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9ª Vara Criminal
9ª Vara Criminal
Protocolo nº 201700861918
Réus: WALISSON RODRIGUES DE OLIVEIRA
BRUNO LIMA DOS SANTOS
MAIKO JORGE RODRIGUES MACHADO
IVANILDO DE MORAIS PESSOA
DIEGO HENDRIGO LOPES DE SOUZA GOUVEIA
CLEITON BORGES GUDIM
SILVIO JOSÉ LONGO FERREIRA
EDUARDO LIMA DOS SANTOS
PAULO SERGIO GOMES DOS SANTOS
MATEUS COSTA DE LIMA
JOÃO PEDRO ELIAS DOS SANTOS
ANTÔNIO CARLOS RODRIGUES DE SOUSA
TAIRANY NEVES DO NASCIMENTO
FILIPE NASCIMENTO SILVA
DIEGO COTRIM MESSIAS
EDIMILSON LUIS DE SOUZA FILHO
MATHEUS LEOMAR COSME LOPES
BRUNO REGINO DE SOUZA SANTOS
IGOR ANDRÉ VALENÇA DO NASCIMENTO
THIERRY GLEYFFER GONÇALVES BORGES
JEOVÁ JOSÉ DA SILVA
EVANDSON CAETANO CAMPOS MADUREIRA
GENIVAL DA SILVA FERRAZ
MATHEUS VIEIRA LIRA
SENTENÇA
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REGINO); art. 2º, §§ 2º e 4º, I, da Lei 12.850/13, e art. 157, § 2º, I e II, c/c art. 71,
parágrafo único, ambos do Código Penal (por 03 vezes, em razão dos roubos dos veículos
de placas NLT- 5139, ONP-6628 e ONC-7469) (IGOR ANDRÉ); art. 2º, §§ 2º e 4º, I, da
Lei 12.850/13, e art. 157, §2º, I e II, c/c art. 71, parágrafo único, ambos do Código Penal
(por 03 vezes, em razão dos roubos dos veículos de placas NLT-5139, ONP-6628 e ONC-
7469) (THIERRY); art. 2º, §§ 2º e 4º, I, da Lei 12.850/13, art. 180, caput, do Código
Penal (por transportar o veículo de placas ONN-5910), art. 157, § 2º, I e II, do Código
Penal (em razão do roubo do veículo de placas IWJ-4206), art. 157, § 2º, I e II, c/c art. 69,
ambos do Código Penal (por 02 vezes, em razão dos roubos dos veículos de placas NLI-
8900 e NRN-2657) e art. 180, caput, c/c art. 71, caput, ambos do Código Penal (por 03
vezes, em razão do transporte do veículo de placa PGB-3361 e por ocultar em sua casa os
objetos roubados que estavam no interior dos veículos de placas OGM-1360 e ONP-2090)
(JEOVÁ); art. 2º, §§ 2º e 4º, I, da Lei 12.850/13, e art. 157, § 2º, I e II, c/c art. 69, ambos
do Código Penal (por 04 vezes, em razão dos roubos dos veículos de placas NLI-8900, PQQ-
8012, OTP-8510 e PQJ-7232) (EVANDSON); art. 2º, §§ 2º e 4º, I, da Lei 12.850/13, art.
157, § 2º, I e II, c/c art. 69, ambos do Código Penal (por 04 vezes, em razão dos roubos dos
veículos de placas PQW-6856, NRN-2657, ONB-8190 e OGM-2610) e art. 157, §2º, I e II,
c/c art. 71, parágrafo único, ambos do Código Penal (por 02 vezes, em razão dos roubos
dos veículos de placas ONP-2090 e PGB-3361) (GENIVAL); art. 2º, §§ 2º e 4º, I, da Lei
12.850/13, art. 157, §2º, I e II, do Código Penal (em razão do roubo do veículo de placas
OTP-8510) e art. 157, §2º, I e II, c/c art. 14, II, ambos do Código Penal (em razão da
tentativa do roubo da camionete de placas ONN-4567) (MATHEUS VIEIRA).
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fianças e as condições necessárias para a prática dos crimes. O denunciado Bruno era
responsável por manter contato direto com Walisson, de quem recebia as encomendas dos
carros que, após roubados, eram entregues diretamente por ele ou por um dos seus
subordinados. Estavam subordinados a Bruno os denunciados Paulo Sérgio Gomes dos
Santos, João Pedro Elias dos Santos, Mateus Costa de Lima, Antônio Carlos Rodrigues de
Sousa e Tairany Neves do Nascimento, além do próprio irmão dele, Eduardo Lima dos
Santos. Bruno participava diretamente dos roubos, seja abordando as vítimas ou fornecendo
a cobertura necessária aos seus comparsas. Os denunciados Paulo Sérgio, João Pedro e
Antônio Carlos tinham a função de roubar os veículos. A denunciada Tairany Neves do
Nascimento era responsável por guardar o armamento e outros objetos utilizados nos
crimes, com claro objetivo de despistar a polícia e evitar prejuízos em casos de cumprimento
de buscas nas residências dos integrantes do alto escalão, que estariam mais sujeitos a uma
intervenção policial. Verifica-se em áudios interceptados que a referida denunciada foi
alertada por outros integrantes da organização sobre a presença de policiais militares nas
imediações de sua residência, sendo orientada a esconder os objetos ilícitos. Já o denunciado
Mateus Costa tinha a função de auxiliar nos roubos, transportar objetos e providenciar a
guarda dos veículos, além de alertar Bruno sobre a existência de veículos propícios para
serem roubados e tratar com terceiros sobre armas utilizadas nos crimes. Em 21 de dezembro
de 2016, o denunciado Bruno foi preso em flagrante em poder de objetos roubados. Na
ocasião, ele estava acompanhado do seu irmão Eduardo, sendo que houve troca de tiros com
policiais e Eduardo, que já é foragido do sistema prisional, conseguiu escapar. Desde então,
o denunciado Eduardo assumiu o contato direto com Walisson, recebendo as encomendas
dos veículos e os entregando após serem roubados. 1.3) Núcleo coordenado pelo denunciado
MAIKO JORGE RODRIGUES MACHADO, vulgo “Cueca”: O denunciado Maiko também
era um dos líderes da organização criminosa, sendo o coordenador do segundo núcleo
responsável pelos roubos dos veículos. Ele supervisionava toda a atividade criminosa
praticada pelos seus subordinados, determinando os veículos a serem roubados, quem
participaria dos assaltos, quem levaria os carros para o receptador, além de fornecer as
armas de fogo. Assim como Bruno, Maiko também recebia de Walisson as informações dos
veículos necessários e determinava aos seus subordinados a prática dos roubos. Após, ele
entregava os automóveis para Walisson, geralmente por intermédio de um integrante do
baixo escalão, mas sempre sob a sua supervisão. Estavam subordinados a Maiko os
denunciados Filipe Nascimento Silva, Diego Cotrim Messias, Edimilson Luis de Souza
Filho, Matheus Leomar Cosme Lopes, Alben Ferreira Nascimento, Bruno Regino de Souza
Santos, Igor André Valença do Nascimento, Thierry Gleyffer Gonçalves Borges, Jeová José
da Silva, Evandson Caetano Campos Madureira, Genival da Silva Ferraz, Matheus Vieira
Lira e o adolescente Marcos Regino de Souza Santos. O denunciado Maiko evitava
participar diretamente dos roubos, atuando mais como autor intelectual dos crimes,
fornecendo a logística necessária (armas de fogo, veículos, imóveis de aluguel) e
coordenando tudo pelo telefone. O denunciado Matheus Leomar, integrante deste núcleo da
organização criminosa, era um dos responsáveis diretos pelos roubos dos veículos, sendo
auxiliado pelo denunciado Alben Ferreira Nascimento. Em várias conversas que foram
interceptadas, Alben e Matheus combinaram a prática de roubos de veículos nesta Capital.
O denunciado Bruno Regino também roubava os veículos para o denunciado Maiko,
acompanhado dos demais investigados. Bruno foi preso no dia 23 de setembro de 2016,
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quando roubou um veículo, razão pela qual a organização criminosa não pode mais contar
com sua atuação. O denunciado Filipe, por sua vez, além de exercer a função de praticar os
roubos dos veículos, recebia ordens diretas de Maiko para encontrar locais para guarda dos
veículos e receber as armas de fogo que seriam usadas nas práticas criminosas. Para a
execução dos crimes, o denunciado Filipe contava com o auxílio dos denunciados Diego e
Edimilson, os quais roubavam os carros com o primeiro. Geralmente, durante a execução
dos roubos, Filipe permanecia no veículo de apoio, dando ordens, enquanto Diego e
Edimilson abordavam as vítimas. O denunciado Thierry Gleyffer tinha função de praticar
roubos de veículos, abordando as vítimas, em companhia dos investigados Cleiber Minaré
Lacerda e Lucas Felipe de Sousa Fernandes, os quais já são falecidos. Já o denunciado Igor
André, proprietário do veículo VW/Gol, placas ONE-2691, era responsável por levar os
referidos denunciados até o local do crime em seu veículo e permanecer nas imediações,
dando a cobertura necessária. O denunciado Jeová tinha a função inicial de levar os veículos
roubados para o denunciado Walisson, a mando de Maiko, no entanto, com o transcorrer do
tempo, Jeová assumiu outras responsabilidades, como levar os demais integrantes para
praticarem os roubos, utilizando o veículo VW/Golf, placas KES-1812, bem como transportar
alguns dos carros roubados para o Paraguai, tudo a mando do denunciado Maiko. Os
denunciados Evandson Caetano e Matheus Vieira também integravam esse grupo da
organização, com função de roubar os veículos, tendo ambos ingressado no grupo no início
do ano, após a morte e prisão de outros integrantes. O denunciado Genival, por sua vez,
ingressou na organização criminosa em tela após ter sido apresentado por Marcos Regino
para Maiko. A priori, Genival tinha a função de transportar os carros roubados, mas pouco
tempo depois, passou a atuar diretamente nos roubos, acompanhando o referido adolescente.
2) DOS CRIMES DE ROUBO E RECEPTAÇÃO: 2.1) Vítima Aparecida Marlei de Assis:
No dia 12 de maio de 2016, o denunciado Bruno Lima dos Santos telefonou para dois
comparsas não identificados, sendo apenas um denominado como “Gabriel”, e propôs
saírem para roubarem um veículo. Por volta das 17h55min, a vítima Aparecida estacionou
seu veículo Ford/Fiesta SD 1.6, cor branca, placas PQI-1186, no estacionamento da Escola
Municipal Vicente Rodrigues do Prado, situada na Rua Vieira da Cunha, Qd. 18, Parque das
Amendoeiras, nesta Capital e, assim que saiu do mesmo, foi abordada pelos dois comparsas
do denunciado Bruno, que pediram permissão para tomar água no bebedouro da escola. Na
ocasião, o denunciado Bruno permaneceu no interior de um veículo de apoio, aguardando a
prática do roubo. A vítima Aparecida permitiu a entrada dos dois indivíduos e, nesse
momento, um deles, empunhando uma arma de fogo, anunciou o assalto e ordenou que ela
entregasse as chaves de seu veículo, o que foi prontamente obedecido. Em seguida, os dois
sujeitos empreenderam fuga, levando com eles o veículo da vítima, acompanhados do
denunciado Bruno. 2.2) Vítima Etevaldo Alves Galvão: Segundo consta, no dia 20 de maio
de 2016, por volta de 19h00m, a vítima Etevaldo estacionou seu veículo Camionete GM/S10,
placas OMN-5818, cor branca, na Avenida Anápolis, Jardim Santo Antônio, nesta Capital e
desceu em companhia de seu filho Eduardo para visitar um amigo que residia nas
proximidades. Na ocasião, o denunciado Maiko Jorge Rodrigues Machado, em companhia
de um indivíduo não identificado e, estando um deles na posse de uma pistola, aproximaram-
se da vítima e anunciaram o assalto. O denunciado Maiko e seu comparsa exigiram a
entrega das chaves da camionete, sendo obedecidos. Além do referido automóvel, foi
subtraído o aparelho celular e a carteira da vítima Etevaldo. Algumas horas após o roubo
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referido, o denunciado Maiko ligou para o denunciado Wallisson, que havia ordenado o
roubo, informou que estava com a camionete e já havia tirado suas placas. Na ocasião,
ambos combinaram de se encontrar no dia seguinte para entregar a camionete roubada e
concretizar o pagamento. 2.3) Vítimas Michael Silva de Araújo e Elio Rodrigues de Freitas:
Extrai-se dos autos que no dia 16 de julho de 2016, o denunciado Maiko Jorge Rodrigues
Machado telefonou para um indivíduo identificado por “R7” e o chamou para roubarem
uma camionete, sendo que o denunciado Matheus Leomar Cosme Lopes seria responsável
por abordar as vítimas. Por volta das 19h00min, os denunciados Maiko, Matheus e “R7”,
armados, foram até a Oficina de Lanternagem e Pintura Mega Brilho, situada na Rua Purus,
Qd. 83, Lt. 02, Jardim Maria Inês, Aparecida de Goiânia-GO, abordaram a vítima Michael
Silva de Araújo, o qual é proprietário do referido estabelecimento e ordenaram que lhes
entregasse as chaves da camionete Nissan/Frontier SVATK 4x2, cor prata, ano 2013/2014,
placas ONN-5910, de propriedade da vítima Elio Rodrigues de Freitas, que estava no local
para reparos na pintura. Os denunciados Maiko, Matheus e o comparsa subtraíram o citado
veículo, o aparelho celular da vítima Michael e a quantia de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos
reais). No dia seguinte, o denunciado Maiko determinou ao denunciado Jeová José da Silva
que levasse “R7” até a camionete, que estava estacionada próxima a um terminal de ônibus,
informando, ainda, a placa falsa que estava na mesma (ONN-5910). No dia 18 de julho de
2016, o denunciado Jeová e “R7”, sob a supervisão do denunciado Maiko, levaram a
camionete para o denunciado Walisson. 2.4) Vítimas Reginaldo José dos Santos e Maikel
Vieira de Melo: No dia 19 de julho de 2016, por volta das 16h00min, a vítima Reginaldo foi
até a residência de uma tia, localizada no Setor Recanto das Minas Gerais, nesta Capital,
onde ocorria uma festa de aniversário. Ao chegar no local, a vítima Reginaldo estacionou seu
veículo camionete Chevrolet/S10, cor branca, placas OLW-2165, em frente ao imóvel e
entrou.Por volta das 18:53 horas, os denunciados Bruno Lima dos Santos, João Pedro Elias
dos Santos e Paulo Sérgio Gomes dos Santos foram até o local e resolveram subtrair o
veículo da vítima Reginaldo. Na ocasião, os denunciados Bruno e João Pedro adentraram no
imóvel e abordaram a vítima Reginaldo e um amigo desta, a vítima Maikel, enquanto o
denunciado Paulo Sérgio permaneceu no veículo de apoio. Um dos denunciados que entrou
na casa, armado, abordou a vítima Reginaldo e exigiu a entrega das chaves da camionete e
dos celulares, o que foi feito. Em seguida, os denunciados evadiram-se do local, levando com
eles a camionete da vítima Reginaldo e dois celulares, sendo um Samsung, marca A3,
pertencente a Reginaldo e um Samsung Galaxy, pertencente à vítima Maikel. Após a prática
delituosa, o veículo foi levado para o denunciado Walisson, que havia ordenado o roubo, que
o repassou ao denunciado Cleiton Borges Gudim, que o receptou no exercício da atividade
comercial, bem como clonou o veículo, isto é, colocou placas idênticas a um veículo
legalizado. 2.5) Vítima Ricardo Henrique Veloso Fernandes: No dia 29 de julho de 2016,
por volta de 20h00min, a vítima Ricardo foi até a casa de seu pai, localizada na Rua 1074,
Qd. 80, Vila Redenção, nesta Capital, conduzindo o veículo VW/Amarok, placas NWF-0829,
cor prata, de propriedade de seu genitor. Ao chegar no local, estacionou o veículo em frente
ao imóvel e deixou alguns pertences na casa. Na oportunidade, estavam nas proximidades
dos denunciados Bruno Regino de Souza Santos, Matheus Leomar Cosme Lopes e a pessoa
de alcunha “R7”, que ao avistarem o veículo, resolveram roubá-lo, seguindo ordens diretas
do denunciado Maiko Jorge Rodrigues Machado, que, como mandante do crime, coordenou
as ações dos demais pelo telefone. Quando a vítima retornou em seu carro, os denunciados
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sem dúvidas, o denunciado Bruno como um dos autores do roubo. 2.10) Vítimas Jean
Pitágoras Araújo, Raimundo Santana de Almeida e Igor Ribeiro de Almeida: No dia 20 de
outubro de 2016, por volta das 18h00min, a vítima Jean estava no estabelecimento
denominado RM Cabeleireiro, situado na Avenida Atlântica, Jardim Tropical, em Aparecida
de Goiânia-GO, enquanto seu veículo Fiat/Strada Working, cor vermelha, placas IWJ-4206
estava estacionado em frente ao imóvel. Na ocasião, os denunciados Diego Cotrim Messias e
Edmilson Luis de Souza Filho adentraram no comércio, enquanto o denunciado Filipe
Nascimento Silva ficou em um veículo de apoio, fazendo a vigília. Um dos denunciados
sacou uma arma de fogo e anunciou o assalto. Em seguida, os denunciados Diego e
Edmilson revistaram a vítima Jean em busca de arma e tomaram seu aparelho celular
Iphone e dinheiro. Os denunciados referidos ainda levaram o celular da vítima Raimundo,
dono do salão e do filho deste, a vítima Igor. O denunciado que portava a arma de fogo
exigiu à vítima Jean que lhe entregasse as chaves do veículo, sendo informado por esta que
estavam em cima do balcão. O referido assaltante não ouviu a resposta e desferiu duas
coronhadas na cabela da vítima Jean. Em seguida, os denunciados fugiram do local levando
com eles os objetos acima citados e o automóvel da vítima Jean. O carro da vítima Jean foi
encontrado no dia seguinte, abandonado próximo à BR-153. 2.11) Vítima José Divino da
Silva: No dia 21 de outubro de 2016, por volta das 08h20min, a vítima José Divino foi até
uma empresa de placas e deixou seu veículo Toyota/Corolla, placas PQN-1208 estacionado
no estacionamento do estabelecimento, situado na Rua Fortaleza, Qd. 06, Lt. 03, Jardim
Esmeralda, Aparecida de Goiânia-GO. Nesse momento, obedecendo ordens expressas via
telefone do denunciado Maiko Jorge Rodrigues Machado, as pessoas de Lucas Felipe de
Sousa Fernandes, Cleiber Minaré Lacerda (os quais já são falecidos) e o adolescente Marcos
Regino de Souza Santos, armados, aproximaram-se da vítima, desferiram-lhe um tapa na
cabeça e subtraíram as chaves do veículo. Em seguida, evadiram-se do local em alta
velocidade com o referido automóvel. Logo após o roubo, o denunciado Maiko determinou
que os seus comparsas guardassem o carro imediatamente. 2.12) Vítimas Renato de Paula
Rodrigues e Fábio Motta: No dia 27 de outubro de 2016, por volta das 08h00min, a vítima
Renato parou seu veículo Toyota Hillux, cor prata, placas NLT-5139, na porta de sua
residência, localizada na Rua da Perca, Qd. 32, Lt. 02, Jardim Atlântico, nesta Capital, com
o objetivo de descarregá-lo. Na oportunidade, os denunciados Thierry Gleyffer Gonçalves
Borges e Igor André Valença do Nascimento, acompanhados do falecido Lucas Felipe de
Sousa Fernandes, aproximaram-se da vítima e abordaram-na. Enquanto um dos autores
sacou uma arma de fogo e a apontou para as costas da vítima, outro a revistou e pegou as
chaves da camionete e aparelho celular. Nesse momento, a vítima Fábio, funcionário da
vítima Renato, chegou no local e também foi rendido pelos referidos denunciados, que
subtraíram também seu telefone celular. Em seguida, os denunciados Thierry e Igor
subtraíram, para eles, a camionete e os bens citados, fugindo do local. A vítima Fábio
reconheceu, sem dúvidas, o denunciado Thierry como um dos autores do crime. 2.13) Vítima
José Alberto Ávila de Souza: No dia 29 de outubro de 2016, por volta das 11h40min, a
vítima José Alberto Avila de Souza estava entrando com sua camionete Ford/Ranger, cor
cinza, placas PQY-3164 na garagem de sua residência, localizada na rua 20, Qd. R, Lt. 16,
Vila Morais, nesta Capital, quando foi surpreendida pelo denunciado Maiko Jorge
Rodrigues Machado, o adolescente Marcos Regino de Souza Santos e um indivíduo
conhecido por Kennedy. Um dos autores colocou uma arma de fogo apontada para a cabeça
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veículo, foram subtraídos da vítima carteira com documentos pessoais e cartões, uma
espingarda de chumbinho, um aparelho celular da marca Samsung J3, óculos de sol e óculos
de grau, uma faca grande cromada, duas agendas, bonés e uma mochila para notebook,
contendo roupas. O denunciado Evandson foi devidamente reconhecido pela vítima como
autor do crime. 2.18) Vítimas Arthur Emanuel Chaves de Franco e João Cardoso Sudário:
Extrai-se dos autos que no dia 02 de novembro de 2016, por volta das 09h20min, na Rua X8,
Qd. X14, Lt. 14, Jardim Brasil, nesta Capital, João Cardoso Sudário foi vítima do roubo de
seu veículo Toyota/Corolla, placas NLT-0389, por indivíduos não identificados. No dia 07 de
janeiro de 2017, por volta das 09h00min, na Rua 05, Qd. 55A, Lt. 24, Vila Brasília,
Aparecida de Goiânia-GO, a vítima Arthur Emanuel Chaves de Franco também teve
subtraído seu veículo Toyota Hillux, cor cinza, placas OLH- 1480, por indivíduos não
identificados. Após a prática dos crimes, o denunciado Maiko Jorge Rodrigues Machado,
recebeu os dois veículos sabendo serem produtos de crime e determinou que os veículos
fossem levados para o Paraguai. Inicialmente, o denunciado Maiko chamou os denunciados
Jeová José da Silva e Genival da Silva Ferraz para levarem os automóveis, no entanto,
posteriormente, acordaram que os mesmos seriam levados pelos denunciados Jeová e
Evandson Caetano Campos Madureira. Na madrugada do dia 12 de janeiro de 2017, os
denunciados Jeová e Evandson foram presos em flagrante na cidade de Camapuã-MS
enquanto transportavam os citados veículos, estando ambos com placas falsas, cujo fato está
sendo apurado naquela Comarca. Durante o cumprimento de mandado de busca e
apreensão, foram encontradas na residência do denunciado Jeová as placas originais do
veículo Toyota/Corolla. 2.19) Vítima Geraldo Simeão da Silva: No dia 11 de janeiro de
2017, por volta das 15h57min, a vítima foi até a Igreja Santo Inácio de Loyola, situado na
Rua 14A, Conjunto Riviera, nesta Capital, conduzindo seu veículo Fiat/Toro, Freedom AT,
placas PQW-6856 e, ao chegar no local, o estacionou ao lado da secretaria da igreja. No
momento em que a vítima retirava uma mala da carroceria, o denunciado Genival da Silva
Ferraz e o adolescente Marcos Regino de Souza Santos, armados, se aproximaram e a
abordaram, anunciando o roubo. Um dos autores revistou a vítima e subtraiu sua carteira e
as chaves da camionete. A mãe da vítima, que estava no interior do veículo, foi retirada pelos
assaltantes, os quais ainda subtraíram um cordão de ouro com pingente que estava em seu
pescoço. Em seguida, o denunciado e seu comparsa evadiram-se do local, levando com eles o
veículo e os pertences citados, além de um revólver Rossi, calibre . 38 que estava no interior
do carro, tendo em vista que a vítima é policial civil. Toda a ação criminosa teve como
mandante o denunciado Maiko Jorge Rodrigues Machado, o qual coordenou as ações dos
comparsas por telefone. 2.20) Vítima Mariana Palos Andrade So: No dia 11 de janeiro de
2017, por volta de 08h20min, a vítima Mariana foi até seu salão de beleza, acompanhada por
duas funcionárias, conduzindo o veículo Nissan/Frontier, placas OTP-8510. Ao chegar no
salão, situado na Avenida Bela Vista, Qd. E, Lt. 19, Jardim Bela Vista, nesta Capital, a vítima
desceu da camionete e, na ocasião, foi abordada pelo denunciado Matheus Vieira Lima, o
qual, armado, anunciou o assalto. Logo atrás do denunciado Matheus, dando cobertura,
estava o denunciado Evandson Caetano Campos Madureira. O denunciado Matheus, em
seguida, entrou no salão, rendeu outras duas funcionárias que ali estavam, subtraiu seus
celulares, enquanto o denunciado Evandson permaneceu na porta do estabelecimento. Ato
contínuo, o denunciado Matheus pegou as chaves da camionete da vítima e evadiu-se no
veículo, levando com ele, além dos celulares mencionados, a quantia de R$ 500,00
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(quinhentos reais) em dinheiro, dois óculos de sol das marcas Rayban e Dior e uma carteira
contendo cartões de crédito e documentos pessoais. A camionete da vítima foi encontrada no
mesmo dia, através de sistema de rastreamento. Os denunciados Matheus Vieira Lira e
Evandson Caetano Campos Madureira foram devidamente reconhecidos pela vítima como
os autores do crime. O denunciado Maiko Jorge Rodrigues Machado, novamente, figurou
como mandante do crime, coordenando as ações criminosas por telefone. 2.21) Vítima
Douglas Candido da Silva: No dia 11 de janeiro de 2017, por volta das 11h15min, a vítima
Douglas Candido da Silva estacionou seu veículo VW/Kombi, cor branca, placas OGJ- 5465,
na Rua Laguna, Jardim Novo Mundo, nesta Capital e, assim que desceu do veículo, foi
abordada pelo denunciado Eduardo Lima dos Santos, que portava um revólver. O
denunciado Eduardo, o qual estava acompanhado por um indivíduo não identificado,
ordenou que a vítima lhe entregasse as chaves da Kombi, o que foi prontamente atendido. Em
seguida, o denunciado Eduardo e seu comparsa embarcaram no veículo e empreenderam
fuga. Logo após executar o crime, o denunciado Eduardo telefonou para o denunciado
Walisson Rodrigues de Oliveira, que havia ordenado o roubo do citado veículo, e informou
que havia roubado o veículo encomendado. Algum tempo depois, os denunciados Eduardo e
Walisson combinaram como seria a entrega do veículo e, no horário marcado, Eduardo
determinou que outras duas pessoas levassem o automóvel para Walisson, o que foi feito.
2.22) Vítima Divina Lucia Rodrigues da Silva: No dia 19 de janeiro de 2017, por volta das
19h00min, a vítima Divina estacionou seu veículo Toyota/Corolla, cor cinza, placas NRN-
2657, na Praça Comercial, Vila Redenção, nesta Capital e, após descer do mesmo e abrir o
porta-malas para retirar alguns produtos, foi abordada pelo denunciado Genival da Silva
Ferraz, o adolescente Marcos Regino de Souza Santos e uma mulher não identificada.
