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Ecologia
Ecologia
Ana Neri da Paz Justino
Ecologia
Natal/RN
2014
presidente
PROF. PAULO DE PAULA
diretor geral
PROF. EDUARDO BENEVIDES
diretora acadêmica
PROFA. LEIDEANA BACURAU
FICHA TÉCNICA
projeto gráfico
ADAUTO HARLEY SILVA
diagramação
MAURIFRAN GALVÃO
ilustração
RAFAEL EUFRÁSIO DE OLIVEIRA
ISBN 978-85-68100-38-7
Inclui referências
O material didático do Sistema de Aprendizado itb propõe ao aluno uma linguagem objetiva, sim-
ples e interativa. Deseja “conversar” diretamente, dialogar e interagir, garantir o suporte para o es-
tudante percorrer os passos necessários a sua aprendizagem. Os ícones são disponibilizados como
ferramentas de apoio que direcionam o foco, identificando o tipo de atividade ou material de estudo.
Observe-os na descrição a seguir:
Curiosidade – Texto para além da aula, explorando um assunto abordado. São pitadas de conheci-
mento a mais que o professor pode proporcionar ao aluno.
Importante! – Destaque dado a uma parte do conteúdo ou a um conceito estudado, que seja con-
siderado muito relevante.
Querendo mais – Indicação de uma leitura fora do material de estudo. Vem ao final da competência,
antes do resumo.
Vocabulário – Texto explicativo, normalmente curto, sobre novos termos que são apresentados no
decorrer do estudo.
Você conhece? – Foto e biografia de uma personalidade conhecida pelas suas obras relacionadas
ao objeto de estudo.
Atividade – Resumo do conteúdo praticado na competência em forma de exercício. Pode ser apre-
sentado ao final ou ao longo do texto.
Mídias – Contém material de estudo auxiliar e sugestões de filmes, entrevistas, artigos, podcast e
outros, podendo ser de diversas mídias: vídeo, áudio, texto, nuvem.
Diálogos – Convite para discussão de assunto pelo chat do ambiente virtual ou redes sociais.
Sumário
Apresentação institucional 11
Palavra do professor autor 13
Apresentação das competências 15
Competência 01
Caracterizar o conceito de Ecologia 19
Conceito de Ecologia 19
Ecologia moderna: Ecologia da conservação 22
O Ecologismo como matéria da Ecologia 24
Resumo 27
Autoavaliação 27
Competência 02
Identificar os elementos que compõem os sistemas e os ecossistemas 33
Fatores bióticos e abióticos 33
Níveis de organização e classificação taxonômica: noção e exemplos de
ecossistemas 36
Resumo 39
Autoavaliação 40
Competência 03
Classificar os elementos interdependentes na estabilidade dos ecossistemas 45
Níveis tróficos 45
Dinâmica de populações 48
Estrutura de comunidades 50
Resumo 52
Autoavaliação 52
Competência 04
Distinguir os fatores interdependentes na estabilidade dos ecossistemas 57
Fluxos de energia 57
Noção de Ecótono 59
O ecossistema urbano 61
Resumo 64
Autoavaliação 65
Competência 05
Adotar uma visão holística na análise de processos socioeconômico-ambientais 69
Sucessões ecológicas 69
Biodiversidade 71
Efeito de borda 71
Resumo 74
Autoavaliação 75
Competência 06
Caracterizar efeitos negativos a partir de intervenções ambientais mal planejadas 81
Sobre-explotação dos recursos 81
Desmatamento e extinção de espécies 83
Magnificação Trófica 86
Bioinvasão 88
Resumo 90
Autoavaliação 90
Competência 07
Distinguir biomas brasileiros: Floresta Amazônica, Caatinga e Cerrado 95
Floresta Amazônica 96
Caatinga 98
Cerrado 100
Resumo 103
Autoavaliação 103
Competência 08
Distinguir biomas brasileiros Mata Atlântica, Pampa, Pantanal e Bioma Marinho 109
Mata Atlântica 110
Pampa 111
Pantanal 113
Bioma Marinho 115
Resumo 118
Autoavaliação 118
Referências 121
Conheça o autor 122
Apresentação institucional
O Instituto Tecnológico Brasileiro (itb) foi construído a partir do sonho de educadores e
empreendedores reconhecidos no cenário educacional pelas suas contribuições no desen-
volvimento econômico e social dos Estados em que atuaram, em prol de uma educação de
Ecologia
qualidade nos níveis básico e superior, nas modalidades presencial e a distância.
Esta experiência volta-se para a educação profissional, sensível ao cenário de desen-
volvimento econômico nacional, que necessita de pessoas devidamente qualificadas para 11
ocuparem vagas de trabalho e garantirem suporte ao contínuo crescimento do setor pro-
dutivo da nação.
O Sistema itb de Aprendizado Profissional privilegia o desenvolvimento do estudante a
partir de competências profissionais requeridas pelo mundo do trabalho. Está direcionado
a você, interessado na construção de uma formação técnica que lhe proporcione rapida-
mente concorrer aos crescentes postos de trabalho.
No Sistema itb de Aprendizado Profissional o estudante encontra uma linguagem clara
e objetiva, presente no livro didático, nos slides de aula, no Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem e nas videoaulas. Neste material didático, um verdadeiro diálogo estimula a leitura, o
projeto gráfico permite um estudo com leveza e a iconografia utilizada lembra as modernas
comunicações das redes sociais, tão acessadas nos dias atuais.
O itb pretende estar com você neste novo percurso de qualificação profissional, con-
tribuindo decisivamente para a ampliação de sua empregabilidade. Por fim, navegue no
Sistema itb: um estudo prazeroso, prático, interativo e eficiente o conduzirá a um posicio-
namento profissional diferenciado, permitindo-lhe uma atuação cidadã que contribua para
o seu desenvolvimento pessoal e do seu país.
Palavra do professor autor
Olá! Nosso estudo sobre Ecologia tem o objetivo de torná-lo capaz de contextualizar
as interações dos seres vivos com o meio ambiente, relacionando-as com a sua prática
profissional. Para que isto seja possível, nosso diálogo será permeado por situações que
Ecologia
permitam que você construa uma visão ampliada e aplicada das temáticas envolvidas nos
conhecimentos relativos à Ecologia. Além disso, a visão que será construída ao longo deste
estudo nos permitirá sair do senso comum e enxergar a real relação existente entre a Eco- 13
logia e o nosso cotidiano.
Para que alcancemos o nosso objetivo, veremos bases tecnológicas que nos deem o
entendimento sobre Ecologia, seu significado e sua prática, ou seja, como ocorrem as
interações entre os seres vivos e como devemos zelar para que as nossas intervenções
causem o mínimo possível de impacto ao ambiente que nos cerca.
Espero que seja prazeroso e enriquecedor construir esses conhecimentos sobre Ecolo-
gia e que, de fato, você consiga colocar em prática todas as informações aqui tratadas. Um
forte abraço!
Ecologia
14
Apresentação das competências
Você sabia que, no cotidiano das atividades do técnico em meio ambiente, é necessário
o desempenho de ações que visem à preservação do meio ambiente? Imagine que você
já está atuando em uma empresa de construção civil e o seu superior imediato necessita
Ecologia
do seu apoio para a elaboração de um projeto de intervenção em uma região estuarina.
Para realizar esta atividade, serão necessários conhecimentos sobre Ecologia. Assim, com
a construção que aqui faremos, você terá mais subsídios para auxiliar o seu superior a 15
identificar as intervenções ambientais, analisar suas consequências e operacionalizar a
execução de ações para preservação, conservação, otimização, minimização e remediação
dos seus efeitos.
Para realizar uma intervenção em uma área estuarina você precisa ter, por exemplo,
conhecimentos sobre o ecossistema manguezal e as interações que ocorrem neste am-
biente. Portanto, a partir do que será tratado no nosso estudo, você será capaz de apoiar
seu superior por meio de uma visão ampliada das relações dos seres vivos entre si e com
o meio ambiente.
Na prática, isso será possível porque, durante o percurso deste estudo, você irá apren-
der o que é um ecossistema, sua composição e como as ações humanas podem gerar
impactos. Você verá, dentre outras coisas, os fatores abióticos e bióticos, bem como as
relações existentes entre estes e o ambiente em que estão inseridos. Incluímos ainda nes-
te caso as intervenções humanas que devem ser realizadas de maneira conciliadora para
manutenção do equilíbrio ambiental.
Nosso livro será composto por oito competências. Em cada uma delas desenvolveremos
um estudo específico que o tornará habilitado a aplicar os princípios fundamentais da Eco-
logia na sua prática pessoal e profissional.
Na primeira e na segunda competências iremos caracterizar os sistemas e os ecossis-
temas, os elementos que os compõem e suas respectivas funções. Para isso, nos debru-
çaremos nas informações relacionadas ao conceito de Ecologia e sua abordagem contem-
porânea, ou seja, a Ecologia da conservação e o Ecologismo. Como forma de visualizarmos
de maneira prática a aplicação dos ensinamentos aqui discutidos, trataremos dos fatores
bióticos e abióticos, dos níveis de organização e classificação taxonômica, que gerarão –
como consequência – a construção de conhecimentos associados à noção e exemplos de
ecossistema.
Na terceira e na quarta competências vamos correlacionar elementos e fatores
interdependentes na estabilidade dos ecossistemas, avaliando os graus de diversidade
dos seus componentes e os fatores limitantes. Desse modo, vamos aprender sobre as no-
ções de ecótono e de ecossistema urbano. Isso tudo nos trará a base para o conhecimento
a respeito da dinâmica de populações e da estrutura de comunidades, bem como dos
níveis tróficos e fluxos de energia.
Conheceremos ainda mais as especificidades da Ecologia na quinta e na sexta com-
petência, de modo que você possa adotar uma visão holística na análise de processos
Ecologia
Ecologia
ção em que seu apoio seria necessário? Quando você aprender a caracterizar os ecossis-
temas, você terá condições de apresentar ao seu superior elementos para a construção
de um memorial descritivo da área objeto de intervenção. Vamos começar?
19
Conceito de Ecologia
Embora seja um termo bem popular, nem sempre a forma como a palavra “Ecologia”
é usada se mostra a mais coerente com sua utilização no campo da ciência. Isso fica
claro quando, mesmo sem perceber, o ser humano, por meio do conhecimento do senso
comum, compreende e reconhece as relações entre as espécies animais e o ambiente.
Por exemplo: quando o sertanejo sabe que vai chover pelo movimento das formigas, isso
é Ecologia!
Internet
Não imagina essa situação? Você poderá conferir o que estamos falando
neste site: <http://planetasustentavel.abril.com.br/planetinha/natureza/
conteudo_planetinha_479230.shtml>.
Entretanto, como estamos trabalhando na construção do conhecimento, não podemos
limitar nosso entendimento apenas ao senso comum. Para tanto, vamos conhecer como
surgiu a ciência designada por este termo que ora estamos estudando: a Ecologia.
A Ecologia nasceu no século XIX quando um biólogo alemão chamado Ernst Hae-
ckel nominou o estudo das relações dos seres vivos entre si com o meio ambien-
te. O termo deriva da junção de duas palavras gregas oikos = casa + logos = ciên-
cia, cujo significado pode ser definido como o “estudo da casa” (FAJARDO, 2003).
Do ponto de vista histórico, podemos dizer que a Ecologia ainda se encontra no período
de firmação enquanto ciência, pois, como vimos, ela começa a ser definida somente no
século XIX, mais precisamente em 1866 (FAJARDO, 2003). Convém destacar que, mesmo
com uma curta história, este campo científico tem trazido consideráveis contribuições para
o conhecimento das relações existentes na natureza.
Vale ainda considerar que alguns cientistas daquela época se destacaram por colabo-
Ecologia
rarem com o entendimento que temos da Ecologia no contexto contemporâneo. São eles:
Charles Darwin, Thomas Malthus, Alexander von Humboldt, Augustin Pyrame de Candolle,
20 Adolf Engler e John Edward Gray. Dou-lhe uma dica: que tal pesquisar um pouco sobre cada
um deles? Sempre procure se inspirar em pessoas brilhantes!
Você conhece?
Um dos mais famosos cientistas na área da Eco-
logia é o naturalista britânico Charles Darwin
(1809-1882), criador da teoria da evolução natu-
ral. Segundo ele, tal processo acontece através da
seleção natural. Darwin pesquisou durante 4 anos
os fósseis, através de amostras geológicas, e ob-
servou espécies diversas de animais e vegetais nas
Ilhas Galápagos, localizadas na América do Sul. Ele percebeu di-
ferenças em um mesmo animal que vivia em diferentes lugares.
Isso era evidente também em animais de épocas distantes, o que
foi notado através dos fósseis (Fonte: <http://www.e-biografias.net/char-
les_darwin/>. Acesso em: 21 out. 2014.).
Em suma, podemos dizer que a Ecologia pode ser considerada a ciência da sobrevivên-
cia, tendo como principais estudiosos de suas características no contexto contemporâneo
os americanos Eugene Odum e Robert Ricklefs.
Ecologia
21
Atividade 01
Realize uma pesquisa sobre a biografia e a literatura produzida por Eu-
gene Odum e Robert Ricklefs, de modo que possamos verificar qual foi a
contribuição desses dois estudiosos para a construção do conhecimento
sobre a Ecologia. Para fins de validar e avaliar sua produção, socialize-a
com seus colegas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).
