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Ergonomia e Segurança

do Trabalho
Material Teórico
Ergonomia no Trabalho

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Ms. Cristhiane Eliza dos Santos

Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Ergonomia no Trabalho

• Introdução
• O Conceito de Sistema de Gestão
• Gestão da Ergonomia – Comitê de Ergonomia
• Métodos de Aplicação da Ergonomia

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Abordaremos dois assuntos importantes no contexto da ergonomia
contemporânea: criação do comitê de ergonomia e métodos de
aplicação da ergonomia.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Ergonomia no Trabalho

Contextualização
A fim de aprofundarmos nosso estudo no universo da ergonomia, não podemos
deixar de ampliar nossos conhecimentos nas áreas de sistemas de gestão, gestão
da ergonomia (comitê de ergonomia) e métodos aplicados à ergonomia (rula,
reba, niosh e questionário nórdico), que, conforme assinalado em oportunidades
anteriores, são aplicáveis a todo tipo de posto de trabalho.

O comitê de ergonomia já foi citado na Unidade I deste conteúdo didático. Nesta


unidade, discutiremos, detalhadamente, como criar o comitê e como mantê-lo a
fim de oferecer uma metodologia adequada para implantação e manutenção do
mesmo, como forma de garantir a aplicação adequada da ergonomia e todos os
seus desmembramentos.

Já estudamos, na Unidade III, do conteúdo didático, Antropometria (medidas


dos segmentos corpóreos), Fisiologia (funcionamentos dos sistemas dos seres vivos)
e Biomecânica (estudo dos movimentos do corpo humano). Esses conceitos serão
de grande utilidade ao estudarmos alguns métodos aplicados à ergonomia. Existem
vários, todavia, neste contexto, abordaremos somente rula e reba, que são critérios
de cálculo para classificação de movimentos laborais que possam vir a causar lesões
e doenças ocupacionais dos membros superiores.

O método niosh foi desenvolvido a fim de definir qual é o limite de carga


adequado a ser levantado sem causar lesões e futuras doenças ocupacionais. O
Questionário Nórdico é um questionário que ajuda a organização a “mapear” o
histórico de dor, por setor.

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Introdução
O comitê de ergonomia já foi citado na Unidade I deste conteúdo didático. Nesta
unidade, discutiremos, detalhadamente, como criar o comitê e como mantê-lo, a
fim de oferecer uma metodologia adequada para sua implantação e manutenção,
como forma de garantir a aplicação adequada da ergonomia e todos os seus
desmembramentos.

Já estudamos, anteriormente, Antropometria (medidas dos segmentos corpóre-


os), Fisiologia (funcionamentos dos sistemas dos seres vivos) e Biomecânica (estudo
dos movimentos do corpo humano). Esses conceitos serão de grande utilidade ao
estudarmos alguns métodos aplicados à ergonomia, dentre os vários existentes.
Todavia, neste contexto, abordaremos somente rula e reba, que são critérios de
cálculo para classificação de movimentos laborais que possam vir a causar lesões e
doenças ocupacionais dos membros superiores. O método niosh foi desenvolvido a
fim de definir qual é o limite de carga adequado a ser levantado sem causar lesões
e futuras doenças ocupacionais. O Questionário Nórdico é um questionário que
ajuda a organização a mapear o histórico de dor, por setor.

O Conceito de Sistema de Gestão


A partir da identificação dos processos de uma organização, identificando-se
entradas e saídas, deve-se estabelecer um sistema de controle – verificação a fim de
criar dados “vivos” sempre atualizados – que permita aos líderes tomarem decisões
objetivas e efetivas.

Todo e qualquer conjunto de normas e procedimentos que a organização seja


sistêmica pode ser considerado um sistema de gestão.

O conjunto de normas e procedimentos mais conhecidos são as normas da série


ISO 9000.

A família de normas International Standart Organization - ISO 9000 originou-


se na Suíça na década de 1980.

Em virtude da formação e consolidação do Mercado Comum Europeu, surgiu a


necessidade de estabelecerem padrões que norteassem as operações de negócios
neste bloco.

Surge, então, em 1987, a primeira versão de normas ISO 9000.

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UNIDADE Ergonomia no Trabalho

As normas ISO 9000, versão 1987, possuía 20 elementos, eram extrema-


mente burocráticas e divididas em:

»» ISO 9001 – todas as operações da cadeia produtiva atendiam aos pré-requi-


sitos da norma (inclusive projeto);

»» ISO 9002 – todas as operações da cadeia produtiva atendiam aos pré-requi-


sitos da norma (exceto projeto);

»» ISO 9003 – garantia da qualidade na inspeção final.

