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Porto Alegre
Maio de 2001
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Porto Alegre
Maio de 2001
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AGRADECIMENTOS
Às pessoas que durante esses dois anos e meio estiveram ao meu lado,
dando-me apoio, carinho e muito amor.
À minha mãe e meus filhos por terem sido sempre meus amigos,
companheiros e incentivadores.
À Deus por ter me proposto mais este desafio e por ter me dado forças
para vencê-lo.
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SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................................ 11
ABSTRACT ........................................................................................................... 12
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13
3. METODOLOGIA .............................................................................................. 79
LISTA DE ABREVIATURAS
L2 - Segunda Língua
LE - Língua Estrangeira
LM - Língua Materna
AC - Análise Contrastiva
AE - Análise de Erros
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE ANEXOS
RESUMO
produção textual. Nesse contexto, a correção passa a ser uma aliada e não inimiga do
busca das formas corretas e na prevenção do erro. A análise dos dados demonstrou
número de erros, possivelmente devido a uma desinibição por parte dos aprendizes
conscientização.
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ABSTRACT
This preliminary study describes a proposal for correcting the errors in the
the University of Caxias do Sul (UCS). The aim is to investigate the rewriting as a
promote grammatical accuracy and writing competence, so that the learners may
consider correction as an ally and not as an enemy. The corrective feedback the
conciousness by means of the rewriting and their participation in the process of self-
analysis of their writings, have proved to be facilitators for accuracy and error
embedded in the Noticing Hypothesis which claims that attention to some linguistic
aspects in particular would facilitate better assimilation and would avoid errors. The
increase in the number of errors, possibly due to their desinhibition in writing and
their option for taking risks in the production of more elaborated linguistic structures
conciousness strategy.
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1. INTRODUÇÃO
1.1 Tema
Ensinar a escrever é uma tarefa de uma escola disposta a olhar para frente e não para a
repetição do passado que nos trouxe à escola que temos hoje: trabalhar com o texto implica
trabalhar com a incerteza e com o erro e não com a resposta certa, porque escrever é
produzir e não reproduzir velhas certezas, pois certezas nos deixam no mesmo lugar: é o
erro que nos leva na direção do novo. (Guedes; Souza, 1998, p.153).
1.2 Justificativa
O motivo que nos levou à escolha desse tema foi acreditar que a correção
professor dar um tratamento adequado ao erro do aluno para poder usá-lo como uma
Além disso, há, muitas vezes, a exigência por parte dos alunos de serem
corrigidos pelo professor. Eles pedem que ele desempenhe esse papel de orientador e
dado ao aprendiz a oportunidade de, ao retomar seus erros e fazer sua auto-análise,
texto escrito. Espera-se também que a reescrita tenha sido uma atividade que tenha
por ele considerada relevante para o aprendizado de uma LE. Segundo esse autor,
aquilo de que os aprendizes de uma língua tomam consciência, o que eles prestam
atenção, o que eles observam e aquilo que eles entendem sobre a língua alvo,
natural. Conforme afirma Corder (l967), esses erros que o aprendiz está fazendo são
segunda língua (L2), o que está ocorrendo quando o falante comete um erro “é uma
testagem de hipóteses, que está sendo feita para que ele possa controlar as regras da
língua que pretende usar” (Tsui, 1995, p.45). Essas colocações, que corroboram a
idéia de que o erro faz parte do processo de aquisição, tanto de uma LM como de
uma L2 e não pode ser evitado, nos sugerem, por outro lado, que ele também não
uma LE. Isto parece ser válido tanto para a produção oral como para a produção
_______________________________________
1 Os termos L2 e LE serão usados várias vezes no decorrer deste trabalho, conforme foram utilizados
pelos autores citados. No entanto, a proposta de correção apresentada, visa a correção dos erros dos
aprendizes de inglês como LE em ambiente formal de sala de aula .
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textual. Portanto, o erro não pode ser ignorado pelo professor que está ensinando
afirma Truscott (1996, p.328): “Minha tese é que a correção gramatical não tem lugar
nos cursos de escrita e deveria ser abandonada”. Ele alega ser a correção inútil e
Carroll; Roberge; Swain (1992), Tomasello; Herron (1988), Cardelle; Corno (1981),
importante que o aprendiz não se sinta constrangido em testar suas hipóteses e tenha,
Na produção textual, a reescrita talvez pudesse ser utilizada como uma forma
de correção que daria aos alunos a oportunidade de reconsiderar suas hipóteses sobre
possivelmente, resultaria no uso mais proficiente dessas regras por parte do aprendiz.
deveriam ser corrigidos, diz que, “quando os alunos não conseguem identificar
seus próprios erros, eles precisam da ajuda de alguém mais proficiente na língua do
2
Todas as traduções apresentadas neste trabalho são de inteira responsabilidade da autora do mesmo.
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que eles”. Mas não é suficiente que o professor aponte esses erros. É preciso também
através de uma auto-análise dos seus erros, contemplando processos cognitivos que
não seriam privilegiados caso assumisse uma atitude passiva frente ao erro.
que as estruturas gramaticais, com que o aprendiz tem contato, sejam assimiladas.
poderia ser considerada válida, segundo sua opinião, no seu aspecto facilitador da
aprendizagem. A conscientização pode não ser um fator determinante para que haja
aprendizagem, mas não podemos deixar de considerar que ela pode ser um elemento
que requer conscientização por parte do aprendiz. O fato de o aluno prestar mais
atenção nas estruturas que está se propondo a reescrever, assim como a questão da
auto-análise, seriam fatores que poderiam propiciar uma maior precisão nas formas
Considerando que o erro precisa ser encarado de forma natural, uma vez que
simples provisão da forma correta não é a melhor maneira de corrigir, mas que o
válido utilizar a reescrita como estratégia de correção, por acreditar que ela atende a
inimiga do aluno.
erros que tenha uma função pedagógica dentro da sala de aula de língua estrangeira.
O erro não pode ser encarado como uma falha, mas como um desafio que
precisa ser vencido e que os levará a novas descobertas. A correção de inimiga passa
1.3.2 Hipóteses
seguintes hipóteses:
Hipótese 1
de produção textual.
Hipótese 2
Hipótese nula
los? Quais são os erros que devem ser corrigidos, quem vai corrigi-los e qual é a
sobre questões do tipo: “Como estimular os alunos a refletir e repensar idéias? Como
questões com a correção de erros em LE, poderíamos propor como hipótese relevante
lingüística em LE.
escritas dos alunos que, muitas vezes, nem sequer são revisadas pelos mesmos
porque, ao terem de volta os trabalhos, estão preocupados somente com a nota que
tempo tão valioso, propomo-nos nesta pesquisa buscar uma forma de correção para a
produção escrita, que realmente ajude o aluno a obter melhores resultados no seu
auto-análise de sua competência lingüística. Mesmo porque, uma razão para o status
sem envolvê-lo, de alguma forma, na busca desta resposta, não têm, certamente,
a escolha desse tema, o problema que servirá de base para o estudo, a questão
O segundo capítulo faz um relato dos dois enfoques que a lingüística moderna
e a Análise do Erro. Nesse capítulo também é enfocada a questão do erro como parte
respondendo às cinco perguntas básicas que surgem ao ser levantado esse assunto:
Corrigir ou não? Quando corrigir? O que corrigir? Quem vai corrigir? Como
corrigir?
de uma LE. A hipótese foi considerada no seu aspecto mais moderado, que entende
alunos e a validade do ensino com foco na forma especialmente nos níveis básicos de
uma breve consideração sobre a atual abordagem do ensino da escrita que visa à
dados.
