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Habeas Corpus Indeferimento Medida Liminar Excesso Prazo STJ Sumula 691 BC377
Habeas Corpus Indeferimento Medida Liminar Excesso Prazo STJ Sumula 691 BC377
TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
LIVRE DISTRIBUIÇÃO
1
ORDEM DE HABEAS CORPUS
( com pedido de “medida liminar” )
(...)
c) os habeas corpus,
corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das
pessoas mencionadas na alínea "a",
"a", ou quando o coator for tribunal sujeito
à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército
ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
27
2 – SÍNTESE DO PROCESSADO
27
Essas são algumas considerações necessárias à elucidação
fática.
27
Art. 654 – O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu
favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.
(...)
§ 2º - Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de
habeas corpus,
corpus, quando no curso de processo verifica que alguém sofre ou está na
iminência de sofrer coação ilegal.
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No intuito de firmar jurisprudência a respeito visando repelir essa prática,
editou o Supremo Tribunal Federal a Súmula 691, disposto que ‘não compete ao
Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão
do Relator que, em habeas corpus,
corpus, requerido perante Tribunal Superior, indefere
a liminar’. Precitado verbete originou-se de precedentes do Excelso Pretório, ao
não conhecer de habeas corpus impetrados contra decisões indeferitórias de
liminares exaradas por ministros-relatores de outros Tribunais Superiores.
(...)
Não obstante essa rigidez incorporada ao texto da Súmula 691 do STF, em
outro de 2005, por ocasião do julgamento do HC 87.016/RJ impetrado contra
decisão denegatória de liminar exarada pelo ministro-relator junto ao Superior
Tribunal de Justiça, resolveu o Supremo Tribunal Federal abrandar o rigor da
disposição sumular nas hipóteses de flagrante ilegalidade do ato constritivo de
liberdade. A partir de então, outros julgados trilharam o mesmo caminho,
chegando o STF a publicar o Informativo 438, relativo ao HC 88.190/RJ, em que ‘a
Turma, por maioria, afastou a incidência do Enunciado da Súmula 691 do STF(“Não
compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado
contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior,
indefere a liminar.”) ao fundamento de se tratar de hipóteses de flagrante
constrangimento ilegal’. (Avena, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal:
esquematizado.
esquematizado. 4ª Ed. São Paulo: Método, 2012. Pág. 1.268)
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De outro norte, firme o entendimento deste Egrégio Superior
Tribunal de Justiça de sorte que a rigidez do contexto advindo do enunciado da Súmula 691
do STF deve ser abrandada, quando a situação vergastada transcender a mera ilegalidade.
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doutrinário e jurisprudencial, a configuração de excesso de prazo não decorre da
soma aritmética de prazos legais. A questão deve ser aferida segundo critérios de
razoabilidade, tendo em vista as peculiaridades do caso. 4. O caso dos autos é
marcado pela complexidade, pois os envolvidos, num total de dez, seriam
integrantes de organização voltada à prática de diversos crimes relacionados com
clonagens de cartões de crédito, falsificação de documentos e receptação, com
atuação em mais de um estado da federação. 5. Embora existam particularidades,
elas não servem para justificar o tempo desarrazoado em que o processo se vem
prolongando (mais de 4 anos). 6. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida
de ofício, para, tornando definitivos os efeitos da liminar anteriormente deferida,
assegurar ao paciente o direito de aguardar em liberdade o julgamento da ação
penal n. 001.2009.107092-0 (107092-74.2009.8.17.0001), salvo se por outro
motivo estiver preso. (STJ; HC 175.704; Proc. 2010/0105348-0; PE; Sexta Turma;
Rel. Min. Sebastião Reis Júnior; DJE 04/08/2014)
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1. O remédio constitucional tem suas hipóteses de cabimento restritas, não deve
vir como sucedâneo de recurso ordinário nem é cabível contra decisão de relator
que indefere medida liminar em ação de igual natureza, ajuizada nos tribunais de
segundo grau (Súmula nº 691/STF). 2. Apesar de tal orientação, nada impede que
o Superior Tribunal de Justiça expeça ordem de ofício como forma de afastar
eventual constrangimento ilegal. 3. É indispensável ao magistrado fundamentar
concretamente a imposição ou a manutenção da prisão cautelar 4. No caso, além
da anulação da sentença condenatória pelo tribunal estadual, com a
determinação de reabertura da instrução processual, o paciente está mantido
preso preventivamente sem fundamentação idônea. Nem a gravidade abstrata do
crime nem as elementares do tipo justificam a medida cautelar. 5. Habeas corpus
não conhecido. Ordem concedida de ofício, a fim de permitir que o paciente
aguarde em liberdade a prolação da nova sentença, se por outro motivo não
estiver preso e sem prejuízo de outra medida cautelar ser aplicada, desde que
apresentados elementos concretos para tanto. (STJ; HC 287.416; Proc.