Como você já deve ter descoberto, os estudos desses cientistas conduzem a uma ciên-
cia que se preocupa com a conciliação de interesses, principalmente dos seres humanos
com os demais seres vivos no ambiente por todos habitado. Como dito, conhecer os ele-
mentos relacionados à Ecologia é primordial para o exercício de qualquer profissão atre-
lada aos saber ambiental. Uma questão que merece destaque neste momento é que tal
ciência, assim como qualquer outra, traz consigo termos técnicos peculiares. Neste caso,
para sua análise, será pertinente o enriquecimento do vocabulário técnico, fator que va-
mos trabalhar ao longo dos nossos estudos.
Ecologia moderna: Ecologia da conservação
A definição de Ecologia defendida no contexto contemporâneo traz consigo a ideia de
uma relação harmônica entre os seres que habitam o planeta Terra – conforme já mencio-
namos na seção anterior. Isso reflete no fato que os estudiosos do século XXI apresentam
a Ecologia contemporânea como a Ecologia da conservação. Na prática, como seria isso?
A prática de uma Ecologia voltada para a conservação se inicia quando se pensa que
não há distância entre duas ciências: a Ecologia e a Economia. Essa lógica de raciocínio
defende que as atividades produtivas devem andar alinhadas com as relações dos seres
vivos entre si e com o meio ambiente.
Diálogos
E você, como se vê diante disso tudo? Parece estranho pensar que de-
vemos, em nosso cotidiano, agir de forma conciliadora e não apropriado-
ra no ambiente em que vivemos? Aproveitando que você já realizou sua
Ecologia
Na verdade, essa é a nossa realidade: uma realidade de busca para um equilíbrio. Este
deve vir à tona junto com um olhar diferenciado para tudo que nos cerca, ou seja, um novo
olhar com relação à vida em suas mais diversas formas e manifestações.
Certo dia, eu estava pensando o quanto sentimos a perda de um ente querido. Nessas
horas, a vida se torna algo tão valoroso para nós, humanos. Mas, será que é só a vida hu-
mana que é importante no planeta Terra? Na nossa casa? Na nossa Gaia?
Curiosidade
A teoria de Gaia foi apresentada à comunidade científica pelo britânico
James Ephraim Lovelock, em 1979. De acordo com a proposição desse
cientista, a Terra se comporta como se estivesse viva. Qualquer coisa viva
pode gozar de boa saúde ou adoecer. Partindo desse raciocínio, devemos
primar pelo zelo com a saúde e o equilíbrio da nossa casa, o planeta
Terra. Você também sabia que a palavra gaia é de origem grega? Ela se
refere à personificação de yaia, a deusa da Terra na mitologia grega, ou
seja, a mãe de todas as coisas.
Ecologia
Figura 1 – Gaia
Fonte: <http://3.bp.blogspot.com/-22ptAiwWd54/TtpRoFLu4DI/AAAAAAAAATE/rrlzUIMLgZw/s320/gaia.png>.
Acesso em: 20 set. 2014.
23
É fato: o ser humano, pela sua capacidade transformadora, coloca-se numa posição
dominante nas relações dos seres vivos com o meio ambiente. Logo, os conhecimentos
relacionados à Ecologia são importantes, pois fazem com que tenhamos noção da propor-
ção de nossas intervenções. Essa afirmativa se explica, por exemplo, quando pensamos no
simples fato de manejar areia de um local para outro em função da construção civil.
Colocando a teoria na prática, podemos citar os dados divulgados pelo estudo Econo-
mia de Ecossistemas e Biodiversidade, encomendado pela Organização das Nações Uni-
das (ONU) ao economista indiano Pavan Sukhdev.
Internet
A ONU é uma organização internacional formada por países que se reuni-
ram voluntariamente para trabalhar pela paz e pelo desenvolvimento mun-
dial. Você pode conhecer um pouco mais do trabalho da ONU no Brasil
acessando: <http://www.onu.org.br/>.
Dentre as afirmativas apresentadas no estudo de Sukhdev, apresentamos a seguinte
reflexão: se a Mãe Natureza emitisse faturas, cobrando pelos serviços ambientais que usa-
mos diariamente, o mundo teria, todos os anos, contas de trilhões de dólares para acertar
com ela! Apenas o serviço de polinização prestado pelas abelhas vale em torno de US$
Polinização: é 190 bilhões (SPITZCOVSKY, 2013).
o transporte do
pólen de uma flor Ainda utilizando a areia como forma de exemplificar a necessidade de cautela humana
para outra, ou
com a condução dos processos no ambiente, podemos mencionar o cuidado que alguns
para o seu próprio
estigma. É por meio povos asiáticos tem na construção civil. Eles peneiram a areia para eliminar a possibilidade
desse processo
de matar algum ancestral que voltou ao mundo, como uma minhoca, por exemplo.
que as flores se re-
produzem, gerando
Retomando a ideia de aproximação entre Ecologia e Economia, para uma Ecologia da
frutos.
conservação é importante esclarecer que a palavra “Economia”, assim como “Ecologia”,
deriva da raiz grega oikos. Partindo do princípio que “nomia” significa manejo, gerencia-
mento, e que a lógica da Ecologia é estudar as relações dos seres vivos entre si e com o
meio ambiente, ambas (Economia e Ecologia) devem realmente ser parceiras.
perguntas simples como “onde estão os organismos? Em quantos indivíduos ocorrem? Por
que eles estão lá?” fazem um bem enorme ao ambiente.
24 Nesta lógica, ainda podemos considerar um provérbio aborígene que diz o seguinte:
Aborígene: os “somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. Estamos só de passagem! Nosso objeti-
nativos de uma
vo é observar, crescer, amar... E depois vamos para casa”.
determinada
região. Neste caso,
Como citado nesta discussão, o importante é pensar em uma Ecologia da conservação
são os aborígenes
australianos, uma que viabilize o conhecimento dos sistemas ecológicos, de modo a contribuir para o manejo
população que,
sustentável destes.
assim como os gru-
pos indígenas aqui
no Brasil, foi vítima
de massacres
pelos colonizadores O Ecologismo como matéria da Ecologia
e discriminada por
parte da população Como temos discutido ao longo do nosso estudo, a Ecologia traz consigo o objetivo de
dita civilizada. manter o equilíbrio entre os seres vivos existentes na Terra. Desse modo, a lógica objetiva
desta área do conhecimento é a busca por um destino comum entre natureza e homem, de
maneira a criar um padrão de relações entre os organismos e seu ambiente. Isso orienta
e determina a nossa forma de estabelecer políticas públicas. Nesse contexto contemporâ-
neo, quando atrelada a decisões políticas, a discussão de Ecologia também é chamada de
Ecologismo.
Internet
Acesse<http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/made/ar ticle/
view/21699/17076> e compreenda a visão do Professor Peter Walker de
como a Ecologia política tem muito a oferecer para ajudar a criar um mun-
do mais justo e sustentável.
Falar e atuar profissionalmente sob o prisma da Ecologia é reconhecer que seu estudo
e sua prática estão atrelados à distribuição e abundância de variadas formas de orga-
nismos. Podemos associar ainda nessa fala que os organismos, objeto de preocupação
da Ecologia, trazem consigo características físicas, químicas e biológicas (BEGON, TOWN-
SEND, HARPER, 2007). Isso significa dizer que, para atuar profissionalmente sob o olhar da
Ecologia, é necessário aos indivíduos às informações de diversas áreas do conhecimento.
Podemos citar como principais áreas: zoologia, botânica, paleontologia, geologia história,
Ecologia
geografia, meteorologia e demografia. Essa gama de conhecimentos é necessária para que
os profissionais dessa área consigam, dentre outras coisas, mensurar o impacto das inter-
venções no meio ambiente de modo que se conheçam as consequências provocadas pela
25
poluição, pelos desmatamentos e pelas obras em geral. Além disso, o profissional que atua
com foco nos conhecimentos da Ecologia também pode conhecer os efeitos provocados à
flora, à fauna e à saúde humana por causa do uso/consumo de produtos químicos, tais
como: fertilizantes e defensivos agrícolas (DIAS, 2005).
Diálogos
Aproveitando a conversa que estamos tendo a respeito da Ecologia, em
que percebemos que a mesma é mais presente em nossas vidas do que
poderíamos imaginar inicialmente, vamos investigar nos catálogos pro-
fissionais os possíveis campos de atuação para profissionais com conhe-
cimentos nesta área? Por fim, vamos levar o resultado da nossa investi-
gação para o fórum de discussão, com o título “Campo de trabalho para
atuar com conhecimentos sobre Ecologia”.
Os elementos aqui tratados demonstram que, embora tenha nascido muito próxima da
Biologia e enquanto ciência ela não tenha muita maturidade, a Ecologia tem conquistado
seu lugar ao sol na sociedade contemporânea. Essa importância demonstra que, aos pou-
cos, a Ecologia vem ganhando força para a conquista de mudanças nas atitudes humanas
para com a natureza, uma vez que os resultados das pesquisas na área têm influenciado
decisões econômicas, políticas e sociais ao redor do mundo.
Percebemos, graças a estas informações, que o pensar/agir à luz dos saberes da Eco-
logia e o reconhecimento da sua importância como ciência podem ser compreendidos de
três formas diferentes: social, natural e da mente. Fajardo (2003, p. 10) explica esta tipo-
logia da seguinte forma:
Importante
A Ecologia social é aquela que se preocupa mais com a presença dos
seres humanos sobre a face da Terra. A natural é mais ligada à Biologia e
Ecologia
O terceiro tipo de Ecologia serve de base para alguns filósofos contemporâneos, como
exemplo, o brasileiro Leonardo Boff.
Você conhece?
Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Cata-
rina, aos 14 de dezembro de 1938. Sua obra é de
reconhecimento internacional e lhe rendeu muitos
títulos – dentre eles, o prêmio Nobel alternativo,
em 2001. Para este estudioso, tudo que existe no
mundo merece cuidado a partir de uma nova ética,
em que todos possam servir de exemplo por meio de valores e ati-
tudes que se fundamentem no cuidado para continuar a existir e a viver.
Você pode conhecer um pouco sobre vida e obra deste filósofo acessando:
<http://www.leonardoboff.com/site/lboff.htm>.
Mídias
Acesse: <http://planetasustentavel.abril.com.br/manual/>. Nesta página,
você pode verificar informações a respeito das ações humanas no ambien-
te de um modo geral. Você pode ainda acessar a versão on-line do Manual
Ecologia
de Etiqueta Sustentável e observar dicas de como ter atitudes mais zelo-
sas com o ambiente.
27
Resumo
Nesta competência, você teve a oportunidade de construir conhecimentos a respeito
do conceito de Ecologia. Nesta construção, percebemos que a Ecologia é uma ciência que
se preocupa com a conciliação de interesses, principalmente dos seres humanos com os
demais seres vivos no ambiente por todos habitado, sendo inclusive considerada a ciência
da sobrevivência.
Isso significa que devemos ter ações moderadas e não soberana no ambiente. Para
isso, é importante conhecer os sistemas ecológicos, a fim de colaborar para o manuseio
sustentável dos mesmos, uma vez que a necessidade e a aptidão transformadora do ser
humano nos coloca numa posição dominante diante de outros seres vivos.
Autoavaliação
1. Observe as assertivas a seguir:
I – Este campo científico tem trazido consideráveis contribuições para o conhecimento das
relações existentes na natureza;
a) II;
b) I e III;
c) I e II;
d) I, II e III.
a) A Ecologia social é aquela que se preocupa com as questões políticas que estão ligadas
a fatores ambientais;
28 b) A Ecologia social é aquela que se preocupa mais com a presença dos seres humanos
sobre a face da Terra;
d) A Ecologia da mente – também chamada de Ecologia profunda – afirma que, para trans-
formar o planeta, é preciso antes mudar nossa mentalidade, para adotarmos uma pos-
tura mais harmoniosa e solidária em relação ao mundo.
I – A Ecologia nasceu no século ________, através dos estudos do biólogo ________ cha-
mado __________;
II – A palavra deriva da ________ de _________ palavras gregas, _______ = casa + ________
= ciência;
III – O significado da palavra ___________ pode ser definido como o ____________ da casa.
a) XIX, alemão, Ernst Haeckel, junção, duas, oikos, logos, Ecologia, estudo;
b) anterior, americano, Albert Einstein, divisão, três, ágape, logos, Ecologismo, percurso;
c) XVI, brasileiro, João Cardoso, soma, duas, logos, oikos, Ecologia, olhar;
d) futuro, japonês, Takeru Ishita, união, duas, oikos, logos, Ecoturismo, caminho.
4. Conhecer o ambiente natural, as características das relações dos organismos uns com
os outros e como estes se relacionam com o que está em sua volta é a área de estudo
da Ecologia do ponto de vista científico.
Ecologia
A esse respeito, assinale verdadeiro ou falso:
a) V, V, V;
b) F, F, F;
c) F, V, F;
d) V, F, V.
Competência
02
Identificar os elementos
que compõem os sistemas e os ecossistemas
Identificar os elementos
que compõem os sistemas e os
ecossistemas
Você já parou para pensar no que são sistemas? Este é um termo comum de várias áre-
as do conhecimento, dentre elas, a Ecologia. Os sistemas são entendidos como a conexão
de elementos com o propósito de formar um todo organizado. Pensando nessa união, po-
demos acrescentar que os ecossistemas são as conexões entre os seres vivos e não vivos
em um determinado lugar.
Desse modo, para continuar nosso estudo, vamos conversar sobre esses dois elemen-
tos fundamentais para o entendimento da Ecologia. Nesta segunda competência, você
conhecerá quais são os fatores bióticos e abióticos (seres vivos e não vivos) de uma região.
Além disso, você estudará os níveis de organização e classificação dos fatores bióticos de
Ecologia
um local e como estes interagem entre si e com os fatores abióticos.