No quarto capítulo temos, como última etapa, a análise dos dados, a avaliação
pesquisados para dar continuidade a esse estudo, bem como suas aplicações e
2. REVISÃO DA LITERATURA
Os erros eram considerados como algo para o qual não deveria ser dada muita
importância por parte do professor, mas hoje sabe-se que os estudos sobre os erros
mais eficaz no ensino de uma LE. Através da análise dos erros, pode-se determinar
de um outro idioma.
ensino de línguas.
Análise de Erros (AE). Esses dois tipos de estudos têm metodologias diferentes e
para a aquisição de uma segunda língua era a interferência que o sistema da língua
materna (LM) poderia ter no sistema da L2. Uma análise científica e estrutural das
elas, que, por sua vez, capacitaria o lingüista a prever as possíveis dificuldades a
aprendiz para a língua estrangeira (LE) que ele estava adquirindo. Seria considerado
quando a sua presença não gerasse erro. Seria negativa, quando a interferência de
entre os dois sistemas lingüísticos, o que domina e o que está tentando adquirir
(Frosi,1997).
dificuldade que o aluno poderia encontrar, proposta pela AC, não trouxe nenhuma
contribuição para o professor sobre a maneira como tratar o erro, que seria a
exclusivamente, um processo de aquisição dos itens que são diferentes da LM. Tal
Os aprendizes, agindo sobre seu meio ambiente, constróem o que para eles é
Nos finais dos anos 60, o aprendizado de uma L2 começou a ser examinado
da mesma forma que o aprendizado da LM: os aprendizes eram vistos não como
tediosa, conseguiam aproximar-se, cada vez mais, do sistema usado pelos falantes
nativos da língua. O termo mais conhecido para descrever essa língua é o de Selinker
sistema da língua alvo, mas, ao invés disso, fica entre os dois. É um sistema baseado
elementos de sua língua materna com os que está aprendendo da L2 e que vai
grande parte, o estudo de seus erros. Produções corretas trazem pouca informação
que o erro é uma parte integrante do processo de aprendizagem e que tanto alunos
como professores deveriam ter uma atitude positiva em relação ao erro. Por isso, o
que é mais relevante são os erros dos sistemas da interlíngua e eles deverão ser
dos aprendizes e procura identificar, descrever e explicar os erros por eles praticados
ela mostra que outros fatores poderão ocasionar erros como a própria interferência
está aprendendo). Por esse motivo, a AE provou ser mais realista nos seus resultados.
Ela trabalha com produções dos aprendizes e não com previsões de possíveis
ocorrências de erros.
cometer erros. Erros são parte importante da aquisição de uma habilidade, por
sucesso vem do aproveitamento dos erros. O ideal é usar os erros para obter feedback
do meio ambiente e, com esse feedback, fazer novas tentativas para que,
Errors (1967)3, sobre a significação dos erros dos aprendizes, evidenciou o papel
diferentes estágios do seu processo de aquisição da LM, poderia ser feita através do
estudo dos erros por ela produzidos nessas fases. A pesquisa sobre o funcionamento
desse mecanismo inato, acionado pela criança quando está adquirindo a linguagem,
3
“O Significado dos Erros dos Aprendizes". (tradução nossa.)
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encontra, também o erro do aluno fornece-nos indícios sobre sua interlíngua e nos
fazendo com que esse venha ao encontro das verdadeiras necessidades e interesses
dos alunos.
professor pode valer-se dessas informações fornecidas através da análise dos erros
decorrentes de hipóteses que estão sendo testadas para que ele possa chegar a
conclusões sobre as regras da língua que está aprendendo. As frases incorretas, que
estão sendo produzidas, são uma evidência de um processo que está em andamento,
de regras que estão sendo construídas e testadas. Isso pode ser comprovado pelo fato
de que, muitas vezes, a criança, quando está aprendendo a falar, formula frases
novas, diferentes de tudo o que já ouviu, evidência de que não está apenas repetindo
o que ouve, mas também testando regras próprias. Há uma clara percepção de que a
processamento de informações.
sobre a forma que o aprendiz aprende” (Corder, 1967, p.169), pois os erros são um
meio de analisar os processos mentais que estão sendo elaborados e de ter acesso à
aprendizes, na verdade, não fazem todos os erros previstos pela AC e que aprendizes
a língua alvo.
Teoria de Aprendizagem
Comportamentalista Cognitivista
Metodologia de Ensino
Audiolingual Comunicativa
Abordagem do Erro
aprendiz.
aprendizagem.
Papel do professor
ocorrência do erro em sala de aula e sobre qual seria a melhor forma de tratá-lo.
por uma série de estágios variáveis, caracterizados pelo tipo de erros que o aprendiz
faz em cada estágio. É fundamental como o professor reage a esses erros, porque
de aula é o de juiz em relação aos erros do aluno. Na maior parte das vezes, ele é
padrão lingüístico que vai julgar o que está certo ou errado. Para tanto, o professor
padrão de correção.
de corrigir o aluno só porque ele deu uma resposta diferente das suas expectativas,
quando se sabe que, na conversa informal, é essa a forma de resposta mais usada.
Quando se está conversando com uma criança na sua LM, adotam-se critérios
Mesmo quando se procura corrigir a criança, não se despreza o que foi dito por ela.
elementos que estão faltando ou estão errados. Em resumo, as pessoas não reagem
aos desvios das crianças como se esses fossem erros, mas como uma falha na
correção. Outra forma de correção usada entre os nativos em suas conversações são
que ocorre é uma correção explícita e não se busca uma negociação na compreensão
cometeram um erro e depois dizem o que eles deveriam ter dito” (Allwright; Bailey,
1991, p.90).
O papel do professor é apontar o erro, fazer com que os alunos percebam que
falharam, que houve um lapso, mas não o de corrigi-lo para o aluno. É importante
A simples provisão da forma correta pode não ser a única, ou de fato, a melhor forma de
correção, uma vez que ela interrompe o caminho para o aprendiz testar hipóteses
alternativas. Fazer o aprendiz tentar descobrir a forma correta pode sempre ser mais
instrutivo, tanto para o aprendiz como para o professor. (Corder, 1967, p.168).
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A forma de tratar o erro em sala de aula é um dos fatores mais relevantes para
uma impressão de descaso. Tem que interferir, mas de forma que sua interferência
decidir se vai ou não agir quando percebe que seu aluno produziu uma forma errada.
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Temos que considerar, no entanto, que quando os alunos não conseguem reconhecer
seus próprios erros, eles precisam da ajuda de alguém mais proficiente na língua do
que eles, para chegarem à forma correta. Os professores não-nativos da língua alvo,
geralmente, são mais exigentes que os nativos. Se o professor corrigir poderá estar
às expectativas dos alunos, que esperam que ele o faça. Há também a possibilidade
outros possam supor que ela está correta e usar essa informação errada como insumo
negativo.
