Você está na página 1de 19

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ


CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS - CSHNB
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

FRANKLIN CARVALHO RIBEIRO

EPIDEMIOLOGIA E A DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO GÊNERO AEDES NO


MUNICÍPIO DE PICOS PIAUÍ.

PICOS
2024
FRANKLIN CARVALHO RIBEIRO

EPIDDEMIOLOGIA E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO GÊNERO AEDES NO


MUNICÍPIO DE PICOS PIAUÍ.

Projeto de pesquisa apresentado como


requisito parcial para obtenção de aprovação
na disciplina de Projeto de Elaboração do TCC
do curso de Licenciatura em Ciências
Biológicas, Universidade Federal do Piauí,
campus Senador Helvídio Nunes de Barros.

Orientador(a): Prof(a). Dr(a). Ana Carolina


Ladim Pacheco.

PICOS
2024
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................04
2 OBJETIVO...........................................................................................................................05
2.1 Objetivo Geral...................................................................................................................05
2.2 Objetivos específicos.........................................................................................................05
3 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................06
4 METODOLOGIA................................................................................................................09
5 RESULTADOS ESPERADOS ..........................................................................................10
6 CRONOGRAMA.................................................................................................................11
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................12
1 INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e os Médicos Sem Fronteiras propuseram a


classificação das doenças em globais (ocorrem em todo o mundo), negligenciadas (mais
prevalentes nos países em desenvolvimento) e mais negligenciadas (exclusivas dos países em
desenvolvimento). Essa classificação representa uma evolução da denominação "doenças
tropicais" por contemplar os contextos de desenvolvimento político, econômico e social.
Ultrapassa a visão herdada do colonialismo de um determinismo geográfico da causalidade de
doenças. Sinaliza, também, que o combate a essas enfermidades, que atingem particularmente
as populações marginalizadas, é essencial para o cumprimento dos objetivos de
desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU) para o milênio.

As Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) referem-se a um grupo de patologias


crônicas debilitantes e, muitas vezes, estigmatizantes que afetam, principalmente, os menos
favorecidos, que vivem em áreas remotas de ambientes urbanos e rurais de países tropicais e
subtropicais. As DTNs impõem limitações sérias às sociedades atingidas, levando a um
panorama de enfermidade, sofrimento, incapacidade e morte, com graves consequências
sociais, econômicas e psicológicas para milhões de homens, mulheres e crianças. Segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS). Elas constituem um grupo heterogêneo de
enfermidades que apresentam como característica comum afetarem populações pobres e
desassistidas, com pouca capacidade de vocalização e de poder político. Algumas doenças
tropicais negligenciadas (DTNs) podem ser transmitidas por insetos, e predominam
principalmente em ambientes que enfrentam condições precárias de sobrevivência, como
alimentação, saneamento básico e serviços de saúde (Vasconcelos; Kovalesqi; Tesser-Júnior,
2016). A ação de urbanizar o habitat natural desses insetos tem demostrado a capacidade de
adaptação da maioria dos artrópodes em torno do homem e animais domésticos que, além do
incômodo provocado, tornam-se vetores de doenças infecciosas (Taipe-lagos; Natal, 2003).

As arboviroses são doenças de grande relevância na saúde pública, devido a uma série
de fatores, que vão desde a diversidade de agentes infecciosos envolvidos e a pluralidade de
manifestações clínicas, até a inexistência de apoio laboratorial eficiente, a inexistência de
medidas imunoprofiláticas para a maioria das infecções correntes e a dificuldade na
implementação e manutenção de medidas educativas e sanitárias (Forattini, 2002; Norris,
2004; Lopes; Nozawa; Linhares, 2014). Os arbovírus, são caracterizados por apresentarem em
seu ciclo de transmissão, a relação entre artrópodes (vetores) e reservatórios vertebrados,
assim, têm se tornado uma constante ameaça em regiões tropicais devido às rápidas mudanças
climáticas, desmatamentos, migração populacional, ocupação desordenada de áreas urbanas,
precariedade das condições sanitárias que favorecem o aumento da densidade do vetor
invertebrado (artrópode) e consequentemente a amplificação e transmissão viral, visto que,
são transmitidas pelo sangue de pacientes virêmicos, por insetos hematófagos (Cleton et al.,
2012; Rust, 2012).

