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Prevenção e Controle de Riscos em

Máquinas Equipamentos e Instalações II


Trabalhos em Altura
TRABALHOS EM ALTURA

35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade


executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior,
onde haja risco de queda.

- coberturas - rampas – silos / reservatórios - plataformas móveis - coletivo / individual

- torres / chaminés - galerias / tanques - pontes-rolantes / sacadas

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TRABALHOS EM ALTURA

Exemplos:

– horizontal + vertical – caminhões / vagões - indústria petroquímica

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NR35 – Características Gerais:

- Apenas 16 páginas (2019/07/30)


- 6 Partes principais:
1) Objetivo e Campo de Aplicação;
2) Responsabilidades ;
3) Capacitação e Treinamento;
4) Planejamento, Organização e Execução;
5) Sistemas de Proteção contra quedas (NR);
6) Emergência e Salvamento;
- Anexos (dois)
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- Manual de auxílio na interpretação e aplicação da NR35 (90 páginas)
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Dados estatísticos, motivação:

Em 2017, das 349.579 comunicações de acidentes de


trabalho (CATs) feitas pelas empresas ao Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), 37.057 se referiam a quedas – 10,6% dos
registros.

As ocorrências chamam a atenção pela gravidade. Entre


os acidentes fatais de trabalho, as quedas representaram
14,49% do total. Das 1.111 mortes em ambiente de trabalho
registradas, 161 foram causadas por quedas.

(EBC - Publicado em 23/04/2018 - 16:20, Agência Brasil, Brasília)


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Dados estatísticos, motivação:

De equipamento
de acesso
24%
Em construção

25% De outros
lugares
40%
15%
De teto frágil
9%
Através
ventilação ou
6% luz do telhado
21%
De telhado
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Dados estatísticos, motivação:

4% >20 m
4% <=20 m 8% <= 1,5 m
12% <=15 m 8% <=2,5 m

19% <=10 m 26% <=5 m

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19% <=7,5 m
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Procedimentos básicos de segurança

35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser


planejado, organizado e executado por
trabalhador capacitado e autorizado.

35.4.1.1 Considera-se trabalhador


autorizado para trabalho em altura aquele
capacitado, cujo estado de saúde foi
avaliado, tendo sido considerado apto para
executar essa atividade e que possua 08
anuência formal da empresa.
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Hierarquia de segurança:

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Hierarquia de segurança (versão OHSAS 18001):

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Os responsáveis pelo trabalhos em altura devem:

- Inspecionar as condições das instalações de


trabalho, antes do início e durante a execução,
diariamente;

- Levantar pontos críticos;

- Avaliar riscos;

- Definir métodos mais seguros. 11


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Procedimentos básicos de segurança:

Todo executante de trabalho em altura deve portar


autorização para tais tarefas.

Exemplos:
- Check-list de trabalho em altura
- AR – Análise de Risco
- PT – Permissão para Trabalho
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Sobre Análise de Risco (AR):

35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de


Risco.

35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao


trabalho em altura, considerar:

a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;


b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem; 13
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Sobre Análise de Risco (AR):

35.4.5.1 ...

d) as condições meteorológicas adversas;


e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação
de uso dos sistemas de proteção coletiva e
individual, atendendo às normas técnicas vigentes,
às orientações dos fabricantes e aos princípios da
redução do impacto e dos fatores de queda; 14
TRABALHOS EM ALTURA

Sobre Análise de Risco (AR):

35.4.5.1 ...

f) o risco de queda de materiais e ferramentas;


g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos
específicos;
h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde
contidos nas demais normas regulamentadoras;
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i) os riscos adicionais;
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Sobre Análise de Risco (AR):

35.4.5.1 ...

j) as condições impeditivas;
(ver: https://www.youtube.com/watch?v=Wir4AqkAgNY)
k) as situações de emergência e o planejamento do
resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o
tempo da suspensão inerte do trabalhador;
l) a necessidade de sistema de comunicação;
m) a forma de supervisão. 16
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Atividade rotineira de trabalho em altura:

35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a


análise de risco pode estar contemplada no respectivo
procedimento operacional.