Uma das funções do professor é ajudar o aluno a perceber quando está usando
formas incorretas na língua que está aprendendo. As correções feitas pelo professor
mesmo quando continuar exposto à língua alvo. Através dessa parceria em sala de
foco da instrução em sala de aula mudou da correção da forma para uma ênfase no
enquanto o feedback cognitivo precisa ser corretivo para que o aprendiz faça
podem fazer o aprendiz cessar suas tentativas, desistindo de comunicar-se. Por outro
lado, muito feedback cognitivo positivo, deixando passar muitos erros sem correção,
pode causar uma falsa idéia de reforço dos erros, o que poderá resultar em
possibilidades. O professor pode corrigir em seguida ao erro, mas, nesse caso, estará
haver um certo desagrado, por parte do aluno, quando o professor interrompe as suas
comunicação. Por outro lado, um intervalo muito grande entre o erro e a correção
tornará o feedback sem efeito. Também, neste caso, o professor é que terá que
decidir qual será o momento oportuno para fazer os alunos “notice the gap”, ou seja,
sintam-se confiantes para expressarem suas idéias, sem o embaraço das constantes
momento adequado para corrigir o aluno. As correções feitas após o trabalho escrito
ter sido concluído parecem ser totalmente ineficazes. Talvez o momento de correção
trabalho.
de uma forma bem clara para o professor, o que vai ser considerado como erro
língua estrangeira, seria considerado como erro lingüístico, a não observância dos
preceitos ditados pela norma lingüística vigente na comunidade de fala deste idioma
(Frosi,1997).
desse trabalho. A correção dos erros parece ser prejudicial nesses contextos
forma, enquanto aliada à necessidade do aluno de se fazer entender, pois ela ajuda na
elaboração de frases mais claras e concisas. Mas por outro lado, não devemos
termos e construções gramaticais mais claras. Por isso, acreditamos que haja a
necessidade de uma maior atenção à forma no processo da escrita, pelo menos nos
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estágios iniciais, quando o aluno ainda tem dificuldades na construção das estruturas
lingüísticas. Nos estágios posteriores, quando o aluno já tiver maior domínio das
Que tipo de tratamento ao erro vai ser empregado pelo professor é outra
professor precisa tomar cuidado para que seu procedimento de correção não venha a
formas como o professor pode reagir em relação aos erros dos aprendizes é o de
Chaudron (1977), que apresenta mais de 30 tipos de atitudes que o professor poderá
ter como reação ao erro do aluno, das quais podemos citar algumas como: aceitar,
indicar a ocorrência do erro, indicar o local do erro, repetir o que foi dito, dar dicas,
repetir parte da frase interrompendo no erro, explicar a causa do erro, dar a solução,
repetir com ênfase, dar a oportunidade para uma nova tentativa, dar o modelo
Fornecer ao aprendiz a correção de seu erro e acreditar que isso seja capaz de
fazer com que ele assimile a forma correta é a forma de correção que está sendo
abandonada.
Hendrickson (1976) fez uma experiência para determinar que efeitos uma
correção direta do professor poderia ter sobre a produção dos seus alunos, aprendizes
de inglês como L2. O autor concluiu que fornecer as formas lexicais e as estruturas
gramaticais corretas para corrigir os erros teve pouco efeito na proficiência das
uma língua estrangeira é defendido por alguns teóricos como Schmidt (1990).
uma forma de correção adequada da produção escrita dos alunos. O fato de tentar
correção que buscam a auto-correção (correção feita pelo próprio aluno) ou a peer-
entanto, oferecer a forma corrigida, para que ele consiga fazer alterações no seu
O professor precisa dar ao aluno tempo e condições para que ele ponha em
uso o monitor sugerido por Krashen (1977, apud Allwright; Bailey, 1991), que seria
discurso e refazê-lo. Mas a realidade de sala de aula, muitas vezes, não permite que
Nosso objetivo é que nossos alunos corrijam suas próprias falhas na comunicação e
produzam a língua alvo de forma fluente e correta sem a nossa ajuda, e que essa forma
correta seja internalizada (Allwright; Bailey, 1991, p.107).
sejam bem aceitos entre colegas, para que não afete a auto-estima da pessoa que está
sendo corrigida.
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professor de juiz e corretor dos erros dos alunos para facilitador e guia do aprendiz
sistema cognitivo do ser humano, enquanto esse aprende uma L2/LE, tem sido um
aquisição da linguagem.
Smith (1981)), que atribuem um grande papel aos processos conscientes na aquisição
outro lado, outros teóricos contrapõem suas idéias, dizendo que há um pequeno
comportamentalistas.
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que seria inconsciente, uma vez que esses processos são difíceis de investigar
cada um desses processos. O autor sustenta que não há evidência suficiente para
aparecem na maioria dos casos juntas, dizendo que, muitas vezes, quando queremos
aprender algo, nos conscientizamos disso, e quanto mais tiver para ser aprendido,
Eu defendo que o processamento consciente é uma condição necessária para uma etapa no
processo de aprendizagem de uma língua, e é facilitador em outros aspectos da
aprendizagem (Schmidt, 1990, p.131).
aprendizagem.
L2 (idem, p.98).
aprendizes notam enquanto aprendem uma língua e que faça uma comparação com
o que eles demonstram ter realmente aprendido. Os dados que o autor da Hipótese
com Sylvia Frota (Schmidt; Frota,1986 apud Schmidt,1990), no qual analisou a sua
com falantes nativos. Ele fez um diário e efetuou gravações de suas falas a intervalos
português pelo autor e comparou os seus comentários subjetivos sobre o que ele
pensava estar aprendendo com o que foi verificado nas conversas gravadas.
Também foi comparado o que estava sendo ensinado em aula e esse insumo foi
os relatórios do autor sobre o que ele notara, enquanto os brasileiros falavam com
ele, e as formas lingüísticas por ele usadas. O fato de uma forma lingüística, em
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particular, ser ensinada, mesmo de modo freqüente, não garantiu que ela fosse
usada nas conversações do autor. A conclusão foi de que as formas mais usadas na
produção do autor foram aquelas que ele anotou com comentários em seu diário
Alguns anos mais tarde, Leow (1997) fez um estudo, analisando os protocolos
orais produzidos por 28 alunos adultos aprendizes de espanhol como L2, enquanto
regras;
Podemos concluir, com base nesse estudo, que o aumento do grau de consciência,
enquanto recurso de aprendizagem, pode ser usado não só para ensinar um novo
aprendiz note suas falhas e busque as devidas correções. No momento em que ele
estiver realizando tal tarefa, estará aumentando seu grau de conscientização sobre um
que “aprendizagem subliminal de uma língua é impossível, e que intake é aquilo que
que parece ser difícil acontecer com aprendizes adultos. Prestar atenção à forma da
língua parece facilitar a aprendizagem e poderá ser necessário, para que o adulto
explícita? Esta questão é a mais difícil. Teorias psicológicas mais recentes sugerem
que a aprendizagem implícita é possível, afirma o autor, mas isso não anula a
Schmidt (1990) sugere, no seu artigo, que se faça uma melhor definição do
termo conscientização, usado muitas vezes de forma ambígua. Ele distingue vários
conhecimento.
prestar atenção sem, no entanto, compreendê-la. Após notar algum aspecto do meio
coisas que não se pretendia observar. Quando alguém diz que aprendeu de forma
inconsciente, parece que o fez sem intenção, ou como um subproduto, enquanto fazia
que, para se saber alguma coisa, é preciso ter consciência, mas existe o contraste
entre conhecimento consciente e inconsciente, que não está muito claro em termos
aspectos da língua, tais como regras, esquemas e princípios abstratos, que são
da língua materna, enquanto a pessoa não está consciente do complexo de regras que
língua.
conhecimento implícito significa um feeling, ou seja, uma intuição para aquilo que é
para demonstrar os dois tipos de resultados que estarão ocorrendo durante o processo
Spada,1990).
