Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PICOS
2024
FRANKLIN CARVALHO RIBEIRO
PICOS
2024
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................04
2 OBJETIVO...........................................................................................................................05
2.1 Objetivo Geral...................................................................................................................05
2.2 Objetivos específicos.........................................................................................................05
3 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................06
4 METODOLOGIA................................................................................................................09
5 RESULTADOS ESPERADOS ..........................................................................................10
6 CRONOGRAMA.................................................................................................................11
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................12
1 INTRODUÇÃO
As arboviroses são doenças de grande relevância na saúde pública, devido a uma série
de fatores, que vão desde a diversidade de agentes infecciosos envolvidos e a pluralidade de
manifestações clínicas, até a inexistência de apoio laboratorial eficiente, a inexistência de
medidas imunoprofiláticas para a maioria das infecções correntes e a dificuldade na
implementação e manutenção de medidas educativas e sanitárias (Forattini, 2002; Norris,
2004; Lopes; Nozawa; Linhares, 2014). Os arbovírus, são caracterizados por apresentarem em
seu ciclo de transmissão, a relação entre artrópodes (vetores) e reservatórios vertebrados,
assim, têm se tornado uma constante ameaça em regiões tropicais devido às rápidas mudanças
climáticas, desmatamentos, migração populacional, ocupação desordenada de áreas urbanas,
precariedade das condições sanitárias que favorecem o aumento da densidade do vetor
invertebrado (artrópode) e consequentemente a amplificação e transmissão viral, visto que,
são transmitidas pelo sangue de pacientes virêmicos, por insetos hematófagos (Cleton et al.,
2012; Rust, 2012).
• Avaliar a prevalência de doenças transmitidas por Aedes, como dengue, zika e chikungunya,
e sua distribuição geográfica dentro do município;
3. 1 Vetores de arboviroses
3.2 Arboviroses
A maior parte dos arbovírus pertence aos gêneros Alphavirus (família Togaviridae) e
Flavivirus (família Flaviviridae); outros membros de importância para a saúde humana são
das famílias Bunyaviridae, Reoviridae e Rhabdoviridae. O vírus do Nilo Ocidental (WNV)
pode causar epidemias em áreas urbanas, como ocorre nos Estados Unidos. É transmitido por
mosquitos do gênero Culex e tem as aves como principais reservatórios. Alguns vírus
perderam a exigência de amplificação enzoótica e produzem epidemias urbanas tendo
exclusivamente o homem como amplificador vertebrado. É o caso dos vírus da Dengue
(DENV), Chikungunya (CHIKV) e, mais recentemente, Zika (ZIKV) (Weaver SC, Reisen
WK; 2009).
O ZIKV, identificado pela primeira vez em Uganda em 1947, teve o primeiro surto
documentado apenas em 2007 na Micronésia e, desde então, ampliou-se a área de transmissão
em ilhas do Oceano Pacífico, com destaque para uma grande epidemia na Polinésia em
outubro de 2013 (Duffy MR, Chen TH, Hancock WT, Powers AM, Kool JL, Lanciotti RS
2016, et al, Roth A, Mercier A, Lepers C, Hoy D, Duituturaga S, Benyon E, 2010). A partir
de abril de 2015, foi confirmada transmissão autóctone de ZIKV na Bahia1 e, em seguida, no
Rio Grande do Norte, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em outros estados,
com pacientes apresentando quadro clínico de febre exantemáticaa. Nos meses seguintes, a
transmissão de ZIKV foi confirmada em vários países das Américas – Colômbia, em outubro;
Guatemala, El Salvador e Suriname, em novembro; Honduras, Panamá, Venezuela, México e
Paraguai, em dezembro–, nos quais a transmissão provavelmente esteve associada ao vetor A.
aegypti. Mudanças genéticas entre linhagens virais permitiram melhor adaptação ao vetor e à
transmissão humana (Freire CCM, Iamarino A, Lima Neto DF, Sall AA, Zanotto PMA. 2015)
O CHIKV, que iniciou expansão pandêmica a partir de 2004. Uma mutação ocorrida
em uma linhagem africana do CHIKV permitiu boa adaptação ao vetor A. albopictus por meio
de alteração em uma proteína do envelope viral E1 (E1-A226V), que foi seguida de outros
passos adaptativos. Aumentou a habilidade de o CHIKV infectá-lo e disseminar-se naquele
vetor, espécie abundante nas ilhas do Oceano Índico e em outras regiões da Ásia (Coffey LL,
Forrester N, Tsetsarkin K, Vasilakis N, Weaver SC, 2013). Essa adaptação favoreceu a
expansão da virose em áreas urbanas e periurbanas naquele continente e aumentou o risco de
epidemias em outras regiões tropicais, subtropicais e mesmo temperadas, como Europa
(Tsetsarkin KA, Vanlandingham DL, McGee CE, Higgs S, 2007). A transmissão autóctone de
uma linhagem asiática de CHIKV sem essas mutações foi registrada no Caribe a partir do
final de 2013 (Lanciotti RS, Valadere AM, 2013).
