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TRABALHO DA DISCIPLINA:

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE CENTROS EDUCACIONAIS

INDICAÇÕES GERAIS:

O trabalho deve cumprir os seguintes requisitos formais:

- Extensão: 10 páginas (Considera-se apenas o conteúdo das atividades, sem


contar as instruções do exercício, a bibliografia, nem os anexos – caso haja).
- Tipo de letra: Arial.
- Tamanho: 11 pontos.
- Espaços entre linha: 1,5.
- Alinhamento: Justificado.

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Trabalho:

O trabalho deverá ser realizado em grupos e os estudantes integrantes devem ser da


mesma nacionalidade. Cada um dos grupos deverá escolher uma das seguintes
opções apresentadas a seguir:

1. Descrever e analisar a tipologia escolar e a gestão de centros educativos em seu


país de origem. Comparar e comentar, de forma crítica, a informação encontrada com
as que estão no Capítulo 3 da disciplina. Incluir um anexo com a legislação referente
utilizada em seu país de origem e também a documentação consultada para a
realização da atividade.

2. Dividir em etapas (ou épocas) a trajetória histórica do modelo de Direção Escolar


em seu país de origem (esta apresentação deverá ser feita no estilo da que foi
realizada no Capítulo 4, no que se refere ao Sistema Educativo Espanhol). Descreva e
analise cada uma das etapas, especificando a legislação que as regulou e os
documentos que foram consultados em sua pesquisa. A seguir, explique o modelo
atual de Direção Escolar em seu país de origem e compare-o com os modelos
europeus e norte-americanos. Por fim, devem-se comentar criticamente as diferenças
e semelhanças encontradas nestes casos, analisando as possíveis relações existentes
com o modelo de seu país de origem.

3. Descrever e analisar a formação de professores em seu país de origem. Comparar


e comentar criticamente com os conteúdos trabalhado no Capítulo 5 da disciplina que
tratam do tema na Espanha e outros países. Incluir um anexo com a legislação
referente em seu país de origem e também a documentação consultada no
desenvolvimento da atividade.

4. Descrever e analisar o processo de admissão de alunos nos diferentes tipos de


Centros Educativos (privado, público, subvencionado…) de seu país de origem.
Especificar e comentar os critérios de admissão adotados para cada caso. Comparar
os casos estudados com o caso da Comunidade Autônoma da Andaluzia, na Espanha,
observando suas diferenças e semelhanças. Analisar criticamente ambos os sistemas.
Anexar a legislação que é utilizada em seu país de origem para validar cada tipo de
Centro Educativo. Inclua também a documentação consultada na pesquisa.

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Cada grupo de uma mesma nacionalidade deve escolher uma opção diferente
para que, ao finalizar o trabalho, possam compartilhar a informação.

Para a avaliação deste trabalho, serão levados em conta os seguintes


elementos:

- Apresentação.
- Sistematização.
- Documentação (pertinência, coerência com o tema, atualização, apoio
documental congruente) e pesquisa sobre a atividade realizada.
- Desenvolvimento metodológico (coerente com o enfoque descrito na
atividade).
- Análise crítica (raciocínio expositivo, clareza conceitual, argumentação
pessoal).
Muito importante: na página seguinte, informe seus dados pessoais (o trabalho
que não apresentar essas informações de identificação não será corrigido).

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Nomes e sobrenomes

- Dinalva José – BRFPMME3869261/ Natural de Cristalina – GO/ Nacionalidade:


Brasileira

- Cristiane Pereira - BRFPMME2987606 / Natural do Rio de Janeiro / Nacionalidade:


Brasileira

- Maradona Gonçalves – AOFPMME3888635 / Natural de Luanda / Nacionalidada:


Angolana

- Maria do Carmo Vidal - BRFME3770137 / Natural de Magé –Rj / Nacionalidade:


Brasileira

Vanessa Lúcia de Souza - BRFPMME3782356 / Natural de Recife-PE / Nacionalidade:


Brasileira

Grupo: 2020-06

Data: 29/06/2021

FORMAÇÃO DE PROFESSORES: POLÍTICAS, PROGRAMAS CURRICULARES E


TRABALHO DOCENTE

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SUMÁRIO
Apresentação……………………….…………………………………………………...……..6

Formação de Professores no Brasil ..........................................................................6 e


7

Diretrizes Curriculares Nacionais ..............................................................................7 a


9

Formação de Professores em Angola ......................................................................9 a


11

Formação de Professores na Espanha ..................................................................11 a


13

Desenvolvimento Metodológico ............................................................................13 e 14

Análise crítica ……………………………………………………………………………14 e


15

Bibliografia ………………………………………………….…………………………………16

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APRESENTAÇÃO

O nosso trabalho refletiu-se na 3ª opção, das quatro sugeridas pela tutora nas
indicações gerais, comungando com o tema por nós formulado, isto é: “Formação de
professores: políticas, programas curriculares e trabalho docente.” O mesmo acarreta
um índice geral, no qual, estão espelhados os temas abordados como: Apresentação;
Sistematização, nesse ponto, nós apresentamos, descrevemos, analisamos e
comparamos a formação de professores de nossos países e de outros (com destaque
a Espanha). Ademais, analisamos também as políticas e o trabalho docente. No
terceiro ponto, Documentação e pesquisa sobre a atividade realizada, nós
apresentamos os documentos que serviram de premissas à nossa investigação, de
forma a demonstrar uma coerência com o tema e, por conseguinte, com o trabalho no
geral. Assim, seguiu-se então o quarto ponto, o Desenvolvimento metodológico, onde,
de forma coerente e com o enfoque descrito na atividade, nós integramos essa
temática com o devido cuidado de não fugir do tema. No quinto ponto, Análise crítica,
nós, os integrantes do grupo, apresentamos, de uma forma integradora, a análise dos
diferentes sistemas de educação, isto é, países como Brasil, Angola e Espanha,
fazendo então, um total de tres continentes representados, nomeadamente: África,
América e Europa. Com isso, nós apresentams as devidas críticas, de modo a
responder os pontos espelhados pelas análises. Por fim, no sexto ponto, referente às
referencias bibliográficas, o grupo apresentou os autores e as respectivas obras
consultadas, para que, de algum modo, nós pudessemos apresentar a veracidade do
trabalho realizado.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO BRASIL

O Sistema Educacional do Brasil, tem como base formal a lei de nº 9394/96 (LDBN) a
qual fornece as diretrizes legais para o funcionamento dos Centros Escolares tanto os

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dos poderes públicos como os privados. Esse sistema educativo é dividido em níveis e
modalidades de ensino, os sistemas de ensino do país e suas referidas redes
educacionais tem autonomia para legislar e adaptar os sistemas as suas realidades.

A referida lei trás uma visão geral de todos os níveis oficiais da educação brasileira,
desde a educação infantil a formação universitária. Neste momento daremos ênfase
nos artigos que fazem referências ao Curso de Formação de Professores na
modalidade normal (Art. 61 e 62) do ensino médio que é a etapa final da educação
básica com duração mínima de três anos é regulamentada no artigo 35 desta lei.

Levemos em conta que tal documento é uma organização da parte comum à todo
país, a parte específica fica a cargo dos estados e município organizar através de suas
lei orgânica. O artigo 19 da lei supra citada estabelece que as instituições de ensino
dos diferentes níveis classificam-se em: Públicas que são criadas ou incorporadas,
mantidas e administradas pelo poder público e as Privadas, criadas, mantidas e
administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN nº 9394/96), nos fornece as


seguintes informações sobre a Formação de Professores à nível Médio no
Brasil.

