Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
be/jYlr3G9yB8s
Speaker1: [00:00:00] Albert Einstein é considerado um dos maiores gênios da história
da humanidade, especialmente pelas suas grandes contribuições para a física e ciência
em geral. Ele é especialmente conhecido não só pela teoria da relatividade, mas sim
pelas suas duas teorias da relatividade que foram desenvolvidas no começo do século
XX. A primeira delas é a teoria da relatividade restrita, que descreve o movimento de
objetos e de campos eletromagnéticos. Só um lembrete a luz é um campo
eletromagnético na ausência de campos gravitacionais. Resumindo bastante, a
relatividade restrita introduz duas ideias novas para os físicos da época. A primeira é
que a velocidade da luz é constante para todo o referencial. Isso significa que, se você
estiver se movendo quase na velocidade da luz, você ainda vai ver a luz se movendo
na velocidade da luz em relação a você. O universo é estranho, só que não fui eu que
fiz as regras. A segunda é que as leis da física que regem o universo continuam as
mesmas, independente de se você estiver em um foguete bem rápido ou estacionado
no mercado. Segundo o próprio Einstein, a relatividade restrita foi uma boa ideia, mas
não foi uma ideia genial. E eu preciso fazer uma nota aqui, dizer que eu discordo
bastante dessa afirmação dele. De acordo com ele, a teoria da relatividade restrita
eventualmente teria sido desenvolvida por outra pessoa caso ele não tivesse feito isso.
As principais ideias já estavam sendo debatidas por diversos outros físicos e já tinham
pessoas bem próximas da mesma conclusão, para ser sincera.
Speaker1: [00:02:39] Tanto é que alguns astronautas são um pouco mais jovens do
que eles deveriam ser por causa do tempo que eles passaram se movendo
rapidamente em órbita da Terra. Mas não tenho pesadelos com isso ainda, porque
essa diferença é bastante pequena. Tendo isso em mente, nós vamos começar com o
objetivo da Teoria da Relatividade Geral, que é descrever como a matéria se move na
presença de campos gravitacionais e, por consequência, descrever como a matéria
gera a própria gravidade. Pra entender por que o raciocínio do Einstein foi tão genial,
nós precisamos deixar duas coisas muito claras. A primeira delas o que é exatamente o
movimento? E a segunda, o que é exatamente a gravidade? E por favor, não pare o
vídeo. Eu juro que isso vai ser mais interessante do que suas aulas de geometria no
ensino médio e vai envolver tobogãs e yorkshires. Essa série, eu prometo. Vamos
começar pelo movimento. A definição é bem simples O estudo do movimento na física
é o estudo de como a posição de um corpo muda com o tempo. Para descobrir qual é o
movimento de um corpo, nós precisamos saber as forças que atuam sobre ele. E
sabendo as forças, nós podemos determinar a aceleração usando a fórmula força é
igual a massa vezes aceleração. Uma vez que sabemos a aceleração, é fácil
determinar como um corpo vai se mover. Então, resumindo, isso tudo é entender o
movimento e entender a aceleração. Deixem isso bem guardado em meu HD do
cérebro de vocês.
Speaker1: [00:03:52] Por outro lado, segundo a física clássica, a gravidade é uma
força que depende da massa dos corpos envolvidos e da distância entre eles. Sabendo
a expressão para a força da gravidade, você simplesmente usa igual M.A para
determinar a aceleração e, por consequência, o movimento dos corpos envolvidos. O
importante aqui é entender que a gravidade é um efeito que a matéria causa em
matéria a distância. Einstein estava convencido de que pensar na gravidade como uma
força não estava perfeitamente correta. Era necessário pensar em uma nova forma de
ligar a gravidade e o movimento dos corpos afetados por ela, como acabamos de ver.
Para determinar o movimento, tudo o que precisamos é da aceleração. Então Einstein
queria determinar como a gravidade causa a aceleração. E foi um experimento mental
que levou Einstein ao pensamento mais feliz da vida dele. Imagine que você está em
um elevador em cima de uma balança e você está em cima da balança, não um
elevador. Só pra ficar bem claro quando o elevador está parado, você sente o seu peso
normalmente e a balança mostra isso. Quando o elevador começa a subir, você vai se
sentir ligeiramente mais pesado e da mesma forma, o valor na balança vai subir um
pouco. Se o elevador começa a descer, o contrário acontece. Você se sente
ligeiramente mais leve e o valor? Na balança é ligeiramente menor. Só que agora
imagine a versão extrema desse último caso. Se o cabo do elevador quebrar, você
começa a cair e com isso você não vai mais sentir o seu peso.
Speaker1: [00:05:09] Você vai estar em queda livre e a balança também não vai
marcar valor algum e vai parecer flutuando junto com você. Nessa situação, você está
flutuando enquanto acelera e o campo gravitacional, e essa situação é equivalente a
flutuar no vazio do espaço, porque no vazio do espaço você também não sentiria o seu
peso e nesse caso não existiria nem aceleração e nem gravidade. Durante a queda
livre existe aceleração e gravidade e você flutua. Já no vácuo você flutua. Sem essas
coisas, a gravidade e a aceleração se cancelaram. A relação entre cair dentro de um
elevador e flutuar no espaço é tão grande que se o seu elevador não tivesse janelas e
você estivesse em queda livre, você não teria como dizer se você está caindo ou
flutuando dentro de um elevador no meio do espaço. Isso aponta para uma relação
íntima entre as duas quantidades. Imagine agora uma última situação você está dentro
de uma nave, acelerando a 9,8 metros por segundo ao quadrado, a mesma aceleração
do campo gravitacional da Terra. E você sobe numa balança na nave. Essa balança vai
marcar o exato mesmo peso que se você estivesse na Terra. Ou seja, acelerar numa
nave tem o mesmo efeito de estar num campo gravitacional. Acelerar é como a
gravidade. E agora a ideia mais feliz do Einstein Gravidade, aceleração pura e
simplesmente aceleração. Sem forças envolvidas em cada ponto do espaço tempo que
a gravidade afeta.