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PC-MG

POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS

LÍNGUA PORTUGUESA
A SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES – PARTE I

Livro Eletrônico
LÍNGUA PORTUGUESA
A Sintaxe do Período Simples – Parte I
Prof. Bruno Pilastre

SUMÁRIO
1. Sujeito...................................................................................................3
1.1 O Sujeito Determinado Simples................................................................6
1.2 O Sujeito Determinado Composto.............................................................7
1.3 O Sujeito Indeterminado.........................................................................8
1.4 A Oração sem Sujeito.............................................................................9
2. Predicado: Nominal, Verbal e Verbo-Nominal............................................. 12
2.1 Predicado Nominal............................................................................... 16
2.2 Predicado Verbal.................................................................................. 16
2.3 Predicado Verbo-Nominal...................................................................... 18
3. Predicativo do Sujeito e Predicativo do Objeto........................................... 20
4. Aposto e Vocativo.................................................................................. 23
4.1 Aposto................................................................................................ 23
4.2 Vocativo............................................................................................. 24
Resumo.................................................................................................... 27
Glossário.................................................................................................. 28
Referências Bibliográficas........................................................................... 30
Questões de Concurso................................................................................ 31
Gabarito................................................................................................... 64
Questões Comentadas................................................................................ 65

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A Sintaxe do Período Simples – Parte I
Prof. Bruno Pilastre

1. Sujeito

Na última aula, eu disse que um período pode ser simples (quando há apenas

uma oração, chamada absoluta) ou composto (quando há duas ou mais orações,

coordenadas e/ou subordinadas). Nesta aula, conheceremos a estrutura do perí-

odo simples, o qual é formado por um núcleo verbal (oração absoluta). O período

simples também será tema da próxima aula (a oitava), certo? Ao trabalho, então!

Uma oração é formada pelo par SUJEITO e PREDICADO. Em termos informacio-

nais, o predicado é tudo aquilo que se afirma ou nega a respeito do sujeito. Sinta-

ticamente, o predicado estabelece uma relação de concordância com o seu sujeito.

Essa concordância pode ser entendida como um processo de “harmonização” entre

as propriedades gramaticais de número e pessoa do sujeito e de flexão verbal (que

são manifestadas pelo morfema de número-pessoa).

Propriedades desencadeiam na flexão do verbo, a qual manifesta as


g r a m a t i c a i s concordância  propriedades do sujeito pelo morfema de
do sujeito  número-pessoa.
Nós chegamos

Podemos entender a relação entre o sujeito Nós e o predicado chegamos da

seguinte maneira:

• relação informacional: “chegar” é o que se afirma em relação a um grupo de

indivíduos (“nós”).

• relação de concordância: o sujeito possui as propriedades de número (plural)

e pessoa (primeira). Essas propriedades são representadas pela flexão do

verbo chegar: -mos, que significa primeira pessoa do plural.

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Uma última propriedade gramatical caracteriza o sujeito de uma oração. Vamos

entender essa propriedade a partir do contraste entre as frases a seguir:

(1) a. João encontrou um antigo professor.

b. Ele encontrou um antigo professor.

c. Ele o encontrou.

Na frase em (1a), temos o sujeito João e o predicado encontrou um antigo

professor. Se substituirmos o sujeito João por um pronome equivalente (isso é,

de terceira pessoa do singular), temos a frase em (1b): Ele encontrou um antigo

professor.

Além de João, outro termo da frase em (1a) pode ser substituído por um pro-

nome: o objeto um antigo professor. A substituição transforma o objeto no pro-

nome o (de terceira pessoa do singular), e temos a frase em (1c).

Está claro até aqui? O que eu estou tentando dizer é o seguinte: o sujeito e o

objeto de uma oração podem ser substituídos por formas pronominais. A frase em

(1c) é uma representação disso: o sujeito João foi substituído pelo pronome Ele,

e o objeto um antigo professor foi substituído pelo pronome o.

Essa substituição dos pronomes não é aleatória. Trocar o sujeito João pelo pro-

nome o tornaria a oração incorreta:

(1) d. O encontrou um antigo professor.

É por isso que a tradição gramatical afirma que os pronomes pessoais retos

exercem a função de sujeito da oração. Relembrando os pronomes pessoais retos

(que exercem a função de sujeito), temos:

1ª pessoa do singular EU

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2ª pessoa do singular TU

3ª pessoa do singular ELE/ELA

1ª pessoa do plural NÓS

2ª pessoa do plural VÓS

3ª pessoa do plural ELES/ELAS

Os pronomes que exercem as funções sintáticas de objeto direto e objeto indi-

reto serão abordados na sequência dessa nossa aula.

Outros pronomes também podem exercer a função sintática de sujeito:

Pronomes que podem exercer a função sintática de sujeito


Demonstrativos Indefinidos Relativo
este(s), esta(s), isto Algum(a)(s) Que
esse(s), essa(s), isso, Alguém O qual
aquele(s), aquela(s), aquilo Nenhum(a)(s) Os quais
Ninguém A qual
Outro(a)(s) Os quais
Outrem
Muito(a)(s)
Pouco(a)(s)
Certo(a)(s)
Vários(as)
Tanto(a)(s)
Quanto(a)(s)
Qualquer
Quaisquer
Nada
Cada
Algo

Os pronomes possessivos e interrogativos também podem funcionar como

sujeitos sintáticos, mas são mais exigentes em relação à presença de um determi-

nante.

Pronto, agora temos uma definição mais clara de sujeito:

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• o sujeito é o termo da oração sobre o qual recai a predicação (sobre o qual se

diz algo). É nessa noção que fazemos a pergunta para encontrar o sujeito de

uma predicação: quem é que (verbo)? A resposta a essa pergunta dirigida ao

verbo/predicado é o sujeito da oração;

• o sujeito é o termo com o qual o verbo concorda (isso é, o verbo concorda em

número e pessoa com o seu sujeito);

• o sujeito, quando em forma pronominal, manifesta-se sob a forma de um

pronome pessoal reto.

Agora discutirei os tipos de sujeito. É nesse ponto que as bancas examinadoras

avaliam o seu conhecimento.

Os tipos de sujeito são esses:

DETERMINADO (EXPLÍCITO) Simples

Composto

DETERMINADO: OCULTO, ELÍPTICO OU DESINENCIAL

INDETERMINADO

Também consideraremos a oração sem sujeito.

1.1 O Sujeito Determinado Simples

O sujeito simples é aquele cujo núcleo é formado por um único elemento.

Esse elemento pode ser um substantivo ou um pronome.

(2) a. O rapaz chegou cedo. [um único núcleo substantivo]

b. Nós estamos de partida. [um único núcleo pronominal]

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1.2 O Sujeito Determinado Composto

O sujeito composto é aquele formado por dois ou mais núcleos (substantivos

e/ou pronominais).

(3)a. A Ofélia, o Arnaldo e o Antenor chegaram cedo.

b. Eu, ele e ela participaremos da atividade.

O sujeito determinado simples e o sujeito determinado composto apresentados


(2a-b e 3a-b) são EXPLÍCITOS. Isso quer dizer que a forma sintática do sujeito

está representada foneticamente (estão presentes, explícitos).

A ideia de DETERMINADO é a seguinte: um sujeito é determinado se for

possível identificá-lo na cadeia do discurso. No caso dos sujeitos explícitos, fica

claro que é possível determinar (identificar) o sujeito. Nem sempre os sujeitos es-

tão explícitos (representados foneticamente): esse é o caso dos sujeitos implícitos

(chamados de elípticos, ocultos ou desinenciais).

Os sujeitos implícitos (elípticos, ocultos ou desinenciais) são aqueles em que é pos-

sível recuperar o sujeito na cadeia do discurso (isso é, são determinados). Para iden-

tificá-los, é preciso olhar para a flexão do verbo (desinência), como em (4) a seguir:

(4)a. Saí mais cedo para poder assistir ao jogo.

[EU saí: 1ª pessoa do singular]

b. Ficamos esperando por muito tempo.

[NÓS ficamos: 1ª pessoa do plural]

c. A moça estava entediada. Toda vez olhava para o relógio.

[ELA olhava: 3ª pessoa do singular]

d. O vendedor e a cliente não se entenderam. Ficaram discutindo em voz alta.

[ELES ficaram: 3ª pessoa do plural]

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As formas imperativas (de 2ª pessoa, singular ou plural) também possuem su-

jeito determinado implícito.

1.3 O Sujeito Indeterminado

É possível que, em um texto, não se queira ou não se saiba referenciar o sujeito

na cadeia do discurso. Só é possível indeterminar o sujeito com a 3ª pessoa: isso

porque a 1ª pessoa e a 2ª pessoa SEMPRE estão presentes na cadeia do discurso

(a 1ª pessoa é o enunciador; a 2ª pessoa é o receptor).

As duas estruturas de sujeito indeterminado são as seguintes:

• verbos na 3ª pessoa do plural SEM referente anterior:

(5) a. Disseram que você se veste mal.

b. Se quiserem falar mal de mim, que falem.

• verbo* na 3ª pessoa do singular (SEMPRE!) + -se**.

* Esse verbo deve ser intransitivo ou transitivo indireto. Se for transitivo direto,

é preciso analisar se há ou não sujeito presente (se houver, estaremos diante de

uma passiva sintética).

** A forma -se, nessa construção, é chamada de índice de indeterminação do

sujeito.

(6)a. Vive-se bem quando há serviços públicos de qualidade.

[verbo intransitivo na 3ª pessoa do singular + -se]

b. Lê-se pouco nas escolas públicas.

[verbo intransitivo na 3ª pessoa do singular + -se]

c. Precisa-se de bons educadores nas escolas públicas.

[verbo transitivo indireto na 3ª pessoa do singular + -se]

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Na oitava aula de nosso curso (a próxima), compararemos as construções em

(6) com as passivas sintéticas.

Vamos agora estudar a oração SEM sujeito.

1.4 A Oração sem Sujeito


É possível que uma predicação não seja atribuída a nenhuma entidade. Por

exemplo, veja a frase “Choveu muito ontem”. Não faz sentido algum realizar a per-

gunta “quem choveu?” – pergunta essa que poderia recuperar o sujeito da oração.

A oração sem sujeito possui como núcleo um verbo impessoal, o qual SEMPRE

ocorre na forma da terceira pessoa do singular. São impessoais os seguintes

verbos (seguidos dos exemplos):

• verbos que exprimem fenômenos meteorológicos:

(7)a. Todos os dias choveu torrencialmente.

b. No Piauí faz muito calor.

c. Na Rússia faz muito frio.

d. Raramente neva no Brasil.

• verbos que denotam tempo:

(8)a. Faz 10 minutos que estou esperando.

b. Faz 5 anos que não vou a Curitiba.

• verbos haver no sentido de existir*:

(9) a. Havia muitos feridos no incêndio.

b. Houve muitos manifestantes na Praça Cívica.

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*Quando for possível substituir haver por existir, estamos diante de um verbo

haver impessoal. No entanto, quando a substituição for realizada, o verbo existir

DEVE manifestar concordância (ou seja, existir não é impessoal):

(9’)a. Existiam muitos feridos no incêndio.

b. Existiam muitos manifestantes na Praça Cívica.

• verbos que denotam suficiência ou sensação:

(10)a. Basta de guerras!

b. Chega de lamúrias.

Ufa! Quanto detalhe nessa parte sobre a noção de sujeito! Mas agora podere-

mos tornar a coisa um pouco mais concreta: vamos observar esse conteúdo avalia-

do em uma prova da banca Ce(bra)spe.

1. (CESPE/TCU/TÉCNICO/2015)

13|Aquele momento inicial de um direito sagrado e

14| ritualizado, expressão das divindades, desenvolveu-se na

15| direção de práticas normativas consuetudinárias.

23|A invenção e a difusão da técnica da escritura,

somadas à compilação de costumes tradicionais,

25| proporcionaram os primeiros códigos da Antiguidade, como o

de Hamurábi, o de Manu, o de Sólon e a Lei das XII Tábuas.