Nas américas o vírus da Dengue é transmitido principalmente pelo mosquito Aedes


aegypti (Linnaeus, 1762) e, em menor grau, pelo Aedes albopictus (Skuse, 1894) (Consoli;
Oliveira, 1994; Paho, 2016) vale ressaltar que no Brasil, existem quatro sorotipos do vírus
Dengue (DENV 1, 2, 3 e 4). De acordo com o Instituto Oswaldo Cruz (2023), o gênero Aedes
foi descrito em 1818, e logo foi inclusa a espécie Aedes aegypti, que anteriormente era
denominada de Culex aegypti, descoberta no Egito. Nos últimos 10 anos, tem sido observado
o aumento de algumas doenças transmitidas por mosquitos vetores, em especial arboviroses,
dentre elas a Dengue (DENV), Chikungunya (CHIKV), Febre do Oeste do Nilo (WNV), Zika
(ZIKV) e Febre Amarela em diferentes países das Américas (Coelho, 2012; Camara, 2016), o
aumento dessas doenças é um grande desafio à saúde pública mundial, tendo em vista as
condições favoráveis para o desenvolvimento de vetores em.

A vigilância epidemiológica desses vetores desempenha um papel crucial no


enfrentamento da dengue e demais arboviroses, uma vez que não há atualmente métodos
preventivos ou curativos estabelecidos para essa enfermidade. As armadilhas utilizadas para
detectar vetores são de extrema importância para identificação e prevenção de vetores, sendo
assim, Lok (1985), propôs a armadinha denominada larvitrampa, que mensura a presença
vetorial, o que possibilita prevenir novas infestações de mosquitos.

Por conseguinte, a vigilância entomológica torna-se essencial, dada a relevância dos


mosquitos culicídeos como transmissores de agentes patogênicos responsáveis por doenças
em seres humanos. Sendo assim, este estudo fornecerá informações passíveis de serem
utilizadas pelos órgãos competentes de vigilância epidemiológica no município de Picos,
alterações à prevenção e controle da Dengue.
2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Analisar a presença e distribuição do gênero Aedes, especialmente Aedes aegypti e


Aedes albopictus, no município de Picos, Piauí, visando compreender os padrões
epidemiológicos e sua relação com a incidência de doenças transmitidas por esses mosquitos.

2.2 Objetivos específicos

• Realizar um levantamento da presença de criadouros potenciais para o Aedes aegypti e


Aedes albopictus em diferentes áreas do município de Picos;

• Investigar os fatores ambientais e socioeconômicos que influenciam na proliferação e


distribuição dos mosquitos do gênero Aedes na região de Picos, Piauí;

• Avaliar a prevalência de doenças transmitidas por Aedes, como dengue, zika e chikungunya,
e sua distribuição geográfica dentro do município;

• Identificar medidas de controle e prevenção eficazes para reduzir a incidência de doenças


transmitidas por Aedes em Picos, Piauí, com base nos resultados epidemiológicos obtidos.
3 REFERENCIAL TEÓRICO

3. 1 Vetores de arboviroses

Os principais transmissores do DENV são os mosquitos do gênero Aedes, pertencentes


à família Culicidae subfamília Culicinae, sobretudo o Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) e
Aedes albopictus (Skuse, 1894) (Consoli; Oliveira, 1994). O Aedes aegypti é originário do
continente Africano e, provavelmente, chegou nas Américas no processo de colonização,
século XVI, período de intenso tráfego de navios negreiros (Forattini, 2002). É generalizado
nas Américas como o principal vetor do vírus da dengue, sendo o mais distribuído no Brasil
(Vega-Rua et al., 2014; Scapr, 2016). No Brasil, o Aedes aegypti é encontrado principalmente
nos locais de maior concentração humana.