2014/0016482-3; SP; Sexta Turma; Rel. Min. Sebastião Reis Júnior; DJE
25/06/2014)
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JUSTIFICÁ-LA. OCORRÊNCIA DE FLAGRANTE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.
SUPERAÇÃO DA SÚMULA Nº 691. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA.
1. Em princípio, se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal, não compete
ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra decisão de
relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere liminar. 2.
Segundo a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal, para que o
Decreto de custódia cautelar seja idôneo, é necessário que o ato judicial
constritivo da liberdade traga, fundamentadamente, elementos concretos aptos a
justificar tal medida. 3. Está sedimentado na corte o entendimento de que a
gravidade em abstrato do delito não basta para justificar, por si só, a privação
cautelar da liberdade individual do agente. 4. As recentes alterações promovidas
pela Lei nº 12.403/11 no Código de Processo Penal trouxeram alterações que
aditaram uma exceção à regra da prisão. 5. Não mais subsistente a situação fática
que ensejou a decretação da prisão preventiva, é o caso de concessão parcial da
ordem de habeas corpus, para que o juiz de piso substitua a segregação cautelar
pelas medidas cautelares diversas da prisão elencadas no art. 319, incisos I, II, III e
V, do Código de Processo Penal. (STF; HC 108.722; SC; Primeira Turma; Rel. Min.
Dias Toffoli; Julg. 07/02/2012; DJE 11/09/2014; Pág. 53)
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SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE VAGA EM ESTABELECIMENTO ADEQUADO PARA A
INTERNAÇÃO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO.
I. A superação da Súmula nº 691 do STF constitui medida que somente se legitima
quando a decisão atacada se mostra teratológica, flagrantemente ilegal ou
abusiva. II. No caso sob exame, a situação é excepcional, apta a superar o
entendimento sumular, diante do evidente constrangimento ilegal a que está
submetido o paciente. III. Passados quase três anos do recolhimento do paciente
em estabelecimento prisional, o estado não lhe garantiu o direito de cumprir a
medida de segurança estabelecida pelo juízo sentenciante. lV. Segundo consta no
relatório de internações, emitido em 11/10/2013 pela vara de execuções criminais
da Comarca de são Paulo, o paciente está na 698ª posição e permanece recolhido
na penitenciária de franco da Rocha III. V. Diante da falta de estabelecimento
adequado para internação, o paciente permaneceu custodiado por tempo
superior ao que disposto pelo juízo sentenciante e não foi submetido ao
tratamento médico determinado no Decreto condenatório, o que evidencia a
manifesta ilegalidade apta a ensejar a concessão da ordem. VI. Habeas corpus não
conhecido. VII. Ordem concedida de ofício para confirmar a medida liminar
deferida e determinar a inclusão do paciente em tratamento ambulatorial, sob a
supervisão do juízo da execução criminal. (STF; HC 122.670; SP; Segunda Turma;
Rel. Min. Ricardo Lewandowski; Julg. 05/08/2014; DJE 15/08/2014; Pág. 104)
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Em verdade, o debate em liça cinge-se a combater a ilegalidade destacada pela negativa da
medida liminar almejada no mandamus anterior.
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A Corte Européia dos Direitos Humanos fixou quatro critérios
para nortear a análise da razoabilidade do prazo de duração dos procedimentos, a saber
(GAJARDONI, 2007, p. 114):
A justiça como tal, não pode ser tardia. A Emenda Constitucional de nº 45,
de 30 de dezembro de 2004, dispôs que ‘a todos, no âmbito judicial e
administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que
garantam a celeridade de sua tramitação’(art. 5º, LXXVIII, CF/1988).
(...)
A razoável duração do processo implica decisivamente na legalidade da
manutenção da prisão cautelar, afinal, o excesso prazal da custódia provisória
leva à ilegalidade da segregação,
segregação, entendimento consagrado inclusive no âmbito
do STF, eis que a súmula de nº 697 reconheceu que a ‘a proibição de liberdade
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provisória nos excessos por crimes hediondos não veda o relaxamento da prisão
processual por excesso de prazo’.”(Távora,
prazo’.”(Távora, Nestor; Alencar, Rosmar Rodrigues.
