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AS 4 VOCAÇÕES

● VOCAÇÃO LAICAL
- Pelo batismo todos nós recebemos uma vocação. A vocação laical é a primeira
vocação a ser vivida por todos os que foram chamados a uma vocação
específica, sacerdotal ou religiosa. Todos os padres antes de serem ordenados e
as religiosas serem consagradas foram leigos. Os leigos são todos que
assumem o compromisso de servir a Igreja. São homens e mulheres que são
chamados a desempenhar diversas atividades, serviço na Igreja sendo
catequista, ministro da Eucaristia, agente das diferentes pastorais e movimentos.
- Ou seja; Os leigos podem viver o estado de vida do matrimônio ou do celibato
consagrado.
- A vocação laical é o chamado aos leigos ao serviço.

● VOCAÇÃO MATRIMONIAL
- De maneira muito simplificada, podemos dizer que a vocação matrimonial
consiste no convite de Deus a um homem e a uma mulher a se unirem num
relacionamento de profundo amor e santidade, gerando, como fruto fecundo
dessa união, a vida, os filhos.
- Na família humana, reunida em Cristo, é restaurada a “imagem e
semelhança” da Santíssima Trindade, mistério de onde brota todo o
amor verdadeiro. O matrimônio e a família recebem de Cristo, através
da Igreja, a graça para testemunhar o Evangelho do amor de Deus
- Catecismo, 1604 - Tendo-os Deus criado homem e mulher, seu amor
mútuo se torna uma imagem de amor absoluto e indefectível de Deus
pelo homem. Esse amor é bom, muito bom, aos olhos do Criador, que
“ é amor” ( 1Jo 4,8-16). Esse amor abençoado por Deus é destinado a
ser fecundado e se realizar na obra comum de preservação da criação:
“ Deus os abençoou e lhes disse: SEDE FECUNDOS E
MULTIPLICAI-VOS, ENCHEI A TERRA E SUBMETEI-A “.
- Ou seja, Deus instituiu ao homem e a mulher chamados ao matrimônio
a responsabilidade de gerar frutos e educá-los na fé de Cristo.
- Catecismo, 2370 - ( Abertura à vida ) É intrinsecamente má “ toda
ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua
realização, ou também durante o desenvolvimento de suas
consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar
impossível a procriação.
● Ou seja, um casal nunca deve se utilizar da contracepção natural
ou artificial. É intrinsecamente má planejar a quantidade de
filhos ou escolher o momento que a pessoa acha mais adequado.
{Um casal não faz planos, esses já são feitos por Deus.}
- ( A educação na fé ) por parte dos pais deve começar desde a mais tenra
infância. Faz-se já quando os membros da família se ajudam mutuamente a
crescer na fé pelo testemunho duma vida cristã, de acordo com o Evangelho. A
catequese familiar precede, acompanha e enriquece as outras formas de
ensinamento da fé.
- A educação na fé de Cristo é uma das maiores responsabilidades de um casal
sobre os filhos que Deus os confiou. É a educação mais importante que pode
existir, aquela que inspira os filhos a buscarem o céu. Que apresenta a verdade,
o caminho e a vida e revela a primeira vocação de todos nós o chamado à
santidade.
- Vale ressaltar que quando se fala em abertura à vida não têm a ver
com ter muitos filhos, mas como o próprio nome diz é está sempre
aberto à vontade de Deus.
- Por fim… Deus inscreve na humanidade do homem e da mulher a
vocação e, assim, a capacidade e a responsabilidade do amor e da
comunhão. No matrimônio é necessário o amor mútuo entre o homem
e a mulher e busca permanente pela santidade.

