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Estudo de novos materiais: Materiais Tecnológicos e suas


Aplicações nos Setores das Engenharias
Alex de Jesus Matos - RA: 919210021
Bruno dos Santos Maia - RA: 919202464
João Vitor da Costa - RA: 919209515
Juan da Silva Alves - RA: 919206203
Matheus Ribeiro Gonçalves - RA: 919209922
Graduação em Engenharia
Universidade 9 de Julho
São Paulo, SP, 2020

Resumo

As sociedades avançadas em todo o mundo de forma rápida acabam adquirindo


habilidades sem precedentes no contexto da criação de materiais projetos para
satisfação das necessidades humanas. Um dos materiais que tem maior utilização
no mundo é o concreto, que de forma aparente tem resistência, mas mesmo com
isso esse material fica sujeito as intemperes do local. Nesse contexto, tem
apresentação o bioconcreto, devido à necessidade de se ter estruturas alto-
resistentes. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo apresentar a
utilização do bioconcreto na construção civil, como um novo material tecnológico
com emprego na área. Conclui-se que, o desenvolvimento do bioconcreto poderá
trazer consigo uma revolução na área da construção civil, sendo que, acabará
trazendo uma maior vida útil para o concreto, fazendo com que tenha prolongamento
de maneira significativa as manutenções nas edificações, o que resulta num maior
conforto e tranquilidade para os proprietários, além da diminuição do valor gastos
com as reparações. Além do mais, bioconcreto tem sua eficácia baseada no projeto
com realização por Dr. Hank Jonkers, com aplicação com êxito para a promoção e
melhora da capacidade de autocura do concreto.

Palavras-chave: Materiais Tecnológicos. Engenharia. Concreto. Bioconcreto.

Abstract

Advanced societies around the world rapidly acquire unprecedented skills in the
context of creating materials designed to meet human needs. One of the materials
that has the greatest use in the world is concrete, which apparently has resistance,
but even with this, this material is subject to the bad weather of the place. In this
context, bioconcrete is presented, due to the need of having high resistance
structures. Thus, the present work aims to present the use of bioconcrete in civil
construction, as a new technological material with employment in the area. It is
concluded that, the development of the bioconcrete can bring a revolution in the area
of the civil construction, being that, it will end up bringing a bigger lifespan for the
concrete, reducing the number of necessary maintenances in buildings, what results
in a bigger comfort and tranquillity for the owners, beyond the decrease of the value
spent with the repairs. Moreover, bioconcrete has its effectiveness based on the
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project carried out by Dr. Hank Jonkers, with successful application for the promotion
and improvement of the self-curing capacity of concrete.

Keywords: Technological Materials. Engineering. Concrete. Bioconcrete.

1. Introdução

A civilização entrou numa nova era de materiais. Como tem apresentação de


forma farta em diversos relatórios governamentais e acadêmicos, as sociedades
avançadas em todo o mundo de forma rápida acabam adquirindo habilidades sem
precedentes no contexto da criação de materiais projetos para satisfação das
necessidades humanas.
No país todo, a qualidade de vida e segurança econômica e militar são
dependentes cada vez mais da capacidade de sintetização e processamento de
materiais, da descoberta de novos e de fazer sua integração em tecnologias de
manufatura de forma econômica eficazes ecologicamente seguras.
Na realidade, sem os novos materiais e sua produção eficaz, não teria
existência o mundo de equipamentos modernos, máquinas, computadores,
automóveis, aeronaves, aparelhos de comunicação e produtos estruturais. Cientistas
e engenheiros de materiais continuarão a estar na dianteira destas e outras áreas de
ciência e engenharia a serviço da sociedade, na medida que façam a conquista de
novos níveis de entendimento e controle perante os blocos básicos que fazem
composição dos materiais: átimos, moléculas, cristais e arranjos não-cristalinos.
Um dos materiais que tem maior utilização no mundo é o concreto, que de
forma aparente tem resistência, mas mesmo com isso esse material fica sujeito as
intemperes do local, e que tem agravo com dependência se estásujeitas as forças
mecânicas perante ela, na diminuição da sua vida útil.
E com esses problemas com surgimento no concreto, foi desenvolvimento um
concreto bastante peculiar, um concreto com mistura por bactérias que quando se
alimentam de lactato de cálcio liberam CaCO3 (carbonato de cálcio) em seu
processo.
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Nesse contexto, tem apresentação o bioconcreto, devido à necessidade de se


ter estruturas alto-resistentes. Nos países onde há a ocorrência de variações e
temperaturas, como é o caso do Brasil, é requerente o uso de estruturas reforçadas
para dar suporte a essas alterações climáticas sem interrupções nas suas funções.