Constata-se, destarte, que os textos legislados e escritos eram

28| melhores depositários do direito e meios mais eficazes

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Tanto em “desenvolveu-se” (l.14) quanto em “Constata-se” (l.27), a partícula “se”

desempenha a mesma função sintática.

Errado.

Vamos observar cada ocorrência da forma -se:

i) na linha 14, estamos diante de um verbo TRANSITIVO DIRETO em forma passiva

sintética. Nessa passiva, o sujeito sintático é “Aquele momento [...]” e a forma -se

é uma partícula apassivadora.

ii) na linha 27, o verbo constatar é transitivo direto, selecionando o complemento

oracional “que os textos [...]”. Não há, nesse período, sujeito explícito (ou implíci-

to) determinado. Por isso, a forma -se e a terceira pessoa do singular do verbo nos

leva a analisar a construção como INDETERMINADA (e, assim, a forma -se será um

índice de indeterminação do sujeito).

O contraste entre (i) e (ii) mostra que a partícula -se não desempenha a mesma

função sintática.

Grande parte das bancas, principalmente o Cespe, a FCC e a FGV, avalia o conteúdo

de sujeito da oração a partir de construções em que O SUJEITO ESTÁ APÓS O PRE-

DICADO. Como vimos na aula anterior, a ordem canônica da oração é SVO, mas,

em muitos textos, o sujeito está posposto, como em “Disse o rapaz que nunca mais

voltaria lá”. Fique atento(a), portanto!

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Olha só, essa informação é muito importante: NÃO EXISTE SUJEITO PREPOSICIO-

NADO (isto é, introduzido por preposição). Essa é uma lei na Língua Portuguesa.

Assim, sempre que houver um termo preposicionado, certamente ele não será o

sujeito da oração.

2. Predicado: Nominal, Verbal e Verbo-Nominal

Na parte anterior dessa nossa aula, falamos da “parte à esquerda” do par SU-

JEITO e PREDICADO. Agora vamos voltar a nossa atenção para a “parte à direita”:

os tipos de predicado.

Para compreender os tipos de predicado, precisamos conhecer alguns pré-re-

quisitos:

• primeiramente, você deve saber que há dois tipos de verbos: os lexicais e os

funcionais.

• em segundo lugar, você deve saber que, na oração, há termos INTEGRANTES

e termos ACESSÓRIOS.

Os verbos lexicais são aqueles em que há conteúdo semântico relativo ao even-

to verbal: cantar, beber, dormir, esperar, sorrir, entregar, doar. Nesse grupo de ver-

bos, é possível “imaginar” o evento – e nesse evento há participantes (alguém que

entrega, alguém que canta etc.). Ficou claro?

Os verbos funcionais, por outro lado, são “fracos” em termos de conteúdo se-

mântico. A função desses verbos funcionais é a de unir um sujeito a um predica-

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do de natureza nominal (um adjetivo, um substantivo ou uma preposição). Aqui,

quando imaginamos o que é predicado ao sujeito, conseguimos apenas “visualizar”

o predicado de natureza nominal, e o verbo funcional fica apenas como um suporte

das informações de modo-tempo e número-pessoa. Vamos diferenciar a partir dos

exemplos a seguir:

(11)a. João caminhou lentamente até a amada.

b. João está apaixonado.

Em (11a), o predicado é formado por um verbo lexical (caminhar), e consegui-


mos imaginar o evento do João caminhando até alguém (a amada). Em (11b), di-

ferentemente, não é o verbo estar que funciona como núcleo do predicado. Quem

funciona como predicador é o adjetivo apaixonado: o verbo estar comporta as

informações de modo-tempo e número-pessoa. Fica claro, então, que em (11a)

temos um verbo lexical e em (11b) temos um verbo funcional.

Mas é preciso tomar cuidado com os verbos funcionais. Esse grupo é formado

por verbos que se diferenciam em termos aspectuais, como podemos ver na sequ-

ência a seguir:

(12)a. João está cansado.

b. João parece cansado.

c. João continua cansado.

d. João ficou cansado.

e. João permanece cansado.

Veja que, a cada verbo funcional (estar, parecer, continuar, ficar, permanecer),

há mudança na interpretação aspectual em relação ao cansaço sentido por João.

Portanto, temos que relativizar ao dizer que os verbos funcionais são vazios de se-

mântica.

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Esses verbos funcionais são comumente chamados de verbos de ligação (có-

pula ou verbo predicativo).

No caso dos verbos lexicais, precisamos diferenciar os termos integrantes dos

termos acessórios. Vamos começar pelos exemplos:

(13)a. O síndico entregou a ata para os participantes antes de começar a reunião.

b. O marombeiro comeu os suplementos logo após o treino.

Para identificar os termos integrantes e os termos acessórios, dois recursos

podem ser adotados:

• semântico: a retirada do termo faz “falta” na interpretação da oração?

• gramatical: é possível substituir o termo por um pronome pessoal oblíquo?

Vamos tentar aplicar os recursos nas sentenças (13a) e (13b):

(13)a. O síndico entregou a ata para os participantes antes de começar a reunião.

a’. O síndico entregou a ata para os participantes antes de começar a reunião.

b. O marombeiro comeu os suplementos logo após o treino.

Você conseguiu perceber que, se retirarmos o termo a ata e para os partici-

pantes da frase (13a), esses termos fazem “falta”. O mesmo acontece com o ter-

mo os suplementos, de (13b).

No entanto, há termos que “não fazem falta”:

(13)a. O síndico entregou a ata para os participantes antes de começar a reunião.

b. O marombeiro comeu os suplementos logo após o treino.

Em (13a), o termo antes de começar a reunião não faz falta. O mesmo acon-

tece em (13b): logo após o treino é dispensável.

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Muito bem, agora podemos informar o seguinte: os termos “que fazem falta”

(isso é, que não podem ser omitidos) são chamados de termos integrantes; os

termos “que não fazem falta” (isso é, que pode ser omitidos) são chamados de ter-

mos acessórios. Esse é o resultado da aplicação do critério semântico.

Vamos, agora, falar sobre o critério sintático: apenas termos integrantes

poderão ser substituídos por pronomes pessoais oblíquos.

Lembrando a nossa aula sobre pronomes, esses são os pronomes pessoais oblí-

quos:

Oblíquos átonos Oblíquos tônicos


(sem preposição) (com preposição)
me mim
te ti
o, a, lhe, se ele/ela/si
nos nós
vos vós,
os, as, eles/elas/si
lhes, se

Os termos integrantes das sentenças em (13a) e (13b) podem ser substituídos

pelos seguintes pronomes:

(13)a. O síndico entregou a ata para os participantes antes de começar a reunião.

O síndico a entregou para eles (ou lhes, no lugar de para eles).

b. O marombeiro comeu os suplementos logo após o treino.

O marombeiro os comeu.

Perceba que os termos acessórios (antes de começar a reunião e logo após

o treino) não podem ser substituídos por pronomes pessoais oblíquos.

Bom, os pré-requisitos estão apresentados. Agora podemos partir para os tipos

de predicado.

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2.1 Predicado Nominal

Os predicados nominais podem ser nucleados por um adjetivo, um substantivo

ou uma preposição:

(14)a. O réu é inocente.[adjetivo]

b. Ele é um marinheiro. [substantivo]

c. Anápolis está entre Brasília e Goiânia. [preposição]

No processo de predicação, o adjetivo, o substantivo ou a preposição será o

centro informacional da predicação.

2.2 Predicado Verbal

Os predicados verbais se diferenciam dos predicados nominais por aqueles te-

rem um verbo lexical como núcleo predicativo. Os verbos que podem ser núcleo de

predicado verbal são esses:

• verbos intransitivos: (sem complemento);

• verbos transitivos: direto;

• indireto;

• direto e indireto (bitransitivo).

TIPO DE COMPLEMENTO (TERMO INTEGRANTE)

A diferença entre verbos intransitivos e transitivos é a seguinte:

• os verbos intransitivos não exigem um termo que os complete (e esse “com-

pletar” é semântico e categorial).

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• os verbos transitivos são aqueles que exigem um termo que os complete (e

essa complementação é semântica e categorial). Esse termo é o que estamos

chamando de termo integrante. Na tradição gramatical, os termos integran-

tes de verbos são chamados de complementos verbais.

Vamos agora olhar alguns exemplos de verbos intransitivos:

(15)a. João dormiu bem.

b. A Ana ri alto.

c. O Pedro morreu cedo.

Nenhum desses verbos (dormir, rir, morrer) exige termo que os complete. As

formas bem, alto e cedo são termos acessórios.

Em (16), a seguir, temos exemplos de verbos transitivos (que selecionam/

exigem complemento):

(16)a. Eu tomei o café ainda cedo.

b. Ele obedecia aos superiores.

c. O professor entregou a apostila aos alunos.

Como podemos ver, há uma diferença entre os complementos: alguns são pre-

posicionados e outros não.

(16)a. Eu tomei [o café] ainda cedo.

b. Ele obedecia [aos superiores].

c. O professor entregou [a apostila] [aos alunos].

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Quando um verbo seleciona um termo sem preposição (como em (16a), o café),

esse verbo será transitivo direto. O nome do complemento verbal sem preposição

é objeto direto.

Quando um verbo seleciona um termo com preposição (como em (16b), aos

superiores, com a preposição “a”), esse verbo será transitivo indireto. O nome do

complemento verbal com preposição é objeto indireto.

Em (16c), temos um verbo que seleciona um objeto direto e um objeto indireto

(ambos são necessários, indispensáveis). Nesse caso, estamos diante de um verbo

transitivo direto e indireto (bitransitivo).

E aí, ficou claro? Espero que sim. Na aula sobre regência, retomaremos essas

noções, principalmente sobre os tipos de complementos preposicionados seleciona-

dos pelo mesmo verbo. Também voltaremos a esse assunto na aula sobre orações

subordinadas.

2.3 Predicado Verbo-Nominal

O predicado verbo-nominal, como o nome sugere, é formado por um núcleo

verbal (lexical) e um núcleo nominal (tipicamente, um adjetivo).

Veja o exemplo:

(17)a. A professora chegava sempre atrasada.

Na frase anterior, há dois núcleos que predicam o sujeito A professora: o verbo

chegar (predicador verbal) e o adjetivo atrasada (predicador nominal).

Pois bem! Agora é o momento de observar como esse assunto sobre predicado

nominal, verbal e verbo-nominal é avaliado pela banca Ce(bra)spe.

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2. (CESPE/INPI/PESQUISADOR/2014)

14| A ampliação da proteção além das fronteiras nacionais (ou seja,

proteger em um país as pessoas não residentes em seu

16| território) foi induzida pelo crescimento e pela consolidação do

comércio internacional e tinha o intuito de evitar que os

produtos viessem a ser copiados em outros países que não o de

19 |origem da invenção. Surgiu, assim, o chamado Sistema

Internacional de Patentes, mediante acordo multilateral

firmado em 1883, na cidade de Paris.

A expressão “o chamado Sistema Internacional de Patentes” (l. 19 e 20) exerce a

função de complemento da forma verbal “Surgiu” (l.19).

Errado.

Aqui a banca claramente procura te confundir. Nem tudo o que vem após o verbo é

complemento verbal. É importante fazer a pergunta ao verbo: quem é que surgiu?

A resposta será a expressão “o chamado Sistema Internacional de Patentes”:

“o chamado Sistema Internacional de Patentes surgiu mediante acordo multilateral

[...]”

Por isso, o item é errado. O que se afirma exercer a função de complemento verbal

é, na verdade, o sujeito.

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3. Predicativo do Sujeito e Predicativo do Objeto

O predicativo do sujeito está presente nos predicados nominais. Assim, na frase

“Ela está assustada”, o adjetivo assustada é o predicativo do sujeito. Em predi-

cados verbo-nominais, também temos o predicativo do sujeito: “João estudou do-

ente”. Nesse caso, o sujeito João é predicado pelo verbo estudar e pelo adjetivo

doente.

