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Índice

Introdução....................................................................................................................................1
1 Conceito de verbo e suas definições....................................................................................2
1.1. Estrutura Verbal...........................................................................................................3
1.1.1 Radical..................................................................................................................3
1.1.2 Vogal Temática.....................................................................................................3
1.1.3 Desinências Verbais..............................................................................................3
1.2 Flexões dos Verbos.......................................................................................................4
1.2.1 Modos verbais......................................................................................................4
1.2.2 Tempo..................................................................................................................4
1.2.3 Número gramatical...............................................................................................4
1.2.4 Pessoa gramatical:................................................................................................4
1.2.5 Voz Verbal............................................................................................................5
1.2.6 Aspecto Verbal.....................................................................................................5
1.3 Formas Nominais dos Verbos.......................................................................................7
1.3.1 Forma do Infinitivo...............................................................................................7
1.3.2 Forma do Gerúndio..............................................................................................7
1.3.3 Forma do Particípio Passado................................................................................8
Conclusão.....................................................................................................................................8
Referências Bibliográficas............................................................................................................9

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Introdução

Ao falarmos de verbos estamos nos desafiando a enfrentar a língua como tal pois nos
mergulhamos no ápice da mesma, porém pela sua complexidade poderemos ver que os
verbos são fulcralmente voltados a acção e ao estado, mas veremos que a informação e
percepção dos discursos como objectivo da comunicação o emprego adequado do verbo
em sua conjugação pessoa, modo, tempo, voz e aspecto é o que poderá definir o nosso
enunciados, o que pensamos nos, passando ser o centro de todo as funções linguísticas,
como veremos ao suporte de Pestana (2010) que é o verbo o centro de toda frase e é
descabido dizer que uma frase sem verbo é meramente frases, pois no que concerne a
oração não existe sem o verbo, assim o autor nos ajuda a perceber a estrutura do verbo,
bem como as suas variações.

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1 Conceito de verbo e suas definições

O verbo é uma palavra que pode ser conjugada, normalmente por meio de pronomes
pessoais rectos, e que termina em “-ar”, “-er”, “-ir”.

Do ponto de vista semântico, o verbo normalmente indica uma ação ou um processo,


mas pode indicar estado, mudança de estado ou fenômeno natural – sempre dentro de
uma perspectiva temporal. Pode indicar também a noção de existência, volição (desejo),
necessidade, etc. (Pestana, 2010, p. 440)

Do ponto de vista morfológico, o verbo varia em modo, tempo, número e pessoa,


segundo a gramática tradicional; normalmente, voz e aspecto são conceitos analisados
em separado. As quatro primeiras flexões combinadas formam o que chamamos de
conjugação verbal, ou seja, para atender às necessidades dos falantes, o verbo muda de
forma à medida que variamos a ideia de modo, tempo, número e pessoa. (Pestana, 2010,
p. 440)

Do ponto de vista sintático, o verbo tem um papel importantíssimo dentro da frase; sem
ele (explícito ou implícito) não há orações na língua portuguesa, pois o verbo é o núcleo
do predicado

O único caso em que o verbo não é o núcleo do predicado, segundo a gramática


tradicional nas palavras do autor em referência, é quando há predicado nominal, mas
mesmo assim ele está presente.

É de salientar porem que os verbos quando não altera o seu radical ao longo da sua
conjugação é chamado de regular e caso altere o seu radical é irregular e/ou anómalos.
Os verbos podem ser classificados em: verbo de ligação ou copulativo, quando este
precisa de um substantivo ou adjectivo para lhe completar o sentido, de ação que podem
subdividir-se em intransitivo e transitivo directo, indirecto ou bitransitivo, quando
precisa de um complemento para lhe completar o sentido e ao contrário dos
intransitivos, que já possuem sentido em si. Portanto ainda encontramos os defetivos
que podem ser pessoais impessoais e unipessoais.

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1.1. Estrutura Verbal
Na conjugação de um verbo, normalmente ocorre a combinação de alguns elementos,
conhecidos como: radical, vogal temática (VT), tema, desinência modo-temporal
(DMT) e desinência número-pessoal (DNP). É importante dizer que esses elementos
verbais podem sofrer algumas mudanças na forma, chamadas tecnicamente de
“alomorfias. Mas atentemos a estrutura do verbo.

1.1.1 Radical

O radical é a base do verbo, cujo sentido está nele embutido. Sem este morfema, o
verbo não existe.

Posso, podes, podemos, prendias.

1.1.2 Vogal Temática

A vogal temática vem imediatamente após o radical por motivo eufônico (boa
pronúncia) e/ou para ligá-lo às desinências, formando o tema. É uma vogal que vem
após o radical, formando o tema e permitindo uma boa pronúncia do verbo; indica como
vai ser o modelo (paradigma) das conjugações (1ª conjugação: -a / 2ª conjugação: -e / 3ª
conjugação: -i).