Durante a execução do crime, o denunciado Jeová José da Silva permaneceu no veículo de
apoio, dando cobertura. O denunciado Genival, portando uma arma de fogo, anunciou o
assalto e ordenou a entrega das chaves do veículo, sendo obedecido pela vítima. Após, os
denunciados evadiram-se do local, levando com eles o veículo, várias mercadorias das
marcas Mary Kay, Natura, O Boticário, Eudora, além de algumas semijoias e dois aparelhos
celulares da marca Samsung que estavam no interior do automóvel. 2.23) Vítima Allanio
Ferreira Garcia: No dia 24 de janeiro de 2017, por volta das 11h00min, na Avenida Bela
Vista, Qd. 27, Lt. 13, Vila Brasília, Aparecida de Goiânia-GO, a vítima Allanio teve seu
veículo Ford/Ranger, placas ONY-2504, roubado por dois indivíduos não identificados. O
denunciado Walisson Rodrigues de Oliveira, recebeu a citada camionete, sabendo ser
produto de crime e em seguida, determinou que ela fosse levada para uma oficina mecânica
situada na Avenida Curassá, Jardim Helvécia, Aparecida de Goiânia-GO, aos cuidados do
denunciado Ivanildo de Morais Pessoa, que a recebeu sabendo ser produto de crime, no
exercício da atividade comercial. No dia seguinte após o roubo, a camionete foi apreendida
na referida oficina mecânica por policiais militares, tendo o denunciado Ivanildo informado
ao denunciado Walisson sobre a presença de policiais no local, porém, que tinha logrado
êxito em empreender fuga. 2.24) Vítima Cézio Lopes de Siqueira: No dia 08 de fevereiro de
2017, por volta de 21h58min, na Rua Mossoró, Qd. 02, Lt. 22, Internacional Park, Aparecida
de Goiânia-GO, a vítima Cézio Lopes de Siqueira teve seu veículo Toyota/Hilux, placas
OGM-1360, roubado pelo adolescente Marcos Regino de Souza Santos e outro indivíduo não
identificado. Após a prática do crime, os objetos pessoais da vítima que estavam no interior
do veículo, como cartões bancários e documentos pessoais, foram entregues ao denunciado
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Jeová José da Silva, que os recebeu sabendo serem produtos de crime. Durante cumprimento
de mandado de busca na residência do denunciado Jeová, foram apreendidos vários objetos
roubados, inclusive cartões bancários e uma CNH da vítima Cézio. 2.25) Vítima Almério
Marques Leão: No dia 16 de fevereiro de 2017, por volta das 19h00min, a vítima estacionou
seu veículo Kia/Optima, cor prata, placas PQJ-7232, na Rua Apiacas, Qd. 40, lt. 10, Vila
Brasília, Aparecida de Goiânia-GO, momento em que foi abordado pelo denunciado
Evandson Caetano Campos Madureira. O denunciado Evandson, armado, revistou a vítima
e tomou-lhe a chave do seu veículo e seu aparelho celular e, em seguida, empreendeu fuga no
veículo, levando o celular e a quantia de dinheiro citada abaixo. Além do veículo e do
aparelho celular, foram subtraídos documentos pessoais e a quantia de R$ 1.300,00 (um mil
e trezentos reais) que estavam no interior do automóvel. 2.26) Vítima Gabriel dos Santos
Andrade: No dia 01 de março de 2017, por volta das 20h00min, a vítima Gabriel,
acompanhada por seu primo Leonardo Hittler Galdino da Silva, estacionou seu veículo
GM/S10, cor branca, placas ONN-4567, na Rua 03, Qd. 06, Lt. 11, Vila São Joaquim,
Aparecida de Goiânia-GO. Na ocasião, os denunciados Matheus Vieira Lira e Jeová José da
Silva se aproximaram da vítima e anunciaram o assalto. Enquanto Matheus e Jeová
abordavam a vítima, o denunciado Maiko Jorge Rodrigues Machado permaneceu no veículo
de apoio. Imediatamente, a vítima, que é soldado da polícia militar, sacou sua pistola, tendo
os denunciados Matheus e Jeová também sacado armas de fogo, tipo revólver. Nesse
momento, houve troca de tiros entre a vítima e os denunciados. A vítima conseguiu atingir a
perna do denunciado Matheus e este, acompanhado pelo denunciado Jeová, deixaram o
local correndo, escondendo-se em um matagal, e a camionete acabou não sendo roubada
devido à ação da vítima. 2.27) Vítima Paulo Junior Sirino da Silva: No dia 04 de março de
2017, por volta das 11h00min, a vítima Paulo estava saindo de uma casa situada na Rua
Marques de Olinda, Parque Real, Aparecida de Goiânia-GO e, ao colocar um objeto no
porta-malas de seu veículo, um Chevrolet/Cruze LT NB, cor branca, placas ONP-2090, foi
abordado pelo adolescente Marcos Regino de Sousa Santos e o denunciado Genival da Silva
Ferraz. O denunciado Genival e o adolescente Marcos Regino deram voz de assalto para a
vítima, sendo que Marcos Regino portava um revólver, tomou as chaves do veículo da vítima
e passou para o denunciado Genival, que assumiu a direção do mesmo. Durante a execução
do crime, o denunciado Maiko Jorge Rodrigues Machado permaneceu no veículo de apoio,
sob vigília. Além do veículo, foram subtraídos um carrinho para bebê, uma cadeirinha para
criança, dois Iphones 7, vários cheques de clientes e documentos pessoais que estavam no
interior do automóvel. O veículo roubado foi encontrado após cerca de 11 dias, abandonado
em uma estrada de chão no Setor Bela Vista, em Aparecida de Goiânia-GO e estava com
placa fria. Alguns dos objetos roubados foram entregues para o denunciado Jeová José da
Silva e, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência, foi
apreendida a cadeirinha de transporte de crianças da vítima Paulo. Sendo assim, o
denunciado Jeová recebeu a citada cadeirinha sabendo que era produto de crime. 2.28)
Vítima Helder da Silva: No dia 04 de março de 2017, por volta das 13h00min, a vítima
Helder foi com o veículo de seu irmão, um Hyundai Veloster, cor branca, placas PGB- 3361,
em uma casa que estava interessado em comprar, localizado na Rua 29, Qd. 85A, Lt. 15, Vila
Brasília, Aparecida de Goiânia-GO. Após estacionar o veículo, a vítima foi abordada pelo
denunciado Genival da Silva Ferraz e o adolescente Marcos Regino de Souza Santos, os
quais, armados, anunciaram o assalto e ordenaram a entrega das chaves do veículo citado.
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MATHEUS VIEIRA (fls. 417), JEOVÁ (fls. 420) e IGOR ANDRÉ (fls. 423), aos 24 de
março de 2017, em relação aos acusados ANTÔNIO CARLOS (fls. 434), BRUNO LIMA
(fls. 435), BRUNO REGINO (fls. 436), EDUARDO LIMA (fls. 437), EVANDSON (fls.
438), JOÃO PEDRO (fls. 439), MATHEUS LEOMAR (fls. 440), PAULO SERGIO (fls.
441) e SILVIO JOSÉ (fls. 442), aos 28 de março de 2017, em relação ao acusado
GENIVAL (fls. 624).
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sendo que todos os atos processuais foram acompanhados por sua advogada constituída.
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dos veículos de placas ONP-2090 e PGB-3361), e a absolvição em relação aos roubos dos
veículos de placas PQQ-6856 e NRN-2657. Quanto aos demais acusados, pugnou pela
procedência total dos fatos narrados na denúncia, para condenar: IVANILDO pela prática dos
crimes previstos no art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13, e art. 180, § 1º, do Código Penal
(em razão da receptação da camionete de placas ONY-2504); DIEGO HENDRIGO pela
prática do crime previsto no art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13; EDUARDO pela prática
dos crimes previstos no art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13 e art. 157, §2º, I e II, do Código
Penal (em razão do roubo do veículo de placa OGJ-5465); PAULO SERGIO pela prática dos
crimes previstos no art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13, e art. 157, §2º, I e II do Código
Penal (em razão do roubo do veículo de placas OLW-2165); MATEUS COSTA pela prática
do crime previsto no art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13; JOÃO PEDRO pela prática dos
crimes previstos no art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13 e art. 157, §2º, I e II, c/c art. 69,
ambos do Código Penal (por duas vezes, em razão dos roubos dos veículos de placas OLW-
2165 e PQM-0970); ANTÔNIO CARLOS pela prática dos crimes previstos no art. 2º, §§ 2º
e 4º, I da Lei 12.850/13, e art. 157, §2º, I e II, do Código Penal (em razão do roubo do veículo
de placas ONN-3484); TAIRANY pela prática do crime previsto no art. 2º, §§ 2º e 4º, I da
Lei 12.850/13; FILIPE pela prática dos crimes previstos no art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei
12.850/13, art. 157, §2º, I e II, do Código Penal (em razão do roubo do veículo de placas
IWJ-4206) e art. 157, §2º, I e II, c/c art. 71, parágrafo único, ambos do Código Penal (por 02
vezes, em razão dos roubos dos veículos de placas ONW-8639 e ONS-6830); DIEGO
COTRIM pela prática dos crimes previstos art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13, art. 157, §
2º, I e II, do Código Penal (em razão do roubo do veículo de placas IWJ-4206) e art. 157, §
2º, I e II, c/c art. 71, parágrafo único, ambos do Código Penal (por duas vezes, em razão dos
roubos dos veículos de placas ONW-8639 e ONS-6830); MATHEUS LEOMAR pela prática
dos crimes previstos no art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13 e art. 157, §2º, I e II, c/c art. 69,
ambos do Código Penal (por 02 vezes, em razão dos roubos dos veículos de placas ONN-
5910 e NWF-0829); BRUNO REGINO pela prática dos crimes previstos no art. 2º, §§ 2º e
4º, I da Lei 12.850/13, e art. 157, §2º, I e II, do Código Penal (em razão do roubo do veículo
de placas NWF-0829); IGOR ANDRÉ pela prática dos crimes previstos no art. 2º, §§ 2º e 4º,
I da Lei 12.850/13, e art. 157, §2º, I e II, c/c art. 71, parágrafo único, ambos do Código Penal
(por 03 vezes, em razão dos roubos dos veículos de placas NLT-5139, ONP-6628 e ONC-
7469); THIERRY pela prática dos crimes previstos no art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13,
e art. 157, §2º, I e II, c/c art. 71, parágrafo único, ambos do Código Penal (por 03 vezes, em
razão dos roubos dos veículos de placas NLT-5139, ONP-6628 e ONC-7469); e MATHEUS
VIEIRA pela prática dos crimes previstos no art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13, art. 157, §
2º, I e II, do Código Penal (em razão do roubo do veículo de placas OTP-8510) e art. 157, §
2º, I e II, c/c art. 14, II, ambos do Código Penal (em razão da tentativa do roubo da camionete
de placas ONN-4567) (fls. 2.885/2.965).
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Por fim, requereu o direito de recorrer em liberdade, justificando que está há mais de 09
(nove) meses preso (fls. 2.985/2.993).
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FILIPE (fls. 4.014/4.019) pugnou pela absolvição, alegando insuficiência de provas, nos
termos do artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal. Em caso de condenação,
requereu a fixação da pena base no mínimo legal, fixação do regime aberto e a conversão da
pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, nos termos do artigo 44, do Código
Penal. Por fim, a defesa dos acusados SÍLVIO (fls. 4.020/4.052) e WALISSON (fls.
4.053/4.085), preliminarmente, requereu a nulidade processual, alegando quanto ao primeiro,
“carência de provas concretas para caracterização de crime de associação criminosa”, e
quanto ao segundo, “nulidade por provas contestáveis indicadas pela promotoria de Justiça
argumentos com raízes em depoimentos de delegado investigador do caso, degravações
telefônicas confusas e de terceiros sem perícia técnica. Reconhecimento de réus por COPIAS
EM PRETO E BRACO (sic) e apenas em Juízo”. Quanto ao mérito, requereu a absolvição dos
acusados, aplicando-se o princípio do in dubio pro reo, nos termos do artigo 386, inciso VII,
do Código de Processo Penal. Ainda, quanto ao acusado WALISSON, requereu a fixação da
pena no mínimo legal, reconhecimento da menor participação e aplicação do crime
continuado, nos termos do artigo 71, do Código Penal. Requereu, também, o direito de
WALISSON recorrer em liberdade, considerando o seu frágil estado de saúde, justificando
que ele já perdeu grande parte da sua visão, em razão da diabetes, estando sendo medicado
precariamente com uso de insulina.
É o relatório. DECIDO.
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disciplina prisional e a própria preservação da ordem jurídica, assegurando que "a cláusula
tutelar da inviolabilidade do sigilo epistolar não pode constituir instrumento de salvaguarda
de práticas ilícitas" (H.C. 70.814-5/SP, DJ de 24-6-1994, Rel. Min. Celso de Mello).
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apreendido no aparelho celular, marca Samsung (auto de busca e apreensão fls. 514). DIEGO
HENDRIGO LOPES DE SOUZA GOUVEIA, extrajudicialmente (fls. 550/551) afirmou
ser proprietário da linha telefônica 62.99187-1775 há vários anos, sendo o respectivo número
apreendido no aparelho celular, marca SNSV, junto com o número 62.98567-7812 (auto de
busca e apreensão fls. 506). CLEITON BORGES GUDIM, extrajudicialmente (fls. 556/557)
afirmou ser proprietário da linha telefônica 62.99257-2760, há mais de um ano, sendo o
respectivo número apreendido no aparelho celular, marca Moto G (auto de busca e apreensão
fls. 509). SILVIO JOSÉ LONGO FERREIRA, extrajudicialmente (fls. 589/590) afirmou
que já possuiu as linhas telefônicas 62.9635-6883 e 98514-3261. PAULO SERGIO GOMES
DOS SANTOS, extrajudicialmente (fls. 601/602) afirmou ser proprietário da linha telefônica
62.9279-5817, registrada em seu nome. TAIRANY NEVES DO NASCIMENTO,
extrajudicialmente (fls. 582/583) afirmou que não possui apelidos e não é conhecida como
TATA, bem assim, que é proprietária da linha telefônica 62.9534-2057, sendo o respectivo
número apreendido no aparelho celular, marca Apple (auto de busca e apreensão fls. 516) e
que nunca possuiu as linhas nºs 62.99500-4380 e 62.99920-3006. Com DIEGO COTRIM
MESSIAS foram apreendidos três aparelhos celulares, sendo que dois estavam com as linhas
de nºs 62.99321-2063 e 62.99494-6491 (auto de busca e apreensão fls. 523). Com
EDIMILSON LUIS DE SOUZA FILHO, foram apreendidos cinco aparelhos celulares,
sendo que dois estavam com as linhas de nºs 62.99426-1443 e 62.99554-3202 (auto de busca
e apreensão fls. 525/526). JEOVÁ JOSÉ DA SILVA, extrajudicialmente (fls. 575) afirmou
que não possui linha telefônica, mas utiliza o telefone de sua esposa, proprietária da linha
telefônica 62.99522-4390, bem assim, disse que já foi proprietário da linha telefônica
62.99303-7035. No auto de prisão em flagrante às fls. 194, em desfavor de JEOVÁ, ele
informou o celular nº 99260-5585. Por fim, foram apreendidos com JEOVÁ cinco aparelhos
celulares, sendo que dois estavam com as linhas de nºs 62.99564-3144, 62.99391-2307 e
62.98563-8011 (auto de busca e apreensão fls. 531/535), além de outros bens de origem
criminosa. EVANDSON CAETANO CAMPOS MADUREIRA informou,
extrajudicialmente, o telefone nº 99161-0145 (fls. 186). GENIVAL DA SILVA FERRAZ,
extrajudicialmente (fls. 635/638) afirmou: “QUE é proprietário da linha telefônica 62.99381-
2159 há mais de um ano...” Ainda, foram apreendidos com GENIVAL dois aparelhos
celulares, sendo que um estava com a linha de nº 62.99381-2159 (auto de busca e apreensão
fls. 629/632). MATHEUS VIEIRA LIRA, extrajudicialmente (fls. 566), afirmou ser
proprietário da linha telefônica 62.99460-4078 há vários anos, bem assim, que foram
apreendidos cinco aparelhos celulares, sendo que um estava com as linhas de nºs 62.98141-
7130 e 62.99481-5958 (auto de busca e apreensão fls. 528). Por sua vez, IGOR ANDRÉ
VALENÇA DO NASCIMENTO, extrajudicialmente (fls. 577/578), afirmou ser proprietário
da linha telefônica 62.99335-0717 há quatro meses e que não se recorda qual número possuía
antes, nem se era o nº 62.99504-1323. Em diligência policial, foram apreendidos com IGOR
ANDRÉ um aparelho celular, com as linhas de nºs 62.99218-9567 e 62.99335-0717 (auto de
busca e apreensão fls. 541/542), e um veículo VW/Gol placa ONE-2691. Há que se falar,
neste ponto, que não há dúvidas de que o interlocutor das conversas gravadas nos índices nºs
38109478, 38098897 e 38155670 (mídia às fls. 356), da interceptação telefônica da linha nº
62.99504-1323, é o acusado IGOR ANDRÉ, tornando desnecessária a realização de exame
de semelhança de voz. Os fatos dizem por si só. Veja que no primeiro índice, IGOR ANDRÉ
diz que está na faculdade, ao que o outro interlocutor o chama para fazer “uns corres”, tendo
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IGOR perguntado “que horas?”. Em contrapartida, o interlocutor responde “a hora que você
sair” (áudio do dia 26/10/2016, às 19:20:29). Neste ponto, importante destacar que IGOR
ANDRÉ, confirmou, judicialmente, que está cursando o 6º período de Direito na faculdade
Fasam; no segundo índice, o interlocutor, conversando com sua namorada no celular, a quem
trata por “meu amorzinho”, acaba por atender outras ligações no telefone fixo do banco,
dizendo: “BRB bom dia”, repetindo diversas vezes “BRB bom dia”, ao que a namorada diz
“que bonitinho”, e o interlocutor diz que “o povo é folgado, que o povo não chega e eles me
botam para atender telefone”, evidenciando, sem qualquer dúvida, tal como afirmado por
IGOR ANDRÉ, que o interlocutor trabalha, de fato, no Banco BRB; por fim, no terceiro
índice, um dos interlocutores, uma mulher, diz que “queria falar com André … Igor, Igor
André” ao que o outro interlocutor responde sim, passando a ligação para outra pessoa, que o
chama de IGOR. Portanto, a prova é suficiente para confirmar que o número interceptado
realmente pertencia a IGOR ANDRÉ, sendo, inclusive, a sua voz nas gravações
interceptadas.
1) DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
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849751 (fls. 755/757) e RAI nº 1266889 (fls. 786/793); Relatório policial (fls. 813/816) e RAI
nº 1278339 (fls. 817/819); Relatório policial (fls. 823/825) e RAI nº 1319140 (fls. 827/828);
Relatório policial (fls. 832/840) e RAI nº 1318234 (fls. 841/843); Relatório policial (fls.
847/852), RAI nº 1554724 (fls. 853/856) e RAI nº 1554672 (fls. 866/868); Relatório policial
(fls. 869/873) e RAI nº 1557988 (fls. 874/876); Relatório policial (fls. 880/884) e RAI nº
1557988 (fls. 885/887); Relatório policial (fls. 906/910) e RAI nº 1623107 (fls. 911/914);
Relatório policial (fls. 918/923), RAI nº 1653088 (fls. 924/926) e RAI nº 1669185 (fls.
933/936); Relatório policial (fls. 918/923) e RAI nº 1653390 (fls. 937/941); Relatório policial
(fls. 946/947); RAI nº 2065406 (fls. 948/952), termo de entrega (fls. 958) e Auto de Busca e
Apreensão fls. 531/532 (item 23); Relatório policial (fls. 959/962), RAI nº 2125365 (fls.
963/966) e RAI nº 2150953 (fls. 969/972); Auto de prisão em flagrante (fls. 186/195), auto de
exibição e apreensão (fls. 196/198); ocorrência (fls. 206/209); consulta Rede Infoseg,
evidenciando que os veículos são de origem ilícita (fls. 210/211); Relatório policial (fls.
973/978), RAI nº 2142594 (fls. 986/988) e RAI nº 2132477 (fls. 979/982); Relatório policial
(fls. 989/999), RAI nº 2160598 (fls. 1.001/1.003), termo de entrega (fls. 1.011), Auto de
Busca e Apreensão fls. 629/630 e RAI nº 2207516 (fls. 1.012/1.016); Relatório policial (fls.
1.025/1.038), RAI nº 2157492 (fls. 1.039/1.041), auto de exibição e apreensão (fls. 1.054),
termo de entrega (fls. 1.055), cópia do CRV do veículo subtraído (fls. 1.056) e Laudo de
exame de perícia criminal – identificação de veículo automotor (fls. 1.063/1.066); Relatório
policial (fls. 1.067/1.073) e RAI nº 2158726 (fls. 1.074/1.076); Relatório policial (fls.
1.078/1.083) e o RAI nº 2213754 (fls. 1.084/1.086); Relatório policial (fls. 1.090/1.097), RAI
nº 2243114 (fls. 1.098/1.100) e RAI nº 2248365 (fls. 1.113/1.116); Relatório policial (fls.
1.130/1.132), RAI nº 2410490 (fls. 1.133/1.135), termo de entrega (fls. 1.138/1.139), Auto de
Busca e Apreensão fls. 531/532 (item 19); Relatório policial (fls. 1.140/1.144) e prévia de
ocorrência (fls. 1.145/1.146); Relatório policial (fls. 1.154/1.160), RAI nº 2515259 (fls.
1.161/1.164), termos de entrega (fls. 1.167 e 1.169), Auto de Busca e Apreensão fls. 531/532
(item 13), Auto de Busca e Apreensão fls. 629/630; fotografia de fls. 631, Auto de exibição e
apreensão de fls. 644, e RAI nº 2594717 (fls. 1.170/1.172); Relatório policial (fls.
1.174/1.181), RAI nº 2515648 (fls. 1.182/1.184); Relatório policial (fls. 665/696), laudo de
exame de perícia criminal – identificação de veículo automotor (fls. 1.521/1.526); Relatório
policial de fls. 1.196/1.199, RAI nº 2568466 (fls. 1.200/1.203), termo de entrega (fls.
1.207/1.209), Auto de Busca e Apreensão fls. 531/532 (itens 20, 21 e 26), e RAI nº 2568741
(fls. 1.214/1.216); Relatório policial (fls. 1.217/1.223), RAI nº 2618543 (fls. 1.224/1.226),
termo de entrega (fls. 1.231/1.232), Auto de Busca e Apreensão fls. 629/630 (item 1 –
segundo – IMEI 359591061832817/01) e Relatório policial (fls. 665/696).
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dispondo para praticar os crimes, agindo, também, no transporte de armas e objetos usados
para a prática dos crimes. Narrou que o acusado ANTÔNIO CARLOS praticava roubos com
o acusado BRUNO, sendo ele, inclusive, monitorado por tornozeleira eletrônica, informando
que ambos praticaram o roubo de um veículo na região de Aparecida de Goiânia, sendo que o
acusado ANTÔNIO CARLOS se reportava ao acusado BRUNO em razão desse veículo.
Que nas interceptações restou constatado que a atuação de ANTÔNIO era habitual, sendo ele,
portanto, integrante da organização criminosa. Declarou que o acusado EDUARDO assumiu
especial relevância quando da prisão do BRUNO, pois ele assumiu as tratativas com
WALISSON. Que EDUARDO estava foragido e atuava diretamente nos roubos. Que a
organização possuía a logística e materiais necessários para a prática dos crimes, incluindo
armas, munições e material utilizados para desmontagem de veículos.
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9ª Vara Criminal
o roubo de determinados veículos para MAIKO JORGE, referindo-se a veículos como: “Pit
Bull”, executiva, flex, preferencialmente na cor preta; todos os veículos a diesel, sugerindo
uma Amarok; Cross Fox, ano 2015, branco; e um Corolla ou um Honda dos novos: “Walisson
pergunta se Maiko vai sair hoje (para roubar). Maiko confirma. Walisson pede para Maiko
arrumar uma “Pit Bull”, executiva, flex. Maiko pergunta se pode ser qualquer cor.
Walisson diz que sim, mas preferencialmente preta. Maiko pergunta se é tipo a outra (que
foi roubada antes). Walisson diz que sim e fala que essa já está quase pronta. Maiko pede
para não esquecer de guardar o “endereço” (placa) dela. Maiko fala que vai arrumar duas
do menino primeiro. Walisson pede para já arrumar a dele também.” (Relatório de
interceptação telefônica índice 36185064 – Walisson Rodrigues de Oliveira X Maiko Jorge
Rodrigues Machado – 21/05/2016 – 21/05/2016); “Maiko fala para Walisson que já está na
rua trabalhando e vendo se acha alguma coisa (carros para roubar). Maiko pergunta para
Walisson se já tem o “buraco” (lugar para guardar o carro roubado). Walisson diz que isso
ajeitam. Maiko pergunta qual que Walison está precisando. Walisson responde que todas a
diesel. Maiko pergunta sobre as flex. Walisson diz que as flex os preços são menores.
Walisson sugere uma Amarok, mas pede para ligar se achar qualquer outra coisa.”
(Relatório de interceptação telefônica índice 36055005 – Walisson Rodrigues de Oliveira X
Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca)– 12/05/2016– 11:53:34); “Walisson pede para
Maiko “pegar” (roubar) um Cross Fox, ano 2015, branco. Walisson fala que está
precisando demais. Maiko conta que viu um, mas a vítima não saiu da casa. Maiko pede para
Walisson ajeitar um carro para ele levar os caras (carro para utilizarem nos roubos).
Walisson fala que não está tendo carro.” (Relatório de interceptação telefônica índice
37042844 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Walisson Rodrigues de Oliveira
(Gordão) – 28/07/2016 – 14:02:09); “Walisson fala que se Maiko encontrar um Corolla ou
um Honda dos novos, pode “pegar” (roubar), que tem pagador (comprador) para eles.
Walisson fala que qualquer cor, o dinheiro está na mão. Maiko diz que vai ver se rouba o
Golf que ele mandou a foto para Walisson. Maiko pergunta se Walisson já está
“trabalhando” (desmontando) a caminhonete que ele levou. Walisson fala que não, que essa
vai levar para o Tocantins.” (Relatório de interceptação telefônica índice 37060988 –
Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Maiko Jorge Rodrigues Machado – 30/07/2016 –
09:27:33).
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9ª Vara Criminal
mas tem muita gente perto, que vai esperar estar somente o dono. Walisson pede para
Maiko pegar (roubar) uma Ranger da cor prata, frente cromada, urgente. Walisson conta
que pegou uma para arrumar, “cortou” a Ranger para “fazer” (transplantar) outra e agora
o cara quer a caminhonete de qualquer jeito. Maiko fala que tem encomenda de três
“grandes” (caminhonetes). Maiko diz que quer pegar (roubar) o Golf primeiro para já
pegar (utilizá-lo para roubar) as caminhonetes. Walisson pede para Maiko arrumar
(roubar) uma Ranger prata urgente. Maiko fala que se encontrar de hoje para amanhã ele
pega (rouba). Walisson fala que tem o número de quem quer. Maiko pede para Walisson
ligar e ele somente vai e pega (rouba).” (Relatório de interceptação telefônica índice
37061436 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Maiko Jorge Rodrigues Machado –
30/07/2016 – 10:15:27).
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9ª Vara Criminal
já era tarde. Gordão pergunta se hoje vai. Bruno diz que sim. Gordão fala que o menino
(comprador) já está na cidade e veio para buscar o “trem” (veículo). Bruno diz que hoje
vai. Bruno pergunta para Gordão se tem que ser a preta ou se pode ser outra cor. Gordão
diz que pode ser a cinza também. Bruno pergunta se branca e prata servem. Gordão diz que
pode ser, que qualquer coisa ele arruma a outra.” (Relatório de interceptação telefônica
índice 35461934 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Bruno Lima dos Santos
(Chinês) – 31/03/2016 – 14:38:33); “Walisson pergunta se Bruno quer pegar o “trem” (carro
que ofereceram para Bruno). Bruno diz que sim. Walisson fala que eles precisam arrumar um
“trem” bom essa semana ainda. Walisson diz que quer uma Amarok, uma Hilux ou Ranger
nova ou uma S-10 nova à Diesel. Walisson fala que se Bruno arrumar uma (caminhonete)
essa semana, ele já pode arrumar o carro dele. Bruno fala que não vai querer que “trepa”
(transplantar). Walisson diz que faz do jeito que Bruno quiser. Walisson diz que tem que ser
quatro grandes (caminhonetes) e um pequeno (carro pequeno). Walisson fala que tem R$
6.000,00 de documento (carro que seria para Bruno tem esse valor em dívida). Bruno
pergunta se são somente dois anos. Walisson fala que dá uns R$6.000,00. Bruno diz que se
for isso ele quer. Bruno pergunta que se o outro que ele “pegar” (roubar) para “colocar”
nele (transplantar) o dele ficará certo e o que sobrar HNI1 pega para ele. Walisson diz que
sim e que a mão de obra é por conta de Bruno. Bruno fala que quando arrumar alguma coisa
fala para Walisson. Walisson fala que a que Bruno estava não deu para pegar, pois está sem
lugar para colocar. Bruno fala que essa não deu certo (caminhonete foi recuperada).”
(Relatório de interceptação telefônica índice 37551039 – Bruno Lima dos Santos (Chinês) x
Walisson Rodrigues de Oliveira – 14/09/2016 – 20:45:01); “Walisson fala que Bruno terá
que “arrumar uma” (roubar uma caminhonete) toda semana para pagar. Walisson diz para
Bruno que não quer Frontier e nem Triton (L200), pois não presta. Bruno pergunta se pode
com a “cara cromada” (para-choque cromado). Walisson fala que sim.” (Relatório de
interceptação telefônica índice 37551076 – Bruno Lima dos Santos (Chinês) x Walisson
Rodrigues de Oliveira – 14/09/2016 – 20:47:38).
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pegar só a da frente. Maiko diz que quando foi arrancar a de trás o cara viu, mas está
procurando outra. Maiko diz que já vai colocar a caminhonete em uma garagem. Walisson
diz que amanhã cedinho encontram. Maiko diz que se der vermelho (for registrada a
ocorrência) hoje, já podia pegar, pois está morando no interior. Walisson fala que só pode
de manhã, pois tem que dar um tempo. Maiko fala que a placa e OMN-5818. Walisson
pergunta de onde é. Maiko diz que é Goiânia ou Aparecida.” (Relatório de interceptação
telefônica índice 36180145 – Walisson Rodrigues de Oliveira X Maiko Jorge Rodrigues
Machado – 20/05/2016 – 21:04:52); “Maiko avisa que está em frente ao supermercado onde
marcaram o encontro para a entrega da caminhonete roubada. Walisson diz que está no
viaduto quase chegando no Jardim Madri e assim que Maiko virar no viaduto vai vê-lo
parado. Maiko informa que o menino (comparsa que está conduzindo a caminhonete
roubada) está sozinho e pede para Walisson chamar um motoboy para levar o menino de
volta depois que entregar a caminhonete. Maiko fala que a caminhonete já está com o
chinelo (placa). Maiko fala para Walisson guardar esse chinelo (placa) após terminar o
serviço (desmanche), pois se no futuro pegar outra igual já pode usar essa mesma. Maiko
pergunta se vai passar parte do dinheiro hoje e o resto segunda-feira. Walisson diz que sim.”
(Relatório de interceptação telefônica índice 36182800 – Walisson Rodrigues de Oliveira X
Maiko Jorge Rodrigues Machado – 21/05/2016 – 06:19:20).
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(placas falsas) e já vai ficar com o veículo. Walisson pergunta qual a cor do carro. Maiko
diz que é branco e acrescenta que o dono do veículo (vítima) é policial civil. Maiko conta
que ele e outros comparsas seguiram durante um tempo o veículo e quando o condutor
ficou desatento, Maiko mandou o “moleque” (comparsa) entrar dentro da casa e roubar o
veículo. Maiko diz que pensou em mandar “picar” (desmanchar) o carro todo e já entregar
“picado” (desmontado) para Walisson. (...). Walisson manda Maiko pegar o carro (Veloster
roubado), guardá-lo e ir conversar com ele pessoalmente e não por telefone. Walisson
comenta que estava financiando o Veloster preto e que inclusive pagou o documento dele.