O predicativo do objeto, diferentemente, é uma forma adjetiva que predica um

objeto (complemento) de um verbo transitivo. Veja este exemplo:

(18) a. Eu encontrei a rua silenciosa.

b. Eu devolvi a revista rasgada.

Um ponto importante na descrição dos predicativos: sempre haverá concordân-

cia (de gênero e número) entre o predicativo (do sujeito ou do objeto) e o termo

predicado. Esse é um fator que diferencia o predicativo de um advérbio, como em

“A menina fala rápido”, em que rápido é um advérbio. Em frases como “O vizinho

caminha preocupado”, não é possível definir se preocupado é um adjetivo ou um

advérbio (equivalendo a “preocupadamente”), pois não há distinção morfológica.

Apenas o contexto fará o esclarecimento. Se a frase fosse “A vizinha caminha pre-

ocupada”, não haveria dúvida: apenas poderíamos classificar preocupada como

predicativo do sujeito (porque existe concordância). Ficou claro?

Outra distinção importante existe entre adjunto adnominal e predicativo do ob-

jeto. Por exemplo, como diferenciar sintaticamente as duas interpretações (em (i)

e (ii) a seguir) da frase em (19)?

(19) Eu devolvi a revista rasgada.

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(i) quando eu peguei a revista emprestada, ela não estava rasgada. Ao lê-la,

acabei rasgando uma página (sem querer!). Quando eu a devolvi, ela estava ras-

gada (diferentemente de quando eu a peguei).

(ii) quando eu peguei a revista emprestada, ela já estava rasgada. Quando eu a

devolvi, ela manteve esse estado de “rasgada” (tal qual quando eu a peguei).

Para diferenciar as interpretações, temos a seguinte estratégia: transformar o

objeto em um pronome (no caso, pelo pronome oblíquo átono “a”).

A interpretação apresentada em (i) possui a seguinte forma: Eu a devolvi rasga-

da. Nesse caso, o pronome “a” representa apenas o objeto direto a revista.

Já a interpretação apresentada em (ii) possui a seguinte forma: Eu a devolvi.

Nesse caso, o pronome “a” representa toda a sequência a revista rasgada.

Por que isso é importante em sua preparação para concurso? Simplesmente

porque a banca examinadora cobra esse tipo de distinção. Vou adiantar o primeiro

item de nossa seção Questões de Concurso. Lá você verá o seguinte trecho:

(20) De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa

Desse trecho, a banca pergunta se o termo mais rigorosa funciona como um

predicativo do termo a lei. E aí, como resolver a questão? Pois é, eu explico. Preste

atenção!

PREDICATIVO: não forma um constituinte com o objeto predicado.

ADJUNTO ADNOMINAL: forma um constituinte com o objeto predicado.

Assim, temos que, na frase “Eu devolvi a revista rasgada”, a interpretação (i)

leva em consideração que o termo rasgada é um predicativo do objeto, já que

rasgada não forma constituinte com o objeto a revista (e temos a forma “Eu a

devolvi rasgada”).

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A interpretação em (ii) leva em consideração que o termo rasgada é um adjun-

to adnominal, já que rasgada forma constituinte com o objeto a revista (e temos

a forma “Eu a devolvi”).

Substituir um termo nominal por um pronome é um teste para verificar se es-

tamos ou não diante de um constituinte.

Vamos voltar ao trecho da questão do concurso, aplicando a substituição pelo

pronome “a”:

(20)a. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa

b. De que adiantaria, então, torná-la mais rigorosa [-la = a lei]

c. De que adiantaria, então, torná-la [-la = a lei mais rigorosa. Essa forma está

incorreta]

Percebeu que o pronome “-la” equivale ao nome a lei. Isso significa que a

forma mais rigorosa não forma constituinte com o termo a lei: é por isso que

devemos classificá-la como predicativo do objeto. A questão, então, deve ser con-

siderada certa.

Para fechar essa temática, vamos a mais uma questão de concurso.

3. (CESPE/TJ-SE/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS/2006)

13| O IRIB e o Colégio Notarial sentem-se orgulhosos

de poder contribuir com o desenvolvimento das atividades

notariais e registrais do estado.

Na linha 13, a palavra “orgulhosos” é um adjetivo que está, no contexto, exercendo a

função sintática de predicativo de “IRIB” e “Colégio Notarial”, ambos objetos diretos.

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Errado.

A palavra orgulhosos é um adjetivo que está exercendo função sintática de predi-

cativo de “IRIB” e “Colégio Notorial”. No entanto, “IRIB” e “Colégio Notorial” são o

sujeito (determinado, explícito, composto) do verbo sentir. Orgulhosos é predicati-

vo do sujeito, não do objeto.

4. Aposto e Vocativo

4.1 Aposto

Vamos começar pelas características do aposto. Primeiramente, temos que re-

lembrar uma propriedade dos substantivos: eles possuem índice referencial (ou

seja, podem ser referidos, retomados ao longo da cadeia do discurso). Um aposto é

uma expressão linguística que compartilha o mesmo índice referencial de um subs-

tantivo (ou pronome) – são, por isso, quase equivalentes. Vejamos os exemplos:

(21)a. Paulo ganhou dois presentes: um relógio e uma bicicleta.

b. Ela – a aluna – saiu por último.

Em (21a), dois presentes possui a mesma referência de um relógio e uma

bicicleta. Em (21b), o pronome Ela e o substantivo a aluna também partilham a

mesma referência.

É importante notar o seguinte: um aposto SEMPRE será uma expressão subs-

tantiva. Nesse caso, não existe aposto preposicionado.

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A tradição gramatical (Bechara, 1999, por exemplo) classifica três tipos de aposto:

(i) explicativo ou identificativo:

Pedro II, imperador do Brasil, desejava ser professor.

(ii) enumerativo:

Tudo – alegrias, tristezas e preocupações – ficava evidente.

(iii) distributivo:

Gonçalves Dias e José de Alencar são grandes escritores brasileiros,

este na prosa e aquele na poesia.

Por fim, é necessário dizer que o aposto sempre é, na oração, separado por

pontuação: vírgulas, travessão, parênteses e dois pontos.

4.2 Vocativo

Podemos definir o vocativo da seguinte maneira: “o vocativo é uma expressão

de natureza exclamativa por meio da qual chamamos ou pomos em evidência a

pessoa a quem nos dirigimos” (BECHARA, 1999).

Assim, você pode traduzir a ideia de vocativo como um chamamento, uma

evocação do interlocutor (ou interlocutores). É uma forma linguística utilizada para

se dirigir à segunda pessoa do discurso (singular ou plural).

Sintaticamente, o vocativo é um termo que está à parte tanto do sujeito quanto

do predicado (ou seja, O VOCATIVO NÃO FAZ PARTE DA ORAÇÃO). Por isso, o vo-

cativo É SEPARADO POR VÍRGULA(S), SEMPRE! Vamos aos exemplos:

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(22)a. José, precisamos de você agora.

b. Olá, meninos!

c. Vamos, Antônia, estamos te esperando há muito tempo!

Vamos agora observar como as noções de aposto e vocativo são cobrados pela

banca Ce(bra)spe.

4. (CESPE/ANEEL/TÉCNICO/2010)

1| Vão surgindo novos sinais do crescente otimismo da

indústria com relação ao futuro próximo. Um deles refere-se às

exportações. “O comércio mundial já está voltando a se abrir

4| para as empresas”, diz o gerente executivo de pesquisas da

Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca,

para explicar a melhora das expectativas dos industriais com

7| relação ao mercado externo.

O nome próprio “Renato da Fonseca” (l. 5) está entre vírgulas por tratar-se de um

vocativo.

Errado.

Estamos diante de outra tentativa de te confundir. A banca quer fazer confusão

entre vocativo e aposto. Como vimos, o vocativo é um chamamento, tipicamente

dirigido ao interlocutor (ou interlocutores), ao receptor (ou receptores) da mensa-

gem. Não é esse o caso do trecho em análise.

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O gerente executivo da Confederação Nacional da Indústria é equivalente a Renato

Fonseca. São, portanto, dois termos substantivos que partilham o mesmo índice

referencial. A separação por vírgulas se justifica, então, por Renato da Fonseca ser

um aposto.

Bom, agora encerramos essa primeira parte sobre a sintaxe do período simples.

Faça os exercícios e revise o que for necessário, certo? Bons estudos!

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RESUMO

Sujeito  (i) desencadeia concordância no verbo; (ii) é alvo da predicação;

manifesta-se sob a forma de um pronome pessoal reto.

Predicado  pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal, a depender do(s) nú-

cleo predicativo. No nominal, pode ter como núcleo um adjetivo, um substantivo ou

uma preposição. No verbal, pode ter como núcleo um verbo intransitivo, transitivo

direto, transitivo indireto ou transitivo direto e indireto.

Predicativo do objeto  nunca forma constituinte com o objeto direto.

Aposto  possui mesmo índice referencial do nome e é separado por pontua-

ção. Nunca ocorre preposicionado.

Vocativo  exerce função de chamamento, sendo dirigido à segunda pessoa.

É isolado por vírgula.

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GLOSSÁRIO

Aposto

Substantivo ou locução substantiva que, colocado ao lado de outro ou de um pro-

nome e sem auxílio de preposição, explica, precisa ou qualifica o antecedente. O

aposto não tem função sintática por si mesmo e adquire o valor do termo a que se

refere.

Objeto (direto)

Complemento de verbo transitivo direto introduzido sem preposição, representado

por um sintagma nominal ou por pronome oblíquo átono (recebendo geralmente

a interpretação de paciente) ou por uma oração completiva; complemento direto.

Objeto (indireto)

Complemento de verbo transitivo indireto, a ele ligado por uma preposição (o obje-

to indireto pode ser representado pelos pronomes pessoais oblíquos átonos, neste

caso, sem preposição); complemento indireto.

Predicado

O que se afirma ou se nega a respeito do sujeito da oração.

Predicativo

Que predica; que serve para predicar.

Predicativo do objeto

Aquele que expressa um atributo ou circunstância do objeto direto. Por exemplo:

deixei-o bem; encontrou arrombada sua casa.

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Predicativo do objeto indireto

Aquele que diz alguma coisa acerca do objeto indireto (é restrito ao objeto do verbo

chamar e seus sinônimos). Por exemplo: chamou-lhe de tolo.

Sujeito

Termo da oração sobre o qual recai a predicação da oração e com o qual o verbo

concorda.

Vocativo

Diz-se de ou forma linguística usada para chamamento ou interpelação ao interlo-

cutor no discurso direto.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEREDO, J. Iniciação à sintaxe do português. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.

BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: YHL, 1999.

BECHARA, E. Lições de português pela análise sintática. São Paulo, SP:

Padrão, 1988.

CAMARA Jr., J. M. Dicionário de linguística e gramática. Petrópolis: Vozes,

1981.

CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 5.

ed. Rio de Janeiro: Lexicon, 2008.

HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. São

Paulo: Editora Objetiva. 2009.

KURY, Adriano da Gama. Lições de análise sintática: Teoria e prática, com

mais de 60 modelos, 250 períodos para exercícios e sua solução. 5. ed. Rio de ja-

neiro: Fundo de Cultura, 1970.

ROCHA LIMA. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. ed. Rio de

Janeiro: José Olympio, 2011.

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016)

21| De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, se nem nas

22| condições atuais esses responsáveis estão sendo capazes de

23| cumpri-la?

Na linha 21, o termo “mais rigorosa” funciona como um predicativo do termo “a lei”.

2. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/PERITO CRIMINAL/2016)

1| Alguns nascem surdos, mudos ou cegos. Outros dão

2| o primeiro choro com um estrabismo deselegante.

Na oração em que é empregado, o termo “surdos, mudos ou cegos” (l. 1) exerce a

função de:

a) predicativo do sujeito

b) objeto direto

c) adjunto adnominal

d) sujeito

e) adjunto adverbial

3. (CESPE//POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/PERITO CRIMINAL/2016)

17| De fato, a problemática ligada à

separação de partes cadavéricas destinadas a transplantes em

vivos exige que sua retirada seja feita em condições de

20| aproveitamento útil, o que impõe, em muitos casos, que esse

procedimento seja feito em prazos curtos, iniciados com o

momento da morte.