Embora o registro de casos de dengue, nas Américas, seja do século XIX, e no Brasil,
nos anos 1980, ainda não existe uma vacina para prevenir a doença, disponível na rede
pública de saúde brasileira ou em outros países, o que tornava a ideia de uma vacina contra a
dengue em uma realidade distante, entretanto, duas vacinas tiveram registro na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), uma em 2015 e outra, recentemente em 2023.
Dentre as imunizantes aprovada no Brasil, a Dengvaxia, desenvolvida pelo laboratório
farmacêutico Sanofi Pasteur, é uma vacina tetravalente da dengue quimérica (CYD-TDV). Foi
licenciada no México, Filipinas, El Salvador, Brasil e Paraguai, sendo submetido para
licenciamento em outros países endêmicos da dengue (VANNICE.; DURBIN; HOMBACH,
2016). A vacina foi aprovada em 2015 pela Anvisa, para uso em indivíduos de 9 a 45 anos,
residentes em áreas endêmicas, com três doses administradas no esquema 0/6/12 meses (LIM
et al., 2016).
A Qdenga, do laboratório japonês Takeda Pharmaceutical Company, é uma vacina do
vírus da dengue atenuado e tetravalente contra a dengue. Na avaliação clínica da vacina foi
demonstrada uma eficácia da Qdenga de 80,2% contra a dengue causada por qualquer
sorotipo em indivíduos de 4 a 60 anos. Foi aprovada no Brasil em 2023, tornando-se a única
vacina contra a dengue aprovada no país para utilização em indivíduos sem necessidade de
teste pré-vacinação (Brasil, 2023).
4 METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada no município de Picos, na região centro Sul do Piauí, distante
320Km da capital Teresina. Possui uma área de 677,304 Km2, com uma população de
aproximadamente 76.748 mil habitantes (IBGE, 2016). O município conta com um total de 27
bairros na zona urbana e 28 localidades se encontram na zona na zona rural (MBI, 2017).
Com clima tropical, semiárido quente e seco, com duas estações bem definidas (seca e
chuvosa), possui limites com os municípios de Santana do Piauí e Sussuapara ao Norte, ao
Sul com Itainópolis, a oeste com Dom Expedito Lopes e Paquetá, a Leste com Sussuapara e
Geminiano (AGUIAR; GOMES, 2014).
O Campus Senador Helvídio Nunes de Barros da Universidade Federal do Piauí
(CSHNB/UFPI), localizada no município de Picos-PI conta com 11 cursos, são eles:
Licenciaturas em Pedagogia, Letras, História, Matemática, Ciências Biológicas e Educação do
Campo e os Bacharelados em Nutrição, Enfermagem, Medicina, Administração e Sistemas de
Informação.
5 RESULTADOS ESPERADOS
Obs: Cada pesquisa faz e preenche seu cronograma adequando as suas necessidades
REFERÊNCIAS
CAMARA, T. N. L. Arboviroses emergentes e novos desafios para a saúde pública no Brasil. Revista de
Saúde Pública, São Paulo, , v. 50, p. 1-7, 2016.
CLETON, N.; KOOPMANS, M.; REIMERINK, J.; GODEKE, G. J.; REUSKEN, C. Come fly whit me: Review of
clinically important arbovirus for global travelers. Journal of Clinical Virology, São Paulo, v.55, 2012.
COELHO, G. E. Challenges in the control of Aedes aegypti. Rev Inst Med Trop, São Paulo, v. 54, n. 18,
p. 13, 2012.
Coffey LL, Forrester N, Tsetsarkin K, Vasilakis N, Weaver SC. Factors shaping the adaptive
landscape for arboviruses: implications for the emergence of disease. Future Microbiol.
2013;8(2):155-76. https://doi.org/10.2217/fmb.12.139.