Maiko pergunta sobre pagamento. Walisson diz que o preço é outro e que vão conversar
sobre isto. Walisson diz que o documento do Veloster preto está em dia.” (Relatório de
interceptação telefônica índice 39327691 – Walisson Rodrigues de Oliveira X Maiko Jorge
Rodrigues Machado – 04/03/2017 – 12:29:23). Dois dias após o roubo, após verificar que o
veículo não tinha rastreador, os acusados combinaram acerca da entrega do veículo, o qual
estava na oficina de CLEITON, na Vila Pedroso, para adulteração dos sinais identificadores,
ao que JEOVÁ é o responsável por este transporte: “Maiko diz que está quase chegando e
gasta mais 10 minutos para chegar onde Walisson está. Maiko diz que o cara (Jeová) já foi
na frente e sabe onde é. Walisson diz que está esperando.” (Relatório de interceptação
telefônica índice 39361125 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) X Maiko Jorge
Rodrigues Machado (Cueca) – 06/03/2017 – 20:15:32); “Walisson explica para Jeová onde
encontrá-lo com o carro (Veloster roubado). Maiko também explica para Jeová, que está
conduzindo o veículo roubado, o local (Vila Pedroso).” (Relatório de interceptação
telefônica índice 39361467 – Walisson Rodrigues de Oliveira X Maiko Jorge Rodrigues
Machado x Jeová José da Silva – 06/03/2017 – 20:37:14).
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“Bruno conta pra Walisson que arrumou o negócio (caminhonete). Bruno fala que é da
mesma que levou da última vez, das novas, LTZ, flex. Walisson fala que só pode pagar
amanhã. Bruno diz que pode ser. Walisson e Bruno marcam de se encontrarem ao meio
dia.” (Relatório de interceptação telefônica índice 36949417 – Walisson Rodrigues de
Oliveira (Gordão) x Bruno Lima dos Santos (Chinês) – 20/07/2016 – 10:32:51); “Walisson
pergunta para Bruno qual a cor da caminhonete roubada. Bruno diz que é da cor branca.
Walisson pergunta qual o ano da caminhonete. Bruno fala que é 2013. Walisson pergunta
se a caminhonete está “bonitona”. Bruno diz que sim. Bruno fala que passou e a
caminhonete estava no mesmo local e que o menino vai passar lá novamente.” (Relatório
de interceptação telefônica índice 36949625 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x
Bruno Lima dos Santos (Chinês) – 20/07/2016 – 10:47:33).
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telefônicas, entretanto, ao contrário da sua versão, de que o carro era prata e foi pintado
também na cor prata, o laudo de exame de perícia criminal – identificação de veículo
automotor (fls. 1.521/1.526), demonstra que o veículo foi adulterado, inclusive com a
alteração da cor original do veículo de branco para a cor prata. Verifica-se, ainda, que na
ligação entre CLEITON e WALISSON são mencionadas todas as adulterações necessárias
para que o veículo roubado se tornasse outro veículo. A origem ilícita do veículo era patente
para CLEITON, que inclusive perguntou se já havia restrição de roubo, ao que foi
confirmado por WALISSON. Veja que neste fato do veículo Veloster ficou suficientemente
demonstrado que CLEITON adulterava veículos a pedido de WALISSON: “Cleiton
pergunta se o carro está arrumado com o “chinelo” (placa) do original. Walisson diz que
não, que eles vão ter que trocar as placas depois. Cleiton diz que já tinha que ter trocado as
placas. Walisson diz que vai trocar o “chinelo” (placa). Cleiton pergunta que cor é o carro
(veículo roubado que vão levar para ele). Walisson diz que é da cor branca. Cleiton
pergunta se depois Walisson vai mandar fazer o número. Walisson diz que não, que é para
Cleiton tirar de um veículo e colocar no outro (transplante do veículo, conforme conversa
de índice 39327691). Cleiton pergunta para Walisson se ele quer o carro “arrumado”
(transplantado) para depois “fazer” (remarcar) os vidros. Walisson diz que os vidros eles
vão pegar do outro veiculo que é tudo original, somente o pára-brisa que eles vão ter que
“fazer” (remarcar). Cleiton diz que se fosse na oficina dele, ele já fazia todo o serviço para
depois Walisson montar só os vidros em outro lugar. Walisson diz que vai levar tudo para
Cleiton para o carro já sair pronto da oficina dele. Cleiton pergunta se Walisson tem alguma
pessoa que desmonta os vidros. Walisson diz que não tem, que teria que levar para um
lanterneiro. Cleiton diz que se Walisson tivesse quem tirasse os vidros do veículo original,
que Cleiton fazia a “parte dele” (transplantar as peças e os números identificadores) e
levaria o carro para Walisson somente colocar os vidros. Cleiton diz que está trabalhando
na oficina dele, do outro lado da cidade (fazendo referência a distância da Canãa a Vila
Pedroso). Walisson diz que o veículo está “guardado” (escondido) e que tem que levar ele
inteiro, do jeito que está, para quando chegar na oficina tirar as partes que lhes interessam.
Cleiton pergunta se o número (numeração do chassi) Walisson consegue tirar. Walisson
diz que não, que precisa ser um lanterneiro, porque é pontilhado. Cleiton pergunta onde
está o veículo original. Walisson refere ao veículo original como “o estragado” e diz que
guardou em outro local, que não é o local que Cleiton sabe, que este lugar deu “bode” (foi
descoberto pela polícia). Cleiton quer trocar o número do carro e pintá-lo. Walisson diz que
quer fazer tudo na oficina do Cleiton para o veículo já sair de lá completamente pronto.
Cleiton diz que vai fazer como Walisson quer. Walisson diz que o carro vai chegar por volta
das 20 horas na oficina do Cleiton, porque está vindo de longe. Cleiton insiste perguntando
sobre a “chinela” (placa) do outro carro. Walisson diz que vai levar par Cleiton quando ele
for. Cleiton fala que tem que organizar direito para não dar erro.” (índice 39353795 –
Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Cleiton Borges Gudim, 06/03/2017 – 13:39:21);
“Cleiton diz para Walisson que está montando o carro para poder entregar para o rapaz.
Cleiton pergunta para Walisson se o “trem” (carro roubado) está “frio” (foi verificado se
não tem rastreador). Walisson diz que desde a sexta-feira passada. Cleiton pede para
Walisson levar o veículo para ele. Walisson marca de encontrar para levar o carro (roubado)
e diz que já vai levar as placas (falsas) e os “trem” do carro (dados do veículo para
transplante).” (índice 39355383 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Cleiton Borges
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interrogado neste juízo (mídia às fls. 2.677/2.682), DIEGO HENDRIGO negou a imputação,
relatando que transportava as peças, mas não sabia que eram roubadas; que transportava as
peças a pedido de WALISSON, já que trabalha com frete. Afirmou que pegava as peças na
lanchonete de WALISSON, na Canaã, sendo que um conhecido lhe indicou para fazer os
fretes. Disse que fez oito ou sete fretes para WALISSON no decorrer de um mês, mas que
nunca viu nota das peças, ao que WALISSON lhe falava que as peças eram referentes a
veículos baixados, as quais eram adquiridas por WALISSON na Canaã, que depois
permaneciam na porta da lanchonete, escoradas na parede, local onde DIEGO HENDRIGO
as apanhava e, em seguida, as levava para as transportadoras. Declarou, ainda, que já levou
peças para a Cearense Transporte e para a São Luiz, e que ganhava cerca de R$ 80,00 a R$
100,00 por frete.
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Walisson diz que a coisa está feia. Diego comenta que tem 15 dias que não trabalha com
Walisson. Walisson diz que a empresa está devagar e ironiza falando que vai falir. Diego
pergunta se a produção está fraca. Walisson diz que sim. Diego pergunta se não tem
previsão de “uma” (caminhonete roubada para ser desmontada). Walisson diz que tinha
previsão de fazer uma carga (transporte de peças), mas o “trem” (roubo) deu errado hoje
novamente. Diego pergunta se Walisson está tentando conseguir alguma coisa. Walisson
diz que sim. Diego comenta que achou que Walisson tinha abandonado ele. Walisson diz
que jamais, que é porque está ruim de serviço. Diego diz que está a disposição caso apareça
qualquer serviço.” (Relatório de interceptação telefônica índice 38927697 – Diego Hendrigo
Lopes de Souza Gouveia x Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) – 23/01/2017 –
18:11:21).
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sendo a primeira ligação uma conversa de ambos os acusados sobre a entrega das peças dos
veículos roubados e desmontados, ao que na última WALISSON conversa com sua esposa e
diz que está na loja de SILVIO aguardando descarregar o caminhão de DIEGO
HENDRIGO: “Walisson avisa para Silvio que o rapaz do frete está chegando lá (na loja do
Silvio). Silvio diz que é impossível, uma vez que está com um caminhão descarregando na
porta naquele momento.” (Relatório de interceptação telefônica índice 38211172 – Walisson
Rodrigues de Oliveira (Gordão) X Silvio José Longo Ferreira (Paulista/Alemão/Gaúcho) –
05/11/2016 – 09:53:21); “Walisson fala para Viviane que está no "Paulista" (Silvio José
Longo Ferreira), esperando descarregar o caminhão. Walisson pede para Viviane avisar
“Chimbinha” que vai levar uns trem, umas borrachas para ele. Walisson diz que enquanto
aguarda, Diego saiu na caminhonete para cortar o cabelo.” (Relatório de interceptação
telefônica índice 38215278 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) X Viviane Luiza
Moreira – 05/11/2016 – 16:45:04). Em conclusão, não há dúvidas quanto à participação de
SILVIO JOSÉ na organização criminosa, ao que após a desmontagem dos veículos, as peças
eram levadas para o seu estabelecimento comercial, denominado Anel Viário Autopeças, onde
eram expostas à venda no atacado e varejo, como se fossem de veículos lícitos, provenientes
de veículos baixados.
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comprovado nos autos, através de interceptações telefônicas autorizadas por este juízo, que
BRUNO LIMA atuou diretamente em quatro roubos de veículos (Crimes nº 2.1, 2.4, 2.6, 2.9
e 2.21), referente ao veículo Ford/Fiesta SD 1.6, cor branca, placas PQI-1186 (vítima
Aparecida Marlei de Assis); camionete Chevrolet/S10, cor branca, placas OLW-2165 (vítimas
Reginaldo José dos Santos e Maikel Vieira de Melo); veículo Toyota/Hilux, placas PQM-
0970 (vítima Márcio Cardoso Soares); e veículo Ford EcoSport, cor branca, placas ONN-
3484 (vítima Beatriz Miguel de Padua), sendo que em cada crime um ou dois dos integrantes
do núcleo atuaram como seus comparsas PAULO SÉRGIO (Crime nº 2.4), JOÃO PEDRO
(Crimes nº 2.4 e 2.6) e ANTÔNIO CARLOS (Crime nº 2.9).
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mandar. Walisson fala que não veio ainda, mas que esse final de semana o menino vem.
Walisson fala que conhece um molequinho e ele está sem parceiro. Mateus fala que
amanhã eles conversam pessoalmente. Walisson reitera que o moleque é muito bom.”
(Relatório de interceptação telefônica índice 36133899 – Walisson Rodrigues de Oliveira X
Mateus Costa de Lima (Galinho)– 17/05/2016– 21:47:31); “Mateus fala que pegou (roubou)
um trem (carro), mas bloqueou. Mateus pede para Walisson arrumar outra ferramenta
(arma de fogo) para ele. Mateus diz que agora vai descer (abordar a vítima), pois agora vai
com duas (armas), para ele e o moleque descer (abordarem a vítima). Walisson fala que vai
pedir o cara para trazer. Mateus reclama que os moleques tem medo e reclama que já tem
quase um mês que não pega nada.” (Relatório de interceptação telefônica índice 36148254 –
Walisson Rodrigues de Oliveira X Mateus Costa de Lima (Galinho) – 18/05/2016 –
20:29:36); “Walisson pergunta se Mateus não vai fazer nada (praticar roubos). Mateus diz
que está querendo e fala que Walisson precisa arrumar outra ferramenta (arma de fogo).
Walisson fala que o cara vem amanhã. Mateus fala que vai precisar da outra (arma) agora,
pois só vai ele agora vai descer (abordar a vítima), pois só vai junto com mais um menino.
Mateus reclama que com os outros moleques só está gastando combustível. Walisson pede
para Mateus arrumar pelo menos um (carro) para já irem “brincando”.” (Relatório de
interceptação telefônica índice 36161026 – Walisson Rodrigues de Oliveira X Mateus Costa
de Lima (Galinho)– 19/05/2016 – 17:26:06).
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Entretanto, a presença de EDUARDO passou a ser mais frequente com a prisão do seu irmão,
ocorrida aos 21/12/2016, conforme Auto de Prisão em Flagrante nº 3846/2016. A partir deste
evento, EDUARDO LIMA assumiu os contatos diretos com WALISSON, recebendo as
encomendas dos veículos e os entregando após serem roubados. Assim, as interceptações
telefônicas revelam que a partir de janeiro de 2017, EDUARDO e WALISSON passam a se
contatarem com frequência, inclusive restou comprovado nestes autos que o roubo do veículo
VW/Kombi, cor branca, placas OGJ- 5465, no dia 11 de janeiro de 2017, em desfavor da
vítima Douglas Candido da Silva (Crime nº 2.21), foi praticado pelos acusados EDUARDO
LIMA e WALISSON. Ainda, conforme revelam as interceptações abaixo, de sucessivas
ligações entre EDUARDO e WALISSON, EDUARDO disse que acabou de roubar uma S10
4x4. WALISSON encomendou um Honda Civic e EDUARDO disse que irá roubá-lo.
EDUARDO ofereceu um Corolla preto para WALISSON, ao que este disse que serve
somente branco. Ainda, nesta ligação, EDUARDO disse que seus comparsas estão
desanimados, pois todos os veículos subtraídos estão sendo recuperados. WALISSON induz
que seja em razão do local onde os veículos estão sendo deixados, ao que EDUARDO
afirmou que a recuperação se deve ao fato de todos os veículos serem novos e contarem com
rastreador: “Eduardo conta para Walisson que acabou de roubar uma caminhonete S10
4X4 “das novas” e que se tudo der certo entrega o veículo amanhã pela manhã. Eduardo
pergunta para Walisson sobre os “capetinhas” (equipamento que bloqueia o sinal de
rastreador). Walisson responde que vai organizar os referidos equipamentos.” (Relatório de
interceptação telefônica índice 38854184 – Walisson Rodrigues de Oliveira X Eduardo Lima
dos Santos – 12/01/2017 – 18:10:36); “Eduardo pede para Walisson ter calma que se der
certo vai avisar e diz que ainda não ligou porque não “deu vermelho” (não foi registrada a
ocorrência de roubo pela vítima). Eduardo fala que “pegou” (roubou) uma caminhonete S10,
4X4, das novas. (...).” (Relatório de interceptação telefônica índice 38859511 – Walisson
Rodrigues de Oliveira X Eduardo Lima dos Santos – 13/01/2017– 12:51:28); “Eduardo fala
para Walisson que alguém vai no local mais tarde. Walisson reclama que vai estar dormindo.
Walisson encomenda um veículo Honda Civic de cor preta entre os anos de 2008 e 2010.
Eduardo diz que vai roubar o carro amanhã e envia fotografia assim que estiver com o
veículo.” (Relatório de interceptação telefônica índice 38854681 – Walisson Rodrigues de
Oliveira X Eduardo Lima dos Santos – 12/01/2017 – 19:04:53); “Eduardo oferece para
Walisson um Corolla de cor preta, mas Walisson diz que só serve se for branco. Eduardo
diz que está procurando carros para roubar e que os comparsas estão desanimados, uma
vez que os carros estão sendo recuperados. Walisson pergunta se não é por causa do lugar
onde estão deixando os carros estacionados. Eduardo responde que não e que acredita que
a recuperação está ocorrendo porque estão roubando somente veículos novos
(provavelmente porque possuem rastreadores), e que hoje vai procurar os mais velhos.
Eduardo diz que só deu certo uma 4X4 e que inclusive vai mudá-la de local.” (Relatório de
interceptação telefônica índice 38892318 – Walisson Rodrigues de Oliveira X Eduardo Lima
dos Santos – 18/01/2017– 11:12:29).
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que Bruno pegou uma “grande”, uma Amarok. Maiko fala que tem que levar para onde ele
está. Matheus fala que eles estão indo para Bela Vista e fala para Maiko ligar para Bruno.
Maiko fala que não tem o telefone do Bruno e manda Matheus ligar para o R7 (que está
com o Bruno na caminhonete roubada) no telefone 9355-1759.” (Relatório de interceptação
telefônica índice 37056586 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Matheus Leomar
Cosme Lopes – 29/07/2016– 19:25:36); “Maiko pede a placa da Amarok. Maiko diz que já
tem o “buraco” (local para guardar a caminhonete roubada), quando der “vermelho”
(vítima fizer a ocorrência de roubo), é para avisar o Luis Fernando, pois ele vai colocar na
casa que eles alugaram. Matheus pede pra R7 ir para sua frente para ele pode ver a placa
da Amarok. Matheus fala que a placa da Amarok é NWF-0829. R7 fala para Matheus que
a gasolina da Amarok acabou. Maiko pesquisa a placa da Amarok e fala que é do ano de
2010/2011.” (Relatório de interceptação telefônica índice 37057035 – Maiko Jorge Rodrigues
Machado (Cueca) x R7 x Matheus Leomar Cosme Lopes – 29/07/2016 – 20:05:15).
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(do Maiko). Maiko diz que se não achar igual o dele, pode ser um “longo” (Polo Sedan),
mas tem que ser prata. Maiko fala que R7 sabe, que já “pegou” (roubou) igual.” (Relatório
de interceptação telefônica índice 37045420 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x
(HNI) R7 x Bruno Regino de Souza Santos – 28/07/2016 – 18:34:47); “Maiko fala para
Bruno que não é para emprestar o danado (arma de fogo) para ninguém. Bruno diz que
nem sai de casa. Maiko diz que se emprestar ele vai ver, vai arrumar problema.” (Relatório
de interceptação telefônica índice 37592921 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x
Bruno Regino de Souza Santos – 19/09/2016 – 13:16:24).
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Fernandes). Maiko fala que se o moleque achar ruim, cada um deles dá R$ 100,00. Maiko
conta que o cara quer comprar um “cavalo” hoje. Filipe fala para Maiko levar o "Limite"
para pegar um (roubar um carro) e ficar os dois "chinelados" (com placas clonadas).”
(Relatório de interceptação telefônica índice 36893623 – Maiko Jorge Rodrigues Machado
(Cueca) x Filipe Nascimento Silva – 16/07/2016– 10:59:33); “Maiko conta para Filipe que
roubou um Voyage 1.6 para eles. Maiko pergunta se Filipe tem um buraco (local para levar
carros roubados/furtados) para guardar o carro. Filipe fala que quando aparecer à
ocorrência de roubo (no sistema) do veículo vai avisar um cara para guardar. Maiko conta
que roubou o carro perto da região dele, que tem que levar para o lado da Vila Brasília.
Filipe diz que vai arrumar.” (Relatório de interceptação telefônica índice 36895604 – Maiko
Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Filipe Nascimento Silva –16/07/2016 – 12:49:36);
“Filipe pergunta para Maiko sobre a arma. Maiko fala que está com ele. Filipe diz que
queria a arma para fazer um “corre” (roubo). Maiko pede para Filipe esperar, pois vai
passar na Vila Brasília e ver se encontra um carro igual o dele para “pegar” (roubar).
Maiko conta que o carro que pegou (Voyage) “pulou” (foi recuperado) no Parque das
Laranjeiras. Maiko fala que o cara colocou o Voyage na porta da casa.” (Relatório de
interceptação telefônica índice 36900605 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Filipe
Nascimento Silva – 16/07/2016 – 18:53:01); “Maiko pergunta se a Amarok está no mesmo
local. Filipe fala que “pulou” (foi recuperada) à noite. Maiko fala que tinha um cara
querendo a Amarok. Filipe diz que “pegou” (roubou) duas (caminhonetes) no dia anterior,
mas uma não quiseram levar. Maiko pergunta se não tem um cavalo (carro) para levar os
meninos no corre (roubos). Filipe fala que não tem. (...)” (Relatório de interceptação
telefônica índice 37051252 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Filipe Nascimento
Silva – 29/07/2016– 10:58:10).
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Diego diz que sim. Diego ri e diz que só viu o cara (vítima) correndo. Diego fala para
deixarem o carro no descanso (estacionado para verificar se não tem rastreador) e saírem
para pegar outro. Filipe concorda.” (Relatório de interceptação telefônica índice 37545753 –
Filipe Nascimento Silva x Diego Cotrim Messias – 14/09/2016– 12:04:50).
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Maiko pergunta se Lucas tem algum “buraco” (local para esfriar carro roubado). Lucas diz
que tem que ver. Maiko questiona onde Lucas vai guardar as “grandes” (caminhonetes) que
roubar. Maiko pergunta se “pegar” (roubar) uma “grande”, se dá para colocar no
“buraco”. Limite diz que tem que ver. Maiko fala que vai “buscar” (roubar) uma “grande”
hoje com os moleques. Lucas chama “Abel” (Cleiber Minare Lacerda) de “filho de Maiko”.
Lucas fala que sair para roubar com Cleiber não dá certo “nem atirando”. Maiko reclama
que Lucas só quer dirigir para os outros caras. Maiko diz para ir Lucas, o Tierry (Thierry
Gleyffer Gonaçalves Borges) e outro moleque para “pegar” (roubar) uma “grande”. Maiko
fala que arruma uma “380” (pistola calibre 380) para irem roubar. Maiko fala que já tem
o “buraco” para colocar uma “grande”. Maiko fala que uma mulher emprestou uma casa
para ele em troca do aluguel de R$ 500,00. (...).” (Relatório de interceptação telefônica
índice 38121455 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Lucas Felipe de Sousa
Fernandes ("Limite")– 27/10/2016– 17:48:54).
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outro “cavalo” (carro)**. Lucas diz que está no mesmo lugar, porque não tem lugar para
guardar, por isto eles estão esperando. Lucas fala para Igor colocar na casa dele, já que está
“acelerando” (apressando). (…) Lucas reclama de Igor ficar ligando e desconfiando deles.
Igor diz que vai ficar esperando eles ligarem. Lucas manda Igor ficar na contenção, que não
é para ele sumir, que o outro cara foi ver se aluga uma casa para colocar a “grande”
(caminhonete), porque eles não vão colocar ele no buraco que eles já possuem. Lucas diz que
vão ter lugar para guardar os dois carros, e que é para Igor ficar calmo, que eles não vão
dar “banho” (enganar) nele não.” (Relatório de interceptação telefônica índice 38188665 –
Igor André Valença do Nascimento X Lucas Felipe de Sousa Fernandes (Limite) –
02/11/2016– 14:45:46).
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2.28), todos imputados ao acusado JEOVÁ, referente ao roubo dos veículos Honda/Fit,
placas NLI-8900, da vítima Marcos Felipe; e Toyota/Corolla, cor cinza, placas NRN-2657, da
vitima Divina Lucia Rodrigues da Silva; à tentativa de roubo do veículo GM/S10, cor branca,
placas ONN-4567, da vítima Gabriel dos Santos Andrade; às receptações do veículo
Nissan/Frontier SVATK 4x2, cor prata, ano 2013/2014, placas ONN-5910, de propriedade da
vítima Elio Rodrigues de Freitas; do veículo Toyota Hillux, cor cinza, placas OLH- 1480, da
vítima Arthur Emanuel Chaves de Dranco; dos documento da vitima Cézio Lopes de
Siqueira, roubados junto com o veículo Toyota/Hilux, placas OGM-1360; da cadeirinha de
criança da vítima Paulo Junior Sirino da Silva, roubada junto com o veículo Chevrolet/Cruze
LT NB, cor branca, placas ONP-2090; e do veículo Hyundai Veloster, cor branca, placas
PGB- 3361, da vítima Helder da Silva. A autoria de tais crimes restou evidenciada pelo
conjunto probatório, conforme se verá adiante, demonstrando, assim, que JEOVÁ atuava
ativamente na organização criminosa, inicialmente com o transporte de veículos e,
posteriormente, participando ativamente de roubos e viagens longas para transportar os
veículos subtraídos.
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9ª Vara Criminal
7215 e pode colocar só R$ 20,00. Maiko explica que os caras desceram na Hilux* e no
Corolla* para trazer o brown (drogas), mas rodaram (foram presos) no Mato Grosso.”
(Relatório de interceptação telefônica índice 38853535 – Maiko Jorge Rodrigues Machado
(Cueca) X MNI (62993744346) – 12/01/2017– 16:48:03); “(...) Maiko conta que está
tentando juntar R$ 2.000,00 para pagar a passagem de avião e os honorários da advogada
para tirar os meninos (Jeová e Evandson) que foram presos. Matheus pergunta onde eles
estão. Maiko diz que em Camapuã no Mato Grosso. Maiko fala que tem que pagar o avião
e honorários para a advogada ir lá.” (Relatório de interceptação telefônica índice 38854775
– Maiko Jorge Rodrigues Machado x Matheus Vieira Lira – 12/01/2017 – 19:17:57).
Portanto, as circunstâncias confirmam que EVANDSON integrava a organização criminosa.
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Jorge, vulgo “Cueca”, sendo que esse último foi conduzindo o veículo VW/Polo; QUE ao
avistarem um homem mexendo no porta malas de um GM/Cruze, cor branca, decidiram
realizar o roubo; QUE Marcos Regino portava um revólver, calibre 38 e abordou a vítima,
enquanto o declarante permaneceu próximo e Maiko ficou aguardando no carro dele. QUE o
declarante saiu conduzindo o veículo roubado e Marcos Regino foi para o VW/Polo, onde
Maiko o aguardava; QUE soube que Maiko vendeu esse veículo, mas não sabe maiores
detalhes; QUE não sabe o que tinha no interior do veículo roubado, mas alguns dias depois,
Maiko lhe entregou um Narguilé e um óculos de sol, afirmando que eram objetos que estavam
no carro e poderiam ficar com o declarante; QUE o Narguile apreendido em sua casa nesta
data é o roubado junto com o carro; QUE o declarante deu os óculos de sol para sua
namorada Isabela, não afirmando para ela a procedência, mas apenas que tinha comprado;
QUE posteriormente, o declarante, Marcos Regino e Maiko saíram novamente para roubar
carros; QUE mais uma vez foram no veículo VW/Polo do Maiko, que o conduziu; QUE
Marcos Regino abordou um homem que estava saindo de um Jeep Renegade, enquanto o
declarante ficou próximo; QUE após a vítima ser dominada, o declarante assumiu a direção
do veículo roubado, e Marcos Regino retornou para o VW/Polo em que Maiko estava; QUE o
Jeep tinha bloqueador e travou, sendo que o declarante o abandonou na rua e foi resgatado
por Maiko e Marcos Regino, QUE não sabe se Marcos Regino subtraiu algum outro pertence
da vítima durante esse roubo; QUE utilizaram o revólver, calibre 38, que era portado por
Marcos Regino; QUE alguns dias depois, o declarante saiu com Marcos Regino e Jonathan,
sendo esse último um adolescente que mora no Setor Santa Cruz; QUE não sabe maiores
informações sobre Jonathan, pois foi Marcos Regino quem o convidou; QUE saíram em um
veículo roubado, mas com placas trocadas, e foram para um bar no Parque das Laranjeiras;
QUE ao chegarem, viram um rapaz e um senhor sentados em uma mesa, instante em que o
declarante, Marcos Regino e Jonathan abordaram as vítimas e anunciaram o roubo; QUE
Marcos Regino era quem portava o revólver, calibre 38; QUE subtraíram o aparelho celular
e um veículo GM/Cruze, cor branca; QUE o declarante saiu conduzindo o veículo roubado,
enquanto os outros dois foram no veículo que utilizaram; QUE o declarante levou esse
veículo para uma casa no Setor Garavelo, Aparecida de Goiânia-GO, onde o deixou
guardado; QUE não sabe o atual paradeiro desse carro, mas acredita que Marcos Regino
possa estar com ele; QUE ficou com o aparelho celular de uma das vítimas, sendo o mesmo
objeto apreendido hoje em sua casa durante o cumprimento do mandado de busca; QUE sabe
que Marcos Regino já praticou alguns roubos com uma adolescente chamada Vitória, com
quem ele teve um relacionamento; QUE o declarante nunca participou de nenhum roubo com
essa garota; QUE não sabe maiores informações sobre ela; QUE nega participação no
roubo do veículo Toyota/Corolla, placa NRN-2657, ocorrido no dia 19/01/2017; QUE soube
do roubo desse veículo, sendo que Marcos Regino lhe contou que no interior do carro tinha
alguns perfumes; QUE Marcos Regino não contou quem foram os autores do roubo desse
carro; QUE tem conhecimento do roubo de um Hyundai/Veloster, mas não participado desse
crime; QUE apenas buscou esse carro em Bela Vista de Goiás-GO, a pedido de Maiko e
Marcos Regino; QUE o carro estava estacionado próximo a uma casa que era alugada por
Maiko; QUE o declarante o levou para o Parque Santa Cruz, nesta capital, o deixando
também na rua; QUE entregou a chave do Veloster para Marcos Regino; QUE foi Maiko que
o levou de Goiânia-GO para Bela Vista para buscar o carro; QUE não sabe o que foi feito do
Veloster; QUE não teve participação no roubo da caminhonete Ford/Ranger, placa ONB-
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8190, ocorrido no dia 11/03/2017; QUE soube que essa caminhonete foi recuperada por
policiais do GRAER na casa que era alugada por Maiko, em Bela Vista de Goiás-GO; QUE
soube que a caminhonete estava na mesma casa onde o declarante buscou o
Hyundai/Veloster; QUE Marcos Regino apenas lhe contou sobre a apreensão da
caminhonete, não falando quem a roubou; QUE recebia o valor aproximado de R$ 1.000,00
por cada carro roubado, sendo que o valor era repassado por Marcos Regino que lhe
entregava; QUE os objetos que estavam no interior do veículo ficavam com os demais
autores, sendo que algumas vezes eles davam alguns pertences para o declarante; QUE
nunca participou de roubos com Jeová José da Silva e não sabe se ele guardava objetos
roubados na casa dele, pois nunca entrou lá; QUE os livros de medicina apreendidos em sua
residência são de sua propriedade, sendo que os comprou no colégio; QUE a máscara
também é sua e a ganhou da sua irmã, sendo que não as utilizava nos roubos; QUE possui
um veículo VW/Gol, cor prata, placa JRR-7489, financiado e registrado em seu nome; QUE
nunca utilizou esse carro para praticar roubos, mas já o emprestou para Marcos Regino, não
sabendo o que ele fez com o carro; QUE geralmente saiam para roubar no veículo VW/Polo,
cor prata, do Maiko”.