Curso de direito processual penal.
penal. 4ª Ed. Bahia: JusPODIVM, 2010. Pág. 64)
( destacamos )
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Como asseverado em linhas anteriores, o processo em debate
não apresenta qualquer complexidade, havendo tão-somente um único acusado e, mais,
cujo o assunto não importa dificuldades(estelionato simples).
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º - ( ... )
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O caso, portanto, é de imediato relaxamento da prisão.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º - ( ... )
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QUESTÃO DE ORDEM EM HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE
PRAZO. PEDIDO DE EXTENSÃO. REQUERENTE CUSTODIADO HÁ MAIS DE 06
ANOS. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PREVISTOS NO ART. 580 DO CÓDIGO
DE PROCESSO PENAL. PEDIDO DEFERIDO.
1. A liberdade provisória foi concedida ao corréu com base no argumento do
excesso de prazo para a formação da culpa, tendo em vista que, naquele tempo,
estava preso cautelarmente há mais de 04 anos, desde 14/10/2008. Desse modo,
inexistem razões jurídicas para negar a extensão prevista nos termos do art. 580
do Código de Processo Penal, pois o requerente encontra-se custodiado desde
13/08/2008 pelos mesmos fatos, isto é, há mais de 06 anos. 2. Pedido de extensão
deferido, para permitir que o requerente responda em liberdade ao processo
criminal em apreço, mediante aplicação das medidas cautelares da prisão
previstas no art. 319, incisos I, II, III, IV e V do Código de Processo Penal, caso por
outro motivo não esteja preso, e desde que não sobrevenham fatos novos que
autorizem a decretação da custódia extrema. (STJ; PExt-HC 192.471; Proc.
2010/0225217-5; SP; Quinta Turma; Relª Minª Laurita Vaz; DJE 02/09/2014)
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deve ser aferida dentro dos critérios da razoabilidade, levando-se em conta as
peculiaridades do caso concreto. 2. Na espécie, está caracterizado o excesso de
prazo na prisão cautelar, pois o recorrente denunciado por crime de roubo
simples. Aguarda há pouco mais de dois anos, sem qualquer justificativa razoável,
o encerramento do feito. 3. As audiências de instrução e julgamento foram
redesignadas por quatro vezes, sem sucesso na colheita do depoimento das
testemunhas e no interrogatório do recorrente. Novo ato processual está
agendado para a longínqua data de 8.10.2014, o que corrobora a desídia do
estado em assegurar ao recorrente a celeridade processual (art. 5º, lxxviii, da cf).
4. Recurso provido para determinar o relaxamento da prisão do recorrente, na
ação penal n. 0325691-08.2012.805.0001, em trâmite na 16ª Vara Criminal da
Comarca de salvador/ba. (STJ; RHC 38.372; Proc. 2013/0184330-9; BA; Sexta
Turma; Rel. Min. Rogério Schietti Cruz; DJE 26/08/2014)
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linear assentada anteriormente. Prisão provisória. Fundamentos. Insubsistência.
Contraria o arcabouço normativo ato que implique prisão preventiva decorrente
da gravidade do crime imputado ao paciente. Prisão preventiva. Prazo. Sentença
condenatória. Interrupção. Impropriedade. O instituto do excesso de prazo da
preventiva não fica sujeito a interrupção. É aferido levando-se em conta a data
em que implementada a custódia e o encerramento do processo. Prisão
preventiva. Excesso de prazo. Uma vez configurado o excesso de prazo na
formação da culpa, a prisão preventiva há de ser afastada. (STF; HC 107.148; SP;
Primeira Turma; Rel. Min. Marco Aurélio; Julg. 03/09/2013; DJE 17/09/2013; Pág.
35)
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5 - DO PEDIDO DE “MEDIDA LIMINAR”
6 - EM CONCLUSÃO
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Fulano(a) de Tal
Impetrante - Advogado(a)
1 – denúncia;
2 – resposta do acusado no processo originário;
3 – pedido de relaxamento da prisão;
4 – despacho indeferindo o pedido de relaxamento da prisão;
5 – cópia da decisão que negou a medida liminar;
5 – cópia do habeas corpus anterior;
6 – ata da audiência.
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