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Perícia e Auditoria Ambiental

Sistemas de Gestão Ambiental

Aula 3

Prof. Me. Angelo Valles de Sá


Seja muito bem-vindo a esta aula!

Antes de iniciá-la, assista a este vídeo para saber os temas que serão
abordados.

Introdução

Nesta aula, falaremos sobre os principais conceitos de um SGA,


iniciando com os princípios de sistemas de gestão. Depois, prosseguiremos
com a apresentação das normas da série ISO 14000, e em seguida, com mais
propriedade, da NBR ISO 14001, que é a principal referência de um SGA
juntamente com os primeiros passos de uma implantação.

Bons estudos!

Sistemas de Gestão

Primeiramente, precisamos saber o que vem a ser um sistema de


gestão. Você saberia explicar?

Bom, os sistemas de gestão são construídos para atender à


necessidade de controlar um conjunto de variáveis importantes para o
desempenho de uma instituição, e esse controle é feito por intermédio de
normas, funções e procedimentos elaborados para disciplinar os elementos de
uma empresa. Dessa forma, fazer gestão é eliminar o quanto possível e
necessário à subjetividade das ações e das rotinas para que se obtenha uma
padronização que possibilite o controle e a previsão dos resultados. Para tanto,
quando iniciamos uma implantação de um sistema de gestão qualquer, faz-se

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necessária a construção de processos, pois estes são o elemento base de
qualquer sistema.

Lembrem-se de que processos são compostos por conjuntos de ações


orientadas para a obtenção de determinados resultados.

Com a intenção de instigá-lo a uma reflexão sobre processos e também


sobre meio ambiente, assista ao vídeo “A história das coisas”, depois, faça uma
análise crítica.

Acesse: <http://www.youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjw>

Para entender o que é um sistema, é necessário conhecer seus


elementos formadores. Portanto, fique atento a esta apresentação gráfica de
um processo (fluxograma), a qual demonstra a relação entre atividades e
processos que são seus elementos formadores.

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Por consequência, um sistema será um conjunto de processos que são
estabelecidos com um propósito em comum para alcançar objetivos previamente
estabelecidos.

Depois de toda essa explicação, podemos dizer que sistema de gestão


é, portanto, um conjunto de atividades encadeadas para a promoção de ações
transformadoras de uma entrada em uma saída, com um propósito em comum,
formando um processo que pela união de outros se obterá um sistema.

O vídeo a seguir fala um pouco mais sobre processos.

Quando identificamos ou construímos esses elementos para um


propósito específico, estamos realizando gestão pela construção de sistemas.
São inúmeros os objetivos para os quais podemos construir sistemas, por
exemplo:

 Com o propósito de gerenciar riscos a saúde ocupacional;

 Com o propósito de gerenciar aspectos e impactos ambientais;

 Com os objetivos relacionados à satisfação do cliente;

 Com o propósito de gerenciar ações de responsabilidade social.

Para todos esses objetivos, temos sistemas e normas diferentes, como:

 Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), com a Norma ISO 9001;

 Sistema de Gestão Ambiental (SGA), com a Norma ISO 14001;

 Saúde e Segurança Ocupacional (SSO), com a Norma OHSAS 18001;

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 Sistema de Gestão de Responsabilidade Social (SGRS), com a Norma
AS 8000 e a ISO 26000.

Quando temos na empresa a implementação de dois ou mais sistemas


com algum nível de integração, podemos dizer que temos um Sistema de
Gestão Integrado (SGI). Para saber mais sobre SGI, veja o site do Wikipédia:

Acesse: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_gest%C3%A3o_integra
do>

Quanto à construção de sistemas, alguns itens devem ser


bem-esclarecidos, por exemplo, quando devo descrever algo como atividade
ou como processo? Nesse caso, a dica é a seguinte: identifique primeiramente
o grau de importância desse item em questão.