Em 1994, houve uma revisão nas normas ISO 9000. Nessa época, a indústria auto-
mobilística mundial vivia um cenário em que cada região era precedida por um sistema:

»» VDA – Sistema alemão;


»» AVSQ – Sistema Italiano;
»» EAQF 94 – Sistema francês;
»» GM, Chrisler, Ford - (big 3) – QS – Norma certificável.

Em 2000, houve uma grande revisão na norma de caráter conceitual, passando


de “Gestão pela garantia da qualidade” para “Gestão por processos”.

A QS 9000 tinha base na revisão de 1994 da ISSO, que era excessivamente


burocrática e, com a evolução conceitual que veio com a revisão do ano 2000, a
QS 9000 tinha ficado obsoleta.

Com a pressão dos fornecedores da indústria automobilística para que houvesse


uma norma única a ser seguida a nível global, surge a ISO TS 16.949.

A ISO TS 16.649 foi uma harmonização dos requisitos na norma e de outros sis-
temas vigentes no segmento (VDA, AVSQ, EAQF 94, QS) e surge conceitualmente
atualizada, pois se baseia na revisão 2000 da ISO com foco em gestão por processos.

A ISO TS 16.649 conta, além dos requisitos da norma, com a seção de “Requisitos
específicos do cliente” que são, basicamente, o atendimento às normas internas
do cliente como simbologia, nomenclatura, características críticas, especificações,
regime de qualificação de fornecedores etc.

Historicamente, a grande maioria das inovações tecnológicas e de gestão toma


forma e ganham força na indústria automobilística, abrindo precedente para
aplicação nos demais segmentos de mercado.

A família de normas ISO 9000 é “certificável”, isso quer dizer que deve ser
contratado um organismo certificador, externo à empresa, que enviará pessoas
qualificadas, treinadas e com larga experiência de marcado. Essas pessoas são
chamadas de auditores e vão promover auditoria no sistema de gestão da empresa.

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Os auditores vão verificar in loco se a documentação elaborada pela empresa
(manual, procedimentos, instruções de trabalho e registros) é condizente com a
realidade. São responsabilidades do auditor:

» Definir os requisitos para cada auditoria, incluindo as qualificações exigidas


do auditor;

» Planejar a auditoria, preparar os documentos de trabalho e instruir a


equipe auditora;

» Analisar criticamente a documentação para determinar sua adequação;

» Relatar imediatamente ao auditado as não conformidades;

» Relatar quaisquer obstáculos importantes encontrados durante a realização


da auditoria;

» Relatar os resultados da auditoria de maneira clara, conclusiva e sem atraso


indevido;

» Agir de acordo com os requisitos de auditoria aplicáveis;

» Comunicar e esclarecer os requisitos da auditoria;

» Planejar e realizar sua atribuição eficaz e competentemente;

» Verificar a eficácia das ações corretivas adotadas como resultado da auditoria


(caso seja solicitado);

» Cooperar e apoiar o auditor líder.

» Manter-se dentro do escopo da auditoria;

» Ser objetivo;

» Coletar e analisar evidências relevantes e suficientes para permitir a formu-


lação de conclusões;

» Ficar atento a quaisquer indicações de evidências que possam influenciar os


resultados da auditoria e, possivelmente, exigir uma auditoria mais ampla.

Por outro lado, há responsabilidade do auditado, dentre as quais se destacam:

» Informar aos funcionários envolvidos os objetivos e escopo da auditoria;

» Apontar membros responsáveis para acompanhar a equipe auditora;

» Prover a equipe auditora de todos os recursos necessários para assegurar um


processo de auditoria eficaz e eficiente;

» Prover o acesso às instalações e ao material comprobatório, conforme soli-


citado pelos auditores;

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UNIDADE Ergonomia no Trabalho

»» Cooperar com os auditores para permitir que os objetivos da auditoria


sejam atingidos;

»» Determinar e iniciar ações corretivas baseadas no relatório de auditoria;

»» Determinar a necessidade e o propósito da auditoria;

»» Determinar a organização auditora;

»» Determinar o escopo geral da auditoria, a norma de sistema da qualidade, ou


documento que deve ser seguido;

»» Receber o relatório de auditoria;

»» Determinar o acompanhamento a ser adotado.

ISO série 14.000 – Gestão Ambiental: A ISO 14.001 é uma norma de, relati-
vamente, simples aplicação, mas, em um dos seus requisitos, pede-se que siga as
legislações ambientais vigentes no local da unidade a ser certificada. No caso do
Brasil são mais de 80.000 leis relacionadas ao meio ambiente. Deve-se considerar
também a hierarquia das leis: municipal, estadual e federal que, em muitos casos,
são divergentes. Deve ser aplicada a lei mais rígida independentemente da hierar-
quia das leis. A norma consiste basicamente em três pontos:

»» Levantamento dos aspectos e impactos ambientais;

»» Classificação dos riscos relacionados aos impactos ambientais (pode ser FMEA);

»» Estabelecimento de planos para que esses aspectos sejam identificados e


controlados além da aplicação de toda legislação vigente.

