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Professor

Azenil Carvalho
Mestre em Engenharia Urbana, Engenheiro Civil e de Segurança
do Trabalho, Advogado, Especialista em Direito Imobiliário, Pós
Graduado em Perícias e Avaliações de Imóveis, Pós Graduando
Master BIM integrante da CBIM RJ, Avaliador Credenciado Caixa
Econômica Federal, Perito Judicial cadastrado TJRJ/TRT. Atuou de
2010 a 2021 como Professor Universitário da Unigranrio-RJ, nas
Graduações de Engenharia Civil e Arquitetura. Atuou como
Coordenador de Urbanismo de Duque de Caxias-RJ. Sócio Diretor
da Aznew Engenharia e Avaliação LTDA. Coordenador na EBPOS.
Atual Diretor de Patrimônio e Controle da RIO TRILHOS - RJ
www.azenil.com.br e-mail: prof.azenil@gmail.com
Estudo Prévio Dirigido
O aluno deverá responder questões de múltipla escolha sobre
o tema com valor de 3,0 pontos
O QUE VAMOS ESTUDAR E QUANDO?
Parte I (sexta-feira – noturno)
Levantamento de dados; estudo e definição das variáveis;
Correlação entre variáveis. Variáveis quantitativas e
qualitativas. Equações lineares por regressões simples e
múltiplas. Análise de resíduos. Estatística Descritiva;
Inferência Estatística: Coeficiente de correlação e de
determinação

Parte II (sábado – matutino)


hipótese nula, nível de significância, análise de variância, intervalo de confiança;
noções de estatística espacial; exercícios práticos. Prática de pesquisa de
mercado imobiliário. Métodos inferenciais
Parte III (sábado – vespertino)
UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE SISDEA; EXERCÍCIOS PRÁTICOS
COM APLICAÇÃO DO SISDEA PARA ELABORAÇÃO DE LAUDOS
DE AVALIAÇÃO

Parte IV (domingo – matutino)


ELABORAÇÃO DE LAUDO COMPLETO DE AVALIAÇÃO DE
IMÓVEIS POR INFERÊNCIA ESTATÍSTICA, COM UTILIZAÇÃO
DO PROGRAMA SISDEA
Método de avaliação para os alunos que assistirem o módulo ao vivo

● Presença do aluno durante os períodos de aula ao vivo


● Realização das tarefas propostas em grupos e ESTUDO DIRIGIDO
● Elaboração e apresentação do Laudo de AVALIAÇÃO no domingo,
TRABALHO EM GRUPO
Método de avaliação para os alunos que assistirem o módulo gravado

● Realização do Laudo proposto no DOMINGO


● Prova com questões objetivas via portal - INDIVIDUAL
O que temos no nosso material de estudo disponibilizado?
Modelos editáveis em Word. Em especial modelo de
Laudo de Avaliação completo, que poderá ser editado
para utilizar em Cadastro de Bancos como Caixa
Econômica e Banco do Brasil
NBR 14.653 AVALIAÇÃO DE BENS

Material didático sobre


Estatística aplicada e Curso de
Avaliação de Imóveis ( Apostila)
Delimitação e critérios deste módulo

Antes de entrarmos a fundo no conteúdo do módulo, é fundamental estabelecer


delimitações e apresentar os critérios para o seu desenvolvimento

• Teremos como objetivo principal proporcionar conhecimentos ao aluno para, ao final,


conseguir elaborar LAUDO DE AVALIAÇÃO COMPLETO, documento técnico exigido pela
maioria dos bancos para cadastro e credenciamento em avaliações.
• Em razão do tempo, não iremos aprofundar em conceitos de Estatística, porém o aluno
deverá conhecer todos os parâmetros nesse tema, para correta interpretação dos
resultados e apresentação de laudo de avaliação nos termos da NBR 14.653.
• NÃO É OBJETIVO DESSE MÓDULO APRESENTAR CONCEITOS DE LAUDOS PERICIAIS,
PROPOSTAS DE HONORÁRIOS, TEMAS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E OUTROS
ASSUNTOS RELACIONADOS À PERÍCIAS, QUE O ALUNO TERÁ A OPORTUNIDADE DE
CONHECER EM OUTROS MÓDULOS.
Avaliação de Imóveis – Critérios exigidos pela Caixa Econômica

