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Material Teórico
Ergonomia no Trabalho
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Ergonomia no Trabalho
• Introdução
• O Conceito de Sistema de Gestão
• Gestão da Ergonomia – Comitê de Ergonomia
• Métodos de Aplicação da Ergonomia
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Abordaremos dois assuntos importantes no contexto da ergonomia
contemporânea: criação do comitê de ergonomia e métodos de
aplicação da ergonomia.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Ergonomia no Trabalho
Contextualização
A fim de aprofundarmos nosso estudo no universo da ergonomia, não podemos
deixar de ampliar nossos conhecimentos nas áreas de sistemas de gestão, gestão
da ergonomia (comitê de ergonomia) e métodos aplicados à ergonomia (rula,
reba, niosh e questionário nórdico), que, conforme assinalado em oportunidades
anteriores, são aplicáveis a todo tipo de posto de trabalho.
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Introdução
O comitê de ergonomia já foi citado na Unidade I deste conteúdo didático. Nesta
unidade, discutiremos, detalhadamente, como criar o comitê e como mantê-lo, a
fim de oferecer uma metodologia adequada para sua implantação e manutenção,
como forma de garantir a aplicação adequada da ergonomia e todos os seus
desmembramentos.
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UNIDADE Ergonomia no Trabalho
Em 1994, houve uma revisão nas normas ISO 9000. Nessa época, a indústria auto-
mobilística mundial vivia um cenário em que cada região era precedida por um sistema:
A ISO TS 16.649 foi uma harmonização dos requisitos na norma e de outros sis-
temas vigentes no segmento (VDA, AVSQ, EAQF 94, QS) e surge conceitualmente
atualizada, pois se baseia na revisão 2000 da ISO com foco em gestão por processos.
A ISO TS 16.649 conta, além dos requisitos da norma, com a seção de “Requisitos
específicos do cliente” que são, basicamente, o atendimento às normas internas
do cliente como simbologia, nomenclatura, características críticas, especificações,
regime de qualificação de fornecedores etc.
A família de normas ISO 9000 é “certificável”, isso quer dizer que deve ser
contratado um organismo certificador, externo à empresa, que enviará pessoas
qualificadas, treinadas e com larga experiência de marcado. Essas pessoas são
chamadas de auditores e vão promover auditoria no sistema de gestão da empresa.
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Os auditores vão verificar in loco se a documentação elaborada pela empresa
(manual, procedimentos, instruções de trabalho e registros) é condizente com a
realidade. São responsabilidades do auditor:
» Ser objetivo;
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ISO série 14.000 – Gestão Ambiental: A ISO 14.001 é uma norma de, relati-
vamente, simples aplicação, mas, em um dos seus requisitos, pede-se que siga as
legislações ambientais vigentes no local da unidade a ser certificada. No caso do
Brasil são mais de 80.000 leis relacionadas ao meio ambiente. Deve-se considerar
também a hierarquia das leis: municipal, estadual e federal que, em muitos casos,
são divergentes. Deve ser aplicada a lei mais rígida independentemente da hierar-
quia das leis. A norma consiste basicamente em três pontos:
»» Classificação dos riscos relacionados aos impactos ambientais (pode ser FMEA);
Hoje, o país que mais certifica a norma ISO 14.001 (gestão ambiental) e a ISO 50.000
(gestão de energia) é o Japão.
Existem outras normas que não pertencem à família ISO, mas são igualmente
certificáveis:
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» Responsabilidade social: SA 8.000 (norma criada a partir do “escândalo da
Nike”, quando veio a público a submissão do ser humano ao trabalho escravo
– regime de escravidão – sem condições dignas de trabalho).
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»» 2º Pilar – Treinamentos;
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1º Pilar – Apoio da Alta Administração
Deve-se promover uma reunião inicial com a alta administração e líderes de
todas as áreas relacionadas à saúde do trabalhador, cujo objetivo deve ser criar a
consciência da importância da ergonomia na alta administração, e esta deve dar
seu apoio em todas as fases do processo. A reunião deve, também, mostrar à alta
administração um resumo e a estrutura do projeto e custo benefício dessa iniciativa.
7%
13%
13%
62%
62% 14% 14%
2º Pilar – Treinamentos
A organização deve promover treinamentos sobre conhecimentos gerais em
ergonomia, tais como:
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»» Representante dos Funcionários: Deve ser indicado pela chefia, ter inte-
resse nas condições de trabalho, ser capar de identificar problemas ergo-
nômicos e ser um porta-voz, além de poder selecionar em cada projeto o
auxílio de um funcionário do setor.
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» Secretário Executivo do Comitê: Ocupa uma função estratégica e deve
ter um bom senso de organização. Verificar, antes da reunião, se a sala está
pronta e os materiais necessários disponíveis. Tomar nota das discussões
utilizando uma folha de evolução do processo de ergonomia.