É um problema básico saber o quanto se tem que falar ao aluno sobre a língua e o que fazer
com a língua, e até que ponto, a simples prática vai estimular os mecanismos de
aprendizagem adequados para o desempenho da tarefa (Sharwood Smith,1981, p.159).
totalmente o ensino dos aspectos formais da língua precisa ser revista, para que se
encontre o ponto de equilíbrio entre aquilo que o aluno pode aprender de forma
explicações explícitas para os alunos adultos é ainda mais complicado, uma vez que
Pode ser original aprender uma língua de forma intuitiva, mas quanto tempo se levaria
para acumular uma quantidade suficiente de conhecimentos implícitos e as habilidades
adequadas para utilizar esta língua? (Sharwood Smith,1981, p.160).
alunos sobre as regras de uso desta língua, sendo que a espontaneidade e a fluência,
comunicativo.
52
da conscientização pode ser obtido sem que os alunos falem sobre o aspecto da
língua que estão observando, mas consigam interiorizar regras quanto ao uso desse
ensino, no que se refere ao fato de que não há absolutamente interface entre os dois
sem reflexão, não se pode dizer que houve uma transferência entre conhecimento
língua alvo, o dispositivo de aquisição foi estimulado para reconstruir a regra a partir
implícito.
desenvolvido por Byalistok (1981). Assim como Krashen, Byalistok propõe duas
fontes separadas de conhecimento, mas com uma interface entre elas, permitindo
noticing e o sistema que gera esse estado mental. Por exemplo, a teoria de
passam primeiro pelos registros sensoriais, onde são analisadas, depois para um setor
Schmidt, é bastante simples, mas, no entanto, serve para demonstrar que toda a
informação, para chegar à memória a longo prazo, precisa passar antes pela memória
55
a curto prazo, que seria equivalente à conscientização. A atenção é crucial para que
por parte dos alunos. Parte do pressuposto de que, ao buscar a forma correta, o aluno
gramaticais, para os diferentes significados que elas podem ter e para o correto uso
Schmidt (1990) sugere cinco fatores que são determinantes para que aconteça
notar formas contractas, átonas ou assilábicas, exatamente porque esses são itens
de difícil percepção dentro de uma língua. Portanto, itens mais salientes serão,
notado e fornece um forte argumento para a proposta do autor de que, aquilo que
estiver sendo objeto de atenção será mais facilmente aprendido. Quando uma
informação for necessária para elaborar uma tarefa, essa necessidade determinará
sua conscientização.
alguma maneira, em ambiente de sala de aula , esses fatores podem ser provocados
Ao lidar com revisões, Bartlett (1982 apud Gass,1983) verificou que existem
três estágios pelos quais o aprendiz passa ao corrigir seus erros. Primeiro, ele nota
que algo está errado. Nesses casos, ele poderia estar se baseando nas suas intuições.
Para Gass (1983), intuições são os julgamentos que o aprendiz faz sobre a
houve uma intuição de que algo estava incorreto. Essa intuição pode ser importante
para o aprendiz de uma L2, na medida em que lhe permite localizar o erro, para então
poder fazer comparações, testar hipóteses e se auto-corrigir .Ao produzir uma L2, o
aprendiz a tentar modificar sua produção. Essa tentativa funcionará como um gatilho
que, por sua vez, desencadeará processos mentais. A atividade de correção dos erros
pode promover sua atenção a aspectos da língua alvo, que precisam ser destacados e
resultados dos estudos, baseados em instrução focada na forma e feedback, não são
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noticing ajuda a aprendizagem, mas não é condição necessária para que ela
aconteça.
A pesquisa cognitiva ainda não tem base científica para afirmar que a
equipara a atenção à percepção na sua hipótese. Assim como é difícil definir atenção,
e dizer se ela está ou não presente em determinada tarefa, também fica difícil
processos para que se possa fazer a relação entre esses três elementos: atenção,
Schmidt baseou-se no resultado de apenas uma pesquisa feita por Hanson e Hirst
(1988 apud Schmidt, 1990) e isso é muito pouco para dar consistência às suas
aprendizes vão dar atenção a detalhes que precisam ser observados, mas somente
59
uma atenção geral à tarefa proposta. Percepção consciente da situação não implica
vez Truscott considera que a Hipótese do Noticing fica sem suporte teórico.
difícil medir o grau de percepção que o aprendiz teve no momento em que ocorreu a
aprendizagem.
Noticing é muito vaga e não determina claramente quais os aspectos lingüísticos que
o aprendiz precisa notar. Schmidt faz uma distinção entre aprendizagem subliminal e
Para Truscott, a divisão entre implícito e subliminal implica uma visão bipartida da
Uma vez assimilados, eles podem ser transformados na gramática que está por trás
segunda. Assim, segundo o autor, para que a hipótese faça sentido, o seu proponente
precisaria identificar que itens estão envolvidos nesta primeira etapa e o que significa
notá-los.
Ele argumenta que para se ter consciência do uso de certas regras sintáticas é
seu uso.
conscientização. Por outro lado, esses resultados podem ter efeito temporário devido
autêntico da língua.
Uma vez que ainda não temos comprovado, com bases teóricas e científicas,
ponto de dizer que a conscientização seja fator necessário para que ela ocorra, vamos
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nos basear, para fazer esse estudo sobre correção, no caráter facilitador da
sistema cognitivo do ser humano enquanto esse aprende uma L2/LE , assim como
feedback corretivo como resposta às produções escritas dos alunos e a sua eficácia ou
Noticing.
62
Schmidt:
aprendizagem.
Truscott:
Não está provado que a atenção seja fator necessário para a aprendizagem e
Para usar certas regras gramaticais não basta notá-las; é preciso comprendê-
las.