 Carga horária de no mínimo 800 horas

 Habilitação em nível médio (Docência na Educação Infantil e no Ensino


Fundamental do 1º ao 5º ano de escolaridade) na modalidade normal
(art.61,62, LDB 9394/96)

 Plano de carreira no Magistério público (art. 67, LDB 9394/96)

 Concurso público para entrar no Magistério público (Constituição de 1988)

LDBN (9394/96) Título IV

Art. 61 – Fundamentos da Formação de Professores

I – A associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço;

II – Aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e


outras atividades;

Art. 62 – Para atuar na Educação Infantil e nas primeiras séries do Ensino


Fundamental à formação oferecida à nível médio, na modalidade normal.

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Informação essa que está em consonância com as relatadas em nossa apostila de
estudo da disciplina Organização e Gestão de Centros Educacionais.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A FORMAÇÃO DE


PROFESSORES NA MODALIDADE NORMAL EM NÍVEL MÉDIO.
O curso Normal, em função de sua natureza profissional, requer um ambiente
institucional próprio com organização adequada à identidade de sua proposta
pedagógica. À luz da legislação educacional, deverá prover a formação de
professores, em nível médio, para atuar como docentes na educação infantil e nos
anos iniciais do ensino fundamental. Na LDBEN as incumbências dos professores
estão claramente definidas no art. 13.e, nesse dispositivo, a atividade docente é
essencialmente coletiva e contextualizada numa gestão pedagógica cuja pretensão
maior é provocar, apoiar e avaliar o processo de aprendizagem dos alunos.
Na organização das propostas pedagógicas, as escolas deverão assumi-los como
ponto de partida e foco de iluminação para todo o percurso da formação dos
professores.
I – Na efetivação desses princípios, as práticas educativas desenvolvidas no curso
Normal são constitutivas de sentimentos e consciências.
II – No exercício da autonomia, as escolas normais de nível médio deverão elaborar
propostas pedagógicas mobilizadoras de mentes e afetos, propiciando, na perspectiva
da cidadania plena, a conexão entre conhecimentos, valores norteadores da educação
escolares experiências que provêm das realidades específicas de alunos e
professores.
III – A clareza a respeito das competências e capacidades cognitivas sociais e afetivas
pretendidas como objetivos do curso normal de nível médio, é decisiva para o diálogo
entre os ingressantes da comunidade escolar, o conjunto da sociedade e entre as
áreas curriculares na relação com os múltiplos aspectos da vida cidadã, com vista ao
desenvolvimento da proposta pedagógica.
IV – Na estruturação das propostas pedagógicas, a ênfase dada ao diálogo em todas
as suas formas deverá preparar os professores para lidar com paradigma curricular
que articule conhecimentos e valores em áreas ou núcleos curriculares que interagem
no processo de constituição de conhecimento, valores e competências necessárias ao
exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
V- A formação básica, geral e comum, considerada direito inalienável e condição
necessária ao exercício da cidadania plena, deverão assegurar, no curso Normal, os
conhecimentos e competências previstos para a terceira etapa da educação básica,

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nos termos do que estabelece a Lei 9394/96, nos arts. 35 e 36, explicitados,
posteriormente, no Parecer nº 15/98 da CEB-CNE.
VI – A reflexão sistemática sobre o saber do fazer de cada professor e da escola como
um todo é impulsionadora do processo de produção do conhecimento que se instaura
como uma atividade crítica desde as origens da formação do professor.
VII – As escolas, com seus desafios e soluções, ao se tornarem campo de estudo e
investigação dos alunos do curso Normal, devem enriquecer a sistematização da
reflexão sobre a prática, submetendo-se a um processo de avaliação permanente que
identifique a adequação entre as pretensões do curso e a qualidade das decisões que
são tomadas pela instituição.
VIII – A gestão pedagógica, no âmbito da educação escolar contextualizada, deverá,
em diálogo com as demais áreas ou núcleos curriculares da proposta pedagógica
desenvolver práticas educativas que integram os múltiplos aspectos constitutivos da
identidade dos alunos (futuros professores), que se deseja sejam afirmativas,
responsáveis e capazes de protagonizar ações autônomas e solidárias no universo
das suas relações.
IX – A prática, circunscrita, ao processo de investigação e participação dos alunos no
conjunto das atividades que se desenvolvem na escola campo de estudo, é instituída
no início da formação, prolongando-se ao longo do curso e com duração mínima de
800 horas.
X - O curso, considerada a flexibilidade da LDBEN, tem a critério da proposta
pedagógica da escola amplas e diversas possibilidades de organização.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM ANGOLA