Uma etapa fundamental na aquisição de imóvel com


financiamento da Caixa Econômica Federal é a avaliação do
bem que será dado como garantia da dívida. Empresas
contratadas pela Caixa Econômica através de Licitação
prestam o serviço de Avaliação de Bens Imóveis com base
na NBR-14653-2
Bem diferente da avaliação realizada por Corretor de
Imóveis, essa modalidade utiliza o tratamento de dados e
fatores, atribuindo a cada imóvel uma variável, como por
exemplo o número de quartos, número de elevadores,
quantidade de vagas de garagens, entre outras
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Quem pode ser Avaliador Credenciado junto
à Caixa Econômica Federal?
• Somente Pessoa Jurídica – Empresa de Engenharia ou Arquitetura
• Possuir no quadro Societário Profissional Engenheiro ou Arquiteto com
curso de Avaliação por Inferência Estatística de 24h.
• Empresa tem que ser cadastrada no SICAF – Sistema de Cadastro de
Fornecedores
• Participar de processo de licitação apresentando um Laudo na modalidade
completa com ART/RRT, certidões negativas Federal, Estadual e Municipal,
além dos demais documentos solicitados no Edital.
• Obs.: Último Edital aconteceu no ano de 2019 – PREVISÃO PARA 2024
• www.caixa.gov.br > Downloads > Credenciamento de Terceiros
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Levantamento de dados
QUAL O VALOR DESSE IMÓVEL?????

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Estudo e definições das Variáveis
São coletadas amostras de imóveis disponíveis no mercado para
negociação ou mesmo imóveis que já foram transacionados. Utilizando
a inferência Estatística para o tratamento de dados, obtém-se uma
equação de regressão linear, a qual substituindo as variáveis do imóvel
avaliando, temos o valor médio para aquele bem.

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Definição de Avaliação
• Como a determinação do valor de um bem é o objetivo da Engenharia
de Avaliações, a Norma Técnica NBR 14.653-2 define avaliação de
bens sendo:
• Análise técnica, realizada por engenheiro de avaliações, para
identificar o valor de um bem, de seus custos, frutos e direitos, assim
como determinar indicadores da viabilidade de sua utilização
econômica, para uma determinada finalidade, situação e data.(ABNT,
2004b, p 3).

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Métodos de Avaliação de Imóveis
Entre todos os métodos empregados na avaliação de imóveis, o de
maior utilização é o método comparativo onde o valor do bem é
estimado através da comparação com dados de mercado semelhantes
quanto às características intrínsecas e extrínsecas.

É condição fundamental para sua aplicação a existência de um conjunto


de dados que possa ser tomado estatisticamente como amostra do
mercado, ou seja, qualquer bem pode ser avaliado, desde que existam
dados que possam ser considerados como uma amostra representativa
para o mesmo

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Atividades do Avaliador
• conhecimento do mercado (pesquisa)
• escolha das variáveis
• definição do método de avaliação
• escolha do valor dentro de um intervalo

A avaliação tem o intuito de auxiliar a tomada de decisões


de administradores, investidores e demais pessoas ou
instituições que demandam o conhecimento do valor de bens
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Conceitos da NBR 14.653 - 1
NBR 14.653-1 – Item 3.15:
“Conjunto de conhecimentos científicos especializados aplicados
à avaliação de bens.”

Valor de mercado
“3.44/1 – Quantia mais provável pela qual se negociaria
voluntária e conscientemente um bem, numa data de
referência, dentro das condições de mercado vigentes.”
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Dados de mercado: Conjunto de informações coletadas no mercado
relacionadas a um determinado bem. Ex.: Apartamento com 60,00m²,
padrão normal, 01 vaga, 5º andar, localizado na Rua 123 n. 456

Amostra: Conjunto de dados de mercado representativos de uma


população. Ex.: Amostra do bairro Copacabana

População: Totalidade de dados de mercado do segmento que se


pretende analisar

Inferência Estatística: Parte da ciência estatística que permite extrair


conclusões sobre a população a partir da amostra.
Modelo: Representação técnica da realidade
Toda avaliação imobiliária se baseia em quatro pilares
fundamentais: o objetivo da avaliação, os informes sobre o
imóvel avaliando, os informes do mercado e o tratamento
científico aplicado a esses informes (GOMIDE, 2008).