Nesta seção, vamos avaliar o efeito do feedback corretivo nos trabalhos dos
alunos a partir de estudos feitos por pesquisadores como Carroll; Roberger; Swain
(1992), Carroll; Swain (1993), Tomasello; Herron (1988), Cardelle; Corno (1981),
feedback.
aluno é uma forma de elogio, e negativo quando, de algum modo, esse aluno
a partir da interação, que seu enunciado está errado, pois a forma desse enunciado
(Brown,1994).
aprenderem tópicos gramaticais. O estudo foi feito com 100 adultos falantes de
acordo com o tipo de feedback que recebiam quando cometiam um erro. O grupo
grupo “B” era somente informado de que suas respostas estavam erradas. O grupo
evidência negativa implícita de que sua resposta estava errada. O grupo “D” era
questionado, ao fazer o erro, sobre se tinha certeza de que a resposta dada estava
duas vezes em relação aos itens recebidos como feedback e mais um certo
os grupos que receberam feedback com o grupo que não recebeu, tanto nos itens
do feedback como nos itens novos. Esses resultados sugerem que o aprendiz
65
que se refere à memorização do léxico. A correção parece ser uma forma útil de
recordar informações.
negativo na maioria de seus testes e eles demonstraram que o feedback pode afetar
corretas.
de uma L2, do uso de dois tipos diferentes de procedimento de feedback dado aos
temas de casa dos aprendizes. Um dos tipos de feedback era ignorar o erro, isto é,
não dar nenhum feedback e o outro, ao contrário, era salientar o erro do aluno.
66
comentários escritos feitos nos temas de casa dos aprendizes têm um efeito
positivo, que salientar os erros e dar feedback positivo parece ser melhor do que
aprendida. Os tipos de feedback usados foram: elogio, crítica, crítica com elogio e
nenhum feedback.
aprendizagem de uma L2, usando feedback escrito que saliente os erros dos
de L2 que forneçam feedback escrito aos seus alunos nas tarefas de casa, que
consenso de como os professores devem reagir aos erros dos alunos e em que
redação dos alunos surte mais efeito quando esta é dada antes da elaboração do
sério o feedback do professor que foi dado aos rascunhos preliminares de seus
ensaios do que ao feedback dado ao ensaio final, por vários motivos: eles
mais atenção às correções do professor. É mais do que natural que a reação dos
alunos ao feedback do professor seja maior quando eles estão precisando dessas
nos rascunhos dos trabalhos dos alunos. A conclusão que a autora chegou nesses
estudos é que, realmente, os comentários feitos pelo professor nos rascunhos dos
do erro na produção escrita, dizendo que ela traz efeitos benéficos. O autor
um código para assinalar os erros dos alunos, sem fornecer a forma correta,
professor.
parte do professor;
corretivo, Semke (1984) considera que correções explícitas das produções escritas
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tendem a provocar efeitos colaterais, tanto na qualidade das redações , como nas
Seu estudo denominado Effects of the Red Pen4 foi feito com 141
por semana, para comparar o efeito de quatro métodos de tratamento dados pelo
O autor também fala dos efeitos negativos que sofre o aluno que recebe
“qualquer coisa que tiver efeito negativo na atitude do aluno, tende a retardar seu
4
Efeitos da Caneta Vermelha. (Tradução nossa).
70
positivo entre professor e aluno que forma a base para uma aprendizagem efetiva.
por parte do professor que ajudaria o aluno na busca de soluções para suas
dificuldades.
Corder afirma que a simples provisão da forma correta pode não ser a única,
descobrir a forma correta, poderia ser sempre mais instrutivo, tanto para o aprendiz,
No entanto, por maior empenho que tenha, muitas vezes, o aluno não
consegue, por si só, encontrar essa forma correta. Neste caso, entre a localização
dos erros e a reescrita por parte do aluno, parece ser necessário um momento de
interação entre professor e aluno, para que o aluno seja monitorado e levado a
perceber por que está errando na escolha desta ou daquela forma lingüística, no uso
da língua. Sabe-se que as escolhas semânticas e as regras de uso de uma língua são
aprendiz.
erros por parte do alunos, através da busca da forma correta, utilizando recursos
adoráveis, parece ser uma fórmula adequada para a busca consciente da superação
ensino com foco na forma, para justificar a prioridade que foi dada em nossa
contemplem o conteúdo.
estudo das formas gramaticais. Essa abordagem comunicativa levou a uma grande
tolerância dos erros na fala e na escrita dos aprendizes e a uma ênfase em criar
72
espontânea.
aprendizagem de uma língua tem sido compartilhado por diversos autores como
1985, p.274).
que uma instrução com foco na forma e um feedback corretivo têm em contexto de
língua, para determinar até que ponto a instrução com foco na forma é benéfica para
que haja a possibilidade de comunicação, o que nos sugere que a forma deve fornecer
diferença significativa e que o ensino com foco na forma surtiu pouco efeito.
muito antiga, que nunca chegou a uma conclusão definitiva. Segundo a teoria de
Schmidt (1990), as formas da língua alvo não serão adquiridas a menos que sejam
servirá de base para esta pesquisa. Essa estratégia de chamar a atenção para os erros
cometidos em relação aos aspectos formais da língua para que eles sejam notados e,
reescrita.
forma natural. Há maneiras de chamar a atenção às formas gramaticais, sem ter que
buscando sua conscientização por parte do aluno sem, no entanto, formular regras ou
seus trabalhos dessa forma, ao invés de receber as correções já feitas, terão grandes
comunicativo da língua nas suas produções escritas. Segundo Bohn; Souza (2000),
essa é uma forma de desenvolver a auto análise na produção textual como parte do
“aprender a aprender”.
aspecto formal do texto escrito dos alunos, principalmente nos níveis básicos. A
textual.
De acordo com Raimes (1998), o papel da escrita mudou muito desde os anos
50 e início dos anos 60, quando a abordagem audiolingual era dominante. A parte
oral era a mais importante, enquanto a escrita era vista como um reforço da fala,
dando ênfase ao domínio das formas gramaticais e sintáticas. O ensino da escrita era
um processo de etapas, onde eram dados aos alunos exercícios de frases e depois de
passado para o presente, do singular para o plural. Ao fazer esse tipo de atividades
guiadas, era fácil para o aluno escrever bastante e evitar erros. Somente em um
75
vista como um processo que engloba vários aspectos importantes, dentre eles a
Silva ,1999), que mostra os elementos com os quais o escritor lida a fim de produzir
A finalidade pela qual o texto está sendo produzido e para quem está sendo
redigido são dois elementos que precisam ser considerados pelo escritor. O conteúdo
parte mecânica, a grafia correta das palavras, a pontuação adequada, assim como o
aspecto do conteúdo, a relevância das idéias, a clareza e originalidade com que são
um texto.
76
Conteúdo
(relevância, clareza,
originalidade)
↓
Sintaxe O processo do escritor
← rascunho, revisão)
Gramática Audiência
Texto claro,
(regras para verbos, → ← (o leitor)
Fluente e
concordância, pronomes,
e unidade) →
tarefa muito difícil e complexa, que envolve o domínio de habilidades que vão além
escrita sem o conhecimento e uso apropriado dessas ferramentas, temos também que
considerar que uma boa escrita não poderá ser adquirida somente com o
contínuo de uma série de competências específicas que são construídas umas sobre
as outras.
pesquisa vamos nos ater mais à correção da forma gramatical, por estarmos lidando
3. METODOLOGIA
3.2.1 População
noite, cujo horário de aula era nas quartas-feiras, das 19hs.40 min. às 22hs.20 min.,
Irene Frankel, Oxford University Press, 1998. A obra contém 16 unidades, sendo
que para esse nível foram ministradas as unidades de 9 a 16 que versaram sobre os
seguintes temas: Reserva de hotéis para as férias; Descrever suas atividades diárias;
desculpas por não comparecer; Descrever as suas emoções; Previsões para o futuro.