Os Arbovírus (Arthropod-borne virus), recebem a referida designação pelo fato de


parte de seu ciclo de replicação ocorrer em artrópodes, sendo transmitidos aos seres humanos
e outros animais pela picada de insetos vetores, hematófagos. (RUST, 2012; LOPES;
NOZAWA; LINHARES, 2014). Os mosquitos do gênero Aedes são vetores causadores de
quatro arbovírus principais, a título de exemplo, vírus da dengue, vírus Chikungunya, vírus da
febre amarela e vírus Zika, que causam detrimento à saúde de todo o mundo. Por muitos anos,
esses vetores e vírus foram endêmicos e restritos a determinadas regiões, mas agora estão se
espalhando para novas áreas tropicais, subtropicais e temperadas, expandindo assim a
cobertura global, uma situação que pode escalar epidemias de grande escala (KRAEMER et
al. 2015).

3.2 Arboviroses

Os arbovírus (ARthropod BOrne VIRUS) têm sido motivo de grande preocupação em


saúde pública em todo o mundo. Esse conjunto é composto por centenas de vírus que
compartilham a característica de serem transmitidos por artrópodes, em sua maioria
mosquitos hematófagos, embora não tenham necessariamente relação filogenética. Os vírus
mais importantes para a saúde humana são os transmitidos por culicídeos, principalmente dos
gêneros Culex e Aedes, embora existam arbovírus transmitidos por outros artrópodes, como
flebotomíneos e também em carrapatos (Weaver SC, Reisen WK; 2009).

A maior parte dos arbovírus pertence aos gêneros Alphavirus (família Togaviridae) e
Flavivirus (família Flaviviridae); outros membros de importância para a saúde humana são
das famílias Bunyaviridae, Reoviridae e Rhabdoviridae. O vírus do Nilo Ocidental (WNV)
pode causar epidemias em áreas urbanas, como ocorre nos Estados Unidos. É transmitido por
mosquitos do gênero Culex e tem as aves como principais reservatórios. Alguns vírus
perderam a exigência de amplificação enzoótica e produzem epidemias urbanas tendo
exclusivamente o homem como amplificador vertebrado. É o caso dos vírus da Dengue
(DENV), Chikungunya (CHIKV) e, mais recentemente, Zika (ZIKV) (Weaver SC, Reisen
WK; 2009).

O ZIKV, identificado pela primeira vez em Uganda em 1947, teve o primeiro surto
documentado apenas em 2007 na Micronésia e, desde então, ampliou-se a área de transmissão
em ilhas do Oceano Pacífico, com destaque para uma grande epidemia na Polinésia em
outubro de 2013 (Duffy MR, Chen TH, Hancock WT, Powers AM, Kool JL, Lanciotti RS
2016, et al, Roth A, Mercier A, Lepers C, Hoy D, Duituturaga S, Benyon E, 2010). A partir
de abril de 2015, foi confirmada transmissão autóctone de ZIKV na Bahia1 e, em seguida, no
Rio Grande do Norte, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em outros estados,
com pacientes apresentando quadro clínico de febre exantemáticaa. Nos meses seguintes, a
transmissão de ZIKV foi confirmada em vários países das Américas – Colômbia, em outubro;
Guatemala, El Salvador e Suriname, em novembro; Honduras, Panamá, Venezuela, México e
Paraguai, em dezembro–, nos quais a transmissão provavelmente esteve associada ao vetor A.
aegypti. Mudanças genéticas entre linhagens virais permitiram melhor adaptação ao vetor e à
transmissão humana (Freire CCM, Iamarino A, Lima Neto DF, Sall AA, Zanotto PMA. 2015)

O CHIKV, que iniciou expansão pandêmica a partir de 2004. Uma mutação ocorrida
em uma linhagem africana do CHIKV permitiu boa adaptação ao vetor A. albopictus por meio
de alteração em uma proteína do envelope viral E1 (E1-A226V), que foi seguida de outros
passos adaptativos. Aumentou a habilidade de o CHIKV infectá-lo e disseminar-se naquele
vetor, espécie abundante nas ilhas do Oceano Índico e em outras regiões da Ásia (Coffey LL,
Forrester N, Tsetsarkin K, Vasilakis N, Weaver SC, 2013). Essa adaptação favoreceu a
expansão da virose em áreas urbanas e periurbanas naquele continente e aumentou o risco de
epidemias em outras regiões tropicais, subtropicais e mesmo temperadas, como Europa
(Tsetsarkin KA, Vanlandingham DL, McGee CE, Higgs S, 2007). A transmissão autóctone de
uma linhagem asiática de CHIKV sem essas mutações foi registrada no Caribe a partir do
final de 2013 (Lanciotti RS, Valadere AM, 2013).