1.1.3 Desinências Verbais

Existem as desinências modo-temporais (DMTs) e as desinências número-pessoais


(DNPs).

As DMTs marcam a flexão do verbo para indicar as noções de certeza, facto no modo
indicativo e incerteza, hipótese modo subjuntivo, tempo passado (pretérito perfeito,
imperfeito e mais-que-perfeito), presente e futuro (do presente e do pretérito).

Número Verbo/Conjugação
Pessoa DMTs
1ª 2ª 3ª
1ª O Estudo Escrevo Extraio
Singular
2ª S Estudas Escreves Extrais
3ª – Estuda Escreve Extrai
Plural 1ª Mos Estudamos Escrevemos Extraímos
2ª Is Estudais Escreveis Extrais

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3ª M Estudam Escrevem Extraem
Obs.: Presente do indicativo

1.2 Flexões dos Verbos


Os verbos variam em tempos, modos, Voz, número, pessoa, forma e aspecto.

1.2.1 Modos verbais

Modo é a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude
da pessoa que o usou. Sendo estes:

INDICATIVO: é o modo da certeza, do facto, da verdade

SUBJUNTIVO: é o modo usado para expressar dúvida, suposição, incerteza,


possibilidade, é portanto o famoso modo da subjetividade, da incerteza, da dúvida, da
hipótese.

IMPERATIVO: é o modo da ordem, do pedido, da sugestão, da exortação, da


advertência, da súplica, dependendo do tom ou da entonação a ser usada na enunciação
de um verbo neste modo.

1.2.2 Tempo

O tempo indica o momento em que se dá o facto expresso pelo verbo. Os seres


humanos, em geral, entendem o tempo físico numa linha corrente, e é a partir disso que
formulam suas frases, situando no tempo seu discurso. Contudo nós que estamos
sempre no tempo presente da linha do tempo real, podemos, pela linha do tempo do
discurso, voltar ao passado ou viajar ao futuro. A linhado tempo apresenta uma
sequencia de, passado, presente e futuro, estando o homem sempre no presente.

1.2.3 Número gramatical

Indica o singular (eu, tu, ele ou ela) e o plural (nós, vós, eles ou elas)

1.2.4 Pessoa gramatical:

Indica a pessoa do discurso, sendo estas: 1ª pessoa, 2ª pessoa 3ª pessoa, cuja


identificação a nos pronomes pessoais rectos. Subdivididos em número como já o
referimos em número.

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1.2.5 Voz Verbal

Voz verbal é a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação com o sujeito.
“Logo, não faz nenhum sentido dizer que há voz verbal em orações sem sujeito, diga-se
de passagem. Consoante sua forma, o verbo pode indicar uma ação praticada pelo
sujeito (voz activa), uma ação sofrida pelo sujeito (voz passiva) ou uma ação praticada e
sofrida pelo sujeito (voz reflexiva).” (Pestana, 2010, p. 466).

Assim a voz activa, Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa quando o verbo
(ou locução verbal) indica uma ação praticada pelo sujeito.

Ex.: O André leu muitos livros.

De acordo com a mesma gramática tradicional, ocorre voz passiva quando o verbo
indica uma ação sofrida ou desfrutada pelo sujeito.

Ex.: Muitos livros foram lidos pelo André

1.2.6 Aspecto Verbal

Alguns verbos têm peculiaridades semânticas dentro da perspectiva temporal, ou seja,


dependendo da forma e do contexto em que se encontram podem indicar processos de
duração verbal diferenciados ou sentidos bem peculiares.

Entretanto o aspecto verbal tem a ver com o tempo gasto na duração do processo verbal
(início, meio e/ou fim), normalmente conseguimos perceber o aspecto verbal pela
semântica do verbo e pelo contexto. Este podem ser:

 Aspecto durativo/cursivo: indica um processo continuado, uma ação que se


prolonga por determinado tempo

Ex.: Ele estuda durante a noite.

Temos exercitado muito a Língua Portuguesa.

 Aspecto habitual/iterativo frequentativo, reiterativo: indica que uma ação ou


uma situação se repete habitualmente, porém o processo verbal indica uma ideia
de repetição, de hábito, de costume, de frequência.

Ex.: Eu tomo as refeições três vezes ao dia.

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Você tem falado muito sobre reprovação

Eles correm todos os dias.

 Aspecto pontual ou momentâneo indica que um evento, é momentâneo, não


dura além de um momento

Ex.: Ela espirrou. Eu cuspi.

 Aspecto inceptivo, incoativo: o processo verbal indica que algo está sendo
apresentado em seu início.

