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Modelo HC (Quantidade Inexpressiva de Droga)
Modelo HC (Quantidade Inexpressiva de Droga)
HABEAS CORPUS
com pedido de liminar
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liberdade provisória em Audiência de Custódia/o ato coator impugnado foi proferido
pela própria Autoridade Coatora.
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independentemente de prévia impugnação em 1ª Instância, pois a decisão combatida
representa ato coator a ensejar a impetração do remédio constitucional, nos termos
do art. 5º, inciso LXVIII da CF e art. 647 do CPP.
Por isso, o art. 315, §2º do CPP esclarece quando não será
considerada fundamentada a decisão que decreta a prisão preventiva, afinal são
nulas as decisões carentes de fundamentação adequada, nos termos do art. 564,
inciso V do CPP.
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A jurisprudência pacífica do Eg. STJ exige fundamentação
concreta no decreto prisional, não sendo suficiente a simples menção a gravidade
abstrata do crime tráfico de drogas ou a elementos inerentes ao tipo penal imputado:
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PELA CONCESSÃO DA ORDEM. 1. Decretada a prisão preventiva do
paciente por suposta prática do delito previsto no art. 33,
caput, da Lei n. 11.343/2006. 2. Ainda que tenha o juízo primevo
feito referência à quantidade de drogas apreendida (72.90g de
substância análoga à cocaína), o fez apenas como indicativo de
materialidade delitiva, sendo que, ao tratar dos requisitos e
necessidade da custódia cautelar, não trouxe qualquer motivação
concreta para a custódia, fazendo referência às circunstâncias
já elementares do delito, valendo-se de fundamentação abstrata
e com genérica regulação da prisão preventiva, além de
presunções e conjecturas, evidenciando a ausência de
fundamentos para a medida extrema. 3. Habeas corpus concedido
para soltura do paciente. (HC n. 542.358/MG, relator Ministro
Nefi Cordeiro, Sexta Turma, julgado em 4/2/2020, DJe de
10/2/2020)
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RISCO DE REITERAÇÃO. IMPESCINDIBILIDADE NÃO DEMONSTRADA.
APREENSÃO DE PEQUENA QUANTIDADE DE DROGAS. APLICAÇÃO DE MEDIDAS
CAUTELARES. POSSIBILIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO.
AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 1. O habeas corpus não pode ser
utilizado como substitutivo de recurso próprio, a fim de que
não se desvirtue a finalidade dessa garantia constitucional,
com a exceção de quando a ilegalidade apontada é flagrante,
hipótese em que se concede a ordem de ofício. 2. Para a
decretação da prisão preventiva, é indispensável a demonstração
da existência da prova da materialidade do crime e a presença
de indícios suficientes da autoria. Exige-se, mesmo que a
decisão esteja pautada em lastro probatório, que se ajuste às
hipóteses excepcionais da norma em abstrato (art. 312 do CPP),
demonstrada, ainda, a imprescindibilidade da medida. Julgados
do STF e STJ. 3. No caso, em que pese a fundamentação declinada
no decreto prisional, indicando um possível risco de
reiteração, não ficou demonstrada a imprescindibilidade da
medida extrema. Isso porque, o paciente é tecnicamente
primário, as quantidades de drogas apreendidas são pequenas -
2,69g de crack e 4,85g de maconha - e o delito não foi praticado
com violência ou grave ameaça e sem registros de
excepcionalidades. Além disso, as circunstâncias do caso
concreto não evidenciam a necessidade de se manter o agente em
prisão preventiva durante o transcurso do processo. Aplicação
de medidas cautelares. Possibilidade. Constrangimento ilegal
evidenciado. Julgados do STJ. 4. Agravo regimental improvido.
(AgRg no AgRg no HC n. 819.509/SC, relator Ministro Reynaldo
Soares da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 5/9/2023, DJe de
8/9/2023.)