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No texto, a oração “que sua retirada seja feita em condições de aproveitamento


útil” (l. 19 e 20) exerce a função de:
a) sujeito
b) adjunto adnominal
c) predicativo do sujeito
d) predicativo do objeto
e) objeto direto

4. (CESPE/CPRM/TÉCNICO/2013)
1| A 1.500 km da costa do Rio de Janeiro, a
2| aproximadamente 2.000 m de profundidade, repousa, abaixo
3| do Oceano Atlântico, um pequeno continente perdido.

O trecho “um pequeno continente perdido” (l. 3) funciona, sintaticamente, como


complemento da forma verbal “repousa” (l. 2).

5. (CESPE/TJDFT/ANALISTA/2015)
7|Art. 1º Reeditar o Programa de Responsabilidade
Socioambiental do TJDFT Viver Direito, cuja base é a Agenda
Socioambiental do TJDFT que, em permanente revisão,
10| estabelece novas ações sociais e ambientais e as integra às
existentes no âmbito do Poder Judiciário do Distrito Federal e
Territórios, visando à preservação e à recuperação do meio
13| ambiente, por meio de ações sociais sustentáveis, a fim de
torná-lo e mantê-lo ambientalmente correto, socialmente justo
e economicamente viável.

O termo “ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável”

(l. 14 e 15) exerce a função de predicativo.

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6. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014)

19| A possibilidade de comunicação

20| surgiu no ângulo quente da esquina, acompanhando uma

21| senhora, e encarnado na figura de um cão.

[...]

25| A menina abriu os olhos pasmada. Suavemente

26| avisado, o cachorro estacou diante dela.

A expressão “na figura de um cão” (l. 21) e o termo “pasmada” (l. 25) desempe-

nham, no contexto sintático em que se inserem, a função de complemento nominal

e predicativo do sujeito, respectivamente.

7. (CESPE/SEE-AL/PROFESSOR/2013) Em “Paulo Freire acreditava que a melhor

maneira de se ensinar é defender com seriedade e apaixonadamente uma posição”,

a oração introduzida por “que” exerce a função sintática de predicativo do sujeito

“Paulo Freire”.

8. (CESPE/SEDU-ES/PROFESSOR/2010)

1| Para quem tem vinte e poucos anos, o shopping center

2| é a maior referência de comércio, principalmente quando o

3| assunto é roupa.

O termo “a maior referência de comércio” (l. 2) exerce a função sintática de predi-

cativo do sujeito na oração em que ocorre.

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9. (CESPE/IRBr/DIPLOMATA/2004)

16| O patriarcado era o único sistema que, até data recente, não tinha sido

17| abertamente desafiado em toda a história documentada [...]

Na linha 16, o pronome “que” exerce a mesma função sintática do termo que o

antecede: predicativo do sujeito.

10. (CESPE/TCU/TÉCNICO/2012)

16| A Constituição de 1891, a primeira republicana, ainda

17| por influência de Rui Barbosa, [...]

O segmento “a primeira republicana” (l. 16) está entre vírgulas por ser um vocativo.

11. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2013)

5| No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito

6| lusitano.

A vírgula após “colonial” (l.5) é utilizada para isolar aposto.

12. (CESPE/ANTAQ/NÍVEL MÉDIO/2014)

2| Sua vocação eminentemente hídrica impõe, ao

3| longo dos séculos, a necessidade do deslocamento de seus

4| habitantes através dos rios.

No trecho anterior, as vírgulas isolam segmento “ao longo dos séculos” com função

de aposto explicativo.

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13. (CESPE/ANATEL/NÍVEL SUPERIOR/2014)

No primeiro quadrinho, o emprego de vírgula após o vocábulo “Gente” é obrigató-

rio, visto que separa expressão de chamamento.

14. (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018)

1|Deixei-o nessa reticência, e fui descalçar as botas, que

estavam apertadas. Uma vez aliviado, respirei à larga, e

deitei-me a fio comprido, enquanto os pés, e todo eu atrás

4| deles, entrávamos numa relativa bem-aventurança. Então

considerei que as botas apertadas são uma das maiores venturas

da Terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as

7|descalçar. Mortifica os pés, desgraçado, desmortifica-os

depois, e aí tens a felicidade barata, ao sabor dos sapateiros e

de Epicuro. (...) Daqui inferi eu que a vida é o mais engenhoso

10| dos fenômenos, porque só aguça a fome, com o fim de deparar

a ocasião de comer, e não inventou os calos, senão porque eles

aperfeiçoam a felicidade terrestre. Em verdade vos digo que

13| toda a sabedoria humana não vale um par de botas curtas.

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(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. In: Obra Completa, v. 1, p. 555-6)

Dados os sentidos do texto, subentende-se que o agente da forma verbal “Mortifi-

ca” (l. 7) é “botas” (l. 5).

15. (CESPE/STJ/TÉCNICO/2018)

10| Autores importantes do campo

da ciência política e da filosofia política e moral se debruçaram

intensamente em torno dessa questão ao longo do século XX,

13| e chegaram a conclusões diversas uns dos outros. Embora a

perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si,

eles estão preocupados em desenvolver formas de promoção de

16| situações de justiça social e têm hipóteses concretas para

se chegar a esse estado de coisas.

O sujeito da forma verbal “têm” (l. 16) está elíptico e retoma “cada um desses au-

tores” (l. 14).

16. (CESPE/SERFAZ-RS/AUDITOR/2018)

26| Por outro lado, a substituição dos tributos indiretos,

que atingem o fluxo econômico, por tributos que incidam

28| sobre o estoque da riqueza tem o mérito de criar maior

desenvolvimento econômico, pois gera mais consumo,

produção e lucros que compensam a tributação sobre a riqueza.

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O sujeito da forma verbal “incidam”, na linha 27 do texto é:

a) oculto

b) composto

c) indeterminado

d) inexistente

e) simples

17. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016)

1| Tratando-se do dever de prestar contas anuais, cabe,

inicialmente, verificar como tal obrigação está preceituada no

ordenamento jurídico. A Constituição Federal prevê que cabe

4| ao presidente prestar contas anualmente ao Poder Legislativo.

Por simetria, tal obrigação estende-se ao governador do estado

e aos prefeitos municipais.

O termo “ao Poder Legislativo” (l. 4) exerce a função de complemento da forma

verbal “prevê” (l. 3).

18. (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016)

Quando se cansava, sentava-se a uma grande

10| mesa ao fundo da sala e escrevia o resto da noite. Leu um

tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a

artigos, uns quarenta ou cinquenta, que projetou meter nas

13| revistas e nos jornais e com o produto vestir-se, habitar uma

casa diferente daquela e pagar ao barbeiro.

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A substituição do pronome “o”, em “reduziu-o a artigos” (l. 11 e 12), por lhe pre-

servaria a correção gramatical do texto.

19. (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016)

14| Mas ele nunca errava, e já nem havia mais o que

15| errar, uma vez que não havia mais dúvidas.

A forma verbal “havia”, em “não havia mais dúvidas” (l. 15), poderia ser correta-

mente substituída por existia.

20. (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016)

Mudamo-nos, separamo-nos, perdemo-nos de vista.

16| Creio que os artigos de psicologia não foram publicados,

pois há tempo li este anúncio num semanário: “Intelectual

desempregado. Amadeu Amaral Júnior, em estado de

19| desemprego, aceita esmolas, donativos, roupa velha,

pão dormido. Também aceita trabalho”. O anúncio não

produziu nenhum efeito.

O sujeito da oração ‘também aceita trabalho’ (l. 20) está elíptico e se refere a ‘Ama-

deu Amaral Júnior’ (l. 18), o que justifica o emprego da forma verbal “aceita” na

terceira pessoa do singular.

21. (CESPE/TRE-BA/TÉCNICO/2017)

1| Em sua definição, o voto em branco é aquele que não

se dirige a nenhum candidato entre os que disputam as

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eleições. São considerados, portanto, votos estéreis, porque

4| não produzem frutos. Os votos nulos, por sua vez, são aqueles

que, somados aos votos em branco, compõem a categoria dos

votos estéreis, inválidos ou, como denominou o Tribunal

7| Superior Eleitoral, votos apolíticos. Logo, os votos em branco

e os nulos são votos que, a princípio, não produzem resultado

nem influenciam no resultado do pleito.

10| Ao comparecer às urnas no dia das eleições, o eleitor

que apresentar voto em branco ou nulo pode fazê-lo por

diversas razões. Esses motivos podem embasar tanto a postura

13| dos que votam em branco quanto a dos que votam nulo, pois

o resultado final é o mesmo: invalidar o voto. Assim sendo,

não é razoável diferenciar o voto em branco do voto nulo.

16| Deve-se considerar a essência do ato, a sua real motivação, que

é a invalidação. É evidente que não se sabe, ao certo, a razão

que motiva cada eleitor a votar em branco ou nulo; entretanto,

19| em ambos os casos, não há dúvida quanto à invalidade do voto

por ele dado.

Renata Dias. Os votos brancos e nulos no estado democrático de direito: a legitimi-

dade das eleições majoritárias no Brasil. In: Estudos eleitorais, v. 8, n. 1, jan./abr.

2013, p. 36-8 (com adaptações).

Assinale a opção que apresenta termo que desempenha a mesma função sintática

que “a razão” (l. 17), no texto:

a) “o mesmo” (l. 14).

b) “votos estéreis” (l. 6).

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c) “o Tribunal Superior Eleitoral” (l. 6 e 7).


d) “dúvida” (l. 19).
e) “resultado” (l. 8).

22. (CESPE/PF/AGENTE/2014)
1| O uso indevido de drogas constitui, na atualidade,
séria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade das
estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de
4| todos os Estados e sociedades. Suas consequências infligem
considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não são
detidas por fronteiras: avançam por todos os cantos da
7| sociedade e por todos os espaços geográficos, afetando homens
e mulheres de diferentes grupos étnicos, independentemente de
classe social e econômica ou mesmo de idade. Questão de
10| relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido
de drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos
crimes conexos – geralmente de caráter transnacional – com
13| a criminalidade e a violência. Esses fatores ameaçam a
soberania nacional e afetam a estrutura social e econômica
interna, devendo o governo adotar uma postura firme de
16| combate ao tráfico de drogas, articulando-se internamente e
com a sociedade, de forma a aperfeiçoar e otimizar seus
mecanismos de prevenção e repressão e garantir o
19| envolvimento e a aprovação dos cidadãos.
Internet: <www.direitoshumanos.usp.br>.

O referente do sujeito da oração “articulando-se internamente e com a sociedade”


(l. 16 e 17), que está elíptico no texto, é “o governo” (l. 15).

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23. (CESPE/TJ-SE/NÍVEL SUPERIOR/2014)


1| Em vinte e poucos anos, a Internet deixou de ser um
ambiente virtual restrito e transformou-se em fenômeno
mundial. Atualmente, há tantos computadores e dispositivos
4| conectados à Internet que os mais de quatro bilhões de
endereços disponíveis estão praticamente esgotados. Por essa
razão, a rede mundial concentra as atenções não só das pessoas
7| e de governos, mas também movimenta um enorme contingente
de empresas de infraestrutura de telecomunicações e de
empresas de conteúdo. Pela Internet são compradas passagens
10| aéreas, entradas de cinema e pizzas; acompanham-se as notícias
do dia, as ações do governo, os gols e os capítulos das novelas;
e são postadas as fotos da última viagem, além de serem
13| comentados os últimos acontecimentos do grupo de amigos.
No entanto, junto com esse crescimento do mundo
virtual, aumentaram também o cometimento de crimes e outros
16| desconfortos que levaram à criação de leis que criminalizam
determinadas práticas no uso da Internet, tais como invasão a
sítios e roubo de senhas.
19| Devido ao aumento dos problemas motivados pela
digitalização das relações pessoais, comerciais e
governamentais, surgiu a necessidade de se regulamentar o uso
22| da Internet.
Internet: <www.camara.leg.br> (com adaptações).

Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto, se a forma verbal “há”

(l. 3) fosse substituída por existe.

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24. (CESPE/TJ-CE/ANALISTA/2014)

1| Estudante sou, nada mais. Mau sabedor, fraco jurista,

mesquinho advogado, pouco mais sei do que saber estudar,

saber como se estuda, e saber que tenho estudado. Nem isso

4| mesmo sei se saberei bem. Mas, do que tenho logrado saber, o

melhor devo às manhãs e madrugadas. Muitas lendas se têm

inventado, por aí, sobre excessos da minha vida laboriosa.

7| Deram, nos meus progressos intelectuais, larga parte ao uso em

abuso do café e ao estímulo habitual dos pés mergulhados

n’água fria. Contos de imaginadores. Refratário sou ao café.

10| Nunca recorri a ele como a estimulante cerebral. Nem uma só

vez na minha vida busquei num pedilúvio o espantalho do

sono.

13| Ao que devo, sim, o mais dos frutos do meu trabalho,

a relativa exabundância de sua fertilidade, a parte produtiva e

durável da sua safra, é às minhas madrugadas. Menino ainda,

16| assim que entrei para o colégio, alvidrei eu mesmo a

conveniência desse costume, e daí avante o observei, sem

cessar, toda a vida. Eduquei nele o meu cérebro, a ponto de

19| espertar exatamente à hora, que comigo mesmo assentava, ao

dormir. Sucedia, muito amiúde, encetar eu a minha solitária

banca de estudo à uma ou às duas da antemanhã. Muitas vezes

22| me mandava meu pai volver ao leito; e eu fazia apenas que lhe

obedecia, tornando, logo após, àquelas amadas lucubrações, as

de que me lembro com saudade mais deleitosa e entranhável.

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25| Tenho, ainda hoje, convicção de que nessa

observância persistente está o segredo feliz, não só das minhas

primeiras vitórias no trabalho, mas de quantas vantagens

28| alcancei jamais levar aos meus concorrentes, em todo o andar

dos anos, até à velhice. Muito há que já não subtraio tanto às

horas da cama, para acrescentar às do estudo. Mas o sistema

31| ainda perdura, bem que largamente cerceado nas antigas

imoderações. Até agora, nunca o sol deu comigo deitado e,

ainda hoje, um dos meus raros e modestos desvanecimentos é

34| o de ser grande madrugador, madrugador impenitente.

Rui Barbosa. Oração aos moços. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1997, p. 31.

Assinale a opção correta em relação aos aspectos linguísticos do texto.

a) No trecho “Muitas vezes me mandava meu pai volver ao leito” (l. 21 e 22), a

expressão “meu pai”, que exerce a função de complemento da forma verbal “man-

dava”, é o agente da forma verbal “volver”.

b) Seriam mantidos o sentido original do texto e sua correção gramatical caso o

pronome “o”, em “e daí avante o observei, sem cessar” (l. 17 e 18), fosse substi-

tuído por lhe.

c) A forma verbal “Sucedia” (l. 20) está empregada, no texto, no sentido de Se-

guir-se.

d) Nas linhas 2 e 3, as orações “estudar”, “como se estuda” e “que tenho estudado”

não possuem o mesmo sujeito.

e) O pronome “nele” em “Eduquei nele o meu cérebro” (l. 18) faz referência ao

termo “trabalho” (l. 13).

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25. (CESPE/TC-DF/NÍVEL SUPERIOR/2014)

11| Há décadas, países como China e Índia têm enviado estudantes para países centrais

A forma verbal “Há” (l.11) poderia ser corretamente substituída por Fazem.

26. (FCC/SEGEP/MA/FISCAL/2018)

Classificam-se como sujeito (S) e complemento (C) da mesma forma verbal

os termos destacados em:

a) Uma pessoa complexa (S) só pode ser compreendida (C), jamais explicada.

b) A transcendência (S) constitui o seu projeto (C) como ser-no-mundo.

c) Pode-se explicar a lei da gravidade (C) pelos princípios da Física (S).

d) Sem liberdade interior (C) não há história (S) a ser compreendida.

e) A queda de um homem desesperado (S) não é equivalente (C) à de uma pedra.

27. (FCC/DPE-AM/ANALISTA/2018)

Será que lhes faltam características.

O segmento que exerce a mesma função sintática do sublinhado está também su-

blinhado em:

a) As ideias estão no ar.

b) A mimese adiciona uma dimensão representativa à imitação.

c) que as reorganize em algo pessoal.

d) Há ecos, imitações, paráfrases de Rossini.

e) A criatividade envolve não só anos de preparação e treinamento.

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28. (CESPE/TRT21ª/ANALISTA/2017)

Vejo pela manhã os escolares caminhando rumo aos estabelecimentos de ensi-

no. Uma boa percentagem carrega o malote nas costas, preso pelas correias pas-

sando pelos ombros. Assim usam meus netos. Meus filhos imitaram os pais, con-

duzindo os livros numa bolsa, levada na mão esquerda. A recomendação clássica é

ter sempre a mão direita livre, desocupada, pronta para a defesa.

Esse transporte da bolsa estudantil parece pormenor sem importância. Mesmo

assim foi anotado há mais de vinte séculos em versos latinos. O poeta Quinto Ho-

rácio Flaco faleceu oito anos antes de Jesus Cristo nascer. No primeiro livro das Sá-

tiras, a sexta inclui essa referência, recordação do menino Horácio, filho de liberto,

indo para a aula do brutal Orbílio Pupilo, ex-soldado em Benavente: Laevo suspensi

locutos tabulamque lacerto. Antônio Luís Seabra (1799-1895), tradutor de Horácio,

divulgou o “No braço esquerdo com tabela e bolsa”. Essas “tabelas” eram as placas

de madeira encerada onde escreviam. Valiam os livros contemporâneos. A figura

do escolar atravessando as ruas da tumultuosa Roma no ano 55 e que seria o eter-

namente vivo Horácio, volta aos meus olhos, nessa janela provinciana e brasileira,

aos seis graus ao sul da Equinocial.


(CASCUDO, Câmara, “Indo para a Escola”, em História dos Nossos Gestos. Edição digital. Rio
de Janeiro: Global, 2012)

O segmento sublinhado em Assim usam meus netos (1º parágrafo) exerce, no con-

texto, a mesma função sintática que o sublinhado em:

a) ...volta aos meus olhos, nessa janela provinciana... (2º parágrafo)

b) Valiam os livros contemporâneos. (2º parágrafo)

c) ... a sexta inclui essa referência... (2º parágrafo)

d) Uma boa percentagem carrega o malote nas costas... (1º parágrafo)

e) A recomendação clássica é ter sempre a mão direita livre... (1º parágrafo)

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29. (FCC/TRE-SP/TÉCNICO/2017)

Quando confrontada a duas teorias – uma simples e outra complexa – para ex-

plicar um problema, a maior parte das pessoas não hesita em favorecer a primeira,

também qualificada como elegante. “Em muitos casos, porém, a complexa pode

ser mais interessante”, lembra o filósofo Marco Zingano, da Universidade de São

Paulo. Segundo ele, a escolha é natural na cultura ocidental contemporânea porque

o pensamento dessas civilizações foi moldado por Aristóteles e Platão, os filósofos

de maior destaque na Grécia Antiga, para quem a metafísica da unidade tinha como

paradigma a simplicidade.

Levado ao pé da letra, o resgate puramente historiográfico das contribuições

da Antiguidade pode parecer folclórico diante do conhecimento atual. Mas, mesmo

que oculta, a influência de Aristóteles e de Platão está presente na forma como o

pensamento governa os hábitos intelectuais da civilização atual.

Um dos problemas que ocuparam Platão e Aristóteles foi a acrasia, que leva uma

pessoa a tomar uma atitude contrária à que sabe ser a correta. Se está claro, por

exemplo, que uma moderada dose diária de exercícios é suficiente para prevenir

uma série de doenças graves e trazer benefícios à saúde, por que alguém optaria

por passar horas deitado no sofá e se locomover apenas de carro? Para Sócrates,

a resposta era simples: guiado pela razão, o ser humano só deixa de fazer o que é

melhor se lhe faltar o conhecimento.

Platão discordava, e resolveu o dilema dividindo a alma em três partes: um

par de cavalos alados conduzidos por um cocheiro que representa uma delas, a

razão. Um dos cavalos, arredio, só pode ser controlado a chicotadas e representa

os apetites. O outro é a porção irascível da alma. É o impulso, em geral obediente

à razão, mas que pode levar a decisões impetuosas em determinadas situações. “O

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que determina as ações seriam fontes distintas de motivação”, observa Zingano.

Platão pensou o conflito como interno à alma, dando lugar à acrasia. Já Aristóteles

dedicou um livro de sua Ética ao fenômeno.

Aristóteles e Platão tiveram um papel importante – e persistente – porque fo-

ram grandes sistematizadores do conhecimento. Eles procuraram domar conceitos

diversos do Universo, do corpo e da mente, entender seu funcionamento e deixar

registrado para uso futuro. Resgatar esses textos, explica Zingano, é uma busca da

compreensão de como a cultura ocidental descreve o mundo e enxerga a si mesma

ainda hoje.
(Adaptado de: GUIMARÃES, Maria. Disponível em: revistapesquisa.fapesp.br)

Um dos problemas que ocuparam Platão e Aristóteles foi a acrasia... (3º parágrafo)

O segmento grifado exerce, na frase, a mesma função sintática que o segmento

também grifado em:

a) ... guiado pela razão, o ser humano só deixa de fazer o que é melhor se...

b) ... o pensamento dessas civilizações foi moldado por Aristóteles e Platão.

c) Eles procuraram domar conceitos diversos do Universo...

d) ... conduzidos por um cocheiro que representa uma delas, a razão.

e) ... só pode ser controlado a chicotadas e representa os apetites...

30. (FCC/DPE-RR/ADMINISTRADOR/2015)

A morte e a morte do poeta

Ao ler o seu necrológio no jornal outro dia, o pianista Marcos Resende primeiro

tratou de verificar que estava vivo, bem vivo. Em seguida gravou uma mensagem

na sua secretária eletrônica: “Hoje é 27 e eu não morri. Não posso atender porque

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estou na outra linha dando a mesma explicação”. Quando li esta nota, me lembrei

de como tudo neste mundo caminha cada vez mais depressa. Em 1862, chegou

aqui a notícia da morte de Gonçalves Dias.

O poeta estava a bordo do Grand Condé havia cinquenta e cinco dias. O brigue

chegou a Marselha com um morto a bordo. À falta de lazareto, o navio estava obri-

gado à caceteação da quarentena. Gonçalves Dias tinha ido se tratar na Europa e

logo se concluiu que era ele o morto. A notícia chegou ao Instituto Histórico durante

uma sessão presidida por d. Pedro II. Suspensa a sessão, começaram as homena-

gens ao que era tido e havido como o maior poeta do Brasil.

Suspeitar que podia ser mentira? Impossível. O imperador, em pleno Instituto

Histórico, só podia ser verdade. Ofícios fúnebres solenes foram celebrados na Corte

e na província. Vinte e cinco nênias saíram publicadas de estalo. Joaquim Serra,

Juvenal Galeno e Bernardo Guimarães debulharam lágrimas de esguicho, quentes

e sinceras. O grande poeta! O grande amigo! Que trágica perda! As comunicações

se arrastavam a passo de cágado. Mal se começava a aliviar o luto fechado, dois

meses depois chegou o desmentido: morreu, uma vírgula! Vivinho da silva.

A carta vinha escrita pela mão do próprio poeta: “É mentira! Não morri, nem

morro, nem hei de morrer nunca mais!” Entre exclamações, citou Horácio: “Não

morrerei de todo.” Todavia, morreu, claro. E morreu num naufrágio, vejam a coinci-

dência. Em 1864, trancado na sua cabine do Ville de Boulogne, à vista da costa do

Maranhão. Seu corpo não foi encontrado. Terá sido devorado pelos tubarões. Mas o

poeta, este de fato não morreu.