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prova consistente na interceptação revela, claramente, a autoria, quando o acusado afirma que
estava na posse do “New Fiesta de cor branca”, bem assim, demonstra a sequência de fatos
ocorridos logo após a subtração do veículo e o local em que foi guardado. Por fim, verifico
que o depoimento do delegado de polícia corrobora as declarações da vítima e a interceptação
telefônica. Ademais, o acusado GENIVAL, comparsa de BRUNO LIMA em outros crimes,
extrajudicialmente (fls. 635/638), relatou que o acusado BRUNO LIMA era proprietário de
um veículo VW/Polo, o qual era utilizado para a prática de crime, fato confirmado pela vítima
Aparecida Marlei judicialmente (mídia às fls. 2.503/2.511).
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Relatório policial de fls. 719/721, especificadamente pelos índices nºs 36180145, 36182800,
36186573 da interceptação, em que o acusado MAIKO JORGE informa para WALLISSON
ter roubado o veículo GM/S10, marcando um encontro para repassar a camionete; e RAI nº
384024 (fls. 722/725).
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(desmanche), pois se no futuro pegar outra igual já pode usar essa mesma. Maiko pergunta
se vai passar parte do dinheiro hoje e o resto segunda-feira. Walisson diz que sim.” (índice
36182800 – Walisson Rodrigues de Oliveira x Maiko Jorge Rodrigues Machado, 21/05/2016
– 06:19:20); “Walisson reclama com Maiko, pois a caminhonete é a álcool e não a diesel.
Walisson pergunta o que eles colocaram no tanque dela. Maiko diz que colocou diesel, pois
por ser 4x4 achou que era diesel.” (índice 36186573 – Walisson Rodrigues de Oliveira x
Maiko Jorge Rodrigues Machado, 21/05/2016 – 12:35:15).
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dois indivíduos, estando um deles armados. Há que se ressaltar que não é empecilho para o
reconhecimento da aludida causa de aumento o fato de a arma de fogo não terem sido
apreendida e periciada, pois, exigir-se, em tais situações, a apreensão ou exame pericial,
poderia vir a estimular os criminosos a desaparecerem com referido instrumento logo após o
crime, de modo que a majorante em questão dificilmente teria aplicação, nesse sentido HC
183.169-SP, do Superior Tribunal de Justiça. Por outro lado, tem-se que ao cumprir mandado
de busca e apreensão, foi apreendida em poder do acusado MAIKO JORGE uma arma de
fogo, possivelmente a mesma utilizada nesse crime (auto de busca e apreensão fls. 520), fato
que resultou um processo autônomo. De igual forma, o concurso de agentes foi evidenciado
pelas vítimas, bem como, pelas interceptações telefônicas, demonstrando que o acusado
MAIKO JORGE atuou como executor do crime junto com um comparsa não identificado,
enquanto que WALISSON atuou como mandante do crime. Desta forma, evidente que os
acusados e o comparsa agiram em acordo de vontades, tendo o mesmo desígnio e consciência.
Os comportamentos acima descritos, revelam o entrosamento entre os acusados e seu
comparsa, evidenciando que toda a ação objetivava a mesma finalidade ilícita, cada qual se
responsabilizando por uma determinada tarefa. Portanto, justificada a agravação da pena no
crime, não só em razão do maior risco a que as vítimas foram submetidas, como, também,
devido à facilitação do roubo pela atuação conjunta dos agentes.
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36902058 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x HNI (R7), 16/07/2016 – 20:35:21);
“Maiko fala para Mateus tirar a placa da caminhonete roubada logo. Maiko fala para
Matheus ir para o mesmo local que ele pegou o R7.” (índice 36902153 – Maiko Jorge
Rodrigues Machado (Cueca) x Matheus Leomar Cosme Lopes, 16/07/2016 – 20:45:10); “(...)
“R7” pede para Jeová levá-lo onde está a caminhonete. Jeová pergunta se é a do “Cueca”
(Maiko). “R7” diz que sim. Maiko conta que roubaram a Frontier ontem, trocaram o
“chinelo” (colocaram placas flasas), mas até agora está dando verde (não tem ocorrência de
roubo). Maiko fala para Jeová que o “R7” quem deixou a Frontier no local. Jeová fala que
vai com “R7” (índice 36909072 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Jeová José da
Silva x “R7”, 17/07/2016 – 15:21:17); “Maiko pergunta se Jeová pode levar o R7 para trocar
a Frontier de lugar. Jeová diz que pode. Maiko fala que vai contar para Jeová onde está a
chave da Frontier para eles trocarem de lugar e ver se vinga até o dia seguinte. Maiko fala
que o cara só pega a Frontier quando der “vermelho” (for registrada a ocorrência de roubo
da caminhonete). Jeová pergunta se a Frontier é rastreada. Maiko fala que roubou no dia
anterior às sete da noite. Maiko fala que ficaram andando mais de hora após o roubo, que a
Frontier já esta “chinelada” (com placas clonadas). Maiko conta que arrancou a “chinela”
(placas) de outra caminhonete e colocou na Frontier. Maiko fala que a placa da Frontier
roubada é ONN-5910. Maiko diz que a placa que colocou na Frontier roubada é NVV. Maiko
fala que tem que tirar a Frontier do local e colocar na rua de cima ou de baixo. Maiko fala
que a Frontier já esta “chinelada” e é somente deixar na mão do pagador (comprador).
Maiko fala que vai comprar um revólver e colocar na mão de Jeová e dos outros meninos.”
(índice 36910735 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Jeová José da Silva,
17/07/2016 – 18:01:07); “Jeová fala para Maiko que estão na BR (rodovia) com “ela”
(caminhonete). Jeová fala que “R7” está em chamada de conferência, atrás dele, levando a
caminhonete. Jeová fala que já estão chegando perto da Mabel. Jeová fala que R7 está atrás
dele na caminhonete e Jeová está na frente, em outro carro, escoltando ele.” (índice
36914980 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Jeová José da Silva, 18/07/2016 –
07:09:16). “Maiko fala para Walisson que os caras já estão chegando. Maiko diz que o da
frente está em um VWGolf (Jeová) e o outro está na grande (caminhonete roubada), aí eles
vão seguir Walisson até onde deixar a caminhonete. Maiko fala para Jeová e Walisson
informarem o carro que estão, para facilitar o encontro. Jeová fala que está em um VW/Golf,
cor cinza grafite. Walisson fala que está em uma Amarok de cor branca. Walisson diz que
está esperando no Supermercado Bretas, no anel viário.” (índice 36914987 – Maiko Jorge
Rodrigues Machado (Cueca) x Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Jeova José da
Silva x “R7”, 18/07/2016 – 07:11:30); “Jeová fala para Maiko que a missão está cumprida e
que o cara (R7) já esta no carro com ele. Jeová diz que já estão indo embora.” (índice
36915127 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Jeová José da Silva, 18/07/2016 –
07:45:06); “(...) Maiko fala que a de Walisson deu “vermelho” (ocorrência de furto/roubo no
Sistema), apareceu depois de duas semanas. Maiko diz que a placa é ONN-5910. Walisson
fala que tinha rastreador, mas não estava funcionando. (...)” (índice 36914980 – Walisson
Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Maiko Jorge Rodrigues Machado, 29/07/2016 – 10:52:31).
Conforme se denota das transcrições acima, consistentes
nas declarações das vítimas Elio Rodrigues de Freitas (mídia às fls. 2.503/2.511) e Michael
Silva de Araújo (mídia às fls. 2.677/2.682), sendo que este último reconheceu, com certeza de
90% (noventa por cento), o acusado MATHEUS LEOMAR como sendo o assaltante
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moreno, com barba fina, com cerca de 1,60m a 1,70m, bem assim, o depoimento do Delegado
de Polícia Fábio Meireles Vieira (depoimento gravado em mídia às fls. 2.503/2.511) e,
sobretudo, as interceptações telefônicas, as quais evidenciaram com segurança e certeza que
os acusados MAIKO JORGE, MATHEUS LEOMAR e WALISSON, os primeiros
atuando como executores, e o último atuando como mandante do crime, subtraíram, para
todos, mediante grave ameaça, a Camionete Nissan/Frontier SVATK 4x2, cor prata, ano
2013/2014, placas ONN-5910, de propriedade da vítima Elio Rodrigues de Freitas, bem
assim, o aparelho celular e a quantia de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais), da vítima
Michael, fato ocorrido na oficina mecânica de Michael, sendo, posteriormente, referido
veículo transportado pelo acusado JEOVÁ.
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dos outros meninos.” (índice 36910735 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Jeová
José da Silva, 17/07/2016 – 18:01:07).
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foi abordada, ocasião em que foram subtraidos tanto o seu aparelho celular e a quantia de R$
1.200,00 (um mil e duzentos reais) como, também, a Camionete Nissan/Frontier SVATK 4x2,
cor prata, ano 2013/2014, placas ONN-5910, de propriedade da vítima Elio Rodrigues de
Freitas, a qual se encontrava na oficina do primeiro.
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o uso de arma de fogo e concurso de pessoas, uma camionete Chevrolet/S10, cor branca,
placas OLW-2165, da vítima Reginaldo e um celular Samsung Galaxy, pertencente à vítima
Maikel, fatos imputados aos acusados BRUNO LIMA, JOÃO PEDRO, PAULO SÉRGIO e
WALISSON, sendo o último o mandante do crime. Narra, ainda, que o acusado CLEITON
receptou e adulterou o sinal de veículo automotor.
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Santos (Chinês) x Paulo Sérgio Gomes dos Santos (PS), 19/07/2016 – 18:22:40); “Bruno e
Paulo conversam sobre o local para se encontrarem e deixar a caminhonete. Paulo fala que
os caras não conseguiram seguir Bruno. Bruno diz que colocou a caminhonete em um lugar
bom.” (índice 36941749 – Bruno Lima dos Santos (Chinês) x Paulo Sérgio Gomes dos Santos
(PS), 19/07/2016 – 18:35:27); “João Pedro diz que a chave da caminhonete está na casa
dele. Bruno pergunta para João Pedro se ele sabe de alguém para levar a caminhonete. João
Pedro fala que vai ver. João Pedro conta que a caminhonete está no local, mas não tem
nenhum carro atrás. Bruno fala para João Pedro sair de lá.” (índice 36950210 – Bruno Lima
dos Santos (Chinês) x João Pedro Elias dos Santos, 20/07/2016 – 11:30:24); “Bruno conta
pra Walisson que arrumou o negócio (caminhonete). Bruno fala que é da mesma que levou da
última vez, das novas, LTZ, flex. Walisson fala que só pode pagar amanhã. Bruno diz que
pode ser. Walisson e Bruno marcam de se encontrarem ao meio dia.” (índice 36949418 –
Bruno Lima dos Santos (Chinês) x Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão), 20/07/2016 –
10:32:51); “Walisson pergunta para Bruno qual a cor da caminhonete roubada. Bruno diz
que é da cor branca. Walisson pergunta qual o ano da caminhonete. Bruno fala que é 2013.
Walisson pergunta se a caminhonete está “bonitona”. Bruno diz que sim. Bruno fala que
passou e a caminhonete estava no mesmo local e que o menino vai passar lá novamente.”
(índice 36949630 – Bruno Lima dos Santos (Chinês) x Walisson Rodrigues de Oliveira
(Gordão), 20/07/2016 – 10:47:44); “Walisson fala que arrumou uma “namorada”
(caminhonete) e está levando para Cleiton. Walisson pede para Cleiton mandar tirar o Gol
do box e colocar aquela caminhonete para fora, que já vai tirar ela agorinha também.”
(índice 36950554 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Cleiton Borges Gudim
(Peixinho), 20/07/2016 – 11:49:21); “Walisson pergunta se HNI está em casa. HNI diz que
sim. Walisson diz que HNI vai trabalhar agorinha (buscar a caminhonete roubada). HNI diz
que tudo bem e pergunta que horas. Walisson diz que agorinha passa lá.” (índice 36951018 –
Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) X HNI (62995371176), 20/07/2016 – 12:16:39);
“Bruno fala que vai demorar trinta minutos e que quando estiver saindo com ela telefona.
Walisson diz para ligar quando pegar a “namorada” (caminhonete roubada) dele.” (índice
36951422 – Bruno Lima dos Santos (Chinês) x Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão),
20/07/2016 – 12:46:13); “Walisson fala para Bruno que tem um “chinelo” (placas clonadas)
e oferece para Bruno colocar na caminhonete. Bruno diz que não tem uma casa (para trocar
as placas). Walisson fala que os outros moleques trocam isso na rua mesmo, são tudo doido.
Bruno fala que não faz isso não, mas que qualquer coisa avisa. Walisson sugere encontrar
uma casa de aluguel, quebrar o cadeado, trocar (a placa) e vai embora.” (índice 36952095 –
Bruno Lima dos Santos (Chinês) x Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão), 20/07/2016 –
13:20:50); “Walisson fala para Bruno que tem um “chinelo” (placas clonadas) e oferece
para Bruno colocar na caminhonete. Bruno diz que não tem uma casa (para trocar as
placas). Walisson fala para trocar na rua mesmo. Bruno não quer. Bruno vai ver o que faz.”
(índice 36952100 – Bruno Lima dos Santos (Chinês) x Walisson Rodrigues de Oliveira
(Gordão), 20/07/2016 – 13:21:01).
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(noventa por cento), respectivamente, o acusado JOÃO PEDRO como sendo o assaltante
magro, com 1,80m, pardo, bem assim, o depoimento do Delegado de Polícia Fábio Meireles
Vieira (mídia às fls. 2.503/2.511) e, sobretudo, as interceptações telefônicas, as quais
evidenciaram com segurança e certeza que os acusados BRUNO LIMA, JOÃO PEDRO,
PAULO SÉRGIO e WALISSON, os três primeiros atuando como executores, e o segundo
atuando como mandante do crime, subtraíram a camionete Chevrolet/S10, cor branca, placas
OLW-2165, da vítima Reginaldo e um celular Samsung Galaxy, pertencente à vítima Maikel.
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das novas, LTZ, flex. Walisson fala que só pode pagar amanhã. Bruno diz que pode ser.
Walisson e Bruno marcam de se encontrarem ao meio dia.” (índice 36949418 – Bruno
Lima dos Santos (Chinês) x Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão), 20/07/2016 –
10:32:51); “Walisson pergunta para Bruno qual a cor da caminhonete roubada. Bruno diz
que é da cor branca. Walisson pergunta qual o ano da caminhonete. Bruno fala que é
2013. Walisson pergunta se a caminhonete está “bonitona”. Bruno diz que sim. Bruno fala
que passou e a caminhonete estava no mesmo local e que o menino vai passar lá novamente.”
(índice 36949630 – Bruno Lima dos Santos (Chinês) x Walisson Rodrigues de Oliveira
(Gordão), 20/07/2016 – 10:47:44).
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de veículo automotor imputados ao acusado CLEITON, verifica-se que embora sejam fortes
os indícios de que ele realmente recebeu o veículo subtraído em sua oficina e realizou a
adulteração, trocando as placas originais por placas frias, a instrução não foi capaz de
comprovar as condutas. Veja que, de acordo com as interceptações transcritas, apenas uma faz
referência aos supostos crimes, em uma ligação de WALISSON para CLEITON, pedindo
para tirar um veículo do box pois chegaria com outro: “Walisson fala que arrumou uma
“namorada” (caminhonete) e está levando para Cleiton. Walisson pede para Cleiton mandar
tirar o Gol do box e colocar aquela caminhonete para fora, que já vai tirar ela agorinha
também.” (índice 36950554 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Cleiton Borges
Gudim (Peixinho), 20/07/2016 – 11:49:21). Assim, na dúvida, hipótese resta senão a
absolvição do acusado CLEITON quanto aos crimes de receptação e adulteração de sinal de
veículo automotor da camionete Chevrolet/S10, cor branca, placas OLW-2165.
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ligar para o R7 (que está com o Bruno na caminhonete roubada) no telefone 9355-1759.”
(índice 37056586 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Matheus Leomar Cosme
Lopes, 29/07/2016 – 19:25:36); “Maiko fala para Luiz Fernando ficar atento, pois
“pegaram” (roubaram) uma “grande” (caminhonete) e quando ficar “vermelho” (vítima
fazer ocorrência de roubo) tem que colocar no “buraco” (local para guardar carros
roubados). Maiko fala para Luiz Fernando já ir para o “buraco”. (índice 37056599 – Maiko
Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Luiz Fernando Martins Rocha, 29/07/2016 – 19:27:52);
“Maiko pede para Luiz Fernando ir logo para o “buraco” (local para guardar carros
roubados). Maiko fala que vai pagar outro aluguel do barraco. Maiko pede para Luiz
Fernando ficar com a chave do “buraco”. (índice 37056852 – Maiko Jorge Rodrigues
Machado (Cueca) x Luiz Fernando Martins Rocha, 29/07/2016 – 19:46:35); “R7 está
dirigindo a Amarok roubada. Matheus fala para R7 ir para o mesmo local que deixaram a
outra (caminhonete). Matheus e R7 marcam de encontrar. Maiko pede a placa da Amarok.
Maiko diz que já tem o “buraco” (local para guardar a caminhonete roubada), quando der
“vermelho” (vítima fizer a ocorrência de roubo), é para avisar o Luis Fernando, pois ele vai
colocar na casa que eles alugaram. Matheus pede pra R7 ir para sua frente para ele pode ver
a placa da Amarok. Matheus fala que a placa da Amarok é NWF-0829. R7 fala para Matheus
que a gasolina da Amarok acabou. Maiko pesquisa a placa da Amarok e fala que é do ano de
2010/2011.” (índice 37057035 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x R7 x Matheus
Leomar Cosme Lopes, 29/07/2016 – 20:05:15); “Matheus está em Bela Vista. Matheus conta
onde parou a Amarok roubada. Maiko diz que quando der “vermelho” (vítima fizer a
ocorrência de roubo), tem que ligar no Luiz Fernando e ver onde é o “buraco” (local para
guardar carro roubado). Matheus fala que tem que pegar o “chinelo” (placas falsas). Maiko
fala para Matheus buscar Luiz Fernando para mostrar onde é o “buraco”. Maiko pergunta
se pegaram outras coisas, como celular. Mateus diz que sim, que pegaram pouco mais de R$
50,00. Matheus fala que a caminhonete é a diesel. Maiko fala para Matheus ir para Senador
Canedo e ver o “branco” (Golf branco para ser roubado)”. (índice 37057289 – Maiko Jorge
Rodrigues Machado (Cueca) x Matheus Leomar Cosme Lopes, 29/07/2016 – 20:37:23);
“Maiko fala que quando entregarem a Amarok para o cara, “R7” já vai ter um dinheiro, vai
ganhar o Gol e Mateus vai comprar um Corolla. (R7 passa o telefone para Luiz Fernando)
Maiko fala sobre dinheiro a receber se der certo a venda da Amarok, pois será R$2.500,00.
Maiko diz para Luiz Fernando ir no outro dia cedo ajudá-lo. (…) Maiko fala para Matheus
colocar a caminhonete no “buraco” que no outro dia às cinco da manhã eles vão entregar no
Supermercado Bretas do Anel Viário. Maiko combina com Matheus de “pegarem”
(roubarem) duas “grandes” (caminhonetes) no dia seguinte, vender uma delas no dinheiro,
mandar fazer um “chinelo” (placas clonadas) e colocar nela.”(índice 37057560 – Maiko
Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Luiz Fernando Martins Rocha x R7 x Matheus Leomar
Cosme Lopes 29/07/2016 – 21:08:16); “Walisson pergunta se vai dar certo a Amarok no
outro dia cedo. Maiko diz que sim. Maiko fala que tem que ir por volta das seis horas, pois
alugou um barraco (para guardar a Amarok) por um dia pelo valor de R$ 300,00. Maiko diz
que quem vai levar a Amarok só vai levá-la até o Supermercado Bretas do anel viário e de lá
segue Walisson. Maiko fala que vai entregar a Amarok na mão de Walisson e no outro dia
eles decidem o que irão fazer. Walisson fala que a Amarok pode ser a entrada na outra
(caminhonete). Walisson diz para Maiko que ele já pode ir arrumando um dele (roubar carro
igual ao de Maiko para montar outro), preto ou branco. Walisson fala que Maiko pode pegar
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o Corolla com ele no outro dia. Maiko e Walisson marcam as seis e meia no Supermercado
Bretas no anel viário.” (índice 37057907 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x
Wallisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) 29/07/2016 – 21:48:40); “Maiko fala para Mateus
que tem que entregar a Amarok (roubada) amanhã às seis e meia, em frente ao
Supermercado Bretas do anel viário. Maiko diz que o comprador mora lá perto e vai estar
esperando. Matheus pergunta se R7 vai levar a caminhonete “crua” (sem trocar as placas
por outras falsas). Maiko fala que não tem outro jeito. Matheus diz que cruzou com policiais
e achou que estavam atrás deles. Maiko e Mateus conversam sobre a divisão do dinheiro da
venda da Amarok roubada. Maiko diz que Bruno e R7 devem para ele. Maiko pede para
Matheus mandar a foto da Amarok para ele mandar para o comprador.” (índice 37058464 –
Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Matheus Leomar Cosme Lopes 29/07/2016 –
23:20:21).
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para WALISSON no Supermercado Bretas do Anel Viário: “Walisson pergunta se vai dar
certo a Amarok no outro dia cedo. Maiko diz que sim. Maiko fala que tem que ir por volta
das seis horas, pois alugou um barraco (para guardar a Amarok) por um dia pelo valor de
R$ 300,00. Maiko diz que quem vai levar a Amarok só vai levá-la até o Supermercado
Bretas do anel viário e de lá segue Walisson. Maiko fala que vai entregar a Amarok na mão
de Walisson e no outro dia eles decidem o que irão fazer. Walisson fala que a Amarok pode
ser a entrada na outra (caminhonete). Walisson diz para Maiko que ele já pode ir
arrumando um dele (roubar carro igual ao de Maiko para montar outro), preto ou branco.
Walisson fala que Maiko pode pegar o Corolla com ele no outro dia. Maiko e Walisson
marcam as seis e meia no Supermercado Bretas no anel viário.” (índice 37057907 – Maiko
Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Wallisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) 29/07/2016 –
21:48:40); “Maiko fala para Mateus que tem que entregar a Amarok (roubada) amanhã às
seis e meia, em frente ao Supermercado Bretas do anel viário. Maiko diz que o comprador
mora lá perto e vai estar esperando. Matheus pergunta se R7 vai levar a caminhonete “crua”
(sem trocar as placas por outras falsas). Maiko fala que não tem outro jeito. Matheus diz que
cruzou com policiais e achou que estavam atrás deles. Maiko e Mateus conversam sobre a
divisão do dinheiro da venda da Amarok roubada. Maiko diz que Bruno e R7 devem para ele.
Maiko pede para Matheus mandar a foto da Amarok para ele mandar para o comprador.”
(índice 37058464 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Matheus Leomar Cosme
Lopes 29/07/2016 – 23:20:21). Portanto, não há dúvida quanto à autoria e materialidade da
receptação atribuída ao acusado WALISSON, o qual recebeu o veículo, ciente de que se
tratava de um veículo roubado.
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foi levada para casa da Lorrayne no Setor Recanto das Minas Gerais; que ao ser preso se
encontrava nessa casa junto com Paulo Sérgio; que o roubo ocorreu pela manhã e a prisão
ocorreu na parte da tarde; que o veículo apreendido na casa de Lorrayne é de fato a
caminhonete Toyota Hílux, subtraída em 12 de setembro de 2016, no Setor Recanto das
Minas Gerais.”
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portão” (índice 37531738 – João Pedro Elias dos Santos X Bruno Lima dos Santos,
12/09/2016 – 17:51:02).
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Meireles Vieira (mídia às fls. 2.503/2.511), a instrução processual revelou, claramente, que os
acusados DIEGO COTRIM e FILIPE NASCIMENTO, mediante grave ameaça, agiram
imbuídos do intuito de subtrair o veículo VW/Saveiro CD Cross MA, cor vermelha, ano
2015/2015, placas ONW-8639, da vítima Erivelton Vieira Alvares.
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Nascimento Silva x Diego Cotrim Messias, 19/09/2016 – 18:49:44); “Diego fala que o carro
(Cruze) não tem chave, que é de botão. Diego fala que ia pegar a Saveiro, mas os caras
correram. Diego diz que viu o Cruze parando próximo a Filipe e ai o pegou (roubou).
Diego diz que foi bom, porque o carro (Cruze) é bom, é automático.” (índice 37596760 –
Filipe Nascimento Silva x Diego Cotrim Messias, 19/09/2016 – 18:54:29).
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um erro, visto que a placa do veículo subtraído é ONN-3484 e não 3480. Apesar do erro, há
que se ressaltar a inexistência de prejuízo para a defesa dos acusados, posto que se trata
apenas de erro material e insignificante, sem qualquer interferência no esclarecimento do fato.
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(62981490968), 19/09/2016 – 18:11:06); “Antônio fala que está de boa lá (Ecosport roubada
continua no mesmo local). Bruno fala que vai chegar em casa e conversar com os caras
(compradores). Antônio fala que foi lá e viu que só tinha um carro ao lado dela. Bruno fala
que se tivesse rastreador, já tinham “rodado” (sido recuperada).” (índice 37596310 – Bruno
Lima dos Santos (Chinês) x Antônio Carlos Rodrigues de Sousa (Japa),19/09/2016 –
18:15:22); “Bruno fala para Antônio que não da para entregar a Ecosport (para os
compradores) hoje, só amanhã. Bruno fala que precisavam de um buraco (local para
esconder carros roubados) para guardar ela hoje. Antônio fala que tem o local, mas não
pode sair de casa (pois usa tornozeleira eletrônica). Antônio explica sobre o funcionamento
da tornozeleira eletrônica. Antônio fala que vai pedir um menino para ir lá ver isso.” (índice
37597481 – Bruno Lima dos Santos (Chinês) x Antônio Carlos Rodrigues de Sousa
(Japa),19/09/2016 – 19:59:14); “Bruno diz que o menino (comprador) falou que resolve até
meio dia. Antônio fala para entregarem esse trem logo para buscarem (roubarem) outra.
Antônio fala que está usando o WhatsApp 9400-0791.” (índice 37601546 – Bruno Lima dos
Santos (Chinês) x Antônio Carlos Rodrigues de Sousa (Japa),20/09/2016 – 10:50:52); “Bruno
pergunta se o negócio (Escosport roubada) continua lá. Antônio diz que lá estava com muitos
policiais e por isso levou o carro para a casa dele. Bruno fala que os caras (compradores)
são muito enrolados. Antônio fala para desenrolar logo, pois o carro não pode ficar muito
tempo na casa dele. Bruno diz que pegou (roubaram) por encomenda e os caras ficam
enrolando.” (índice 37603603 – Bruno Lima dos Santos (Chinês) x Antônio Carlos
Rodrigues de Sousa (Japa), 20/09/2016 – 13:26:32); “Bruno fala que o menino já pediu para
entregar na Vila Canaã. Bruno fala que HNI vai pagar R$ 2.500,00 nela (Ecosport roubada)
e vai transferir o dinheiro para a conta. Bruno comenta comenta que esse valor é bom. Bruno
fala que vai com Antônio. (índice 37604940 – Bruno Lima dos Santos (Chinês) x Antônio
Carlos Rodrigues de Sousa (Japa), 20/09/2016 – 15:14:47); “Bruno fala que HNI já mandou o
dinheiro (pagamento pela Ecosport roubada) na conta. Bruno fala que vai sacar e leva o
dinheiro para Antônio.” (índice 37607607 – Bruno Lima dos Santos (Chinês) x Antônio
Carlos Rodrigues de Sousa (Japa), 20/09/2016 – 19:12:35).
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contraria a negativa apresentada pelos acusados, pois comprovou que antes de subtraírem o
veículo eles conversaram entre si e marcaram de se encontrar para praticar roubos: “Antônio
chama Bruno para irem trabalhar (roubar). Bruno pergunta qual horário, se depois do
almoço. Bruno combina de buscar Antônio na casa da mãe dele, no setor Veiga Jardim.
Antônio fala que a casa da mãe dele é próximo a Mabel.” (índice 37591501 – Bruno Lima
dos Santos (Chinês) x Antônio Carlos Rodrigues de Sousa (Japa), 19/09/2016 – 11:05:25).
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veículo, um Fiat/Strada, na frente do salão e como não tinha ninguém para ser atendido, o
dono do salão, a vítima Raimundo, começou a cortar o seu cabelo, ocasião em que entraram
dois rapazes no salão, sendo que um deles perguntou quanto ficaria para fazer um risco no
cabelo, mas a vítima percebeu que o seu cabelo já estava cortado, momento em que um dos
indivíduos tirou um revolver grande, cromado, dizendo que era um assalto. Na sequência,
pediu as carteiras de todos que estavam no local e a chave do veículo. Disse que nesse
momento estava com as mãos para cima e informou para o assaltante que a chave do veículo
estava em cima do balcão, mas o assaltante não o escutou, razão pela qual efetuou uma
coronhada em sua cabeça. Contou que o assaltante perguntou novamente onde estava a chave
do veículo, ao que respondeu baixo e levou nova coronhada. Afirmou que as coronhadas
foram fortes, razão pela qual tem certeza que a arma era verdadeira, devido ao peso do objeto.