Vamos imaginar a seguinte situação: a limpeza de uma sala, você


descreveria como uma atividade ou como um processo? A resposta mais
adequada seria... depende. Estamos fazendo referência a uma sala de aula
com a qual possíveis variações dessa atividade não acarretariam em sérias
complicações se sua limpeza, agendada para as 14h30min. de hoje, fosse
transferida para o dia seguinte, por exemplo. Ou seja, as consequências disso
seriam graves?

Agora façamos a mesma análise, porém, para a limpeza de uma sala de


cirurgia de emergência. Você acha que haveria consequências graves se a
limpeza fosse deixada para o dia seguinte?

Para essa questão, devemos considerar a importância de determinada


atividade e o quanto ela é crítica para o sucesso do sistema. Em situações com
as quais quaisquer desvios possíveis seriam, na sua maioria, rapidamente
resolvidos pelo sistema, não se justificaria um alto nível de detalhamento e
poderíamos perfeitamente considerá-la como atividade. Entretanto, toda vez
que se tratar de algo que mereça um controle maior, deve-se identificar e

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descrever todas as atividades subsequentes dessa ação e, por consequência,
teremos um processo.

Percebam que não existe uma regra que defina que determinada ação
deva sempre aparecer no sistema como atividade ou como processo, cabe ao
gestor decidir qual grau de controle deve ser atribuído a ela. Contudo, é
importante lembrarmos que quanto mais controle, mais caro torna-se o sistema
e só se justifica se a atividade comercial da empresa for compatível com esses
níveis.

Qual deve ser o nível de controle para uma fábrica de peças de avião?
E para uma fábrica de artesanato de crochê?

Depois de esclarecer a você importantes conceitos sobre gestão, agora


iniciaremos nosso aprendizado sobre SGA, comentando sobre as normas da
família ISO 14000.

ISO

Nesta parte da aula, iniciaremos com três perguntas:

 O que é ISO?

 Como são elaboradas as suas normas?

 Para que elas servem?

A ISO é uma organização internacional para padronização, a qual é


composta por aproximadamente 2.850 comitês técnicos, subcomitês e grupos
de trabalho que se tornam responsáveis pela elaboração das normas, com o
intuito de promover a normalização internacional pela estipulação de padrões.

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Os comitês, Technical Commite (TC), são compostos por representantes
de diversas áreas: industrial, pesquisa, autoridades governamentais,
representantes de grupos de consumidores e organizações internacionais, e
tem como tarefa a discussão e a produção de normas. Cada comitê é
responsável por criar uma série de normas, em determinadas áreas, como
mencionado anteriormente.

Na área ambiental, verifica-se que a ISO já tem produções anteriores,


como a ISO 14000, porém, com normas avulsas, como a “Qualidade do Ar pelo
TC-147”, a “Qualidade da Água” e a “Qualidade do Solo pelo TC-190”, e foi
com a criação do comitê TC-207 que se efetivou o seu posicionamento diante
do meio ambiente.

Os estudos na área ambiental iniciaram-se pelo Strategic Advisory


Group on the Environmental (Sage), um grupo formado pela organização na
década de 1990, tendo como referência básica os princípios relativos à
qualidade (série ISO 9000), nos quais foram levantados sistemas de gestão
ambiental, já existentes em alguns países, abrangendo os seguintes temas:

 Avaliação de performance ambiental;

 Rotulagem ambiental;

 Auditoria ambiental;

 Análise de ciclo de vida;

 Aspectos ambientais e normas de produtos.

Para esse posicionamento, é importante relembrar a influência da


ECO-92, conferência em que surgiu a proposta, juntamente com a ISO, da
criação de um grupo a fim de promover estudos para o processo de elaboração
de normas de gestão ambiental. A ISO é integrada por organizações de
normalização localizadas em mais de 100 países, entre os quais está o Brasil,
representado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com o
Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (CB-38) que é correspondente ao

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TC-207 da ISO. Este, criado em 1993, é o comitê técnico responsável pela
elaboração das normas de caráter internacional, da série ISO 14000, que tem o
propósito de estabelecer normas para o sistema de gestão ambiental.

Criação das normas


Durante a criação das normas, vários documentos são elaborados e
submetidos à aprovação da ISO, sendo esse processo composto por três fases
principais.