A organização deve ter um plano de atendimento a emergências (fogo, explo-


são, contaminação etc.), deve-se responder à questão: qual o dano que vai causar
ao meio ambiente se isso acontecer? O plano de atendimento à emergência deve
contar, inclusive, com simulações.

Você Sabia? Importante!

Hoje, o país que mais certifica a norma ISO 14.001 (gestão ambiental) e a ISO 50.000
(gestão de energia) é o Japão.

Existem outras normas que não pertencem à família ISO, mas são igualmente
certificáveis:

»» Normas de segurança: OHSAS – abordada mais profundamente, ainda


nesta unidade. A partir de dezembro de 2017, a norma que conhecemos
como OHSAS 18.001 integrará a família ISO com o nome de ISO 45.001.

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» Responsabilidade social: SA 8.000 (norma criada a partir do “escândalo da
Nike”, quando veio a público a submissão do ser humano ao trabalho escravo
– regime de escravidão – sem condições dignas de trabalho).

» PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat)


- O programa brasileiro de qualidade e produtividade do habitat foi uma
forma do governo federal brasileiro fazer com que a indústria da construção
civil se preocupasse com qualidade e produtividade. As construtoras (e não
incorporadoras) que seguem todos os elementos da norma do PBQP-H ganham
o direito de usar o selo de qualidade, após passar por auditoria de organismo
certificador devidamente qualificado.

O PBQP-H segue a norma ISO revisão 2000 (com ênfase em gestão de


processos). A empresa que possui a certificação PBQP-H consegue financiamento
de todo seu empreendimento com recursos do governo sem precisar dispor de
recursos próprios que, muitas vezes, pode ser a fronteira entre o sucesso e o
fracasso de construtoras de qualquer porte.

O PBQP-H é uma norma evolutiva com três níveis:

Nível D: é a fase em que as construtoras firmam um compromisso junto ao


ministério das cidades, para desenvolver um manual de documentos e mais alguns
documentos que provem que a empresa existe (contrato social etc.) e, ainda, um
cronograma evolutivo da organização até o nível A.

Do nível C ao nível A, o processo corre com organismo certificados, posto que


a norma PBQP-H é certificável.

O nível A é a ISO completa, mais o “PQO” (planejamento de qualidade da obra)


que consta, dentre outros requisitos, os de estrutura organizacional da obra, projeto
do canteiro, objetivos da obra, plano de contingência da obra etc.

A OIT /2001 – diretrizes sobre o sistema de gestão em segurança e saúde no


trabalho define sistema de gestão como:

O conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos que tem por pressupostos


o estabelecimento de uma Política de Saúde e Segurança do Trabalho e que alcance
os objetivos propostos.

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UNIDADE Ergonomia no Trabalho

Gestão da Ergonomia – Comitê de Ergonomia


Trocando ideias...Importante!
Antes de iniciarmos nossos estudos sobre a indicação de um modelo de aplicação de
gestão da ergonomia, é importante ressaltar que a gestão da ergonomia se faz necessária
quando a organização mobiliza recursos para promover a integração, mais harmônica
possível, entre homem, sistema e ambiente. Apesar de termos afirmado, anteriormente,
que a ergonomia deve propor um “modelo um mental” no sentido de ser uma forma de
pensar e agir no emprego e fora dele, nesse contexto, o modelo sugerido de gestão da
ergonomia dedica-se a uma organização, seja manufatureira, ou de serviços. O modelo
proposto oferece um “caminho” ao sistema de certificação internacional de saúde e
segurança do trabalho, que, a partir de dezembro de 2017 será “rebatizado” e passará
integrar a família ISO com a identificação de ISO 45.001.

Sugere-se que “Gestão da ergonomia” seja um processo maior a ser implantado


em fases:

»» 1º fase: Início do processo;


»» 2º fase: Ciclo de melhoria – Atuação;
»» 3º fase: Desenvolvimento em longo prazo.

Sugere-se ainda que a implantação da primeira fase, denominada “Início do


Processo”, seja feita a partir dos 5 pilares:

»» 1º Pilar – Apoio da alta administração;

»» 2º Pilar – Treinamentos;

»» 3º Pilar – Participação dos funcionários;

»» 4º Pilar – Estruturação do serviço médico;

»» 5º Pilar – Estruturação administrativa.

