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Treinamento de Segurança

Trabalhos em Altura
Emergências:

Durante esse treinamento em casos de emergência o que devo fazer?

 Manter a calma e não correr;

 Seguir as orientações da Brigada de emergência;


 Procure a saída de emergência;
 Posicionar-se contra a direção do vento;
 Deixe todos seus pertences;
 Seguir em direção ao ponto de encontro.

RAMAL DE EMERGÊNCIA 9000


Objetivo

• Estabelecer os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura,


envolvendo:

• Requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o


planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
Referencias

NR 06: Equipamentos de Proteção Individual;


NR 11: Transporte, Armazenagem e Movimentação de Materiais;
NR 12: Máquinas e Equipamentos;
NR 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
NR 33: Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados;
NR 34: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval;
NR 35: Trabalho em Altura;
NBR 6494: Segurança nos Andaimes;
NBR 14626: Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Trava-queda deslizante
guiado em linha flexível;
NBR 14627: Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Trava-queda rígido;
NBR 14628: Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Trava-queda retrátil;
NBR 14629: Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Absorvedor de energia;
NBR 15834: Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Talabarte de segurança;
NBR 15835: Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Cinturão de segurança
tipo abdominal e talabarte de segurança para posicionamento e restrição;
NBR 15836: Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Cinturão de segurança
tipo paraquedista;
NBR 15837: Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Conectores;
FUNDACENTRO RTP 01: Medidas de Proteção Contra Quedas de Altura;
Trabalho em Altura:

O que diz a NR 35?


Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior,
onde haja risco de queda.

Norma da MARFRIG IT 7.3.42


A MARFRIG considera trabalho em altura, toda atividade executada acima de 1,8 m (um metro e oitenta centímetros) do
nível inferior, onde haja riscos de queda, seja em elevação (escadas, plataformas, andaimes, etc.) ou em profundidade
(poços, escavações, dutos, etc.), sempre da superfície de referência onde haja este risco.

Todas as atividades com risco para os trabalhadores devem ser precedidas de análise e o trabalhador deve ser informado
sobre estes riscos e sobre as medidas de proteção implantadas pela empresa, conforme estabelece a NR1. O disposto na
NR35 não significa que não deverão ser adotadas medidas para eliminar, reduzir ou neutralizar os riscos nos trabalhos
realizados em altura igual ou inferior a 1,8m.
Tipos de Trabalho em Altura

Todas as Unidades, bem como colaboradores terceirizados que desenvolvam atividades no interior de suas
instalações.
Aplica-se a todos os serviços em altura, realizados por colaboradores internos ou terceiros, especialmente
naqueles relativos às operações de:

 Manutenção em telhados (telhas, calhas, chaminés, exaustores


etc);
 Troca de telhas;
 Pintura, limpeza, lavagem e serviços de alvenaria nas fachadas e
estruturas;
 Instalação/inspeção e manutenção elétrica, mecânica e civil;
 Manutenção de redes aéreas (hidráulica e amônia);
 Carregamento e descarregamento de caminhões (lenha, pallets,
sebo, etc).
Fluxograma Atividades em Altura

TRABALHO
EM ALTURA

CRACHÁ COM
TREINAMENTO CONDIÇÕES AMBIENTAIS
EPIs e EPCs PERMISSÃO E ASO
(PRÁTICO + TEÓRICO) VÁLIDO (se pertinente)

TIPO DE TRABALHO
EM ALTURA

TRABALHOS NÃO TRABALHOS


ROTINEIROS ROTINEIROS

ANÁLISE PRELIMINAR
PLANILHA DE
DE RISCO - APR PERIGOS E RISCOS

AUTORIZAÇÃO PARA
TRABALHO EM RISCO - ATR
REALIZAÇÃO DA
TAREFA
Responsabilidades

 O gestor da área onde estará sendo executada a atividade: é o responsável direto pela segurança das atividades
desenvolvidas em sua área de atuação, zelando pelo cumprimento das diretrizes desta instrução junto aos colaboradores
e terceiros. É igualmente responsável pelo acompanhamento periódico durante a atividade.

 Os colaboradores, contratados e terceiros: são os responsáveis por cumprir as disposições legais e regulamentares
sobre trabalho em altura. Deve ainda zelar pela segurança e saúde de colaboradores, ou não, que possam ser impactados
por seus atos ou omissões.

• SESMT: A segurança do trabalho é responsável por analisar o cenário proposto e após o atendimento das diretrizes,
autorizar o serviço. O acompanhamento da atividade fica a critério da segurança do trabalho baseado no risco da tarefa.

Obs.: O não cumprimento deste procedimento implicará em uma alerta de Segurança e/ou advertência para
o(s) trabalhador(es) devendo ser aplicado pelo coordenador da área.
Cabe a Empresa:

a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;


b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho – PT;
c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;
d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das
ações e medidas complementares de segurança aplicáveis;
e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas
contratadas;
f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma;
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização
imediata não seja possível;
i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as
peculiaridades da atividade
k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.
Cabe aos Trabalhadores:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo
empregador;
b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e
iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior
hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis.
“Direito de Recusa: previsto no art. 13 da Convenção 155 da OIT, promulgada pelo Decreto 1.254 de 29 de setembro de 1995, que assegura
ao trabalhador a interrupção de uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco, conforme conceito
estabelecido na NR-3, para sua segurança e saúde ou de outras pessoas”.

d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no
trabalho.
Capacitação e Treinamento

O treinamento de capacitação, e o treinamento periódico, para trabalhos em altura, devem ter duração mínima de 8 horas e
periodicidade bienal. O conteúdo programático mínimo deve conter:

Teórico – 3 horas Pratico – 5 horas


• Normas e regulamentos aplicáveis aos trabalhos em • Montagem/desmontagem de Andaime;
altura; • Movimentação em escada tipo marinheiro (talabarte Y e trava
• Análise de risco e condições impeditivas; quedas);
• Liberação de trabalho em altura (ATR Altura); • Deslocamento em telhados (linha de vida/ pranchas, métodos
• Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura de ancoragem);
e medidas de prevenção e controle; • Uso de escada portátil (extensível e tesoura), sistema de
• Sistemas, equipamentos e procedimentos de ancoragem;
proteção coletiva; • Liberação de trabalho em altura (ATR Altura);
• Equipamentos de proteção individual para • Inspeção de EPI’S e EPC’s;
trabalhos em altura: seleção, inspeção, conservação e • Primeiros socorros e noções de resgate.
limitação de uso;
• Acidentes típicos em trabalhos em altura;
• Condutas em situação de emergência, incluindo
noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.
Capacitação e Treinamento

Além dos treinamentos específicos para as atividades que o trabalhador irá desenvolver, a capacitação prevista no item 35.3
compreende os treinamentos para trabalho em altura.