A primeira fase compreende a necessidade requerida, geralmente, pelo


setor industrial de uma normatização internacional relativa à padronização, por
exemplo, a padronização de alguns produtos, processos e transações
internacionais, como a necessidade de estabelecimento de padrões ambientais
de selos e rótulos, entre outros. Já na segunda fase, ocorre a elaboração de
um padrão (standard), após acordos iniciais, que continua acerca dos detalhes
das características relativas a eles e busca o estabelecimento de um consenso
entre as partes, sendo uma fase crítica, na qual os interesses são postos em
questão. E a terceira fase é quando ocorre a aprovação dos padrões
resultantes dos rascunhos (draft), entre o consenso mínimo de dois terços dos
membros, com a participação ativa no processo de desenvolvimento de
padrões, e mais 75% de todos os membros volantes. Após essa etapa,
ocorrerá a sua aprovação definitiva, com a devida publicação, como uma
norma da ISO.

Os princípios fundamentais das normas


São três os princípios que fundamentam a produção das normas ISO: o
princípio do consenso, o da abrangência internacional e o da voluntariedade.
Este se fundamenta pela não obrigatoriedade da adoção das normas pelas
empresas, ou seja, a aceitação dos critérios tem que partir de um interesse na
adoção de determinada norma pelas empresas ou entidades; esse tem como
fundamento primordial a busca da ampla aplicação para os setores estudados,
propondo soluções e uma aplicabilidade global; e aquele se expressa a partir

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da obrigatoriedade teórica de levar em consideração o interesse de todos,
buscando um denominador comum.

Série ISO 14000


As normas dessa série estabelecem padrões para a implantação de um
sistema de gestão ambiental nas organizações que, segundo a NBR ISO
14001:2004, visam:

 Estabelecer, implementar, manter e aprimorar um sistema de gestão


ambiental;

 Assegurar a conformidade com sua política ambiental definida;

 Buscar conformidade com a norma.

É importante ressaltar que a norma não estabelecerá critérios ou


técnicas específicos de desempenho, e, sim, procedimentos e padrões que têm
como objetivo facilitar a avaliação do sistema. Assim, a série ISO 14000,
desenvolvida para o gerenciamento, tem como objetivo fornecer padrões e
normas elaboradas pela International Organization for Standardization, com o
intuito de promover melhor desempenho ambiental para a empresa.

No quadro a seguir estão apresentadas algumas das principais


normas da família ISO 14000.

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Veja os comentários sobre a família ISO 14000 no próximo vídeo.

A ISO 14001 é a norma internacional pertencente à Série de Normas


ISO 14000 que trata especificamente da implantação de um sistema de gestão
ambiental, sendo a única da série que é certificável; elaborada e publicada no
ano de 1996. Mais tarde, no ano de 2004, foi revisada e publicada a nova
versão que em português foi traduzida pela ABNT como NBR ISO 14001:2004.

A principal motivação das organizações em implantar essa norma


deve-se a crescente preocupação por parte das empresas em demonstrar seu
desempenho ambiental e uma conduta correta. Os benefícios dessa
implantação são obtidos pela prevenção ambiental conquistada, com a redução
e o controle dos impactos ambientais de suas atividades, seus produtos e
serviços. Não poderia ser diferente, pois a ISO 14001 consolidou essa imagem
tornando-se a principal referência mundial em SGA. Assim, com os países
elaborando leis ambientais mais complexas e exigentes, uma série de políticas
de desenvolvimento e a crescente preocupação dos clientes, fornecedores,
comunidades e acionistas com as questões sobre desenvolvimento
sustentável, criou-se uma demanda por processos que colaborem com esses
interesses, tornando o SGA uma ferramenta eficiente para esses objetivos.

Todos esses motivos convergem na necessidade de elaborar


sistemáticas apoiadas a uma política e a objetivos ambientais, e com uma
sintonia a essa necessidade, a ISO 14001:2004 fornece elementos de um
sistema de gestão ambiental, os quais demonstram ser eficientes e eficazes na
prática de ações ambientais, além disso, é perfeitamente possível a sua
integração a outros elementos de gestão empresarial, de forma sinérgica,
promovendo o alcance dos objetivos ambientais, econômicos, entre outros.