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1º Pilar – Apoio da Alta Administração
Deve-se promover uma reunião inicial com a alta administração e líderes de
todas as áreas relacionadas à saúde do trabalhador, cujo objetivo deve ser criar a
consciência da importância da ergonomia na alta administração, e esta deve dar
seu apoio em todas as fases do processo. A reunião deve, também, mostrar à alta
administração um resumo e a estrutura do projeto e custo benefício dessa iniciativa.

Histórico de dor – Setor de montagem Causas de Afastamento no setor de Paletização


Tronco Pernas Ombros Pescoço Punho Síndrome do túnel de carpo Varizes Tendinite em ombros Cervicalgia Lombalgia
4%
4% 7%

7%
13%

13%

62%
62% 14% 14%

Figuras 1 e 2 – Histórico de Dor de uma Organização

Deve ser solicitado apoio ao “Staff” e promover a Assinatura de Declaração


de Princípios de Atuação Ergonômica.

A Declaração de princípios de atuação ergonômica é um documento, assinado


pela alta administração, que deverá nortear as ações ergonômicas da organização,
tais como: o que fazer, quando fazer, como fazer, quanto fazer, quem deve fazer e
quanto deve custar às ações ergonômicas que a organização deverá tomar.

2º Pilar – Treinamentos
A organização deve promover treinamentos sobre conhecimentos gerais em
ergonomia, tais como:

» Situações atuais da empresa;


» Processo de gestão;
» Participação efetiva.

Participação na identificação de problemas e identificação de soluções mais


adequadas (8 horas para engenheiros e técnicos, 4 horas para encarregados e
líderes e de 1 a 2 horas para funcionários).

3º Pilar – Participação dos Funcionários


Identificar precocemente os aspectos ergonomicamente inadequados.
Direcionar qual proposição de solução terá melhor chance de dar resultados.
Aplicar questionários.

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UNIDADE Ergonomia no Trabalho

4º Pilar – Estruturação do Serviço Médico


Atender e entender quadros álgicos, identificando possíveis fatores causais, de-
tectando áreas e movimentos críticos a serem trabalhados pelo comitê. Médico do
trabalho deve acompanhar as reuniões do comitê ajudando em análises ergonômi-
cas e em estabelecimento de ações prioritárias.

5º Pilar – Estruturação Administrativa


Acompanhamento de problemas e medidas corretivas e preventivas.

Constituição do Comitê de Ergonomia – COERGO


»» Ações do Comitê: Identificar problemas ergonômicos, implantar soluções
realizando mudanças para reduzir ou eliminar riscos (causas de desconforto,
fadiga e lesões) aplicando princípios da ergonomia, validar dados e
acompanhá-los periodicamente.

»» Nº de Comitês de Ergonomia: depende da organização da empresa, da


relação matriz x filiais, dos riscos ergonômicos existentes e, caso haja, dos
processos industriais diferenciados.

»» Nº de Integrantes do Comitê: em média 8 membros (4 representantes da


empresa e 4 representantes dos funcionários). Para empresas de grande por-
te, são recomendados de 10 a 12 integrantes, a fim de evitar dificuldades
operacionais (encontros, discussões etc.).

»» Coordenador do Comitê: Profissional da área operacional (engenheiro,


técnico operacional, supervisor, gerente etc.). O coordenador deve ter, dentre
suas competências, respeito para com os demais colegas, boa articulação ao
lidar com os representantes dos funcionários e alta gerência. Deve interessar-
se por problemas ergonômicos que eventualmente demandem aprovação
orçamentária, negociação e aprovação de investimentos. O coordenador
deverá abrir e fechar a reunião, manter o foco na discussão, garantir a
participação de pessoas envolvidas, garantir a formação do consenso e
poderá, eventualmente, convocar pessoas para participar de reuniões do
comitê ou projetos.

»» Líder de Ergonomia: Encarregado de assumir problemas de natureza


ergonômica de cada setor, ele deve ter um perfil criativo e comunicativo.

»» Representante dos Funcionários: Deve ser indicado pela chefia, ter inte-
resse nas condições de trabalho, ser capar de identificar problemas ergo-
nômicos e ser um porta-voz, além de poder selecionar em cada projeto o
auxílio de um funcionário do setor.

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» Secretário Executivo do Comitê: Ocupa uma função estratégica e deve
ter um bom senso de organização. Verificar, antes da reunião, se a sala está
pronta e os materiais necessários disponíveis. Tomar nota das discussões
utilizando uma folha de evolução do processo de ergonomia.