3.2.2 Amostra
Os aprendizes são seis (6) do sexo masculino e seis (6) do sexo feminino e
geral, não sendo requisito obrigatório que o aluno seja estudante universitário.
da proposta.
na língua inglesa, pois temos alunos com diferentes graus de desempenho no mesmo
quanto ao nível de proficiência, não nos pareceu ser critério determinante nesta
pesquisa, porque não estávamos comparando os alunos entre si, mas sim o
aos alunos foi o ponto de partida que determinou o seu nível de proficiência e o
forma correta. O modelo de correção utilizado foi elaborado, tomando como base
finalidade com base na sugestão apresentada por Josephson (1989) (ver Anexo 1).
Até chegar ao seu formato definitivo, a referida Tabela de Marcação (ver Anexo 2)
passou por uma testagem preliminar onde foram feitas algumas adaptações,
comunicativa.
espaços em branco, que seriam preenchidos pelo professor com o número referente
localizam.
Um só número assinalado na tabela (por ex.: 52) indicaria que o erro refere-
se apenas àquela palavra. Dois ou mais números, com hífen (por ex.: 52-73),
indicariam que o erro refere-se a essas palavras; dois números ligados pelo sinal de
+ (por ex.: 52+60), indicariam que o erro envolve todas essas palavras; dois números
83
ligados por / (por ex.: 75/76), indicariam que o problema ocorre entre essas duas
questionário de 10 (dez) perguntas (ver Anexo 5), visando avaliar as reações e o grau
questionário foi aplicado na última aula do curso, após concluídas as seis tarefas de
escrita e reescrita. Não foi solicitado que os alunos se identificassem, para não se
procedimentos que estamos usando para levantar os dados vão nos fornecer respostas
confiáveis e precisas para a nossa pesquisa. Validade é o critério que demonstra até
84
que ponto esses procedimentos de coleta de dados realmente medem os dados que
queremos avaliar.
fazer alterações e ajustes no instrumento de coleta de dados, nas etapas dessa coleta
redações com linhas do tamanho de uma palavra, com espaços entre si e numeradas
consecutivamente de 1 a 100 (ver Anexo 4). O aluno deveria escrever sua redação
sobre essas linhas, de forma que cada palavra ocupasse um espaço. Após concluído
seu trabalho, que seria feito durante o horário de aula, o aluno o entregaria ao
dessa testagem, foi-nos possível detectar uma série de modificações que precisariam
Redação não deveria ser utilizado porque o sistema de linhas dá uma idéia
trabalhos. Por esse motivo, optamos por deixar os alunos escreverem livremente
sobre uma folha de papel e, após a entrega, fazermos as linhas sob o texto,
ser trocada por “percentual” para que fosse eliminada qualquer idéia de avaliação e
Deveriam ser incluídos mais itens referentes à organização textual para que
esse aspecto da produção dos alunos fosse considerado e substituído por alguns itens
aula seguinte provou ser ineficaz, pois muitos omitiram-se em devolver o trabalho,
alegando falta de tempo para cumprir a tarefa. Outros devolveram depois de algum
86
não era um curso regular, mas um curso de extensão, a participação nos trabalhos
não era obrigatória, não sendo possível cobrar a devolução imediata dos mesmos. Se
que usar o tempo de aula para fazê-lo. Somente dessa forma conseguiríamos uma
percentual muito pequeno de erros e não serviriam para demonstrar se estaria ou não
Num primeiro encontro, foi feita uma redação que serviu de ponto de
redações dos alunos foram escolhidos de acordo com os tópicos das unidades que
corrigir os seus erros. Para isso, contavam com o auxílio de seus livros, do dicionário
que a voz do aluno era ouvida, servia para engajá-lo num processo de aprendizagem-
guiada e na busca de soluções de seus erros de forma consciente. Só então, após esse
também faltas por parte dos alunos, o que prejudicou um pouco o aspecto da
continuidade, uma vez que esse aluno que faltou numa aula teve que acumular as
Data Tarefa
23.08.00 Redação: Escrever uma carta para uma Agência de Turismo, solicitando
informações sobre a reserva de hotel para suas férias.
30.08.00 Reescrita.
13.09.00 Reescrita.
27.09.00 Redação: Escrever sobre sua família, dizendo o que cada um dos
membros está fazendo atualmente.
11.10.00 Reescrita.
18.10.00 Redação: Escrever sobre uma data festiva no Brasil, contando como ela
é festejada.
25.10.00 Reescrita.
01.11.00 Redação: Boas maneiras. O que é certo ou errado de acordo com nossa
cultura.
08.11.00 Reescrita.
22.11.00 Redação: Previsões para daqui a 10 anos. Como estará o mundo e o que
estarei fazendo.
29.11.00 Reescrita.
a seguir.
se” a construções mais complexas e buscando um léxico mais rico, o que ocasionou
91
capaz de desinibir o aluno, pois aos poucos eles foram demonstrando essa segurança
texto que foi redigido usando o tempo verbal no futuro, em contraste com os
primeiros textos, em que usaram o tempo presente. Outro exemplo é o tema das
da quarta e alguns da quinta tarefa, o que nos sugere talvez que, se o procedimento
Outro aspecto que pode ter influído na configuração dos resultados foi a
não foram decisões da autora , em função de ter que ser cumprido um programa de
92
proposta pelo livro, por exemplo, foi uma tarefa guiada, com conteúdo muito
tarefas seguintes tinham um conteúdo mais livre, com espaço maior para a expressão
Os gráficos, portanto, nos sugerem que não há uma correlação direta entre a
quantidade de erros que o aprendiz faz e a qualidade textual da sua produção escrita.
Daí não haver mais sentido a presença em sala de aula do professor extremamente
1 10,26
2 6,08
3 7,60
4 12,69
5 11,01
6 7,66
93
1 2 3 4 5 6
Pergunta 1:
Laboratório 6
Diálogos em aula 3
Atividade de escrita 2
Leitura e Interpretação 1
A atividade da escrita não se encontra entre as preferências dos alunos por ser
uma habilidade que requer esforço do aprendiz e por trazer consigo uma carga muito
expressar-se.
aprendizado interativo”.
mais divertida”.
Pergunta 2:
Nenhuma 8
Temas de casa 2
Laboratório 1
Listening 1
Apesar de não ter sido elencada como a atividade preferida entre os alunos,
não houve uma rejeição à atividade de escrita, o que nos sugere uma pré-disposição
Pergunta 3
Muito bom 9
Excelente/Ótimo 2
Possibilita desenvolvimento 1
96
os alunos têm uma visão positiva da correção de seus erros. Eles vêem a correção
a correção”.
... “Muito bom, porque através desse método, pude constatar meus erros
Pergunta 4
Sim 12
Não 0
desinibição, o que nos leva a questionar a posição radical de Truscott (1996), quando
desse estudo foi que os alunos foram se desinibindo através da correção e usaram
seus erros como incentivo para arriscarem-se mais e produzir textos mais
complexos e criativos.
... “Sinto-me melhor por que aprendi a formar frases melhor estruturadas”.
97
... “A cada dia que passa sinto estar mais segura quanto a colocação correta
as frases”.