A dengue, após sua reemergência em contexto de grandes epidemias,


hiperendemicidade e cocirculação de vários sorotipos, também tem sido associada ao aumento
de casos graves em várias partes do mundo (Halstead SB, 2014). Carcaterizada como uma
doença de infecção viral aguda de quadro febril, com complicações potencialmente fatais. As
primeiras epidemias de dengue clinicamente reconhecidas ocorreram na década de 1780, nos
continentes, Asiático, Africano e Americano (GUPTA et al., 2012; RODRIGUEZ-ROCHE;
GOULD, 2013). A dengue é endêmica em mais de 100 países, abrangendo o sudeste da Ásia,
no Pacifico Ocidental, na América Central e do Sul, no caribe e na África. Estudos estimam
que cerca 2,5 bilhões de pessoas vivem nessas áreas, com a ocorrência de 50 a 100 milhões de
casos por ano e cerca de 22.000 mortes, principalmente de crianças (GUPTA et al., 2012;
RODRIGUEZ ROCHE; GOULD, 2013).

3.3 Vigilância Entomológica

Originalmente, o Dengue vírus circulava e era mantido em ciclos de transmissão


silvestres, envolvendo primatas inferiores e mosquitos Aedes, na Ásia e na África (Gubler,
1998). No entanto, a doença se estabeleceu em centros urbanos das regiões tropicais, em um
ciclo que envolve o homem – A. aegypti – homem. Hoje, a transmissão urbana do Dengue
virus tornou-se um grave problema de saúde pública (Gubler, 2002).

A Prefeitura de Picos, através da Vigilância Epidemiológica, registrou um aumento no


número de Chikungunya e a diminuição nos casos de dengue em Picos. O município, até o
momento, totaliza 13 casos de dengue, e 28 casos de Chikungunya notificados, no ano de
2022. Sob esse viés, à elevada prevalência de arboviroses no município de Picos, localizado
no estado do Piauí, a vigilância epidemiológica emerge como uma ferramenta crucial no
enfrentamento das doenças transmitidas por vetores. Isso se deve à ausência de tratamento
preventivo ou curativo para essas enfermidades, enquanto as medidas de combate se limitam à
eliminação do mosquito vetor.
No mundo, cerca de 3,5 bilhões de pessoas, metade da população mundial, estão sob o
risco de infecção pelo Dengue virus. Aproximadamente 50-100 milhões de pessoas são
infectadas anualmente, incluindo mais de 500.000 casos potencialmente letais de febre
hemorrágica da dengue e síndrome do choque da dengue. Isto ocorre principalmente em
países tropicais, onde as condições climáticas (temperatura e umidade) são favoráveis à
proliferação do mosquito vetor (Tauil, 2002; Halstead, 2007; Kyle & Harris, 2008). A dengue
é uma infecção reemergente e vem preocupando as autoridades sanitárias de todo o mundo em
virtude de sua circulação nos cinco continentes e de seu grande potencial para causar as
formas graves e letais da doença (Halstead, 1997). Portanto, o monitoramento de vetores de
arboviroses faz-se essencial para prevenção de epidemias.

Neste sentido, a vigilância entomológica trabalha com o conceito de risco


considerando à presença, distribuição e abundância dos vetores como parâmetros
fundamentais para o controle da doença (Gomes, 1998). Sendo assim, a vigilância
entomológica possibilita a identificação da presença ou ausência de um vetor em determinada
área, para que assim possamos desenvolver atividades que permitam a prevenção de tais
eventos.