» Ata da Reunião: Determinar data, horário de início e término, local e itens


a serem discutidos. A pauta da próxima reunião deve ser elaborada e fixada
em quadro de avisos. As atas das reuniões devem ser distribuídas, e registro
com problemas de acompanhamento deve ser mantido. Deve ser tomado
como base o plano de ação desenvolvido. Dever ser mantido o foco durante
as reuniões.

» Integrantes Complementares: Escolher um representante ligado à área


com maiores problemas ergonômicos, identificando problemas junto aos in-
tegrantes da CIPA.

» Profissionais de Saúde e Segurança: Devem, obrigatoriamente, participar


das reuniões do comitê, mesmo não sendo integrantes efetivos.

» Engenheiros de Diversas Áreas: Experiência em projetos e “re-projetos”


devem participar das soluções.

» Consultor de Ergonomia: Interno ou externo.

Os membros do comitê devem ser devidamente treinados e qualificados na


prática da análise ergonômica e na dedução de soluções adequadas. O período
de treinamento deve ser de 40 horas teórico e prático. O conteúdo programático
deve conter: conceito de ergonomia, estrutura da coluna vertebral, patologias da
coluna vertebral, LER/DORT, princípios da ergonomia, acessórios ergonômicos,
antropometria, ferramentas de análise, posturas corretas domiciliares e no trabalho
e, atividades e ações do Coergo.

O comitê deve ser oficializado junto à Alta Administração, deve ter legitimidade
e ser de conhecimento de todos. Deve haver uma minuta oficializando o Comitê.

As reuniões devem ser regulares, em intervalos fixos, sempre na mesma hora e


local. Em média, 1 hora a cada 15 dias. O secretário deve informar previamente
sobre a programação da reunião.

Os membros do comitê devem sempre ser capazes de relacionar todos os


principais problemas analisados, os problemas atuais, grau de prioridade e
encaminhamento do momento.

O comitê deve estar alerta e aberto aos problemas novos por meio de uma admi-
nistração dinâmica e eficiente. As inspeções e questionamentos periódicos são im-
portantes. Deve ser elaborado um formulário de acompanhamento de problemas.

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UNIDADE Ergonomia no Trabalho

»» 1º fase: Início do processo;


»» 2º fase: Ciclo de melhoria – Atuação;
»» 3º fase: Desenvolvimento em longo prazo.

O ciclo de melhoria dos processos de atuação, propriamente dito, pode ser feito
em 6 passos:

I. Identificar os problemas prioritários – demanda de trabalho:


Levantamento: Afastamentos (em ambulatório, menos que 15 dias, auxílio
doença), processos judiciais, questionários de dor, relatos de insatisfações,
gravidade do problema, número de pessoas que serão beneficiadas.

II. Fazer análise ergonômica:


»» Análise organizacional;
»» Análise do posto de trabalho;
»» Análise da postura do trabalhador;
»» Análise do ambiente físico;
»» Classificação de nível de ação.

Ações em curtíssimo prazo - Altíssimo risco ergonômico

Ações em curto prazo - Alto risco ergonômico

Ações em médio prazo - Médio risco ergonômico

Ações em longo prazo - Baixo risco ergonômico

Figura 3 – Classificação quanto ao Nível de Ação Ergonômica

III. Estudar as Soluções:


Discussão do grupo – solução mais eficiente. Procurar obter, em média, 3
soluções criativas. Consultar fornecedores e solicitar a opinião de supervisores.
Deve ser considerado: custos, materiais, tempo e treinamento.

A partir da avaliação de prioridade do grupo deve-se estabelecer Plano de Ação:

Deve prever custos necessários para as melhorias (contratação de pessoal,


treinamento de pessoal, medidas escritas e planejadas e cronograma de ação
com datas e responsáveis).

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IV. Implementar Soluções:
Postos de testes – linha piloto: Cronometrar ciclo, colher opinião dos traba-
lhadores, adaptações necessárias e registro de implementação.

V. Documentar as soluções:
Riscos, recomendações, planos de ação, evolução das medidas adotadas e vali-
dação dos funcionários sobre a solução adotada.

VI. Acompanhar resultados:


Após semanas ou meses verificar se o funcionário está trabalhando ade-
quadamente, em boas condições ergonômicas. Observar a ocorrência de
lesões. Promover o acompanhamento da gravidade das lesões e dos resul-
tados dos programas.

Evolução do quadro de dor


Almox. ADM Montagem Logística Expedição
Participação em ginástica laboral
ADM Expedição Almox. Montagem Logística
6%
11% 20%
34%
50%
12%
30%

8%
26%
3%

Figura 4 e 5 – Análise da Situação Pós-ação Ergonômica

» 1º fase: Início do processo;


» 2º fase: Ciclo de melhoria – Atuação;
» 3º fase: Desenvolvimento em longo prazo.

