Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
Livro:
AYOUCH, T. C. Psicanálise e Hibridez. Curitiba: Calligraphie, 2019.
Para falar sobre hibridez neste livro, o autor põe uma lupa em cima da
própria psicanálise, checando as suas origens e nos fazendo perceber que a
psicanálise na sua gênese já sofreu várias hibridações de línguas, raças,
gêneros, etc... e que essa hibridez acontecia em forma de diálogos com
autores e situações que deixaram a porta aberta para a dinâmica da
apresentação de novos saberes.
O autor dialoga neste livro com vários conceitos para chegar no ponto de
hibridamento, ele cita o conceito de espaço transicional de Winnicott
(psicanalista inglês) para um espaço que é criado pelo analista/analisando(a),
como um terreno para criações e paradoxos, e a desconstrução de conceitos já
arraigados como o binarismo, categorias universalizadas.
Para o autor, a transferência já é um primeiro ponto de hibridamento na
psicanálise e no ato analítico, onde o/a analista e o analisando/a, além de
criarem um “ terceiro espaço”, estes saem modificados desta relação, não
como um processo acabado e imutável, mas como um processo aberto para
as transformações, um devir – como diz Michel Foucault (filósofo francês) –
surgido da confrontação com o diferencial que resulta da alteridade e da
possibilidade de coexistir com os diferentes, mesmo existindo uma contradição
entre saberes, elementos e situações.
Referências:
Sigmund Freud (Psicanalista austríaco)
Jaques Lacan (Psicanalista Francês)
Donald Winnicott (Psicanalista inglês)
Michel Foucault (filósofo Francês)
Joan scott (historiadora estadunidense)
Etienne Balibar (filósofo francês)
Vincent Stellon (psicanalista francês)
Salman Rushdie (ensaísta e escritor indiano)
Gloria Anzaldúa (escritora estadunidense)