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inteligencia artificial

A União Europeia (UE) concentra esforços na promoção da Inteligência Artificial (IA)


visando aprimorar diversos setores, como cuidados de saúde, transporte, produção e
energia. O foco da abordagem da UE é assegurar a segurança e a confiança na utilização
da IA, encorajando seu desenvolvimento pelas empresas. Para isso, propõe-se um novo
quadro jurídico que categoriza os sistemas de IA de acordo com os riscos, desde proibições
até requisitos mínimos de transparência. A UE busca fomentar a excelência na IA através
de financiamentos e parcerias público-privadas, impulsionando o desenvolvimento e a
implementação dessa tecnologia. Os investimentos contemplam áreas como saúde, meio
ambiente e combate à desinformação, visando oferecer soluções abrangentes para os
desafios sociais. Com investimentos substanciais e metas ambiciosas, a UE almeja
tornar-se líder global em IA segura e ética, promovendo a inovação e o avanço tecnológico.

Estrategia industrial para a Europa


A Estratégia Industrial da União Europeia, lançada em março de 2020, tem como objetivo
principal apoiar a transição para uma economia digital e ecológica, aumentar a
competitividade da indústria globalmente e fortalecer a autonomia estratégica. Sua
atualização, em maio de 2021, responde aos impactos da pandemia de COVID-19,
impulsionando uma economia mais sustentável, digital, resiliente e competitiva.
Reconhecendo o papel vital das pequenas e médias empresas (PMEs), a estratégia propõe
medidas para fortalecer sua resiliência e viabilidade econômica. A pandemia causou uma
queda significativa no PIB, reduziu o volume de negócios das PMEs e afetou o comércio
intra-UE e o emprego.

Os objetivos da estratégia atualizada incluem o fortalecimento do mercado único, a


promoção da autonomia estratégica aberta da Europa e o impulso às transições ecológica e
digital. Uma análise das dependências estratégicas revelou que a UE está altamente
dependente de fornecedores estrangeiros em 137 produtos essenciais, representando 6%
do valor total dos produtos importados na Europa. Mais da metade dessas dependências
são provenientes da China, seguida pelo Vietnã e pelo Brasil. 34 desses produtos são
especialmente vulneráveis, com baixa capacidade de diversificação e substituição por
equivalentes produzidos na UE, incluindo matérias-primas e produtos químicos utilizados
em setores com uso intensivo de energia e na área da saúde.

As propostas para lidar com essas questões incluem a criação de um Instrumento de


Emergência do Mercado Único, o aprofundamento do mercado único, análises mais
detalhadas das dependências estratégicas, o estabelecimento de parcerias internacionais e
projetos multinacionais. Além disso, apoia-se a indústria siderúrgica limpa e competitiva,
bem como a promoção de uma energia descarbonizada acessível. Todas essas medidas
visam garantir investimentos em energias renováveis e infraestruturas, impulsionando a
economia em direção a uma transformação sustentável.

Contribuir para a defesa europeia


A União Europeia tem como objetivo principal fortalecer sua posição como uma garantia de
segurança mais robusta e confiável, tanto dentro de sua vizinhança imediata quanto além,
seja em colaboração com parceiros internacionais ou de forma autônoma, se necessário.
Para alcançar essa meta, a UE adotou uma visão estratégica comum para a segurança e
defesa nos próximos 5-10 anos.

Diversas medidas foram propostas para alcançar esse objetivo:

1. Estabelecimento do Instrumento para Reforçar a Indústria Europeia de Defesa através da


Contratação Pública Colaborativa (EDIRPA), com o intuito de promover a contratação
pública conjunta no setor de defesa entre os Estados-Membros.
2. Criação de um grupo de trabalho dedicado à contratação pública conjunta no domínio da
defesa, visando coordenar as necessidades dos Estados-Membros e facilitar a assistência
militar.
3. Proposta de um instrumento da UE para fortalecer as capacidades industriais de defesa,
incentivando a colaboração entre os Estados-Membros para abordar lacunas críticas.
4. Fortalecimento da resiliência da UE diante de ameaças híbridas, reforço da
cibersegurança e da ciberdefesa, impulsionamento da mobilidade militar e enfrentamento
dos desafios das alterações climáticas relacionados à defesa.

Essas medidas são uma resposta direta à agressão da Rússia contra a Ucrânia e ao apelo
para fortalecer a ação da UE na defesa, que foi destacado durante a Conferência sobre o
Futuro da Europa. O objetivo é garantir a segurança e a estabilidade da região e além,
promovendo uma abordagem coordenada e colaborativa entre os Estados-Membros da UE.

espaço
A União Europeia reconhece a necessidade premente de abordar a questão da
conectividade segura baseada no espaço e a Gestão do Tráfego Espacial, compreendendo
que a tecnologia espacial desempenha um papel vital na facilitação da vida cotidiana e na
contribuição para um futuro digital, sustentável e resiliente.

No âmbito desse reconhecimento, a UE propõe a implementação de um sistema de


comunicação seguro baseado no espaço, visando assegurar o acesso global a serviços de
comunicação seguros e acessíveis. O objetivo principal desse sistema é garantir a proteção
de infraestruturas críticas, facilitar a vigilância e o gerenciamento de crises, além de
oferecer um acesso à Internet rápido e confiável.

As principais características dessa proposta incluem a ênfase na segurança, com medidas


para aumentar a resiliência cibernética e a integração da Infraestrutura Europeia de
Comunicação Quântica (EuroQCI). Além disso, a proposta visa promover a inovação,
integrando tecnologias inovadoras de empresas estabelecidas e do ecossistema New
Space, e melhorar a capacidade por meio de serviços multi-orbitais e complementaridade
com ativos de conectividade já existentes.

No que diz respeito à Gestão do Tráfego Espacial, a abordagem da UE visa promover o uso
seguro, sustentável e seguro do espaço, enquanto preserva a autonomia estratégica e a
competitividade da indústria da União Europeia. Para tanto, a Comissão propõe uma série
de ações, incluindo a avaliação dos requisitos e impactos da Gestão do Tráfego Espacial, o
aumento das capacidades de Vigilância e Tráfego Espacial da UE e a promoção da
abordagem da UE em nível global, por meio da colaboração com parceiros-chave para
soluções globais.

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