A fase de desenvolvimento em logo prazo pode constar de 7 fases:

I. Resolução das dificuldades do comitê:


» Ergonomia em terceiros: Contatar Comitê do terceiro, o terceiro (prestador
de serviços) pode ter participação no Comitê e atuar normalmente como pres-
tador de serviços (terceiro);

» Planejamento de tempo: Descentralização de responsabilidades, dia da


ergonomia e qualidade da atividade;

» Os problemas grandes: Devem ser fragmentados em problemas pequenos.

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UNIDADE Ergonomia no Trabalho

II. Aperfeiçoamento da Documentação Evidenciada:


Deve ser criado um arquivo comparativo em vídeo. Os formulários devem
ser arquivados. Deve, também, ser documentado o problema identificado e a
solução aplicada. Deve haver uma organização de pastas por setor.

III. Treinamentos Especializados:


Com o passar o tempo, devem ser oferecidos treinamentos mais avançados,
por exemplo: ergonomia em projetos e ergonomia cognitiva.

IV. Detecção de situações causadoras de desconforto, dificuldade e fadiga:


Após a redução de afastamentos e redução de “situações problema”, o
comitê deve continuar o acompanhamento e detecção de fatores causais de
desconforto, dificuldade e fadiga através de apoio médico, questionários e
entrevistas informais.

V. Auditoria Periódica:
Aspectos levantados: Registro de entrada de processos, análise ergonômica,
periodicidade de reuniões do comitê, presença dos membros às reuniões,
oficialização das mudanças dos membros do comitê, análise dos problemas
em categorias, verificação e acompanhamento.

VI. Revisão e melhoria constante do processo:


As revisões devem ser semestrais, e em cada rodada devem revisar a situação
de projetos ergonômicos e das estatísticas de afastamento, fazer a priorização
dos aspectos a ser melhorado, desenvolver objetivos para melhorias e
desenvolver planos para implantação de melhorias.

VII. Comunicação de sucessos:


»» Deve ser feita a comunicação de atividades e resultados. As áreas devem ser
informadas sobre os resultados.

»» Periodicamente deve haver prestação de contas, à Alta Administração, com


relação a alterações em produtividade, redução de afastamentos, redução de
processos judiciais e redução de custos.

»» O funcionamento do comitê de ergonomia muito se assemelha a um sistema


de gestão, conforme já citado anteriormente.

O OHSAS – Occupational health and safety assessment series – é uma norma


britânica reconhecida internacionalmente.

A OHSAS 18.001 é uma norma de requisitos (chamada Especificação) que é


utilizada para auditar e certificar os Sistemas de Gestão da Saúde e Segurança
do Trabalho.

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A OHSAS pode ser implantada independente de a empresa ter ou não outro siste-
ma. Entretanto, se ela tiver um sistema de gestão ISO 9001 e/ou 14001, a experiên-
cia tem mostrado que a implantação da OHSAS é consideravelmente mais fácil.

A integração dos sistemas de gestão – qualidade, ambiental, segurança e saúde ocupa-


cional são denominados Sistema de Gestão Integrado (SIG) para resultados eficazes.

Plan

Do

Act

Check

Fig. 6 – Ciclo de Melhoria Contínua

Métodos de Aplicação da Ergonomia


A fim de promover uma análise ergonômica adequada e técnica do posto de
trabalho, são utilizadas as ferramentas auxiliares aplicadas à ergonomia.

Essas ferramentas têm como características:


» Fácil aplicação;
» Rapidez em obtenção de resultados;
» Resultado objetivo;
» Reconhecimento internacional;
» Uso para identificação de funções de maior risco;
» Estudo comparativo após melhorias;
» Efeito judicial;
» Comercial.

Segundo Pavani e Quelhas (2006), na norma regulamentadora de número 17


(MINISTÉRIO DO TRABALHO, 1978), a legislação brasileira, embora afirme
que visa estabelecer parâmetros para a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e que para avaliar esta adaptação
cabe às organizações realizar análise ergonômica do trabalho, não deixa claro

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UNIDADE Ergonomia no Trabalho

ou não sugere metodologias para estas avaliações de riscos ergonômicos. No


manual de aplicação da norma regulamentadora de número 17 (MINISTÉRIO DO
TRABALHO, 2002), também não define ou orienta quanto aos métodos a serem
utilizados para avaliação dos riscos ergonômicos das atividades ocupacionais,
citando apenas a equação do National Institute for Occupational Safety and
Health – NIOSH, órgão do governo americano que desenvolveu uma equação que
permite calcular qual seria o limite recomendável para levantamento e transporte
manual de peso, levando-se em conta alguns fatores específicos.