3.4 Tratamento, Prevenção e Controle Vetorial

Embora o registro de casos de dengue, nas Américas, seja do século XIX, e no Brasil,
nos anos 1980, ainda não existe uma vacina para prevenir a doença, disponível na rede
pública de saúde brasileira ou em outros países, o que tornava a ideia de uma vacina contra a
dengue em uma realidade distante, entretanto, duas vacinas tiveram registro na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), uma em 2015 e outra, recentemente em 2023.
Dentre as imunizantes aprovada no Brasil, a Dengvaxia, desenvolvida pelo laboratório
farmacêutico Sanofi Pasteur, é uma vacina tetravalente da dengue quimérica (CYD-TDV). Foi
licenciada no México, Filipinas, El Salvador, Brasil e Paraguai, sendo submetido para
licenciamento em outros países endêmicos da dengue (VANNICE.; DURBIN; HOMBACH,
2016). A vacina foi aprovada em 2015 pela Anvisa, para uso em indivíduos de 9 a 45 anos,
residentes em áreas endêmicas, com três doses administradas no esquema 0/6/12 meses (LIM
et al., 2016).
A Qdenga, do laboratório japonês Takeda Pharmaceutical Company, é uma vacina do
vírus da dengue atenuado e tetravalente contra a dengue. Na avaliação clínica da vacina foi
demonstrada uma eficácia da Qdenga de 80,2% contra a dengue causada por qualquer
sorotipo em indivíduos de 4 a 60 anos. Foi aprovada no Brasil em 2023, tornando-se a única
vacina contra a dengue aprovada no país para utilização em indivíduos sem necessidade de
teste pré-vacinação (Brasil, 2023).

A vacinação juntamente a medidas de controle de vetores são forma eficiente de


combate a disseminação de epidemias. Os órgãos públicos fornecem campanhas com o
objetivo conscientizar a população para evitar o acúmulo de reservatórios propícios para o
desenvolvimento do vetor, porém essas ações não se mostram eficientes (Coneglian, 2012;
Mafra; Antunes, 2015).

Segundo Braga e Valle (2007), o monitoramento de larvas é importante para verificar


o impacto das estratégias básicas de controle da doença, dirigidas à eliminação do vetor, o que
torna evidente a importância do monitoramento de vetores, principalmente por órgãos
públicos, que irão medir a infestação de vetores e consequentemente buscar por meios de
combate e prevenção.

3.5 Monitoramento Entomológico

3.6 Utilização de Larvitrampa

4 METODOLOGIA

4.1 Caracterização da área de estudo

A pesquisa foi realizada no município de Picos, na região centro Sul do Piauí, distante
320Km da capital Teresina. Possui uma área de 677,304 Km2, com uma população de
aproximadamente 76.748 mil habitantes (IBGE, 2016). O município conta com um total de 27
bairros na zona urbana e 28 localidades se encontram na zona na zona rural (MBI, 2017).
Com clima tropical, semiárido quente e seco, com duas estações bem definidas (seca e
chuvosa), possui limites com os municípios de Santana do Piauí e Sussuapara ao Norte, ao
Sul com Itainópolis, a oeste com Dom Expedito Lopes e Paquetá, a Leste com Sussuapara e
Geminiano (AGUIAR; GOMES, 2014).
O Campus Senador Helvídio Nunes de Barros da Universidade Federal do Piauí
(CSHNB/UFPI), localizada no município de Picos-PI conta com 11 cursos, são eles:
Licenciaturas em Pedagogia, Letras, História, Matemática, Ciências Biológicas e Educação do
Campo e os Bacharelados em Nutrição, Enfermagem, Medicina, Administração e Sistemas de
Informação.

5 RESULTADOS ESPERADOS

Resultados esperados da sua pesquisa.

Estimar a repercussão e/ou impactos socioeconômicos, técnico-científicos, esperados na


solução do problema apontado na pesquisa.
6 CRONOGRAMA
Permite verificar se o(a) pesquisador(a) tem conhecimento consistente acerca das
diferentes etapas que deverá percorrer para executar a pesquisa que planejou, e do período que
deverá despender, ao fazê-lo. Pode ser apresentado em um quadro como o exemplo abaixo:
JA
ATIVIDADES SET OUT NOV FEV
N

Obs: Cada pesquisa faz e preenche seu cronograma adequando as suas necessidades
REFERÊNCIAS

CAMARA, T. N. L. Arboviroses emergentes e novos desafios para a saúde pública no Brasil. Revista de
Saúde Pública, São Paulo, , v. 50, p. 1-7, 2016.

CLETON, N.; KOOPMANS, M.; REIMERINK, J.; GODEKE, G. J.; REUSKEN, C. Come fly whit me: Review of
clinically important arbovirus for global travelers. Journal of Clinical Virology, São Paulo, v.55, 2012.