O objetivo principal da Engenharia de Avaliações é a


determinação técnica do valor de um bem, dos seus custos,
frutos ou direitos sobre ele (DANTAS, 2005).
Entre as muitas definições de valor, podemos destacar a de
Alfred D. Bernard: “valor é a expressão de uma necessidade, de
um desejo ou de um capricho” (CALDAS apud Berrini, 1946).

O valor que se pretende determinar numa avaliação é o Valor de Mercado, o qual é definido pela Norma Brasileira para
Avaliação de Bens NBR 14653-1

Valor de mercado é o preço justo pago por um imóvel por um comprador desejoso de comprar para um vendedor
desejoso de vender, ambos com pleno conhecimento do seu aproveitamento eficiente (THOFEHRN apud TRIVELLONI
E HOCHHEIM, 1998, 2010, p. 26)
Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da
NBR 14653-1, no item 7.5 define a escolha da metodologia:

A metodologia escolhida deve ser compatível com a natureza do bem avaliando, a finalidade
da avaliação e os dados de mercado disponíveis. Para a identificação do valor de mercado,
sempre que possível preferir o método comparativo direto de dados de mercado.

Método comparativo direto de dados de mercado


É o método mais utilizado na avaliação de imóveis urbanos (THOFEHRN, 2010).
É aquele em que o valor do bem é estimado através da comparação com dados de
mercado assemelhados quanto às características intrínsecas e extrínsecas
(DANTAS, 2005), ou seja, imóveis similares que foram comercializados ou
encontram-se em oferta.
Segundo o mesmo autor, é condição fundamental para aplicação deste método a
existência de um conjunto de dados que possa ser tomado estatisticamente como
amostra do mercado.
Na aplicação deste método, a natureza dos bens, a indisponibilidade dos dados e de
suas características, bem como os prazos limitados para a concepção da avaliação,
podem levar à coleta de amostras que não atendem na íntegra aos pressupostos
formais das amostras aleatórias simples, exigidos pelos modelos de estatística
inferencial.

Assim, as amostras são mais bem descritas como “amostras acidentais”, que devem
possuir a maior representatividade possível em relação à população, mesmo que
não sejam utilizadas as técnicas tradicionais para a coleta de amostras aleatórias
simples.

Para alcançar o máximo de representatividade da amostra, deve-se especificar


claramente as características dos imóveis que compõem a população pesquisada,
tomando como referência as características do imóvel avaliando
A metodologia avaliatória mais intuitiva é, sem dúvida, o Método Comparativo
Direto de Dados de Mercado.
Para saber, por exemplo, quanto vale um carro, procura-se outros carros com as
mesmas características (mesmo ano, mesmo modelo, mesma motorização etc) e
através da comparação direta, conclui-se qual o valor do carro em questão.
Por exemplo, qual o valor de um “Honda Civic EXL 2017”?
Buscando em um site de venda de carros são encontradas as seguintes ofertas
para carros similares:
R$ 101.490,00 R$ 106.990,00 R$ 102.890,00 R$ 107.100,00
R$ 105.900,00 R$ 107.400,00

E o valor de mercado do carro que estamos pesquisando pode ser a média


(ou qualquer outra medida de tendência central, como a mediana ou a
moda), logo o carro que estamos avaliando vale R$ 105.295,00.
No caso da avaliação de imóveis, o raciocínio é o mesmo, mas há um dificultador:
os imóveis são menos padronizados que os automóveis!

