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ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico Professor Gustavo Mendes Lima Santos
EXPEDIENTE:
Autor: ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico
Revisão Técnica: farmacêutica Me. Juliana Cardoso
Produção: Vitae Editora
Edição: Egle Leonardi e Jemima Bispo
Vitae Editora Colaboraram nesta edição: Erika Di Pardi e Janaina Araújo
Diagramação: Cynara Miralha
Anápolis (GO), 2021
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REGISTRO DE INSUMOS FARMACÊUTICOS A RDC 59/2020 é direcionada para as empresas que são detentoras do DIFA (Dossiê
de Insumo Farmacêutico Ativo) e trata dos tipos de peticionamento que podem ser realizados
Por Gustavo Mendes Lima Santos
junto à Anvisa, para se regularizar o insumo farmacêutico ativo e também tratar das questões
pós-alteração do CADIFA (Certificado de Análise de Documentação do Insumo Farmacêutico
Ativo). Além disso, essa resolução também trata da suspensão e do cancelamento dos certi-
APRESENTAÇÃO ficados, caso aconteça em algumas situações específicas.
O tema abordado neste e-book é o novo marco regulatório de insumos farmacêuticos A RDC 361/2020 é direcionada para o detentor do medicamento, ou seja, aquele que vai
ativos, o qual vem sendo discutido pela Anvisa nos últimos anos. No entanto, em 2020, adquirir os insumos farmacêuticos ativos para produzir o medicamento final. Essa reso-
chegou-se a uma conclusão de uma proposta de como deveriam ser regulamentados os lução altera a RDC 200/2017, que traz as diretrizes do registro de medicamentos, e a RDC
insumos farmacêuticos no Brasil. Isso se transformou em três normativas. 73/2016, que dá conta do pós-registro de medicamentos.
De todos os insumos farmacêuticos fornecidos para o Brasil, 31% provêm da China, 12% Tanto a RDC 59/2020 quanto a RDC 361/2020 impactam nas atividades de duas áreas:
são fabricados na Alemanha, mesmo percentual comprado da Índia (que junto com a China na Coordenação de Insumo Farmacêutico da Anvisa e na Gerência de Qualidade de
são os dois maiores produtores mundiais), 7% dos EUA (em especial, insumos biotecnológi- Medicamentos da Anvisa.
cos e biológicos, que o país é um dos maiores fornecedores globais) e 6% da Suíça. As informações
são da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi). A terceira resolução que diz respeito ao novo marco regulatório de IFA é a RDC 362/2020,
a qual trata dos critérios para as empresas produtoras de IFA se certificarem em Boas Práticas
Segundo a Anvisa, para o registro de um medicamento por uma indústria farmacêutica de Fabricação. Essa atividade é executada pela COINS (Coordenação de Inspeção em Insumos
brasileira, é necessário peticionar paralelamente o registro do medicamento e do res- Farmacêuticos), relacionada à gerência de fiscalização.
pectivo insumo farmacêutico ativo, seja ele nacional ou importado. O registro do IFA não
está vinculado ao registro do medicamento. Cada produto tem seu tempo, petição, análise
e publicação de registro independente. O registro de IFA pode também ser peticionado
antes do medicamento. Caso haja cancelamento do registro do IFA, o laboratório deverá MANUAL CADIFA
providenciar outro fornecedor qualificado e com IFA registrado para continuar a fabricação
Junto às resoluções citadas, a Anvisa publicou também o manual CADIFA, o qual traz
do medicamento. A Anvisa pondera que quando determinado IFA é registrado por uma
os procedimentos administrativos que devem ser seguidos pelas empresas, para avançar
importadora se outra desejar importar o mesmo IFA será necessário registrá-lo também.
com as petições e as regularizações necessárias dos insumos farmacêuticos ativos.
Contudo, uma empresa poderá adquirir o produto da importadora que já possui registro
sem a necessidade de um registro próprio. Trata-se da RDC 359/2020 e de algumas informações do Guia 24/2019, que estabelece
quais documentações devem ser apresentadas.
ASPECTOS REGULATÓRIOS
Normas:
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SITE COIFA • Institui o Dossiê de Insumo Farmacêutico Ativo (DIFA) e a Carta de Adequação
de Dossiê de Insumo Farmacêutico Ativo (CADIFA);
Outra fonte muito importante de informações sobre registro e regularização de insumos
• DIFA: conjunto de documentos administrativos e de qualidade de um insumo farmacêutico
farmacêuticos ativos é o próprio site da Anvisa, no qual é possível identificar informações
úteis tanto para os agentes regulados, como os detentores de IFA das empresas e indústrias ativo. Por isso, todas as informações relativas à forma de produção do insumo farmacêutico
farmacêuticas, quanto para os próprios especialistas da Anvisa. e os seus aspectos relacionados a controle de qualidade, estabilidade, impurezas e polimorfismos
estão no Dossiê de Insumo Farmacêutico Ativo;
No caso da consulta ao site, há uma série de informações relacionadas à regularização
• CADIFA: instrumento administrativo que atesta a adequação do DIFA à RDC 359/2020;
desses produtos.
• Abrangência: os IFA que precisam seguir as premissas da RDC 359/2020 são aqueles utiliza-
dos na fabricação de medicamentos novos, inovadores, genéricos e similares. A abrangência
não se aplica a IFA atípico e IFA utilizado na formulação de produto farmacêutico notificado
ou enquadrado como produto biológico, fitoterápico ou produto tradicional fitoterápico,
medicamento específico ou medicamento dinamizado.
