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TEXTO I

81% dos casos de violência contra crianças e adolescentes ocorrem dentro de casa.

A maioria das violações é praticada por pessoas próximas ao convívio familiar. A mãe aparece como a principal
violadora, com 15.285 denúncias; seguido pelo pai, com 5.861; padrasto/madrasta, com 2.664; e outros familiares, com
1.636 registros. Os relatos feitos para a ONDH são, em grande parte, de denúncias anônimas, cerca de 25 mil do total.
[...]
Mais de 93% das denúncias (30.570) são contra a integridade física ou psíquica da vítima. Os registros da Ouvidoria
contaram 7.051 restrições de algum tipo de liberdade ou direito individual.

TEXTO II

Estatuto da Criança e Adolescentes – ECA Lei nº 8.069/90 Art. 2º. Considera-se criança, para efeitos desta Lei, a
pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Art. 3º. A criança
e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral
de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de
lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Art. 4º. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo
único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b)
precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução
das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à
infância e à juventude.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento
desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de
ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente.
Disponível em: https://www.cremeb.org.br/wp-content/uploads/2016/12/01-Panorama-da-Violencia-Dr.-Carlos-
Martheo.pdf. Acesso em: 19 abr. 2023.

TEXTO III

À CNN Rádio, advogada de direitos da criança Mariana Zan explicou relatório da OMS com estratégias e práticas para
proteger crianças da violência online.
A Organização Mundial da Saúde lançou um relatório com estratégias e práticas que auxiliam na proteção de crianças e
adolescentes contra a violência online.
O documento aponta dois tipos dessa violência: o abuso sexual infantil, incluindo aliciamento e abuso de imagens
sexuais, e agressão cibernética e assédio como cyberbullying.
A advogada de direitos da criança Mariana Zan destacou alguns dos pontos trazidos pelo levantamento da OMS.
Em entrevista à CNN Rádio, ela afirmou que as crianças e adolescentes estão passando cada vez mais tempo na
internet, o que não surpreende.
“É um dever de todos garantir que o ambiente online seja seguro, as crianças estão na internet, e precisamos protegê-
las na internet e não da internet”, defendeu. Há também o fato de que “a maioria das ofensas parte de colegas e
conhecidos, inclusive parceiros íntimos, têm que ter atenção.”
De acordo com Mariana, “a educação preventiva é trazida como estratégia-chave para o combate da violência online.”
Nesse sentido, é importante o “envolvimento do ambiente escolar, pais, comunidade, tudo isso é essencial.”
O papel dos pais, segundo ela, é de acompanhar e de se atualizar sobre as redes sociais em que os filhos estão.
A advogada defende que o Brasil “tem arcabouço legal capaz de proteger” crianças e adolescentes, mas é preciso
“garantir aplicabilidade.”
Mariana Zan afirmou que a educação sexual nas escolas é importante, além de campanhas sobre cyberbullying, abuso
sexual, “serem recorrentes”, para envolvimento de “diferentes atores na prevenção”.
Disponível em: https://www.portalamazonida.com.br/educacao-ajuda-a-combater-violencia-online-contra-criancas-diz-
especialista/. Acesso em: 19 abr. 2023.

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