Quando buscamos informações de carros, normalmente conseguimos diversos


dados com características similares ao que estamos avaliando, mas os imóveis
quase sempre possuem alguma variação nas características
Vamos a um exemplo no mercado
imobiliário. Avaliemos um terreno com
as seguintes características:
Mas, ao contrário do exemplo do carro, nossos
dados não são homogêneos, há diferença nas
características. Nem todos os dados têm, por
exemplo, área de 400m² como o avaliando:
Visualmente percebemos que há uma relação
entre as duas variáveis. Quanto maior a área,
maior o valor e quanto menor a área, menor o
valor. Podemos inclusive traçar, manualmente,
uma reta que se aproxime dos valores.
Matematicamente temos metodologias para
obter uma reta que se adeque aos dados, sendo
a mais comumente usada o método dos
mínimos quadrados.
O método dos mínimos quadrados consiste em
calcularmos a distância vertical de cada um dos
dados a uma reta genérica cuja equação está
no formato:
Valor = a + b x Área
e calcularmos os valores de “a” e “b” que
apresentem menor soma das distâncias
elevadas ao quadrado.
Assim, como queremos a reta que apresente a menor soma das distâncias ao quadrado:
d1² + d2² + d3² ...
Podemos derivar a equação da reta em relação a “a” e “b” e igualar a zero.
O resultado é um sistema de duas equações com duas variáveis onde calculamos “a” e “b”
de forma que a reta se aproxime ao máximo dos pontos. Essa é nossa reta de regressão
Após calcularmos a reta, percebemos que a média
(linha azul) não é a melhor aproximação para os
dados com áreas pequenas ou grandes. A reta
calculada pelo método dos mínimos quadrados
(tracejada em laranja) se aproxima muito mais dos
dados. Pela equação da reta, podemos também
calcular os valores esperados para cada uma das
áreas:
Valor = 366,05 + 1,07 x Área
Desta forma, para nosso terreno com 400m² temos
um valor de R$ 795,39, bem menor que os R$
1.170,00 estimados pela média.

O que acabamos de apresentar é a chamada “Regressão Linear


Simples”
“Linear”, porque os cálculos são feitos em relação a uma reta (posteriormente
veremos que podem haver transformações).
“Simples”, pois estamos utilizando apenas uma variável independente – área –
para estimarmos os valores da variável dependente, o valor do terreno

Uma forma de calcularmos quanto uma


equação se aproxima dos dados é
chamada de “coeficiente de determinação”.
Ele representa quanto da variação em
relação à reta média foi explicado pela
equação de regressão.
Por exemplo, digamos que a soma das
distâncias ao quadrado de cada dado em
relação à reta média tenha sido 100.000:
Como a reta de regressão se aproxima mais dos dados que a reta
média, a soma ao quadrado dos seus desvios será menor que 100.000,
digamos 13.000. Desta forma, podemos dizer que do resíduo total (de
100.000), 87.000 foram explicados pela reta de regressão ou, 87%.

Neste caso, o coeficiente de determinação da nossa equação é de 0,87.


Quanto maior o coeficiente de determinação, menor o resíduo entre os
valores estimados pela equação para os dados e o valor real de cada
um dos dados:

Coeficiente de determinação: 0,87


No gráfico acima, quanto maior o coeficiente de determinação, mais
próximos os dados estarão da reta amarela. Se todos os dados
estivessem sobre a reta amarela nossa equação calcularia um valor
exatamente igual ao preço que encontramos no mercado, para cada
um dos dados e o coeficiente de determinação seria igual a “1”.
No caso de mais de duas variáveis independentes, a visualização já deixa de ser possível.
Mas a aplicação do método dos mínimos quadrados não apresenta maiores dificuldades e chegamos
à seguinte equação:
Valor = 84,92 + 0,94 x Área + 2,78 x Localização
Com a equação acima, podemos calcular novamente o coeficiente de determinação, comparando
com o caso anterior.
Podemos perceber que o
coeficiente aumentou com a
inclusão da nova variável e
que no gráfico os dados
ficaram muito mais próximos
da reta amarela. Um
coeficiente de 0,98 significa
que apenas 2% da variação
dos dados não foi explicada
pela equação.
Com a nova equação, se
inserirmos os dados do nosso
avaliando chegaremos a um
valor de R$ 598,56
VISTORIA TÉCNICA
CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO:
- localização (mapas);
- uso do solo (atividade predominante);
- infra-estrutura;
- equipamentos comunitários
CARACTERIZAÇÃO DO TERRENO:
- aspectos físicos
- aproveitamento
CARACTERIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES
- características construtivas;
- aspectos qualitativos e quantitativos
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DADOS A SEREM PESQUISADOS
LOCALIZAÇÃO
DIMENSÕES E FORMA
ASPECTOS FÍSICOS
DATA DA INFORMAÇÃO
PREÇO
INFORMANTE
TIPO (OFERTA /TRANSAÇÃO)