2. Revisão da Bibliografia

O concreto é considerado um dos materiais construtivos com maior utilização


e possui uma alta tendência na formação de fissuras, levando a uma redução
significativa na vida útil e altos custos de substituição. Mesmo não haja possibilidade
para evitar a formação delas, há diversos tipos de técnicas para a cura das
rachaduras, como é o caso da aplicação dos produtos químicos e polímeros, por
exemplo. No entanto, estes materiais acabam apresentando riscos à saúde e ao
meio ambiente e não tornam-se definitivos para fechar as fendas (SILVA et al.
2017).
Por este motivo, produtos sustentáveis e duradouros apresentam-se numa ala
demanda na área da construção. A biotecnologia pode ofertar soluções para estas
exigências e um dos exemplos disto tem envolvência uma maneira de autocura
microbiana, que tem diferenciação dos outros produtos que existem pelo seu
potencial duradouro, rápido, eficaz e sustentável para reparar as fendas (SILVA et
al. 2017).
Neste contexto, o microbiologista da Alemanha Hank Jonkers (Figura 1)
percebeu o quanto era investimento para corrigir fissuras nas construções realizadas
partindo do concreto, e junto com pesquisadores da Universidade Técnica de Delft,
na Holanda, teve desenvolvimento um tipo de bactéria que faz a promoção do
procedimento de “autocura” do concreto.
Partindo do paralelo de como o corpo poderá curar os ossos partindo da
mineralização, os pesquisadores da Holanda fizeram o uso de um método parecido
para o concreto. Fez sua mistura com bactérias que produzem calcário, descobrindo
que, as rachaduras foram se “remendando”. O produto tem sua denominação de
bioconcreto ou concreto auto curável (JONKERS et al. 2010).
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Figura 1: HenkJonkers

Fonte: Silva et al. (2017)

No intuito do mantimento das bactérias dormentes até que haja necessidade,


elas são colocadas em cápsulas pequenas, biodegradáveis, possuindo cálcio.
Jonkers e sua equipe fizeram o estudo da bactéria Bacillus pseudofirmus,
considerada um bacilo que vive nos ambientes de forma extrema inóspitos, como
crateras de vulcões em atividade ou lugares com pH em superioridade a 10,0. Por
ter capacidade de ter sobrevivência nesses locais, acabaram percebendo que, a
bactéria teria capacidade de permanecer viva caso tivesse mistura ao concreto
(MORS E JONKERS, 2013).
O bioconcreto poderá ter seu preparo de duas formas, segundo Saminar
(2016). O primeiro é o método de aplicação direta, isto é, solução no concreto de
autorreparação, o conteúdo bacteriano tem sua integração durante o procedimento
construtivo, enquanto o sistema de argamassa e líquido de reparação apenas entra
em ação quando tem ocorrência dano agudo nos elementos de concreto.
O concreto de auto cura é o mais completo das 3 variantes. Esporos
bacterianos possuem encapsulamento no interior de pellets de argila de 2 a 4 mm de
largura e com adição à mistura de cimento com nitrogênio separado, fósforo e um
agente nutriente. Esta abordagem de inovação acaba garantindo que, as bactérias
venham a permanecer sem atividade no concreto por até 200 anos.
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O contato com os nutrientes tem ocorrência apenas caso a água tenha


penetração numa rachadura – e não na mistura com o cimento. Esta variante tem
adequação para as estruturas com exposição ao intemperismo, assim como pontos
de complexo acesso para os trabalhadores que fazem os reparos. Com isso, a
necessidade de reparação manual caros e complexos tem eliminação.
O outro método é encapsular as bactérias juntamente ao lactato de cálcio em
pastilhas normalmente de argilas expandida tratadas (Figura 2), e tem adição juntas
na mistura do concreto. Quando existe fissuras no concreto, a estrutura dos grânulos
de argila tem sua quebra, iniciando o tratamento da reparação (SAMINAR, 2016).
Também teve verificação que, nesse método apresentam-se esporos das
bactérias, com introdução juntamente ao lactato de cálcio em argila expandida,
constatando que, existiu um prolongamento na vida útil das bactérias, e foi possível
observar que, não existiu perda de viabilidade ao longo do estado (REDDY et al.
2012).

