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AMBIENTE LABORATORIAL
Samuel Brun1, Raphael Oliveira2
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Resumo
Palavra-chave:
Abstract
Keywords:
INTRODUÇÃO
De acordo com Schaeffer, processos de conformação mecânica são elos finais de uma corrente que
inicia na extração do minério. Dentre os processos de fabricação por compressão direta, o
forjamento se destaca por ser um dos primeiros métodos utilizado para moldar metais (Schaeffer,
2004). Suas origens remontam à Idade do Bronze, por volta de 3000 a.C., quando os povos do
Oriente Médio desenvolveram técnicas rudimentares para moldar o cobre e o bronze (WILSON,
2022).
A prática ancestral da forja é essencial para melhorar as propriedades das ligas metálicas
especialmente do aço, através do forjamento. Esse processo envolve altas temperaturas e pressões
controladas, resultando em uma estrutura homogênea e refinada, proporcionando ao aço forjado
propriedades mecânicas de maior tenacidade, resistência à fadiga e corrosão, além de permitir a
fabricação de peças com formas complexas de alta precisão dimensional (ASM HANDBOOK,
1993; BOLANHO, 2017).
Há maneiras de classificar o forjamento por processos termomecânicos (à quente ou à frio) e
pelo tipo de matriz (aberta ou fechada). Quando o forjamento ocorre à quente, é realizado em
temperaturas elevadas, geralmente na zona monofásica conhecida como austenítica, devido ao
processo de alotropia do ferro, onde há mudança da estrutura cristalina CCC para CFC, favorecendo
altas taxas de deformação plástica (Paulo Mei, 1988).
Quando o forjamento é classificado pelo tipo de matriz, pode envolver a utilização do
processo de martelamento (pancadas subsequentes) ou por prensa hidráulica (amassamento
constante). O método de forja por matriz aberta se destaca pela eficiência e versatilidade
(CHIAVERINI, 1986).
Neste contexto, a forja artesanal difere-se do forjamento em matriz aberta à quente, comum
na indústria, pela abordagem personalizada de peças especificas, como facas. O forjador ou artesão
aquece o metal utilizando forno a carvão ou fornalha a gás, e manipula-o com martelos e
ferramentas manuais em bigornas para dar forma à peça desejada (FREITAS, 2022).
Valorizada pela habilidade técnica e atenção aos detalhes, a forja artesanal resulta em peças
únicas e de alta qualidade. Em contraste, o forjamento industrial é mais automatizado e padronizado,
empregando máquinas e matrizes específicas para a produção em larga escala (GROOVER, 2010).
Na forja artesanal, os acessórios desempenham papel crucial na execução eficiente do
processo. Martelos de tamanhos variados são utilizados para conformar o metal, enquanto a bigorna
oferece uma superfície plana e resistente para assegurar a deformação do forjado. Tenazes garantem
manipulação segura do metal aquecido, e a morsa fixa peças para trabalhos precisos de acabamento.
(JUNIOR e MENDES, 2017).
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Diante da versatilidade deste processo, um laboratório prático de forjamento em um curso
superior de metalurgia torna-se de fundamental importância para compreensão eficiente dos
princípios teóricos e práticos do forjado. Ao complementar a instrução teórica com experiências
práticas, os alunos podem aplicar conceitos aprendidos em um ambiente supervisionado,
desenvolvendo habilidades em um ambiente seguro para a experimentação e aprimoramento das
técnicas de forjamento (McCREIGHT, 2003; PINEDO 2005).
O objetivo deste estudo é configurar um laboratório de forjamento para que seja utilizado no
curso superior de Tecnologia em Processos Metalúrgicos, Fabricação Mecânica, Projetos Mecânicos
dentre outros cursos que tenham interesse em desenvolver atividades de forjamento.
OBJETIVOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O forjamento, uma técnica ancestral de conformação de metais, teve sua origem por volta de
3000 a.C. em regiões como o Crescente Fértil e o Mediterrâneo, onde metalúrgicos manipulavam
cobre e bronze com métodos rudimentares de aquecimento e martelagem. Essa prática evoluiu ao
longo dos séculos, impulsionada pela experimentação constante e pela exploração das propriedades
físicas e químicas. ( )
Desde as civilizações antigas até o auge do Império Romano, o forjamento foi amplamente
disseminado e refinado, deixando um legado marcante no desenvolvimento tecnológico e cultural
da humanidade. Nas antigas culturas egípcias, o forjamento já era uma arte valorizada, com
dominância na técnica de fundição e produção de utensílios, armas e joias. ( )
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Com o surgimento da civilização grega, o forjamento atingiu novos patamares de
sofisticação, com o desenvolvimento de técnicas avançadas e a habilidade em trabalhar metais
preciosos, influenciando não apenas a estética, mas também o comércio e a economia. No apogeu
do Império Romano, o forjamento alcançou seu ápice, impulsionado pela demanda militar e pela
produção em massa de armamento e equipamentos. ( )
Durante a Idade Média, o forjamento continuou a evoluir, com o surgimento de guildas de
ferreiros que promoveram avanços notáveis nas técnicas de produção metalúrgica, incluindo a
difusão do uso do aço como material primário, proporcionando propriedades mecânicas superiores.
A revolução Industrial marcou uma nova fase no forjamento, com a introdução de
maquinários mecânicos e sistemas automatizados, impulsionando uma produção em escala massiva
de peças metálicas padronizadas e estimulando pesquisas em ligas metálicas e métodos de
tratamento térmico. ( )
Na contemporaneidade, o forjamento permanece como uma técnica fundamental na indústria
metalúrgica, sendo essencial para a conformação de peças com propriedades mecânicas superiores.
Avanços em simulação computacional e controle de qualidade garantem uma produção eficiente e
de alta qualidade, enquanto pesquisas em novas ligas metálicas impulsionam sua evolução contínua.
( )
3. Tipos de forja
4. Forja artesanal x Industrial
5. Ferramentas e Equipamentos essenciais na Forja
6. Papel dos labotarórios de forja na educação
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÕES
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CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
Neste espaço reverencio aqueles cuja presença e contribuição moldaram os alicerces deste trabalho,
transformando visões em realidade e desafios em triunfos.
Expresso minha profunda gratidão aos professores e ao meu orientador, cuja sabedoria e dedicação
me conduziu pelas sendas do conhecimento, semeadas com o afeto pela busca incessante do saber.
Àqueles cujo apoio e contribuições foram faróis orientadores nessa jornada, oferecendo
percepções valiosas e amparo fundamental em cada encruzilhada enfrentada.
Aos familiares e amigos, cujo amor inabalável e encorajamento constante nos sustentaram
nos momentos de dificuldade, sendo o alicerce que me impulsionou rumo à realização do meu
objetivo.
Por fim, rendo-me homenagem à vida, fonte inesgotável de ensinamento e desafios, que nos
brindou com oportunidades singulares de crescimento e superação ao longo desta jornada.
Que este trabalho não apenas reflita nos esforços individuais, mas também celebre a
colaboração, apoio e generosidade daqueles que caminharam ao nosso lado. Que minhas palavras
de gratidão ecoem para além destas páginas, propagando o reconhecimento pela bondade e
contribuições daqueles que tornaram possível a concretização deste projeto.
REFERÊNCIAS
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