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Material Teórico
Metodologia e Estrutura Básica de um Projeto
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Metodologia e Estrutura
Básica de um Projeto
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Compreender as diversas metodologias utilizadas para o desenvolvimento de um
projeto de engenharia e para o projeto de uma máquina, por meio de uma breve
revisão da literatura;
• Apresentar uma metodologia Global/Genérica (síntese) para o Desenvolvimento de
Produto/Projeto de Máquinas.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Metodologia e Estrutura Básica de um Projeto
Projeto
O que é projeto, ou “design”?
Máquina
Uma máquina pode ser definida de muitas formas. Os dicionários apresentam
doze definições, entre as quais estão estas duas:
• Um aparato que consiste em unidades inter-relacionadas; ou
• Um dispositivo que modifica a força ou o movimento.
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É tarefa do engenheiro definir e calcular esses movimentos, as forças e as mu-
danças de energia, de modo a determinar as dimensões, as formas e os materiais
necessários para cada uma das peças que integram a máquina.
Projeto de Máquinas
É um aspecto (braço) do Projeto de Engenharia que trata da criação de uma
máquina que funcione bem, com segurança e confiabilidade.
Os objetivos finais do projeto de máquinas são:
• Dimensionar e dar forma às peças (elementos de máquinas);
• Escolher os materiais e os processos de manufatura apropriados;
• Garantir que a máquina resultante possa desempenhar a função desejada sem falhar.
Uma vez que as tensões são função dos esforços aplicados e de inércia, assim
como da geometria da peça, uma análise das forças, momentos, torques e dinâmica
do sistema deve ser feita antes de as tensões e deflexões poderem ser completa-
mente calculadas.
Iterações
Enfrentamos um dilema nos estágios iniciais do projeto de uma máquina. Em
geral, a tarefa mais difícil na elaboração do projeto é determinar com precisão todos
os esforços exercidos sobre a máquina. Exemplo:
• As cargas sobre um automóvel em movimento;
• A quais fatores ambientais o usuário submeterá a máquina (buracos, conver-
sões bruscas, etc.).
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UNIDADE Metodologia e Estrutura Básica de um Projeto
O dilema só pode ser resolvido por meio de iteração, que significa repetir, ou
voltar a um estágio anterior. Devemos admitir uma configuração inicial para cada
peça, determinar as forças, os momentos e os torques internos atuantes sobre elas
e, então, usar a geometria da seção transversal do projeto inicial para calcular as
tensões resultantes.
Observe, além disso, que uma alteração da massa de uma peça também afetará
as forças aplicadas sobre as peças conectadas a ela, exigindo, assim, que se refaça
o projeto das demais peças.
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Antes de uma fábrica iniciar suas atividades e começar a produzir um produto real,
a ideia dos projetistas e gestores deve se transformar em hardware, software, dese-
nhos de produção, peças, ferramentas, procedimentos, equipamentos e processos.
O que a empresa faz (a sua estratégia de projeto de produto) e como ela faz (a sua
gestão de desenvolvimento) irão determinar o posicionamento do produto no merca-
do. A forma como a empresa realiza o desenvolvimento de produtos - sua velocidade,
eficiência e qualidade do trabalho - irá determinar a competitividade do produto.
O final de uma fase e o início de outra é marcado por uma revisão da fase, em
que são verificadas todas as atividades e resultados obtidos até então. O significado
da aprovação de uma fase é que o processo está com maturidade suficiente para
prosseguir para a próxima fase sem problemas. Este processo de revisão de fases,
ao longo do tempo, foi sendo mais desenvolvido e detalhado, passando a incluir
também a decisão de pessoas da alta administração para aprovação e consideração
do portfólio de produtos na tomada de decisão.
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Fase
Aprovação do
Desenvolvimento Programa
do Conceito
Conceito Liberação
Primeiro Final de
Protótipo Engenharia
Planejamento
do Produto Projeto/Planejamento
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(ii) Desenvolvimento; e (iii) Pós-desenvolvimento. O que determina uma fase é a
entrega de um conjunto de resultados, que juntos determinam o novo patamar de
evolução do processo de desenvolvimento.
Porém, existem outros modelos em que tal situação não ocorre. Isto é, não se
pretende que cada etapa do processo seja executada de forma individual e con-
trolada por uma determinada função, mas sim promovendo um estilo baseado na
sobreposição de atividades (LANGERAK, PEELEN e NIJSSEN, apud TERUEL,
1999). Esta abordagem, segundo os autores, permite encurtar os ciclos de de-
senvolvimento e atenua a transição de uma etapa para outra, evitando que se
formem estrangulamentos.