Nisso, o outro assaltante viu a chave sobre o balcão e a pegou, ao que ambos saíram,
adentraram no veículo e foram embora. Relatou que os assaltantes levaram as carteiras e os
celulares do proprietário do salão, Raimundo, e de seu filho, o Igor. Contou que não viu outro
veículo dando apoio, mas ficou sabendo que eles chegaram em um veículo Gol roubado e
deixaram no local, levando apenas o seu veículo. Disse que o seu carro foi localizado no dia
seguinte, perto de uma clínica de olhos, sendo que o seu carro teve apenas alguns danos na
suspensão. Afirmou que o assaltante que lhe deu as coronhadas foi um indivíduo moreno,
alto, com 1,80m, 90 quilos, lábios grossos, cabelo bem curto e expressão cansada, como se
fosse um “bobo”, mas não o reconheceu ao visualizar as fotografias dos acusados, juntadas
aos autos. Disse que o outro assaltante, o qual ficou mais recuado, se parece bastante com o
acusado DIEGO COTRIM, tendo grande chance de ser ele o assaltante, afirmando, ainda,
que foi esse acusado que o revistou e viu que ele não estava armado e também foi ele que viu
a chave sobre o balcão, relatando que era o indivíduo mais calmo, visto que o indivíduo
armado parecia muito alterado. Afirmou, ainda que DIEGO COTRIM foi o indivíduo que
saiu na condução do veículo, enquanto que o indivíduo moreno seguiu no banco do
passageiro. Contou que não reconhece o EDMILSON LUIS como sendo o outro autor do
roubo, visto que era um indivíduo com o lábio grosso e mais moreno. Disse que não
reconheceu FILIPE, pois não estava em seu campo de visão.
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adentrou um indivíduo como se fosse cliente pedindo para fazer um risco no cabelo e na
sequência anunciou o assalto, colocando a arma de fogo na cabeça da vítima Jean, subtraindo
a chave do veículo, bem assim, os celulares e dinheiro seu e de seu filho, a vítima Igor.
Afirmou que ao visualizar as fotografias aleatórias dos autos reconheceu o acusado
EDMILSON LUIS, com certeza de 70% (setenta por cento), como sendo um dos assaltantes;
que não reconhece o DIEGO COTRIM como sendo um dos assaltantes.
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do carro dele furou e pede para Diego pegar outra direção.” (índice 38031056 – Diego
Cotrim Messias x Filipe Nascimento Silva, 20/10/2016 – 18:18:09).
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finalidade ilícita, cada qual se responsabilizando por uma determinada tarefa. Portanto,
justificada a agravação da pena no crime, não só em razão do maior risco a que a vítima foi
submetida, como, também, devido à facilitação do roubo pela atuação conjunta dos agentes.
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o cara bateu o Corolla no poste, fazendo gracinha. Lucas Felipe conta que arrebentou o
carro. Ouve-se discussão ao fundo.” (índice 38035719 – Maiko Jorge Rodrigues Machado
(Cueca) x Lucas Felipe de Sousa Fernandes ("Limite"), 21/10/2016 – 08:34:53); “Cleiber fala
que já “resgatou” (pegou) Marcos. Maiko fala para Cleiber já entocar (esconder) o carro
(que usam para praticarem os assaltos) e para não ficar andando nele. [Cleiber passa o
celular para Marcos Regino].Maiko pergunta como Marcos bateu o Corolla. Marcos conta
que o volante travou. Maiko diz que além de bater, Marcos deixou o “rádio” (celular do
Marcos) dentro do Corolla. Marcos fala que ficou tudo dentro do Corolla. Marcos conta que
quando entrou na rotatória, o volante travou. Maiko fala para Marcos passar o celular para
Cleiber. Maiko manda Cleiber já entocar (esconder) e pergunta se alguém viu Marcos
entrando (no carro de apoio). Cleiber diz que acha que alguém viu e que já vão “entocar”.
Maiko fala para andar no “cavalo” (carro que usam para praticarem os crimes) somente a
noite. (índice 38035743 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Cleiber Minare
Lacerda (Abel) x Marcos Regino de Souza Santos, 21/10/2016 – 08:36:49).
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que já “resgatou” (pegou) Marcos. Maiko fala para Cleiber já entocar (esconder) o carro
(que usam para praticarem os assaltos) e para não ficar andando nele. [Cleiber passa o
celular para Marcos Regino].Maiko pergunta como Marcos bateu o Corolla. Marcos conta
que o volante travou. Maiko diz que além de bater, Marcos deixou o “rádio” (celular do
Marcos) dentro do Corolla. Marcos fala que ficou tudo dentro do Corolla. Marcos conta
que quando entrou na rotatória, o volante travou. Maiko fala para Marcos passar o celular
para Cleiber. Maiko manda Cleiber já entocar (esconder) e pergunta se alguém viu Marcos
entrando (no carro de apoio). Cleiber diz que acha que alguém viu e que já vão “entocar”.
Maiko fala para andar no “cavalo” (carro que usam para praticarem os crimes) somente a
noite. (índice 38035743 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Cleiber Minare
Lacerda (Abel) x Marcos Regino de Souza Santos, 21/10/2016 – 08:36:49).
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veículo Toyota Hillux, cor prata, placas NLT-5139, da vítima Renato, e o aparelho celular da
vítima Fábio, fatos imputado aos réus THIERRY e IGOR ANDRÉ, os quais estavam
acompanhados do falecido Lucas Felipe de Sousa Fernandes.
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para Igor quem “telou” (olhou) o “chinelo” (placa) na “danada” (caminhonete). Thierry
fala que entra lá com o Igor. Igor diz que é melhor voltarem daqui a pouco, pois pode ser que
seja rastreada. Thierry fala que é só passar para pegar o chinelo (placa) e vazar para a casa
do Igor.” (índice 38112898 – Igor Andre Valença do Nascimento x Thierry Gleyffer
Gonçalves Borges, 27/10/2016 – 08:09:24); “Igor diz que agora não tem como ir buscar a
caminhonete. Thierry diz que se tiver como ir lá buscar para “emburacar” (guardar a
caminhonete roubada). Igor diz para pagar um moto boy para buscarem, que Igor foi lá e a
caminhonete estava no local que deixaram. Thierry diz que o Limite não vai lá sozinho de
motoboy. Igor diz que é para “telar” (ver) só um. Thierry diz que não, que é melhor passar lá
dentro, atrás da caminhonete para ver se não tem outros carros “telando” (vendo). Thierry
diz que os três que tem que ir “telar”, porque só um não consegue “telar” as costas, a frente
e tudo. Igor diz que foi lá sozinho e “telou” tudo. Igor diz que agora não pode. Thierry diz
que deu idéia para o Limite que se puder pegar, que o buraco está pronto para colocar a
caminhonete. Igor pergunta como vão fazer para vender. Thierry diz que tem que colocar no
buraco, que o “trem” (carro) já deu “RB” (roubado) e que o cara vai pagar (comprar).
Thierry diz para não deixarem o “trem” (caminhonete) “pular” (ser recuperada), que depois
que colocarem no buraco não tem mais jeito de “pular”. Thierry diz que se entrar no buraco,
só sai depois de vendido. Igor pergunta onde é o buraco. Thierry diz que é perto do terminal
do Veiga. Igor diz que vai ver se sai mais cedo do serviço para eles irem lá buscar a
caminhonete.” (índice 38117327 – Igor Andre Valença do Nascimento X Thierry Gleyffer
Gonçalves Borges, 27/10/2016 – 13:16:09); “Thierry diz que acabou de ir lá onde deixaram a
caminhonete roubada e ela “pulou” (foi recuperada). Igor diz que não “pulou”, que ele
acabou de ir lá e viu a caminhonete. Thierry diz que pulou. Igor diz que viu a caminhonete lá
na hora do almoço. Igor pergunta se é certeza que ela “pulou”. Thierry diz que ela deu
“vermelha” (restrição de roubo no sistema do DETRAN), aí ele foi lá e não viu a
caminhonete. Igor diz que mais tarde está livre, que vai na faculdade agora. Igor diz que
quando sair do serviço vai passar lá para conferir se a caminhonete não está onde a
deixaram. Thierry diz que Igor pode ir que não tem nada lá, que acabou de chegar de lá.”
(índice 38118381 – Igor André Valença do Nascimento X Thierry Gleyffer Gonçalves
Borges, 27/10/2016 – 14:24:41); “Lucas fala que foi em uma missão para “buscar uma
grande” (caminhonete que tinham roubado*) e quando foram pegá-la para “emburacar”
(guardar em um local), pois tinha “dado vermelho” (vítima já tinha registrado a ocorrência),
a caminhonete havia sido recuperada e não estava mais no local que deixaram. Maiko fala
que Lucas deixa os carros roubados muito tempo no local. Maiko diz que não pode passar de
meia hora para levar para esfriar. Lucas conta que deixou a caminhonete por cerca de 4
horas em um mercado. Maiko diz que Lucas é louco, pois com vinte minutos, meia hora já
aparece a ocorrência no Sistema da Polícia. Lucas fala que estavam pesquisando toda hora
no Sistema, mas só foi aparecer a ocorrência as 14 horas. Lucas fala que o roubo foi hoje.
Lucas conta que roubaram a caminhonete “sem cavalo” (não estavam em nenhum carro).
Maiko fala que agora Lucas tem um carro quitado para usar nos roubos. Maiko pede para
Limite colocar Cleiber (Cleiber Minare Lacerda, vulgo Abel) no “corre” (sair para roubar)
com ele para ajudar. (…) Maiko pergunta onde Lucas “pegou” (roubou) a “grande”*.
Limite diz que foi perto do Terminal das Bandeiras. Maiko pergunta quem estava dirigindo.
Lucas diz que era ele. Maiko fala para ele, Lucas e outro cara arrumarem um “cavalo” e
pegar o segurança (roubar arma de um segurança). Lucas conta que a caminhonete que
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roubaram é uma Hilux de cor prata*. (índice 38121455 – Maiko Jorge Rodrigues Machado
(Cueca) x Lucas Felipe de Sousa Fernandes ("Limite"), 27/10/2016 – 17:48:54).
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“trem” (carro) já deu “RB” (roubado) e que o cara vai pagar (comprar). Thierry diz para
não deixarem o “trem” (caminhonete) “pular” (ser recuperada), que depois que colocarem
no buraco não tem mais jeito de “pular”. Thierry diz que se entrar no buraco, só sai depois
de vendido. Igor pergunta onde é o buraco. Thierry diz que é perto do terminal do Veiga.
Igor diz que vai ver se sai mais cedo do serviço para eles irem lá buscar a caminhonete.”
(índice 38117327 – Igor Andre Valença do Nascimento X Thierry Gleyffer Gonçalves
Borges, 27/10/2016 – 13:16:09).
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se Kennedy deixou o povo trancado. Kennedy diz que sim. Maiko manda “Marcão” (Marcos
Regino) anotar o “chinelo” (placa da caminhonete que roubaram). Maiko manda Kennedy ir
com a caminhonete roubada para BR para colocá-la para o lado do Jardim Planície, rumo
da Fábrica Mabel, pois o “buraco” (local para esfriar carro roubado) é lá perto. Kennedy
está preocupado com a viatura que Maiko avistou. Maiko fala que a viatura foi para o lado
do Jardim Novo Mundo. Maiko pergunta (ao fundo) se a pistola está com HNI1 (que está
com Maiko no carro dele). Kennedy comenta que achava que o local onde roubaram a
caminhonete seria uma mansão, mas parece um depósito. Kennedy fala para o cara que está
dirigindo que pode passar a Fábrica Mabel. Maiko diz que está passando à frente de
Kennedy. Maiko fala com alguém ao fundo (pelo telefone) e conta que acabou de “pegar”
uma caminhonete. Kennedy comenta que a vítima mexe com cheque, pois tem muito cheque
na caminhonete roubada. Kennedy comenta sobre um aparelho celular Iphone 6.” (índice
38143336 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Kennedy, 29/10/2016 – 11:33:57);
“Marcos diz que daqui a pouco liga para Igor, pois está no corre de uma “grande”
(caminhonete).” (índice 38145007 – Igor Andre Valença do Nascimento X Marcos Regino de
Souza Santos, 29/10/2016 – 12:03:13); “(...) Igor pergunta se Marcos pegou a “grande”
(caminhonete). Marcos diz que pegou, que é uma Ranger 2017*. Igor pergunta se pegou
duas. Marcos diz que pegou só uma. Igor pergunta se é para o “pai” dele (refere-se a Maiko
Jorge Rodrigues Machado, líder do grupo). Marcos diz que sim, pois está devendo ele.”
(índice 38145007 – Igor Andre Valença do Nascimento X Marcos Regino de Souza Santos,
29/10/2016 – 13:06:51); “Maiko fala para Walisson que está com uma Ranger Limited, ano
2017/2017. Wallisson diz que 2017 “é doido”. Maiko fala que já colocou a Ranger no
“buraco” (local para esfriar) que não mora ninguém. Walisson diz que no dia seguinte pega
a caminhonete. Maiko diz que a Ranger é da cor grafite, do último modelo que saiu. Maiko
fala que se der certo (caminhonete não for recuperada), volta a ligar para Walisson.” (índice
38144479 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Walisson Rodrigues de Oliveira
(Gordão), 29/10/2016 – 12:35:48); “Maiko fala para Kennedy buscar a caminhonete
roubada* e guardá-la, pois o cara (Walisson Rodrigues de Oliveira) só pega amanhã às
cinco da manhã. Maiko diz que tem que pegar a caminhonete agora, pois já combinou com o
“pagador” (Walisson). Maiko conta que todas às vezes entrega (os carros roubados) às cinco
horas da manhã em frente ao Bretas do Anel Viário, pois o comprador (Walisson) já vai estar
esperando. Maiko conta que a loja do comprador é perto do Bretas do Anel Viário. Maiko diz
que Kennedy vai seguir o comprador para guardar a caminhonete e na segunda-feira ele
saca o dinheiro e entrega para eles. Maiko conta que já vendeu mais de dez caminhonetes
(roubadas para esse comprador). Maiko conta que o cara (Walisson) desmancha a
caminhonete toda. Kennedy pergunta quanto o cara vai pagar. Maiko pergunta se R$
1.500,00 está bom para Kennedy. Maiko fala que só levou Kennedy para ele pilotar (a
caminhonete roubada) e ganhar R$1.000,00, mas vai dar R$1.500,00. Maiko diz que o
moleque (Marcos Regino) que estava com Kennedy deve três “grandes” para ele.
(...)”.(índice 38146182 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Kennedy Lira Pereira,
29/10/2016 – 14:27:26).
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9ª Vara Criminal
acusado MAIKO JORGE, junto com o adolescente Marcos Regino de Souza Santos e um
indivíduo conhecido por Kennedy, participaram ativamente do crime, o primeiro no apoio, ao
passo que WALISSON atuou como mandante do crime, todos imbuídos do propósito de
subtrair a camionete Ford/Ranger, cor cinza, placas PQY-3164, pertencente à vítima José
Alberto Ávila de Souza.
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9ª Vara Criminal
roubados são bem cedo, no Supermercado Bretas do Anel Viário, avisando que WALISSON
estará lá esperando, revelando, ainda, que WALISSON atuava no desmanche carros
roubados: “Maiko fala para Kennedy buscar a caminhonete roubada* e guardá-la, pois o
cara (Walisson Rodrigues de Oliveira) só pega amanhã às cinco da manhã. Maiko diz que
tem que pegar a caminhonete agora, pois já combinou com o “pagador” (Walisson). Maiko
conta que todas às vezes entrega (os carros roubados) às cinco horas da manhã em frente
ao Bretas do Anel Viário, pois o comprador (Walisson) já vai estar esperando. Maiko conta
que a loja do comprador é perto do Bretas do Anel Viário. Maiko diz que Kennedy vai
seguir o comprador para guardar a caminhonete e na segunda-feira ele saca o dinheiro e
entrega para eles. Maiko conta que já vendeu mais de dez caminhonetes (roubadas para
esse comprador). Maiko conta que o cara (Walisson) desmancha a caminhonete toda.
Kennedy pergunta quanto o cara vai pagar. Maiko pergunta se R$ 1.500,00 está bom para
Kennedy. Maiko fala que só levou Kennedy para ele pilotar (a caminhonete roubada) e
ganhar R$1.000,00, mas vai dar R$1.500,00. Maiko diz que o moleque (Marcos Regino) que
estava com Kennedy deve três “grandes” para ele. (...)”.(índice 38146182 – Maiko Jorge
Rodrigues Machado (Cueca) x Kennedy Lira Pereira, 29/10/2016 – 14:27:26).
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9ª Vara Criminal
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9ª Vara Criminal
filho para o treino no CT do Goiás. Esclareceu que parou em uma padaria próxima e quando
estava entrando no carro, foram abordados por dois indivíduos. Relatou que os dois
indivíduos se aproximaram, um armado e o outro sem arma, e, ao ser solicitado, entregou a
chave para um dos assaltantes. Aduziu que o outro assaltante abordou o seu filho, exigindo-
lhe o celular. Logo em seguida, os dois assaltantes evadiram no carro. Contou que comunicou
o fato à polícia e dois dias depois o seu veículo foi localizado na garagem de uma casa. Disse
que esteve na delegacia e manteve contato com o proprietário da casa, que disse que a casa
estava alugada, mas não foi possível identificar quem alugou a casa. Afirmou que reconheceu
os dois assaltantes na delegacia, afirmando que um deles era o acusado THIERRY, sendo ele
o assaltante que estava com a arma de fogo. Disse que na delegacia também reconheceu o
outro indivíduo (falecido).
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9ª Vara Criminal
Igor diz que tem que ver com o bicho para eles já “emburacararem” (guardarem) a
“danada” (caminhonete). Thierry manda Igor ficar calmo. Igor diz que está com receio de
fechar o supermercado. Thierry diz que o supermercado fecha só a noite, e que os “bicudo”
(policiais) estão na rua.” (índice 381883003 – Igor André Valença do Nascimento X Thierry
Gleyffer Gonçalves Borges, 02/11/2016 – 13:43:37); “Igor pergunta para Lucas se o outro
cara não fez foi “emburacar” (guardar) a “danada” (caminhonete) para depois falar que
pulou (foi recuperada). Lucas diz que não vai fazer corre (roubos) com Igor, pois ele fica
achando que eles querem dar “banho” (enganar) nele. Igor fala que tinham combinado de
irem todos juntos, mas o cara sumiu. Lucas manda Igor arrumar o “buraco” (lugar para
guardar o veiculo roubado) ou colocar na casa dele. Igor pergunta do outro “cavalo”
(carro)**. Lucas diz que está no mesmo lugar, porque não tem lugar para guardar, por isto
eles estão esperando. Lucas fala para Igor colocar na casa dele, já que está “acelerando”
(apressando).Igor fala que eles tinham combinado de irem juntos. Lucas diz que está em
casa, que se Igor quiser pode ir na casa dele que ele está com a chave dos dois “danados”
(carros). Lucas reclama de Igor ficar ligando e desconfiando deles. Igor diz que vai ficar
esperando eles ligarem. Lucas manda Igor ficar na contenção, que não é para ele sumir, que
o outro cara foi ver se aluga uma casa para colocar a “grande” (caminhonete), porque eles
não vão colocar ele no buraco que eles já possuem. Lucas diz que vão ter lugar para guardar
os dois carros, e que é para Igor ficar calmo, que eles não vão dar “banho” (enganar) nele
não.” (índice 38188665 – Igor André Valença do Nascimento X Lucas Felipe de Sousa
Fernandes (Limite), 02/11/2016 – 14:45:46); “Thierry diz para Igor que tem duas barcas
(carros da policia) passando devagar onde eles estão e que é para eles irem embora rápido.
Igor pergunta se a policia está ali por causa dela (da caminhonete roubada). Thierry diz que
não sabe.” (índice 38189082 – Igor André Valença do Nascimento X Thierry Gleyffer
Gonçalves Borges, 02/11/2016 – 16:13:45).
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das 7:20 e o primeiro contato entre os acusados THIERRY e IGOR ANDRÉ foi após as
8:20 (uma hora depois do primeiro roubo), ocasião em que IGOR ANDRÉ entrou em contato
com THIERRY perguntando onde ele estava, ao que este reclamou, chamando-lhe a atenção,
como se IGOR ANDRÉ não estivesse prestando atenção durante as abordagens, ressaltando
que as ações eram muito rápidas: “Igor pergunta para Thierry cadê eles. Thierry diz que
está chegando na casa do Limite (Lucas Felipe de Sousa Fernandes). Thierry reclama que
desse jeito não dá para “trabalhar” (realizar roubos) com Igor. Igor diz que não viu
Thierry. Thierry diz que Igor viu, que avisou Igor que o “trem” é rapidão, que Igor deveria
passar na hora e ver. Igor diz que ficou lá dando a volta. Thierry pergunta se Igor passou
lá na hora do fato (roubo). Igor diz que na hora não. Thierry manda Igor ir para a casa do
Limite (Lucas Felipe de Sousa Fernandes).” (índice 38186333 – Igor André Valença do
Nascimento X Thierry Gleyffer Gonçalves Borges, 02/11/2016 – 08:21:23).
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9ª Vara Criminal
o outro cara foi ver se aluga uma casa para colocar a “grande” (caminhonete), porque eles
não vão colocar ele no buraco que eles já possuem. Lucas diz que vão ter lugar para
guardar os dois carros, e que é para Igor ficar calmo, que eles não vão dar “banho”
(enganar) nele não.” (índice 38188665 – Igor André Valença do Nascimento X Lucas Felipe
de Sousa Fernandes (Limite), 02/11/2016 – 14:45:46). Por fim, em outra conversa
interceptada, verifica-se que os acusados estavam nas proximidades do local onde deixaram a
camionete Chevrolet/S-10, a saber: nas imediações de um supermercado, ocasião em que
notaram a presença da polícia e se organizaram para irem embora rápido: “Thierry diz para
Igor que tem duas barcas (carros da policia) passando devagar onde eles estão e que é para
eles irem embora rápido. Igor pergunta se a policia está ali por causa dela (da caminhonete
roubada). Thierry diz que não sabe.” (índice 38189082 – Igor André Valença do Nascimento
X Thierry Gleyffer Gonçalves Borges, 02/11/2016 – 16:13:45).
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vítimas Marcos Felipe Yago Silva Abreu e Luís Henrique Silva Abreu na fase extrajudicial, a
fim de complementar as narrativas acima transcritas, visto serem esclarecedoras e ricas em
detalhes, principalmente quanto ao reconhecimento e descrição dos autores do fato.
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JEOVÁ era o indivíduo que estava armado e permaneceu vigiando-os enquanto estavam
sentados no sofá, e EVANDSON como sendo o assaltante que recolheu os objetos de seu
interesse que guarneciam a residência. Os comportamentos acima descritos revelam o
entrosamento entre os acusados, evidenciando que toda a ação objetivava a mesma finalidade
ilícita, cada qual se responsabilizando por uma determinada tarefa. Portanto, justificada a
agravação da pena no crime, não só em razão do maior risco a que as vítimas foram
submetidas, como, também, devido à facilitação do roubo pela atuação conjunta dos agentes.
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HNI responde que não. Maiko pergunta se HNI não teria essa quantia para lhe dar, pois está
precisando do dinheiro para comprar droga para revender. Maiko diz que repassaria a
droga para HNI por um preço barato. Maiko conta que “rodou” (carros que foram
apreendidos) em duas caminhonetes e em um Corolla. Diz que há dois dias, quando “os
caras” (Jeová José da Silva e Evandson Caetano Campos Madureira) estavam “descendo em
bonde” (viajando em comboio com os veículos roubados), uma viatura apreendeu a
caminhonete Ranger* ainda no setor Parque Flamboyant, enquanto a Hilux** e o
Corolla*** foram apreendidos poucas horas antes de chegarem ao destino (Paraguai).
Maiko conta que precisa de dinheiro para comprar a droga para revender e ter dinheiro para
pagar a gasolina, a fim de mandar “descer” outros dois veículos (vender carros roubados no
Paraguai). Maiko reclama que “rodou” (foram presos) seus “dois pilotos mais responsa” (os
melhores motoristas que trabalhavam para ele). (índice 38851100 – Maiko Jorge Rodrigues
Machado (Cueca) x HNI (62993924145), 12/01/2017 – 12:07:10); “Alysson se identifica
como o “molequinho” que estava na Ranger. Alysson pergunta o que deu aquelas duas.
Maiko diz que perdeu (foram apreendidas). Alysson pergunta se foi Maiko quem mandou
aquela advogada. Maiko diz que sim. Alysson agradece. Alysson diz que vai pagar Maiko até
o dia 26. Allysson fala que pode pegar (roubar) outra caminhonete, caso Maiko queira levá-
lo. Maiko pergunta como que Allysson foi preso. Allysson explica que perdeu o “Marcão”
(Marcos Regino, que conduzia outro veículo roubado) de vista, e logo foi abordado pelos
policiais. Allysson diz que fugiu, mas o pneu estourou e foi capturado. Allysson pergunta se
Maiko desistiu de trazer os trem (droga). Maiko diz que não, mas que os outros caras (Jeová
e Evandson) também foram presos. Maiko fala que está gastando muito dinheiro para soltá-
los e que já vai buscar outra danada (arma de fogo) para colocá-los no corre (para
roubarem) quando voltarem.” (índice 38893858 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca)
x Allyson de Almeida Lima, 18/01/2017 – 13:10:37).
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detinha o controle do veículo subtraído, inclusive do local onde ele foi deixado após o roubo,
atuando, assim, ativamente como mandante do crime: “... Maiko conta que “rodou” (carros
que foram apreendidos) em duas caminhonetes e em um Corolla. Diz que há dois dias,
quando “os caras” (Jeová José da Silva e Evandson Caetano Campos Madureira) estavam
“descendo em bonde” (viajando em comboio com os veículos roubados), uma viatura
apreendeu a caminhonete Ranger* ainda no setor Parque Flamboyant, enquanto a Hilux**
e o Corolla*** foram apreendidos poucas horas antes de chegarem ao destino (Paraguai)...
(índice 38851100 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x HNI (62993924145),
12/01/2017 – 12:07:10).
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9ª Vara Criminal
placas OLH-1480, da vítima Arthur Emanuel Chaves de Franco, roubada no dia 07 de janeiro
de 2017, na Rua 05, Qd. 55A, Lt. 24, Vila Brasília, Aparecida de Goiânia-GO, ambos os
crimes praticados por indivíduos não identificados. Na madrugada do dia 12 de janeiro de
2017, JEOVÁ e EVANDSON foram presos em flagrante na cidade de Camapuã-MS
enquanto transportavam os citados veículos, estando ambos com placas falsas. Durante o
cumprimento de mandado de busca e apreensão, foram encontradas na residência do
denunciado JEOVÁ as placas originais do veículo Toyota/Corolla.
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Genival diz que deve avisar a empresa onde trabalha e que vai dar a resposta mais tarde.”
(índice 38844967 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Genival da Silva Ferraz,
11/01/2017 – 11:06:33); “Maiko avisa para Genival deixar as coisas prontas, pois vão hoje.
Genival diz que está em casa, no setor Santa Cruz, e que Marcão (Marcos Regino de Souza
Silva) não está com ele. Genival certifica que vai ele (Genival), Jeová e Marcão. Maiko diz
que sim. Genival reclama que deveria ter um terceiro carro para levarem e não somente dois.
Maiko esclarece que eles vão voltar de ônibus e que quando regressarem, outros dois carros
já estarão prontos para serem levados. Genival pergunta pelo dinheiro, pois precisa pagar o
cara que está trabalhando para ele na empresa. Maiko diz que quando eles se encontrarem,
ele passa o valor. Maiko avisa que “a grande” (caminhonete) está no interior e que quando
ele, Jeová (Jeová José da Silva) e Marcão (Marcos Regino de Souza Silva) forem buscar a
caminhonete, deverão ir no Corolla*. Maiko esclarece que na viagem, Jeová e Marcão vão
na caminhonete Hilux** e Genival no Corolla. Genival diz que por volta de 4 horas vai para
lá.” (índice 38845864 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Genival da Silva Ferraz,
11/01/2017 – 13:42:38); “Maiko pergunta para HNI se Túlio deixou o dinheiro lá. HNI
responde que não. Maiko pergunta se HNI não teria essa quantia para lhe dar, pois está
precisando do dinheiro para comprar droga para revender. Maiko diz que repassaria a
droga para HNI por um preço barato. Maiko conta que “rodou” (carros que foram
apreendidos) em duas caminhonetes e em um Corolla. Diz que há dois dias, quando “os
caras” (Jeová José da Silva e Evandson Caetano Campos Madureira) estavam “descendo em
bonde” (viajando em comboio com os veículos roubados), uma viatura apreendeu a
caminhonete Ranger* ainda no setor Parque Flamboyant, enquanto a Hilux** e o
Corolla*** foram apreendidos poucas horas antes de chegarem ao destino (Paraguai).
Maiko conta que precisa de dinheiro para comprar a droga para revender e ter dinheiro para
pagar a gasolina, a fim de mandar “descer” outros dois veículos (vender carros roubados no
Paraguai). Maiko reclama que “rodou” (foram presos) seus “dois pilotos mais responsa” (os
melhores motoristas que trabalhavam para ele).” (índice 38851100 – Maiko Jorge Rodrigues
Machado (Cueca) x Genival da Silva Ferraz, 12/01/2017 – 12:07:10); “Maiko pede para MNI
anotar um número e colocar crédito para ele. Maiko fala que é o número da advogada e é
para ela poder ligar ali para resolver o problema dos dois meninos dele (Jeová e Evandson)
que foram presos em Campo Grande-MS levando os carros roubados. MNI pergunta o
número. Maiko responde que é 9213-7215 e pode colocar só R$ 20,00. Maiko explica que os
caras desceram na Hilux* e no Corolla* para trazer o brown (drogas), mas rodaram (foram
presos) no Mato Grosso.” (índice 38853535 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x
MNI, 12/01/2017 – 16:48:03).