(Os procedimentos operacionais são descritos no item 35.4.6.1)

35.4.7 As atividades de trabalho em altura não rotineiras


devem ser previamente autorizadas mediante Permissão de
Trabalho. 17
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Exemplo:

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Exemplo: Isolamento e sinalização da área de trabalho

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Exemplo: Uso inadequado do equipamento

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Exemplo: Uso inadequado de equipamento

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Cadeira Manual

Cadeira Motorizada

Trava-queda para cabo de


aço ou corda
Trava-queda para trilho inox

Trava-queda retrátil para áreas


de carga, telhados e andaimes

Escadas para telhados


Equipamentos manuais
para áreas confinadas
Equipamentos motorizados
para áreas confinadas
Sistemas de Segurança para
movimentação horizontal
Cinturões de segurança e
acessórios para ancoragem 22
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Exemplo: Andaimes

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Exemplo: Equipamentos de acesso

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Exemplo: Equipamentos de acesso

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Exemplo: Escada

- As escadas devem, em
princípio, serem usadas
SOMENTE para acesso.

- Sendo seguro utilizá-las como plataforma de trabalho,


utilizar as escadas SOMENTE durante períodos curtos.

- Quando não estiverem em uso, armazenar em local


apropriado para evitar danos ou deterioração. 26
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Exemplo:

Escada tipo
marinheiro

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Equipamentos de proteção:

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Talabarte simples (A), Talabarte ajustável (B), Talabarte em Y (C)
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Equipamentos de proteção:

28
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Equipamentos de proteção:

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Equipamentos de proteção:

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Absorvedor de energia:

- Deve ser utilizado quando o fator de queda for > 1;


- Quando o comprimento do talabarte for > 0,9[m]

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Fator de Queda: O fator de queda é a razão entre a


distância que o trabalhador percorreria na queda e o
comprimento do equipamento que irá detê-lo. Quanto mais
alta estiver a ancoragem, menor será o fator de queda.

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Fator de Queda:

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Fator de Queda:

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Exemplo – Cálculo da Zona Livre de Queda (ZLQ):

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Exemplo – Cálculo da Zona Livre de Queda (ZLQ):

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Exemplo – Cálculo da Zona Livre de Queda (ZLQ):

f1 = flecha inicial parabólica;


f3 = flecha dinâmica do cabo de aço;
A1 = distância entre o anel preso na linha de vida até o mosquetão
do trava-quedas retrátil na posição todo recolhido;
b1= comprimento do cabo retrátil para fora do recolhedor na
posição de trabalho;
B1 = comprimento do cabo retrátil para fora do recolhedor na
posição final de queda (comprimento na posição inicial acrescido
da distância de escorregamento do trava-quedas retrátil até parar
a queda);
C1 = distância entre o anel D do cinto de segurança e o pé do
colaborador. Algumas normas orientam como 1,5[m] (ou mais); 38
D1 = distância de segurança (1,00[m] – recomendação);
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Exemplo – Linha da vida sem absorvedor de energia:

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Exemplo – Linha da vida sem absorvedor de energia:

L: Vão compreendido entre as ancoragens da linha de vida;


L1: Comprimento total do cabo com uma flecha de montagem
determinada;
f1: Flecha de montagem > 3% do vão (L). Quanto maior a flecha, menor
o esforço na ancoragem;
f2: Flecha considerando o comprimento L1 do cabo formando um
triângulo sem carga dinâmica;
F3: Flecha máxima quando a carga dinâmica atinge o seu máximo;
P: Carga dinâmica atuando na retenção da queda (600 kgf );
T1: Força de tração no cabo. Também é a força transmitida pelo cabo
nas ancoragens.
f3-f2: É o espaço de frenagem do corpo.
q: Peso do cabo (kg/m) 40
TRABALHOS EM ALTURA

Exemplo – Linha da vida sem absorvedor de energia:

1º) determinação de f1:

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Exemplo – Linha da vida sem absorvedor de energia:

2º) determinação de L1:

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Exemplo – Linha da vida sem absorvedor de energia:

3º) determinação de f2 (flecha triangular: L/2, L1/2 e f2)

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Exemplo – Linha da vida sem absorvedor de energia:

4º) Elongação (lembrar que é iterativo, para T var.)

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Exemplo – Linha da vida sem absorvedor de energia:

5º) Flecha dinâmica (f3):

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Exemplo – Linha da vida sem absorvedor de energia:

6º) Carga dinâmica: 600[kgf]

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Exemplo – Linha da vida sem absorvedor de energia:

7º) Carga dinâmica:

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Exemplo – Linha da vida sem absorvedor de energia:

7º) Força de tração e fs (fator de segurança):


fs mín. = 2,0

Cálculo iterativo

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Avaliação NR35

Desenvolver em Excel e apresentar o cálculo para o


exemplo 2.3.4.4 do “Guia Prático para Cálculo de
Linha de Vida e Restrição para Indústria da
Construção - v2”
05/12/2020

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