Ah! Além disso, voltando àquele projeto de intervenção que falamos no início, lembra-
-se? Você poderá apresentar ao seu superior aspectos para que o mesmo pense sua inter- 33
venção por sob a ótica da Ecologia da conservação. Vamos lá?
Como vimos, a Ecologia é a ciência que trata do estudo das relações dos seres vivos
entre si e com o meio ambiente. Para melhor compreendermos essa temática, vamos nos
deter um pouco mais no que se entende por componentes abióticos e como estes interfe-
rem nas relações dos componentes bióticos.
Os componentes abióticos não possuem vida. Eles formam o ambiente físico
constituído de fatores químicos e físicos. Assim, a água, o oxigênio, o sol, o solo,
os nutrientes, entre outros, são os componentes não vivos que interagem com os
vivos e formam o ambiente natural como nós conhecemos.
Comumente, escutamos nas escolas, nos veículos de comunicação e até mesmo nos
grupos sociais aos quais pertencemos que a água é fonte de vida. De fato, esta é uma gran-
de verdade. Para ser mais preciso, podemos dizer que a água é um meio básico de vida,
pois a maior parte da Terra é líquida e consegue ser um solvente quase sem comparação,
o que a torna um meio ideal para os sistemas vivos.
Ecologia
34
Ainda falando das características da água, podemos acrescentar que ela conduz calor
e resiste às mudanças de temperatura, além de conter substâncias da atmosfera e/ou de
solos e rochas. Na prática, isso demonstra como é importante conhecer as características
da água de um determinado lugar, para saber, por exemplo, como é a concentração das
partículas de hidrogênio, o pH. Informações como essas são necessárias para medir a qua-
lidade do ambiente em que os seres vivos habitam.
Curiosidade
Você sabia que o pH é a medida da acidez ou alcalinidade encontrados na
água a partir dos íons de hidrogênio e que a escala de pH se estende de
0 (altamente ácido) a 14 (altamente alcalino). Também é importante co-
mentar que o pH da água pura, ou seja, o pH neutro é 7 (RICKLEFS, 2010).
Ainda citamos a energia como fonte de vida para os seres bióticos. A esse respeito, po-
demos colocar que a maior parte da energia vem da luz do sol. As plantas, por exemplo, são
seres vivos que utilizam a energia solar para realizar a fotossíntese. É importante destacar
neste momento que não se pode ir nem tanto ao mar, nem tanto a terra quando falamos Fotossíntese:
processo pelo qual
em luz, energia e calor, ou seja, seus extremos não representam as condições ideais de
a planta sintetiza
sobrevivência. compostos orgâ-
nicos (seu próprio
Ecologia
alimento) a partir
de elementos inor-
gânicos (luz, água
e gás carbônico).
35
Diálogos
Por falar em energia, você já parou para pensar no quanto nós, seres
humanos, também somos dependentes de energia? Pois é! Nós precisa-
mos de energia para a maioria das nossas ações cotidianas. Vamos dar
sequência às discussões no nosso fórum, respondendo a este questiona-
mento com nossas reflexões.
Como referência aos efeitos dos componentes abióticos na interação dos seres vivos,
36
é possível conversarmos sobre a variação no ambiente, motivada pelo clima, água e solo,
alguns inclusive já mencionados na nossa conversa. Assim, aspectos como temperatura;
pH do solo e da água; salinidade; forças físicas de ventos, de ondas e de correntes; polui-
ção ambiental; e mudanças globais (gases industriais, efeito estufa e aquecimento global),
dentre outros, também interferem nas interações entre os seres bióticos.
Ecologia
37
Figura 4 – Desmatamento
Fonte: <http://www.mma.gov.br/media/k2/items/cache/8ab3fb39055c198cdfc4e071e8ba9f85_XL.jpg>.
Acesso em: 20 set. 2014.
Vários podem ser os critérios da organização biótica no ambiente. Estes podem ser:
marinho, de água doce e/ou terrestre. Podemos ainda acrescentar critérios taxonômicos
como as divisões em insetos, crustáceos e plantas. Estas divisões são importantes para
que seja possível compreendermos o objeto de estudo da Ecologia: a natureza. Assim, esta
é uma das maneiras mais eficientes para entendermos o mundo vivo organizado.
Importante
Taxonomia é o ramo da Biologia que cuida de descrever, identificar e clas-
sificar os seres vivos, animais e vegetais. Também é a parte da gramática
que trata de classificação das palavras (Fonte: <http://www.dicionarioin-
formal.com.br/taxonomia/>. Acesso em: 21 out. 2014.).
De uma maneira bem simples, vamos conversar agora sobre o significado das uni-
dades ecológicas, bem como alguns conceitos importantes que precisam ser consi-
derados na elaboração de estudos ambientais. Ao relacionarmos as informações no
quadro a seguir, com as imagens correspondentes, podemos melhor compreender o
que estamos conversando.
38
Ecologia
Ecótono É a região de transição entre duas comunidades ou entre dois
ecossistemas.
Mídias
Acesse <https://www.embrapa.br/meio-ambiente> e veja que a Embrapa
Meio Ambiente disponibiliza os textos publicados em suas séries, boletins
de pesquisa, documentos, comunicado técnico e circular técnica. Faça
buscas nos conteúdos das publicações para localizar temas, assuntos,
autores e outras informações específicas. Além das publicações seriadas,
estão disponíveis alguns títulos de livros interessantes para você!
Resumo
Nesta competência, você teve a oportunidade de perceber que atuar profissionalmente
sob o olhar da Ecologia não é tão simples, pois é necessário conhecimentos de diversas
áreas. Cabe aos profissionais avaliar as consequências dessas intervenções (poluição, des-
matamentos e obras em geral) no meio ambiente.
Para tanto, é pertinente lembrá-lo que as interações no ambiente são provenientes das
associações entre os componentes abióticos (não vivos) e os componentes bióticos (vivos).
Chuvas, temperaturas e solo são exemplos de elementos abióticos, enquanto os micro-
-organismos, vegetais e animais são representantes dos seres bióticos. Na realização de
estudos ambientais é muito importante ao profissional saber como se relacionam seres
bióticos e abióticos. Portanto, é nossa obrigação ter conhecimento e visão ampla destes
elementos, para mensurar com segurança as perturbações de determinada intervenção
humana no ambiente.
Autoavaliação
1. O consumo interno do Brasil e as exportações de soja, carne bovina e outros pro-
dutos primários, provenientes da Amazônia, são responsáveis por mais da metade das
taxas de desmatamento e, consequentemente, das emissões de gases de efeito estufa
registradas (Fonte: <http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/reda-
Ecologia
cao/2013/09/20/mais-de-50-de-emissoes-da-amazonia-sao-geradas-por-demandas-fora-
-do-bioma.htm>. Acesso em: 21 out. 2014.).
40
b) Essa afirmativa chama atenção para a importância de que os profissionais dessa área
consigam, dentre outras coisas, mensurar o impacto das intervenções no meio ambiente;
c) Na sociedade contemporânea, a Ecologia tem pouco espaço para a mudança das atitu-
des humanas com relação à natureza;
d) A Ecologia é muito frágil enquanto ciência e por isso pensar/agir à luz dos seus saberes
torna-se desnecessário no contexto contemporâneo.
a) Porque ela conduz calor e resiste às mudanças de temperatura, além de conter subs-
tâncias da atmosfera e/ou de solos e rochas;
b) Porque ela concentra partículas de hidrogênio, que definem o seu pH, informação ne-
cessárias para medir a qualidade do ambiente em que os seres vivos habitam;
c) Porque ela não possui vida, formando o ambiente físico constituído de fatores químicos
e físicos;
d) Porque ela é um dos componentes vivos que interagem com os seres não vivos e for-
mam o ambiente natural como nós conhecemos.
I – Populações;
II – Espécie;
IV – Comunidades ou Biocenose.
( ) Dois ou mais organismos são considerados da mesma espécie, quando podem se re-
Ecologia
produzir, originando descendentes férteis;
b) IV, III, II e I;
d) II, I, IV e III.
4. Para atuar com o olhar voltado para a conciliação da relação homem e natureza cabe
aos profissionais terem conhecimento sobre os fatores bióticos e abióticos (seres vivos
e não vivos) de uma região, bem como a forma como eles se organizam, sua classifica-
ção e como interagem entre si.
( ) As plantas, por exemplo, são seres vivos que utilizam a energia solar para realizar a
fotossíntese;
a) V, V, V;
Ecologia
b) F, F, F;
c) F, V, F;
42 d) V, F, V.
Competência
Ecologia
03 43
Classificar os elementos
interdependentes na estabilidade dos
ecossistemas
Classificar os elementos
interdependentes na estabilidade
dos ecossistemas
Dando continuidade a nossa jornada rumo ao saber sobre a Ecologia, vamos conversar
sobre elementos e fatores interdependentes na estabilidade dos ecossistemas. Como dis-
semos nas competências 01 e 02, esses conhecimentos são importantes na sua formação
de técnico em meio ambiente para que, no cálculo das intervenções no ambiente, você
consiga minimizar o impacto da ação humana.
É fato que os seres vivos sentem os efeitos das ações humanas sem planejamento.
Um exemplo dessa afirmativa é o estudo publicado pela revista científica “American Che-
mical Society”:
Ecologia
A revista “American Chemical Society” divulgou dados demonstrando a alta taxa
de mortalidade de golfinhos na costa dos Estados Unidos, principalmente na re-
gião do Golfo do México, onde ocorreu o maior vazamento de petróleo da história 45
americana em 2010, mais conhecido como “maré negra de 2010”. O estudo
divulgado à comunidade científica em dezembro de 2013 comparou a saúde na
região do acidente (Louisiana), e outra região que não foi impactada pelo aci-
dente (Flórida). Como principais resultados, o estudo aponta que os golfinhos
da área impactada pelo acidente estão com doenças pulmonares e quantidades
anormais de hormônios, fato quase inexistente na Flórida.
Níveis tróficos
Quando iniciamos nossa conversa sobre ecossistema, observamos que o mesmo é o
conjunto de comunidades interagindo entre si e agindo sobre e/ou sofrendo a ação dos
fatores abióticos. Vimos ainda várias nomenclaturas associadas ao mesmo, de modo a
facilitar o nosso entendimento sobre os termos técnicos.
Desse modo, podemos ainda dizer que um ecossistema é mais que uma unidade
geográfica em uma determinada região. É um sistema com entradas e saídas, sendo
caracterizado como a primeira unidade na hierarquia ecológica. Portanto, conhecer e
caracterizar o ecossistema de uma determinada região é o primeiro passo para interven-
ções sustentáveis.
Atividade 01
Você conhece o ecossistema da região em que reside? Quais são suas ca-
racterísticas? Como ocorrem as interações dos seres bióticos e abióticos?
Como são feitas as intervenções humanas? Que tal realizar uma pesquisa
a esse respeito e socializar junto aos seus colegas no fórum, de modo que
possamos enriquecer nossa conversa de forma prática?
Ecologia
Importante
Nível trófico, também conhecido por nível alimentar, representa o con-
junto biótico (animais e vegetais) que integram o mesmo ecossistema, e
nesse possui semelhantes hábitos alimentares (Fonte: <http://www.bra-
silescola.com/biologia/niveis-troficos.htm>. Acesso em: 21 out. 2014.).
Quando observamos o ecossistema a partir do nível alimentar dos seres bióticos, pode-
mos afirmar que o mesmo se constitui de duas camadas. Vamos conhecê-las?
A primeira é considerada estrato superior, pois é formada por seres que produzem
o seu próprio alimento (os seres autótrofos). Nos ecossistemas, estes seres formam o
chamado “cinturão verde” composto pelas plantas que produzem clorofila.
Já a segunda camada, considerada inferior, é composta pelos seres que não conse-
guem produzir o seu próprio alimento (os seres heterótrofos). Isso significa afirmar que
estes seres se alimentam de outros seres, e no ecossistema formam o “cinturão mar-
rom”, composto pelo solo, sedimentos, matérias e degradação, entre outros (ODUM;
BARRET, 2008).
Ecologia
Figura 7 – Exemplo de seres autótrofos
Fonte: <https://lh3.googleusercontent.com/-yVN- Fonte: <http://3.bp.blogspot.com/_NIzKKp-
j2ycQ67E/UVCln5ZzTyI/AAAAAAAAApk/UxZuMs3rn- cHXHs/TEOX3Y3c6NI/AAAAAAAAANY/iwa-ArVA-
nI/w346-h461/erica-arborea-imagens-de-flores.jpg>. 1gI/s1600/heterotrofo.jpg>.
Acesso em: 20 set. 2014. Acesso em: 20 set. 2014.
47
Podemos ainda dizer que a interação dos componentes autótrofos e heterótrofos é uma
das principais características dos ecossistemas. Além disso, vale também salientar que
nos ecossistemas existem as interações entre as substâncias inorgânicas, compostos or-
gânicos, ambiente de ar, água e substrato, regime climático, produtores, fagótrofos, sapró-
trofos e saprófagos.
Atividade 02
Confuso com esta quantidade de palavras novas? Então vamos realizar
uma pesquisa sobre elas (substâncias inorgânicas, compostos orgânicos,
ambiente de ar, água e substrato, regime climático, produtores, fagótrofos,
saprótrofos e saprófagos) e como são aplicadas no seu exercício profissio-
nal. Lembre-se de compartilhar o seu trabalho no AVA.
Para o exercício da profissão de técnico em meio ambiente, você deve conhecer e apli-
car o vocabulário pertinente à área de atuação. Desse modo, vale ainda frisar como é
importante a realização da atividade proposta neste momento.