(Adaptado de: RESENDE, Otto Lara. Bom dia para nascer. São Paulo: Cia das Letras, 2011,
p.107-8)

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Suspensa a sessão, começaram as homenagens...

O segmento grifado exerce na frase a mesma função sintática que o segmento

também grifado em:

a) As comunicações se arrastavam a passo de cágado.

b) O brigue chegou a Marselha com um morto a bordo.

c) Ao ler o seu necrológio no jornal outro dia...

d) Terá sido devorado pelos tubarões.

e) ... dois meses depois chegou o desmentido...

31. (ESAF/MF/ESPECIALISTA/2013)

1| Mais relevante do que a associação entre humor

e identidade é, a meu ver, a hipótese de que tal

identidade esteja, sempre, representada nas

piadas, através de estereótipos. Esse parece

5| ser um traço óbvio desde sempre. A identidade é

social, imaginária, representada, tese que se opõe

à suposição de que a identidade se caracteriza

por alguma espécie de essência ou realidade

profunda. Assumo também que o fato de que a

10| identidade é uma representação imaginária não

significa necessariamente que ela não tenha

amparo no real. Significa apenas que ela não é

seu espelho, sua cópia. Como consequência, o

estereótipo também deve ser concebido como

15| social, imaginário e construído, e se caracteriza

por ser uma redução (com frequência, negativa),

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eventualmente um simulacro. Assim, o simulacro

é uma espécie de identidade pelo avesso –

digamos, uma identidade que um grupo, em

20| princípio, não assume, mas que lhe é atribuída, de

um outro lugar, pelo seu Outro. Essa abordagem

sempre retoma discursos profundamente

arraigados e cujos temas são sempre cruciais para

uma sociedade. É um fato que muitos eventos

25| discursivos funcionam sobre esse suporte. Assim,

por exemplo, na seguinte piada: “Mainha, ainda

tem aí daquela injeção pra veneno de cobra?”

“Por que, meu filho? A cobra te mordeu?” “Não,

mainha, mas ela já tá chegando perto.”

30| Chistes que se fundam em estereótipos são

sempre agressivos e referem-se a alguma

diferença construída em condições históricas de

disputa.

(Possenti, Sírio. Humor, língua e discurso. São Paulo: Contexto, 2010, p. 39-40, adaptado).

Com relação a estruturas linguísticas do texto, assinale a opção correta.

a) No processo de coesão textual, a referência do pronome “ela” (l.11) é a expres-

são “uma representação imaginária” (l. 10).

b) Os termos “social, imaginário e construído” (l. 15), “negativa” (l.16) e “um si-

mulacro” (l. 17) expressam, na oração de que fazem parte, um atributo do termo

que exerce a função de sujeito e, portanto, são todos predicativos do respectivo

sujeito.

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c) O segmento na voz passiva “que lhe é atribuída” (l. 20) corresponde à estrutura

pronominal “que se lhe atribui”, a qual, portanto, poderia substituí-lo no texto.

d) No período simples “– Mainha, ainda tem aí daquela injeção pra veneno de co-

bra?” (l. 26 e 27), há traços morfológicos e sintáticos da linguagem coloquial, entre

estes, o emprego do verbo “ter” como impessoal, o que resulta em estrutura de

oração sem sujeito.

e) O último período do texto, consideradas as relações lógicas nele estabelecidas,

corresponde ao seguinte silogismo: Todo chiste se origina em diferença construída

em situação de disputa. A diferença de identidade construída em situação de dis-

puta se baseia em estereótipo. Logo, todo chiste é agressivo.

32. (FCC/METRÔ-SP/ANALISTA/2014)

Viagens

Viagens de avião e de metrô podem guardar certa semelhança. Entre nuvens

carregadas, ou tendo o azul como horizonte infinito, o passageiro não sente que

está em percurso; no interior dos túneis, diante das velozes e uniformes paredes

de concreto, o passageiro tampouco sabe da viagem. Em ambos os casos, vai de

um ponto a outro como se alguém o levantasse de um lugar para pô-lo em outro,

mais adiante.

Nesses casos, praticamente se impõe uma viagem interior. As nuvens, o azul ou

o concreto escuro hipnotizam-nos, deixam-nos a sós com nossas imagens e nos-

sos pensamentos, que também sabem mover-se com rapidez. Confesso que gosto

desses momentos que, sendo velozes, são, paradoxalmente, de letargia: os olhos

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abertos veem para dentro, nosso cinema interior se abre para uma profusão de

cenas vividas ou de expectativas abertas. Em tais viagens, estamos surpreenden-

temente sós – uma experiência rara em nossos dias, concordam?

Que ninguém se socorra do celular ou de qualquer engenhoca eletrônica, por

favor: que enfrente o vital desafio de um colóquio consigo mesmo, de uma viagem

em que somos ao mesmo tempo passageiros e condutores, roteiristas do nosso

trajeto, produtores do nosso sentido. Não é pouco: nesses minutos de íntima pere-

grinação, o único compromisso é o de não resistir à súbita liberdade que nossa ima-

ginação ganhou. Chegando à nossa estação ou ao nosso aeroporto, retomaremos a

rotina e nos curvaremos à fatalidade de que as obrigações mundanas rejam o nos-

so destino. Navegar é preciso, viver não é preciso, diziam os antigos marinheiros.

É verdade: há viagens em que o menos importante é chegar.


(Ulisses Rebonato, inédito)

São exemplos de uma mesma função sintática os elementos sublinhados na frase:

a) Viagens de avião e de metrô podem guardar certa semelhança

b) Em tais viagens, estamos surpreendentemente sós.

c) Que ninguém se socorra do celular ou de qualquer engenhoca eletrônica.

d) O único compromisso é o de não resistir à súbita liberdade que nossa imagina-

ção ganhou.

e) Chegando à nossa estação, retomaremos a rotina.

33. (FCC/MPE-AM/AGENTE/2013) No mundo contemporâneo o Direito tem uma

complexa função de gestão das sociedades, que torna ainda mais problemático

o acesso ao conhecimento do que é justiça, por meio da razão, da intuição ou da

revelação.

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Considerando-se o segmento, a afirmativa que NÃO condiz com a estrutura sintá-

tica é:

a) trata-se de um período composto por coordenação

b) o Direito e que exercem função de sujeito, no período.

c) gestão e acesso são palavras que possuem, igual- mente, complemento nominal.

d) ainda mais problemático é um termo que exerce função de predicativo.

e) o termo por meio da razão, da intuição ou da revelação tem sentido adverbial.

34. (CETRO/CRE F4ª/PROCURADOR/2013) De acordo com a norma-padrão da Lín-

gua Portuguesa e em relação à sintaxe, assinale a alternativa cujo sujeito apresen-

ta a mesma classificação que o sujeito destacado no período a seguir.

Ninguém entrou em contato com a família de Kevin.

a) Encontraram os culpados pelo atentado.

b) O pai e a mãe do garoto estavam muito abatidos.

c) Choveu muito em São Paulo.

d) O clube teve uma atitude jurídica perfeita.

e) Vive-se solitariamente nas grandes cidades.

35. (FGV/CÂMARA DE SALVADOR-BA/ASSISTENTE LEGISLATIVO/2018) “Ou seja,

foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos,

a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria”.

Sobre um componente desse segmento do texto 2, é correto afirmar que:

a) o sujeito da forma verbal “foi usada” está posposto;

b) a frase “para criar uma desigualdade” indica uma concessão;

c) o relativo “a qual” se refere a um termo seguinte;

d) o termo “alguns teóricos” funciona como objeto direto;

e) a forma verbal no futuro do pretérito – desenvolveria – indica uma possibilidade.

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36. (FGV/SEPOG-RO/TÉCNICO/2017)

Temos uma notícia triste: o coração não é o órgão do amor! Ao contrário do que

dizem, não é ali que moram os sentimentos. Puxa, para que serve ele, afinal? Cal-

ma, não jogue o coração para escanteio, ele é superimportante. “É um órgão vital.

É dele a função de bombear sangue para todas as células de nosso corpo”, explica

Sérgio Jardim, cardiologista do Hospital do Coração.

O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue, e tem dois sistemas de

bombeamento independentes. Com essas “bombas” ele recebe o sangue das veias

e lança para as artérias. Para isso contrai e relaxa, diminuindo e aumentando de

tamanho. E o que tem a ver com o amor? “Ele realmente bate mais rápido quando

uma pessoa está apaixonada. O corpo libera adrenalina, aumentando os batimen-

tos cardíacos e a pressão arterial”.


(O Estado de São Paulo, 09/06/2012, caderno suplementar, p. 6)

“Ao contrário do que dizem, não é ali que moram os sentimentos.”

Nesse segmento do texto, há duas formas verbais na terceira pessoa do plural:

dizem e moram.

Sobre essas formas, assinale a opção correta.

a) As duas formas mostram sujeitos pospostos.

b) Só a primeira forma tem sujeito indeterminado.

c) Só a segunda forma tem sujeito.

d) As duas formas mostram sujeitos indeterminados.

e) As duas orações não têm sujeito.

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37. (VUNESP/TJ-SP/ASSISTENTE/2017)

É urgente

A decisão de Nicolás Maduro de elevar a meio milhão os milicianos armados com

fuzil na Venezuela é a pior de suas ideias ruins.

Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das

armas. Caso não o seja, nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo: vai

prolongar-se na criminalidade típica de uma população armada e, em grande par-

te, indesarmável. Ainda por motivos mais econômicos, os venezuelanos fogem em

massa. Seu número cresce. O Brasil está atrasado, como se indiferente, nas provi-

dências para essa emergência social.


(Jânio de Freitas, “É urgente”. Folha de S.Paulo, 10.04.2017)

Assinale a alternativa em que o verbo destacado tem sujeito elíptico.

a) A decisão de Nicolás Maduro [...] é a pior de suas ideias ruins.

b) ... os venezuelanos fogem em massa

c) ... nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo...

d) Seu número cresce.

e) Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das ar-

mas.

38. (FGV/PROCEMPA/TÉCNICO/2014)

As melhores e as mais lindas coisas do mundo não se podem ver nem tocar. Elas

devem ser sentidas com o coração. Não devemos ter medo dos confrontos. Até os

planetas se chocam, e do caos nascem as estrelas.

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Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que pos-

sui, o verdadeiro valor do homem é o seu caráter, suas ideias e a nobreza dos seus

ideais.”

(Charles Chaplin)

Das frases a seguir, assinale aquela que possui um sujeito posposto.

a) “As melhores e as mais lindas coisas do mundo não se podem ver nem tocar.”

b) “Elas devem ser sentidas com o coração.”

c) “Não devemos ter medo dos confrontos.”

d) “Até os planetas se chocam.”

e) “...do caos nascem as estrelas.”

39. (FGV/PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS-SC/ADMINISTRADOR/2014)

DIREITO AFETIVO

João Paulo Lins e Silva, O Globo, 09/10/2014

Acompanhamos recentemente notícias na imprensa sobre registros de nasci-

mento de menores com a inclusão de duas mães e um pai. Três atos distintos ocor-

reram; um em Minas Gerais e dois no Rio Grande do Sul. Por maior semelhança,

carregam os registros características peculiares, mas que trazem e antecipam uma

forte tendência, com a visão da família multiparental, ou seja, a capacidade de uma

pessoa possuir, simultaneamente, mais de um pai ou de uma mãe em seu registro

de nascimento. O que poderia soar absurdo ou, no mínimo, estranho antigamente,

a evolução do formato da família brasileira força a necessidade de uma adequação

de nossa legislação notarial.

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A frase a seguir em que o sujeito do verbo sublinhado aparece posposto é:

a) “acompanhamos recentemente notícias na imprensa”

b) “três atos distintos ocorreram”

c) “por maior semelhança, carregam os registros características peculiares”

d) “mas que trazem e antecipam uma forte tendência”

e) “a evolução do formato da família brasileira força a necessidade de uma ade-

quação”

40. (FGV/PROCEMPA/ANALISTA EM TI/2014)

A maçã não tem culpa

Pela lenda judaico-cristã, o homem nasceu em inocência. Mas a perdeu quando

quis conhecer o bem e o mal. Há uma distorção generalizada considerando que o

pecado original foi um ato sexual, e a maçã ficou sendo um símbolo de sexo.

Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia, Adão e Eva já tinham filhos pelos

métodos que adotamos até hoje. Não usaram proveta nem recorreram à sapiência

técnica e científica do ex-doutor Abdelmassih. Numa palavra, procederam dentro

do princípio estabelecido pelo próprio Senhor: “Crescei e multiplicaivos”. O pecado

foi cometido quando não se submeteram à condição humana e tentaram ser iguais

a Deus, conhecendo o bem e o mal. A folha de parreira foi a primeira escamoteação

da raça humana.

Criado diretamente por Deus ou evoluído do macaco, como Darwin sugeriu, o

homem teria sido feito para viver num paraíso, em permanente estado de graça.

Nas religiões orientais, creio eu, mesmo sem ser entendido no assunto (confesso

que não sou entendido em nenhum assunto), o homem, criado ou evoluído, ainda

vive numa fase anterior ao pecado dito original.

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Na medida em que se interioriza pela meditação, deixando a barba crescer ou

tomando banho no Ganges, o homem busca a si mesmo dentro do universo físico

e espiritual. Quando atinge o nirvana, lendo a obra completa do meu amigo Paulo

Coelho, ele vive uma situação de felicidade, num paraíso possível. Adão e Eva, com

sua imensa prole, poderiam ter continuado no Éden se não tivessem cometido o

pecado. A maçã de Steve Jobs não tem nada a ver com isso.

Repito: o pecado original não foi o sexo, o ato do sexo, prescrito pelo próprio

latifundiário, dono de todas as terras e de todos os mares. A responsabilidade pelo

pecado foi a soberba do homem em ter uma sabedoria igual à de seu Criador.

(Carlos Heitor Cony, Folha de S. Paulo)

Assinale a opção que indica a frase em que o sujeito aparece posposto ao verbo.

a) “Há uma distorção generalizada”.

b) “a maçã ficou sendo um símbolo do sexo”.

c) “Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia”.

d) “A maçã de Steve Jobs não tem nada a ver com isso”.

e) “O pecado original não foi o sexo”

41. (CESPE/TELEBRAS/ESPECIALISTA/2013)

5| Vagamente interessados

6| por um assunto, mas prontos a nos desviar a qualquer instante

7| de acordo com o clima do momento, sem saber exatamente o

8| que procuramos, mas sempre acabando por encontrar alguma coisa [...]

O “que” (l.8) classifica-se, no período, como conjunção e introduz o complemen-

to oracional da forma verbal “saber” (l.7).

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(CESPE/CAIXA/MÉDICO DO TRABALHO/2014)

1| As moedas têm uma representação gráfica geralmente

constituída por duas partes: uma sigla de designação abreviada

para o padrão monetário, que varia de país para país, e o cifrão,

4| símbolo universal do dinheiro, etimologicamente originado do

árabe cifr.

A origem do cifrão data do ano 711 da era cristã,

7| quando o general Táriq-ibn-Ziyád comandou a conquista da

Península Ibérica, ocupada até então pelos visigodos. Existem

duas versões sobre o caminho percorrido pelo general árabe.

10| Na primeira, Táriq teria partido de Tânger, cidade de

Marrocos, da qual era governador. Na segunda, Táriq teria

saído da Arábia e passado pelo Egito, desertos do Saara e da

13| Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos. De lá, ele teria cruzado o

estreito das Colunas de Hércules e chegado à Península Ibérica.

Após a viagem, Táriq teria mandado gravar, em

16| moedas comemorativas, uma linha sinuosa, em forma de um

esse maiúsculo (S), representando o longo e tortuoso caminho

percorrido para alcançar o continente europeu. Mandou

19| colocar, no sentido vertical, duas colunas paralelas, cortando

essa linha sinuosa. As colunas representavam as Colunas de

Hércules e significavam força, poder e a perseverança da

22| empreitada. O símbolo, gravado nas moedas, difundiu-se e

passou a ser reconhecido mundialmente como cifrão,

representação gráfica do dinheiro.


Internet: <www.casadamoeda.gov.br> (com adaptações).

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42. O emprego das vírgulas para isolar as expressões “símbolo universal do dinhei-

ro” (l. 4) e “em moedas comemorativas” (l. 15-16) justifica-se pelo fato de que es-

sas expressões exercem, nos períodos em que ocorrem, a mesma função sintática.

43. A expressão “duas versões” (l. 9) exerce a função de complemento da forma

verbal “Existem” (l. 8).

44. (CESPE/PRF/NÍVEL SUPERIOR/2012)

8| Dessas, as três primeiras são

organizadas e mantidas pela União e as duas últimas são

10| subordinadas aos governos estaduais e distrital. Assim, quando

infrações penais afetam bens, serviços e interesses da União, as

forças policiais federais realizam as funções que lhes são

13| delegadas pela Constituição Federal de 1988.

Na linha 11, a expressão “infrações penais” exerce a função de complemento da

forma verbal “afetam”.

45. (CESPE/PC-PE/DELEGADO/2016)

7| O Pacto Pela Vida é um programa do governo do

estado de Pernambuco que visa à redução da criminalidade e

ao controle da violência. A decisão ou vontade política de

10| eleger a segurança pública como prioridade é o primeiro marco

que se deve destacar quando se pensa em recuperar a memória

dessa política, sobretudo quando se considera o fato de que o

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13| tema da segurança pública, no Brasil, tem sido historicamente

negligenciado. Muitas autoridades públicas não só evitam

associar-se ao assunto como também o tratam de modo

16| simplista, como uma questão que diz respeito apenas à polícia.

O Pacto pela Vida, entendido como um grande

concerto de ações com o objetivo de reduzir a violência e, em

19| especial, os crimes contra a vida, foi apresentado à sociedade

no início do mês de maio de 2007. Em seu bojo, foram

estabelecidos os principais valores que orientaram a construção

22| da política de segurança, a prioridade do combate aos crimes

violentos letais intencionais e a meta de reduzir em 12% ao

ano, em Pernambuco, a taxa desses crimes.

25| Desse modo, definiu-se, no estado, um novo

paradigma de segurança pública, que se baseou na

consolidação dos valores descritos acima (que estavam em

28| disputa tanto do ponto de vista institucional quanto da sociedade)

No texto, a partícula “se” foi empregada para indeterminar o sujeito em:

a) “se pensa” (l. 11).

b) “se considera” (l. 12).

c) “associar-se” (l. 15).

d) “definiu-se” (l. 25).

e) “se deve destacar” (l. 11).

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46. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2013)

1| Dependerá da adesão dos demais ministros o êxito de

2| um apelo feito pelo presidente do STF [...]

Na linha 1, a expressão “o êxito” exerce função sintática de complemento direto da

forma verbal “Dependerá”.

47. (CESPE/STF/ANALISTA/2013)

Na oração “guiava-me a promessa do livro” (l.22), o pronome “me” exerce a função

de complemento da forma verbal “guiava”.

48. (AOCP/CODEM-PA/ANALISTA/2017)

Analise o seguinte trecho e assinale a alternativa INCORRETA.

“Novos estudos estão mostrando que o uso frequente do Facebook nos torna

mais impulsivos, mais narcisistas, mais desatentos e menos preocupados com

os sentimentos dos outros.”

a) Trata-se de um período composto por duas orações.

b) Os sujeitos das orações são, respectivamente, “novos estudos” e “o uso fre-

quente do Facebook”.

c) Existe uma oração principal, não iniciada por conjunção, e uma oração subordi-

nada, iniciada por conjunção integrante.

d) Existem duas orações e, em uma delas, o sujeito está oculto para evitar repeti-

ções desnecessárias.

e) A locução verbal “estão mostrando” poderia ser substituída por “mostram” sem

prejuízo de entendimento à oração em questão.

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49. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR/2014)

2| Na verdade,

3| desde a pré-história, o homem busca explicações para a

4| realidade e os mistérios do mundo que o cerca.

Em “o cerca” (l. 4), o pronome “o”, que se refere ao termo “o homem” (l. 3),

exerce a função de complemento da forma verbal “cerca”.

50. (CESPE/FNDE/TÉCNICO/2012)

1| Mecanismos de avaliação são essenciais nos casos em

que o objetivo e perseguir qualidade em alguma área,

particularmente quando o que está em jogo são formas de

4| aperfeiçoar o sistema educacional, adequando os objetivos as

necessidades de quem tem por missão ensinar e de quem está

em fase de aprendizado.

O emprego do sinal indicativo de crase em “adequando os objetivos às necessida-

des” (l. 4-5) justifica-se pela regência do verbo adequar, que exige complemento

regido pela preposição “a”, e pela presença de artigo definido feminino antes de

“necessidades”.

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GABARITO
1. C 26. b

2. a 27. e

3. e 28. d

4. E 29. a

5. C 30. b

6. C 31. d

7. E 32. d

8. C 33. a

9. E 34. d

10. E 35. e

11. E 36. b

12. E 37. e

13. C 38. e

14. E 39. c

15. E 40. c

16. e 41. E

17. E 42. E

18. E 43. E

19. E 44. E

20. C 45. a

21. c 46. E

22. C 47. C

23. E 48. d

24. d 49. C
25. E 50. C

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016)

21| De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, se nem nas

22| condições atuais esses responsáveis estão sendo capazes de

23| cumpri-la?

Na linha 21, o termo “mais rigorosa” funciona como um predicativo do termo “a

lei”.

Certo.

O termo a lei é objeto direto, e mais rigorosa é predicativo do objeto. Você já sabe o

teste para identificar se é predicativo: transformando o objeto direto em pronome,

o predicativo fica de fora: “De que adiantaria, então, torná-la mais rigorosa”.

2. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/PERITO CRIMINAL/2016)

1| Alguns nascem surdos, mudos ou cegos. Outros dão

2| o primeiro choro com um estrabismo deselegante.

Na oração em que é empregado, o termo “surdos, mudos ou cegos” (l. 1) exerce a

função de:

a) predicativo do sujeito

b) objeto direto

c) adjunto adnominal

d) sujeito

e) adjunto adverbial

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Letra a.

Estamos diante de um predicativo do sujeito. O predicado é verbo-nominal: o pre-

dicado verbal é nascer e o predicado nominal (adjetival) é surdos, mudos ou cegos.

3. (CESPE//POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/PERITO CRIMINAL/2016)

17| De fato, a problemática ligada à

separação de partes cadavéricas destinadas a transplantes em

vivos exige que sua retirada seja feita em condições de

20| aproveitamento útil, o que impõe, em muitos casos, que esse

procedimento seja feito em prazos curtos, iniciados com o

momento da morte.

No texto, a oração “que sua retirada seja feita em condições de aproveitamento

útil” (l. 19 e 20) exerce a função de:

a) sujeito

b) adjunto adnominal

c) predicativo do sujeito

d) predicativo do objeto

e) objeto direto

Letra e.

Para resolver o item, é preciso observar a forma verbal impõe. O sujeito sintático

desse verbo é o pronome relativo o que. Por se tratar de um verbo transitivo direto,

o verbo impor exige objeto direto (no texto, uma oração subordinada substantiva

objetiva direta). Assim, a oração “que sua retirada seja feita em condições de apro-

veitamento útil” exerce função de objeto direto.

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4. (CESPE/CPRM/TÉCNICO/2013)

1| A 1.500 km da costa do Rio de Janeiro, a

2| aproximadamente 2.000 m de profundidade, repousa, abaixo

3| do Oceano Atlântico, um pequeno continente perdido.

O trecho “um pequeno continente perdido” (l. 3) funciona, sintaticamente, como

complemento da forma verbal “repousa” (l. 2).

Errado.

