Este relatório descreve as observações de um grupo de estudantes sobre o uso de telefones celulares em uma praça de alimentação de shopping. Eles notaram que as pessoas usam seus celulares de várias maneiras, como conversando, usando redes sociais ou jogando, e isso interfere nas interações sociais e na alimentação. O relatório conclui que o uso excessivo de celulares pode distanciar as pessoas próximas e prejudicar as refeições e a saúde.
Este relatório descreve as observações de um grupo de estudantes sobre o uso de telefones celulares em uma praça de alimentação de shopping. Eles notaram que as pessoas usam seus celulares de várias maneiras, como conversando, usando redes sociais ou jogando, e isso interfere nas interações sociais e na alimentação. O relatório conclui que o uso excessivo de celulares pode distanciar as pessoas próximas e prejudicar as refeições e a saúde.
Este relatório descreve as observações de um grupo de estudantes sobre o uso de telefones celulares em uma praça de alimentação de shopping. Eles notaram que as pessoas usam seus celulares de várias maneiras, como conversando, usando redes sociais ou jogando, e isso interfere nas interações sociais e na alimentação. O relatório conclui que o uso excessivo de celulares pode distanciar as pessoas próximas e prejudicar as refeições e a saúde.
KAREM SABINE DE PAULA NOGUEIRA RA T44051-3 KARLA YUKA ANZE RA C6716I-9 LAÍS FERREIRA DE OLIVEIRA RA T63731-7 PRISCILA SALVADOR FERREIRA RA T29033-3
RELATÓRIO DAS OBSERVAÇÕES EM CAMPO
Psicologia do Cotidiano Grupo 8
SÃO PAULO 2017 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
ANGELA GONÇALVES LEMOS RA C717AI-9
KAREM SABINE DE PAULA NOGUEIRA RA T44051-3 KARLA YUKA ANZE RA C6716I-9 LAÍS FERREIRA DE OLIVEIRA RA T63731-7 PRISCILA SALVADOR FERREIRA RA T29033-3
RELATÓRIO DAS OBSERVAÇÕES EM CAMPO
Psicologia do Cotidiano Grupo 8
Trabalho apresentado à Universidade Paulista –
UNIP como requisito parcial para a aprovação na Disciplina Psicologia do Cotidiano, sob a orientação da Prof. Karin.
SÃO PAULO
2017 RELATÓRIO 1
Conforme proposto pela matéria de Psicologia Comunitária, ministrada
pela professora Karin, era necessário escolher um tema e local para observação do cotidiano. Nosso grupo escolheu o tema: “uso do telefone celular na praça de alimentação”, e o local escolhido foi a praça de alimentação do shopping Metrô Tatuapé. Nossas observações ocorreram às terças-feiras, entre o período das 10:00h e 13:00h. O tema foi escolhido por ser muito comum o uso de telefone celular durante as refeições, e gostaríamos de saber como o telefone celular é usado dentro de um local, que aparentemente as pessoas iriam com outro objetivo, como uma praça de alimentação de shopping. Durante as primeiras dez horas de observação, pudemos perceber diferentes perfis do uso do telefone celular na praça de alimentação. Por volta das 10:00h, onde o fluxo de pessoas ainda é pequeno, observamos que muitas pessoas utilizam o espaço da praça para se ocuparem, e na maioria das vezes, a companhia das pessoas sozinhas é o celular. Percebemos que as pessoas utilizam a praça como apoio, e o celular seria o auxílio para passar o tempo. Essas pessoas o utilizam das mais diversas formas, como por exemplo, teclando com alguém, usando aplicativos, acessando as redes sociais ou jogando. Observamos que os funcionários das redes dos restaurantes da praça utilizavam o espaço para conversarem antes da entrada no trabalho. Essa conversa era sempre com a presença do celular. Alguns funcionários acabavam se isolando do grupo e ficavam em seu mundo digital, concentrados em seus aparelhos, parecendo não existir o mundo exterior. É interessante perceber, que a tecnologia que o smartfone trouxe até as pessoas, faz com que não conversem mais. Durante nossas observações, poucas vezes vimos alguém usar o telefone em uma conversa de voz. A praticidade da mensagem instantânea e o contato com os aplicativos, pelo que percebemos está deixando as pessoas cada vez mais distantes. Observamos grupos de pessoas que se sentavam juntos à mesa, e o celular sempre estava presente nas conversas, ou até mesmo a conversa era encerrada