Dinâmica de populações
Como vimos na segunda competência, os níveis de organização e classificação taxonô-
mica consistem numa forma mais simples de entender como ocorrem as interações entre
os seres vivos. Vimos também que, como parte dos ecossistemas, existem as populações,
ou seja, o conjunto de organismos de uma mesma espécie que podem se reproduzir origi-
nando descendentes férteis.
48
Diálogos
Considerando que você já realizou as duas atividades propostas, va-
mos conversar sobre a dinâmica das populações em nosso fórum? Va-
mos identificar até que ponto o desmatamento, as construções e as
atividades produtivas têm restringido o habitat das espécies nativas
existentes na sua região. Para começar, é importante que você conheça
tais espécies. Pesquise!
Você deve estar se perguntando: “por que tantos questionamentos e tantas demandas
práticas no decorrer deste estudo?” Como estamos sempre o alertando, você está se qua-
lificando para contribuir com intervenções mais equilibradas no ambiente. Para tanto, é
necessário que você seja capaz, por exemplo, de reconhecer, identificar e zelar pelo habitat
dos seres vivos.
Podemos ainda dizer que uma população é mais do que um conjunto de indivíduos, pois
eles se unem para se reproduzir e, com isso, garantem a perpetuação da espécie. Desse
modo, as populações estão limitadas aos habitats ecologicamente equilibrados. Assim,
podemos ainda afirmar que quanto maior o equilíbrio, maior será a atuação da espécie no
ecossistema, ou seja, seu nicho ecológico.
Internet
Confira a matéria “A mudança climática segundo os testemunhos do gelo”,
bem como a entrevista com o glaciologista brasileiro Jefferson Simões. To-
mando ciência do conteúdo deste material, você pode fazer as associações
de como o desequilíbrio é nocivo para o nicho ecológico de determinada
espécie. Acesse: <http://port.pravda.ru/science/11-01-2014/36009-mu-
danca_climatica-0/>.
Ecologia
Como estamos falando em população e em espécies, não podemos deixar de fora o fato
de que nós, seres humanos, também formarmos uma população de seres vivos: a espécie hu-
mana. Anteriormente, conversamos sobre a capacidade transformadora que nos coloca numa
49
posição dominante em relação aos demais seres vivos com o meio ambiente. Essa posição
também nos coloca como responsáveis pela manutenção de ecossistemas ecologicamente
equilibrados. Para isso, temos a nossa disposição a demografia como um modo de conhecer a
forma como as populações crescem e se reproduzem. Podemos colocar a esse respeito que os Demografia: estu-
do das populações.
seres autótrofos têm crescimento e reprodução mais lentos que os seres heterótrofos.
Esta área tem uma
longa história na
Ainda a esse respeito, podemos dizer que a dinâmica das populações é resultado das
ciência ocidental,
interações entre as espécies presentes em um determinado ecossistema. Podemos citar que se estende
para trás no tempo
como principais interações nesse contexto: consumidor-recurso, competição e mutualismo.
até John Gaunt e
Novamente, estamos tratando de termos técnicos pertencentes ao vocabulário da Ecologia. Thomas Malthus
nos séculos 17 e
18 na Inglaterra
(RICLEFS, 2010,
p. 217).
Internet
Para facilitar sua compreensão sobre a terminologia utilizada nas interações
entre as espécies, sugiro o seguinte endereço eletrônico: <http://www.
ebah.com.br/content/ABAAAAcYwAB/interacoes-entre-especies>.
Espero que você venha observando ao longo do avanço do nosso estudo, o quanto ele é
necessário para o seu exercício profissional, de modo que você seja capaz de caracterizar
adequadamente as terminologias necessárias.
Estrutura de comunidades
Você já deve ter observado que constantemente estamos retomando a conversa das
competências anteriores. Esta é mais uma demonstração que os conhecimentos se com-
plementam. Desta vez, vamos retomar o conceito de comunidades para podermos conver-
sar sobre sua estrutura. Como você viu, comunidade (ou biocenose) é o conjunto de todas
as populações, sejam elas de micro-organismos, animais ou vegetais existentes em uma
determinada área.
A esse respeito, podemos dizer que esta é uma interação muito interessante de se ob-
servar entre seres vivos, uma vez que, em qualquer lugar do planeta onde exista vida, há o
compartilhamento de espaços por muitos organismos ali existentes.
Ecologia
Para constituir uma comunidade de seres vivos é necessário que a interação ali exis-
tente ocorra por meio da associação de populações interagindo entre si. Em linhas gerais,
ainda podemos dizer que, na maioria das vezes, as comunidades são nomeadas a partir
dos seus componentes em maior quantidade.
Internet
Acesse <http://www.consumocolaborativo.blog.br/sustentavel/documen-
tario-quantas-pessoas-podem-viver-no-planeta-terra/> e assista a um inte-
ressante documentário produzido pela BBC de Londres com o tema: “Re-
cursos naturais do planeta Terra x Crescimento populacional”.
As comunidades podem ser classificadas como fechadas ou abertas. Nas comunida-
des fechadas, as espécies apresentam grande associação e sua distribuição combina com
a distribuição da comunidade como um todo. Já nas comunidades abertas não há limites
naturais, com as espécies se distribuindo de forma independente.
Curiosidade
Algumas espécies de macrófitas aquáticas, (terminologia mais comum uti-
lizada para descrever o conjunto de vegetais adaptados ao ambiente aquá-
tico), apresentam um sofisticado sistema de polinização cruzada, (o pólen
de uma flor fecunda o estigma de outra flor, de um mesmo indivíduo ou de
outro). Fonte: <http://Ecologia.ib.usp.br/portal/index.php?option=com_
content&view=article&id=127&Itemid=391>. Acesso em: 21 out. 2014.
Ecologia
Na sua atuação profissional é importante que você compreenda que as comunidades
variam de acordo com sua distribuição espacial. Neste ponto, ainda podemos considerar
alguns elementos capazes de determinar sua estrutura: número de espécies, níveis trófi-
51
cos, teias alimentares.
Diálogos
Considerando a importância de entender a estrutura das comunidades
para sua atuação profissional, vamos conversar com os colegas de cur-
so sobre este tema? A ideia é postar e discutir em nosso fórum sobre
comunidades fechadas e abertas; número de espécies; níveis tróficos;
e teias alimentares. Ainda a esse respeito, podemos dialogar sobre rela-
ções harmônicas e desarmônicas, apresentando seus tipos e definições.
Resumo
Nesta competência, avançamos o nosso diálogo sobre Ecologia. Percebemos que nível
trófico representa o conjunto biótico que forma o mesmo ecossistema. Este se constitui de
duas camadas: estrato superior e inferior.
Por fim, conversamos sobre a estrutura das comunidades, que podem ser classificadas
52 como fechadas ou abertas. As comunidades variam de acordo com sua distribuição espa-
cial. Alguns elementos capazes de determinara sua estrutura são o número de espécies,
os níveis tróficos e as teias alimentares.
Autoavaliação
1. Nível trófico constitui o conjunto biótico que participa de um mesmo ecossistema, e
nesse possui hábitos alimentares similares. Observe as assertivas a seguir:
I – No nível trófico, o estrato superior é composto por seres que não conseguem produzir o
seu próprio alimento e o inferior, por seres que produzem o seu próprio alimento;
b) I e III;
c) I e II;
d) II e III.
Ecologia
A esse respeito, podemos afirmar que: 53
a) Não há nenhuma interferência do desmatamento na dinâmica das populações, pois elas
não passam de um conjunto de indivíduos;
c) Como a população humana é dominante nas relações dos seres vivos com o meio am-
biente, suas decisões não precisam levar em consideração a interação com outras po-
pulações na biosfera;
a) II;
b) I e II;
c) I e III;
d) II e III.
54
Considerando esta afirmativa, assinale verdadeiro ou falso:
a) V, F, V, F;
b) V, V, V, F;
c) F, F, F, V;
d) F, V, F, V.
Competência
Ecologia
04 55
Distinguir os fatores
interdependentes na estabilidade
dos ecossistemas
Distinguir os fatores
interdependentes na estabilidade
dos ecossistemas
Você já parou para pensar no quanto o homem pode ser um elemento capaz de mo-
dificar a estabilidade dos ecossistemas? A matéria publicada na revista Isto É Dinheiro,
nos dá um pouco desse olhar.
Ecologia
aviação e a navegação, são apresentados como consequências sérias decorren-
tes das mudanças climáticas. Você pode ler a publicação na íntegra acessando:
<http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/economia/20140821/meteorologis-
57
tas-preveem-futuro-nefasto-com-mudancas-climaticas/183033.shtml>.
Temáticas como essa serão alvo da nossa reflexão nesta competência. Espero que você,
enquanto profissional que tem profunda relação com toda essa questão, veja o quanto seu
papel é fundamental para um cenário mais positivo e otimista. Vamos lá?!
Fluxos de energia
Ao longo do nosso estudo, estamos vendo que em Ecologia tudo está relacionado.
Assim, o fluxo de energia é mais um exemplo dessas conexões. Na terceira competên-
cia demos uma ênfase maior às interações entre os seres bióticos nos ecossistemas
ao falar de níveis tróficos, populações e comunidades. Neste momento, vamos incluir
na nossa conversa os fluxos de energia como uma referência de interação entre os
seres bióticos e abióticos.
Não podemos conversar sobre fluxo de energia sem considerar a importância dos com-
Ecologia
58
São os componentes abióticos (o ambiente físico-químico) que proporcionam as
condições de vida e atuam como fonte, e um dreno para energia e matéria (BE-
GON, TOWNSEND, HARPER, 2007, p. 499).
Estes autores ainda colocam à luz da teoria de Lindeman, que a ciência energética
ecológica considera como principal elemento de fluxo de energia a transferência entre os
níveis tróficos. Isto acontece da seguinte forma: uma comunidade recebe radiação, captura
e transforma-a em energia através da fotossíntese das plantas verdes e, na sequência, a
energia liberada pelas plantas é utilizada pelos seres heterótrofos.
Ainda falando de produtividade, devemos informar que ela pode ser dividida em primá-
ria e secundária. A esse respeito é relevante trazer ao nosso diálogo alguns termos para
que seu entendimento sobre fluxo de energia seja ampliado.
Atividade 01
Ecologia
Realize uma pesquisa a respeito dos seguintes termos associados ao fluxo
de energia: produtividade primária; produtividade secundária; produtivida-
59
de primária bruta; produtividade primária líquida; respiração autotrófica;
produtividade líquida do ecossistema; respiração heterotrófica; respiração
do Ecossistema. Compartilhe seu trabalho no AVA.
Noção de Ecótono
Já podemos dialogar sobre populações e comunidades, por exemplo, como componen-
tes dos ecossistemas.
Vamos trazer outra temática que merece destaque neste cenário: o ecótono.
Ecótono ou ecótone é o nome dado a uma região de transição entre dois biomas
diferentes (Fonte: <http://www.dicionarioinformal.com.br/ec%C3%B3tono/>.
Acesso em: 21 out. 2014.).
60
Alguns estudiosos também consideram como ecótono as áreas de transição entre co-
munidades diferentes. Outro exemplo que podemos citar a respeito dos ecótonos são as
regiões estuarinas. Nestes ambientes, podem existir organismos que só vivem na região
do ecótono.
Do ponto de vista da diversidade biótica, podemos dizer que muitas vezes a mesma é
aumentada em regiões de ecótono.
Internet
Veja a notícia que fala do mapeamento de áreas que podem ser considera-
das ecótonos no Brasil. Essa informação demonstra que essas áreas são
muito importantes, e por isso merecem proteção. Acesse: <http://www.
usp.br/agen/repgs/2003/pags/007.htm>.
O ecossistema urbano
Ecologia
Até agora estamos falando sobre o ambiente natural. É curioso trazer a pauta da nossa
conversa os ecossistemas urbanos. Essa é uma discussão que pode ser considerada com-
plexa, se levarmos em consideração a postura de alguns estudiosos que não acreditam
61
neste tipo de ecossistema, pois, segundo eles, por causa da influência humana, as cidades
não seriam ecossistemas de fato.
Entretanto, considerando que a maior parte da população humana existente vive nas
cidades, vamos falar um pouco deste tema que ainda é muito recente, do ponto de vista da
Ecologia, enquanto ciência.
Curiosidade
Por falar em população mundial vivendo em regiões urbanizadas, você sa-
bia que este fato tem gerado sobrecarga para as necessidades de geração
de recursos no nosso Planeta? Você pode conferir mais detalhes desta
afirmativa a partir da leitura de um material produzido pelo Departamento
de Informação Pública das Nações Unidas, em junho de 2012. Este mate-
rial está disponível no seguinte endereço: <http://www.onu.org.br/rio20/
temas-cidades/>.
Realmente, parece que falar de ecossistema urbano não está fora de contexto. Principalmente
se considerarmos que a população humana é a que mais consome recursos no Planeta Terra.
Diálogos
Você sabe qual é a geração de resíduos per capita na sua cidade ou região?
Que tal conversarmos um pouco com os colegas a respeito da geração e
destinação final dos resíduos nos grandes centros urbanos, começando
pela sua cidade? Dê sua contribuição no fórum: “Lixo: o que fazer?”
Vale salientar que para as suas condições ideais de sobrevivência neste habitat, o ho-
mem impermeabiliza o solo com a pavimentação, substitui área de mata pelos espigões,
utiliza veículos automotores (a grande maioria) para seu deslocamento, dentre outras situ-
ações que demandam uma quantidade significativa de energia. Por ser heterótrofo, o ser
humano não consegue produzir sua própria energia, como as plantas, por exemplo. Para
isso é necessário que se crie formas de geração de energia.
