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Era conhecido como filho de Zeus e de uma mulher mortal chamada Sêmele. Zeus, deus dos
céus e do trovão para os gregos, teve um caso extraconjugal com essa mulher. Os casos de Zeus
fora de seu casamento incomodavam profundamente sua esposa, chamada Hera. Ela tentava se
vingar de todas aquelas que se envolviam com Zeus. Com Sêmele, não foi diferente.
Zeus teria entregado Dioniso a ninfas e sátiros para que eles o criassem, mas existem versões
que falam que ele teria sido criado por Sileno, um homem idoso. Há outras versões acerca do
nascimento de Dioniso, sendo que uma delas afirma que o deus do vinho era, na verdade, filho
de Zeus e Perséfone.
A versão que narra que Dioniso era filho de uma mulher mortal acabou sendo a mais popular, e
isso é corroborado por outro mito, o qual conta que Hera transformou Dioniso em deus. Assim,
podemos concluir que ele era considerado um semideus e que foi aceito no panteão grego como
deus. O mito fala que isso aconteceu porque Dioniso, embebedando-o, conseguiu convencer
Hefesto a soltar Hera das correntes que a aprisionavam.
A descrição de Dioniso na tradição popular dos gregos antigos determina que ele era um deus
que estava sempre acompanhado de ninfas e sátiros, seres estes que possuíam o corpo parte
humano e parte na forma de bode. Com o tempo, surgiram também as Ménades, mulheres
seguidoras de Dioniso que ficaram enlouquecidas pelo consumo de vinho e viviam em um
permanente estado de frenesi.
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Os piratas planejavam vender Dioniso como escravo, mas ao vê-lo na forma do animal,
decidiram saltar do navio. Aqueles que saltaram imediatamente se transformaram em golfinhos.
Entre os piratas, só um timoneiro saiu ileso da situação. Isso aconteceu porque ele foi o único a
manifestar-se contra o sequestro de Dioniso desde o início.
Uma das menções mais conhecidas a Dioniso aconteceu no mito do rei Midas, um mito bastante
popular. Midas era rei da Frígia, uma região na Ásia Menor (atual Turquia). Ele encontrou um
idoso bêbado e em péssimas condições em seus jardins. O rei então percebeu que se tratava de
Sileno, o idoso que cuidou de Dioniso e que era um seguidor fanático desse deus.
Midas ofereceu todo o cuidado a Sileno e o enviou de volta a Dioniso. O deus do vinho ficou
profundamente agradecido com o gesto do rei e decidiu dar a ele o direito de fazer um pedido.
Ele respondeu dizendo que gostaria de transformar em ouro tudo aquilo que ele tocasse.
Dioniso assim o fez, mas logo Midas percebeu que isso o condenaria a morte, pois ele não
conseguia se alimentar nem beber água, já que quando tocava nos alimentos e bebidas, eles se
transformavam em ouro. Midas entrou em desespero e solicitou que Dioniso revertesse a
situação. Este interveio em favor daquele e acabou com o sofrimento do rei.
Culto a Dioniso
Acredita-se que Dioniso já era venerado na Grécia durante o período micênico — por volta do
século XIV a.C. Isso porque existem inscrições micênicas que mencionam o nome desse deus.
O culto a Dioniso ficou marcado pelo consumo sem limites de vinho.