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As contribuições atribuídas a essa norma estão na disponibilização e
especificação dos passos essenciais ou nos requisitos necessários a um SGA,
que se aplicam perfeitamente a diferentes tamanhos e localizações
geográficas, culturais e sociais das mais diversas organizações.

Sintetizando, a ISO 14001:2004 é aplicável a todas as organizações que


demonstrarem interesse para:

Implementar, manter e aprimorar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA).

Assegurar-se da conformidade com a política ambiental, os objetivos e as metas


ambientais que estabeleceu, e comprovar a melhoria contínua do desempenho
ambiental.

Utilizar-se de um parâmetro internacional para demonstrar conformidade


ambiental, em caso de: realizar autoavaliação ou autodeclaração; buscar o
reconhecimento das partes interessadas, tais como clientes, ou seja, o
reconhecimento de uma ‘segunda parte’; buscar confirmação de sua
autodeclaração por meio de uma organização externa, uma ‘terceira parte’, sem
obter uma certificação; buscar, por meio de uma organização externa, uma
‘terceira parte’, a ‘certificação’ ou o ‘registro’, oficial e internacional de seu Sistema
de Gestão Ambiental (FIESP, 2007).

No site da Fiesp busque no local das publicações um rico acervo sobre a


temática ambiental e leia especialmente a obra “Melhore a competitividade com
o Sistema de Gestão Ambiental (SGA)”.

Acesse: <http://www2.fiesp.com.br/indices-pesquisas-epublicacoes/
melhore-a-competitividade-com-o-sistema-de-gestao-ambiental-2007/>

Segundo a ISO 14001, o que é Sistema de Gestão Ambiental (SGA)?

Há cerca de uma década, muitas organizações, que elaboravam uma política


ambiental e tinham objetivos e metas ambientais a ser perseguidos, costumavam
fazer ‘análises’ ou ‘auditorias’ ambientais para avaliar seu desempenho ambiental,
ou seja, se os objetivos e metas ambientais estavam sendo alcançados. Porém,
isso não foi considerado suficiente para garantir que o desempenho ambiental
atendesse, de forma contínua, os objetivos e as metas ambientais, fundamentados
na política ambiental e, consequentemente, no atendimento a requisitos legais e
outros requisitos, com os quais as organizações estivessem comprometidas
(FIESP, 2007).

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Sabe-se que para a efetividade das ações ambientais seriam
necessárias comprovações de desempenho ambiental, as quais fossem
contínuas, possibilitando uma progressiva melhora dos requisitos. Dessa
forma, seria necessário que todas essas ações que antes eram pontuais, agora
fossem praticadas dentro de um sistema de gestão, estruturado e integrado às
organizações.

Então, como se estruturaria esse Sistema de Gestão Ambiental? Que


formato teria? Seria capaz de garantir a melhoria contínua do desempenho
ambiental?

Para ser capaz de atender e responder a todos esses questionamentos,


buscou-se a inspiração nos sistemas de gestão da qualidade, que já
apresentavam um histórico de sucesso. Assim, o SGA, da mesma forma que o
da qualidade, foi desenvolvido com base no ciclo PDCA (Plan, Do, Check,
Act – Planejar, Executar, Verificar e Agir).

O ciclo PDCA segue as seguintes premissas:

 P – Planejar (identificar o que deve ser feito) – propor os objetivos e


processos necessários para alcançar os resultados de acordo com a política
da organização. Nesta fase, é estabelecido o escopo, identificado e avaliado
os aspectos e a legislação ambiental e proposto os objetivos, as metas e os
programas;

 D – Executar (fazer o que foi planejado) – deve-se implementar e manter


todos os aspectos definidos no planejamento. Nesta fase, temos as
atribuições de responsabilidades e recursos, treinamentos, desenvolvimento
e controle de documentos, entre outras ações;

 C – Verificar – obtêm a comprovação de que está sendo executado de


acordo com o planejado, para isso, faz-se necessário monitorar e medir os
processos para verificar a conformidade aos requisitos e critérios
estabelecidos. Neste momento, acontecem as auditorias;

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 A – Agir – analisar criticamente as deficiências e fraquezas do sistema para
propor melhorias que devem ser implementadas; também são revisadas
todas as ações propostas para o sistema de gestão, estabelecendo com
esta etapa o ciclo de melhoria contínua.