Das mais variadas formas de geração de energia que a espécie humana já inventou,
existem as chamadas energias limpas. Nesse rol, se incluem a energia solar, energia eólica
e a energia produzida a partir das hidrelétricas.
Curiosidade
Você sabia que a construção de uma Usina Hidrelétrica na Região Norte
do país, mais precisamente no Rio Xingu, Estado do Pará, tem causado
uma grande repercussão nacional e internacional, inclusive com deman-
Ecologia
das judiciais? Trata-se da Usina de Belo Monte, um megaprojeto de R$ 30
bilhões, com expectativa de abastecimento para mais de um quarto da
população brasileira.
63
Outro aspecto que merece ser lembrado, quando a assunto é ecossistema urbano, é a
existência de outras espécies de seres vivos neste espaço, bem como em alguns casos de
cursos de água, pois, por necessidade básica de sobrevivência, normalmente as cidades
são erguidas próximas a locais com água. Por isso, lembre-se que todo esse diálogo foi
para você perceber o quanto seu papel de técnico em meio ambiente é fundamental para
o desenvolvimento da qualidade ambiental nas grandes cidades, pois você está entre a
gama de profissionais que tem propriedade para tais iniciativas.
Importante
O planejamento das cidades no Brasil é prerrogativa constitucional da
gestão municipal que responde, inclusive, pela delimitação oficial da zona
urbana, rural e demais territórios, para onde são direcionados os instru-
mentos de planejamento ambiental. No âmbito do meio ambiente urbano,
os principais instrumentos de planejamento ambiental são o Zoneamento
Ecológico-Econômico (ZEE), o Plano Diretor Municipal, o Plano de Bacia
Hidrográfica, o Plano Ambiental Municipal, a Agenda 21 Local e o Plano
de Gestão Integrada da Orla. No entanto, todos os planos setoriais ligados
à qualidade de vida no processo de urbanização, como saneamento bási-
co, moradia, transporte e mobilidade, também constituem instrumentos
de planejamento ambiental. (Fonte: <http://www.mma.gov.br/cidades-
-sustentaveis/planejamento-ambiental-urbano/item/8057>. Acesso em:
21 out. 2014.).
Na verdade, criar condições para a qualidade ambiental não é só papel dos profissio-
nais que lidam diretamente com esta área, e sim de todos nós que fazemos parte da es-
pécie humana.
Ecologia
64
Mídias
Acesse<http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/ar ticle/viewFi-
le/1282/1121> e confira o artigo: “Estudo da percepção em ecossiste-
ma urbano: uma contribuição para a educação, planejamento e gestão
ambiental”. Nele, os autores Carlos Alberto Mucelin e Marta Bellini abor-
dam, entre outras coisas, como os atores sociais percebem a existência de
hábitos locais instituídos, que contribuem para a ocorrência de impactos
ambientais negativos.
Resumo
Nesta quarta competência, tivemos a oportunidade de conversar a respeito dos fatores
interdependentes na estabilidade dos ecossistemas. Esses elementos contribuem para a
transferência de energia entre os níveis tróficos, ou seja, o fluxo de energia, que acontece
de forma dinâmica a partir da interação entre os seres vivos e o meio ambiente.
Outro aspecto que estudamos foi o ecótono, ou seja, a região de transição entre
dois biomas diferentes. Dentre os vários exemplos de ecótonos, citamos o Pantanal
Mato-grossense. Por fim, conversamos um pouco sobre o ecossistema urbano, em fun-
ção das inúmeras interações que nele ocorrem. É neste espaço que a maior parte dos
seres humanos usa sua capacidade transformadora para adequá-lo às necessidades
de habitat. Desse modo, é papel dos seres humanos criar condições para a qualidade
ambiental no ambiente urbano.
Autoavaliação
1. Conforme a teoria de Lindeman, que a ciência energética ecológica considera como
principal elemento de fluxo de energia a transferência entre os níveis tróficos. Como
este processo acontece?
a) Uma comunidade recebe a energia liberada pelos seres heterótrofos, captura e trans-
forma-a em radiação através da fotossíntese das plantas verdes;
Ecologia
pelos seres heterótrofos;
2. O que é biomassa?
a) Biomassa é o termo que se referente a todo recurso que provêm de matéria inorgânica
– de origem mineral – tendo por objetivo principal a produção de energia;
b) Termo dado aos ecossistemas marinhos, uma vez que eles são maiores produtores dos
ecossistemas terrestres;
d) Biomassa é todo recurso renovável que provêm de matéria orgânica – de origem vege-
tal ou animal – tendo por objetivo principal a produção de energia.
3. “A utilização dos recursos naturais pela população urbana e as formas de uso do am-
biente são influenciadas pelas crenças e hábitos e, muitas vezes, contribuem para a
ocorrência de impactos ambientais geralmente negativos. Muitos impactos são percep-
tíveis em seu contexto ou até mesmo em ambientes mais afastados; outros são masca-
rados pela opacidade que a vida cotidiana produz, tornando-os quase imperceptíveis”
(MUCELIN; BELLINI, 2008, p. 141).
a) É no espaço urbano que a maior parte dos seres humanos usa sua capacidade transfor-
madora para adequá-lo as suas necessidades de habitat;
c) Por ser heterótrofo, o ser humano necessita que se criem formas de geração de energia
para suprir as necessidades do ecossistema urbano;
II. Ecótono ou ecótone é o nome dado a uma região de transição entre dois biomas dife-
rentes;
III. Alguns estudiosos não consideram como ecótono as chamadas áreas de transição en-
tre comunidades diferentes.
a) II;
b) I e II;
c) I e III;
d) I, II e III.
Competência
Ecologia
05 67
Podemos usar com exemplo dessa necessidade as intervenções agrícolas. Neste as-
pecto, citamos a agricultura convencional e a agricultura orgânica como referenciais.
No primeiro caso, ocorre a cultura agrícola de apenas um único tipo de produto (ex.:
soja, cana, eucalipto e algodão). Este tipo de cultivo faz com que ocorra a mudança nos
aspectos de fauna e flora de um determinado território trazendo sérios prejuízos para a
Ecologia
biodiversidade local.
Você observou como esse exemplo pode nos mostrar atitudes de adoção, ou não,
de uma visão holística na análise de processos socioeconômico-ambientais? É sobre
fatos como esses e muitos outros, que discorreremos no nosso diálogo desta compe- Holístico: algo
inteiro, em
tência. Vamos lá?
totalidade. Algo
que considera os
fenômenos como
É neste sentido que consiste a sucessão que se caracteriza por mudanças nas comuni-
dades decorrentes de perturbações no habitat ou formações de um novo habitat.
Atividade 01
Ecologia
Considerando a realidade do século XXI, podemos dizer que o ser humano é um ele-
mento capaz de promover intensa perturbação nos habitats. Como dissemos no início, a
implantação de uma monocultura pode provocar uma mudança significativa em um deter-
minado ambiente.
Internet
A este respeito, podemos citar a pesquisa conduzida por Mauro José An-
drade Tereso, professor associado da Faculdade de Engenharia Agrícola
(Feagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que investigou
as condições de trabalho e a inovação tecnológica no setor, cujas informa-
ções principais podem ser encontradas no seguinte endereço eletrônico:
<https://portogente.com.br/noticias/meio-ambiente/pesquisa-investiga-
-inovacao-tecnologica-na-agricultura-organica-80656>.
Biodiversidade
Você já parou para pensar na quantidade de vida que existe em nosso Planeta? Posso
lhe assegurar que é muita vida que existe na Terra. E essa certeza se chama biodiversida-
de. Veja um exemplo na imagem a seguir:
Ecologia
71
Figura 11 – Biodiversidade
Fonte: <http://thumbs.dreamstime.com/x/biodiversity-collage-all-non-agricultural-value-plants-insects-impor-
tant-ecological-balance-all-images-belong-to-34517365.jpg>. Acesso em: 20 set. 2014.
Esse é um assunto bem interessante que tem chamado a atenção de muita gente, de-
vido sua importância. Ao falarmos em biodiversidade, devemos nos lembrar de que esta é
simplesmente toda a diversidade de espécies, genes, variedades, ecossistemas, gêneros
e famílias existentes na natureza.
Do ponto de vista científico, os estudiosos afirmam que, quanto mais próxima uma re-
gião estiver dos trópicos, maior será a diversidade de seres vivos na mesma.
Quando nós relacionamos essa afirmativa ao nosso país, podemos entender então o
motivo do território brasileiro abrigar a maior biodiversidade do planeta, fato que merece
uma atenção especial de todos nós, principalmente dos profissionais da área ambiental.
Diálogos
Em sua primeira atividade nesta competência, você caracterizou aspec-
tos relacionados à sucessão. Como você deve ter percebido, esta é bem
relevante do ponto de vista da diversidade de espécies em nosso plane-
ta. Assim, vamos realizar um passeio nestes dois endereços eletrônicos e
agregar valor ao nosso fórum, a partir do seu entendimento sobre o ma-
terial de leitura sugerido: <http://www.mma.gov.br/biodiversidade/bio-
diversidade-global/impactos> e <http://www.planetauniversitario.com/
index.php?option=com_content&view=article&id=18747:acesso-livre-a-
-biodiversidade&catid=27:notas-do-campus&Itemid=73>.
Ecologia
Novamente, pode estar passando pela sua cabeça: “quais são as motivações para apre-
72 sentar tantas informações a respeito desta temática?” Não custa nada lembrá-lo, que é
esperada de você, ao final desta competência, uma visão holística na análise de processos
socioeconômico-ambientais. Neste sentido, é importante perceber as questões e, neste
caso, a biodiversidade em seus vários ângulos.
Você percebeu como os profissionais que realizam manejo de recursos naturais pre-
cisam construir conhecimentos a respeito da biodiversidade? O manejo sustentável dos
recursos naturais é de um valor incalculável para o ambiente, e você será um dos respon-
sáveis por isso, quando estiver atuando no mercado de trabalho.
Efeito de borda
Lembra-se que falamos sobre os prejuízos que as monoculturas trazem para o ambien-
te? Mas, não são apenas elas que podem trazer malefícios, a substituição da vegetação
nativa por áreas de pasto, também.
Estas questões estão intimamente relacionadas com o tema que iremos tratar neste
momento: o efeito de borda. Tal aspecto está associado à fragmentação de vegetação na-
tiva em uma determinada região. Isso significa que, ao invés de ter um todo homogêneo,
temos o território dividido em partes. Uma grande área é utilizada para um único fim e o
pouco restante é a representação da vegetação nativa.
Internet
Ficou curioso para saber mais sobre efeito de borda? Acesse <http://www.
grnews.com.br/06012013/deisemiola/fragmentacao-florestal-i-o-que-e-
-efeito-de-borda> e veja o que Deise Miola fala a respeito.
Ecologia
As questões associadas ao efeito de borda são bem delicadas, e por isso merecem a
nossa atenção. Do ponto de vista científico, poderíamos dizer que o tamanho e a forma dos 73
fragmentos de vegetação são quem determinarão o efeito de borda.
Ainda podemos acrescentar que tanto a mata fechada quanto a área mais aberta se
influenciam, de modo que os espaços mais próximos da borda são mais iluminados e quen-
tes, ocorrendo o contrário no sentido inverso. A grande questão a comentarmos neste as-
pecto, é o fato do perigo que o aumento da borda pode causar sob a biodiversidade de uma
determinada região.
Querendo mais?
Considerando a importância deste tema, você pode investigar na sua re-
gião a existência de fatores que podem causar o efeito de borda, e apre-
sentá-los aos seus colegas através do nosso fórum. Lembre-se de investi-
gar os impactos do efeito de borda, bem como as providências que estão
sendo tomadas para o controle desses impactos.
É importante observar as alterações que são provocadas pelo efeito de borda, depen-
dendo da magnitude que o mesmo venha a ter em uma determinada região, a principal
delas que mencionamos a pouco é a perda de biodiversidade. Portanto, na próxima clarei-
ra que você avistar com um fragmento de vegetação nativa, já saberá que naquele lugar
existe o efeito de borda.
Mídias
Acesse <http://www.scielo.br/pdf/rarv/v34n5/12.pdf> e verifique o ar-
tigo “Análise da dinâmica de fragmentos florestais no município de Ca-
randaí, MG, para fins de restauração florestal”. Nele, os autores Leandro
Calegari, Sebastião Venâncio Martins, José Marinaldo Gleriani, Elias Silva
e Luiz Carlos Busato, abordam entre outras coisas, como o conhecimento
sobre fragmentos florestais nas propriedades rurais permite a aplicação
de uma correta gestão agroambiental, favorecendo a sua conservação e
restauração em áreas degradadas.
Ecologia
74
Resumo
Nesta competência, demos mais um passo na nossa caminhada a respeito da temática
Ecologia. Agora conversamos sobre os seguintes temas: sucessões ecológicas; biodiver-
sidade e efeito de borda. Em nossos estudos, foi possível perceber que a sucessão se
caracteriza pelas mudanças nas comunidades decorrentes de perturbações no habitat ou
formações de um novo habitat, e que o ser humano é capaz de promover intensa pertur-
bação nos habitats.
Para finalizar, falamos sobre o efeito de borda e percebemos que o mesmo está associa-
do à fragmentação de vegetação nativa em uma determinada região. Isso significa que ao
invés de ter um todo homogêneo, temos o território dividido em partes: uma grande área
utilizada para um único fim e uma pequena área de vegetação nativa.