para continuar usando o celular. A nossa percepção é que o uso do telefone está interferindo nas relações do dia a dia. A presença de um amigo ou pessoa do seu lado está deixando de ser importante, dando lugar ao aparelho de telefone. Percebemos pessoas acompanhadas, porém sós em seu mundo virtual, não interagindo com os outros. Antes do início do almoço, muitas pessoas passam pela praça para fazer algo não relacionado à alimentação. Percebemos algumas pessoas chegando, com pastas e papéis, e logo pegam o celular e iniciam uma espécie de trabalho, sempre conectados. Assim acontece também com grupos de jovens, que ficam por ali com o material escolar espalhado sobre as mesas, e cada um com seu telefone e fones de ouvido. Neste horário, a praça tem um movimento que foge do âmbito da alimentação, e as pessoas param ali, por diversas razões, sozinhas ou em grupos, todas fazendo uso do celular. Em se tratando deste shopping, que fica em uma estação de metrô, o funcionamento que observamos pode estar ligado à facilidade que as pessoas têm de ficar em um lugar considerado seguro, como a praça, para depois seguir seu caminho, e neste tempo ficam conectadas. O celular, pelo observado, é como uma peça do vestuário que não pode faltar. As pessoas chegam à praça com ele nas mãos, teclando, assistindo vídeos ou com seus fones de ouvido, conectados em um mundo só deles. Não percebem o que está ao seu redor, param nas filas e lá permanecem usando o telefone. Percebemos que existe uma relação de dependência do uso do celular. Quando vai se aproximando as 12 horas, horário em que as pessoas chegam para almoçar, o que vimos foi que as pessoas não desfrutam mais de uma refeição tranquila, a atenção é dividida, e podemos dizer que o celular ganha. A falta de contato visual com o alimento é percebida em grupos e pessoas sozinhas, o garfo chega à boca de uma forma automática, pois a pessoa está inserida no conteúdo do celular. Observamos que as pessoas não querem perder tempo, e durante uma refeição, aproveitam para estarem conectadas. Grupos que chegam e sentam-se juntos, desprezam o valor da companhia do outro interagindo apenas com seu celular. Mas também observamos que existem casos em que a pessoa faz uma troca com o outro, cada um com seu celular, porém mostrando ao outro o que está vendo ou jogando. O celular neste caso serviu para aproximar as pessoas, ao contrário da maioria das vezes, incentivou a interação. Outro fato que motiva a interação são as fotos tiradas, provavelmente para serem guardadas de recordação. Observamos em alguns casos a falta de atenção dada às crianças, por pais que chegam com seus filhos e ficam ao celular por muito tempo. Um caso foi bem marcante, a mãe estava ao celular conversando e a filha estava com ar entediado. Quando a mãe desligou, interagiu um pouco com a filha, mas logo voltou a usar o telefone. A criança então teve a reação de levantar-se e “grudar” no pescoço da mãe, pedindo socorro, para receber atenção. Outros pais ou adultos que estavam com crianças, entregavam o celular a eles durante as refeições. O uso do celular está prejudicando a relação entre adultos e crianças, a criança se alimenta assistindo a um vídeo, e os pais comem automaticamente enquanto usam seus celulares. O telefone está evitando a constituição de qualquer vínculo que as refeições poderiam proporcionar. Antes as rodas de amigos e familiares diante de uma mesa farta eram recheadas de conversas e risadas, hoje essa interação não existe mais, está sendo eliminada pelo contato virtual com o outro, que está distante, ou por um aplicativo qualquer. As crianças estão vivenciando uma forma de interação individualista, que provavelmente é a que eles terão para ensinar aos seus herdeiros. Diante disso, o nosso grupo chegou à conclusão, que o uso do telefone celular na praça de alimentação está interferindo nas relações sociais e na alimentação das pessoas. Em relação às interações sociais, ficou evidente que o celular aproxima as pessoas distantes e distância as pessoas próximas, ele pode ser um excelente meio de auxílio na interação, desde que seja utilizado da maneira correta, não como