Figura 2: Bactéria Bacillus Pseudofirmus

Fonte: Saminar (2016)

Jonkers (2010) pontua que, essa reação é parecida com o procedimento pelo
qual as fraturas ósseas, no corpo humano, são de forma natural com cura pelos
osteoblastos que fazem mineralização para a reconstituição do osso. Além do mais,
o consumo de oxigênio durante a conversão das bactérias do lactato de cálcio em
calcário possui uma outra vantagem, sendo que, o oxigênio, por ser considerado um
elemento fundamental no procedimento de corrosão da armadura, tem seu consumo
na atividade bacteriana, contribuindo para aumentar a durabilidade das estruturas de
concreto armado. Os esporos bacterianos e os nutrientes, tornam-se a base do
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lactato de cálcio, possuem inserção nas esferas argilosas expandidas, com


separação por 4 mm de largura, para asseguração que, apenas quando tiver
ocorrência a fissuração, a água penetrante conduzirá o lactato de cálcio até as
bactérias, que terão ativação.
Neste contexto, Silva et al. (2017) pontua que:

Colônias de Bacillus pseudofirmus possuem adição ao concreto para que


haja a possibilidade de reparo dos danos que existem no material, tendo
funcionamento da seguinte forma: de forma inicial, as bactérias possuem
encapsulamento, “dormindo”, e são “despertadas” quando acabam entrando
em contato com a água. Depois disso, alimentam-se do lactato de cálcio,
que teve utilização na produção do concreto, e da água que o estimulou.
Assim, a bactéria acaba originando o calcário como produto da digestão,
depois de consumir esses elementos, e em até 3 semanas, tem capacidade
de fechar as fissuras de forma prévia aberta(SILVA et al. 2017, p.43).

Como demonstrado na Figura 3, a composição desse material auto


regenerativo em contato com a água acaba desencadeando uma formação de
calcários.

Figura 3: Composição - calcário, silica e oxido de alumínio

Fonte: Boelens et al. (2012)

Quando as fendas possuem abertura e a água acaba entrando em contato


com as cápsulas, as bactérias passam a terem alimentação do cálcio, que tem
reação com o carbono na produção de calcário, fechando as fissuras (Figura 4 e 5).
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Figura 4: Bioconcreto em processo de autocura

Fonte: Boelens et al. (2012)

Nos últimos tempos, o bioconcreto teve submissão a testes de resistência


perante diversas condições externas num prédio de testes na Holanda. O
bioconcreto possui potencial da redução de forma significativa as despesas de
manutenção de pontes, túneis e muros de contenção, que possuem um custo de 4 a
6 bilhões de euros anualmente apenas na União Europeia (SILVA et al. 2017).

Figura 5: Procedimento de calcificar o concreto

Fonte: Boelens et al. (2012)

O procedimento vem se mostrando eficiente, e pode ainda ter adição a um


líquido a ter pulverização perante os edifícios existentes. Entretanto, o problema são
os altos custos, sendo que, é duas vezes o custo do concreto tradicionalista
(BOELENS et al. 2012).
Entretanto, na técnica do encapsulamento das bactérias, comparado com
metodologia de revestir partículas, a primeira consegue reduzir os custeios
produtivos de bioconcreto em mais de 50%. Enquanto os custeios produtivos do
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concreto convencionalista chagavam a 80 euros por metro cúbico, 1 metro cúbico de