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apresentados pelo Ministério Público Federal, a decisão ser
mantida por seus próprios fundamentos. 2. Quanto aos
fundamentos da custódia cautelar, o Superior Tribunal de
Justiça - STJ firmou posicionamento segundo o qual,
considerando a natureza excepcional da prisão preventiva,
somente se verifica a possibilidade da sua imposição e
manutenção quando evidenciado, de forma fundamentada em dados
concretos, o preenchimento dos pressupostos e requisitos
previstos no art. 312 do CPP. Por sua vez, a Lei n. 13.964/2019
- o denominado "pacote anticrime" - alterou o art. 315, caput,
do CPP e inseriu o §1°, estabelecendo que a decisão que
decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre
motivada e fundamentada, devendo o Magistrado indicar
concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos
que justifiquem a aplicação da medida adotada, vedando a
exposição de motivos genéricos e abstratos. Convém, ainda,
ressaltar que, considerando os princípios da presunção da
inocência e a excepcionalidade da prisão antecipada a custódia
cautelar somente deve persistir em casos em que não for
possível a aplicação de medida cautelar diversa, de que cuida
o art. 319 do CPP. No caso dos autos, não obstante as instâncias
ordinárias tenham feito menção a elementos concretos do caso,
indicando a configuração do delito e indícios de autoria, bem
como o risco de reiteração delitiva, verifica-se que a pequena
quantidade de droga apreendida com o ora agravado (11,3 gramas
de cocaína), permite concluir que a potencialidade lesiva da
conduta que lhe fora imputada não pode ser tida como das mais
elevadas. Ademais, não há notícias concretas do envolvimento
do paciente com organização criminosa, o que, somado ao fato
de o crime em questão não envolver violência ou grave ameaça à
pessoa, indica a desproporcionalidade da prisão preventiva e a
suficiência das medidas cautelares menos gravosas. 3. Agravo
regimental do Ministério Público Federal desprovido. (AgRg no
HC n. 836.413/SP, relator Ministro Joel Ilan Paciornik, Quinta
Turma, julgado em 30/10/2023, DJe de 8/11/2023.)
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investigado-acusado, tais conjunturas denotam suficiência das medidas cautelares
diversas da prisão. É neste sentido a jurisprudência do Eg. STJ:
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Por fim, não existem elementos que evidenciem o
envolvimento do Paciente com alguma organização criminosa destinada a prática de
tráfico de drogas:
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HC n. 836.413/SP, relator Ministro Joel Ilan Paciornik, Quinta
Turma, julgado em 30/10/2023, DJe de 8/11/2023.)
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b) Subsidiariamente, caso não seja concedida a medida
liminar, fato que não se espera, após o trâmite legal,
prestadas as informações pela autoridade coatora e
proferido o Parecer pelo Ministério Público, no julgamento
de mérito requeremos que seja relaxada/revogada a prisão
preventiva ou substituída por medidas cautelares diversas
da prisão.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Local e data.
NOME DO ADVOGADO
OAB/XX n. XXXXXX
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CASO O TRIBUNAL DE 2ª INSTÂNCIA (TJ ou
TRF) TENHA ACRESCENTADO FUNDAMENTOS
A DECISÃO IMPUGNADA
(acrescentar trecho no tópico em que se combate a decisão, em regra tópico 3)
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fundamentado apenas na gravidade abstrata do delito e em
elementos inerentes ao próprio tipo penal. Ademais, nem mesmo
a quantidade de droga apreendida, isoladamente, autorizaria
o encarceramento cautelar (no caso, 24,96 g de cocaína). 3.
Saliente-se que "[o] acréscimo de fundamentação, em habeas
corpus, não se presta a suprir a ausente motivação do decreto
de prisão preventiva, sob pena de, em ação concebida para a
tutela da liberdade humana, legitimar-se o vício do ato
constritivo ao direito de locomoção do acusado" (AgRg no RHC
n. 155.054/SP, relator Ministro Rogerio Schietti Cruz, Sexta
Turma, DJe de 17/12/2021). 4. Agravo regimental não provido.
(AgRg no RHC n. 177.037/MG, relator Ministro Ribeiro Dantas,
Quinta Turma, julgado em 22/5/2023, DJe de 26/5/2023.)
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EM CASO DE HABEAS CORPUS CONTRA
DECISÃO QUE INDEFERIU A MEDIDA
LIMINAR
(superação da súmula 691 do STF)
(acrescentar este tópico logo após a síntese dos fatos, renumerando os demais)
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proferida em outro writ na instância de origem, sob pena de
indevida supressão de instância, nos termos da Súmula n.
691/STF. Todavia, a despeito de tal óbice processual, tem-se
entendido que, em casos excepcionais, deve preponderar a
necessidade de se garantir a efetividade da prestação da
tutela jurisdicional de urgência para que flagrante
constrangimento ilegal ao direito de liberdade possa ser
cessado. 2. No caso, o Magistrado de primeiro grau, com
relação ao ora Agravado, decretou a prisão preventiva com
base em fundamentação genérica, pois não apontou elementos
concretos extraídos dos autos que justificassem a necessidade
da custódia, a qual está amparada tão somente na gravidade
abstrata do delito de tráfico de drogas, o que não se admite.
3. Agravo regimental desprovido. (AgRg no HC n. 739.196/SP,
relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma, julgado em
17/5/2022, DJe de 23/5/2022).
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