COELHO, G. E. Challenges in the control of Aedes aegypti. Rev Inst Med Trop, São Paulo, v. 54, n. 18,
p. 13, 2012.
Coffey LL, Forrester N, Tsetsarkin K, Vasilakis N, Weaver SC. Factors shaping the adaptive
landscape for arboviruses: implications for the emergence of disease. Future Microbiol.
2013;8(2):155-76. https://doi.org/10.2217/fmb.12.139.

CONSOLI, R. A. G. B.; OLIVEIRA, R. L. de. Principais Mosquitos de Importância Sanitária no Brasil. Rio
de Janeiro: Editora Fiocruz, 1998. 224p.

CONSOLI, R. A. G. B; OLIVEIRA, R. L. Principais mosquitos de importância sanitária no Brasil. Rio de


Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 1994.

Duffy MR, Chen TH, Hancock WT, Powers AM, Kool JL, Lanciotti RS, et al. Zika virus
outbreak on Yap Island, Federated States of Micronesia. N Engl J Med. 2009;360(24):2536-
43. https://doi.org/10.1056/NEJMoa0805715

FORATTINI, O. P. Culicidologia médica: Identifição, biologia e epidemiologia. São Paulo:


Editora da Universidade de São Paulo, 2002.

FORATTINI, O. P. Culicidologia médica: Identifição, biologia e epidemiologia. São Paulo: Editora da


Universidade de São Paulo, 2002.

Freire CCM, Iamarino A, Lima Neto DF, Sall AA, Zanotto PMA. Spread of the pandemic
Zika virus lineage is associated with NS1 codon usage adaptation in humans. bioRxiv. 2015.
https://doi.org/10.1101/032839.

Halstead SB. Dengue antibody-dependent enhancement: knowns and unknowns. Microbiol


Spectr. 2014;2(6):1-17. https://doi.org/10.1128/microbiolspec.

Lanciotti RS, Valadere AM. Transcontinental movement of Asian genotype chikungunya


virus. Emerg Infect Dis. 2014;20(8):1400-2. https://doi.org/10.3201/eid2008.140268

LOK, C. K. Singapore’s dengue hemorrhagic fever control programme: a case study on the
successful control of Aedes aegypti and Aedes albopictus using mainly environmental
measures as part of integrated vector control. Journal of National University of Singapore,
Singapore, v. 928, p.1-37, 1985.

LOPES, N.; NOZAWA, C.; LINHARES, R. E. C. Características gerais e epidemiologia dos arbovírus
emergentes no Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, Belém ,v. 5, p. 55-64, 2014.

LOPES, N.; NOZAWA, C.; LINHARES, R. E. C. Características gerais e epidemiologia dos arbovírus
emergentes no Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, Belém ,v. 5, p. 55-64, 2014.

NORRIS, D. E. Mosquito-borne Diseases as a Consequence of Land Use Change. Journal EcoHeath,


Baltimore,v. 1, p. 19-24, 2004.

Roth A, Mercier A, Lepers C, Hoy D, Duituturaga S, Benyon E, et al. Concurrent outbreaks


of dengue, chikungunya and Zika virus infections: an unprecedented epidemic wave of
mosquito-borne viruses in the Pacific 2012-2014. Euro Surveill. 2014[citado 2016 dez
1];19(41). Disponível em: http://www.eurosurveillance.org/ViewArticle.aspx?
ArticleId=20929
RUST, R. S. M. A. Human Arboviral Encephalitis. Journal Elsevier, Charlottesville, v. 19, p. 130-151,
2012.

TAIPE-LAGOS, Carmen Beatriz; NATAL, Delsio. Abundância de culicídeos em área metropolitana


preservada e suas implicações epidemiológicas. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 37, n. 3, p. 275-279,
June 2003 . Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/BBHJMX9pKBrpPVLqHJQTFJP/?lang=pt.
Acesso em 12. De janeiro de 2023.

Tsetsarkin KA, Vanlandingham DL, McGee CE, Higgs S. A single mutation in chikungunya
virus affects vector specificity and epidemic potential. PLoS Pathog. 2007;3(12):e201.
https://doi.org/10.1371/journal.ppat.0030201.

VASCONCELOS, R. S.; KOVALESQI, D. F.; TESSER-JÚNIOR, Z. C. Doenças negligenciadas: revisão da


literatura sobre as intervenções propostas. Sau. & Tranf. Soc, 6, 114-131, 2016.