Pergunta 5
Dificuldade só no início 1
para o professor apenas o papel de facilitador, que lhe cabe dentro do novo contexto
de sala de aula.
... “A correção foi fácil, as dúvidas de como regularizar foi orientada através
da professora”.
98
... “A maioria eu não sabia a forma correta, mas entendia onde estava o
Pergunta 6
Sim 10
Alguma dificuldade 1
dizer que, a diminuição do índice dos mesmos não tem relação direta com a
qualidade do texto escrito. À medida que vai crescendo na sua produção o aprendiz
vai cometendo erros e isso não pode ser considerado um fracasso, mas sim uma
... “Acredito que como tive mais prática, erro menos, mas o meu problema é
que quero escrever coisas complexas que ainda não sei e acabo errando”.
... “Não continuo errando tanto quanto antes. Isso é meio relativo, depende
da estrutura da frase”.
... “Ainda sinto alguma dificuldade com relação aos tempos verbais, porém
melhorei bastante”.
99
Pergunta 7
Sim 10
Algumas vezes 1
usado nesta pesquisa, parece ter atingido seu objetivo maior, que foi chamar a
correta.
... “Sim, isso se dá, pois temos que procurar como corrigir e assim não
esquecemos”.
Pergunta 8:
Não 8
Escrever no quadro 1
Mais uma vez percebe-se que não houve nenhum tipo de rejeição ao feedback
prejudiciais. Nesse caso concordamos com Truscott (1996) e suas críticas à correção
Pergunta 9
Sim 12
Não 0
Mais uma vez a consistência das respostas afirmativas nos sugere que os
incentivo e de resposta aos seus trabalhos, assim como uma nova oportunidade de
aprendizagem.
Pergunta 10
Sim 12
Não 0
aprendizagem, observamos que as respostas dos alunos demonstram que houve essa
... “Sim, é importante, pois com a reescrita aprendemos ainda mais. Muitas
bem menor”.
...“Sim, com a correção dos erros o texto fica melhor e o aluno pode
perceber as mudanças”.
102
A leitura intertextual das respostas dos alunos a essa questão nos aponta
propostos por Schimdt e pelos demais teóricos que defendem o papel dos processos
dúvida de que a vontade dos alunos nos faz optar pela adoção de um procedimento
corretivo. Essa correção pode ser feita pelo aluno, no caso, a auto-correção, mas sob
percebam que estão tendo um crescimento na sua produção, que estão se desinibindo
uma tarefa difícil e desagradável. Quanto a quais erros devem ser corrigidos, parece
que essa questão tem um cunho muito especial, pois cada aluno sente dificuldade em
incidência de erro;
103
pedagógica de uma proposta de correção que usa a reescrita como estratégia para
LE, foi limitada nos seus resultados por uma série de fatores.
observados através dos gráficos de desempenho individual dos alunos, houve uma
da quinta tarefa, começamos a perceber uma queda na incidência de erros, o que nos
leva a pressupor que, na seqüência das tarefas, essa diminuição de erros poderia vir a
consolidar-se. Não houve tempo de pesquisa suficiente para, a partir dos dados,
exige tempo para sua elaboração. Como o curso envolvia as quatro habilidades, não
desenrolar da mesma. Isso significa que nem sempre os alunos estavam com a
que vão tomando conta dos alunos com o passar dos meses, principalmente os de
cursos noturnos, assim como seus problemas pessoais, sem dúvida interferiram nos
alunos que faltavam a um dia de aula tinham que acumular tarefas na aula seguinte
resultado final.
professor que busca aprimorar a sua ação pedagógica, principalmente com alunos de
5. CONCLUSÕES
descrever uma proposta de correção dos erros nas produções escritas dos aprendizes
entendíamos que esse método de correção, para ser eficaz como estratégia de
maneira a fazê-lo refletir, testar suas hipóteses e reconstruir sua produção escrita de
forma desafiante e motivadora. Assim, a correção poderia ser considerada uma aliada
A justificativa para este trabalho era encontrar uma forma de correção que
do erro defendida por Corder (1967), que considera o erro como parte integrante da
mudança de paradigma, diferente da visão estrutural que até então procurava evitar a
aprendizagem, passando a lidar com eles de forma natural e usando-os como ponto
de partida para o aprendiz testar novas hipóteses e buscar a forma correta. Ele
precisa abandonar o seu papel de mero fornecedor da forma correta para transformar-
fizemos uma pequena análise das questões básicas que surgem quando o assunto é
correção de erros, quais sejam: corrigir ou não, quando corrigir, o que corrigir,
validade dos procedimentos de correção das produções escritas dos alunos. Para
que demonstraram resultados negativos. O que nos pareceu relevante é que nessa
aspecto emocional. Quando o aluno está consciente de que essa correção será uma
desafiante e motivadora, tomando a correção como uma aliada e não como uma
de conscientização.
o da validade do ensino com foco na forma, quando o aprendiz está aprendendo uma
lingüísticos para propiciar as condições básicas para a comunicação. Mais uma vez,
para que possa haver comunicação. Dominar de maneira consistente e com acurácia
esse básico é um dos primeiros desafios para os aprendizes, com relação à produção
textual.
ensino da escrita, que propõe o ensino dessa habilidade como um processo que
apenas uma ferramenta básica, mas extremamente necessária. Por esse motivo, na
todo.
não aconteceu um decréscimo contínuo no número de erros, mas uma variação que
nos pareceu natural, uma vez que a aprendizagem não acontece de forma linear. Os
aumento do número de erros, possivelmente devido a uma desinibição por parte dos
escrito.
109
confirmando a segunda hipótese. Talvez, esse tenha sido o maior benefício do uso
sentirem-se menos inibidos, optaram por assumir mais riscos e criar estruturas mais
provavelmente viria a se confirmar com o uso mais prolongado dessa técnica, o que
por e-mail5:
Pessoalmente, eu não acho que alguma técnica pedagógica possa garantir o noticing,
aumentar a awareness ou aprendizagem, uma vez que esses processos cognitivos essenciais
são fatores internos do aprendiz e apenas parcialmente suscetíveis a manipulação pelos
professores (Schmidt, e-mail de 09/01/01).
5
O texto foi traduzido pela autora a partir de seu original que consta nos anexos desta pesquisa.
110
facilitaria a conscientização de uma forma lingüística pelo aluno, a sua resposta foi
incisiva, dizendo que não existe apenas uma só resposta para essa pergunta, mas que
diversos fatores contribuem para que isso aconteça. Um fator importante talvez seja
sendo objeto de pesquisa (Mackey, et alii, 2000), pois o professor precisa saber se a
percepção do feedback está acontecendo e até que ponto ele afeta a aprendizagem
subseqüente em LE.
suficiente para levar o aluno a produzir a língua de forma correta e aprimorar sua
novos não teria melhor resultado na qualidade das produções do que a reescrita do
mesmo texto.
diferenças individuais de como cada aluno percebe a correção ainda precisam ser
explorados para que o professor saiba como agir para, cada vez mais, assumir o
Nossa tarefa não se esgota aqui. Esperamos que a pesquisa sobre um assunto
através desse estudo, que buscava uma proposta de correção, mostra que esse
caminho passa por uma necessidade de redimensionar a interação entre aquele que
LE.