Veja mais sobre o ciclo PDCA e a NBR ISO 14001 no vídeo a seguir.

O gerenciamento das ações de uma empresa pelo uso de sistemas


constituído de processos e suas influências mútuas é definido como uma
“abordagem de processo”. A ISO 9001:2000 determina a utilização desse tipo
de abordagem conforme seu funcionamento, o qual já foi explicado no início da
aula. Como o ciclo do PDCA é aplicável a todos os processos, acaba sendo
perfeitamente compatível a utilização dessa ferramenta com o propósito de um
SGA. Por essa razão, o SGA, construído com essa abordagem, é
perfeitamente compatível a todos os sistemas que são formulados com base no
PDCA, como os sistemas de gestão da qualidade, de segurança, de
responsabilidade social, entre outros.

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Um SGA proposto de acordo com a Norma ISO 14001:2004 possibilita
que uma organização estabeleça sua política ambiental, construa seus
objetivos e processos e, dessa forma, evidencie o cumprimento das suas
ações, melhore continuamente seu desempenho ambiental, verifique e
demonstre a sua conformidade com os requisitos legais, da norma e com todos
aqueles que a organização tiver interesse. Ainda com base na ISO
14001:2004, de acordo com propósito principal do SGA, a organização deve
estabelecer equilíbrio entre a proteção, a prevenção ambiental e o controle de
poluição com os interesses econômicos.

A adoção e a implementação sistemática de um conjunto de


procedimentos de gestão ambiental, refletindo em ações dentro de um SGA,
podem favorecer a obtenção de resultados para todas as partes interessadas.

Conheça mais detalhes sobre a história do ciclo de melhoria contínua,


conhecido como PDCA.

Acesse: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_PDCA>

Enfim, até o momento foi realizada uma ampla discussão sobre sistemas
e uma explanação geral sobre SGA, para as próximas aulas abordaremos
orientações sobre a implantação, com exemplos e dicas para todos os
requisitos da norma, para tanto se faz necessário para finalizarmos essa etapa
a apresentação de todos os requisitos da norma e sua respectiva sequência de
implantação.

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Conhecendo a Norma ISO 14001

Síntese

Para finalizar a aula, assista ao vídeo a seguir no qual há uma revisão


dos temas abordados.

Até a próxima!

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1. Agora que você já tem maior compreensão sobre a norma e o ciclo do
PDCA, relacione as colunas de acordo com as premissas de cada etapa
desse ciclo.

(P) Planejar

(D) Executar

(C) Verificar

(A) Agir

a. ( ) Verificação do sistema, correção de não conformidades, controle de


registros.

b. ( ) Elaboração da política, revisão da legislação, avaliação de aspectos


ambientais e construção do escopo.

c. ( ) Analise crítica pela administração.

d. ( ) Atribuição de responsabilidade, treinamentos, disponibilização de


recursos, preparação de respostas a emergências.

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2. Um Sistema de Gestão Integrado (SGI) possibilita a integração de várias
ferramentas. No caso da elaboração de um SGI – com o objetivo de
gerenciar o meio ambiente, a segurança e a qualidade –, analise as
ferramentas abaixo e marque a única que não seria selecionada.

a. ISO 9001.

b. ISO 14001.

c. OHSAS 18001.

d. SA 8000.

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Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO


14001: Sistemas de Gestão Ambiental – requisitos e diretrizes para uso. Rio de
Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 9001:


Sistemas de Gestão de Qualidade – requisitos. Rio de Janeiro, 2000.

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