Autoavaliação
1. O efeito de borda depende do tamanho e da forma dos fragmentos florestais. É menor
em remanescentes maiores e com forma mais próxima de circular. Como o efeito de
borda pode atingir, em uma generalização grosseira, 100 metros mata adentro, rema-
nescentes com menos de 100m de largura ou diâmetro podem ser "inteiramente bor-
da", e requerem técnicas de conservação mais complicadas (Fonte: <http://ambientes.
ambientebrasil.com.br/unidades_de_conservacao/artigos_ucs/corredor_biologico_e_
efeito_de_borda.html>. Acesso em: 21 out. 2014.).
II – Quanto maior a borda, maiores são os problemas para a biodiversidade de uma deter-
minada região;
Ecologia
de borda.
75
a) As afirmativas I, II e III estão corretas;
a) I e III;
b) II;
c) I e II;
d) II e III.
4. Holístico é algo inteiro, em totalidade. Algo que considera os fenômenos como um todo,
com as suas partes e suas inter-relações, ou seja, em sua globalidade. Associando esta
afirmativa a questão ambiental, assinale verdadeiro ou falso:
a) V, F, F;
b) F, F, F;
c) F, V, F;
d) V, F, V.
Ecologia
77
Competência
06
Caracterizar efeitos
negativos a partir de intervenções
ambientais mal planejadas
Caracterizar efeitos
negativos a partir de intervenções
ambientais mal planejadas
No início da quinta competência, tivemos a oportunidade de refletir sobre a necessi-
dade de uma visão do todo, nos processos de intervenção no ambiente. Nosso exemplo
esteve relacionado à agricultura convencional e à agricultura orgânica. Como o conheci-
mento não é repartido e na verdade tudo se complementa, neste momento solicito que
você faça uma retrospectiva de tudo que discutimos até agora.
Quando olhamos para trás na nossa construção sobre Ecologia, vemos o quanto é
importante considerar desde os temas mais basilares aos mais complexos, quando se
trata deste assunto.
É neste cenário que vamos construir nossas ideias na competência seis, de modo que
Ecologia
possamos perceber o quanto as intervenções que não considerarem os pressupostos que
estamos discutindo ao longo do nosso livro poderão ser nocivas ao ambiente, provocan-
do em alguns cenários efeitos ambientais negativos, irreversíveis. Planejar a intervenção 81
ambiental é tomar como referência os pressupostos da agricultura orgânica, por exemplo.
Assim, na medida em que o ser humano foi percebendo o valor destes seres, os mes-
mos passaram a ser chamados de recursos naturais.
Curiosidade
Você sabia que os recursos naturais podem ser renováveis, não renováveis
e inesgotáveis? Por recursos renováveis entendemos que são aqueles em
que possuem capacidade de renovação, desde que sejam utilizados de ma-
neira correta (exemplo: vegetação); por sua vez, os recursos não renováveis
são aqueles que uma vez consumidos não serão repostos pela natureza
(exemplo: petróleo); já os recursos inesgotáveis, de acordo com os estudio-
sos, são aqueles que não acabam (exemplo: sol).
Dois outros termos que fazem sentido de serem mencionados neste cenário dos recur-
sos naturais são exploração e explotação. Aparentemente ambos podem ser vistos como
sinônimos, mas, se olharmos seu significado iremos ver que não é bem assim.
Percebeu como o uso dos dois termos é bem diferente? No nosso caso, vamos dar ên-
82 fase ao termo explotar, mas precisamente a sobre-explotação.
Como você viu no significado, a explotação não é uma atividade irregular, principalmen-
te do ponto de vista da utilização dos recursos, para proporcionar melhores condições de
sobrevivência aos seres vivos.
A grande questão é quando esta ocorre além da conta, ou seja, a sobre-explotação. Po-
demos dizer ainda que muitos dos problemas ambientais que vivemos nos dias atuais são
decorrentes da sobre-explotação dos recursos naturais.
Internet
Você pode verificar na prática o que estamos falando ao realizar a leitura
da matéria “Novos formatos para ver o mundo e a vida” disponível em:
<http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,novos-formatos-para-ver-
-o-mundo-e-a-vida,1125099,0.htm>.
São vários os efeitos negativos da sobre-explotação dos recursos naturais. Quando fa-
lamos do petróleo, por exemplo, sabemos que muitos problemas associados ao calor que
estamos sentindo no século, se devem a emissão de dióxido de carbono na atmosfera,
responsável pelo efeito estufa (aquecimento do planeta).
Internet
Ainda sobre o que estamos falando, acesse a notícia que fala do calor no
Brasil, principalmente na cidade do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://
oglobo.globo.com/ciencia/seis-das-10-temperaturas-mais-altas-do-mun-
do-hoje-foram-registradas-no-rio-11205132>. Acesso em: 21 out. 2014.
Você, enquanto técnico em meio ambiente, tem uma tarefa primordial para a melhoria
da qualidade ambiental do nosso planeta! Está disposto a encará-la?! Eu acredito em você,
pois precisamos conduzir os processos de manejo ambiental de forma equilibrada para o
Ecologia
alcance da sustentabilidade.
83
Desmatamento e extinção de espécies
Você sabia que em se tratando de vegetação, o nosso país é o segundo com a maior
cobertura vegetal do mundo, e que a nossa frente temos apenas a Rússia?
Esse é um dado para comemorarmos, porém, é necessário também ficarmos vigilantes, pois,
a existência de toda essa cobertura vegetal traz consigo uma questão chamada desmatamento.
Querendo mais?
Observe as imagens a seguir, e vamos conversar um pouco com os cole-
gas de turma sobre o que você percebeu sobre elas, no ambiente virtual.
Figura 12 – Efeitos do Figura 13 – Desmatamento Figura 14 – Desmatamento
desmatamento Fonte: Freephotosbank.com (queimada)
Fonte: Freephotosbank.com (c2014). Fonte: <http://www.greenpeace.
(c2014). org/brasil/Global/brasil/ima-
ge/2013/
Outubro/GP04N68_layout.jpg>.
Acesso em: 22 set. 2014.
Creio que a dimensão do nosso discurso tenha feito você perceber como o desma-
tamento é uma das questões ambientais mais complexas no século XXI pois, além da
diminuição de equilíbrio dos ecossistemas, existe toda uma problemática em função da
Ecologia
Querendo mais?
Para você ver como este é um tema complexo, observe duas notícias
sobre o desmatamento publicadas no mesmo dia, e discuta com seus
colegas: “Dados do INPE apontam aumento de 28% no desmatamen-
to da Amazônia” disponível em: <http://g1.globo.com/natureza/noti-
cia/2013/11/dados-do-inpe-apontam-aumento-de-28-no-desmatamen-
to-da-amazonia.html> e “Desmatamento na Amazônia é o segundo menor
da série histórica” disponível em: <http://www.mma.gov.br/informma/
item/9796-desmatamento-na-amaz%C3%B4nia-%C3%A9-o-segundo-
-menor-da-s%C3%A9rie-hist%C3%B3rica>.
Realmente, não estamos falando de um processo simples, pois ele advém da má uti-
lização dos recursos naturais, ou seja, a sobre-explotação. Isso tem provocado o empo-
brecimento do solo, a diminuição da flora e da fauna e até mesmo a extinção de espécies
nativas em função da redução de seus habitats.
Normalmente, as áreas naturais são desmatadas para a expansão das zonas urbanas,
extração de madeira, construção de estradas, implantação de monoculturas, pastagem de
animais, dentre outros motivos.
Atividade 01
Diversos meios de comunicação anunciam dados alarmantes que demons-
tram o aumento do desmatamento na Amazônia. Posicione-se criticamen-
te sobre isso: leia o artigo “Cenários de desmatamento para a Amazônia“
(link: http://www.scielo.br/pdf/ea/v19n54/07.pdf), assista à reportagem
“Desmatamento na Amazônia”, do Jornal Nacional (link: https://www.you-
Ecologia
tube.com/watch?v=RN_TgaBtM0k&feature=related-) e produza um texto
explicando quais as consequências dessa prática para o ambiente e a so-
ciedade. Compartilhe seu trabalho em nosso fórum. 85
Curiosidade
Você sabia que no Brasil o monitoramento do desmatamento é feito pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e por outras organizações
independentes, como a organização não governamental Greenpeace. Com
relação ao Greenpeace, podemos dizer que desde 2012 eles encabeçam
um movimento chamado Desmatamento Zero, e você pode ter acesso a
mais informações acessando: <http://www.greenpeace.org/brasil/pt/
Blog/chegamos-a-500-mil-assinaturas/blog/42048/> ou <http://www.
youtube.com/watch?v=ZTryq2wOhlM>.
Você está vendo como a Ecologia é um tema amplo? Como todas as suas interfaces têm
estreita relação com seu exercício profissional? Por este motivo, recomendo que, ao longo
de sua atuação, você revise toda nossa conversa com a inclusão de novos estudos!
Biodegradável:
Magnificação Trófica
todo e qualquer
material que pode
entrar em decom-
Nesta competência, nós estamos vendo alguns efeitos da ausência de planejamento
posição no meio
ambiente. Fonte: humano em suas intervenções.
<http://www.dicio-
narioinformal.com. A magnificação trófica também pode ser chamada de magnificação biológica, ou
br/biodegrad%
ainda de bioacumulação. Trata-se de um efeito ambiental considerável, pois é a acu-
C3%A1vel/>.
Acesso em: 22 out. mulação de substâncias poluentes nos tecidos dos seres vivos, que têm como caracte-
2014.
rística principal o fato de não serem biodegradáveis. Ou seja: podemos dizer que uma
Ecologia
Internet
Assista a um excelente material sobre “Biologia Magnificação Trófica”.
Acesse: <http://www.youtube.com/watch?v=Nzd3fLvR9dc>.
Metabolizar: con-
junto de transfor-
mações e reações Poderíamos ilustrar essa afirmativa mencionando que, normalmente, o ser humano
químicas através
constrói suas cidades às margens dos rios. Isso provoca uma grande pressão no leito des-
das quais se reali-
zam os processos tes rios, em virtude da deposição de resíduos (inclusive, de dejetos humanos). Portanto, as
de síntese e degra-
substâncias poluentes não biodegradáveis vão se acumulando nos seres vivos que com-
dação nas células.
Fonte: <http:// põem a cadeia alimentar destes ecossistemas.
www.significados.
com.br/metabolis- Alguns dos compostos não biodegradáveis mais famosos são os metais pesados como
mo/>. Acesso em:
chumbo, cromo, cádmio e arsênio. No início do nosso estudo, vimos a tabela periódica dos
22 out. 2014.
elementos, assim. Caso tenha alguma dúvida sobre os metais pesados, você pode voltar lá.
Internet
Você sabia que além dos metais pesados existem os inseticidas organo-
clorados e os compostos organofosforados? Acesse o seguinte link e saiba
mais sobre estes dois compostos: <http://www.emglab.com.br/html/orga-
nofosforados.html>.
Isso significa afirmar que a magnificação trófica é um processo inverso ao que acontece
com a energia e, na medida em que os seres se alimentam uns dos outros, as substâncias
Ecologia
não biodegradáveis vão se acumulando.
No caso dos seres humanos (que podem ser consumidores primários, secundá- 87
rios e terciários), o acúmulo das substâncias não biodegradáveis podem causar
sérios problemas de saúde, inclusive o câncer.
Internet
Acesse: <http://www.marabanoticias.com/home/44-manchete/997-xin-
guara-curtume-contamina-rio-mariazinha> e saiba mais sobre a notícia
“Xinguara: Curtume contamina Rio Mariazinha”, que fala dos problemas
causados por intervenções inadequadas nos curtumes.
Outro fator que também se associa a magnificação trófica é a liberação de esgotos sem
tratamento nos leitos dos rios. Este fato ocorre principalmente nos centros urbanos. Mais uma
vez, fica clara a relevância de conhecimentos de Ecologia para o técnico em meio ambiente.
Bioinvasão
Assim como o magnificação trófica, outro processo extremamente nocivo à estabilidade
dos ecossistemas é a bioinvasão. A bioinvasão é o fato que está intimamente vinculado
aos movimentos humanos ao redor do Planeta Terra, principalmente, quando estes estão
vinculados aos deslocamentos aquáticos.
Internet
Quer saber os motivos da ocorrência da bioinvasão? Acesse: <http://www.
youtube.com/watch?v=gXkmqFfGdXY>.
Ecologia
Importante
Globalização é um conjunto de transformações na ordem política e econô-
mica mundial, visíveis desde o final do século XX. Trata-se de um fenôme-
no que criou pontos em comum na vertente econômica, social, cultural e
política, e que consequentemente tornou o mundo interligado, uma Aldeia
Global. O processo de globalização é a forma como os mercados de dife-
rentes países interagem e aproximam pessoas e mercadorias. A quebra
de fronteiras gerou uma expansão capitalista onde foi possível realizar
transações financeiras e expandir os negócios – até então restritos ao
mercado interno – para mercados distantes e emergentes (Fonte: <http://
www.significados.com.br/globalizacao/>. Acesso em: 22 out. 2014.).
Do ponto de vista científico, este é um tema bem recente no Brasil, haja vista que o pri-
meiro evento nacional organizado com o propósito de discutir tal tema ocorreu no ano de
2009, na cidade de São Luiz, no Maranhão. Acreditamos que isto se deve ao fato do tema
ter sido visto com prioridade pela Convenção da Diversidade Biológica.
Querendo mais?
Conheça como o nosso país tem se posicionado a respeito da bioinva-
são. Acesse: <http://www.mma.gov.br/biodiversidade/biosseguranca/
especies-exoticas-invasoras>.
Podemos ainda acrescentar que o Paraná foi o primeiro estado brasileiro a editar uma
lista de espécies exóticas, em 2007. Você percebeu como este é um tema bem relevante
quando se fala na problemática ambiental atual?