O professor precisa deixar fluir as vozes dos alunos para que eles sintam-se à
BIBLIOGRAFIA
BOHN, Hilário ; SOUZA, Osmar de. Mini Curso 31. Produção Textual e Auto-
291,1983.
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202, 1984.
VANPATTEN, Bill. How Juries get Hung. Problems with the Evidence for a Focus
ANEXOS
119
1 CAPITALIZATION 73
2 SPELLING 52 63
2a Hyphenation
3 ABBREVIATION
3a Number use
4a Slang / dialect
4b Jargon / register 63
5 PUNCTUATION 60 63
9 PHRASING / omissions 75 / 76
9a Wordy / repetitive 60 + 62 65 + 67
9b Awkward / unclear 54 - 56 57 + 73 80
10 CLAUSES / ordination
11 SENTENCES / fragment 70 – 80
11 a Splice / run-on
11 b rambling
120
1 Erro de ortografia
3 Pontuação incorreta
4 Erro de preposição
6 Concordância errada
12 Palavras faltando
13 Palavras sobrando
15 Falta de clareza
1 Ortografia
2 Uso da Preposição
6 Forma Negativa/interrogativa
8 Palavras faltando
9 Palavras sobrando
10 Escolha do vocabulário
11 Inadequado ao tema
13 Idéias incompletas
14 Idéias repetidas
15 Falta de clareza
Questionário de Avaliação :
Hoje vamos fazer uma avaliação do nosso semestre e vocês vão dar suas
opiniões, com toda a sinceridade, sobre as diferentes atividades que foram
desenvolvidas nesse período:
1 - Quais foram as atividades de que vocês mais gostaram? Por quê? ..........................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
2 - Quais foram as atividades de que vocês menos gostaram ? Por quê ? ..................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
5 - Vocês conseguiam corrigir seus erros com facilidade ou era difícil encontrar a
forma correta ? Dêem exemplos: ................................................................................
.........................................................................................................................................
6 - Vocês acham que agora, quando escrevem, erram menos do que anteriormente?
Dêem exemplos: ............................................................................................................
.........................................................................................................................................
7 - Vocês se lembram das correções que foram feitas e conseguem evitar de fazer o
mesmo erro ou não? Como isso acontece? ..................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
8 - Vocês gostariam que essas correções fossem feitas de outra forma? Como?
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
10 - Vocês acham que reescrever o texto é importante ou não? Por quê ? ...................
.........................................................................................................................................
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07
06
05
04
03
02
01
Redações 1 2 3 4 5 6
139
Tarefa 1 : Escrita
140
Tabela de Marcação
Tarefa 1
1 Ortografia 9 11 13
2 Uso da Preposição
6 Forma Negativa/interrogativa
8 Palavras faltando
9 Palavras sobrando 48 51
10 Escolha do vocabulário
11 Inadequado ao tema
13 Idéias incompletas
14 Idéias repetidas
15 Falta de clareza
Tarefa 1 : Reescrita
142
Tarefa 2: Escrita
143
Tabela de Marcação
Tarefa 2
1 Ortografia 11 74
2 Uso da Preposição 32
6 Forma Negativa/interrogativa
8 Palavras faltando
9 Palavras sobrando
10 Escolha do vocabulário
11 Inadequado ao tema
13 Idéias incompletas
14 Idéias repetidas
15 Falta de clareza
Tarefa 2: Reescrita
145
Tarefa 3: Escrita
146
Tabela de Marcação
Tarefa 3
1 Ortografia
2 Uso da Preposição 11 50
6 Forma Negativa/interrogativa
9 Palavras sobrando
10 Escolha do vocabulário 49
11 Inadequado ao tema
13 Idéias incompletas
14 Idéias repetidas
15 Falta de clareza
Tarefa 3: Reescrita
148
Tarefa 4 : Escrita
149
Tabela de Marcação
Tarefa 4
1 Ortografia 40
2 Uso da Preposição
6 Forma Negativa/interrogativa
8 Palavras faltando
9 Palavras sobrando
10 Escolha do vocabulário 62 80
11 Inadequado ao tema
13 Idéias incompletas
14 Idéias repetidas
15 Falta de clareza
Tarefa 4 : Reescrita
151
Tarefa 5 : Escrita
152
Tabela de Marcação
Tarefa 5
1 Ortografia
6 Forma Negativa/interrogativa
8 Palavras faltando 82
11 Inadequado ao tema
13 Idéias incompletas
14 Idéias repetidas
15 Falta de clareza
Tarefa 5 : Reescrita
154
Tarefa 6 : Escrita
155
Tabela de Marcação
Tarefa 6
1 Ortografia
2 Uso da Preposição
6 Forma Negativa/interrogativa
8 Palavras faltando
9 Palavras sobrando
10 Escolha do vocabulário
11 Inadequado ao tema
13 Idéias incompletas
14 Idéias repetidas
15 Falta de clareza
Tarefa 1 : Escrita
157
Tabela de Marcação
Tarefa 1
1 Ortografia 42
2 Uso da Preposição 25
6 Forma Negativa/interrogativa
8 Palavras faltando
9 Palavras sobrando
10 Escolha do vocabulário
11 Inadequado ao tema
13 Idéias incompletas
14 Idéias repetidas
15 Falta de clareza
Tarefa 1 : Reescrita
159
Tarefa 2 : Escrita
160
Tabela de Marcação
Tarefa 2
1 Ortografia
6 Forma Negativa/interrogativa
8 Palavras faltando
9 Palavras sobrando 39
10 Escolha do vocabulário 59
11 Inadequado ao tema
13 Idéias incompletas
14 Idéias repetidas
15 Falta de clareza
Tarefa 2 : Reescrita
162
Tarefa 3 : Escrita
163
Tabela de Marcação
Tarefa 3
1 Ortografia
6 Forma Negativa/interrogativa
9 Palavras sobrando
10 Escolha do vocabulário 79 87
11 Inadequado ao tema
13 Idéias incompletas
14 Idéias repetidas
Tarefa 3 : Reescrita
165
Tarefa 4 : Escrita
166
Tabela de Marcação
Tarefa 4
1 Ortografia 61
2 Uso da Preposição 16 53
6 Forma Negativa/interrogativa
8 Palavras faltando
9 Palavras sobrando 42 45
10 Escolha do vocabulário
11 Inadequado ao tema
13 Idéias incompletas
14 Idéias repetidas
15 Falta de clareza
Tarefa 4 : Reescrita
168
Tarefa 5 : Escrita
169
Tabela de Marcação
Tarefa 5
1 Ortografia
6 Forma Negativa/interrogativa
8 Palavras faltando
9 Palavras sobrando 81
10 Escolha do vocabulário 55
11 Inadequado ao tema
13 Idéias incompletas
14 Idéias repetidas
Tarefa 5 : Reescrita
171
Tarefa 6: Escrita
172
Tabela de Marcação
Tarefa 6
1 Ortografia
2 Uso da Preposição
6 Forma Negativa/interrogativa
8 Palavras faltando
9 Palavras sobrando
10 Escolha do vocabulário 56
11 Inadequado ao tema
13 Idéias incompletas
14 Idéias repetidas
15 Falta de clareza
Tarefa 6 : Reescrita
174
175