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Capítulo 7
RITMOS BIOLÓGICOS
Nelson Marques
marquesnel@natal.digi.com.br
Luís Menna-Barreto
menna@fisio.icb.usp.br
INTRODUÇÃO
Desde há muito tempo sabe-se que os processos biológicos são cíclicos em sua
essência, ou seja, consistem de seqüências de eventos que se repetem a intervalos
regulares – são recorrentes. O ciclo atividade-repouso (e/ou vigília-sono), observado
em animais, plantas e na espécie humana, é um exemplo claro de ciclo recorrente,
constituindo um ritmo na sua expressão mais evidente (Marques 1987). Ritmo biológico
é a expressão utilizada para identificar oscilações regulares nos sistemas biológicos.
Essa definição ampla abrange tanto ritmos gerados endogenamente (pelos chamados
“sistemas de temporização”32), como ritmos provocados diretamente por flutuações
regulares do ambiente.
As seqüências ou recorrências podem ser simples ou extremamente complexas e
o intervalo entre elas, ou período de um determinado ritmo, pode variar de milésimos
de segundos até vários anos. Algumas vezes são aparentes pela simples tabulação dos
dados, distribuídos no tempo. Em outras há a necessidade de utilização de métodos
derivados da matemática tradicional, principalmente a estatística inferencial, que
permite descrição quantitativa destes fenômenos repetitivos.
A organização temporal dos seres vivos se expressa de duas formas: enquanto
reação a estímulos ambientais e enquanto ritmicidade. Esta segunda forma é a menos
evidente, mas provavelmente a mais importante. A ritmicidade se expressa em todos os
níveis de organização biológica: células do córtex adrenal, mantidas em cultura,
apresentam atividade metabólica cíclica; órgãos e sistemas variam regularmente, como
é o caso da excreção urinária de sódio e potássio nos mamíferos; organismos alteram
periodicamente o seu comportamento; mesmo o comportamento de populações pode
ser melhor compreendido com a aceitação da existência de ciclos, como se verifica, por
exemplo, na migração de insetos, aves e mamíferos.
Os ritmos biológicos dos organismos têm períodos distribuídos em uma grande
gama de intervalos. Esses intervalos podem ser de alguns ciclos por segundo (como nas
descargas elétricas do sistema nervoso ou o batimento do flagelo dos espermatozóides)
até ciclos com períodos mais longos de meses e, até mesmo, anos, como o ciclo
reprodutivo da cigarra americana (de 13 ou 17 anos) ou do bambu chinês, com ciclo de
aproximadamente 100 anos. Alguns têm períodos próximos ao de certos ciclos
32
A expressão “sistemas de temporização” vem sendo usada como alternativa mais adequada para
“relógios biológicos” por refletir mais adequadamente o estado atual do conhecimento que aponta para
mecanismos envolvendo múltiplos osciladores ao invés de um único “relógio”.
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geofísicos. Por exemplo, os relacionados com a rotação da Terra em torno de seu eixo,
ou seja, o ciclo dia-noite, de claro-escuro, ou com período de 24 horas. Ou então o da
revolução da Terra em torno do Sol, criando os chamados ciclos sazonais, ou das
estações do ano, com período em torno de 365 dias. Ambos são importantes para a
adaptação dos organismos ao seu ambiente e envolvem, necessariamente, algum tipo de
detecção fotossensível.
Os ciclos mais intensamente estudados têm sido aqueles que apresentam
períodos em torno de 24 horas, os chamados ritmos circadianos (Halberg 1983, 1987).
O termo circadiano refere-se a um período médio de precisamente 24h ou de qualquer
outra duração entre 20 e 28 horas. É possível demonstrar ritmos circadianos em
praticamente qualquer função biológica dos organismos vivos, do nível molecular ao
comportamental. Ao lado desses, é possível demonstrar também outros ciclos
biológicos com períodos menores do que o circadiano, os chamados ritmos ultradianos.
Apresentam sempre períodos menores do que 20h, em geral sem correspondência com
qualquer periodicidade externa conhecida. Registros de níveis hormonais, componentes
do sangue e do sistema imunológico, registros diversos de atividade neuronal, entre
outros, mostram esta classe de ritmos distribuídos pelas funções bioquímicas,
fisiológicas e comportamentais. Além dessas duas categorias de ritmos – os circadianos
e os ultradianos – há uma outra que apresenta períodos maiores do que 28 horas, os
chamados ritmos infradianos. Dentre esses, há certas freqüências que têm maior
proeminência do que outras, como, por exemplo, o ritmo circaseptano (período de 7
dias), circamensal (período de 30 dias) e o circanual (período de 365 dias). De forma
interessante, alguns ritmos que são aqui classificados apresentam períodos
correlacionados com eventos geofísicos externos, enquanto que outros, não (Marques
1987).