CONSOLI, R. A. G. B.; OLIVEIRA, R. L. de. Principais Mosquitos de Importância Sanitária no Brasil. Rio
de Janeiro: Editora Fiocruz, 1998. 224p.
Duffy MR, Chen TH, Hancock WT, Powers AM, Kool JL, Lanciotti RS, et al. Zika virus
outbreak on Yap Island, Federated States of Micronesia. N Engl J Med. 2009;360(24):2536-
43. https://doi.org/10.1056/NEJMoa0805715
Freire CCM, Iamarino A, Lima Neto DF, Sall AA, Zanotto PMA. Spread of the pandemic
Zika virus lineage is associated with NS1 codon usage adaptation in humans. bioRxiv. 2015.
https://doi.org/10.1101/032839.
LOK, C. K. Singapore’s dengue hemorrhagic fever control programme: a case study on the
successful control of Aedes aegypti and Aedes albopictus using mainly environmental
measures as part of integrated vector control. Journal of National University of Singapore,
Singapore, v. 928, p.1-37, 1985.
LOPES, N.; NOZAWA, C.; LINHARES, R. E. C. Características gerais e epidemiologia dos arbovírus
emergentes no Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, Belém ,v. 5, p. 55-64, 2014.
LOPES, N.; NOZAWA, C.; LINHARES, R. E. C. Características gerais e epidemiologia dos arbovírus
emergentes no Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, Belém ,v. 5, p. 55-64, 2014.
Tsetsarkin KA, Vanlandingham DL, McGee CE, Higgs S. A single mutation in chikungunya
virus affects vector specificity and epidemic potential. PLoS Pathog. 2007;3(12):e201.
https://doi.org/10.1371/journal.ppat.0030201.
Weaver SC, Reisen WK. Present and future arboviral threats. Antiviral Res. 2010;85(2):328-
45. https://doi.org/10.1016/j.antiviral.2009.10.008.
GUPTA, N.; SRIVASTAVA, S.; JAIN, A.; CHATURVEDI, U.C. Dengue in India. The Indian Journal of
Medcal Research. Índia, v.136, n.3, p.373-390, 2012.
RODRIGUEZ-ROCHE, R.; GOULD, E.A. Understanding the dengue viruses and progress towards their
control. BioMed Research International, v.2013, p.1-20, mai. 2013
GUBLER, D.J. Epidemic dengue/dengue hemorrhagic fever as a public health, social and economic
problem in the 21st century. Tren Micro 100-103, 2002.
Tauil PL. Urbanização e ecologia do dengue. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro. 2001; 17 (Supl): 99-
102.
Halstead, S. B. Epidemiology of dengue and dengue hemorrhagic fever In: Gubler DJ, Kuno G, editors.
Dengue and dengue hemorrhagic fever. New York: CAB International; 1997. p. 23-44.
Kyle JL, Harris E. Global spread and persistence of dengue. Annu. Rev. Microbiol. Palo Alto. 2008; 62:
71-92.
GOMES, A. C.; Medidas dos níveis de infestação urbana para Aedes (stegomya) aegypti e Aedes
(stegomya) albopictus em programa de vigilância entomológica. Informe Epidemiológico, Brasília, v.
7, p. 49-57, 1998.
VANNICE, Kirsten S.; DURBIN, Anna; HOMBACH, Joachim. Status of vaccine research and
development of vaccines for dengue. Vaccine, v. 34, n. 26, p. 2934-2938, 2016.
LIM, Sl-Ki et al. Prospects for dengue vaccines for travelers. Clinical and experimental vaccine
research, v. 5, n. 2, p. 89-100, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Anvisa aprova nova vacina para a dengue: a vacina Qdenga, da empresa
Takeda, está indicada para uso entre 4 e 60 anos de idade. Brasília (DF), 2023.
AGUIAR, R.B.; GOMES, J. R. C. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea,
estado do Piauí. Fortaleza: CPRM. Ceará, n. 8, p. 1, 2004.
KRAEMER, Moritz et al. The global distribution of the arbovirus vectors Aedes
aegypti and Ae. albopictus Elife, v. 4, n. e08347, jun. 2015.
MENEZES, Maíra. Conscientização sobre o Aedes para prevenir dengue, Zika e chikungunya.
Instituto Oswaldo Cruz, 2023. Disponível em: https://www.ioc.fiocruz.br/noticias/conscientizacao-
sobre-o-aedes-para-prevenir-dengue-zika-e-chikungunya. Acesso em: 15 de dezembro de 2023.