Weaver SC, Reisen WK. Present and future arboviral threats. Antiviral Res. 2010;85(2):328-
45. https://doi.org/10.1016/j.antiviral.2009.10.008.

GUPTA, N.; SRIVASTAVA, S.; JAIN, A.; CHATURVEDI, U.C. Dengue in India. The Indian Journal of
Medcal Research. Índia, v.136, n.3, p.373-390, 2012.

RODRIGUEZ-ROCHE, R.; GOULD, E.A. Understanding the dengue viruses and progress towards their
control. BioMed Research International, v.2013, p.1-20, mai. 2013

GUBLER, D.J. Epidemic dengue/dengue hemorrhagic fever as a public health, social and economic
problem in the 21st century. Tren Micro 100-103, 2002.

Tauil PL. Urbanização e ecologia do dengue. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro. 2001; 17 (Supl): 99-
102.

Halstead, S. B. Epidemiology of dengue and dengue hemorrhagic fever In: Gubler DJ, Kuno G, editors.
Dengue and dengue hemorrhagic fever. New York: CAB International; 1997. p. 23-44.

Halstead, S. B. Dengue. Lancet. London. 2007; 307: 1644-1652.

Kyle JL, Harris E. Global spread and persistence of dengue. Annu. Rev. Microbiol. Palo Alto. 2008; 62:
71-92.
GOMES, A. C.; Medidas dos níveis de infestação urbana para Aedes (stegomya) aegypti e Aedes
(stegomya) albopictus em programa de vigilância entomológica. Informe Epidemiológico, Brasília, v.
7, p. 49-57, 1998.

VANNICE, Kirsten S.; DURBIN, Anna; HOMBACH, Joachim. Status of vaccine research and
development of vaccines for dengue. Vaccine, v. 34, n. 26, p. 2934-2938, 2016.

LIM, Sl-Ki et al. Prospects for dengue vaccines for travelers. Clinical and experimental vaccine
research, v. 5, n. 2, p. 89-100, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Anvisa aprova nova vacina para a dengue: a vacina Qdenga, da empresa
Takeda, está indicada para uso entre 4 e 60 anos de idade. Brasília (DF), 2023.

CONEGLIAN, A. R.; MATTIA, P. C. M.; RODOLPHO, T. M.; FRANÇA, J. G. ; MONKOLSKI, A. Incidência de


dengue no município de Barbosa Ferraz, Paraná, Brasil. SaBios: Rev. Saúde e Biol, v.7, n.1, p.6-12,
jan./abr., 2012.

MAFRA R.L.M.; ANTUNES, E. Comunicação, estratégias e controle da dengue: a compreensão de um


cenário público de experienciação. Saúde e Sociedade, São Paulo, v.24, n.3, p.977-990, jul./set. 2015.

BRAGA, I. A.; VALLE, D. Aedes aegypti: vigilância, monitoramento da resistência e alternativas de


controle no Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v.16, n.4, p.295-302, 2007.

AGUIAR, R.B.; GOMES, J. R. C. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea,
estado do Piauí. Fortaleza: CPRM. Ceará, n. 8, p. 1, 2004.

KRAEMER, Moritz et al. The global distribution of the arbovirus vectors Aedes
aegypti and Ae. albopictus Elife, v. 4, n. e08347, jun. 2015.
MENEZES, Maíra. Conscientização sobre o Aedes para prevenir dengue, Zika e chikungunya.
Instituto Oswaldo Cruz, 2023. Disponível em: https://www.ioc.fiocruz.br/noticias/conscientizacao-
sobre-o-aedes-para-prevenir-dengue-zika-e-chikungunya. Acesso em: 15 de dezembro de 2023.

VASCONCELOS, Jackelany. Vigilância Epidemiológica de Picos registra 28 casos de chikungunya e


13 de Dengue em 2022. Picos Prefeitura, 2022. Disponível em:
https://www2.picos.pi.gov.br/secretarias/saude/vigilancia-epidemiologica-de-picos-registra-28-
casos-de-chikungunya-e-13-de-dengue-em-2022/. Acesso em: 15 de dezembro de 2023.

Você também pode gostar