O trecho “um pequeno continente perdido” é, na verdade, o sujeito da forma verbal

repousa. O conhecimento avaliado pela banca é o seguinte: você, candidato(a),

consegue identificar um sujeito posposto? Ou seja: você sabe quando um termo é

sujeito, mesmo ele estando após o verbo? Pois é, é exatamente isso que acontece

no texto analisado. Em ordem direta (SUJEITO – VERBO(PREDICADO)), temos o

seguinte:

Um pequeno continente perdido repousa [adjuntos]

SUJEITOVERBO (PREDICADO)

5. (CESPE/TJDFT/ANALISTA/2015)

7|Art. 1º Reeditar o Programa de Responsabilidade

Socioambiental do TJDFT Viver Direito, cuja base é a Agenda

Socioambiental do TJDFT que, em permanente revisão,

10| estabelece novas ações sociais e ambientais e as integra às

existentes no âmbito do Poder Judiciário do Distrito Federal e

Territórios, visando à preservação e à recuperação do meio

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13| ambiente, por meio de ações sociais sustentáveis, a fim de

torná-lo e mantê-lo ambientalmente correto, socialmente justo

e economicamente viável.

O termo “ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável”

(l. 14 e 15) exerce a função de predicativo.

Certo.

Mais especificamente, o termo “ambientalmente correto, socialmente justo e eco-

nomicamente viável” é predicativo do objeto. Se lermos o texto com atenção, ve-

remos que esse termo faz referência às formas pronominais torná-lo e mantê-lo,

ambas objetos diretos.

6. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014)

19| A possibilidade de comunicação

20| surgiu no ângulo quente da esquina, acompanhando uma

21| senhora, e encarnado na figura de um cão.

[...]

25| A menina abriu os olhos pasmada. Suavemente

26| avisado, o cachorro estacou diante dela.

A expressão “na figura de um cão” (l. 21) e o termo “pasmada” (l. 25) desempe-

nham, no contexto sintático em que se inserem, a função de complemento nominal

e predicativo do sujeito, respectivamente.

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Certo.

A regência nominal do adjetivo encarnado exige complemento introduzido pela

preposição em. Nesse sentido, a primeira afirmação do item está correta.

O termo pasmada é predicativo do sujeito, haja vista a concordância (feminino sin-

gular). Esse predicado, como vimos em nossa aula, é verbo-nominal.

7. (CESPE/SEE-AL/PROFESSOR/2013) Em “Paulo Freire acreditava que a melhor

maneira de se ensinar é defender com seriedade e apaixonadamente uma posição”,

a oração introduzida por “que” exerce a função sintática de predicativo do sujeito

“Paulo Freire”.

Errado.

O verbo acreditar, na sentença em análise, é transitivo direto: não exige comple-

mento preposicionado. Assim, a sequência “que a melhor maneira de se ensinar é

defender com seriedade e apaixonadamente uma posição” exerce a função sintáti-

ca de objeto direto do verbo acreditar. O sujeito desse verbo, facilmente identificá-

vel, é Paulo Freire.

8. (CESPE/SEDU-ES/PROFESSOR/2010)

1| Para quem tem vinte e poucos anos, o shopping center

2| é a maior referência de comércio, principalmente quando o

3| assunto é roupa.

O termo “a maior referência de comércio” (l. 2) exerce a função sintática de predi-

cativo do sujeito na oração em que ocorre.

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Certo.

O sujeito do verbo de ligação ser, no trecho em análise, é shopping center:

o shopping center é [PREDICATIVO DO SUJEITO]

O predicador desse sujeito é a maior referência de comércio – exatamente como

afirma o item.

9. (CESPE/IRBr/DIPLOMATA/2004)

16| O patriarcado era o único sistema que, até data recente, não tinha sido

17| abertamente desafiado em toda a história documentada [...]

Na linha 16, o pronome “que” exerce a mesma função sintática do termo que o

antecede: predicativo do sujeito.

Errado.

O pronome relativo “que” é semanticamente equivalente à forma o único sistema

(predicativo do sujeito). No entanto, sintaticamente o pronome relativo “que” é

SUJEITO da forma verbal tinha sido. Não exerce, portanto, a mesma função que o

termo antecedente.

10. (CESPE/TCU/TÉCNICO/2012)

16| A Constituição de 1891, a primeira republicana, ainda

17| por influência de Rui Barbosa, [...]

O segmento “a primeira republicana” (l. 16) está entre vírgulas por ser um vocativo.

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Errado.

Não se trata de um vocativo, já que o segmento não exerce a função de chama-

mento (e não se dirige ao interlocutor). A banca procura te confundir ao apresentar

outra expressão que também pode estar entre vírgulas: o aposto. Como podemos

interpretar, há uma equivalência entre o nome e o aposto:

A Constituição de 1891 = primeira (Constituição) republicana

SUBSTANTIVOAPOSTO (possui natureza substantiva)

11. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2013)

5| No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito

6| lusitano.

A vírgula após “colonial” (l.5) é utilizada para isolar aposto.

Errado.

Lembre-se do que eu disse na questão 10: o aposto possui natureza substantiva.

Assim, não pode haver uma preposição, como no trecho “No período colonial,”. Na

verdade, a vírgula é utilizada para separar adjunto deslocado.

12. (CESPE/ANTAQ/NÍVEL MÉDIO/2014)

2| Sua vocação eminentemente hídrica impõe, ao

3| longo dos séculos, a necessidade do deslocamento de seus

4| habitantes através dos rios.

No trecho anterior, as vírgulas isolam segmento “ao longo dos séculos” com função

de aposto explicativo.

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Errado.

Pronto, agora ficou fácil: se o segmento é iniciado por preposição, e assim NÃO

estamos diante de um aposto. O segmento destacado pelo item é um adjunto ad-

verbial.

13. (CESPE/ANATEL/NÍVEL SUPERIOR/2014)

No primeiro quadrinho, o emprego de vírgula após o vocábulo “Gente” é obrigató-

rio, visto que separa expressão de chamamento.

Certo.

O vocábulo gente, no primeiro quadrinho, exerce função de chamamento, dirigin-

do-se aos possíveis interlocutores (segunda pessoa do discurso). Como vimos, o

vocativo é um termo de existência exterior à oração, por isso é separado por vír-

gula.

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14. (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018)

1|Deixei-o nessa reticência, e fui descalçar as botas, que

estavam apertadas. Uma vez aliviado, respirei à larga, e

deitei-me a fio comprido, enquanto os pés, e todo eu atrás

4| deles, entrávamos numa relativa bem-aventurança. Então

considerei que as botas apertadas são uma das maiores venturas

da Terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as

7|descalçar. Mortifica os pés, desgraçado, desmortifica-os

depois, e aí tens a felicidade barata, ao sabor dos sapateiros e

de Epicuro. (...) Daqui inferi eu que a vida é o mais engenhoso

10| dos fenômenos, porque só aguça a fome, com o fim de deparar

a ocasião de comer, e não inventou os calos, senão porque eles

aperfeiçoam a felicidade terrestre. Em verdade vos digo que

13| toda a sabedoria humana não vale um par de botas curtas.

(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. In: Obra Completa, v. 1, p. 555-6)

Dados os sentidos do texto, subentende-se que o agente da forma verbal “Mortifi-

ca” (l. 7) é “botas” (l. 5).

Errado.

O primeiro ponto a ser notado: caso botas fosse sujeito do verbo mortificar, a con-

cordância seria necessária (e então teríamos as botas mortificaM). Em segundo

lugar, o verbo está no imperativo afirmativo e concorda com a segunda pessoa do

singular.

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15. (CESPE/STJ/TÉCNICO/2018)

10|Autores importantes do campo

da ciência política e da filosofia política e moral se debruçaram

intensamente em torno dessa questão ao longo do século XX,

13| e chegaram a conclusões diversas uns dos outros. Embora a

perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si,

eles estão preocupados em desenvolver formas de promoção de

16| situações de justiça social e têm hipóteses concretas para

se chegar a esse estado de coisas.

O sujeito da forma verbal “têm” (l. 16) está elíptico e retoma “cada um desses au-

tores” (l. 14).

Errado.

A forma verbal têm retoma o pronome eles, da linha 15.

16. (CESPE/SERFAZ-RS/AUDITOR/2018)

26| Por outro lado, a substituição dos tributos indiretos,

que atingem o fluxo econômico, por tributos que incidam

28| sobre o estoque da riqueza tem o mérito de criar maior

desenvolvimento econômico, pois gera mais consumo,

produção e lucros que compensam a tributação sobre a riqueza.

O sujeito da forma verbal “incidam”, na linha 27 do texto é:

a) oculto

b) composto

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c) indeterminado

d) inexistente

e) simples

Letra e.

O sujeito da forma verbal incidam é o pronome relativo que, cujo referente é tribu-

tos. Assim, a pluralidade do referente desencadeia a concordância na forma verbal.

17. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016)

1| Tratando-se do dever de prestar contas anuais, cabe,

inicialmente, verificar como tal obrigação está preceituada no

ordenamento jurídico. A Constituição Federal prevê que cabe

4| ao presidente prestar contas anualmente ao Poder Legislativo.

Por simetria, tal obrigação estende-se ao governador do estado

e aos prefeitos municipais.

O termo “ao Poder Legislativo” (l. 4) exerce a função de complemento da forma

verbal “prevê” (l. 3).

Errado.

Na verdade, há dois verbos após a forma prevê: “cabe” e “prestar”. O termo ao

Poder Legislativo é objeto indireto (complemento) da forma verbal prestar:

prestar contas ao Poder Legislativo

V – T.D.I.O.D.O.I.

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18. (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016)

Quando se cansava, sentava-se a uma grande

10| mesa ao fundo da sala e escrevia o resto da noite. Leu um

tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a

artigos, uns quarenta ou cinquenta, que projetou meter nas

13| revistas e nos jornais e com o produto vestir-se, habitar uma

casa diferente daquela e pagar ao barbeiro.

A substituição do pronome “o”, em “reduziu-o a artigos” (l. 11 e 12), por lhe pre-

servaria a correção gramatical do texto.

Errado.

Como vimos em nossa aula, o pronome oblíquo átono o exerce a função de objeto

direto, como adequadamente registrado na linha 11 do texto. O verbo reduzir,

no texto, seleciona um objeto direto (“o”, que retoma tratado de psicologia) e

um objeto indireto (a artigos). Se houvesse a substituição, haveria dois objetos

indiretos:

O objeto direto pronominal lhe e a forma a artigos. Como isso não é possível (não

se preservaria a correção gramatical), o pronome que retoma tratado de psicologia

deve ser o “o”.

19. (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016)

14|Mas ele nunca errava, e já nem havia mais o que

15| errar, uma vez que não havia mais dúvidas.

A forma verbal “havia”, em “não havia mais dúvidas” (l. 15), poderia ser correta-

mente substituída por existia.

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Errado.

Para saber se o haver é existencial (e sem sujeito), a substituição pelo verbo existir

é uma estratégia correta. O importante é observar que, nessa substituição, o verbo

existir É PESSOAL: isso é, possui sujeito e deve manifestar concordância. A substi-

tuição, então, deveria ser esta: não existiam mais dúvidas.

20. (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016)

Mudamo-nos, separamo-nos, perdemo-nos de vista.

16| Creio que os artigos de psicologia não foram publicados,

pois há tempo li este anúncio num semanário: “Intelectual

desempregado. Amadeu Amaral Júnior, em estado de

19| desemprego, aceita esmolas, donativos, roupa velha,

pão dormido. Também aceita trabalho”. O anúncio não

produziu nenhum efeito.

O sujeito da oração ‘também aceita trabalho’ (l. 20) está elíptico e se refere a ‘Ama-

deu Amaral Júnior’ (l. 18), o que justifica o emprego da forma verbal “aceita” na

terceira pessoa do singular.

Certo.

Na linha 20, o período Também aceita trabalho possui um verbo na terceira pessoa

do singular, sem sujeito manifesto. O referente desse sujeito é Amadeu Amaral Jú-

nior, na linha 18. Esse fenômeno de elipse também ocorre com o verbo aceitar, na

linha 19.

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