A Cronobiologia é a disciplina que se ocupa do estudo da estrutura temporal dos
seres vivos, incluindo aí os mecanismos e as propriedades das alterações fisiológicas e
comportamentais recorrentes, os chamados ritmos biológicos (Halberg 1969, Marques
& Menna-Barreto 2003). A cronobiologia é essencialmente nova enquanto disciplina
científica formalizada, o que, de certa maneira, contrasta com a antigüidade das
primeiras descrições, fundamentalmente fenomenológicas, dos ritmos biológicos
(Rotenberg et al. 2003).
Os ritmos biológicos ocorrem em todas as formas de vida, em diferentes níveis
de organização e nos mais diversificados sistemas fisiológicos. São observados no nível
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Caráter Endógeno
Em 1729, o astrônomo francês Jean Jacques De Mairan, utilizando uma espécie
de Mimosa, uma planta sensitiva heliotrópica, descreve à Academia de Ciências da
França, em Paris, os resultados de experimentos em que movimentos periódicos das
folhas dessa planta ocorriam mesmo quando mantidas isoladas de ciclos ambientais de
claro-escuro (Rotenberg et al. 2003). Mesmo nessas condições, as plantas continuaram
a movimentar suas folhas de forma regular e periódica. Essa observação foi seguida por
outra comunicação à mesma Academia, alguns anos depois, em 1759, desta vez
realizada por Du Fay, onde o pesquisador afirmava explicitamente que a planta “...
sensitiva sente o sol, mesmo sem vê-lo...”. (Rotenberg et al. 2003).
O relato de De Mairan representa a primeira observação formal da persistência
de ritmos diários em condições que hoje chamamos de livre-curso, ou seja, na ausência
de flutuações dos fatores do ambiente. Aquela descrição feita à Academia de Ciências
165
O final dos anos 20 do século passado também foi rico em outros experimentos
que trouxeram contribuições importantes para a compreensão da regulação da
expressão dos ritmos endógenos pela alternância claro e escuro. Experimentos
realizados pela botânica Antonia Kleinhoonte mostraram que pulsos de luz durante a
fase de escuro podiam ter efeitos diferentes sobre o ritmo de movimentação foliar em
função do momento em que esses pulsos eram apresentados. Ou seja, ocorria um
aumento ou uma diminuição do período do ritmo, como se o dia tivesse chegado mais
cedo ou mais tarde, dependendo dessas condições iniciais do horário do pulso de luz
(Rotenberg et al. 2003).
O mesmo tipo de trabalho foi retomado na década de 50, desta vez em
experimentos realizados com animais (Webb et al. 1953, Pittendrigh 1954, Rawson
1956 citado em Schwassmann 1971). Esses experimentos permitiram que Rawson,
como discutido por Schwassmann (1971), propusesse uma hipótese explicativa segundo
a qual a diferença de responsividade à luz, que dependia do momento em que ela
atuava, seria a base para o que chamamos hoje de arrastamento dos ritmos circadianos
pelo ciclo claro/escuro, outra propriedade fundamental dos ritmos biológicos (Marques
et al. 2003). O estudo do papel de pulsos de luz incidindo nas diferentes fases de um
ritmo biológico permitiu a construção de curvas de respostas dependentes de fase (CRF
ou PRC do inglês Phase Response Curve) para os ritmos de eclosão do pupário, em
uma espécie de drosófila (Pittendrigh & Bruce 1957), e para o ritmo de
atividade/repouso do esquilo-voador (De Coursey 1960).
O ajuste temporal envolve diversas etapas, todas mediadas pelo(s) sistema(s) de
temporização. A origem endógena dos ritmos biológicos proporciona às espécies uma
capacidade antecipatória, importante para a organização dos recursos e das atividades,
antes que elas sejam necessárias (Pittendrigh 1960). Através desses processos, as
transições entre estados fisiológicos e comportamentais, como do repouso à atividade
ou do sono à vigília, ou do jejum à alimentação, são preparadas progressivamente, antes
mesmo que o indivíduo acorde ou se alimente. A preparação para a vigília em humanos
e outros animais, por exemplo, implica na liberação de hormônios, como o cortisol ou a
corticosterona, e na elevação da temperatura corporal na etapa final do repouso ou do
sono (Czeisler et al. 1980).
Além desse caráter antecipatório, o ajuste temporal consiste também na
harmonização das fases dos ritmos da espécie em questão com aquelas dos ciclos
ambientais. Isso implica que os estados dos ritmos fisiológicos e comportamentais
167
eficientemente o ritmo de atividade dessa espécie (Roberts 1965). Como esses animais
são mais ativos na fase escura e na fase mais quente do ciclo de temperatura, explica-se
facilmente porque as baratas são mais vistas em atividade nas noites quentes, se
comparadas com as noites frias. Para os endotérmicos, a temperatura ambiente é, em
geral, um zeitgeber fraco (Sulzman et al. 1977, Aschoff & Tokura 1986, Francis &
Coleman 1988). Em hamsters, no entanto, a fase do ritmo de atividade, que é arrastada
pelo ciclo claro-escuro, é alterada também por ciclos de temperatura (Tokura & Oichi
1985).