substituto ao convívio com as pessoas próximas, deve existir uma preocupação e bom senso em sua utilização. Em relação à alimentação, as pessoas deixam de prestar atenção no que estão comendo, transformando este momento em um ato automático, mal executado, de maneira rápida, dificultando com certeza uma boa digestão e consequentemente trazendo prejuízos à saúde. Outro ponto que foi possível de concluir, é que existem pessoas que utilizam a praça sem o propósito alimentar, apenas passam por lá e neste tempo utilizam o telefone, sejam em grupos ou sozinhas. Supomos que esta prática aconteça pela falta de espaços abertos que sejam agradáveis e seguros, tornando as pessoas reféns de ambientes fechados e controlados, que acabam por incentivar a utilização do celular. RELATÓRIO 2
Conforme proposto pela matéria de Psicologia Comunitária, ministrada
pela professora Karin, foi necessário escolher um tema e local para observação do cotidiano. Nosso grupo escolheu o tema: “uso do telefone celular na praça de alimentação”, e o local escolhido foi a praça de alimentação do shopping Metrô Tatuapé. Nossas observações ocorreram às terças-feiras, entre o período das 10:00h e 13:00h. O tema foi escolhido por ser muito comum o uso de telefone celular durante as refeições, e gostaríamos de saber como o telefone celular é usado dentro de um local, que aparentemente as pessoas iriam com outro objetivo, como uma praça de alimentação de shopping. O shopping onde foram feitas as observações fica próximo a uma estação de metrô de São Paulo, e pela facilidade de acesso percebemos que muitas pessoas passam ali por considerar a praça de alimentação um local seguro, para depois seguir seu caminho, e neste tempo ficam conectadas. Nas dez últimas horas de observação, também notamos diferentes perfis do uso do telefone celular na praça de alimentação. Chegamos ao local por volta das 10h, e nos posicionamos para observar. Nesse horário a praça de alimentação é bastante vazia, mas já havia pessoas sentadas utilizando o celular. Observamos alguns funcionários isolados, em silencio, concentrados em seus dispositivos aproveitando o tempo de intervalo, e talvez se atualizando antes de entrar no próximo turno, que ao uso do celular acabam se isolando e se fechando momentaneamente em seu mundo digital. É interessante perceber, que a tecnologia que o smartfone trouxe até as pessoas, faz com que não conversem mais. Durante nossas observações, poucas vezes vimos alguém usar o telefone em uma conversa de voz. A praticidade da mensagem instantânea e o contato com os aplicativos, pelo que percebemos está deixando as pessoas cada vez mais distantes. Percebemos pessoas acompanhadas, porém sós em seu mundo virtual, não interagindo uns com os outros. No período da manhã como o movimento na praça de alimentação é menor verificamos que algumas cenas se repetem: pessoas passam pela praça para fazer algo não relacionado à alimentação como reuniões de trabalho, com pastas, papeis, tablets e seus aparelhos móveis. Jovens também que se reúnem para estudar montam seus livros e cadernos sobre as mesas, mas sempre conectados aos seus celulares e na maioria com fones de ouvido. Juntos, porém distantes uns dos outros. Talvez estivessem também aproveitando a liberdade longe dos pais para utilizar por um tempo maior o dispositivo. Próximo ao meio-dia as pessoas começam a chegar para almoçar, e vemos muitas apressadas sempre com o olhar fixo em seus celulares. Nas filas dos restaurantes percebemos que as pessoas se distraem tanto ao celular que as vezes até se esquecem de retirar o pedido. Presenciamos algumas cenas de distração ao uso do celular nesse momento de maior movimento: uma jovem que quase colidiu com uma senhora, uma criança que tropeçou, um atendente que se esqueceu de atender o cliente. Percebemos que algumas pessoas têm um relacionamento muito profundo com o aparelho, como se fossem dependentes dele, não desfrutam mais de uma refeição tranquila e prazerosa. Alguns nem olham para o alimento, o talher vai automaticamente a boca. O que nos parece é que não querem perder tempo, e durante uma refeição, aproveitam para estarem