Ex.: Nós começamos a estudar

 Aspecto cessativo, conclusivo: o processo verbal é apresentado em sua


totalidade, com começo, meio e fim; apresenta a conclusão de um fato.

Ex.: Conseguimos ler o livro recomendado.

Molhamos durante o regresso à casa.

 Aspecto permansivo (permanência): o processo verbal já se concluiu, mas os


efeitos permanecem.

Ex.: Só aprendi português no Ensino Médio.

 Aspecto genérico, universal, atemporal: este processo de duração verbal


trabalha com verdades absolutas ou tomadas como tal, científica, religiosa ou
culturalmente.

Ex.: Todo número par é divisível por dois.

Deus existe!

Quem cala consente.

 Aspecto iminencial: este processo indica que algo está prestes a ocorrer.

Ex.: Ele está para viajar.

Nós vamos cair!

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1.3 Formas Nominais dos Verbos
As formas nominais do verbo são verbos que se comportam como nomes em certos
contextos, no sentido de exercerem funções sintáticas próprias dos nomes substantivo,
adjetivo ou advérbio. E estas formas podem ser Infinitivo, gerúndio ou particípio
presente e particípio passado

1.3.1 Forma do Infinitivo

Infinitivo: É a forma verbal que nomeia um verbo.

Por exemplo, quando alguém anda na sua frente e lhe pergunta o nome que se dá a essa
ação, você diz: “andar”. Às vezes, o infinitivo se comporta como um mero substantivo
(nos casos de não flexão), daí ser chamado de forma nominal.

O infinitivo pode ser pessoal e impessoal.

É impessoal quando não admite variação de pessoa: amar, vender, partir (terminando
sempre em -ar, -er ou -ir).

É pessoal, quando tem como sujeito uma das pessoas gramaticais. Nesse caso, pode ser
denominado flexionado e não flexionado. Se houver uma pessoa que o faz receber
desinências, como se vê abaixo, flexiona-se normalmente:

Ex.: Era para eu cantar. Era para tu cantares Era para ele cantar. Era para nós cantarmos.
Era para vós cantardes. Era para eles cantarem.

1.3.2 Forma do Gerúndio

Além de atuar como verbo nas locuções verbais, em tempos compostos e nas orações
reduzidas, o gerúndio (verbo terminado em -ndo) pode desempenhar as funções de
advérbio e de adjetivo.

Como verbo, indica normalmente um processo incompleto, prolongado, durativo:

EX.: Estava lendo o livro que você me emprestou.

Ando lutando para mudar minha vida financeira.

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1.3.3 Forma do Particípio Passado

O particípio (verbo normalmente terminado em “-do”,) é considerado forma nominal do


verbo porque por vezes se assemelha a um adjetivo, variando em gênero e número com
o substantivo a que se refere. Sua natureza verbal, que normalmente indica passado,
manifesta-se sempre nas locuções verbais de voz passiva, de tempos compostos e em
orações reduzidas.

Ex.: Não há nada que possa ser feito.

Se me tivesses ajudado teríamos conseguido.

Terminadas as obrigações, precisaremos sair depressa.

Conclusão

Os verbo são palavras que indicam ação estado ou qualidade, dependendo do seu uso, é,
portanto a ilação que podemos tirar da abordagem feita, pois estes têm uma
aplicabilidade muito vasta e de difícil compreensão quando, a eles não se prestam a
devida atenção, são também os elementos mais essenciais num discurso, pois deles onde
se desenvolvem todas as funções sintáticas e sem estes as informações acabam sendo
vagas ou mesmo inexistentes. Como vimos, é o elemento que mais varia em todos os
existentes na gramatica, assim a sua compreensão ou domínio implica o domínio da
língua.

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Referências Bibliográficas

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ALMEIDA, N. M. (2005) Gramática metódica da língua portuguesa. 45. ed. São Paulo,
Saraiva,.

ANDRÉ, H. A. (1982) Gramática ilustrada. 2. ed. São Paulo, Moderna,.

AZEREDO, J. C. (2008) Gramática Houaiss da língua portuguesa. 2. ed. São Paulo,


Publifolha,.

BAGNO, M. (2000) Gramática da língua portuguesa. São Paulo, Edições Loyola,.

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BECHARA, E. (2003) Moderna gramática da língua portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro,
Lucerna,

CÂMARA JR., J. M. (1997) Dicionário de lingüística e gramática. 18. ed. Rio de


Janeiro, Vozes,. ______. Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis, Vozes, 1970.

CASTILHO, A. T. (2010) Gramática do português brasileiro. 1 ed. São Paulo,


Contexto.

CEGALLA, D. P.(2007) Dicionário de dificuldades da língua portuguesa. 1. ed. Rio de


Janeiro, Lexicon; Porto Alegre/RS, L&PM,

PESTANA, F (2013) Gramatica para concurso, Elsevier Editora Ltda.

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