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Veja que nesta conversa MAIKO JORGE informa a Genival que a camionete está no interior
e que irão buscá-la no veículo Toyota/Corolla, demonstrando ter recebido tais veículos:
“Maiko avisa para Genival deixar as coisas prontas, pois vão hoje. Genival diz que está em
casa, no setor Santa Cruz, e que Marcão (Marcos Regino de Souza Silva) não está com ele.
Genival certifica que vai ele (Genival), Jeová e Marcão. Maiko diz que sim. Genival reclama
que deveria ter um terceiro carro para levarem e não somente dois. Maiko esclarece que eles
vão voltar de ônibus e que quando regressarem, outros dois carros já estarão prontos para
serem levados. Genival pergunta pelo dinheiro, pois precisa pagar o cara que está
trabalhando para ele na empresa. Maiko diz que quando eles se encontrarem, ele passa o
valor. Maiko avisa que “a grande” (caminhonete) está no interior e que quando ele, Jeová
(Jeová José da Silva) e Marcão (Marcos Regino de Souza Silva) forem buscar a
caminhonete, deverão ir no Corolla*. Maiko esclarece que na viagem, Jeová e Marcão vão
na caminhonete Hilux** e Genival no Corolla. Genival diz que por volta de 4 horas vai
para lá.” (índice 38845864 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Genival da Silva
Ferraz, 11/01/2017 – 13:42:38).
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os veículos foram roubados Toyota/Hillux, cor cinza, placas OLH-1480 (07/01/2017, fls.
979/982 ) e Toyota/Corolla, placas NLT-0389 (09/01/2017, fls. 986/988), permite a conclusão
de que os crimes de receptação foram praticados sob as mesmas condições de tempo, lugar e
maneira de execução, ensejando a aplicação da regra insculpida no artigo 71, caput, do
Código Penal, com reflexo na aplicação da pena.
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da vítima Geraldo Simeão, porém não conseguiu fazer o reconhecimento do autor, posto não
tê-lo visto direito.
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era um policial civil aposentado, que relatou que a arma dele também foi subtraída. Marcos
fala que precisam verificar o carro direito, pois estava junto com ele (com Genival) e não o
viu pegando nenhuma arma de fogo. HNI fala que hoje Genival comentou que tinha pego
uma arma de fogo emprestada com o irmão dele, o que é mentira, pois nunca teve brinquedo.
Marcos fala que realmente viu esse brinquedo ontem na casa dele, um de três janelas.
Marcos pede para enviar uma foto da ocorrência, pois vai ligar para Marcos e vão verificar
o que está acontecendo.” (índice 38851581 – Marcos Regino de Souza Santos x HNI,
12/01/2017 – 13:06:27); “Marcos avisa Genival que os caras estão atrás dele. Genival fala
que vai devolver esse trem (arma de fogo que estava na Fiat/Toro) e que já avisou os caras
para irem buscar. Marcos fala que Genival devia ter avisado, pois ainda estava tentando
aliviar com os caras, achando que nada tinha acontecido. Genival reitera que vai devolver.
Marcos fala que falou para os caras que Genival não tinha pego nada, o que acabou ficando
ruim para ele. Genival fala que não vai fazer isso mais não, que os caras falaram em matá-lo.
Marcos alerta que por conta disso, já “pularam” (morreram) foram várias pessoas. Marcos
diz que por conta do que Genival fez os caras queriam matá-lo também, achando que está
envolvido.” (índice 38852336 – Marcos Regino de Souza Santos x Genival da Silva Ferraz,
12/01/2017 – 14:25:58); “(...) HNI alega que vão pagar a parte dos outros dois comparsas e
ele e Naninho (José Ernanes de Oliveira Castro) vão ficar com o revólver 38.” (índice
38867251 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x HNI, 14/01/2017 – 12:28:05);
“Maiko pergunta para Matheus qual é o carro que o irmão do Albert usa. Matheus diz que
não se recorda, sabendo apenas que é branco. Maiko conta que Nanin (José Ernanes de
Oliveira Castro) estava conversando com Albert e marcaram encontro em frente ao salão do
Marcos. Maiko diz que enquanto Nanin esperava por ele, foi abordado pela polícia. Maiko
contou também que Nanin portava um revólver calibre 38 na cintura no momento da
abordagem. Matheus fala que precisam matar esse cara (Albert)”. (índice 38895913 – Maiko
Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Matheus Vieira Lira, 18/01/2017 – 16:38:21); “HNI
pergunta para Marcos se já pode buscar a pickup. Marcos fala que o valor está pouco, pois
tem que repassar a parte dos outros dois comparsas. Marcos fala que os meninos estão com
raiva dele, achando que está jogando conversa fora. HNI fala que R$ 2.000,00 já está bom.
Marcos fala que com esse valor tem prejuízo. HNI pergunta para Marcos qual o ano dela.
Marcos fala que é 2016/2017, cor marrom. HNI oferece R$ 2.500,00 e Marcos aceita. HNI
pergunta se vai levar agora. Marcos diz que sim.” (índice 38878843 – Maiko Jorge
Rodrigues Machado x Marcos Regino de Souza Santos, 16/01/2017 – 14:16:15); “Jeová fala
que já está em casa, apesar do “desacerto” (ter sido preso em Camapuã-MS). Marcos
pergunta se Jeová tem o número do Pedrinho. Jeová fala que está sem celular, pois o dele
ficou apreendido e nada foi devolvido. Marcos fala que vai levar um Fiat/Toro agora na
Mabel, sendo que a vendeu por R$ 3.000,00 (três mil reais). Jeová fala que fala que conhece
um cara que compra uma caminhonete dessa por R$ 10.000,00 no dinheiro. Marcos fala que
está indo na casa do Jeová.” (índice 38879801 – Marcos Regino de Souza Santos x Jeová
José da Silva, 16/01/2017 – 16:08:20).
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para irem buscar. Marcos fala que Genival devia ter avisado, pois ainda estava tentando
aliviar com os caras, achando que nada tinha acontecido. Genival reitera que vai devolver.
Marcos fala que falou para os caras que Genival não tinha pego nada, o que acabou
ficando ruim para ele. Genival fala que não vai fazer isso mais não, que os caras falaram
em matá-lo. Marcos alerta que por conta disso, já “pularam” (morreram) foram várias
pessoas. Marcos diz que por conta do que Genival fez os caras queriam matá-lo também,
achando que está envolvido.” (índice 38852336 – Marcos Regino de Souza Santos x Genival
da Silva Ferraz, 12/01/2017 – 14:25:58). Confirmando a autoria delitiva imputada ao acusado
GENIVAL, veja que durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão em sua
residência, foi encontrado o coldre da arma de fogo subtraída junto com o veículo Fiat/Toro,
Freedom AT, placas PQW-6856, conforme Auto de Busca e Apreensão fls. 629/630.
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perdendo (sendo recuperada). (...)” (índice 38844580 – Maiko Jorge Rodrigues Machado
(Cueca) x Marcos Regino de Souza Santos, 11/01/2017 – 09:57:36); “Matheus avisa Maiko
que já comprou a gasolina e vai agora ver se a caminhonete* ainda está no local. Maiko diz
que Marcão (Marcos Regino de Souza Silva) está chegando. Matheus conta que roubou a
caminhonete na Avenida Bela Vista e reclama do comparsa (Evandson Caetano Campos
Madureira) que “tem que ir na pressão”. Maiko diz que não está tendo piloto (quem dirige o
veículo roubado) e que só tem ele (Evandson) e o Marcão (Marcos Regino de Souza Silva).
Matheus fala para Maiko que conhece dois “pilotos” que sabem roubar e que inclusive já
desceram lá (levaram veículos roubados para o Paraguai). Conversam sobre a caminhonete
roubada e Matheus diz que vai mandar fotos.” (índice 38844595 – Maiko Jorge Rodrigues
Machado (Cueca) x Matheus Vieira Lira, 11/01/2017 – 10:02:53); “(...) Maiko pergunta se
Evandson colocou ela (caminhonete roubada) em um local de boa (tranquilo). Evandson diz
que sim e que lá estava cheio de carro e colocou atrás de um Ford/Focus. Evandson diz que
Matheus foi lá também e disse que (a caminhonete) não está lá, mas mesmo assim vão lá para
garantir. Maiko diz que Matheus não deve saber o lugar, pois ele mesmo falou que não sabia.
Evandson diz que vai lá para garantir. Maiko fala para irem lá e já ver o chinelo (placa)
para saber se ela é diesel, flex... Maiko pergunta se Evandson viu a primeira letra da chinela
(placa). Evandson diz que não, mas que a caminhonete é 2010 ou 2011. Evandson diz que
quando pegou ela (roubou a caminhonete), já saiu pela BR e depois entrou no Atheneu, mas
ai apitou o sinal da gasolina. Evandson diz que a mulher já estava andando com ela na
reserva. Maiko pergunta se era uma mulher. Evandson diz que era um monte de mulher.
Evandson explica que eles enquadraram (abordaram) e acharam que era só ela (a
condutora), mas aí a mulher gritou “desce dela que eles vão levar”. Evandson diz que aí
desceram mais duas mulheres da caminhonete e que elas moram na rua de cima da casa dele
e frequentam a mesma igreja. Evandson fala que está com receio da menina ter lhe
reconhecido e levar a polícia na casa dele. Maiko pergunta se quem enquadrou foi o outro.
Evandson diz que foi o Matheus quem enquadrou (abordou). (...)” (índice 38844745 – Maiko
Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Marcos Regino de Souza Santos x Evandson Caetano
Campos (Vandinho) x Matheus Vieira Lira, 11/01/2017 – 10:28:35); “(...) Matheus fala que
passou lá e não viu ela (a caminhonete). Maiko fala que os caras já pegaram o Evandson e
vão passar no local certo. Evandson fala que vão passar lá para garantir. Matheus reclama
que Evandson deixou a caminhonete assim que entrou na reserva e que dava para rodar
muito ainda. Maiko justifica que as vítimas eram conhecidas do Evandson e por isso que ele
abandonou a caminhonete. Evandson e Matheus discutem. Maiko manda eles pararem de
brigar e afirma que se a caminhonete não estiver mais lá eles arrumam (roubam) outra.
Evandson afirma que realmente a caminhonete foi recuperada.” (índice 38844745 – Maiko
Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Marcos Regino de Souza Santos x Evandson Caetano
Campos (Vandinho) x Matheus Vieira Lira, 11/01/2017 – 10:28:35).
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guardou a camionete, ocasião em que EVANDSON se mostra recesso, pois conhecia duas
mulheres que estavam com a vítima dentro do veículo subtraído, as quais moravam perto de
sua residência, inclusive frequentavam a mesma igreja: “(...) Maiko pergunta se Evandson
colocou ela (caminhonete roubada) em um local de boa (tranquilo). Evandson diz que sim
e que lá estava cheio de carro e colocou atrás de um Ford/Focus. Evandson diz que
Matheus foi lá também e disse que (a caminhonete) não está lá, mas mesmo assim vão lá para
garantir. Maiko diz que Matheus não deve saber o lugar, pois ele mesmo falou que não sabia.
Evandson diz que vai lá para garantir. Maiko fala para irem lá e já ver o chinelo (placa)
para saber se ela é diesel, flex... Maiko pergunta se Evandson viu a primeira letra da chinela
(placa). Evandson diz que não, mas que a caminhonete é 2010 ou 2011. Evandson diz que
quando pegou ela (roubou a caminhonete), já saiu pela BR e depois entrou no Atheneu, mas
ai apitou o sinal da gasolina. Evandson diz que a mulher já estava andando com ela na
reserva. Maiko pergunta se era uma mulher. Evandson diz que era um monte de mulher.
Evandson explica que eles enquadraram (abordaram) e acharam que era só ela (a
condutora), mas aí a mulher gritou “desce dela que eles vão levar”. Evandson diz que aí
desceram mais duas mulheres da caminhonete e que elas moram na rua de cima da casa
dele e frequentam a mesma igreja. Evandson fala que está com receio da menina ter lhe
reconhecido e levar a polícia na casa dele. Maiko pergunta se quem enquadrou foi o outro.
Evandson diz que foi o Matheus quem enquadrou (abordou). (...)” (índice 38844745 –
Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Marcos Regino de Souza Santos x Evandson
Caetano Campos (Vandinho) x Matheus Vieira Lira, 11/01/2017 – 10:28:35).
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assaltante, reconhecido como MATHEUS VIEIRA, o qual estava armado. Não é empecilho
para o reconhecimento da aludida causa de aumento o fato de a arma de fogo não ter sido
apreendida e periciada, pois, exigir-se, em tais situações, a apreensão ou exame pericial,
poderia vir a estimular os criminosos a desaparecerem com referido instrumento logo após o
crime, de modo que a majorante em questão dificilmente teria aplicação, nesse sentido HC
183.169-SP, do Superior Tribunal de Justiça. O concurso de agentes também restou
suficientemente demonstrado nos autos, conforme evidenciado pela vítima, a qual disse que
foi abordada por MATHEUS VIEIRA, enquanto EVANDSON aguardava do lado de fora,
condutas que foram gravadas pela câmera de segurança instalada no local, enquanto que as
interceptações telefônicas revelaram que MAIKO JORGE foi o mandante do crime,
comandando as condutas dos demais comparsas. Os comportamentos acima descritos revelam
o entrosamento entre os acusados, evidenciando que toda a ação objetivava a mesma
finalidade ilícita, cada qual se responsabilizando por uma determinada tarefa. Portanto,
justificada a agravação da pena no crime, não só em razão do maior risco a que a vítima foi
submetida, como, também, devido à facilitação do roubo pela atuação conjunta dos agentes.
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1.067/1.073) demonstra claramente a autoria delitiva com relação aos acusados EDUARDO
LIMA e WALISSON: “Eduardo avisa Walisson que roubou uma Kombi* mais nova do que
a que foi encomendada. Eduardo fala que é ano 2001/2002 e que o veículo está cheio de
coisas. Walisson diz que vai telefonar para alguém separar o dinheiro e pede para Eduardo
“arrumar” outro veículo para eles trabalharem (desmancharem e venderem as peças).”
(índice 38844836 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Eduardo Lima dos Santos,
11/01/2017 – 10:45:31); “Eduardo fala para Walisson pegar logo aquele “trem” (Kombi
roubada)*. Walisson diz que agora não. Eduardo pergunta que horas, porque precisa avisar
o menino que vai levar (a Kombi roubada). Walisson diz que é mais tarde um pouquinho, por
volta das 16 horas. Walisson fala para Eduardo não mexer dentro (do veículo), que eles
combinam depois (dividem as mercadorias que estão dentro). Eduardo diz que tem muita
coisa dentro (do veículo). Walisson pergunta se é de supermercado. Eduardo diz que acredita
que seja de supermercado. Walisson diz que interessa nas mercadorias.” (índice 38845115 –
Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Eduardo Lima dos Santos, 11/01/2017 –
11:33:14); “Walisson pergunta sobre a “namorada” (Kombi roubado). Eduardo responde
que ela está no mesmo lugar. Walisson pergunta se Eduardo foi ao local. Eduardo diz que foi
há algum tempo, mas confirma que o veículo está no mesmo lugar. Walisson diz que está
contando com este veículo. Eduardo faz contas sobre valores que tem para receber de
Walisson, alegando que quer R$ 1.000,00 e os outros R$ 2.000,00 podem ser descontados.
Eduardo diz que assim sendo, R$ 6.000,00 estariam quitados. Eduardo diz ainda que tem
coisas dentro do carro (Kombi) e que podem conversar sobre isso posteriormente, para
abater na dívida. Walisson pede para Eduardo levar o carro até o setor BV (Buena Vista),
onde estava a VW/Saveiro, a fim de descarregarem as comrpas e somente depois levam para
a oficina. Walisson diz que ai já trocam o “chinelo” (placa) dela. Eduardo combina de
encontrarem no clube do Mané às 16:00 horas e a entrega do dinheiro para o mesmo dia
mais tarde. Eduardo pede para Walisson levar as “castanhas” (munições). Walisson diz que
cada uma custou R$ 10,00, sendo que são 15 munições. Eduardo diz que vai abater a
munição nas mercadorias que estão na Kombi.” (índice 38846101 – Walisson Rodrigues de
Oliveira (Gordão) x Eduardo Lima dos Santos, 11/01/2017 – 14:32:16); “Eduardo fala para
Walisson que “os meninos” estão indo buscar a Kombi* e que quando estiverem com o
veículo vai avisar. Walisson pede para Eduardo o número de telefone dos “meninos”, pois
assim poderá falar com eles durante o trajeto. Eduardo pede para Walisson não conversar
sobre preço com os “meninos”. (índice 38846570 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão)
x Eduardo Lima dos Santos, 11/01/2017 – 15:50:08); “HNI fala para Walisson que está na
BR e já estão com a Kombi*. Walisson diz que já está a caminho e vai encontrá-lo em frente
a um determinado clube (Clube do Mané).” (índice 38846645 – Walisson Rodrigues de
Oliveira (Gordão) x Eduardo Lima dos Santos, 11/01/2017 – 16:04:42); “Eduardo pergunta
se Walisson vai mandar o “rio” (dinheiro) com o menino (que vai entregar o veículo).
Walisson diz que Eduardo vai ter que pegar mais tarde. Eduardo diz que o menino que está
indo está doido por este dinheiro. Walisson pergunta se está indo só um menino ou dois.
Eduardo diz que estão indo dois meninos, o que está dirigindo e o que vai buscar o que está
dirigindo. Walisson diz que não queria que o menino fosse lá no local. Eduardo diz que os
dois meninos são de confiança. Walisson diz que é para não “embaçar” (tumultuar e
levantar suspeitas) lá na porta. (…) Eduardo diz que pode ser e que quando for lá já
combinam como ficará as mercadorias (que estão dentro da Kombi). Eduardo diz para
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Walisson não falar em mercadoria para os meninos não, que as mercadorias Eduardo vai
pegar tudo para ele. Walisson diz que não vai falar, que vai chegar lá e mandar os meninos
irem embora, que nem vai descer as mercadorias naquela hora. (...)” (índice 38846662 –
Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Eduardo Lima dos Santos, 11/01/2017 –
16:09:01); “Walisson fala para Eduardo que está na BR indo encontrar os “meninos”.
Eduardo diz que eles estão em um VW/Golf de cor prata antigo e em uma Kombi*, sendo que
está última está na frente. Walisson conta para Eduardo que vai telefonar para o “menino” e
pedir que ele não pare na porta do local quando chegar, para posteriormente pegar o
“menino”. (índice 38846740 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Eduardo Lima dos
Santos, 11/01/2017 – 16:24:25); “Walisson fala para HNI que está esperando por ele
próximo a um depósito chamado Rede da Construção, próximo a “aquele clube” (Clube do
Mané). Walisson pede para HNI passar direto e não parar em frente ao local quando o outro
menino entrar com o veículo. Walisson esclarece que a cautela se da para que não chamem a
atenção.” (índice 38846748 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Eduardo Lima dos
Santos, 11/01/2017 – 16:25:45); “Walisson pergunta para HNI se é ele quem está trazendo a
“namorada” (veículo roubado). Walisson explica para HNI o local exato onde estará
esperando por ele, qual seja: na calçada da Rede da Construção, próximo ao Clube do Mané.
Walisson diz que vai dar um sinal para que seja seguido. HNI pergunta sobre o dinheiro.
Walisson responde que vai ter somente mais tarde, por volta das 18:00 horas. Walisson avisa
que quando chegarem ao destino final, vai abrir o portão para HNI entrar com o veículo e
pede para que o “batedor” (pessoa que escolta o veículo roubado) passar direto e parar
mais a frente, a fim de não chamar atenção.” (índice 38846790 – Walisson Rodrigues de
Oliveira (Gordão) x Eduardo Lima dos Santos, 11/01/2017 – 16:34:58); “Walisson fala para
Eduardo que o menino que foi entregar o carro quer receber o dinheiro, mas haviam
combinando que a quantia seria entregue mais tarde. Walisson diz ainda que dentro do carro
(Kombi*) só tem caixas vazias. Eduardo pede para falar com o menino que entregou o carro
(Walisson entrega o telefone para HNI) Eduardo manda HNI ir embora do local e fala que o
dinheiro será entregue mais tarde, conforme combinado. Eduardo fala para HNI pegar as 15
munições com Walisson.” (índice 38846899 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x
Eduardo Lima dos Santos, 11/01/2017 – 16:51:17); “Eduardo pergunta se Walisson “soltou”
os meninos (mandou ir embora). Walisson diz que “soltou” (liberou) e que eles ficaram
bravos porque queriam receber o dinheiro. Eduardo diz que eles ficaram bravos porque
daquele outra (caminhonete roubada), não deu nada (nenhum dinheiro) para eles. Walisson
diz que os meninos perguntaram quanto iriam receber. Walisson diz que falou que era R$
2.000,00, mas eles argumentaram que Eduardo tinha dito que era R$ 3.000,00 para cada.
Walisson diz que falou para os meninos que então o problema era do Eduardo, porque havia
combinado R$ 2.000,00. Walisson fala que vai esperar o menino levar o dinheiro e entra em
contato com Eduardo. Walisson pergunta se Eduardo vai querer abater os R$ 2.000,00 do
carro. Eduardo diz que sim, que Walisson tem que passar só R$ 1.000,00 para ele. Walisson
diz que chegando o dinheiro entra em contato com Eduardo. Eduardo pergunta quanto ele
vai ficar devendo do carro. Walisson diz que vai dever R$2.000,00. Walisson comenta que no
veículo não tinha nada, era caixa de plástico de banana vazia. Eduardo diz que está
querendo quitar o carro e pede Walisson para avisar o cara que só falta R$2.000,00.
Eduardo pergunta se Walisson mandou os “negócios” (munição). Walisson diz que sim.
Walisson pede Eduardo para arrumar “uns trem” (veículos roubados) para trabalhar.
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Eduardo conta que pegou uma ontem, mas não “cantou” (foi recuperada porque tinha
rastreador). Eduardo diz que até pegou (roubou) alguns carro, mas como não deu certo e
foram recuperados, acabou pegando (roubando) a Kombi que Walisson havia
encomendado.” (índice 38847040 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Eduardo
Lima dos Santos, 11/01/2017 – 17:14:34); “Walisson pede para Eduardo buscar a quantia de
R$ 1.000,00. Eduardo fala que vai pedir alguém para pegar o dinheiro e pergunta onde
Walisson vai estar a noite. Walisson responde que no setor BV (Buena Vista).” (índice
38847097 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Eduardo Lima dos Santos,
11/01/2017 – 17:26:54).
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adolescente Marcos Regino de Souza Santos e uma mulher, estes três na execução do crime,
mediante grave ameaça, agiram imbuídos do intuito de subtrair o veículo Toyota/Corolla, cor
cinza, placas NRN-2657, da vítima Divina Lúcia Rodrigues da Silva.
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reconhecimento da aludida causa de aumento o fato de a arma de fogo não ter sido apreendida
e periciada, pois, exigir-se, em tais situações, a apreensão ou exame pericial, poderia vir a
estimular os criminosos a desaparecerem com referido instrumento logo após o crime, de
modo que a majorante em questão dificilmente teria aplicação, nesse sentido HC 183.169-SP,
do Superior Tribunal de Justiça. O concurso de agentes também restou suficientemente
demonstrado nos autos através das declarações judiciais da vítima, a qual afirmou que foi
abordada por três pessoas, sendo dois rapazes e uma mulher. Ademais, segundo comprovado
pelas interceptações telefônicas, um dos indivíduos que atuou na abordagem foi o acusado
GENIVAL, junto com o adolescente Marcos Regino, evidenciando também que o acusado
JEOVÁ estava na direção do veículo de apoio, inclusive voltando para buscar seu comparsa,
o menor Marcos Regino. Os comportamentos acima descritos revelam o entrosamento entre
os acusados, evidenciando que toda a ação objetivava a mesma finalidade ilícita, cada qual se
responsabilizando por uma determinada tarefa. Portanto, justificada a agravação da pena no
crime, não só em razão do maior risco a que a vítima foi submetida, como, também, devido à
facilitação do roubo pela atuação conjunta dos agentes.
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veículo estava em um Lava-jato. Informou que o veículo foi localizado, às 23h, no Jardim
Elvécia, não sabendo informar o nome do responsável pelo galpão, onde o veículo foi
encontrado.
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25/01/2017 – 09:22:41); “Ivanildo fala que passou na porta da oficina e viu um VW/Fox, cor
preta, e que é o mesmo carro em que estavam os policiais. Ivanildo fala que foi perseguido
por algum tempo, mas conseguiu despistar os policiais. Walisson fala para Ivanildo ficar
esperto, pois os policiais podem ter anotado a placa da moto dele. Ivanildo fala que vai
vender a moto.” (índice 38937360 – Ivanildo de Morais Pessoa x Walisson Rodrigues de
Oliveira, 25/01/2017 – 09:25:06); “Diego conta para Daniela que o “trem” (caminhonete
roubada pelos ladrões de Walisson) foi recuperada esta noite. Daniela pergunta se era do
Gordão (Walisson Rodrigues de Oliveira). Diego diz que sim, mas que a polícia não pegou
ninguém. Diego conta que eles colocaram o veículo para dormir (aguardar para verificar se
tem rastreador) para no outro dia trabalhar (desmanchar o veículo). Daniela pergunta se
acharam. Diego diz que passaram no outro dia cedo lá no buraco (local onde deixam
aguardando para verificar se tem rastreador) e estava estourado (arrombado) cheio de gente
lá dentro. Diego conta que com isso os caras perderam o lugar, as ferramentas, perderam
tudo. Daniela pergunta da casa, se o dono não vai contar para quem aluga. Diego reitera
falando que perderam tudo, e conta que quem aluga não deixa documento nestes locais.
Daniela diz que a policia vai atrás para saber quem é dono. Diego conta que nenhum dos
meninos colocam a cara (se identificam para alugar locais para atividades ilícitas). Diego
conta que os caras colocam um laranja para ir lá olhar o local e fechar o aluguel. Diego diz
que neste caso ninguém é dono. (...) Diego fala para Daniela que agora perdeu o emprego.
Daniela comenta que ele perdeu o emprego de hoje (referente ao carregamento do veículo
roubado). Diego diz que perdeu o emprego de “puxar esses trem” (carregar veículos
roubados e desmanchados). Daniela pergunta se Walisson não vai mexer mais com isso
(desmanche de veículos roubados). Diego diz que vai, mas por enquanto, até as coisas
acalmarem, ele vai ficar sem serviço junto ao Walisson. Daniela pergunta se Walisson e a
turma dele vão dar um tempo. Diego diz que sim. Daniela pergunta se a policia estava
investigando eles. Diego diz que acredita que foi o rastreador do veículo que entregou eles.
(...).” (índice 38938043 – Diego Hendrigo Lopes de Souza Gouveia X Daniela Sousa Pimenta
(esposa), 25/01/2017 – 11:02:38). “Ivanildo diz que está em Aparecida de Goiânia e não sabe
se vai embora hoje, pois teve um problema. Ivanildo explica que guardaram uma
caminhonete roubada lá (na oficina), mas ela era rastreada e a polícia foi lá.” (índice
38941472 – Ivanildo de Morais Pessoa x MNI, 25/01/2017 – 17:37:54).
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Toyota/Hilux, placas OGM-1360, fato praticado pelo adolescente Marcos Regino de Souza
Santos e outro indivíduo não identificado. Aduz, ainda, que o acusado JEOVÁ recebeu bens
subtraídos que estavam no interior do veículo, sabendo serem produtos de crime. A exordial
acusatória narra que referido crime de receptação, imputado ao acusado JEOVÁ, ocorreu em
continuidade delitiva com os crimes nºs 2.27 e 2.28, razão pela qual deixo para apreciá-lo
conjuntamente com os fatos descritos nas duas citadas séries.
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Maiko fala que o único piloto que tinha era o cara (Evandson), mas ai ele foi trocar cavalo
(carro roubado) de lugar para os outros (e aí foi preso e baleado). Maiko diz que o cara mais
"responsa" era ele (Evandson Caetano Campos Madureira), pois todo dia ele buscava dois
(roubava dois carros) para Maiko. HNI fala que ainda orientou Evandson a não ir lá, mas ele
ainda assim foi. Maiko diz que Evandson foi baleado na perna, no braço e na cabeça. HNI
fala que ele ainda tá preso. (...).” (índice 39261089 –Maiko Jorge Rodrigues Machado x
HNI, 27/02/2017 – 10:26:31).
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arma de fogo e atingiu o retrovisor do seu veículo e a capota marítima. Afirmou que os
assaltantes correram para uma mata, mas não foram localizados pela polícia.
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só não logrando êxito por circunstâncias alheias às suas vontades. O fato foi narrado, em
juízo, de forma coerente e segura pela vítima Gabriel dos Santos Andrade (mídia às fls.
2.677/2.682), a qual reconheceu MATHEUS VIEIRA, com grau de certeza, como sendo um
dos assaltantes. De igual forma, a testemunha Leonardo Hitler Galdino da Silva (mídia às fls.
2.677/2.682), que presenciou toda a ação criminosa, afirmou que foram abordados por dois
indivíduos, sendo que o assaltante que chegou pelo seu lado era um indivíduo preto,
reconhecendo o acusado JEOVÁ, com fortíssimas semelhanças.
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foi subtraído, mediante grave ameaça com o uso de arma de fogo e concurso de pessoas, em
desfavor da vítima Helder da Silva, o veículo Hyundai Veloster, cor branca, placas PGB-
3361, roubo imputado aos acusados GENIVAL, que abordou a vítima junto com o
adolescente Marcos Regino de Souza Santos, MAIKO JORGE, que permaneceu no veículo
de apoio, exercendo vigília, e WALISSON, mandante do crime. Aduz, ainda, que no dia 06
de março de 2017, WALISSON telefonou para CLEITON, responsável pela desmontagem e
transplante dos carros, para organizarem o procedimento de transplante do veículo roubado.