O programa de capacitação em altura deve ser estruturado com treinamentos inicial, periódico e eventual. O treinamento
inicial deve ser realizado antes dos trabalhadores iniciarem suas atividades em altura; o periódico deve ser realizado a cada
dois anos o eventual nos casos previstos no subitem 35.3.3 alíneas “a”, “b”, “c” e “d”.
Capacitação e Treinamento

Todo o trabalhador, antes de iniciar as suas funções com atividades em altura deve ser capacitado de acordo com a carga
horária, conteúdo programático e aprovação 7.3.42.C - Autorização para Trabalhos em Altura. A unidade, ao admitir um
trabalhador, poderá avaliar os treinamentos realizados anteriormente e, em função das características das atividades
desenvolvidas pelo trabalhador na empresa anterior, convalidá-los ou complementá-los, atendendo à sua realidade, desde
que realizados há menos de dois anos. O aproveitamento de treinamentos anteriores, total ou parcialmente, não exclui a
responsabilidade da empresa emitir a certificação da capacitação do empregado, conforme subitem 35.3.7.

Esse treinamento incluirá, além dos dispositivos aplicáveis a Norma NR 35, os demais aplicáveis de outras Normas
Regulamentadoras e normas técnicas que possam ter interferência com o trabalho em altura. Também será considerados os
procedimentos internos da empresa para trabalho em altura IT. 7.3.42.
Liberação da
atividade:
Para que as atividades sejam alvo de liberação por parte da área de saúde e segurança do
trabalho, além da análise preliminar de risco, devem ser observadas as seguintes diretrizes:

• Os exames médicos específicos da função deverão estar comprovados através ASO e da data de
validade em seu crachá, onde deve constar que a pessoa está apta a executar trabalho em altura;
• Estar treinado e orientado sobre os riscos envolvidos na tarefa;
• Devem estar estabelecimento os pontos de ancoragem e sistemas de proteção (se aplicável);
• As situações de emergência e planejamento de resgate e primeiros socorros devem estar definidos;
• As condições impeditivas para realização da atividade devem estar neutralizadas;
• O trabalhador deve estar em perfeitas condições psicológicas e físicas;
• O trabalhador deverá possuir biótipo adequado;
• Ser capacitado no trabalho em que for executar, bem como estar familiarizado com os
equipamentos inerentes ao serviço;
• Utilizar os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) conforme disposto na NR 06, NR 18 e NR 35
da Portaria n.º 3.214/78 do Ministério do Trabalho, vigente e os indicados pela Segurança do Trabalho;
Liberação da
atividade:
• Em caso de necessidade de transporte de ferramentas, o mesmo deve ser feito somente através de cinto porta-ferramentas ou
bolsa própria para guardar e transportar ferramentas manuais;
• Antes do início da realização de qualquer trabalho em altura não rotineiro, deverá ser realizada rigorosa inspeção pelo SESMT e
pelo gestor do setor onde vão ser realizados os trabalhos, pelo responsável dos trabalhos e deverá ser emitida a ATR;
• O local deverá ser sinalizado através de placas indicativas e/ou cones, deverá ser feito um isolamento para prevenir acidentes
com transeuntes ou pessoas que estejam trabalhando embaixo;
• Em caso de necessidade, o transporte de materiais para cima ou para baixo, deverá ser feito preferencialmente com a utilização
de cordas e/ou cestos especiais ou de forma mais adequada;
• Materiais e ferramentas não podem ser deixados desordenadamente nos locais de trabalho sobre andaimes, plataformas ou
qualquer estrutura elevada, para evitar acidentes com pessoas que estejam trabalhando ou transitando sob as mesmas;
Instalações elétricas provisórias só devem ser realizadas exclusivamente por eletricistas autorizados;
As condições meteorológicas devem ser apropriadas (caso aplicável);
Devem ser identificados riscos adicionais (mecânicos, elétricos, corte e solda, líquidos, vapores, gases, soterramento, altas/baixas
temperaturas, energia armazenada).

Qualquer não atendimento a alguma destas premissas são IMPEDITIVAS da realização da atividade.
Condições Impeditivas

Como condições climáticas adversas entende-se ventos fortes, chuva, descargas atmosféricas, etc., desde que possam
comprometer a segurança e saúde dos trabalhadores.
É importante ressaltar que algumas outras condições meteorológicas devem ser consideradas. A baixa umidade atmosférica,
por exemplo, desde que comprometa a segurança e saúde dos trabalhadores, pode ser considerada na análise de risco e no
estabelecimento de medidas de controle..

São consideradas condições impeditivas as situações que impeçam a realização ou continuidade do serviço que possam
colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador.

Exemplos mais comuns de condições impeditivas

Vento Forte Chuva Raios


Atividades Rotineiras e Não
Rotineiras
Todo trabalho em altura deverá ser classificado como rotineiro ou não rotineiro.

 ATIVIDADES ROTINEIRAS: Conjunto de ações que fazem parte do cotidiano de uma atribuição, função ou cargo do
trabalhador no processo do trabalho e que possuam sistema fixo de proteção contra quedas (acesso escada marinheiro
com trava-quedas, trava queda retrátil para descarga matéria prima sobre caminhões);

 ATIVIDADES NÃO ROTINEIRAS: Conjunto de ações que fazem ou não fazem parte do cotidiano de uma atribuição, função
ou cargo do trabalhador no processo do trabalho e que não possuam sistema fixo de proteção contra quedas (andaimes,
cadeiras suspensas, escadas móveis sem ponto de ancoragem/fixação);

Os trabalhos classificados como não rotineiros deverão ser SEMPRE precedido de ATR.
ATR – Autorização de Trabalho em
Risco
A autorização de trabalho em risco – ATR é necessária sempre que a execução da atividade em altura for classificada como
Não Rotineira. Deverá ter como base a APR e serem preenchidas no local/hora da tarefa.