Existem muitos métodos de análise de riscos ergonômicos encontrados na lite-


ratura disponível, delineados para determinar e quantificar a exposição a fatores
de risco devido à sobrecarga biomecânica dos membros superiores. Entre eles,
destacam-se aqueles que evidenciam de forma qualitativa a presença de caracterís-
ticas ocupacionais que podem levar o avaliador em direção à possível presença de
um risco, aqueles que, por outro lado, na base de checklist, permitem um rápido
enquadramento do problema e aqueles mais complexos que podem caracterizar
a multifatoriedade da exposição. Não existem métodos de avaliação de risco que
podem atender completamente todos os critérios, apesar disso, alguns deles se
apresentam mais completos em sua formulação. Nesse cenário, abordaremos al-
guns dos métodos aplicados à ergonomia:

»» Niosh;
»» Rula;
»» Reba;
»» Questionário Nórdico.

Figura 7 – Métodos Aplicados à Ergonomia


Fonte: ergolândia.com.br

22
a. Rula
Método de estudo desenvolvido para ser usado em investigações ergonômicas
de postos de trabalho onde existe a possibilidade de desenvolvimento de
LER/DORT em membros superiores.

O Método RULA avalia: Postura, Atividade Muscular e Força.


Segundo Pavani e Quelhas (2006), o método RULA (Rapid Upper-limb assess-
ment) é um instrumento ágil e veloz que permite obter uma avaliação da sobrecarga
biomecânica dos membros superiores e do pescoço, em uma tarefa ocupacional.
Como os próprios autores, McAtamney and Corlett (1993), enfatizam, este método
deve ser utilizado em um contexto de avaliação ergonômica geral. Essa afirmação
parece evidente pelo fato de que o output principal do método é aquele de iden-
tificar a necessidade de uma análise mais profunda do risco com outros métodos,
portanto, é um instrumento de investigação genérica como o de outros checklist.
O determinante de risco ergonômico nesse método é representado pelas pos-
turas assumidas pelos trabalhadores, na jornada de trabalho. As posturas avaliadas
são as adotadas pelos membros superiores, o pescoço, o tronco e os membros
inferiores. A avaliação de risco é feita a partir de uma observação sistemática dos
ciclos de trabalho, pontuando as posturas, frequência e força dentro de uma es-
cala que varia de 1 (um), correspondente ao intervalo de movimento ou postura
de trabalho onde o fator de risco correlato é mínimo, até ao valor 9 (nove) onde
o fator de risco correlato é máximo. Essa pontuação é fundamentada na literatura
especializada em Biomecânica ocupacional.
Tabela 1 – Nível de Intervenção para os Resultados do Método RULA
Nível de Ação Pontuação Intervenção
1 1-2 A postura é aceitável se não for mantida ou repetida por longos períodos;
2 3-4 São necessárias investigações posteriores; Algumas intervenções podem
se tornar necessárias;
3 5-6 É necessáro investigar e mudar em breve;
4 ≤7 É necessário investigar e mudar imediatamente.
Fonte: ergolândia.com.br

b. Reba
É usado para Avaliar a exposição dos trabalhadores a fatores de risco.
Segundo Pavani e Quelhas (2006), o método REBA (Rapid Entire Boby Asses-
sment) foi desenvolvido por Hignett and McAtamney (2000) para estimar o risco
de desordens corporais a que os trabalhadores estão expostos. As técnicas que
se utilizam para realizar uma análise postural têm duas características que são a
sensibilidade e a generalidade. Uma alta generalidade quer dizer que é aplicável
em muitos casos, mas provavelmente tenha uma baixa sensibilidade, que quer
dizer que os resultados que se obtenham podem ser pobres em detalhes. Porém,
as técnicas com alta sensibilidade, em que é necessária uma informação muito
precisa sobre os parâmetros específicos que se medem, parece ter uma aplicação
bastante limitada.

23
23
UNIDADE Ergonomia no Trabalho

O método REBA é uma ferramenta para avaliar a quantidade de posturas for-


çadas nas tarefas onde é manipulado pessoas ou qualquer tipo de carga animada,
apresentando uma grande similaridade com o método RULA, e como este, é
dirigido às análises dos membros superiores e a trabalhos onde se realizam mo-
vimentos repetitivos. Este método inclui fatores de carga postural dinâmicos e
estáticos, na interação pessoa-carga, e um conceito denominado de “a gravida-
de assistida” para a manutenção da postura dos membros superiores; isso quer
dizer que é obtida a ajuda da gravidade para manter a postura do braço onde é
mais custoso manter o braço levantado do que tê-lo pendurado para baixo. Ele foi
concebido inicialmente para ser aplicado nas análises de posturas forçadas ado-
tadas pelo pessoal da área médica e hospitalar como auxiliares de enfermagem,
fisioterapeutas etc.

