos);
g) suspeitar de possível ocultação de crime, caso o paciente recuse atendimento sem
motivo
justificado;
h) prevenir-se de uma agressão se o paciente, por exemplo, arregala os olhos com
espanto
e fala sozinho, demonstrando distúrbios de sensopercepção – ilusões, alucinações
ou delírios.
i) lembrar-se que a maioria desses pacientes é carente de afeto, reconhecimento e
aceitação
e pode reagi com atitudes bem variadas, tais como de “chamar a atenção”, de
“inibição” ou até de
“agressividade”.
j) observar se trata de uma emergência emocional, tais como neuroses, crises
histéricas,
depressões, psicoses, problemas psiquiátricos, abusos de drogas ou álcool, luto.
k) nos casos acima, observar alguns sinais como ansiedade, tensão desagradável e
inquietação, angústia, agitação motora, histeria, desmaios, convulsões, gagueira,
mudez, gritos de dor, amnésia, dupla personalidade, desânimo, abatimento, choro
sem motivo aparente, alterações
de comportamento, confusão mental, desorientação, crítica alterada, dentre outros
21.2 Nos casos de o paciente apresentar uma atitude suspeita de suicídio, o
socorrista
deverá:
a) acionar, imediatamente, a equipe especializada de atendimento a tentativa de
suicídio
para realizar a abordagem técnica ou tática adequada;
b) se for o caso de a vítima ameaçar saltar de local elevado, acionar também a equipe
de
salvamento em altura;
c) se o paciente tiver com algum tipo de armamento, acionar a equipe especializada
em
negociação da Polícia Militar e iniciar contato somente se a situação for segura.
d) adotar uma abordagem de escuta ativa, incentivando a fala do paciente e falando
somente
o suficiente, mantendo o controle da situação.
e) não deixar o paciente sozinho, podendo dizer: “estou aqui para te ouvir, o que você
precisa?”
f) faça-o saber que existe ajuda à sua disposição.
21.3 Acionar a Polícia Militar, se suspeitar que um crime está ocorrendo ou que há um
criminoso ou pessoa perigosa no local da ocorrência e tomar as seguintes condutas:
a) não se aproxime, nem inicie o atendimento sem antes certificar-se de que a cena é
segura.
21.4 No atendimento pré-hospitalar, em todos os casos acima, o socorrista deve:
a) atentar para a segurança local;
b) tentar acalmar o paciente e conquistar sua confiança antes de iniciar a avaliação e
o
tratamento;
c) realizar o protocolo do X-ABCDE, conforme itens 2 e 3 deste POP;
d) avaliar cuidadosamente a situação e eliminar as possibilidades de um
comportamento
alterado em função de emergências médicas ou traumas (AVE, hipoglicemia,
traumatismos de
crânio, etc.).
e) se perceber que o paciente é potencialmente perigoso e julgar necessário, solicite
ajuda
de outros profissionais (equipes de salvamento do CBMESP, policiais, equipes
médicas
especializadas, etc.).
f) evitar conter o paciente com uso demasiado da força, pois esses procedimentos
poderão
ferir o paciente, machucar a equipe de socorristas ou iniciar uma reação ainda mais
violenta. As
ações de contenção deverão prezar pelo uso moderado da força, devendo ser
realizadas com muito
cuidado e, preferencialmente, com apoio policial.

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