A responsabilidade de solicitação da ATR será do(s) executor(es) da(s) tarefa(s) diretamente ao gestor da área onde o
serviço será realizado.

O SESMT será acionado pelo gestor da área para análise e posterior liberação do serviço, se os pré-requisitos estiverem
TODOS atendidos.

A ATR deve permanecer no local, contendo assinaturas de todos envolvidos, juntamente com a APR, e com as devidas
medidas de controle. Após a conclusão do trabalho o executor da atividade deverá entregar a ATR e APR ao responsável
pela atividade, este encaminhará as mesmas ao SESMT que as manterá em arquivo Todas as ATRs serão rastreadas com
numeração, e arquivadas por um período de 1 ano. Para casos que envolvam acidente de trabalho, as permissões devem
ser arquivadas junto a pasta do funcionário por tempo indeterminado.
ATR – Autorização de Trabalho em
Risco
As ATR devem ser emitidas em duas vias uma no local de trabalho outra no SESMT.

Considerações importantes:

• A ATR está restrita ao turno de trabalho;


• Avaliar e realizar reunião para discutir a APR e os procedimentos para a atividade em altura antes de autorizar a
atividade, juntamente com a(s) pessoa(s) que realizará(ão) o trabalho;
• É responsabilidade do SESMT, impedir o início do trabalho que julgar inseguro, até que sejam adotadas medidas
que o tornem seguro;
• É responsabilidade do gestor da área fazer inspeções periódicas nos locais onde os trabalhos liberados com
permissão estão sendo realizados e interrompê-los quando as normas de segurança não estiverem sendo cumpridas ou
existirem condições que os tornem inseguros ou que haja alterações nas condições de trabalhos diferenciando-as da
permissão inicialmente liberada;
• Identificada situação ou condição de risco não prevista na APR e ATR, cuja eliminação ou neutralização imediata
não seja possível, é assegurado ao Executante/Supervisor/Gerente/SESMT/CIPA a suspensão do trabalho. Esta obrigação está
associada ao Direito de Recusa.
Riscos
Adicionais
Selecionado de acordo com Análise de Risco, considerando, além dos riscos a que o trabalhador está exposto, os riscos
adicionais. Os riscos a que o trabalhador está exposto são os específicos para trabalho em altura, referentes a queda. Por
exemplo, aberturas no piso, a zona livre de quedas insuficiente, interferências no trajeto de queda, queda pendular; bordas
aguçadas.

Exemplos de riscos:

(a) Piso frágil; (b) Ponta saliente; (c) Queda pendular; (d) Borda aguçada
Ações
Administrativas
A não observância desta norma acarretará:

• Para funcionários da empresa sanções previstas na CLT - Advertência, Suspensão e Demissão por justa causa;
• Para funcionários terceiros prestadores de serviço, significará paralisação dos serviços, advertência, suspensão e
até rescisão de contrato.
Autorização do Trabalhador

 TRABALHADOR AUTORIZADO: Que comprove conclusão


de curso de capacitação específico para atividade, está
apto via Atestado de Saúde Ocupacional para realizar
atividades em altura, e possuem autorização formalmente
da empresa;

A autorização é um processo administrativo especificando as


atividades que são sua atribuição, função ou cargo do trabalhador
no processo do trabalho. Através do qual a empresa declara
formalmente sua anuência, autorizando a pessoa a trabalhar em
altura.

Para isso obrigatoriamente deverá ser usado o registro - 7.3.42.C -


Autorização para Trabalhos em Altura;
Analise do local da Atividade

O local em que os serviços serão executados e seu entorno

Deve ser avaliado não somente o local onde os serviços serão


executados, mas também o seu entorno, como a presença de
redes energizadas nas proximidades, trânsito de pedestres,
presença de inflamáveis ou serviços paralelos sendo
executados.

Se, por exemplo, para realizar uma tarefa se planejou utilizar


um andaime móvel é necessário verificar se o terreno é
resistente, plano e nivelado. Caso contrário, outra solução
deverá ser utilizada.
Analise do local da Atividade

Isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho


Pontos de Ancoragem

Estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem

Entende-se por sistemas de ancoragem os


componentes definitivos ou temporários,
dimensionados para suportar impactos de queda,
aos quais o trabalhador possa conectar seu
Equipamento de Proteção Individual, diretamente
ou através de outro dispositivo, de modo a que
permaneça conectado em caso de perda de
equilíbrio, desfalecimento ou queda.
Além de resistir a uma provável queda do
trabalhador, a ancoragem pode ser para restrição
de movimento. O sistema de restrição de
movimentação impede o usuário de atingir locais
onde uma queda possa vir a ocorrer. Sempre que
possível este sistema que previne a queda é
preferível sobre sistemas que buscam minimizar
os efeitos de uma queda.
Ancoragem Estrutural

A ancoragem estrutural é um elemento de um sistema de ancoragem que é fixado de forma permanente na estrutura, no qual
pode ser conectado um dispositivo de ancoragem ou um EPI.
Um exemplo de ancoragem estrutural são os elementos metálicos soldados em uma estrutura metálica, devendo ser
obedecidas as normas técnicas aplicáveis, como NBR 8.800 e NBR 14.762.

Outro exemplo são os chumbadores instalados em estrutura de concreto. O chumbador pode ser pré-instalado (concretado
junto com a estrutura), ou pós-instalado (depois da concretagem), e neste caso, pode ser passante (atravessa a estrutura e é
fixado na face oposta), ou de inserção, e, neste último caso, pode ser de ancoragem mecânica ou química. Para chumbadores
pré-instalados, aplica-se a NBR 6.118.
Os chumbadores passantes, se puderem ser removidos e recolocados, podem ser considerados como elementos de fixação, e,
se além disso também possuírem um ponto de ancoragem, podem ser considerados como dispositivo de ancoragem.
Ancoragem Estrutural
Ancoragem Estrutural

As normas técnicas aplicáveis aos dispositivos de ancoragem são a NBR 16325-1, para os dispositivos de ancoragem dos tipos A,
B e D, e a NBR 16325-2, para o tipo C. Essas normas definem 4 tipos de dispositivos de ancoragem:

TIPO A: é o dispositivo de ancoragem projetado


para ser fixado a uma estrutura por meio de uma
ancoragem estrutural ou de um elemento de
fixação. Subdivide-se em tipos A1 e A2, sendo
este desenvolvido para ser fixado em telhados
inclinados.
Ancoragem Estrutural

TIPO B: tipo B é o dispositivo de ancoragem transportável com um ou mais pontos de ancoragem estacionários.
Ancoragem Estrutural

TIPO C: é o dispositivo de ancoragem que inclui uma linha de ancoragem flexível horizontal, que não pode se desviar do
plano horizontal por mais de 15º, quando medido entre duas ancoragens, em qualquer ponto de sua trajetória.
Ancoragem Estrutural

TIPO D: é o dispositivo de ancoragem que inclui uma linha de ancoragem rígida, que não pode se desviar do plano
horizontal por mais de 15º, quando medido entre duas ancoragens, em qualquer ponto de sua trajetória.
Requisitos do Sistema de Ancoragem

Os sistemas de ancoragem devem:

a) ser instalados por trabalhadores capacitados;


A instalação deve ser feita por trabalhadores capacitados no procedimento operacional de montagem do sistema de
ancoragem.

b) ser submetidos à inspeção inicial e periódica.

A inspeção inicial deve ser realizada após A instalação, alteração ou mudança de local. A inspeção periódica do sistema de
ancoragem deve ser efetuada de acordo com o procedimento operacional, considerando o projeto do sistema de
ancoragem e o de montagem, respeitando as instruções do fabricante e as normas regulamentadoras e técnicas aplicáveis,
com periodicidade não superior a 12 meses.
Fluxo Inspeção em Pontos de Ancoragem Fixo
Inspeção periódica
dos dispositivos de
ancoragem

Sim Existe Não


Inspeção visual de documentação de É possível identificar
funcionamento instalação? o fabricante?

Sim Não
Inspeção de corrosão ,
deformação, trincas, falta de
componentes, fatia de
marcação.
Fixação visível Fixação visível
Resultado
da inspeção
Inspeção de acordo com o regulamento Inspeção de acordo com as informações do
Condição Condição da construção técnica, respeitando as fabricante , por meio de testes (Exemplo:
Não aceita Aceita especificações do fabricante, forma de Ensaio visual de funcionamento, ensaio
fixação e estrutura base dinâmico ou estático).
Substituição do
dispositivo de
ancoragem Substituição do
Resultado de Não aceita dispositivo de
inspeção ancoragem
Marcação e Ou não viável
Documentação documentação da Aceitável
de instalação inspeção Documentação de
instalação
Linha De Vida Fixa Ou Móvel

Linhas de vida constituídas de corda fibra de poliamida deve ter diâmetro mínimo de 11,5 mm, e capaz de suportar um peso
estático de 245 kg por pessoa. A alma (corda) deverá ter uma resistência mínima de ruptura de 15 kN, e o conjunto alma e
capas uma resistência mínima de 20 KN (2000kN) .As cordas deverão possuir internamente uma fita de identificação com
CNPJ do fabricante.
Linhas de vida constituídas de cabo de aço: quando na horizontal, devem ser de 3/8” (9,5 mm) para até 2 pessoas; ½” (12
mm) para até 3 pessoas e 5/8” (16 mm) acima de três pessoas e quando na vertical: 5/16” (8 mm). No caso de linha de vida
vertical, é permitido que apenas um trabalhador esteja preso a mesma.
Os cabos de aço usados em linhas de vida não podem ter emendas, dobras, pernas quebradas, apresentar desgaste,
corrosão ou arames rompidos que possam comprometer a sua segurança.
Linha De Vida Fixa Ou Móvel

Nunca permitir que o cabo de aço tome a forma de um pequeno laço, pois é o começo de um nó, o que reduz
significativamente a sua resistência.
Os cabos de aço usados para ancoragem ou linhas de vida poderão ter olhal confeccionado com sapatilha para acomodar a
volta do cabo e três grampos em aço galvanizado, com espaçamento entre si de 4,8 cm. Os grampos devem ser montados de
maneira correta e reapertados antes de cada início de uso do cabo de aço.
Linha De Vida Horizontal Ou Vertical

Os sistemas baseados em uma linha de ancoragem horizontal ou vertical permitem manter a conexão com a ancoragem
continuamente, com a vantagem de proporcionar uma movimentação mais rápida do que o uso de dois talabartes.

Exemplo de um sistema de
retenção de queda baseado em
uma linha de ancoragem
Exemplo de Sistema baseado em linha de ancoragem Exemplo de linha de vida horizontal dupla, que permite que um vertical flexível instalada de
horizontal rígida trabalhador passe por outro sem necessidade de se desconectar forma temporária.
Proteção contra Quedas

O SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DEVE:

 Ser adequado à tarefa a ser executada;

Considerar as características específicas do trabalho em altura, entre elas:

• o local e as condições do ambiente de trabalho;


• os detalhes da tarefa, as etapas de trabalho;
• as características dos trabalhadores (tamanho e massa corporal);
• os materiais, ferramentas e equipamentos a serem utilizados;
• a instalação, utilização e desmontagem do Sistema de Proteção Contra Quedas.

 Ser selecionado por profissional qualificado em segurança do trabalho;


O profissional qualificado em segurança do trabalho pode ser um engenheiro de segurança ou um técnico de segurança do
trabalho.

 Ter resistência para suportar a força máxima aplicável prevista quando de uma queda;
Esse item se aplica aos sistemas de retenção de quedas. Os sistemas de restrição de movimentação devem ser
dimensionados para suportar a força máxima aplicável prevista gerada pela movimentação dos trabalhadores, materiais e
equipamentos.
Proteção Contra Quedas

Ser selecionado de acordo com Análise de Risco, considerando, além dos riscos a que o trabalhador está exposto, os riscos
adicionais;

Os riscos a que o trabalhador está exposto são os específicos para trabalho em altura, referentes a queda. Por exemplo,
aberturas no piso, a zona livre de quedas insuficiente, interferências no trajeto de queda, queda pendular; bordas aguçadas.
Equipamentos de Proteção

Equipamentos de proteção individual, acessórios e sistemas de ancoragem.