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VARIÁVEIS DO MODELO DE REGRESSÃO
A VARIÁVEL DEPENDENTE é expressa por uma combinação linear
das VARIÁVEIS INDEPENDENTES, em escala original ou
transformada, e respectivas estimativas dos parâmetros
populacionais acrescida de erro aleatório, oriundo das variações
do comportamento humano – habilidades diversas de
negociações, desejos, necessidades, compulsões, caprichos,
ansiedades, diferença de poder aquisitivo, entre outros.

Resumindo: VARIÁVEL DEPENDENTE É O VALOR QUE BUSCAMOS,


QUE DEPENDE DOS ELEMENTOS DAS AMOSTRAS QUE COMPÕE A
NOSSA POPULAÇÃO, COM SUAS MAIS VARIADAS
CARACTERÍSTICAS (VARIÁVEIS INDEPENDENTES)
Estas diferenças entre as características intrínsecas e extrínsecas dos dados
da amostra são descritas numericamente pelas variáveis que irão compor o
Modelo de Regressão Linear. As variáveis comumente estudadas nas
diversas tipologias imobiliárias classificam-se nas seguintes categorias:

• QUANTITATIVAS
• QUALITATIVAS ( CÓDIGOS ALOCADOS)
• PROXY
• DICOTÔMICAS, BINÁRIAS OU DUMMY
VARIÁVEIS QUANTITATIVAS
São valores que representam as diferenças que podem ser
medidas diretamente em cada elemento da amostra.
Valores passíveis de serem mensurados, contados,
medidos. Apresentam continuidade, não controláveis,
podendo assumir qualquer valor dentro do campo dos
números reais, tais como:
ÁREA: 23,45m²
TESTADA: 30,00m DISTÂNCIA A PÓLOS: 2,98Km
PROFUNDIDADE: 60,57m
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VARIÁVEIS QUALITATIVAS
representam conceitos ou qualidades passíveis de
serem associadas a valores numéricos, tais como:

TOPOGRAFIA
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
PADRÃO CONSTRUTIVO
LOCALIZAÇÃO

perigo: opinião própria X mercado


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VARIÁVEIS PROXY

Utilizadas para substituir outras variáveis de difícil mensuração e


que guardam relação de pertinência, tais como:

LOCALIZAÇÃO (VALOR FISCAL–PVG)


CONSERVAÇÃO (“ROSS-HEIDECK”)
PADRÃO CONSTRUTIVO (CUB)

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VARIÁVEIS DICOTÔMICAS
(CONDICIONAIS/BINÁRIAS)
Aquelas que assumem somente dois valores, utilizadas para
indicar presença ou ausência:
Sim = 1 e Não = 0 ou Sim = 0 e Não = 1
OFERTA / TRANSAÇÃO
COM VISTA / SEM VISTA
CARACTERÍSTICAS: garagem, elevador,...
Frente para o mar
SERVIÇOS PÚBLICOS:
asfalto, ônibus,...