No mesmo dia, o veículo foi transportado por JEOVÁ e, após adulterado, o veículo foi
entregue para WALISSON, sendo apreendido na residência deste, durante cumprimento de
mandado de busca e apreensão.
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se uma mulher fosse buscar a chave, pois onde está morando na casa da tia e lá perto tem
muitos seguranças. Maiko diz que vai mandar Jeová ir com a esposa buscar a chave.
Matheus fala que é melhor ainda, pois a esposa do Jeová já olha como está o ferimento da
perna dele, já que é enfermeira. Maiko diz que pegou um Veloster** e que já está no
buraco.” (índice 39329461 – Matheus Vieira Lira x Maiko Jorge Rodrigues Machado
(Cueca) Santos, 04/03/2017 – 13:59:45); “Genival diz para Isabela que vai passar na casa
dela. Isabela pergunta de que. Genival diz que vai de carro. Isabela pergunta se Genival já
está com o carro dele (pois está na oficina). Genival diz que agora está de Cruze* e
Veloster** (roubados). Isabela fala para Genival conversar sério. Genival diz que é sério,
que ele está no Cruze e o Cueca (Maiko Jorge Rodrigues Machado) está no Veloster.” (índice
39329535 – Genival da Silva Ferraz x Isabela (namorada), 04/03/2017 – 14:03:40); “Marcos
diz para Genival passar na casa do Jeová e pegar a chave do Cruze. Genival pergunta cade o
Cruze. Marcos diz que vão lá buscar o carro. Genival diz que Jeová não está na casa dele.
Marcos fala que a esposa do Jeová está e basta Genival falar que o "Cueca" (Maiko Jorge
Rodrigues Machado) mandou pegar a chave, que ela entrega.” (índice 39448330 – Genival
da Silva Ferraz x Marcos Regino de Souza Santos, 12/03/2017 – 18:37:48); “Marcos fala
para MNI avisar Ana Paula que o Ferraz (Genival da Silva Ferraz) irá passar lá para buscar
a chave do Cruze. Marcos diz que foi "Cueca" (Maiko Jorge Rodrigues Machado) que
mandou.” (índice 39448349 – Marcos Regino de Souza Santos x MNI, 12/03/2017 –
18:40:28).
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roubado que vão levar para ele). Walisson diz que é da cor branca. Cleiton pergunta se
depois Walisson vai mandar fazer o número. Walisson diz que não, que é para Cleiton tirar
de um veículo e colocar no outro (transplante do veículo, conforme conversa de índice
39327691). Cleiton pergunta para Walisson se ele quer o carro “arrumado” (transplantado)
para depois “fazer” (remarcar) os vidros. Walisson diz que os vidros eles vão pegar do outro
veiculo que é tudo original, somente o pára-brisa que eles vão ter que “fazer” (remarcar).
Cleiton diz que se fosse na oficina dele, ele já fazia todo o serviço para depois Walisson
montar só os vidros em outro lugar. Walisson diz que vai levar tudo para Cleiton para o
carro já sair pronto da oficina dele. Cleiton pergunta se Walisson tem alguma pessoa que
desmonta os vidros. Walisson diz que não tem, que teria que levar para um lanterneiro.
Cleiton diz que se Walisson tivesse quem tirasse os vidros do veículo original, que Cleiton
fazia a “parte dele” (transplantar as peças e os números identificadores) e levaria o carro
para Walisson somente colocar os vidros. Cleiton diz que está trabalhando na oficina dele,
do outro lado da cidade (fazendo referência a distância da Canãa a Vila Pedroso). Walisson
diz que o veículo está “guardado” (escondido) e que tem que levar ele inteiro, do jeito que
está, para quando chegar na oficina tirar as partes que lhes interessam. Cleiton pergunta se
o número (numeração do chassi) Walisson consegue tirar. Walisson diz que não, que precisa
ser um lanterneiro, porque é pontilhado. Cleiton pergunta onde está o veículo original.
Walisson refere ao veículo original como “o estragado” e diz que guardou em outro local,
que não é o local que Cleiton sabe, que este lugar deu “bode” (foi descoberto pela polícia).
Cleiton quer trocar o número do carro e pintá-lo. Walisson diz que quer fazer tudo na oficina
do Cleiton para o veículo já sair de lá completamente pronto. Cleiton diz que vai fazer como
Walisson quer. Walisson diz que o carro vai chegar por volta das 20 horas na oficina do
Cleiton, porque está vindo de longe. Cleiton insiste perguntando sobre a “chinela” (placa)
do outro carro. Walisson diz que vai levar par Cleiton quando ele for. Cleiton fala que tem
que organizar direito para não dar erro.” (índice 39353795 – Walisson Rodrigues de
Oliveira (Gordão) x Cleiton Borges Gudim, 06/03/2017 – 13:39:21); “Cleiton diz para
Walisson que está montando o carro para poder entregar para o rapaz. Cleiton pergunta
para Walisson se o “trem” (carro roubado) está “frio” (foi verificado se não tem
rastreador). Walisson diz que desde a sexta-feira passada. Cleiton pede para Walisson levar
o veículo para ele. Walisson marca de encontrar para levar o carro (roubado) e diz que já
vai levar as placas (falsas) e os “trem” do carro (dados do veículo para transplante).”
(índice 39355383 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Cleiton Borges Gudim,
06/03/2017 – 15:17:32); “Walisson fala que está saindo do boteco dele e indo para a oficina
de Cleiton. Walisson diz que em uma hora estará lá e acrescenta que o “menino” (Maiko)
também está saindo de outro local com o veículo. Walisson diz que vai esperar Cleiton na
Gameleira (faz referencia a uma árvore característica na entrada da região da Vila
Pedroso).” (índice 39358724 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Cleiton Borges
Gudim, 06/03/2017 – 18:14:13); “Walisson explica para Jeová onde encontrá-lo com o carro
(Veloster roubado). Maiko também explica para Jeová, que está conduzindo o veículo
roubado, o local (Vila Pedroso).” (índice 39353795 – Walisson Rodrigues de Oliveira
(Gordão) x Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x Jeová José da Silva, 06/03/2017 –
20:37:14); “(...) Walisson diz que esta ficando novo (o Veloster sendo transplantado).
Walisson fala que já lixou tudo. Maiko conta que quase fez isso (no carro roubado), mas o
cara cobrou o “oitão” (revólver de Maiko) para desmontar e montar. Maiko diz que iria
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pagar para pintar e fazer o serviço que Walisson tinha explicado (colocar as peças do
Veloster roubado branco no Veloster preto de Walisson). Maiko conta que ficaria mais de R$
5.000,00. (...).” (índice 39367873 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Maiko Jorge
Rodrigues Machado (Cueca), 07/03/2017 – 11:59:36).
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fala para Marcos ficar de olho, pois o carro (roubado) está falhando e qualquer coisa
precisam pegá-lo. Marcos ensina Genival a colocar o câmbio automático no B1, que vai
mais rápido. Genival alerta que a "Choque" (viatura do Batalhão de Choque) está do lado.
Marcos manda Genival correr, que a "Choque" colou (aproximou). Ao fundo é possível
ouvir Maiko mandando Genival já fazer o retorno e entrar no Bela, pois a Choque
"esticou" atrás. Maiko fala para Genival não dar mole. Genival pergunta como está. Marcos
diz que eles (policiais) passaram direto, mas para acelerar.” (índice 39326338 – Genival da
Silva Ferraz x Marcos Regino de Souza Santos, 04/03/2017 – 11:14:50).
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policial de fls. 1.119/1.1120; RAI nº 2354274 (fls. 1.121/1.124), evidenciando que o veículo
Toyota/Hilux, placas OGM-1360, foi roubado no dia 08 de fevereiro de 2017, na Rua
Mossoró, Qd. 02, Lt. 22, Internacional Park, Aparecida de Goiânia-GO, fato praticado pelo
adolescente Marcos Regino de Souza Santos e outro indivíduo não identificado; RAI nº
1554672 (fls. 866/868); e Auto de Busca e Apreensão fls. 531/532, evidenciando que o
acusado JEOVÁ estava na posse de diversos documentos da vítima Cézio Lopes de Siqueira.
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que se destacar, neste ponto, que o Auto de Busca e Apreensão fls. 531/532, exibiu uma
cadeirinha de bebê e uma cadeirinha de criança, sendo esta última exatamente o bem que foi
receptado e que pertencia à vítima Paulo Junior, conforme demonstrado pelo termo de
entrega de fls. 1.167: “Marcos diz para Genival passar na casa do Jeová e pegar a chave do
Cruze. Genival pergunta cade o Cruze. Marcos diz que vão lá buscar o carro. Genival diz
que Jeová não está na casa dele. Marcos fala que a esposa do Jeová está e basta Genival
falar que o "Cueca" (Maiko Jorge Rodrigues Machado) mandou pegar a chave, que ela
entrega.” (índice 39448330 – Genival da Silva Ferraz x Marcos Regino de Souza Santos,
12/03/2017 – 18:37:48); “Marcos fala para MNI avisar Ana Paula (esposa de Jeová) que o
Ferraz (Genival da Silva Ferraz) irá passar lá para buscar a chave do Cruze. Marcos diz
que foi "Cueca" (Maiko Jorge Rodrigues Machado) que mandou.” (índice 39448349 –
Marcos Regino de Souza Santos x MNI, 12/03/2017 – 18:40:28). Todas as circunstâncias,
portanto, confirmam que JEOVÁ, ao receber os documentos da vítima Cézio e a cadeirinha
de criança, o fez ciente de sua origem ilícita.
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o “chinelo” (placa). Cleiton pergunta que cor é o carro (veículo roubado que vão levar para
ele). Walisson diz que é da cor branca. Cleiton pergunta se depois Walisson vai mandar
fazer o número. Walisson diz que não, que é para Cleiton tirar de um veículo e colocar no
outro (transplante do veículo, conforme conversa de índice 39327691). Cleiton pergunta
para Walisson se ele quer o carro “arrumado” (transplantado) para depois “fazer”
(remarcar) os vidros. Walisson diz que os vidros eles vão pegar do outro veiculo que é tudo
original, somente o pára-brisa que eles vão ter que “fazer” (remarcar). Cleiton diz que se
fosse na oficina dele, ele já fazia todo o serviço para depois Walisson montar só os vidros
em outro lugar. Walisson diz que vai levar tudo para Cleiton para o carro já sair pronto da
oficina dele. Cleiton pergunta se Walisson tem alguma pessoa que desmonta os vidros.
Walisson diz que não tem, que teria que levar para um lanterneiro. Cleiton diz que se
Walisson tivesse quem tirasse os vidros do veículo original, que Cleiton fazia a “parte dele”
(transplantar as peças e os números identificadores) e levaria o carro para Walisson
somente colocar os vidros. Cleiton diz que está trabalhando na oficina dele, do outro lado
da cidade (fazendo referência a distância da Canãa a Vila Pedroso). Walisson diz que o
veículo está “guardado” (escondido) e que tem que levar ele inteiro, do jeito que está, para
quando chegar na oficina tirar as partes que lhes interessam. Cleiton pergunta se o número
(numeração do chassi) Walisson consegue tirar. Walisson diz que não, que precisa ser um
lanterneiro, porque é pontilhado. Cleiton pergunta onde está o veículo original. Walisson
refere ao veículo original como “o estragado” e diz que guardou em outro local, que não é
o local que Cleiton sabe, que este lugar deu “bode” (foi descoberto pela polícia). Cleiton
quer trocar o número do carro e pintá-lo. Walisson diz que quer fazer tudo na oficina do
Cleiton para o veículo já sair de lá completamente pronto. Cleiton diz que vai fazer como
Walisson quer. Walisson diz que o carro vai chegar por volta das 20 horas na oficina do
Cleiton, porque está vindo de longe. Cleiton insiste perguntando sobre a “chinela” (placa)
do outro carro. Walisson diz que vai levar par Cleiton quando ele for. Cleiton fala que tem
que organizar direito para não dar erro.” (índice 39353795 – Walisson Rodrigues de
Oliveira (Gordão) x Cleiton Borges Gudim, 06/03/2017 – 13:39:21); “Cleiton diz para
Walisson que está montando o carro para poder entregar para o rapaz. Cleiton pergunta
para Walisson se o “trem” (carro roubado) está “frio” (foi verificado se não tem
rastreador). Walisson diz que desde a sexta-feira passada. Cleiton pede para Walisson levar
o veículo para ele. Walisson marca de encontrar para levar o carro (roubado) e diz que já
vai levar as placas (falsas) e os “trem” do carro (dados do veículo para transplante).”
(índice 39355383 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x Cleiton Borges Gudim,
06/03/2017 – 15:17:32); “(...) Walisson diz que esta ficando novo (o Veloster sendo
transplantado). Walisson fala que já lixou tudo. Maiko conta que quase fez isso (no carro
roubado), mas o cara cobrou o “oitão” (revólver de Maiko) para desmontar e montar. Maiko
diz que iria pagar para pintar e fazer o serviço que Walisson tinha explicado (colocar as
peças do Veloster roubado branco no Veloster preto de Walisson). Maiko conta que ficaria
mais de R$ 5.000,00. (...).” (índice 39367873 – Walisson Rodrigues de Oliveira (Gordão) x
Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca), 07/03/2017 – 11:59:36). Ademais, o laudo de
exame de perícia criminal – identificação de veículo automotor (fls. 1.521/1.526), demonstrou
que o veículo foi adulterado, com transplante de NIV, inclusive com a alteração da cor
original do veículo de branco para a cor prata. Vê-se, portanto, que a versão apresentada pelo
acusado não apresenta consonância com as demais provas produzidas nos autos. Por outro
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lado, tem-se que o delito de adulteração de sinal identificador de veículo automotor, crime
contra a fé pública, consuma-se com a simples adulteração da autenticidade do sinal de
identificação do veículo automotor, não se exigindo finalidade específica para a
caracterização da conduta delituosa, pouco importando a motivação do agente. Assim,
demonstrada a materialidade e autoria do crime, impõe-se a condenação do acusado
CLEITON.
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foi localizado, logo em seguida, em Bela Vista/GO. Disse que um dos assaltantes era moreno,
alto, magro, de 24 a 25 anos e que o outro era mais baixo. Ao visualizar a fotografia de
GENIVAL, a vítima disse ver bastante semelhança com um dos assaltantes, justamente
aquele que estava armado, pois foi ele que ficou vigiando, enquanto que o outro autor recolhia
os bens na casa. Afirmou que na polícia a certeza do reconhecimento de GENIVAL chegou a
90% (noventa por cento). Afirmou que ao visualizar a fotografia dos demais acusados nos
autos, não reconheceu os comparsas.
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para Bela Vista e fala para Maiko ligar para Bruno. Maiko fala que não tem o telefone do
Bruno e manda Matheus ligar para o R7 (que está com o Bruno na caminhonete roubada)
no telefone 9355-1759.” (índice 37056586 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x
Matheus Leomar Cosme Lopes, 29/07/2016 – 19:25:36); “R7 está dirigindo a Amarok
roubada. Matheus fala para R7 ir para o mesmo local que deixaram a outra (caminhonete).
Matheus e R7 marcam de encontrar. Maiko pede a placa da Amarok. Maiko diz que já tem o
“buraco” (local para guardar a caminhonete roubada), quando der “vermelho” (vítima
fizer a ocorrência de roubo), é para avisar o Luis Fernando, pois ele vai colocar na casa
que eles alugaram. Matheus pede pra R7 ir para sua frente para ele pode ver a placa da
Amarok. Matheus fala que a placa da Amarok é NWF-0829. R7 fala para Matheus que a
gasolina da Amarok acabou. Maiko pesquisa a placa da Amarok e fala que é do ano de
2010/2011.” (índice 37057035 – Maiko Jorge Rodrigues Machado (Cueca) x R7 x Matheus
Leomar Cosme Lopes, 29/07/2016 – 20:05:15). Portanto, considerando todas as
circunstâncias mencionadas, não procede a negativa de autoria de ambos os acusados, visto
que não faz frente às provas dos autos.
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de bens que guarneciam a residência das vítimas Joselino da Silva Neves e Elenita Mendes da
Rocha, evidente a ocorrência de crime único, pois não ficou configurada, nos autos, a
possibilidade de os acusados individualizem a propriedade dos bens subtraídos.
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anunciaram o assalto no bar. Mencionou que foram abordados por um indivíduo pardo,
estatura mediana, que subtraiu a chave do veículo do seu pai. Afirmou que também teve a
chave do seu veículo subtraída, além do celular. Ao visualizar fotografias aleatórias, juntadas
aos autos, viu bastante semelhança do acusado GENIVAL com um dos assaltantes. Afirmou
que na delegacia de polícia também reconheceu GENIVAL. Informou que ao recuperar o
celular subtraído, verificou que nele constava a fotografia do acusado GENIVAL. Afirmou
que o veículo do seu pai foi localizado, posteriormente, bem assim, que o seu celular também
foi recuperado.
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ir para o rumo do Supermercado Bretas. (Ao fundo ouve-se que Genival está no veículo
roubado com outra pessoa) João Pedro diz que está em frente ao Hospital HDT. Genival
pergunta se tem alguma viatura vindo atrás. João Pedro fala que não. Genival (mexendo nos
pertences da vítima) comenta ao fundo que acha que a vítima do roubo deve ser advogado.”
(índice 39514516 – Genival da Silva Ferraz x João Pedro, 17/03/2017 – 21:48:04); “João
Pedro diz que está na BR. Genival fala que está perto da Fábrica Mabel. Genival comenta
que o velho (vítima do roubo) só tem cartão e está preso ao aparelho celular*. Genival pede
calma para Matheus (está dentro do carro roubado com ele). Genival comenta que o “velho
desgramado” (vítima) não tem nem R$ 5,00 dentro do carro. Genival comenta sobre um
controle de uma casa (da vítima). Genival explica para João Pedro onde está. João Pedro
chega ao encontro de Genival. Genival pergunta para Matheus se ele já pegou o que tinha
para pegar dentro do carro roubado. Genival pergunta se Matheus olhou debaixo do banco.
Genival manda Matheus pegar tudo.” (índice 39514611 – Genival da Silva Ferraz x Matheus,
17/03/2017 – 21:55:38); “Genival pergunta para HNI onde irá deixar o tablet. Genival
pergunta se pode deixar o revólver na casa de HNI. HNI pede para deixar na casa de João
Pedro. HNI propõe a Genival passar na casa dele e deixar o revólver na casa de um
moleque. Genival comenta que o carro roubado já deu “vermelho” (vítima fez ocorrência de
roubo). Genival diz que eles têm que pegar o carro roubado cedo (do local que deixaram)
para guardá-lo em uma casa, senão irão perdê-lo (carro será recuperado).” (índice
39515615 – Genival da Silva Ferraz x HNI, 17/03/2017 – 23:32:50); “Genival fala para HNI
que está com um Cruze (roubado) e pergunta se HNI sabe quem compra. HNI pede para
mandar as fotos do veículo e dos “chinelos” (placas). Genival diz que só tirou foto das
placas. Genival fala que o Cruze está no Setor Expansul e que tem que colocar no “buraco”
(local para guardar carro roubado).” (índice 39517114 – Genival da Silva Ferraz x HNI,
18/03/2017 – 08:03:49); “Genival conta que tinha sumido uns tempos, pois uns caras
atiraram em seu carro. Genival conta que o Marcão (Marcos Regino de Souza Santos) tinha
feito graça com o seu carro. Genival conta que agora voltou a ativa, pois pegou outro carro.
Genival pergunta quanto HNI cobra para fazer um “chinelo” (placas clonadas) e o
“verdinho” (documento veicular) para ele. HNI diz que em que ver com o menino. Genival
fala que quer fazer para andar no carro. Genival conta que está com um carro (Cruze
roubado). HNI reclama que Genival não leva o carro até ele. Genival fala que se fizer o
“chinelo” ele leva. Genival conta que “pegou” (roubou o Cruze) no dia anterior á noite e vai
“emburacar” (guarda em um local). Genival pergunta se HNI tem algum revólver para
trocar no Cruze. HNI diz que está sem arma.” (índice 39518937 – Genival da Silva Ferraz x
HNI, 18/03/2017 – 10:31:17).
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de entrega (fls. 1.231/1.232) e Auto de Busca e Apreensão fls. 629/630 (item 1 – segundo –
IMEI 359591061832817/01).
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39512014). Após a prática do roubo ora em análise GENIVAL entrou em contato com seu
comparsa, reclamando da vítima, a chamando de “velho”, pois não tinha dinheiro dentro do
veículo, e ainda falou para o comparsa verificar se tinha qualquer outro bem dentro do
veículo:“Ao fundo o barulho do momento após o roubo) Ao fundo Genival pergunta onde
João Pedro está. João Pedro diz que está subindo a avenida. Genival diz que já está com o
carro (roubado). Genival fala para João Pedro que está indo para Aparecida de Goiânia-
GO. João Pedro diz que está na rotatória do Setor Parque das Laranjeiras. Genival manda
João Pedro ir para o rumo do Supermercado Bretas. (Ao fundo ouve-se que Genival está no
veículo roubado com outra pessoa) João Pedro diz que está em frente ao Hospital HDT.
Genival pergunta se tem alguma viatura vindo atrás. João Pedro fala que não. Genival
(mexendo nos pertences da vítima) comenta ao fundo que acha que a vítima do roubo deve
ser advogado.” (índice 39514516 – Genival da Silva Ferraz x João Pedro, 17/03/2017 –
21:48:04); “João Pedro diz que está na BR. Genival fala que está perto da Fábrica Mabel.
Genival comenta que o velho (vítima do roubo) só tem cartão e está preso ao aparelho
celular*. Genival pede calma para Matheus (está dentro do carro roubado com ele). Genival
comenta que o “velho desgramado” (vítima) não tem nem R$ 5,00 dentro do carro. Genival
comenta sobre um controle de uma casa (da vítima). Genival explica para João Pedro onde
está. João Pedro chega ao encontro de Genival. Genival pergunta para Matheus se ele já
pegou o que tinha para pegar dentro do carro roubado. Genival pergunta se Matheus olhou
debaixo do banco. Genival manda Matheus pegar tudo.” (índice 39514611 – Genival da
Silva Ferraz x Matheus, 17/03/2017 – 21:55:38).
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roubado). HNI reclama que Genival não leva o carro até ele. Genival fala que se fizer o
“chinelo” ele leva. Genival conta que “pegou” (roubou o Cruze) no dia anterior á noite e vai
“emburacar” (guarda em um local). Genival pergunta se HNI tem algum revólver para
trocar no Cruze. HNI diz que está sem arma.” (índice 39518937 – Genival da Silva Ferraz x
HNI, 18/03/2017 – 10:31:17).
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os acusados que atuaram apenas na direção dos veículos de apoio ou como mandantes dos
crimes tiveram atuações que culminaram na decisão de se praticar o crime, sendo
fundamentais para o acontecimento de cada fato criminoso.
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2º e 4º, I da Lei 12.850/13, e art. 157, § 2º, I e II (Crime 2.21), c/c o art. 69, ambos do Código
Penal; o réu PAULO SERGIO GOMES DOS SANTOS está incurso nas penas do art. 2º, §§
2º e 4º, I da Lei 12.850/13, e art. 157, § 2º, I e II, c/c o artigo 70 (por duas vezes – Crime 2.4),
c/c o artigo 69, todos do Código Penal; o réu MATEUS COSTA DE LIMA está incurso nas
penas do art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13; o réu JOÃO PEDRO ELIAS DOS SANTOS
está incurso nas penas do art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13, art. 157, § 2º, I e II, c/c o
artigo 70 (por duas vezes - Crime 2.4), e art. 157, § 2º, I e II (Crime 2.6), todos combinados
com o artigo 69, todos do Código Penal; o réu ANTÔNIO CARLOS RODRIGUES DE
SOUSA está incurso nas penas do art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13, e art. 157, § 2º, I e II
(Crime 2.9), c/c o artigo 69, ambos do Código Penal; o réu FILIPE NASCIMENTO SILVA
está incurso nas penas do art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13, art. 157, § 2º, I e II, c/c o
artigo 71 (por duas vezes - Crime 2.7 e 2.8), e art. 157, § 2º, I e II, c/c o artigo 70 (por três
vezes - Crime 2.10), todos combinados com o artigo 69, todos do Código Penal; DIEGO
COTRIM MESSIAS está incurso nas penas do art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13, art.
157, § 2º, I e II, c/c o artigo 71 (por duas vezes - Crime 2.7 e 2.8), e art. 157, § 2º, I e II, c/c o
artigo 70 (por três vezes - Crime 2.10), todos combinados com o artigo 69, todos do Código
Penal; o réu EDIMILSON LUIS DE SOUZA FILHO está incurso nas penas do art. 2º, §§ 2º
e 4º, I da Lei 12.850/13, e art. 157, § 2º, I e II, c/c o artigo 70 (por três vezes – Crime 2.10),
todos combinados com o artigo 69, todos do Código Penal; o réu MATHEUS LEOMAR
COSME LOPES está incurso nas penas do art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13, e art. 157, §
2º, I e II (por duas vezes – Crimes 2.3 e 2.5), todos combinados com o artigo 69, ambos do
Código Penal; o réu BRUNO REGINO DE SOUZA SANTOS está incurso nas penas do art.
2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13, e art. 157, § 2º, I e II (Crime 2.5), c/c o artigo 69, ambos do
Código Penal; o réu IGOR ANDRÉ VALENÇA DO NASCIMENTO está incurso nas
penas do art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13, e art. 157, § 2º, I e II, c/c o artigo 71 (por cinco
vezes – Crimes 2.12, 2.14 e 2.15), todos combinados com o artigo 69, todos do Código Penal;
o réu THIERRY GLEYFFER GONÇALVES BORGES está incurso nas penas do art. 2º,
§§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13, e art. 157, § 2º, I e II, c/c o artigo 71 (por cinco vezes – Crimes
2.12, 2.14 e 2.15), todos combinados com o artigo 69, todos do Código Penal; o réu JEOVÁ
JOSÉ DA SILVA está incurso nas penas do art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13, art. 157, §
2º, I e II (por duas vezes – Crimes 2.16 e 2.22), art. 157, § 2º, I e II, c/c o artigo 14, II (Crime
2.26), artigo 180, caput (por duas vezes – Crimes 2.3 e 2.18), artigo 180, caput, c/c 71 (por
três vezes – Crimes 2.24, 2.27 e 2.28), todos combinados com o artigo 69, todos do Código
Penal; o réu EVANDSON CAETANO CAMPOS MADUREIRA está incurso nas penas do
art. 2º, §§ 2º e 4º, I da Lei 12.850/13, art. 157, § 2º, I e II (por quatro vezes – Crimes 2.16,
2.17, 2.20, 2.25), e art. 180, caput (Crime 2.18), todos combinados com o artigo 69, todos do
Código Penal; o réu GENIVAL DA SILVA FERRAZ está incurso nas penas do art. 2º, §§ 2º
e 4º, I da Lei 12.850/13, art. 157, § 2º, I e II (por três vezes – Crimes 2.19, 2.22, 2.29), art.
157, § 2º, I e II, c/c o artigo 71 (por duas vezes – Crimes 2.27 e 2.28), e art. 157, § 2º, I e II,
c/c o artigo 70 (por duas vezes – Crime 2.30), todos combinados com o artigo 69, todos do
Código Penal; o réu MATHEUS VIEIRA LIRA está incurso nas penas do art. 2º, §§ 2º e 4º,
I da Lei 12.850/13, art. 157, § 2º, I e II (Crime 2.20), e art. 157, § 2º, I e II, c/c o artigo 14, II
(Crime 2.26), todos combinados com o artigo 69, todos do Código Penal.
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normais à espécie, nada tendo a se valorar como fator extrapenal; comportamento da vítima:
em nada contribuiu para a prática do delito. À vista destas circunstâncias, analisadas
individualmente, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos de reclusão. Considerando a
presença da agravante da reincidência (artigo 61, I, do Código Penal), agravo a pena em 09
(nove) meses, fixando-a, provisoriamente, em 04 (quatro) anos e 09 (nove) meses de reclusão.
Não ocorrem causas de diminuição de pena. Considerando a presença das causas de aumento
de pena previstas nos incisos I e II do § 2º do art. 157, do Código Penal, aumento-a no
mínimo de 1/3, fixando-a, em definitivo, em 06 (seis) anos e 04 (quatro) meses de reclusão,
a ser cumprida no regime inicial fechado, em razão da reincidência, na Penitenciária
Coronel Odenir Guimarães - POG. Condeno o réu, ainda, em conformidade com os artigos
49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento de 20 (vinte) dias-multa, fixados em 1/30 do
salário-mínimo vigente à época do fato, por inexistirem informações sobre sua situação
financeira, devendo a importância apurada ser recolhida dentro de dez dias depois do trânsito
em julgado da sentença, sob pena de cobrança através das normas da legislação relativa à
dívida ativa da Fazenda Pública.
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privativa de liberdade, nos termos do artigo 44, do Código Penal, porque a pena não é
adequada ao benefício e, também, por se tratar de acusado reincidente em crime doloso. Além
do que, a maior parte dos crimes que integram o concurso foi praticada com grave ameaça.
Pelos mesmos motivos também não lhe concedo o sursis. A pena de multa, operada a soma,
resulta em 195 (cento e noventa e cinco) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo
vigente à época dos fatos, a ser recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da
sentença, sob pena de execução.
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previstas nos incisos I e II do § 2º do art. 157, do Código Penal, aumento-a no mínimo de 1/3,
fixando-a, em definitivo, em 06 (seis) anos e 04 (quatro) meses de reclusão, a ser cumprida
no regime inicial semiaberto, na Colônia Agroindustrial, em Aparecida de Goiânia-GO.