Os EPI’s, acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda em altura, devem passar por inspeção
inicial e periódica (a ser realizada a cada 6 meses) para garantir suas perfeitas condições. Para a realização das inspeções
utilize os seguintes documentos:

• Inspeção de Cintos e Talabartes;


Usar o Registro - 7.3.42.F - Inspeção em Cintos e Talabartes;
• Inspeção de Trava Quedas e Linha de Vida.
Usar o Registro - 7.3.42.K - Inspeção de Trava Quedas.
• Inspeção de Corda;
Usar o Registro - 7.3.42.H – Inspeção de Corda;
• Inspeção de Capacete;
Usar o Registro - 7.3.42.I – Inspeção de Capacete;
• Inspeção de Absorvedor de Energia;
Usar o Registro - 7.3.42.J – Inspeção de Absorvedor de Energia;
• Inspeção de Trava Quedas.
Usar o Registro - 7.3.42.K - Inspeção de Trava Quedas.
Equipamentos de Proteção

Como deve ser?

Adequado para a utilização pretendida:


Selecionar os EPI mais adequados, levando em conta as tarefas a serem desempenhadas. Por exemplo, geralmente os trava-
quedas, retráteis ou guiados, são projetados e ensaiados para uso unicamente na vertical. No uso fora dos limites
especificados, há risco de o equipamento não bloquear a queda, de ocorrerem quedas pendulares, de ocorrer distância de
queda livre antes do bloqueio superior à obtida no ensaio, ou ainda de que a força de retenção seja maior do que 6 kN (seis
quilo newton, aproximadamente 600 kgf).

Utilizados considerando os limites de uso:


Por exemplo, o uso de um sistema de retenção de queda deve ser limitado de forma que o impacto gerado no usuário não
exceda 6 kN (seis quilo newton, aproximadamente 600 kgf). A massa utilizada para ensaios na norma NBR 14629 é 100 kg e
o fator de queda é 2. Portanto, até esse limite, o uso é garantido pelo simples fato de o talabarte com absorvedor ter sido
certificado. O uso de um sistema de retenção de queda deve observar o limite do fabricante para a massa total do usuário,
que inclui vestuário e equipamento, e da distância de queda livre. Exceder o limite do fabricante pode gerar força de
retenção excessiva, distância de parada excessiva ou falha do sistema.
Equipamentos de Proteção

Ajustado ao peso e à altura do trabalhador:

Por exemplo, utilizar cinturão de segurança de tamanho compatível com as dimensões do trabalhador. O
tamanho inadequado, além do desconforto, pode criar riscos adicionais.
Equipamentos de Proteção

 Cinto Tipo Paraquedista


Equipamento de Proteção Individual utilizado para trabalhos em altura onde haja risco de queda, constituído de sustentação na
parte inferior do peitoral, acima dos ombros e envolta nas coxas.
Equipamentos de Proteção
Talabarte
É uma linha flexível feita de fita ou corda de fibras sintéticas, de cabo de aço ou corrente metálica com
comprimento máximo de dois metros.
De acordo com a norma técnica, ao ser
submetido ao ensaio de desempenho
dinâmico (retenção de uma massa de 100 kg
caindo de uma altura igual ao dobro do
comprimento do talabarte), o absorvedor de
energia deve limitar a força de frenagem a um
máximo de 6 kN (seis quilo newton,
aproximadamente 600 kgf). O projeto de
retenção de quedas deve incorporar meios de
garantir que a força de retenção máxima no
trabalhador não ultrapasse esse valor.
Uma das formas de absorvedor de energia
usado em EPI é o de ruptura têxtil. Outras são
baseadas em atrito. Alguns trava-quedas
retráteis possuem uma embreagem interna
para dissipar energia.
Equipamentos de Proteção
 Talabarte
O talabarte, exceto quando especificado pelo fabricante e considerando suas limitações de uso, não pode ser
utilizado:

a) conectado a outro talabarte, elemento de ligação ou extensor;


Se um talabarte for conectado em série a outro elemento de ligação,
como outro talabarte, um trava-quedas retrátil ou um trava-quedas
guiado, ou ainda a um extensor, para aumentar o comprimento total,
haverá um aumento da distância de queda livre além daquela para a
qual o talabarte ou o outro elemento de ligação foram ensaiados.
Isso pode levar a forças de retenção maiores do que 6 kN. Também
aumentará a ZLQ, o que pode fazer com que o trabalhador colida
com o nível inferior.

b) com nós ou laços.


Nós ou laços fogem ao uso projetado do equipamento e diminuem
severamente a resistência do talabarte.
Equipamentos de Proteção

Absorvedor de energia individual


Absorvedor de energia ao ser submetido ao ensaio de desempenho dinâmico (retenção de uma massa de 100 kg caindo de uma
altura igual ao dobro do comprimento do talabarte), o absorvedor de energia deve limitar a força de frenagem a um máximo de
6 kN (seis quilo newton, aproximadamente 600 kgf). O projeto de retenção de quedas deve incorporar meios de garantir que a
força de retenção máxima no trabalhador não ultrapasse esse valor.
Uma das formas de absorvedor de energia usado em EPI é o de ruptura têxtil. Outras são baseadas em atrito. Alguns trava-
quedas retráteis possuem uma embreagem interna para dissipar energia.
Zona Livre de Queda – ZLQ:

Região compreendida entre o ponto de ancoragem e o obstáculo


inferior mais próximo contra o qual o trabalhador possa colidir em
caso de queda, tal como o nível do chão ou o piso inferior.
O cálculo da ZLQ necessária depende do EPI e do sistema de
ancoragem. Em casos simples, pode-se utilizar a ZLQ informada
pelo fabricante do EPI. Em outros casos, como no uso de linhas de
vida horizontal, deve ser levada em conta a flecha dinâmica da linha
de vida. Seguem exemplos em algumas situações.
Exemplo de cálculo da ZLQ com talabarte com absorvedor de
energia em

Exemplo de cálculo da ZLQ com talabarte com absorvedor de energia em ponto fixo.
Zona Livre de Queda – ZLQ:

Exemplo de cálculo da ZLQ com talabarte com absorvedor de energia em linha de vida horizontal:

f3 = flecha dinâmica de cálculo


a = Comprimento do talabarte
b = Comprimento do absorvedor de energia
totalmente aberto

c = Distância do elemento de engate do cinturão até o


pé da pessoa (1,5 m),

d = Distância de segurança (1 metro; determinada nas


normas NBR 14626, 14627, 14628, 14629, 15834)