● VOCAÇÃO SACERDOTAL
- Catecismo, 1536 - A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada
por Cristo aos Apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até ao fim dos
tempos: é, portanto, o sacramento do ministério apostólico. Comporta três graus:
episcopado, presbiterado, diaconato.
-
Hierarquia da Igreja
Católica
Papa
Cardeal
Patriarca
Arcebispo
Bispo
Padre
Diácono
Leigo
- A vocação sacerdotal é um chamado de Deus para alguns homens dentro do
povo de Deus a se tornarem um representante do sagrado como a própria
palavra já nos indica: sacerdos significa sagrado e otis significa representante.
- “in persona Christi" - quer dizer, literalmente, na pessoa de Cristo e só pode
ser atribuída aos sacerdotes e ministros ordenados. Ela significa que quando o
sacerdote age, ele o faz na pessoa de Cristo, ou seja, não é ele quem está
agindo, mas Cristo. Na Santa Missa ocorre no momento da liturgia eucaristica na
consagração da eucaristia.

- Quando o fiel cristão descobre, na sua situação de solteiro, um apelo de Deus e


o aceita de livre vontade, a sua vida celibatária pode tornar-se vocação assumida
e valorizada. A pessoa pode, então, como diz o Catecismo da Igreja Católica
(CIC), passar a viver “a sua situação no espírito das bem-aventuranças, servindo
a Deus e ao próximo de modo exemplar” (nº 1658). Essa forma de vida pode não
ser definitiva, e a pessoa ser chamada ao matrimônio em qualquer idade.
- Celibato - Assumem, de forma definitiva, o celibato pelo Reino dos Céus os que
consagram totalmente a sua vida a Deus e, por isso, renunciam ao casamento. A
sua opção resulta da percepção do amor de Cristo e do seu chamamento,
correspondidos positivamente numa relação crescente de amor para com Ele.
Nesse caso, a motivação para o celibato é teológica e carismática, é uma graça
divina que a pessoa acolheu e a qual correspondeu livremente com a entrega
total de si mesma a Deus.
- A sua entrega significa o assumir de uma vida que é renovada por Cristo e
penetrada pela força do Espírito. A pessoa doa-se em todo o seu ser, também na
dimensão física, mas o faz de forma diferente da que é vivida no matrimônio.
- Foi a partir do Concílio de Trento (1563) que, realmente, foram criados os
seminários nas dioceses, voltados para a formação da razão e da fé do futuro
presbítero da Igreja.
- De forma simples e direta, o Papa emérito Bento XVI, na carta aos seminaristas,
em 2010, ressalta alguns pontos para os futuros sacerdotes:
- 1- O seminarista deve ser um homem de Deus(1Tm 6,11). Jesus deve
ser o ponto de referência de toda a sua vida;
2- Os sacramentos devem ser celebrados com íntima participação da
Eucaristia. A penitência leva à humildade, e deixando-se perdoar, aprende-se a
perdoar os outros. Também o Papa pede para não excluir piedade popular,
porque, por meio dela, a fé entrou no coração dos homens;
3- Estudar com empenho, porque a fé possui uma dimensão racional e
intelectual. É importante conhecer a fundo e integralmente a Sagrada Escritura.
Amar o estudo da teologia;
4- Ser exemplo de homem maduro.
- A formação humana, espiritual, intelectual e pastoral deve ser bem trabalhada
pela equipe formativa dos seminários, mas o seminarista deve ser o primeiro
interessado por ela.
- Tempo de formação - Os jovens que trilham o caminho Redentorista, por
exemplo, tendo terminado o Ensino Médio passarão 10 anos de
estudos até o tempo dos Votos Perpétuos , a partir daí, os que desejam
ser Padres, partirão para o caminho da ordenação diaconal e depois
presbiteral; os Irmãos, iniciarão seus trabalhos missionários de forma
mais intensa.