Ecologia
89
Diálogos
Vamos voltar ao nosso fórum no ambiente virtual? Desta vez vamos discu-
tir duas informações sobre a bioinvasão e dialogar sobre o seu papel en-
quanto técnico em meio ambiente. Para estimulá-lo, leia a seguinte notícia:
“Coral-sol teria sido introduzido acidentalmente por plataformas de petró-
leo”, disponível em: <http://noticias.pgr.mpf.mp.br/noticias/noticias-do-si-
te/copy_of_meio-ambiente-e-patrimonio-cultural/mpf-rj-investiga-invasao-
-de-coral-assassino-em-angra-dos-reis/> e a outra é: “Caramujo-africano”
disponível em: <http://noticias.pgr.mpf.mp.br/noticias/noticias-do-site/
copy_of_meio-ambiente-e-patrimonio-cultural/mpf-rj-investiga-invasao-de-
-coral-assassino-em-angra-dos-reis/>.
A cada passo que avançamos fica claro que para você desenvolver suas atividades
profissionais como técnico em meio ambiente, é muito importante levar em consideração
os conhecimentos que você está construindo neste estudo de Ecologia! Esperamos que já
esteja adotando uma visão bastante ampliada dos processos socioeconômico-ambientais.
Mídias
Acesse <http://www.mma.gov.br/informma/item/9912-dia-mundial-das-zo-
nas-%C3%BAmidas-d%C3%A1-destaque-para-a-agricultura-familiar> e confi-
ra o texto publicado pelo Ministério do Meio Ambiente que fala sobre “Dia
Mundial das Zonas Úmidas, que dá destaque para a agricultura familiar”.
Resumo
Desta vez, tivemos a oportunidade de estudar acerca da Sobre-explotação dos Recur-
sos; Desmatamento e Extinção de espécies; Magnificação Trófica; e Bioinvasão. Vimos que
a explotação não é uma atividade irregular, principalmente do ponto de vista da utilização
dos recursos para proporcionar melhores condições de sobrevivência aos seres vivos. A
grande questão é quando esta ocorre além da conta, ou seja, a sobre-explotação. Aprende-
Ecologia
mos ainda sobre a estrutura das comunidades, que podem ser classificadas como fecha-
das ou abertas.
90 Também vimos que o desmatamento é uma das questões ambientais mais complexas
no século XXI, pois, além da diminuição de equilíbrio dos ecossistemas, existe toda uma
problemática em função da explotação dos recursos naturais, ou seja, o desmatamento é
a deterioração da vegetação nativa de uma determinada região.
Ainda estudamos que a magnificação trófica também pode ser chamada de magnifica-
ção biológica, ou ainda de bioacumulação. Trata-se de um efeito ambiental considerável,
pois é a acumulação nos tecidos dos seres vivos, de substâncias consideradas poluentes,
que têm como característica principal o fato de ser não biodegradável.
Por fim, vimos que a bioinvasão é fato que está intimamente vinculado aos movimentos
humanos ao redor do Planeta Terra, principalmente, quando estes estão vinculados aos
deslocamentos aquáticos. Por este motivo alguns estudiosos também chamam a bioinva-
são de bioglobalização de pragas.
Autoavaliação
1. Considerando às discursões a respeito da sobre-explotação dos recursos, assinale a
alternativa correta:
a) A primeira forma de exploração apresentada no texto é extremamente nociva ao
ambiente.
Ecologia
91
Fonte: <http://s2.glbimg.com/r80-42w5PXr3NoLETPjA-Gz31xhFGHIF5vDZUcfpUsVIoz-
-HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/06/05/graficodesmatamentoanual.jpg>.
Acesso em: 22 out. 2014.
Fonte: <http://images.slideplayer.com.br/1/324829/slides/slide_9.jpg>.
Acesso em: 22 out. 2014.
b) A bioinvasão tem estreita relação com os movimentos humanos ao redor do Planeta Terra;
c) Do ponto de vista científico este é um evento cujas discussões existem há muito tempo
no Brasil;
O Brasil possui vários ecossistemas, fato que coloca nosso país em posição de des-
taque em relação a outras nações do planeta. Esse destaque pode ser analisado como
um aspecto positivo e/ou negativo: positivo se considerarmos a biodiversidade existente
em nosso país; e negativo se olharmos como ela está ameaçada em função das interven-
Ecologia
ções antrópicas, ou seja, intervenções do ser humano.
95
Internet
Acesse: <http://www.biodiversidade.rs.gov.br/arquivos/Biodiversidade-
Brasileira_MMA.pdf>. Você irá conhecer a “Avaliação e identificação de
áreas e ações prioritárias para a conservação, utilização sustentável e re-
partição dos benefícios da biodiversidade nos biomas brasileiros”. Neste
documento, vamos encontrar um retrato do cenário da conservação dos
biomas em nosso país.
Basta pensarmos um pouco sobre o que aconteceu com a Ilha de Páscoa, território
chileno localizado no Oceano Pacífico. Esta ilha foi totalmente desmatada não restando ne-
nhuma vegetação natural original, bem como espécies nativas (pássaros, principalmente).
Pela importância ambiental que a Amazônia representa para o nosso Planeta, certa-
Ecologia
96
Curiosidade
Você sabia que a Floresta Amazônica representa mais da metade das flo-
restas tropicais do planeta e que sua área compreende nove países da
América do Sul (Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Repú-
blica da Guiana, Suriname e Guiana Francesa)? Sabia também que a parte
que se situa no território brasileiro constitui 60% do seu total e em nosso
país este se chama Amazônia Legal?
Ecologia
Além disso, nesta porção do território brasileiro, temos a maior bacia hidrográfica do
planeta (a Bacia Amazônica), cujo principal rio é o Amazonas, que lança 175 milhões de
97
litros d’água por segundo no Oceano Atlântico.
Ainda, a respeito deste rico bioma podemos considerar que em seu território a Amazô-
nia abriga a maior reserva de madeira tropical do mundo e que ali também se encontram Bacia Hidrográfi-
ca: é usualmente
uma grande riqueza de borracha, castanha, peixe e minérios, dentre outros. definida como
a área na qual
Além dos recursos naturais, acrescentamos que a Amazônia possui uma vasta riqueza ocorre a captação
cultural, principalmente quando falamos de saberes tradicionais acerca da exploração dos de água (drena-
gem) para um rio
recursos naturais de maneira sustentável. principal e seus
afluentes, devido
as suas caracterís-
ticas geográficas e
topográficas (Fon-
Atividade 01
te: <http://www.
infoescola.com/
hidrografia/bacia-
Realize uma pesquisa sobre a Amazônia, com referência aos seguintes -hidrografica/>.
Acesso em: 22 out.
temas: seres bióticos e abióticos; saberes tradicionais e sobre-explotação
2014.).
dos recursos. Na sequência socialize os resultados com seus colegas de
turma, no ambiente virtual de aprendizagem.
Com esta pesquisa finalizamos por este momento a discussão sobre o primeiro bioma
brasileiro a ser tratado em nosso livro. E vamos à continuação da nossa conversa na pró-
xima seção.
Caatinga
Ecologia
Figura 17 – Caatinga
Fonte: <http://www.atitudessustentaveis.com.br/wp-content/uploads/2014/05/caatinga.jpg>.
Acesso em: 20 set. 2014.
98
Falarmos sobre a Caatinga significa trazer para a discussão informações a respeito de
um bioma singular em nosso Planeta, pois o mesmo só existe no Brasil, ocupando 11% do
território nacional. Esse bioma tem predominância maior na Região Nordeste do país.
Ecologia
Figura 187 – Caatinga viva
Fonte: <http://www.mma.gov.br/estruturas/203/_imagens/5_as_flores_arquivo_mma_eraldo_peres_203.jpg>.
Acesso em: 20 set. 2014.
99
Apesar de toda essa riqueza, este é um bioma que sofre muitas pressões do ser hu-
mano, pois em seu território vivem cerca de 27 milhões de habitantes. Um dos principais
problemas que a Caatinga enfrenta é a extração ilegal de lenha nativa.
Internet
Você pode conhecer um detalhamento bem interessante sobre a Caatin-
ga no endereço eletrônico do Ministério do Meio Ambiente: <http://www.
mma.gov.br/biomas/caatinga>.
Como você está compreendendo, a Caatinga é muito mais do que a visão distorcida
que uma parcela da sociedade tem desta porção do território brasileiro, pois alguns veem
a mesma, apenas como uma região castigada pela seca e pela falta de oportunidades. Ao
contrário desse entendimento, podemos afirmar que esta porção do Brasil é singular do
ponto de vista da biodiversidade no Planeta Terra, pois se trata de um ecossistema único.
Ecologia
100 Cerrado
Figura 20 – Cerrado
Fonte: <http://blog.hotelurbano.com.br/wp-content/uploads/2013/03/Chapada-das-Mesas-vista1.jpg>.
Acesso em: 20 set. 2014.
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e do Brasil. Este é também co-
nhecido como a savana brasileira, sendo considerada como a savana mais rica do Planeta.
Ocupa 22% do território do nosso país, abrangendo os estados de Goiás, Tocantins, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São
Paulo, Distrito Federal, Amapá, Roraima e Amazonas.
Podemos ainda acrescentar que esta região é habitada por 15% das pessoas que
Ecologia
vivem em nosso país. Vale também o registro de que esta porção do território brasileiro é
conhecida como “berço das águas” pois, neste espaço geográfico, encontramos as nas-
centes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins,
101
São Francisco e Prata).
Curiosidade
Você sabia que o problema central da ocupação territorial e econômica do
Cerrado é o caráter predatório do modelo agrosilvopastoril predominante,
que ameaça a própria existência do bioma e de seus povos? Até 2010, o
Cerrado havia perdido 48,5% de sua cobertura vegetal e o processo de
devastação continua (Fonte: <http://www.wwf.org.br/?32303/Povos-e-
-comunidades-tradicionais-do-Cerrado-se-encontram-em-Braslia>. Acesso
em: 22 out. 2014).
Mais uma vez, vemos a “mão invisível” do ser humano atuando de forma predatória sob
a natureza. No caso do Cerrado apesar da abundância de espécies endêmicas, há uma
perda extraordinária de habitat para as mesmas.
Importante
Espécies endêmicas, segundo a Biologia, são seres, sejam eles animais
ou plantas, que por características básicas não são encontrados em qual-
quer outro ambiente natural que não aquele de onde é originário. Ou seja:
aquele ser que é considerado típico de uma determinada região, sem ser
encontrado em qualquer outra, mesmo que semelhante. Para ter uma
ideia da gravidade, uma vez extinta uma determinada espécie, torna-se
impossível reproduzi-la em outro ambiente, uma vez que a adaptação
natural só se dá naquele determinado bioma. Segundo os cientistas, as
características que diferenciam uma espécie da outra se dão justamente
pela interação com o meio ambiente, através de mudanças adquiridas
com o tempo (Fonte: <http://animais.culturamix.com/curiosidades/espe-
cies-endemicas>. Acesso em: 22 out. 2014.).
Ecologia
Mídias
Acesse o endereço <http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/
fragment.pdf> e conheça o documento “Fragmentação de ecossistemas:
causas, efeitos sobre a biodiversidade e recomendações de políticas públi-
cas” e aprofunde seus conhecimentos acerca da necessidade da manuten-
ção da saúde ambiental nestes espaços, a fim de garantir a salvaguarda do
direito de todos à vida.
Resumo
Nesta competência, iniciamos o diálogo sobre os principais biomas brasileiros. Desse
modo, vimos que a Floresta Amazônica representa mais da metade das florestas tropicais
do planeta, e que sua área compreende nove países da América do Sul (Brasil, Bolívia,
Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, República da Guiana, Suriname e Guiana Francesa).
O que faz deste bioma uma referência para a biodiversidade mundial.
Também dialogamos sobre o fato de a Caatinga não ser apenas uma região castigada
pela seca e pela falta de oportunidades, pois, no decorrer da nossa discussão vimos que
a mesma é singular do ponto de vista da biodiversidade no Planeta Terra, por se tratar de
um ecossistema único.
Por fim, discutimos sobre o Cerrado e pudemos ver que este bioma é o segundo maior
bioma da América do Sul e do Brasil. Este é também conhecido como a savana brasileira,
sendo considerada como a savana mais rica do Planeta. Ocupa 22% do território do nosso
país, abrangendo os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Amapá, Ro-
raima e Amazonas.
Ecologia
Autoavaliação 103
1. “Os choques entre as populações, no caso do povo indígena e a natureza, acontecem a
partir de orientações e da introdução de conceitos que são de outra realidade ou cultura,
que são impostos dentro da comunidade. No caso dos povos indígenas, se percebe que
a educação está ligada à estrutura social do povo e sua relação com a natureza. Porque
essa relação constrói, não se criam regras, não se impõe sobre a natureza, se obedece ao
que a natureza orienta, se planeja de acordo com o que a natureza oferece”.
(Fonte: <http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/educacao-
ambiental_naescola.pdf>. Acesso em: 22 out. 2014.).
A partir do texto acima, se pode afirmar que pensar e agir com foco nos biomas brasileiros é:
2. “A Bacia Amazônica é formada por todos os rios, córregos e demais tipos de mananciais
que deságuam no rio Amazonas. Essa bacia abrange estados brasileiros (Amazonas,
Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Amapá), além de países vizinhos (Peru, Colôm-
bia, Equador, Venezuela, Guiana e Bolívia)”
Podemos afirmar que esta canção faz alusão a qual bioma brasileiro:
Ecologia
a) Floresta Amazônica;
b) Caatinga;
105
c) Cerrado;
d) Pampas.