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CÓDIGO ALOCADO
Escala lógica ordenada para diferenciar as características
qualitativas dos imóveis. Ex.: Padrão construtivo baixo(1)
normal (2) alto (3); Estado de Conservação, etc.
Conceitos ou notas:
Valores relativos entre o imóvel avaliando e
as amostras atribuídos pelo avaliador

Restrição importante:
Subjetividade
Perigo de “ajustes intencionais”
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VARIÁVEIS PARA CASAS
ÁREA DO TERRENO

% DE APROVEITAMENTO (AC/AT)

Relação entre área construída e área do

Terreno. Melhor aproveitamento, maior R$

PADRÃO CONSTRUTIVO e ACABAMENTO

CONSERVAÇÃO

IDADE APARENTE

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APARTAMENTOS
VISTA PANORÂMICA

LOCALIZAÇÃO

PADRÃO CONSTRUTIVO

CONSERVAÇÃO / IDADE APARENTE

EQUIPAMENTOS

ESTACIONAMENTO

PAVIMENTO

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SALAS COMERCIAIS
PORTARIA

LOCALIZAÇÃO

PADRÃO CONSTRUTIVO

CONSERVAÇÃO / IDADE APARENTE

ELEVADOR

ESTACIONAMENTO

PAVIMENTO

SHOPPING

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K = número de variáveis independentes
Limites sugeridos
[66 a 74, 85 a 95, 95 a 100]
TESTES DE SIGNIFICÂNCIA DO MODELO
SIGNIFICÂNCIA GLOBAL DO MODELO

Para se testar a significância global de todos os parâmetros que


participam de um modelo de regressão de “n” preços observados sobre
“k” variáveis independentes, utiliza-se o teste “F”. Essa estatística
consiste em determinar a razão entre a variância explicada e não
explicada. Para apresentação dos resultados é construída uma tabela cujo
nome é Análise de Variância. No programa SISDEA, esse teste F é
apresentado no quadro análise de variâncias. Quanto maior o valor de F,
maior o poder de explicação do modelo
Para realizar o teste de significância do modelo, elaboram-se as seguintes hipóteses:
. Hipótese nula (Ho) – considera que as variáveis utilizadas para construção do modelo não são importantes
para explicar a variabilidade dos preços observados no mercado imobiliário
. Hipótese alternativa (HÁ) – considera que pelo menos uma variável é importante para explicar a
variabilidade dos preços observados no mercado imobiliário.
Quando concluímos que pelo menos uma variável é importante para explicação do modelo, rejeitamos a
hipótese nula “Ho”. A NBR 14.653-2 subitem 9.2.1 prevê o enquadramento no GRAU DE FUNDAMENTAÇÃO
de acordo com o nível de significância máximo

GRAU DE
FUNDAMENTAÇÃO DO
MODELO
GRAU DE PRECISÃO DO MODELO
Intervalo de confiança para o valor
estimado
A Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), através da NBR
14653-2, item 3.40, define o intervalo de
confiança como o intervalo de valores
dentro do qual está contido o parâmetro
populacional com determinada confiança.

Conforme Dantas (2005), as estimativas mais precisas ocorrem para avaliações mais próximas às
caraterísticas médias dos dados de referência e as mais imprecisas, nas extremidades.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da NBR 14653-2, item 9.2.3, considera a
amplitude do intervalo de confiança de 80% em torno do valor central da estimativa, para medir a precisão
das estimativas, de acordo com o seguinte critério: Grau III, se a amplitude for menor ou igual a 30%; Grau
II, se a amplitude estiver entre 30% e 40% e Grau I, se a amplitude estiver entre 40% e 50%.
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE UM LAUDO DE AVALIAÇÃO NOS TERMOS DA NBR 14653
MÉTODO COMPARATIVO DE DADOS

O trabalho do avaliador no processo de avaliação é muito mais do que saber


operar um software de inferência. É preciso conhecer a fundo o mercado
imobiliário, suas características na região do imóvel avaliando, vistoriar o
imóvel para coleta de informações sobre o bem, analisar os documentos legais
para, depois disso, decidir as variáveis que irão compor o modelo matemático.

A escolha de amostras que irão compor o modelo devem seguir algumas


recomendações importantes, sempre tendo como referência o imóvel
avaliando.

Por exemplo: Ao buscar amostras para o modelo que se pretende avaliar um


imóvel de 100,00m², importante buscar imóveis tendo como limite amostral a
metade da área (50,00m²) até o dobro (200,00m²).

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