conectados resolvendo assuntos urgente. Por toda a praça observamos grupos de pessoas sentadas juntas, com o celular sempre presente, como se fossem “indivíduos importantes” fazendo parte das rodas. As vezes o diálogo era até encerrado para continuar usando o celular. Percebemos que o uso do celular em excesso pode atrapalhar as relações do dia a dia, pois muitas vezes vimos pessoas darem mais atenção ao aparelho do que as pessoas que as acompanhavam . Neste Shopping no período da manhã existe atividade para a 3ª idade, e algumas vezes presenciamos grupos de idosos reunidos conversando animadamente, e um detalhe importante: conversando pessoalmente e sem o celular. Algo muito positivo e muito saudável. Para a geração passada que conviveu muito tempo sem o celular, essa novidade parece não chamar mais atenção do que as pessoas. Nesse grupo de pessoas nos parece que o celular serve apenas como aparelho telefônico. Captamos também casos em a pessoa faz uma troca com o outro, cada um com seu celular, porém mostrando ao outro o que está vendo ou jogando. Neste caso o celular serviu para aproximar as pessoas, ao contrário da maioria das vezes, incentivou a interação. Outro fato que motiva a interação são as fotos, as selfies tiradas para registrar o momento. Com relação as crianças a mesma cena se repete. Observamos muitos adultos fazendo a refeição com crianças, e todos usando o celular tanto adultos como crianças. Notamos que muitos pais oferecem o celular as crianças para que elas se distraiam no momento da refeição. O uso do celular parece estar prejudicando a relação entre adultos e crianças. A criança se alimenta assistindo a um vídeo, e os pais comem automaticamente enquanto usam seus celulares. Neste segundo relatório concluímos que o uso do telefone celular na praça de alimentação está interferindo nas relações sociais e na alimentação das pessoas. Nas interações sociais o celular pode tanto aproximar quanto distanciar as pessoas. Aproxima as que estão distantes através das conexões, mas distancia aquelas que estão próximas por não interagirem pessoalmente. Com relação a alimentação tem sido prejudicial pois interfere no momento da refeição. As pessoas deixam de dar a devida atenção ao que estão comendo, transformando o momento da refeição em algo automático, comendo muito rápido podendo causar problemas de saúde. RELATÓRIO FINAL DE OBSERVAÇÃO E EXPERIÊNCIA
Conforme proposto pela matéria de Psicologia Comunitária, ministrada
pela professora Karin, nosso grupo escolheu o tema: uso do telefone celular na praça de alimentação, e o local escolhido foi a praça de alimentação do shopping Metrô Tatuapé. Nossas observações ocorreram às terças-feiras, entre o período das 10:00h e 13:00h. Neste relatório final, apontaremos como as nossas vivências durante as observações interferirão na nossa formação como psicólogas. Mostraremos como as nossas reflexões sobre o tema observado se transformaram em experiências e ensinamentos para a nossa futura profissão. Durante as observações nessa fase, percebemos que estava mais difícil manter o olhar apurado ao tema, pois as situações referentes ao uso do celular eram na maioria das vezes muito parecidas. A ansiedade de ver algo novo às vezes podia estar desviando o nosso olhar diante do cotidiano ao nosso redor. As observações aconteceram sempre em grupo, o que tornou a experiência mais rica e interessante, por ter com quem discutir opiniões e por perceber que elas podem ser diversas, e que de alguma forma se relacionam com o repertório individual de cada uma das integrantes do grupo. Verificamos que não foi fácil a tarefa de observar o cotidiano e tudo o que ele nos apresenta sem julgar, pois julgamos e somos julgados o tempo todo, estamos mais acostumados a perceber os erros dos outros do que o nosso próprio erro. Em algumas situações, o observado não era o mais adequando em nosso ponto de vista, mas após analisar estas situações, entendemos que o fato em si observado podia ter contextos diferentes do que vimos e observamos, e aquilo que parecia ser nem sempre era. Este aprendizado nos foi transmitido durante as supervisões, onde ficava clara a