Condeno o réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao
pagamento de 20 (vinte) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do
fato, por inexistirem informações sobre sua situação financeira, devendo a importância
apurada ser recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena
de cobrança através das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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condenação, também pelo crime de roubo, praticado em data anterior (16/05/2013), com
sentença transitada em julgado aos 17/01/2017 (posterior ao crime em julgamento), a qual,
embora não caracterize a reincidência, deve ser valorada nesta fase, por ser fato anterior,
evidenciando os maus antecedentes do réu; conduta social: favorável, diante da ausência de
elementos para avaliação; personalidade: poucos elementos foram coletados a respeito da
personalidade do agente, razão pela qual deixo de valorá-la; motivos: não foram declinados
pelo acusado; circunstâncias: integrantes do tipo penal; consequências do crime:
desfavoráveis, pois além da paz pública, houve violação à integridade moral do adolescente
Marcos Regino; comportamento da vítima: prejudicado, considerando tratar-se de crime
vago, ou seja, aquele em que o sujeito passivo do crime é a coletividade, não exercendo,
assim, qualquer influência para a sua ocorrência. À vista destas circunstâncias, analisadas
individualmente, fixo a pena base em 04 (quatro) anos de reclusão, acima do mínimo legal,
porque foram considerados desfavoráveis os antecedentes e as consequências do crime
(participação de adolescente). No caso da participação de adolescente, embora causa de
aumento, servirá para aumentar a pena-base, na primeira fase da dosimetria, permanecendo a
outra causa de aumento (emprego de arma de fogo), também presente neste caso, na terceira
fase da dosimetria da pena. Nesse sentido STJ HC 364.246/DF, Rel. Ministro RIBEIRO
DANTAS, QUINTA TURMA, STJ, julgado em 15/12/2016, DJe 01/02/2017. Considerando a
presença da agravante prevista no § 3º do artigo 2º da Lei 12.850/2013 (liderança), agravo a
pena em 06 (seis) meses, fixando-a, provisoriamente, em 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses
de reclusão. Considerando, por fim, a presença da causa de aumento de pena prevista no § 2º
(emprego de arma de fogo) do artigo 2º da Lei 12.850/2013, aumento a pena no mínimo de
1/6 (um sexto), fixando-a, definitivamente, em 05 (cinco) anos e 03 (três) meses de
reclusão, a ser cumprida no regime inicial semiaberto, na Colônia Agroindustrial, em
Aparecida de Goiânia-GO. Condeno o réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60,
ambos do Código Penal, ao pagamento de 15 (quinze) dias-multa, fixados em 1/30 do
salário-mínimo vigente à época do fato, por inexistirem informações sobre sua situação
financeira, devendo a importância apurada ser recolhida dentro de dez dias depois do trânsito
em julgado da sentença, sob pena de cobrança através das normas da legislação relativa à
dívida ativa da Fazenda Pública.
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fase, levando-se em conta que a situação caracteriza a reincidência e, assim, deverá ser
valorada na segunda fase da aplicação da pena; conduta social: favorável, diante da ausência
de elementos para avaliação; personalidade: poucos elementos foram coletados a respeito da
personalidade do agente, razão pela qual deixo de valorá-la; motivos: se constituiu pelo
desejo de obtenção de lucro fácil, próprio da espécie delitiva; circunstâncias: constituem-se
em causas de aumento, razão pela qual deixo de valorá-las neste momento como forma de não
incorrer em bis in idem; consequências do crime: desfavoráveis, considerando o elevado
prejuízo da vítima (R$ 75.000,00), já que o veículo não foi recuperado e não era segurado;
comportamento da vítima: em nada contribuiu para a prática do delito. À vista destas
circunstâncias, analisadas individualmente, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 09
(nove) meses de reclusão. Considerando a presença da agravante da reincidência (artigo 61,
I, do Código Penal), agravo a pena em 09 (nove) meses, fixando-a, provisoriamente, em 05
(cinco) anos e 06 (seis) meses de reclusão. Não ocorrem causas de diminuição de pena.
Considerando a presença das causas de aumento de pena previstas nos incisos I e II do § 2º do
art. 157, do Código Penal, aumento-a no mínimo de 1/3, fixando-a, em definitivo, em 07
(sete) anos e 04 (quatro) meses de reclusão, a ser cumprida no regime inicial fechado, em
razão da reincidência, na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães - POG. Condeno o
réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento
de 30 (trinta) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, por
inexistirem informações sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser
recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança
através das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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valorar como fator extrapenal; comportamento da vítima: em nada contribuiu para a prática
do delito. À vista destas circunstâncias, analisadas individualmente, fixo a pena-base em 04
(quatro) anos de reclusão. Considerando a presença da agravante da reincidência (artigo 61,
I, do Código Penal), agravo a pena em 09 (nove) meses, fixando-a, provisoriamente, em 04
(quatro) anos e 09 (nove) meses de reclusão. Não ocorrem causas de diminuição de pena.
Considerando a presença das causas de aumento de pena previstas nos incisos I e II do § 2º do
art. 157, do Código Penal, aumento-a no mínimo de 1/3, fixando-a, em definitivo, em 06
(seis) anos e 04 (quatro) meses de reclusão, a ser cumprida no regime inicial fechado, em
razão da reincidência, na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães - POG. Condeno o
réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento
de 20 (vinte) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, por
inexistirem informações sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser
recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança
através das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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incorrer em bis in idem; consequências do crime: são normais à espécie, nada tendo a se
valorar como fator extrapenal; comportamento da vítima: em nada contribuiu para a prática
do delito. À vista destas circunstâncias, analisadas individualmente, fixo a pena-base em 04
(quatro) anos de reclusão. Considerando a presença da agravante da reincidência (artigo 61,
I, do Código Penal), agravo a pena em 09 (nove) meses, fixando-a, provisoriamente, em 04
(quatro) anos e 09 (nove) meses de reclusão. Não ocorrem causas de diminuição de pena.
Considerando a presença das causas de aumento de pena previstas nos incisos I e II do § 2º do
art. 157, do Código Penal, aumento-a no mínimo de 1/3, fixando-a, em definitivo, em 06
(seis) anos e 04 (quatro) meses de reclusão, a ser cumprida no regime inicial fechado, em
razão da reincidência, na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães - POG. Condeno o
réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento
de 20 (vinte) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, por
inexistirem informações sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser
recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança
através das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança
através das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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sentença, sob pena de cobrança através das normas da legislação relativa à dívida ativa da
Fazenda Pública.
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crime (participação de adolescente), sendo referida causa de aumento de pena utilizada para
aumentar a pena-base, na primeira fase da dosimetria, enquanto a outra (emprego de arma de
fogo), também presente neste caso, na terceira fase da dosimetria da pena, como causa de
aumento de pena. Nesse sentido STJ HC 364.246/DF, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS,
QUINTA TURMA, julgado em 15/12/2016, DJe 01/02/2017. Considerando a agravante da
reincidência (artigo 61, I, do Código Penal), agravo a pena em 07 (sete) meses, fixando-a,
provisoriamente, em 04 (quatro) anos e 01 (um) mês de reclusão. Considerando, ainda, a
presença da agravante prevista no § 3º do artigo 2º da Lei 12.850/2013 (liderança), agravo a
pena em 06 (seis) meses, fixando-a, provisoriamente, em 04 (quatro) anos e 07 (sete) meses
de reclusão. Considerando, por fim, a presença da causa de aumento de pena prevista no § 2º
(emprego de arma de fogo) do artigo 2º da Lei 12.850/2013, aumento a pena no mínimo de
1/6 (um sexto), fixando-a, definitivamente, em 05 (cinco) anos, 04 (quatro) meses e 05
(cinco) dias de reclusão, a ser cumprida no regime inicial fechado, em razão da
reincidência, na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães - POG. Condeno o réu, ainda,
em conformidade com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento de 15
(quinze) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, por
inexistirem informações sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser
recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança
através das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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a instauração de ação penal por crime de receptação, não há informação sobre condenação
com trânsito em julgado (fls. 1.459/1.461); conduta social: favorável, diante da ausência de
elementos para análise; personalidade: poucos elementos foram coletados a respeito da
personalidade do agente, razão pela qual deixo de valorá-la; motivos: próprios da espécie
delitiva; circunstâncias: sem relevância a ser destacada; consequências: não ultrapassaram
as elementares do tipo; comportamento da vítima: é uma circunstância neutra, pois não teve
ela nenhuma influência na decisão do acusado de praticar o crime. À vista destas
circunstâncias, analisadas individualmente, fixo a pena base em 03 (três) anos de reclusão, a
qual torno definitiva, à míngua de causas modificadoras de pena, a ser cumprida no regime
inicial aberto, na Casa do Albergado. Condeno o réu, ainda, em conformidade com os
artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento de 10 (dez) dias-multa, fixados em
1/30 do salário mínimo vigente à época do fato, por inexistirem informações sobre sua
situação financeira, devendo a importância apurada ser recolhida dentro de dez dias depois do
trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança através das normas da legislação
relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança através
das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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não lhe concedo o sursis. Condeno o réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60,
ambos do Código Penal, ao pagamento de 12 (doze) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-
mínimo vigente à época do fato, por inexistirem informações sobre sua situação financeira,
devendo a importância apurada ser recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado
da sentença, sob pena de cobrança através das normas da legislação relativa à dívida ativa da
Fazenda Pública.
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deixo de valorá-la; motivos: não foram declinados pelo acusado; circunstâncias: integrantes
do tipo penal; consequências do crime: desfavoráveis, pois além da paz pública, houve
violação à integridade moral do adolescente Marcos Regino; comportamento da vítima:
prejudicado, considerando tratar-se de crime vago, ou seja, aquele em que o sujeito passivo do
crime é a coletividade, não exercendo, assim, qualquer influência para a sua ocorrência. À
vista destas circunstâncias, analisadas individualmente, fixo a pena base em 03 (três) anos e
06 (seis) meses de reclusão, um pouco acima do mínimo legal, porque foram consideradas
desfavoráveis as consequências do crime (participação de adolescente), sendo referida causa
de aumento de pena utilizada para aumentar a pena-base, na primeira fase da dosimetria,
enquanto a outra (emprego de arma de fogo), também presente neste caso, na terceira fase da
dosimetria da pena, como causa de aumento de pena. Nesse sentido STJ HC 364.246/DF, Rel.
Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 15/12/2016, DJe 01/02/2017.
Considerando a presença da causa de aumento de pena prevista no § 2º (emprego de arma de
fogo) do artigo 2º da Lei 12.850/2013, aumento a pena no mínimo de 1/6 (um sexto), fixando-
a, definitivamente, em 04 (quatro) anos e 01 (um) mês de reclusão, a ser cumprida no
regime inicial semiaberto, na Colônia Agroindustrial, em Aparecida de Goiânia-GO.
Condeno o réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao
pagamento de 12 (doze) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do
fato, por inexistirem informações sobre sua situação financeira, devendo a importância
apurada ser recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena
de cobrança através das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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incorrer em bis in idem; consequências do crime: são normais à espécie, nada tendo a se
valorar como fator extrapenal; comportamento da vítima: em nada contribuiu para a prática
do delito. À vista destas circunstâncias, analisadas individualmente, fixo a pena-base em 04
(quatro) anos e 09 (nove) meses de reclusão. Não ocorrem agravantes e atenuantes, nem
causas de diminuição de pena. Considerando a presença das causas de aumento de pena
previstas nos incisos I e II do § 2º do art. 157, do Código Penal, aumento-a no mínimo de 1/3,
fixando-a, em definitivo, em 06 (seis) anos e 04 (quatro) meses de reclusão, a ser cumprida
no regime inicial semiaberto, na Colônia Agroindustrial, em Aparecida de Goiânia-GO.
Condeno o réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao
pagamento de 20 (vinte) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do
fato, por inexistirem informações sobre sua situação financeira, devendo a importância
apurada ser recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena
de cobrança através das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento
de 12 (doze) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, por
inexistirem informações sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser
recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança
através das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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normal à espécie, nada tendo a valorar; antecedentes: são favoráveis, não existindo registro
anterior de qualquer condenação definitiva por fato delituoso que venha desabonar essa
circunstância (fls. 1.430/1.432); conduta social: favorável, diante da ausência de elementos
para avaliação; personalidade: poucos elementos foram coletados a respeito da personalidade
do agente, razão pela qual deixo de valorá-la; motivos: se constituíram pelo desejo de
obtenção de lucro fácil, próprio da espécie delitiva; circunstâncias: constituem-se em causas
de aumento, razão pela qual deixo de valorá-las neste momento como forma de não incorrer
em bis in idem; consequências do crime: são normais à espécie, nada tendo a se valorar
como fator extrapenal; comportamento da vítima: em nada contribuiu para a prática do
delito. À vista destas circunstâncias, analisadas individualmente, fixo a pena-base em 04
(quatro) anos de reclusão. Não obstante a presença das atenuantes da menoridade relativa e
da confissão espontânea (artigo 65, incisos I e III, d, do Código Penal), deixo de atenuar a
pena, posto ser vedado reduzi-la, nesta fase, abaixo do mínimo legal (Súmula 231 do STJ).
Não ocorrem agravantes, nem causas de diminuição de pena. Levando-se em conta a presença
das causas de aumento de pena previstas nos incisos I e II do § 2º do art. 157, do Código
Penal, aumento-a no mínimo de 1/3, fixando-a, definitivamente, para este crime, em 05
(cinco) anos e 04 (quatro) meses de reclusão, a ser cumprida, nos termos do artigo 33, § 2º,
“b”, do Código Penal, no regime inicial semiaberto, na Colônia Agroindustrial em
Aparecida de Goiânia-GO. Condeno o réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60,
ambos do Código Penal, ao pagamento de 15 (quinze) dias-multa, fixados em 1/30 do
salário-mínimo vigente à época do fato, por inexistirem informações sobre sua situação
financeira, devendo a importância apurada ser recolhida dentro de dez dias depois do trânsito
em julgado da sentença, sob pena de cobrança através das normas da legislação relativa à
dívida ativa da Fazenda Pública.
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crime: são normais à espécie, nada tendo a se valorar como fator extrapenal; comportamento
da vítima: em nada contribuiu para a prática do delito. À vista destas circunstâncias,
analisadas individualmente, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos de reclusão.
Considerando a presença da agravante da reincidência (artigo 61, I, do Código Penal), agravo
a pena em 09 (nove) meses, fixando-a, provisoriamente, em 04 (quatro) anos e 09 (nove)
meses de reclusão. Não ocorrem causas de diminuição de pena. Considerando a presença das
causas de aumento de pena previstas nos incisos I e II do § 2º do art. 157, do Código Penal,
aumento-a no mínimo de 1/3, fixando-a, em definitivo, em 06 (seis) anos e 04 (quatro)
meses de reclusão, a ser cumprida no regime inicial fechado, em razão da reincidência, na
Penitenciária Coronel Odenir Guimarães - POG. Condeno o réu, ainda, em conformidade
com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento de 20 (vinte) dias-multa,
fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, por inexistirem informações
sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser recolhida dentro de dez dias
depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança através das normas da
legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança através das normas da
legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança através das normas da
legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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Embora desfavoráveis, deixo de considerá-los nesta fase, levando-se em conta que a situação
caracteriza a reincidência e, assim, deverá ser valorada na segunda fase da aplicação da pena;
conduta social: favorável, diante da ausência de elementos para avaliação; personalidade:
poucos elementos foram coletados a respeito da personalidade do agente, razão pela qual
deixo de valorá-la; motivos: se constituiu pelo desejo de obtenção de lucro fácil, próprio da
espécie delitiva; circunstâncias: constituem-se em causas de aumento, razão pela qual deixo
de valorá-las neste momento como forma de não incorrer em bis in idem; consequências do
crime: são normais à espécie, nada tendo a se valorar como fator extrapenal; comportamento
da vítima: em nada contribuiu para a prática do delito. À vista destas circunstâncias,
analisadas individualmente, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos de reclusão.
Considerando a presença da agravante da reincidência (artigo 61, I, do Código Penal), agravo
a pena em 09 (nove) meses, fixando-a, provisoriamente, em 04 (quatro) anos e 09 (nove)
meses de reclusão. Não ocorrem causas de diminuição de pena. Considerando a presença das
causas de aumento de pena previstas nos incisos I e II do § 2º do art. 157, do Código Penal,
aumento-a no mínimo de 1/3, fixando-a, em definitivo, em 06 (seis) anos e 04 (quatro)
meses de reclusão, a ser cumprida no regime inicial fechado, em razão da reincidência, na
Penitenciária Coronel Odenir Guimarães - POG. Condeno o réu, ainda, em conformidade
com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento de 20 (vinte) dias-multa,
fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, por inexistirem informações
sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser recolhida dentro de dez dias
depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança através das normas da
legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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valorá-las neste momento como forma de não incorrer em bis in idem; consequências do
crime: são normais à espécie, nada tendo a se valorar como fator extrapenal; comportamento
da vítima: em nada contribuiu para a prática do delito. À vista destas circunstâncias,
analisadas individualmente, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos de reclusão.
Considerando a presença da agravante da reincidência (artigo 61, I, do Código Penal), agravo
a pena em 09 (nove) meses, fixando-a, provisoriamente, em 04 (quatro) anos e 09 (nove)
meses de reclusão. Não ocorrem causas de diminuição de pena. Considerando a presença das
causas de aumento de pena previstas nos incisos I e II do § 2º do art. 157, do Código Penal,
aumento-a no mínimo de 1/3, fixando-a, em definitivo, em 06 (seis) anos e 04 (quatro)
meses de reclusão, a ser cumprida no regime inicial fechado, em razão da reincidência, na
Penitenciária Coronel Odenir Guimarães - POG. Condeno o réu, ainda, em conformidade
com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento de 20 (vinte) dias-multa,
fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, por inexistirem informações
sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser recolhida dentro de dez dias
depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança através das normas da
legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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valorá-las neste momento como forma de não incorrer em bis in idem; consequências do
crime: são normais à espécie, nada tendo a se valorar como fator extrapenal; comportamento
da vítima: em nada contribuiu para a prática do delito. À vista destas circunstâncias,
analisadas individualmente, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos de reclusão.
Considerando a presença da agravante da reincidência (artigo 61, I, do Código Penal), agravo
a pena em 09 (nove) meses, fixando-a, provisoriamente, em 04 (quatro) anos e 09 (nove)
meses de reclusão. Não ocorrem causas de diminuição de pena. Considerando a presença das
causas de aumento de pena previstas nos incisos I e II do § 2º do art. 157, do Código Penal,
aumento-a no mínimo de 1/3, fixando-a, em definitivo, em 06 (seis) anos e 04 (quatro)
meses de reclusão, a ser cumprida no regime inicial fechado, em razão da reincidência, na
Penitenciária Coronel Odenir Guimarães - POG. Condeno o réu, ainda, em conformidade
com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento de 20 (vinte) dias-multa,
fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, por inexistirem informações
sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser recolhida dentro de dez dias
depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança através das normas da
legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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inexistirem informações sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser
recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança
através das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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também não lhe concedo o sursis. A pena de multa, operada a soma, resulta em 42 (quarenta
e dois) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época dos fatos, a ser
recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de execução.
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cumprida, nos termos do artigo 33, § 2º, “b”, do Código Penal, no regime inicial semiaberto,
na Colônia Agroindustrial em Aparecida de Goiânia-GO. Condeno o réu, ainda, em
conformidade com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento de 15 (quinze)
dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, por inexistirem
informações sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser recolhida
dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança através
das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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informações sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser recolhida
dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança através
das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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arma de fogo) do artigo 2º da Lei 12.850/2013, aumento a pena no mínimo de 1/6 (um sexto),
fixando-a, definitivamente, em 04 (quatro) anos e 01 (um) mês de reclusão, a ser cumprida
no regime inicial semiaberto, na Colônia Agroindustrial, em Aparecida de Goiânia-GO.
Condeno o réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao
pagamento de 12 (doze) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do
fato, por inexistirem informações sobre sua situação financeira, devendo a importância
apurada ser recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena
de cobrança através das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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nesta fase, abaixo do mínimo legal (Súmula 231 do STJ). Não ocorrem agravantes, nem
causas de diminuição de pena. Levando-se em conta a presença das causas de aumento de
pena previstas nos incisos I e II do § 2º do art. 157, do Código Penal, aumento-a no mínimo
de 1/3, fixando-a, definitivamente, para este crime, em 05 (cinco) anos e 04 (quatro) meses
de reclusão, a ser cumprida, nos termos do artigo 33, § 2º, “b”, do Código Penal, no regime
inicial semiaberto, na Colônia Agroindustrial em Aparecida de Goiânia-GO. Condeno o
réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento
de 15 (quinze) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, por
inexistirem informações sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser
recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança
através das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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(THIERRY):
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(artigo 65, inciso, do Código Penal), deixo de atenuar a pena, posto ser vedado reduzi-la,
nesta fase, abaixo do mínimo legal (Súmula 231 do STJ). Não ocorrem agravantes, nem
causas de diminuição de pena. Levando-se em conta a presença das causas de aumento de
pena previstas nos incisos I e II do § 2º do art. 157, do Código Penal, aumento-a no mínimo
de 1/3, fixando-a, definitivamente, para este crime, em 05 (cinco) anos e 04 (quatro) meses
de reclusão, a ser cumprida, nos termos do artigo 33, § 2º, “b”, do Código Penal, no regime
inicial semiaberto, na Colônia Agroindustrial em Aparecida de Goiânia-GO. Condeno o
réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento
de 15 (quinze) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, por
inexistirem informações sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser
recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança
através das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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(artigo 71, parágrafo único, do Código Penal), aplico somente uma das penas privativas de
liberdade, que no caso foram fixadas em patamares idênticos, aumentando-a em 1/3,
considerando o elevado número de infrações (cinco), totalizando para THIERRY
GLEYFFER GONÇALVES BORGES a pena de 07 (sete) anos, 01 (um) mês e 10 (dez)
dias de reclusão, a ser cumprida no regime inicial semiaberto, na Colônia Agroindustrial
em Aparecida de Goiânia-GO. Sendo a pena de multa cumulativa, o acusado deverá pagar
75 (setenta e cinco) dias-multa, esta fixada em 1/30 do salário-mínimo vigente à época dos
fatos, a ser recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena
de execução. Importante registrar que os delitos praticados em concurso formal (2.12 e 2.14)
também tiveram reconhecida a continuidade delitiva, para se evitar o acúmulo de acréscimos,
conforme justificativa feita durante a análise dos crimes. Também merece destaque a
conclusão de que o reconhecimento da continuidade delitiva se deu, principalmente, pela
coincidência e proximidade de datas em que os crimes foram praticados: três no mesmo dia
(02/11/2016) e os demais seis dias antes (27/10/2016), circunstância que, somada às demais
condições, ou seja, de lugar e maneira de execução, tornam evidente a ocorrência da
continuidade.
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mínimo vigente à época do fato, por inexistirem informações sobre sua situação financeira,
devendo a importância apurada ser recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado
da sentença, sob pena de cobrança através das normas da legislação relativa à dívida ativa da
Fazenda Pública.
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situação financeira, devendo a importância apurada ser recolhida dentro de dez dias depois do
trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança através das normas da legislação
relativa à dívida ativa da Fazenda Pública.
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Fazenda Pública.
02) Crime nº 2.17- Roubo Majorado (art. 157, § 2º, I e
II, do Código Penal) do veículo Ford/Ranger, placas PQQ-8012, ocorrido no dia 06 de janeiro
de 2017, contra a vítima José de Oliveira (EVANDSON):
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(artigo 65, inciso I, do Código Penal), deixo de atenuar a pena, posto ser vedado reduzi-la,
nesta fase, abaixo do mínimo legal (Súmula 231 do STJ). Levando-se em conta a presença das
causas de aumento de pena previstas nos incisos I e II do § 2º do art. 157, do Código Penal,
aumento-a no mínimo de 1/3, fixando-a, definitivamente, para este crime, em 05 (cinco)
anos e 04 (quatro) meses de reclusão, a ser cumprida, nos termos do artigo 33, § 2º, “b”, do
Código Penal, no regime inicial semiaberto, na Colônia Agroindustrial em Aparecida de
Goiânia-GO. Condeno o réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60, ambos do
Código Penal, ao pagamento de 15 (quinze) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo
vigente à época do fato, por inexistirem informações sobre sua situação financeira, devendo a
importância apurada ser recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da
sentença, sob pena de cobrança através das normas da legislação relativa à dívida ativa da
Fazenda Pública.
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Formal (art. 157, § 2º, I e II, c/c art. 70, ambos do Código Penal), do celular Samsung S6,
ocorrido em 17 de março de 2017, de propriedade da vítima Rafael de Paula Castro Arantes
(GENIVAL):
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deixo de valorá-la; motivos: se constituiu pelo desejo de obtenção de lucro fácil, próprio da
espécie delitiva; circunstâncias: constituem-se em causas de aumento, razão pela qual deixo
de valorá-las neste momento como forma de não incorrer em bis in idem; consequências do
crime: são normais à espécie, nada tendo a se valorar como fator extrapenal; comportamento
da vítima: em nada contribuiu para a prática do delito. À vista destas circunstâncias,
analisadas individualmente, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos de reclusão.
Considerando a presença da agravante da reincidência (artigo 61, I, do Código Penal), agravo
a pena em 09 (nove) meses, fixando-a, provisoriamente, em 04 (quatro) anos e 09 (nove)
meses de reclusão. Não ocorrem causas de diminuição de pena. Considerando a presença das
causas de aumento de pena previstas nos incisos I e II do § 2º do art. 157, do Código Penal,
aumento-a no mínimo de 1/3, fixando-a, em provisoriamente, em 06 (seis) anos e 04 (quatro)
meses de reclusão. Finalmente, considerando a causa de diminuição de pena referente à
tentativa, inserta no art. 14, II do CP, e levando em conta, no caso, o iter criminis, com
abordagem à vítima e troca de tiros, reduzo em 1/3 a pena privativa de liberdade, fixando-a,
em definitivo, em 04 (quatro) anos, 02 (dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão, a ser
cumprida no regime inicial fechado, em razão da reincidência, na Penitenciária Coronel
Odenir Guimarães - POG. Condeno o réu, ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60,
ambos do Código Penal, ao pagamento de 13 (treze) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-
mínimo vigente à época do fato, por inexistirem informações sobre sua situação financeira,
devendo a importância apurada ser recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado
da sentença, sob pena de cobrança através das normas da legislação relativa à dívida ativa da
Fazenda Pública.
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artigo 44, do Código Penal, considerando que a soma das penas tornou inadequado o
benefício. Pelo mesmo motivo não lhe concedo o sursis. A pena de multa, operada a soma,
resulta em 22 (vinte e dois) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época
dos fatos, a ser recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob
pena de execução.
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artigo 44, do Código Penal, tendo em vista que a pena não é adequada ao benefício. Pelo
mesmo motivo não lhe concedo o sursis. Condeno o réu, ainda, em conformidade com os
artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento de 12 (doze) dias-multa, fixados em
1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, por inexistirem informações sobre sua
situação financeira, devendo a importância apurada ser recolhida dentro de dez dias depois do
trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança através das normas da legislação
relativa à dívida ativa da Fazenda Pública;
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privativa de liberdade, nos termos do artigo 44, do Código Penal, tendo em vista que a pena
não é adequada ao benefício. Pelo mesmo motivo não lhe concedo o sursis. Condeno o réu,
ainda, em conformidade com os artigos 49 e 60, ambos do Código Penal, ao pagamento de 12
(doze) dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, por
inexistirem informações sobre sua situação financeira, devendo a importância apurada ser
recolhida dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de cobrança
através das normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública;
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(dezenove) anos, 06 (seis) meses e 15 (quinze) dias de reclusão, a ser cumprida no regime
inicial fechado, na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães - POG. Deixo de fazer a
substituição da pena privativa de liberdade, nos termos do artigo 44, do Código Penal, por ser
o acusado reincidente em crime doloso, por ser a pena inadequada ao benefício e, finalmente,
por se tratar de crimes praticados com grave ameaça. Pelos mesmos motivos não lhe concedo
o sursis. A pena de multa, operada a soma, resulta em 113 (cento e treze) dias-multa, fixados
em 1/30 do salário-mínimo vigente à época dos fatos, a ser recolhida dentro de dez dias
depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de execução;
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com o artigo 69, ambos do Código Penal, à pena privativa de liberdade de 14 (quatorze) anos
e 02 (dois) meses de reclusão, a ser cumprida no regime inicial fechado, na Penitenciária
Coronel Odenir Guimarães - POG. Deixo de fazer a substituição da pena privativa de
liberdade, nos termos do artigo 44, do Código Penal, por se tratar de crimes cometidos com
grave ameaça e, além do mais, a pena não é adequada ao benefício. Pelos mesmos motivos
não lhe concedo o sursis. A pena de multa, operada a soma, resulta em 42 (quarenta e dois)
dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época dos fatos, a ser recolhida
dentro de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de execução;
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c/c o artigo 71 (por duas vezes – Crimes 2.27 e 2.28), e art. 157, § 2º, I e II, c/c o artigo 70
(por duas vezes – Crime 2.30), todos combinados com o artigo 69, todos do Código Penal, à
pena privativa de liberdade de 31 (trinta e um) anos, 11 (onze) meses e 10 (dez) dias de
reclusão, a ser cumprida no regime inicial fechado, na Penitenciária Coronel Odenir
Guimarães - POG. Deixo de fazer a substituição da pena privativa de liberdade, nos termos
do artigo 44, do Código Penal, em razão da pena não ser adequada ao benefício e, também,
por se tratar de crimes cometidos com grave ameaça. Por tais motivos, também não lhe
concedo o sursis. A pena de multa, operada a soma, resulta em 117 (cento e dezessete) dias-
multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo vigente à época dos fatos, a ser recolhida dentro
de dez dias depois do trânsito em julgado da sentença, sob pena de execução; e
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