O sistema vigente de ensino em Angola é resultado da revolução imposta parte dos


professores. O modelo tradicional de ensino existente na altura, sendo uma prática de
carácter monótono, não ajudava a desenvolver o processo nem a captação de
conhecimentos por parte dos alunos, ou seja, os objetivos dificilmente eram
alcançados. Sendo que, o Governo da República de Angola, dentro das suas
competências, instituiu a reforma educativa com a publicação da lei n9 13/01, de 13 de
dezembro - lei de Bases do Sistema de Educação (LB.SE).

A revolução espelhada no parágrafo acima mexeu com toda a estrutura do sistema de


educação em Angola e, por conseguinte, a formação de professores. Segundo a
Revista Cientifica Ecos:

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A formação de professores de nível médio em
Angola, com destaque às Escolas de Formação
de Professor (EFP), tem praticamente seu ponto
de partida em 1978 com o surgimento dos ex-
Institutos Médios de Educação (IMNE), com
docentes nacionais e estrangeiros. Na época,
além das EFP que formam professores em quatro
anos para o ensino básico, num passado não
muito longínquo, a formação de professores no
país passa a assinalar formações intermediárias,
isto é, Formação de Superação de Professores
(FSP) e Cursos de Formação Acelerada (CFA).

(Totella, 2014, p. 127)

Hoje, Angola apresenta um grande número de professores especialistas a nível médio,


mas, alguns destes mudam a sua linha de formação quando ascendem o superior, não
é comum aparecerem professores com uma certa carreira académica. Uns trocam de
cursos por ser muito difícil ingressar nas Escolas Superiores de Ciências de
Educação, outros por não se reverem com a forma de como os professores são
tratados em Angola, pois, há, de certa forma, uma grande desvalorização por parte de
quem gere o órgão, por parte do governo e do público em geral.

Angola

A lei que altera a lei nº 16/17, de 7 de Outubro – Lei de bases do Sistema de


Educação e Ensino da República de Angola, conforme espelha o documento, os
centros públicos e privados funcionam de forma homogénea. Só para citar alguns
artigos:

1. Princípios Gerais do Sistema de Educação e Ensino: O Sistema de


Educação e Ensino rege-se pelos princípios da legalidade, da integralidade, da
laicidade, da universidade, da democraticidade, da gratuidade, da
obrigatoriedade, da intervenção do Estado, da qualidade de serviços, da
educação e promoção dos valores morais, cívicos e patrióticos e da língua de
ensino. (Art. 5º)
2. Articulação entre os Subsistemas de Ensino e o Sistema Nacional de
Formação Profissional: A articulação entre os níveis de conhecimentos,
habilidades, atitudes, valores e éticos garantidos pelos diferentes Subsistemas
de Ensino e o Sistema Nacional de Formação Profissional é assegurada pelo