ZLQ = f3 + a + b + c + d
Fator de queda:
Razão entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o
comprimento do equipamento que irá detê-lo.
Fator de Queda A
Ponto de ancoragem acima do usuário. ( neste caso, 1 metro acima do elemento
de engate do cinturão do usuário( ( Opção preferida).
Distancia de queda livre: 0,5 m
fator de queda = 0,5/1,5 = 0,3

Fator de Queda B
Ponto de ancoragem a nível de ombro. (Opção não preferida)
Distancia de queda livre: 1,5 m
Fator de queda = 1,5/1,5 = 1,0

Fator de Queda C
Ponto de ancoragem a nível de pé. (Opção a ser evitada)
Distancia de queda livre: 3,0 m
Fator de queda = 3,0/1,5 = 2,0

Legenda:
F - Distancia de queda livre
Nota: A figura humana mais abaixo em cada desenho indica a posição do usuário no
fim da queda livre, isto é, o ponto em que o absorvedor de energia começa a abrir. |Isto
não pode ser confundido, com a posição que o usuário estaria no fim da retenção de
uma queda.
Trava-quedas:
Trava-quedas deslizante sobre linha vertical
linha de ancoragem pode ser constituída por uma corda de fibras sintéticas, um cabo de aço, ou um trilho metálico. Pode ser
fixada apenas em um ponto de ancoragem superior, tendo um pequeno peso na extremidade inferior para manter a linha
tensionada; ou ser fixada em uma estrutura nas extremidades superior e inferior, de modo a limitar movimentos laterais,
podendo ainda contar com fixações intermediárias, que devem permitir a livre passagem do trava-quedas deslizante.

Exemplo de um sistema Exemplo de sistema baseado


baseado em uma linha de em linha de ancoragem
ancoragem vertical flexível vertical rígida instalada de
instalada de forma forma permanente.
temporária.
Trava-quedas:

Trava-quedas retrátil.
É uma linha flexível feita de cabo de aço, fita ou corda de fibras sintéticas, associada a um dispositivo recolhedor (carretel com
mola), que mantém a linha sempre sob tensão, e um dispositivo trava-quedas que bloqueia a saída de linha ao ocorrer uma
queda, geralmente detectada pela velocidade de rotação do carretel ultrapassando determinado limite. É necessário consultar
as instruções do fabricante quanto aos limites de uso do equipamento.
Risco de Queda

O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema durante todo o período de exposição ao risco de queda. Em situações
em que o usuário exige um alcance de movimento maior que o comprimento do talabarte de segurança, pode ser usado um
sistema de retenção de queda baseado em dois talabartes, ou em um talabarte duplo, também chamado talabarte em Y

Exemplo de deslocamento
vertical utilizando um
Exemplo de deslocamento horizontal utilizando dois talabartes. talabarte duplo
Trabalho em Telhados

 Não é permitido a realização de serviço em telhado com concentração de carga


em um só ponto. Para deslocamentos em telhados deverão ser realizadas
passarelas utilizando plataformas metálicas ante derrapante providas de guarda
corpo e/ou tábua brutas de 30cm x 1’’ sem nós, rachaduras ou empenamentos (o
uso de passarelas não dispensa o uso de cinto de segurança devidamente
ancorado);

• Não sobrecarregar o beiral do telhado, pois esse não foi projetado para
suportar peso;
• Para içar objetos, deve-se suspendê-las até a altura desejada, uma a uma,
devidamente amarradas, por meio de talhas ou outros meios igualmente seguros;
• Nunca armazenar telhas, ou quaisquer outros objetos, sobre o telhado;
• Não deixar sobras de material sobre o telhado após a execução do
serviço;
• Em dias de chuva ou de muito vento, ou enquanto as telhas estiverem
úmidas, são impeditivos de execução de serviços sobre o telhado, mesmo com o uso
de passarelas;
• É terminantemente proibido improvisar.
Trabalhos em Andaimes

Os andaimes devem ser dimensionados e montados de modo a suportarem, com segurança, as cargas de trabalho (pessoas
e materiais), a que estarão sujeitos:

• É obrigatório o uso de cintos de segurança tipo paraquedista com duplo talabarte na montagem e desmontagem
de andaimes, bem como a área do andaime deve ser isolada com cordas, fitas zebradas, correntes plásticas e placas de
advertência;
• Os montantes devem ser apoiados sobre calços ou sapatas, capazes de resistir aos esforços e ás cargas;
• Os andaimes móveis (sobre rodízio) podem ter no máximo 5 metros de altura até o guarda corpo da última
plataforma, só poderão ser utilizados em superfícies planas e deverão ser dotados de freios;
• O andaime com altura maior do que quatro vezes a menor largura da base deverá ser amarrada ao prédio ou em
local com resistência adequada ou ainda deverão ser estaiados;
• É obrigatório o uso de placas de base nos andaimes (sapatas metálicas com dimensão de no mínimo 200 x 200
mm com fuso nivelador);
• O travamento externo de andaimes deve ser feito com a utilização de arames com bitola igual ou maior que
3/16’’ (4,8 mm);
• A cada dois lances de cavalete, colocar as travas de reforço no andaime;
• Os andaimes devem ser fixados a estruturas rígidas durante sua utilização;
• Devem possuir guarda-corpo, com travessas horizontais colocadas respectivamente a 0,50 m e 1,00 m acima do
estrado de trabalho, e de rodapés de no mínimo 0,15 m, para evitar queda de pessoas;
Trabalhos em Andaimes

• As pranchas usadas para piso devem fechar toda a área do andaime, de maneira a formar um piso contínuo;
• As pranchas devem ser dotadas de travas nas extremidades, para evitar seu deslocamento lateral. Devem ser de
madeira bruta, sem pintura, de no mínimo 30 cm de largura e de 2’’ de espessura e serem isentas de trincas, empenamentos,
emendas ou nós;
• Os andaimes com altura superior a 1,50 m de altura devem ser providos de escadas de acesso;
• Antes de ser instalado qualquer sistema para içamento de materiais, deve ser escolhido o ponto de aplicação
adequada de modo a não comprometer a estabilidade e segurança do andaime;
• Usar o cinto de segurança, mesmo com as proteções laterais instaladas;
• Deverão fazer uso do trava quedas de segurança acoplado ao cinto de segurança independente, para trabalhos
realizados com movimentação vertical em andaimes suspensos de qualquer tipo.
Montagem de Andaimes
Preparação para montagem:

1 – Isolar o entorno do local onde o 2 – Colocar as sapatas ou rodízios de 3 – Encaixar as travas paralelas sobre as
andaime será montado, para garantir apoiem local resistente e plano, sem sapatas ou rodízios, e trava-las.
a segurança daqueles que estão improvisar calços para nivelar a base.
trabalhando e do demais transeuntes.
Montagem de Andaimes

1 – Encaixar o primeiro módulo sobre 2 – Colocar uma trava para garantir sua 3 – No momento em que o trabalhador
as travas paralela e as sapatas ou estabilidade. A partir deste primeiro tiver que subir no andaime em altura
rodízios; travamento, instalar travas diagonais a superior à 1,80 m, o andaime deverá
cada 3 módulos opostos entre si em forma ser amarrado ou estaiado ou o
de X; trabalhador devera conectar o talabarte
do cinto de segurança na estrutura do
mesmo;
Montagem de Andaimes

4 – Colocar pranchas de madeira ou 5 – Instalar o guarda corpo nas duas 6 – Instalar o rodapé sobre a base da
material equivalente para formar a laterais que permanecerem abertas; plataforma de trabalho;
base da plataforma de trabalho,
verificando para não deixar vãos entre
as mesmas;
Montagem de Andaimes

7 – Fixar a escada de acesso na estrutura do andaime , para 8 – O na daime deverá ser amarrado ou estaiado a cada
acesso a plataforma de trabalho; 3 metros de altura.
Trabalho em Escadas

As escadas portáteis podem ser de 3 tipos:


• De uso individual (de mão);
• Dupla (cavalete ou de abrir);
• Extensível

Escadas portáteis
Na utilização de escadas portáteis em local de frequente circulação de pessoas e/ou
veículos, deve haver sinalização para alertar contra possíveis abalroamentos (choques,
impactos, entre outros.).
Não deve ser utilizado escadas de metal nas proximidades e/ou em atividades com
eletricidades. (recomenda-se escada de fibra).
A escada deve ser firmemente apoiada e ultrapassar 1 m (um metro) o ponto de apoio
superior. O afastamento dos pontos inferiores de apoio dos montantes em relação à vertical
deve ser aproximadamente igual a 1/4 (um quarto) do comprimento entre esses apoios.
Trabalho em Escadas

Escadas portáteis
O trabalhador deverá estar sempre de frente para a escada, e ela deverá ser utilizada somente por um trabalhador de cada vez.
Para subir numa escada é necessário se ter uma pessoa segurando a base desta, até que o usuário amarre-a em um suporte
fixo e prenda o seu cinto de segurança em um ponto de ancoragem.
A amarração da escada na parte superior deve ser por meio de sistema de fixação adequado.

As escadas devem ser transportadas horizontalmente, evitando-se


choques contra pessoas ou obstáculos. Quando transportada por uma só
pessoa, a escada deverá ter a parte da frente mantida a uma altura
superior à cabeça de uma pessoa. Escadas compridas devem ser
carregadas por duas ou mais pessoas, para garantir um transporte mais
seguro e promover melhor distribuição da carga.
Trabalho em Escadas

De uso individual (de mão)


Utilizadas para transpor níveis e restritas para acessos provisórios e serviços de pequeno porte.

Os trabalhadores que utilizarem escadas de uso individual (de mão) devem usar sempre as duas
mãos. Eventuais cargas (equipamentos e materiais leves) deverão ser içados em bolsas ou outros
recipientes semelhantes.

Não é permitida a união de duas ou mais escadas, bem como prolongar seus montantes, visando
aumentar o comprimento total da escada.
Na impossibilidade de nivelar o piso sobre o qual a escada será apoiada, será permitido o
prolongamento do pé por meio de sistemas automáticos ou mecânicos.

Inspeção Escadas
As escadas portáteis deverão ser inspecionadas periodicamente. As escadas devem ser
inspecionadas toda vez antes de ser usada, avaliar presença de trinca, sobre peso (degraus torto ou
amassado), deformação e/ou instabilidade da mesma.
As escada de mão não deve
ter mais de 7 metros de
comprimento.
Trabalho em Escadas
Extensível
Utilizadas para serviços de pequeno porte, e constituídas somente por duas seções.

As escadas extensíveis devem ser compostas por:


• Montantes e travessas;
• Corda para manobra de extensão;
• Roldana e guias;
• Sapata antiderrapante de segurança
• Duas catracas; nos montantes.

As catracas e guias metálicas devem estar dispostas de tal maneira que a escada apresente a mesma resistência que uma
escada portátil de uso individual (de mão) de igual comprimento.
As catracas e roldanas (moitão ou carretilhas) devem ser mantidas em perfeito estado de conservação. A corda não deve
estar desgastada ou desfiada.
A escada deve possuir dispositivo limitador de curso, fixada no quarto vão a contar das catracas. Caso não haja o limitador
de curso, deve permitir uma sobreposição de no mínimo 1 m (um metro) quando estendida.
Escadas Fixas

Escada Tipo Marinheiro


A escada tipo marinheiro em geral é constituída por estruturas metálicas e utilizada para acesso a lugares elevados ou de profundidade que
excedam 3,5 m (seis metros), com grau de inclinação em relação ao piso variando de 75º (setenta e cinco graus) a 90º (noventa graus), possuindo
gaiola de proteção.

 Não deve ser permitido que dois trabalhadores fiquem numa mesma As escadas marinheiro
seção compreendida entre os pontos de fixação dos montantes, para devem possuir linda de vida
não comprometer a segurança da escada.
vertical para a segurança do
 Ao utilizar a escada, as pessoas não deverão transportar cargas, para trabalhador ao realizar a
que as mãos fiquem livres para apoiar nos degraus. Quando for atividade. A escada fixa tipo
imprescindível o transporte de cargas, ele deverá ser feito por marinheiro deve ser
içamento. inspecionada
periodicamente (6 meses).
 Ao transpor a escada, o corpo deverá ser mantido de frente para os
degraus.