O conhecimento sobre o papel temporizador da oferta de alimento é bastante
antigo. Saunders, na segunda edição de seu livro, em 1982, cita os trabalhos pioneiros
de von Buttel-Reepen, em 1900, e o de Forel, em 1910, que mostraram a existência de
um “sentido ou memória temporal” nas abelhas. É essa propriedade que permite às
abelhas procurarem alimento diariamente em horários determinados e adequados. Em
condições de laboratório e sob condições de claro constante, Frisch e Aschoff (1987)
mostraram que o padrão de atividade da colônia de abelhas pode ser sincronizado de
acordo com as características básicas dos ritmos circadianos. A influência da
disponibilidade de alimentos é percebida também em outros animais, como os roedores
e mamíferos (Hastings et al. 1991). Ratos, por exemplo, são muito sensíveis à
manipulação dos ciclos de oferta de alimentos, sendo capazes de antecipar a fase e a
intensidade da atividade locomotora, além da alteração da temperatura corporal, entre
outras alterações fisiológicas (Boulos & Terman 1980). Atualmente, podemos dizer que
os ciclos de alimentação têm alguma influência sobre o oscilador circadiano, agindo, na
maior parte das vezes, como um zeitgeber fraco (Boulos et al. 1980, Mistleberger
1994).
Também os fatores sociais são capazes de afetar os ritmos biológicos, quando
em livre-curso, tanto nas condições de claro quanto de escuro constantes. Há evidências
mostrando que a interação social, em várias espécies, é capaz de arrastar os ritmos de
atividade (Regal & Connolly 1980). Por exemplo, em ratos (Halberg et al. 1954),
camundongos (Crowley & Bovet 1980), cobaias (Büttner 1992), morcegos (Marimuthu
et al. 1978), aves (Menaker & Eskin 1966), peixes (Kavaliers 1980) e os humanos
(Vernikos-Daniellis & Winget 1979, Wever 1979).
A sincronização de períodos e a manutenção de fases estáveis entre si são
observadas na relação existente entre as mães e seus filhotes, em diversas espécies de
mamíferos. Durante a fase de gestação, o feto em desenvolvimento recebe as
172
antes mesmo que sejam necessários (Pittendrigh 1960). Isso significa que a expressão
de um determinado ritmo biológico pode ser fundamental para antecipar uma mudança
no ambiente, antecipando uma fase mais propícia do ciclo ambiental para a
sobrevivência da espécie. Por outro lado, a expressão de um ritmo biológico pode ser
fundamental para garantir uma determinada função, ou antecipar uma mudança no
próprio meio interno, como, por exemplo, a secreção de um determinado hormônio. Os
ritmos com correlatos com ciclos geofísicos estariam relacionados funcionalmente com
a adaptação a alterações recorrentes, portanto previsíveis, no ambiente em que o
organismo vive. Por outro lado, os ritmos sem correlatos com ciclos geofísicos estariam
relacionados com antecipação de mudanças no próprio meio interno dos organismos
(Araújo & Marques 2003).
Dentre os ritmos com correlato com ciclos geofísicos, o principal deles é o de
freqüência circadiana. O correlato geofísico sincronizador é a alternância recorrente do
dia e da noite, constituindo um ciclo claro e escuro, alternância essa que serve como um
“desafio” ambiental recorrente. Animais de hábitos noturnos, como os roedores de
maneira geral, ratos e camundongos de maneira específica, têm um ritmo circadiano de
atividade e repouso, no qual a atividade concentra-se mais durante a fase de escuro,
enquanto o repouso fica alocado mais à fase de claro do ciclo claro-escuro (ciclo dia-
noite).
Esse ritmo é gerado endogenamente, como já sabemos. Isso pode ser
demonstrado de maneira relativamente fácil, transferindo animais de laboratório para
condições de ausência de pistas temporais ambientais. Nessa condição observa-se a
persistência da ritmicidade circadiana cuja expressão é chamada de livre-curso, na qual
o ritmo continua a se manifestar, mesmo que apresentando algumas alterações no seu
período. A expressão da ritmicidade em condições de livre-curso, implica na existência
de um oscilador endógeno que continua gerando o ritmo circadiano de
atividade/repouso, independente das informações temporais provenientes do ambiente.
Quando na presença de informações temporais fornecidas pelo ambiente, o
ritmo de atividade/repouso é ajustado de acordo com o padrão temporal do ambiente.
Ou seja, além do período, agora imposto pelo zeitgeber ou sincronizador externo, para
o qual o animal ajusta o seu ritmo para o mesmo período do ciclo claro-escuro, há
também uma relação de fase precisa, na qual a atividade é realizada no escuro (noite) e
o repouso no claro (dia). Esse é o chamado mecanismo de arrastamento ou
sincronização como já discutido (vide também Marques 2003).
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CONCLUSÃO
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