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Sistema Nacional de Qualificações, sendo objeto de regulamentação em
diploma próprio […]. (Art. 19º)
3. Idades mínimas de referência no Sistema de Educação e Ensino: […]
respeitados os limites estabelecidos nos artigos 23º e 27º. Os casos
excepcionais de adiamento escolar por alunos ou estudantes sobredotados,
talentosos e autistas são regulados em diploma próprio pelos Titulares dos
Setores da Educação e Ensino Superior. (Art. 20º)
4. Ensino Primário:o Ensino Primário tem a duração de 6 anos e a ele tem
acesso as crianças que completem, pelo menos, 6 anos de idade no ano de
matrícula. (Art. 27ª)
O Ensino Primário é feito nas seguintes condições:
Da 1ª à 4ª classe, em regime de monodocência;
Da 5ª à 6ª classe, nos termos a regulamentar em diploma próprio.
5. Objetivos específicos do Subsistema de Formação de Professores:
a) […];
b) Formar professores e demais agentes de educação com sólidos
conhecimentos, científicos, pedagógicos, metodológicos, linguísticos,
culturais, técnicos e humanos; […]. (Art. 44º)
6. Organização do Ensino Superior Pedagógico:
a) […].
b) O Ensino Superior Pedagógico pode ser de graduação, outorgando o grau
de licenciado.
c) O Ensino Superior Pedagógico pode ser de pós-graduação, outorgando os
graus de Mestres e Doutores.
d) c) O Ensino Superior Pedagógico pode ser de pós-graduação, não
conferente de grau académico, sob a forma de agregação pedagógica,
outorgando o diploma de especialização. (Art. 50º)
[…].
Com relação aos centros privados, a única coisa que muda é a Gratuidade, ou seja, o
sistema funciona de igual modo, tanto para os centros públicos como os privados.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM ESPANHA

A formação de professores envolve não apenas questões educacionais, mas políticas,


econômicas e sociais. No atual contexto global, os estudos comparados sobre esse
tema vêm sendo foco de intensa discussão.

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No ano de 1986, a Espanha entrou no conjunto de países da União Européia,
anteriormente já vinha passando por processo de democratização política o que
impulsionou gradativas reformas educativas que originaram importantes conquistas
nos padrões de qualidade em Educação.

A Espanha vem servindo de modelo educacional nas últimas décadas para diversos
países da América Latina, inclusive o Brasil, por apresentar desenvolvimento de
políticas educacionais e reformas educativas.

Na Espanha, a formação docente envolve dois diferentes processos, e ambos estão


centrados na Universidade: O primeiro diz respeito à formação para os Anos Iniciais
do Ensino Fundamental, incluindo também a Educação Infantil. Neste processo, os
professores são formados nas Escolas Universitárias de Magistério que estão
vinculadas às universidades, que habilita os professores para atuar nos anos iniciais.
O curso de Magistério têm duração de tres anos, oferecido em período integral, com
avaliações periódicas constantes.

O corpo docente dessas faculdades é, em sua maioria, composto por professores


doutores em Educação e Didáticas Específicas, o que indica uma formação tanto no
âmbito dos fundamentos da Educação quanto nas metodologias específicas.
Terminado o curso de Magistério (que possui habilitação em Educação Infantil,
Educação Primária, Educação Musical, Educação Física, Educação Social, além de
outras) o professor recém formado pode optar por se apresentar aos concursos
públicos para ingresso na carreira de professor primário do setor público.

Destaca-se que na Espanha, a profissão de professor primário é ainda bastante


valorizada socialmente, se comparada ao Brasil. Os salários são considerados
razoáveis. Há grande concorrência entre os professores qualificados pelas vagas
disponibilizadas nos concursos de ingresso à carreira do magistério público.

Por isso, a carreira de professor primário atrai candidatos qualificados que são
motivados pelos salários e pelas condições de trabalho, que devem e podem tornar-se
cada vez melhor, como afirmam os espanhóis.

A formação pedagógica não acontece, durante o curso de graduação, chamado de


licenciatura. A formação para a docência é desenvolvida posteriormente, ao término
da graduação. Ela é oferecida pelos Institutos de Ciências da Educação ou pelas
Faculdades de Educação das universidades. Os graduados podem cursar, durante um
ano, o chamado Curso de Aptidão Pedagógico - CAP, que foi alterado pela nova
legislação, passar a ser composto da realização de um “mestrado- máster”. Esses dois

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cursos instrumentalizam e habilitam o futuro docente para atuar no ensino e, também,
certificam para prestar os concursos públicos de ingresso na carreira docente.

A nova legislação LOE – Ley Orgánica de Educación de 2006 também passa a exigir o
domínio de uma língua estrangeira para ingressar na carreia do magistério público.
Notamos que a formação docente do professor especialista é fortemente marcada por
conhecimentos das ciências de referência.