● VIDA RELIGIOSA
- O que caracteriza de fato o chamado para a vida religiosa é a
consagração total de todo o ser a Deus, através da imitação de Cristo
na profissão dos conselhos evangélicos: a pobreza, a castidade e a
obediência. A vida religiosa é o cumprimento pleno da graça recebida
no batismo e na confirmação que um homem ou uma mulher pode
entregar totalmente sua vida a Deus vivendo como Cristo, pobre, casto
e obediente.
- As formas de vida religiosa são múltiplas adaptadas aos diferentes
chamados que Deus suscita: vida contemplativa, vida ativa a serviço do
apostolado, vida consagrada ao serviço dos mais pobres, mais
necessitados. Portanto, é essencial que o jovem ou a jovem tenham,
conhecimento da existência de tais instituições.
- diferenças na vida religiosa -
- Vida Contemplativa
● As congregações dedicadas completamente à contemplação,se dedicam
exclusivamente à contemplação, em oração contínua e alegre penitência.
- Vida Apostólica
● Em tais institutos, pertence à própria natureza da vida religiosa a
atividade apostólica e de beneficência, como o exercício do santo
ministério e as obras de caridade próprias, que a Igreja lhes confiou e que
eles devem exercer em seu nome. Por isso, toda a vida religiosa dos seus
membros seja imbuída de espírito apostólico e toda a sua ação apostólica
seja informada pelo espírito religioso.
- Vida Monástica
● O principal dever dos monges é servir, de modo humilde e nobre, a divina
majestade dentro das paredes do seu mosteiro, quer se entreguem
totalmente ao culto divino na vida contemplativa, quer tenham assumido
legitimamente algumas obras de apostolado ou caridade cristã.
- etapas de formação para vida religiosa -
- Fase de Aspirantado

● A jovem que sente o convite de Jesus para dizer "SIM" como a vida religiosa

consagrada, começa o seu caminho como aspirante. O período inicial de

conhecimento recíproco chama-se “aspirantado”, porque precede a acolhida oficial

no postulado, que é o primeiro período de formação inicial, prescrito pelas

Constituições.

- Fase de Postulantado

● O Postulado é a segunda etapa de formação prescrita pelas nossas


Constituições. É um período de crescimento humano e espiritual, em
que a candidata, atraída pelo fascínio da pessoa de Jesus e pela beleza
do dom total de Si à causa do Evangelho, procura fazer de sua vocação
uma história de amizade crescente com o Senhor.

- Fase de Noviciado

● O noviciado pode ser definido como um tempo de iniciação integral à


formação de vida que o Filho de Deus abraçou e propôs no Evangelho. É
organizado de tal modo que as noviças possam melhor tomar
consciência da vocação religiosa.
● Essa etapa de formação tem como objetivo dar oportunidade à jovem
noviça de conhecer e experimentar a beleza e as exigências da vida
consagrada, mediante a interiorização dos Conselhos Evangélicos de
Castidade, Pobreza e Obediência, visando uma caridade mais perfeita
de amor a Deus e aos pobres.

- Fase Juniorato

● O juniorato, última etapa de formação inicial da religiosa vicentina, coincide


com o período dos votos temporários e pode durar de cinco a nove anos. A
juniora tem a possibilidade de interiorizar e de experimentar os valores já
apreciados; integrar a formação humana e espiritual com a preparação cultural
e profissional e a experiência apostólica.
- Como ressaltou o Concílio (cf. Lumen gentium, 44), a vida consagrada
«imita mais de perto, e perpetuamente representa na Igreja a forma
de vida que Jesus, supremo consagrado e missionário do Pai para o
seu Reino, abraçou e propôs aos discípulos que O seguiam» (n. 22).”
(Mensagem para a celebração do I Dia da Vida Consagrada)
- Em suas múltiplas expressões, a vida consagrada revela a íntima
vocação da Igreja, de pertencer somente ao seu Senhor. A diversidade
de carismas e formas de vida consagrada revelam a beleza do
pertencimento a Deus, cada uma com sua identidade.

- “ A vocação é como uma flor, você tem que regá-la para que dê
lindos ramos “ - Santo Ezequiel Moreno.

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