O comitê deve ser oficializado junto à Alta Administração, deve ter legitimidade
e ser de conhecimento de todos. Deve haver uma minuta oficializando o Comitê.
O comitê deve estar alerta e aberto aos problemas novos por meio de uma admi-
nistração dinâmica e eficiente. As inspeções e questionamentos periódicos são im-
portantes. Deve ser elaborado um formulário de acompanhamento de problemas.
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O ciclo de melhoria dos processos de atuação, propriamente dito, pode ser feito
em 6 passos:
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IV. Implementar Soluções:
Postos de testes – linha piloto: Cronometrar ciclo, colher opinião dos traba-
lhadores, adaptações necessárias e registro de implementação.
V. Documentar as soluções:
Riscos, recomendações, planos de ação, evolução das medidas adotadas e vali-
dação dos funcionários sobre a solução adotada.
8%
26%
3%
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V. Auditoria Periódica:
Aspectos levantados: Registro de entrada de processos, análise ergonômica,
periodicidade de reuniões do comitê, presença dos membros às reuniões,
oficialização das mudanças dos membros do comitê, análise dos problemas
em categorias, verificação e acompanhamento.
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A OHSAS pode ser implantada independente de a empresa ter ou não outro siste-
ma. Entretanto, se ela tiver um sistema de gestão ISO 9001 e/ou 14001, a experiên-
cia tem mostrado que a implantação da OHSAS é consideravelmente mais fácil.
Plan
Do
Act
Check
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»» Niosh;
»» Rula;
»» Reba;
»» Questionário Nórdico.
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a. Rula
Método de estudo desenvolvido para ser usado em investigações ergonômicas
de postos de trabalho onde existe a possibilidade de desenvolvimento de
LER/DORT em membros superiores.
b. Reba
É usado para Avaliar a exposição dos trabalhadores a fatores de risco.
Segundo Pavani e Quelhas (2006), o método REBA (Rapid Entire Boby Asses-
sment) foi desenvolvido por Hignett and McAtamney (2000) para estimar o risco
de desordens corporais a que os trabalhadores estão expostos. As técnicas que
se utilizam para realizar uma análise postural têm duas características que são a
sensibilidade e a generalidade. Uma alta generalidade quer dizer que é aplicável
em muitos casos, mas provavelmente tenha uma baixa sensibilidade, que quer
dizer que os resultados que se obtenham podem ser pobres em detalhes. Porém,
as técnicas com alta sensibilidade, em que é necessária uma informação muito
precisa sobre os parâmetros específicos que se medem, parece ter uma aplicação
bastante limitada.
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c. NIOSH
Em 1981, nos Estados Unidos, sob iniciativa do National Institute for Ocupatio-
nal Safety and Health – NIOSH, patrocinou-se o desenvolvimento de um método
para determinar a carga máxima a ser manuseada e movimentada manualmente
numa atividade de trabalho.
O método Niosh foi revisto em 1991, sendo proposto o limite de peso reco-
mendado (LPR) e o Índice de levantamento (IL).
Deve-se respeitar o peso que uma pessoa possa levantar em situação de trabalho,
na qual 90% dos homens e, no mínimo, 75% das mulheres o façam sem lesão.
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Cálculo:
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Figura 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 – EsquemaGráfico das Variáveis do Método NIOSH
Fonte: ergolância.com.br
d. Questionário Nórdico
O questionário nórdico foi desenvolvido para autopreenchimento. Há um de-
senho dividindo o corpo em 9 partes. Os trabalhadores devem responder “sim”
ou “não” para 3 situações que envolvem essas 9 partes:
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Segundo Lida (2005), o questionário é válido, sobretudo, quando se quer fazer
um levantamento abrangente, rápido e de baixo custo. Ele pode ser usado para
que se faça um levantamento inicial das situações que requerem análises mais
profundas e medidas corretivas. Os dados podem ser processados eletronicamente
para identificar os principais problemas posturais em uma empresa. Pode ser usado
como diagnóstico preliminar que será usado no primeiro pilar da primeira fase de
implantação do Comitê de Ergonomia.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Avaliação dos Riscos Ergonômicos como Ferramenta Gerencial em Saúde Ocupacional
PAVANI, R. A. Avaliação dos riscos ergonômicos como ferramenta gerencial em saúde
ocupacional. XIII SIMPEP, Bauru, São Paulo. Novembro de 2006.
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Referências
PAVANI, R. A. Avaliação dos riscos ergonômicos como ferramenta gerencial
em saúde ocupacional. XIII SIMPEP, Bauru, São Paulo. Novembro de 2006.
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