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Design
Identificação de Oportunidade Necessidades dos Clientes Testes
Sim Posicionameto Sim Teste de Produto e Comunicação
Definição do Mercado Segmentação Teste Anterior ao Lançamento
Geração de Ideias I&D Teste de Mercado
Marketing-Mix
Sim
Não Não
Não
Reposicionamento
Comercialização
Preliminar
Validação
Avaliação
Definição
Controle 02
Controle 03
Controle 04
Controle 05
Produção
Ideia Técnica Experimental Revisão
Definição e Análise
justificação de Custos Execução do
do produto Teste de Plano de
Mercado Lançamento
Plano de Controle do
projeto, Feedback do Revisão Global
aspectos Mercador e Financeira e
Financeira legais do Clientes do Negócio
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encontram-se a investigação de mercados (viabilidade) e a utilização de testes de
mercados (benchmark). Além disso, existe uma grande resistência à utilização de
técnicas de marketing que facilitam o desenvolvimento adequado de muitas das
fases propostas. Reconhecidamente pela literatura, as técnicas de geração de ideias
de novos conceitos e produtos permitem avaliar, entre outros aspectos, a eficácia
de estratégias alternativas de comercialização e de previsão da oferta e procura.
Todos estes instrumentos são basicamente desconhecidos e ainda menos utilizados,
despertando geralmente um reduzido interesse entre os executivos responsáveis pe-
los novos produtos, e se lhe atribui pouca utilidade, o que expõe uma deficiência
muito séria na gestão da inovação (NIJSSEN e FRAMBACH, apud TERUEL, 2000).
Algumas dessas definições contêm somente algumas etapas, e outras uma lista
detalhada de 25 etapas. Desta forma, tomando como base as várias metodologias
apresentadas, é proposta aqui uma versão geral (uma síntese) de uma metodologia
de projetos (mostrada a seguir), que relaciona 10 etapas.
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Nesta etapa, não se consideram valor e qualidade; e não são feitas pré-avaliações
de nenhuma espécie.
4ª Etapa – Síntese
Nesta etapa, deve-se proceder à escolha da melhor das alternativas apresenta-
das na etapa anterior. A opção/alternativa selecionada deve ser aceita da forma
como está, ou pode sofrer alterações conforme sugestões propostas. Pode ocorrer
de nenhuma alternativa ter sido escolhida, pois nenhuma delas atinge os objeti-
vos iniciais, ou não atende às necessidades do projeto; neste caso, deve-se rever
as necessidades e/ou objetivos (1ª etapa) e executar novamente a etapa anterior
(3ª etapa). A este retorno às etapas anteriores damos o nome de iteração, confor-
me visto anteriormente.
Após diversas iterações, pode-se até mesmo chegar à conclusão de que não há
uma alternativa completamente aceitável para os objetivos e necessidades propos-
tos. Neste caso, deve-se decidir em prosseguir ou não com o projeto, fase esta que
chamamos de “Go, No Go” (ir adiante, ou abortar o projeto).
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Nesta etapa, também deve estar bem definida a quantidade de produtos a serem
produzidos por um período de tempo (quantidade de unidades mensais, por exemplo),
para que se possa verificar a viabilidade econômica do projeto. E, da mesma forma
que a etapa anterior, pode-se concluir que o projeto não é viável economicamente;
neste caso, deve-se decidir em prosseguir ou não com o projeto (“Go, No Go”).
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Tal estudo deverá dar o sinal verde (start) para a produção do produto/objeto.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Elementos de Máquinas de Shigley
BUDYNAS, R.; NISBETT, J. K. Elementos de máquinas de Shigley. 4ª edição.
Porto Alegre: Grupo GEN, 2006. (E-book)
Projeto de Componentes de Máquinas
JUVINALL, R. C.; MARSHEK, K. M. Projeto de componentes de máquinas.
4ª edição. Porto Alegre: Grupo GEN, 2007. (E-book)
Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais
MELCONIAN, S. Mecânica técnica e resistência dos materiais. São Paulo: Editora
Saraiva, 2012. (E-book)
Elementos de Máquina em Projetos Mecânicos
MOTT, R.L. Elementos de máquina em projetos mecânicos. 5ª edição. São Paulo:
Pearson, 2015. (E-book)
Desenho Técnico Moderno
SILVA, A.; RIBEIRO, C. T.; DIAS, J.; SOUSA, L. Desenho técnico moderno.
4ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2006. (E-book).
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Referências
COLLINS, A.; BUSBY, J.; HENRY, R.; STAAB, G. H. Projeto mecânico de ele-
mentos de máquinas. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
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