Os dois documentos são importantes porque fazem parte desse novo cenário, no qual todos
aqueles que vão produzir medicamentos, registrar ou regularizar os insumos, no Brasil,
devem se atentar.
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DIFA CADIFA
Já a Carta de Análise de Insumo Farmacêutico Ativo será enviada e apresentada pela
Anvisa após o recebimento da parte aberta e restrita. Trata-se de uma atribuição da COIFA
para analisar a documentação e verificar se os critérios apresentados quanto à qualidade,
fabricação e todos os dados relativos ao insumo farmacêutico estão corretos, conforme
os requisitos estabelecidos.
Caso haja necessidade, haverá uma exigência da Anvisa, para esclarecimentos ou para
estabelecimentos de dúvidas e de discussões técnicas, se for pertinente. Se tudo for escla-
recido, tem-se então uma carta emitida pela Anvisa para a empresa.
Obs: O módulo 2 não está descrito na norma. No entanto, consta no checklist como opcional.
Parágrafo único. A Anvisa, a seu critério, poderá solicitar o envio do DIFA, nos seguintes casos:
I - após prévia manifestação de interesse do detentor do DIFA; ou
II - após convite público da Diretoria Colegiada.
Art. 5º Será gerado um número de referência após submissão do DIFA enviado conforme
o art. 4º. Trata-se do número no qual se consegue acompanhar o andamento do processo de
análise do DIFA, ou seja, o dossiê que contém todas as informações relacionadas ao insumo
farmacêutico.
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A submissão é apenas do CADIFA, mesmo nos casos em que não há restrição de confidencia- O cadastramento da empresa no sistema da Anvisa é muito importante e a verificação do
lidade. No caso do CADIFA não associado ao pedido de registro, é necessário fazer uma cadastro pode ser feita na aba ‘Consultas’.
manifestação de interesse pelo peticionamento eletrônico, que pode ser submetido de forma
eletrônica, compartilhando os dados com a Anvisa, por meio da nuvem, ou pode ser um
protocolo manual, com a documentação enviada diretamente à Anvisa.
MANUAL CADIFA
Os procedimentos administrativos foram instituídos no Manual CADIFA com o objetivo
de avançar as petições. A versão final está disponível desde agosto de 2020.
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É importante que o manual seja consultado, pois contém detalhes sobre como fazer as petições. TIPOS DE PETIÇÃO
Petição Primária:
• Solicitação de CADIFA Associada a uma petição de registro, pós-registro;
• Manifestação de Interesse;
• Solicitação de CADIFA Não Associada (Convite público da DICOL).
Trata-se da petição inicial, o primeiro pedido junto à Anvisa para se emitir uma CADIFA.
Petição Secundária:
• Mudanças: notificação anual, notificação imediata, menor, menor por exclusão, maior;
• Cumprimento de exigência;
• Outras: aditamento, desistência, suspensão, cancelamento, recurso etc.
ORGANIZAÇÃO DO DIFA
O DIFA é organizado em três módulos:
ANTES DA SUBMISSÃO
Antes da submissão, também é importante organizar e saber que tipo de documento é recebido
pela Anvisa.
Requerimentos de arquivo:
O cadastro é necessário para acessar os sistemas da Anvisa e compartilhar as informações • Formato (PDF ou DOC/DOCX);
do DIFA. • Tamanho (20MB ou 60MB);
• Nome (que sugira ser uma DIFA).
No cadastro da empresa, também haverá o Gestor de Segurança, para que se garanta
a segurança dos dados.
Se o detentor do DIFA é domiciliado no Brasil, o sistema solicita o CNPJ. Caso contrário, SOLICITAÇÃO DE CADIFA
quando o detentor não reside no Brasil, ele precisa preencher um formulário de cadastro junto
Pode ser um protocolo eletrônico ou manual. É possível observar na imagem abaixo uma série
à COIFA para ter acesso ao sistema de cadastramento de empresa e compartilhar os documentos. de opções para solicitação de CADIFA.
A alteração no cadastro deve seguir o mesmo fluxo.
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A análise pode gerar três situações:
Algumas discussões importantes e comuns na análise dos dossiês e que ajudam a diminuir
o número de exigências e indeferimentos:
CADIFA
Constarão na CADIFA:
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BPF: No caso de mudanças do DIFA com CADIFA, descritas no item 1, anexo I, da RDC
73/2016:
• Os fabricantes devem cumprir com as boas práticas de fabricação de insumos farma-
cêuticos ativos; i. Mudança do IFA com CADIFA (HMP)
• A CADIFA não será emitida caso se constate descumprimento das boas práticas de j. Mudança do IFA com CADIFA (implementação imediata)
fabricação. k. Mudança do IFA com CADIFA (maior)
REVISÃO DA CADIFA
Art. 58. Após a aprovação da mudança, a Anvisa emitirá a CADIFA revisada nos seguintes
casos:
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• Introduz a necessidade da CADIFA e CBPF de IFA no registro e pós-registro de É importante se atentar a essas resoluções para que se possa verificar qual o procedimento
medicamento; mais adequado.
BPF - GMP
• O CBPF será concedido por uma das três vias:
Tanto na RDC 200/2017 quanto na RDC 73/2016 é importante observar que existem situações
em que essas mudanças geram necessidades de alterações.
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