bioconcreto teria um custo entre 85 a 100 euros com o novo agente de
encapsulação. Com custeios de reparação e substituição de forma significativa
menores ao longo da vida útil de uma construção, este investimento de forma
mínima maior seria pago agilmente por todas as estruturas de concreto (VEKARIYA
E PITRODA, 2013).
O concreto acabará continuando a ser o material construtivo de maior
importância para a infraestrutura, entretanto, a maior parte das estruturas de
concreto se torna propensa para rachaduras. Pequenas rachaduras com presença
na superfície do concreto tornam deixam a estrutura com vulnerabilidade devido ao
fato que, a água tem penetração para a degradação do concreto, corroendo o
reforço de aço, na redução da vida útil da estrutura (JONKERS, 2011).
O concreto tem possibilidade de suportar as forças de compreensão,
entretanto, não é bom para suportar as forças de tração. Quando fica sujeito a
tensões, iniciar a ter rachaduras, e é por este motivo que, tem reforço com aço para
suportar as forças de tração (WIKTOR E JONKERS, 2011).
Estruturas com construção num ambiente de alta água, como é o caso dos
porões subterrâneos e as estruturas marinhas, possuem vulnerabilidade para a
corrosão do reforço do aço. As pontes de autoestrada também possuem
vulnerabilidade devido ao fato que, os sais com utilização para o descongelamento
das estradas possuem penetração nas fendas das estruturas, podendo acelerar o
processo corrosivo do reforço de aço. Em diversas estruturas, as forças de tração
poderão causar rachaduras, que poderão ter ocorrência de forma relativa pouco
após a construção da estrutura (VEKARIYA E PITRODA, 2013).
A reparação das estruturas convencionalistas do concreto normalmente tem
envolvência aplicar uma argamassa de concreto, que tem colagem na superfície que
teve danificação. Diversas vezes, a argamassa necessita ter encaixa na estrutura
existente com pinos de metal para a garantia que ela não caia. As reparações
poderão ser de forma particular demoradas e caras, devido ao fato que, diversas
vezes, é bem complexo a obtenção de acesso à estrutura para realizar as
reparações, principalmente caso elas tiveram no subsolo ou numa grande altura
(REPETE, 2011).
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Testes demonstraram que, quando a água tem sua penetração no concreto,


as bactérias possuem germinação e multiplicação de forma rápida. Elas fazem a
conversão dos nutrientes em calcário no período de 7 dias no laboratório. Lá fora,
em temperaturas mais amenas, o procedimento leva semanas (JONKERS, 2011).
O ponto de início do estudo foi encontrar bactérias com capacidade de
sobrevivência num ambiente de forma extrema alcalino. O cimento e a água
possuem um pH de até treze quando possuem mistura, normalmente um ambiente
em hostilidade para a vida: a maior parte dos organismos acaba morrendo num
ambiente com um valor de pH em superioridade 10. O estudo teve concentração em
micróbios que possuem desenvolvimento nos ambientes alcalinos, podendo ser
encontrados nos ambientes naturais, como é o caso dos lagos alcalinos na Rússia,
solos ricos em carbonatos em áreas desérticas da Espanha e lagos de soda no
Egito (IVANOV et al. 2015).
Amostras bacterianas endolíticas tiveram coleta juntamente com as bactérias
encontradas nas sedimentações dos lagos. Cepas do gênero bactérias Bacillus
foram encontradas para ter prosperaram nesse ambiente de forma alta alcalino. Na
Universidade Delft, as bactérias relacionadas as amostras tiveram seu cultivo num
frasco de água, que teria utilização como parte da mistura de água para o concreto
(DE MUYNCK et al. 2008).
Distintos tipos bacterianos tiveram incorporação num pequeno bloco de
concreto. Cada bloco acabaria ficando por 2 meses para ter endurecimento. Assim,
o bloco teria pulverização e os restos com testes para ver se as bactérias tinham
sobrevivido (DE MUYNCK et al. 2008).
O crescimento das bactérias também é dependente do pH. Cada espécie
microbiana possui uma gama distinta de pH. Um nutriente de distintas faixas de pH
de 4 a 12 teve seu preparo em tubo de ensaio. Fazendo a introdução da cultura
bacteriana nela e crescimento, o teste teve realização fazendo a medição da
turvação da amostra, usando calorímetro Foto, e foi possível observar o crescimento
na faixa de pH 7,5-9,0. O Bacilo pasteuril acabou apresentando um crescimento na
faixa de pH de 7-9 e o Bacillus sphaericus apresentou de 8-9 (EUZEBIO et al. 2017).
Entretanto, Voronovcz e Vargas (2016) pontuam que:

Este material não apresentou bons resultados em resistir altas compressões


assim como o concreto tradicional, limitando sua utilização apenas como
revestimentos de paredes. Mesmo assim ainda não é comercializado, pois
os testes realizados foram apenas em pequenas escalas, ou seja,
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teoricamente está respondendo muito bem aos testes de preencher os


vazios criados por trincas, mas não foi realizado nenhum estudo em grande
escala (VORONOVCZ E VARGAS 2016, p.23).