necessidade de ir a campo com um olhar neutro, livre de julgamentos e pressupostos já formados, tentando ao máximo saber o que era nosso e o que era do outro. Nas observações também pudemos ver nosso próprio comportamento, todas nós já havíamos feito algo da qual anotamos em nossos relatos, em algum momento usamos o celular durante a alimentação ou então teclamos sem dar a devida atenção a alguém que estava ao nosso lado. É possível perceber então que precisamos melhorar nosso olhar perante o outro, pois como psicólogas trabalharemos com o cotidiano e muitas vezes iremos nos deparar com casos diferentes que parecerão semelhantes, mas não serão, pois cada caso é diferente, e cada pessoa é única. Podemos citar como exemplo os idosos, percebemos que eles usam o celular com menor frequência, logo pensamos que isso seria porque os idosos valorizam mais as relações sociais, porém percebemos que não podemos afirmar de pronto, pois o uso do celular para eles faz parte de um contexto recente, que vem sendo incorporado em suas rotinas, diferentemente dos jovens atuais que já nasceram na era digital onde o uso do celular é frequente e faz parte do seu contexto diário. Também levantamos hipóteses sobre a solidão, as pessoas que observamos sozinhas em sua maioria usavam o celular de alguma forma. Então pensamos que a solidão poderia estar relacionada, e que estar conectada naquele mundo virtual as fizesse se sentir menos sozinhas. Algumas destas pessoas até poderiam ser solitárias, mas não todas, às vezes apenas naquele momento estavam sozinhas, buscando um pouco de introspecção, ou então seria o horário de almoço e elas teriam apenas esse tempo livre para usar o celular. Enfim podem existir diversas hipóteses, mas jamais podemos afirmar de fato se a solidão estava ali presente, pois não conhecemos as pessoas que estavam sendo observadas. Pensamos também que poderia existir uma solidão acompanhada, pelo fato de ter observado grupos de pessoas, onde algumas mexiam no celular e nem olhavam para os colegas ao redor. Isso seria uma forma de introspecção ou falta de atenção para com o outro? Como não existiu entrevista durante as observações, não podemos concluir, mas a percepção é que o celular parecia mais interessante do que a própria roda de conversa. Então podemos dizer que nesse contexto sim, o uso do aparelho em excesso interfere nas relações sociais quando são trocadas pelas virtuais, e quando esse comportamento se torna parte da rotina dessas pessoas acaba não sendo saudável, pois afasta todas as formas de relacionamento pessoal e de afeto. Mas também não podemos condenar o uso do celular, pois ele é importante em nossas vidas, ele nos traz praticidade, seja no uso profissional ou pessoal, nos mantém atualizado no mundo em tempo real, aproxima pessoas que estão distantes, entre diversos outros motivos que podem ser benéficos em seu uso. O prejuízo pode ser a partir do momento em que causa dependência ou que provoque influências negativas, levando à perda da individualidade e a essência do indivíduo. Como conclusão de como estas vivências interferem na nossa formação como psicólogo, podemos dizer que não podemos ser neutros o tempo todo, mas também não devemos nos tornar relativistas e fatalistas ao extremo diante da vida e daquilo que vemos. O não julgamento não é ser de fato neutro e sim aprender a não julgar as pessoas, pois iremos nos deparar com situações desconhecidas, com novos contextos e “mundos” diferentes dos quais não estamos acostumados. É preciso quebrar nossa individualidade para entender o outro, não conseguimos observar e entender o sujeito se não saímos do nosso contexto. Precisamos ser neutros no sentido de respeitar as questões morais, culturais, éticas e religiosas do indivíduo, e não causar manifestações transferenciais. Isso é algo muito importante que a psicologia do cotidiano nos ensinou durante todas essas horas de observação, um olhar mais humano, uma visão mais apurada de que o nosso trabalho como psicólogo consiste em entender que o cotidiano e os contextos em que vivemos são diferentes, e é nosso dever entender o sujeito em sua amplitude sem julgamentos