A avaliação de risco também é feita a partir de uma observação sistemática


dos ciclos de trabalho, pontuando as posturas do tronco, pescoço, pernas, carga,
braços, antebraços e punhos em tabelas específicas para cada grupo. Após a
pontuação de cada grupo, é obtida a pontuação final, que é comparada com uma
tabela de níveis de risco e ação em escala que varia de 0 (zero), correspondente ao
intervalo de movimento ou postura de trabalho aceitável e que não necessita de
melhorias na atividade, até ao valor 4 (quatro) onde o fator de risco é considerado
muito alto sendo necessário atuação imediata.

Tabela 2 - Verificação dos níveis de risco e ação do método REBA


Nível de Ação Pontuação Nível de Risco Intervenção e Posterior Análise
0 1 Inapreciável Não necessário
1 2-3 Baixo Pode ser necesário
2 4-7 Médio Necessário
3 8 - 10 Alto Prontamente necessário
4 11 - 15 Muito Alto Atuação imediata

c. NIOSH
Em 1981, nos Estados Unidos, sob iniciativa do National Institute for Ocupatio-
nal Safety and Health – NIOSH, patrocinou-se o desenvolvimento de um método
para determinar a carga máxima a ser manuseada e movimentada manualmente
numa atividade de trabalho.

O método Niosh foi revisto em 1991, sendo proposto o limite de peso reco-
mendado (LPR) e o Índice de levantamento (IL).

Ao determinar o LPR e o IL, estima-se o risco de lesão naquela situação, na-


quele posto de trabalho.

Deve-se respeitar o peso que uma pessoa possa levantar em situação de trabalho,
na qual 90% dos homens e, no mínimo, 75% das mulheres o façam sem lesão.

Assume que, tarefas de levantamento e de abaixamento de pesos têm idêntico


potencial para causar lesões lombares.

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Cálculo:

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UNIDADE Ergonomia no Trabalho

Figura 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 – EsquemaGráfico das Variáveis do Método NIOSH
Fonte: ergolância.com.br

d. Questionário Nórdico
O questionário nórdico foi desenvolvido para autopreenchimento. Há um de-
senho dividindo o corpo em 9 partes. Os trabalhadores devem responder “sim”
ou “não” para 3 situações que envolvem essas 9 partes:

»» Você teve algum problema nos últimos 7 dias?


»» Você teve algum problema nos últimos 12 meses?
»» Você quis deixar de trabalhar algum dia nos últimos 12 meses devido ao problema?

O questionário é distribuído juntamente com uma carta explicando os objetivos


do levantamento e solicitando a colaboração. Segue-se um bloco de caracterização
do sujeito, pedindo para indicar o sexo, idade, lateralidade (destro, canhoto, ambi-
destro). Finalmente, indica-se onde devem ser entregues os questionários preenchi-
dos e faz-se um agradecimento pela colaboração.

Figura 18 - Formulário – Questionário Nórdico.

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Segundo Lida (2005), o questionário é válido, sobretudo, quando se quer fazer
um levantamento abrangente, rápido e de baixo custo. Ele pode ser usado para
que se faça um levantamento inicial das situações que requerem análises mais
profundas e medidas corretivas. Os dados podem ser processados eletronicamente
para identificar os principais problemas posturais em uma empresa. Pode ser usado
como diagnóstico preliminar que será usado no primeiro pilar da primeira fase de
implantação do Comitê de Ergonomia.

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UNIDADE Ergonomia no Trabalho

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Com o objetivo de consolidar as informações obtidas neste ambiente, sugerimos o uso do


seguinte material:

 Livros
Avaliação dos Riscos Ergonômicos como Ferramenta Gerencial em Saúde Ocupacional
PAVANI, R. A. Avaliação dos riscos ergonômicos como ferramenta gerencial em saúde
ocupacional. XIII SIMPEP, Bauru, São Paulo. Novembro de 2006.

Ergonomia, Projeto e Produção


LIDA, I. Ergonomia, projeto e produção. São Paulo: Blucher, 2005.

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Referências
PAVANI, R. A. Avaliação dos riscos ergonômicos como ferramenta gerencial
em saúde ocupacional. XIII SIMPEP, Bauru, São Paulo. Novembro de 2006.

LIDA, I. Ergonomia, projeto e produção. São Paulo:Blucher, 2005.

Workshop: Ergonomia aplicada à indústria farmacêutica. São Paulo. Agosto de 2010.

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