No advento do século XXI, a escola é confrontada com a necessidade de responder à


democratização do sistema de ensino, com a mobilização de públicos escolares
oriundos, em número crescente, das classes populares. Como coloca Mizukami et. al.
(2002), os desafios de uma escola de massas obrigam a sociedade a superar a
concepção de que o saber escolar é um conjunto de conhecimentos eruditos. Aderindo
a uma perspectiva mais complexa, ou seja, de que a formação do cidadão se
materializa nas instâncias democrática, social, solidária, igualitária, intercultural e
sócio-ambiental.

Essa perspectiva amplia a concepção de saber escolar e coloca-o em diálogo


constante com o saber dos alunos (que é cotidiano e provém do senso comum) e com
a própria realidade objetiva em que as práticas sociais se desenvolvem. Nesse
sentido, para construir uma escola mais democrática, exige-se, do futuro professor,
trabalhar com o conhecimento em construção. E exige, ainda, que ele lute pela
qualidade em Educação e entenda todo processo de ensino, como um compromisso
político, carregado de valores éticos e morais, atento ao desenvolvimento da pessoa e
dos diversos grupos sociais. Para isso, o professor deve possuir um bom domínio dos
conhecimentos científicos específicos de sua área disciplinar. Sua formação inicial
deve colocar os futuros docentes em contato com situações concretas e
problematizadoras da realidade escolar. O que permite a construção de uma atitude
reflexiva sobre os contextos dos alunos, dos professores, de suas rotinas diárias, de
sua linguagem, etc.

DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO

Os fatores que envolvem diretamente os elementos da organização e que compõem


os centros educacionais têm uma importante relevância na gestão educativa e a
legislação que a regulamenta. É baseado nesses componentes que se faz necessário
ter uma equipe de suporte escolar com melhores formações e preparo na sua área
profissional educacional.

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É normal seguir uma linha de padrão no que se refere à formação do discente
na educação escolar, desde ao magistério ao ensino específico na área escolhida. Na
formação dos professores em questão, poderemos observar que cada país tem suas
exigências mínimas para que o profissional se habilite a lecionar. São requisitos
mínimos que cada país estabelece de acordo com a sua realidade estabelecida.

Analisar os Parâmetros e Leis que regem a educação servirá de guia para que
norteie como cada país rege a formação profissional dos professores e como se aplica
nos comparativos entre eles. Tendo a princípio o trabalho analisado entre a Angola,
Brasil e Espanha como ponto principal de verificação no sistema educacional que
oferece oportunidades aos profissionais da educação e como se dá a preparação
docente para exercer suas funções.

Para exercer a docência é importante compreender em que área sistemática o


discente escolheu, levando-se em conta que existe uma diversidade de ensino que se
pretende atuar. E é a partir dessa escolha definida que a formação de professor irá se
centrar para direcionar o futuro professor na sua especificidade.

A Lei de Diretrizes e Bases- LDB determina essa sistematização e regula a


formação de professores assegurando um trabalho de suporte e fundamentações
básicas de ensino e aprendizado a ser passada adiante no âmbito escolar partida pelo
profissional. O currículo escolar de formação de professores se torna fundamental
para definir o modelo de professor que estará em exercício e que a sociedade
necessita na educação em geral do país. Esses são geradores motivacionais que irão
direcionar a formação do professor e prepará-lo para convívio profissional dentro da
educação. A LDB determina que os sistemas de ensino assegurarão aos educandos
com necessidades especiais professores com especialização adequada em nível
médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores doe ensino
regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns. (Art.
59, III). Em fim, para o Magistério superior, a LDB exige Curso em nível de pós-
graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado.

Importante salientar que o professor em sua formação, assume um papel


preponderante ao transmitir valores enquanto cidadãos e no âmbito profissional dos
mesmos. É por isso, que a forma como se capacita e aprimora sua formação exerce
uma significância relativa para a contribuição de uma sociedade mais instruída e
preparada para as exigências futuras.