Assim, essa nova tecnologia pode teoricamente, aumentar de forma


exponencial o tempo de vida das estruturas de concreto e na redução de maneira
substancial os custos de manutenção. Essa capacidade de autorrecuperação é
principalmente importante nas estruturas de concreto armados que ficam enterradas
ou são de difícil acesso (SILVA et al. 2017).
Além do mais, construções com projeção se atentando a sustentabilidade
também pode captar a água da chuva para reutilização para regar plantas ou
descargas nos vasos sanitários. Mas haveria possibilidade de bebe-la graças ao
bioconcreto, já que é um material que ajuda filtrar a água. Assim, foi criado um
protótipo chamado Rainhouse (Figura 6), que teve apresentação pela empresa da
Hungria Ivanka na Semana de Design de Milão, tendo enormes repercussões
(SANTOS, 2017).

Figura 6: Rainhouse

Fonte: Santos (2017).

É um projeto visionário que acaba captando a essência da água, que é a


chuva. É uma fonte melhor do que lagos, rios ou águas minerais do subsolo. A
tecnologia que foi desenvolvida fornece acesso à água potável com baixo custo,
deixando a menor pegada ecológica possível no processo (SANTOS, 2017).
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De forma básica, a água da chuva tem sua canalização por diversos dutos de
aço inoxidável, que já fazem a remoção de parte das impurezas, até uma cisterna
feita de bioconcreto, com instalação no topo da casa. Esta cisterna tem sua atuação
como sendo uma caverna natural de calcário, que faz ajustes de forma automática o
pH da água ao nível ideal. Uma coberta de prata também acaba mantendo o tanque
limpo e diversos filtros conclui o trabalho de purificar a água, fazendo sua liberação
para utilização. Nenhum produto químico tem uso (ÉPOCA, 2018).
A tecnologia com presença no bioconcreto acaba permitindo que, cisternas
tenham instalação mesmo nas casas que já existem, tendo variância somente seu
design segundo a arquitetura. Seu tamanho também é possível de adaptação, desde
uma habitação para uma família pequena até uma ampla fábrica de alimentos. A
grande limitação é que, necessita de determinada quantidade de chuva, significando
que, locais mais secos não poderão fazer sua utilização.
Mesmo com isso, metade dos países apresentará condições da adoção da
cisterna de bioconcreto. A empresa criadora possui planos de licenciamento da
tecnologia da Rainhouse internacionalmente, tornando parte dela acessível partindo
do código aberto (ÉPOCA, 2018).
Entretanto, é um material um pouco diferente do bioconcreto com
desenvolvimento pelos pesquisadores da Universidade Técnica de Delft, que faz a
utilização de bactérias em sua composição para a promoção da regeneração do
material. No concreto utilizado para a fabricação da cisterna, tiveram injeção
nanopartículas de prata coloidal perante seus agregados. Os agentes microscópicos
juntamente com a tubulação de aço inoxidável que faz a captação da chuva,
possuem a responsabilidade pelo ajuste do pH da água para o consumo humano.
Além do mais, a prata coloidal tem sua ação contra uma ampla faixa de
microrganismos, como bactérias, fundos e vírus (SANTOS, 2015).
Depois do encerramento da feita em Milão, o protótipo acabou sendo levado
para a região do Lago Balaton na Hungri, onde terá testes durante 1 ano. Após este
período, os inventos planejam a produção de novas unidades e fazer sua instalação
nas regiões mais pobres, especialmente na África (ÉPOCA, 2018).
Santos (2017) pontua que, não existem impedimentos técnicos para que a
RainHousa possa em um futuro ter agregação ao sistema de tratamento de água no
Brasil. É necessário somente a realização de um estudo de viabilidade, no intuito da
comparação do modelo tradicionalista de captação com este novo modelo.
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4. Conclusão

Como foi possível ver, o desenvolvimento do bioconcreto poderá trazer


consigo uma revolução na área da construção civil, sendo que, acabará trazendo
uma maior vida útil para o concreto, fazendo com que tenha prolongamento de
maneira significativa as manutenções nas edificações, o que resulta num maior
conforto e tranquilidade para os proprietários, além da diminuição do valor gastos
com as reparações.
Além do mais, bioconcreto tem sua eficácia baseada no projeto com
realização por Dr. Hank Jonkers, com aplicação com êxito para a promoção e
melhora da capacidade de autocura do concreto.
No entanto, mesmo com os diversos pontos em positividade, o bioconcreto
ainda não tem larga utilização. Iniciou a introdução no continente europeu com preço
em média 40% superiores que o concreto convencionalista, havendo a necessidade
de baratear o processo de fabricação para que tenha ocorrência uma total adesão
das obras do mundo e para que este material biotecnológico tenha firmação no
mercado.

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