 Nunca descer ou subir a escada de costas. As mãos deverão apoiar


nos degraus e nunca nos montantes.

 No interior da gaiola não deverá passar nenhum tipo de tubulação ou


qualquer outro material que ofereça risco ao usuário.
Trabalho em Caminhões

Trabalho sobre caminhões, tanques e outros equipamentos


Todo funcionário que tiver que trabalhar em cima de caminhões, tanques com altura igual ou maior de 1,8 m deve ser
protegido contra queda. Esta proteção pode ser guarda-corpos, trava quedas ou cinto paraquedista/ talabarte.
Toda unidade deve ter local apropriado e identificado para carregamento e descarregamento de caminhões bem como seu
enlonamento. Caso a unidade não disponha de tal adequação esta tarefa não deve ser realizada no interior da indústria.

Sistema de Trava Quedas Retrátil


Formas de fixação dos cabos de aço e cordas

 Fixação dos cabos de aço ou cordas sem uso de suportes

Nesse caso, não há distância entre os cabos e a fachada, sendo possível a movimentação da
cadeira, com facilidade, do solo ao penúltimo andar.
Importante:
As cordas e cabos de aço das cadeiras e dos trava quedas não devem ser apoiados nas quinas,
mesmo com proteção, tipo borracha, visto que sofrem deformação permanente e ficam com a
resistência comprometida. Para sua correta fixação é necessário usar corrente ou outro cabo de aço
(com diâmetro maior) ligados por meio de mosquetão ou manilhas.
Equipamentos e Cordas

 As cordas utilizadas devem atender aos requisitos das normas técnicas nacionais. ABNT NBR 15.986

 A seleção de corda apropriada para uma tarefa deve considerar os seguintes critérios:

a) Resistência da corda, desgaste, abrasão, reação a produtos químicos, radiação UV, sujeira e contaminantes;
b) Desempenho da corda em condições de umidade, temperatura, condições climáticas e sujidades;
c) Resistência à torção e rigidez;
d) Facilidade para a realização de nós;
e) Compatibilidade da corda com todos os dispositivos que precisam interagir com ela, em especial seu diâmetro.
Sistemas de Nós

Um nó de segurança deve ser usado após a escolha e instalação do sistema de ancoragem que permita o seguinte:

 Que seja de fácil checagem por qualquer um da equipe de trabalho;


 Que possa ser desfeito após receber a carga;
 Não deve ser solto sob tensão;
 Seja feito de modo a reduzir menos a resistência mecânica da corda.
 Listaremos agora os tipos de nós mais utilizados em trabalhos em altura, porém é importante saber que existem
diversos tipos de nós.

Nó oito

Este nó recebeu este nome devido ao seu formato. usado também como nó de arremate, o nó oito impede que o cabo
escorregue de uma guia ou polia.
Sistemas de Nós

Nó oito duplo

Comum em equipes de resgate e em atividades envolvendo trabalhos em altura, este tipo de nó é usado como nó de ligação
da ancoragem com a corda.
Sistemas de Nós

Nó direito

Consiste na unção de duas cordas com mesmo diâmetro pelo chicote. Caso as cordas apresentam diâmetros diferentes o nó
será por si desfeito. Para que este nó seja realizado os chicotes que serão emendados devem ser entrelaçados e, ato contínuo,
novamente os chicotes devem ser entrelaçados, de forma que estes possam sair em sentidos opostos, formando assim um nó
perfeitamente simétrico.
Equipamentos Auxiliares

Os equipamentos auxiliares utilizados devem ser certificados de acordo com normas técnicas nacionais ou, na ausência
dessas, de acordo com normas técnicas internacionais.

Exemplos de equipamentos auxiliares:

Placa de ancoragem Ascensor Polia simples Descensor

Os equipamentos auxiliares não são classificados como EPI, que são abrangidos pela NR 6 e requerem o certificado de
aprovação (CA).
Conectores

Dispositivo de ligação entre componentes, que se abre e que permite ao usuário montar um sistema anti-queda e unir-se
direta ou indiretamente a um ponto de ancoragem.

Exemplo de conectores de amarração


Exemplo de conectores de base (Classe B) Exemplo de conectores de extremidade (Classe A)
manufaturada (Classe T)

Trava manual Trava manual Trava Automática Trava manual Trava Automática
Emergência e Salvamento
Emergência e Salvamento

 As situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão
inerte do trabalhador

 Na análise de riscos devem ser previstos os possíveis cenários de situações de emergência e


respectivos procedimentos e recursos necessários para as respostas de resgate e primeiros socorros.

 A queda não é o único perigo no trabalho em altura. Ficar pendurado pelo cinto de segurança pode
ser perigoso devido à prolongada suspensão inerte.
 Suspensão inerte é a situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de
segurança, até o momento do socorro.

 A necessidade de redução do tempo de suspensão do trabalhador se faz necessária devido ao risco


de compressão dos vasos sanguíneos ao nível da coxa com possibilidade de causar trombose venosa
profunda e suas possíveis consequências.

 Para reduzir os riscos relacionados à suspensão inerte, provocada por cintos de segurança, o
empregador deve implantar planos de emergência para impedir a suspensão prolongada e realizar o
resgate e tratamento o mais rápido possível.
 Quanto mais tempo a vítima ficar suspensa maiores serão os riscos para sua saúde.
Exemplo de Suspensão inerte
Emergência e Salvamento

 Necessidade de sistema de comunicação

Esse item diz respeito à necessidade da existência de sistema de comunicação em sentido amplo, não só entre os
trabalhadores que estão executando as tarefas em altura, como entre eles e os demais envolvidos direta ou indiretamente
na execução dos serviços, inclusive em situações de emergências.

 Forma de supervisão.

É responsabilidade do responsável da área onde for realizado o trabalho, assegurar que todo trabalho em altura seja
realizado sob supervisão, cuja forma é definida pela análise de risco. A supervisão poderá ser presencial ou não, a forma
será aquela que atenda aos princípios de segurança de acordo com as peculiaridades da atividade e as situações de
emergência.
Lembre-se!!

“Não há trabalho tão urgente e nem


fazer tão importante, que não possa
ser feito com segurança.”
OBRIGADO !!!!!!

Fim!

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