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Não esquecer que a educação é um grupo de componentes que vai desde
alunos a professores e profissionais no geral que atuam diretamente e indiretamente
como agentes que integram os elementos principais das tarefas escolares. A formação
inicial de professores e suas atuações de modelos nos países seguem como
plataforma de análise curricular e formadora constante. Faz-se necessário medidas
atuantes que preparem os educandos e que possam atender as demandas da
educação de forma ampla e de qualidade.

ANÁLISE CRÍTICA

No que diz respeito à Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (BRASIL) - Lei
9394/96, em relação dos fundamentos que regem a formação de professores,
percebemos a coerência dos objetivos traçados quando se fala na associação entre
teoria e prática, a qual resulta na Práxis profissional que todo professor precisa ter
para desenvolver um bom trabalho pedagógico. Até porque, sabemos o nível muito
aquém que se encontra a educação do Brasil.

Sob essa ótica, o parecer 04-98 da Câmara da Educação Básica do CNE (CEB-CNE)
contextualizou as diretrizes curriculares para o ensino fundamental no âmbito da
educação básica e, ao fazê-lo, associou a conquista da cidadania plena, fruto dos
direitos e deveres reconhecidos na Carta Magna, à garantia desse patamar
educacional.

Sem dicotomizar, o citado parecer estabeleceu a diferença entre os estudos de


formação básica e os de natureza estritamente profissionalizante. Aos primeiros,
reservou, para assegurar o que está disposto nos arts. 35 e 36 da Lei 9394/96, 2400
horas de trabalho pedagógico, distribuídos no período de três anos letivos com, no
mínimo, 200 dias para cada um. Também estabeleceu que não há impedimentos,
salvo a exigência de um limite máxima de 25% da carga horária mínima deste nível de
ensino (estabelecidas no Decreto 2208/97), para aproveitamento de tais estudos em
cursos profissionais. O inverso não tem suporte legal.
Com isto, o curso Normal, formas docentes para atuar na educação infantil e nos anos
iniciais do ensino fundamental, tendo como perspectiva o atendimento à crianças,
jovens e adultos, acrescendo-se às especificidades de cada um desses grupos, as
exigências que são próprias das comunidades indígenas e dos portadores de
necessidades especiais de aprendizagem.

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No que diz respeito a Angola (África), em relação ao Brasil e Espanha, há, de certa
forma, uma disparidade abismal, o sitema apresenta uma versão mais homogenea,
com relação aos centros públicos e privados, notou-se que a única diferença existente
entre os centros é que, num o ensino é gratuíto e no outro não, mas o resto obedece
os princípios estatais.

Análises metodológicas

O trabalho proposto dar-se-á através das análises curriculares, leis e


documentos que regulamentem as normas e exigências no que se diz respeito à
formação de professores. Tais análises serão comparadas e discutidas com os
materiais pesquisados de cada país. Nesse caso, Angola, Brasil e Espanha.

É de suma importancia essa troca de conhecimentos pesquisada para que se


tenha uma noção básica de como a educação é regida e estimulada em diversos
lugares. E como cada país investe na formação e capacitação de futuros professores
preparando-os para o mercado de trabalho educacional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso Normal em níveo Médio (BRASIL,


29/01/1999) CEB/CNE

FUNIBER (2020).FP104 – Organizaçao e Gestao de Centros Educacionais. Pp. 155-


169.

República de Angola. (2020). Lei que altera a lei nº 17/16, de 7 de Outubro – lei da
bases do Sistema de Educação e Ensino. Luanda.

Tortella, Jussara. (2014). Formação de professores em Angola: o perfil do professor do


ensino básico. Eccos – Revista Científica, 1 (33) 127.

https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/392/A-Lei-9394-96-e-os-Profissionais-de-
Educacao

https://www.saece.com.ar/docs/congreso4/trab73.pdf

https://portal.unisepe.com.br/unifia/wpcontent/uploads/sites/
10001/2018/06/6quali_ed.pdf

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