106
Competência
08
Distinguir biomas brasileiros:
Mata Atlântica, Pampa, Pantanal e
Bioma Marinho
Distinguir biomas brasileiros
Mata Atlântica, Pampa, Pantanal e
Bioma Marinho
Chegamos ao final da nossa conversa sobre Ecologia. Como dito anteriormente, a
temática de encerramento do nosso bate-papo são os biomas brasileiros.
Assim, ao longo dessa conversa, espero que você esteja percebendo o quanto nosso
país é rico e qual o tamanho do seu papel enquanto técnico em meio ambiente, para a
manutenção do equilíbrio entre as intervenções humanas e as necessidades da natureza.
Desse modo, pensar e agir com foco nos biomas brasileiros nos leva a reflexão de
como eles se constituem e quais são suas fragilidades, por exemplo, e é exatamente
sobre estas questões que nosso diálogo desta competência será conduzido.
Ecologia
109
Diálogos
Você já parou para pensar a respeito de qual bioma, existente no território,
você habita? Para enriquecer nossa discussão, realize uma pesquisa sobre
as caraterísticas bióticas e abióticas da região em que você vive e socialize
com seus colegas no ambiente virtual
Espero toda a sua energia para finalizarmos temporariamente nossos estudos sobre
Ecologia, uma vez que a construção do conhecimento é ininterrupta e você, em seu exer-
cício profissional, deva buscar atualização constantemente.
O bioma Mata Atlântica é considerado um dos mais importantes do nosso Planeta, pois
Ecologia
sua riqueza de fauna e flora chega a ser maior que a da América do Norte e Europa, por
exemplo. Vale salientar que apenas 7% do bioma original se mantêm em nosso país, um
110 fator muito preocupante, se nós pensarmos que a Mata Atlântica já ocupou aproximada-
mente 12% do território nacional.
Curiosidade
Você sabia que os problemas ambientais enfrentados pela Mata Atlân-
tica se devem ao fato de que a área ocupada pela mesma é a mais den-
samente habitada em nosso país, onde residem mais de 120 milhões
de pessoas?
Este instrumento legal se torna relevante quando observamos que antes das interven-
ções humanas equivocadas, a Mata Atlântica compreendia um território de 1.315.460
km2, perpassando por 17 estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo,
Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas,
Ecologia
Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí), ou seja, praticamente
todo o litoral brasileiro.
Motivados pela necessidade de salvaguarda deste rico bioma, um grupo formado 111
por cientistas, empresários, jornalistas e defensores da questão ambiental, criou em
1986, a Fundação SOS Mata Atlântica, primeira ONG destinada a defender a Mata
Atlântica em nosso país.
Internet
Entenda por que a Fundação SOS Mata Atlântica defende essa causa.
Acesse: <http://www.sosma.org.br/nossa-causa/a-mata-atlantica/>.
Pampa
Vamos continuar nossa conversa sobre os biomas brasileiros falando do Pampa, tam-
bém chamados de Campos do Sul, Campos Sulinos ou ainda Pampas Gaúchos.
Figura 23 – Pampa
Fonte: <http://1.bp.blogspot.com/-LEWmXmm2f18/T14LXOp6c9I/AAAAAAAABRQ/vvdEdAZ3PDI/s1600/pam-
pa_desconhecido.jpg>. Acesso em: 20 set. 2014.
Curiosidade
Ecologia
Atividade 01
Considerando a riqueza da biodiversidade do Pampa Gaúcho, acesse <ht-
tps://www.youtube.com/watch?v=reKPW7-wsd8> e assista ao programa
“Pampa – um bioma típico do sul da América do Sul”. Depois, construa
um texto sobre a biodiversidade dos Campos Sulinos e socialize com seus
colegas no ambiente virtual de aprendizagem (AVA).
Acredito que, pelo material produzido na Atividade 01, existe em você uma consciência
de que não se pode falar em biodiversidade sem mencionar as intervenções humanas nes-
se ambiente. A esse respeito, vale acrescentar que “a progressiva introdução e expansão
das monoculturas e das pastagens com espécies exóticas têm levado a uma rápida degra-
dação e descaracterização das paisagens naturais do Pampa” (MMA, 2014).
Importante
O Pampa é o bioma brasileiro com menor representatividade no Sistema
Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), com apenas 0,36% de seu
território transformado em áreas de conservação (Fonte: <http://ecovia-
gem.uol.com.br/noticias/ambiente/agressoes-ambientais/rico-e-diverso-
-o-pampa-gaucho-e-o-bioma-menos-protegido-do-brasil-7312.asp>. Aces-
so em: 22 out. 2014.).
Ecologia
Pantanal
113
Figura 24 – Pantanal
Fonte: <http://1.bp.blogspot.com/-1oniM2tLUEA/UMNOwQXythI/AAAAAAAACTI/XfK9Cv8sAbQ/s1600/Panta-
nal_salina.JPG>. Acesso em: 20 set. 2014.
Estamos avançando na discussão acerca dos biomas brasileiros. Agora vamos falar
um pouco do Pantanal, considerado umas das maiores planícies de inundação contínua
do planeta.
Curiosidade
Você sabia que o Pantanal alaga por causa das chuvas que ocorrem
com maior frequência nas cabeceiras dos rios, que deságuam na pla-
nície? Com o início do trimestre chuvoso nas regiões altas (a partir de
novembro), sobe o nível de água dos rios, provocando as enchentes. O
mesmo ocorre paralelamente com o rio Paraguai, não havendo como
escoar toda a água acumulada. As águas se espalham e cobrem, conti-
nuamente, vastas extensões em busca de uma saída natural, que só é
encontrada centenas de quilômetros adiante, no encontro com o rio Pa-
raná, que deságua no rio da Prata e este, no Oceano Atlântico, fora do
território brasileiro. As cheias chegam a cobrir até 2/3 da área panta-
neira (Fonte:<http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_priori-
tarias/pantanal/bioma_pantanal/>. Acesso em: 22 out. 2014.).
Ecologia
Esta planície alagada ultrapassa os limites do nosso país, embora, a sua maior área
esteja localizada no Brasil. Desse modo, o território que compreende o Pantanal cerca de
114
624.320 km2 fica dividido da seguinte forma: 62% no Brasil, 20% na Bolívia e 18% no Para-
guai. A porção brasileira fica localizada nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Podemos ainda acrescentar que a região do Pantanal é caracterizada por duas esta-
ções bem definidas do ano: a seca e a chuvosa. No período em que ocorre a seca do Pan-
tanal, de julho a agosto, a água seca de tal forma que se limita aos rios perenes da região.
Já nos meses de novembro a fevereiro (inundação), quando se registram precipitações de
150 mm a 300 mm, o solo se embebe de tal maneira que não é possível à absorção da
água e passa a encher até os leitos mais rasos
Importante
O Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense foi criado pelo Decreto
nº 86.392, de 24 de setembro de 1981, com área de 135.000 ha. O con-
junto de unidades de conservação Parque Nacional do Pantanal e Reser-
vas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) do entorno corresponde
a Área de Conservação Ambiental, reconhecida pela Organização das Na-
ções Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como Patrimônio
da Humanidade e também se encontra como área núcleo da Reserva da
Biosfera Mundial, também reconhecida pela Unesco (Fonte: www.icmbio.
gov.br/portal/o-que-fazemos/visitacao/ucs-abertas-a-visitacao/195-par-
que-nacional-do-pantanal-matogrossense.html).
Perceba que além de belíssimas paisagens, o Pantanal guarda uma riqueza biológica
inquestionável. Com estas afirmativas, podemos constatar cada vez mais que, do ponto de
vista da biodiversidade, nosso país possui uma diferenciação ímpar no contexto mundial.
Isso nos deixa, enquanto brasileiros, com uma imensa responsabilidade de salvaguar-
dar todo esse patrimônio ambiental.
Bioma Marinho
Ecologia
115
Vamos iniciar nossa conversa sobre o Bioma Marinho, comentando que ele é a área
de mudança entre os ecossistemas continentais e marinhos. Para termos uma noção da
dimensão deste bioma, podemos dizer que, em nosso país, o mesmo ocupa uma extensão
de 4,5 milhões de km².
O Bioma Marinho apresenta uma variação geológica intensa, sendo rico em biodi-
versidade, com manguezais, dunas, praias, recifes de corais, costões rochosos, falé-
sias, ilhas, lagoas, restingas, brejos e estuários, e uma grande variedade de espécies
e de ecossistemas.
Internet
Acesse <http://www.mma.gov.br/estruturas/205/_publicacao/205_pu-
blicacao03022011100749.pdf> e verifique o “Panorama da Conservação
dos Ecossistemas Costeiros e Marinhos no Brasil” de modo a perceber a
importância que os mesmos têm para a manutenção da biodiversidade.
Em função de ser composto por ecossistemas litorâneos, o Bioma Marinho sofre uma
interferência muito forte do ser humano, o que o deixa bastante vulnerável. As atividades
Ecologia
116
Curiosidade
Você sabia que os biomas aquáticos podem ser de água doce ou sal-
gada? As águas paradas, como lagos e lagoas, são conhecidas como
águas lênticas. Já as correntes, como no caso dos rios, são denomi-
nadas águas lóticas (Fonte: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/
ciencias/biomas-aquaticos-caracteristicas-dos-lagos-rios-e-mares.
htm>. Acesso em: 22 out. 2014.).
Como já dissemos, o Bioma Marinho do nosso país é bem extenso, o mesmo ocupa 52%
do território continental, compreendendo 17 estados e mais de 400 municípios. Alguns
estudiosos consideram este ambiente de “Amazônia Azul”. É importante ainda lembrar que
nesta área existe a exploração de petróleo e pesca, que se constitui em um grande desafio
para a manutenção do equilíbrio ambiental.
Querendo mais?
Apesar das pressões sofridas pelo Bioma Marinho há uma série de ins-
trumentos que foram criados para minimizar a ação humana: a Conven-
ção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982; a Convenção
da Diversidade Biológica (Rio 92); Conduta para a Pesca Responsável
(1995), aprovado pela Organização das Nações Unidas para a Alimen-
tação (Food and Agriculture Organization of the United Nations – FAO);
o capítulo 17 da Agenda 21 (2002) que trata da proteção dos oceanos,
mares e zonas costeiras.
Sobre o Bioma Marinho Brasileiro, podemos ainda afirmar que em função das limitações
físicas sabemos menos deste espaço do que dos biomas terrestres. Embora saibamos que
o conhecimento não se encerra em uma formação profissional, precisamos finalizar ciclos
Ecologia
de construção do saber. Assim, venho informar que estamos chegando ao final do nosso
estudo sobre a Ecologia.
Desse modo, espero que nosso diálogo tenha favorecido para a construção de uma vi- 117
são ampliada sobre a Ecologia e como este olhar pode contribuir para uma interação mais
equilibrada entre o homem e a natureza, principalmente no seu caso, futuro Técnico em
Meio Ambiente.
Mídias
Acesse <http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/fragment.
pdf> e conheça o documento “Fragmentação de ecossistemas: causas,
efeitos sobre a biodiversidade e recomendações de políticas públicas” e
aprofunde seus conhecimentos acerca da necessidade da manutenção
da saúde ambiental nestes espaços, a fim de garantir a salvaguarda do
direito de todos à vida.
Resumo
Tivemos a oportunidade de conversar sobre a Mata Atlântica, onde ficou claro que os
problemas ambientais enfrentados pelo bioma, se devem ao fato de que a área por ele
ocupada é a mais densamente habitada em nosso país, em que residem mais de 120
milhões de pessoas.
Quando estudamos o Pampa, vimos que este é o bioma brasileiro com menor represen-
tatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), com apenas 0,36%
de seu território transformado em áreas de conservação.
Quando falamos sobre o Pantanal, observamos que esta região é a maior planície de
inundação da Terra, e que a mesma possui duas estações bem definidas: a seca e a chu-
vosa. De julho a agosto, a água no Pantanal seca tão intensamente que se reduz aos rios
perenes da região. Já de novembro a fevereiro, durante as chuvas (que registram precipi-
tações de 150 mm a 300 mm), o solo se embebe abundantemente, o que impossibilita a
absorção da água, provocando a cheia até dos leitos mais rasos. Finalizando nossa discus-
são, vimos que o bioma marinho apresenta intensa variação geológica e rica biodiversida-
de, com a ocorrência de manguezais, recifes de corais, dunas, costões rochosos, praias,
Ecologia
118
Autoavaliação
1. “Alimentação saudável, segurança alimentar, proteção da agrobiodiversidade, preserva-
ção do regionalismo. A agricultura familiar é protagonista em diversos segmentos, po-
rém ainda é desconhecida por parte da população mundial. Para mudar essa realidade
e colocar a produção dessas famílias em maior evidência, a Organização das Nações
Unidas (ONU), na Assembleia Geral, em dezembro de 2011, instituiu o Ano Interna-
cional da Agricultura Familiar (AIAF) 2014” (Fonte: <http://www.brasil.gov.br/infraestru-
tura/2014/04/df-lanca-comissao-que-vai-promover-ano-internacional-da-agricultura-
-familiar>. Acesso em: 22 out. 2014.).
Considerando estas informações, podemos dizer que propostas como essa iniciativa se-
riam contribuintes para:
2. “Hoje, conforme dados do IBGE, há no país 817.963 indígenas, dos quais 502.783 vivem
na zona rural e 315.180 habitam as zonas urbanas brasileiras. Esta população, em sua
grande maioria, vem enfrentando acelerada e complexa transformação social, necessi-
tando novas respostas para a sua sobrevivência física e cultural e garantia às próximas
gerações de melhor qualidade de vida” (Fonte: <http://www.brasil.gov.br/infraestrutu-
ra/2014/04/minha-casa-minha-vida-chega-aos-povos-indigenas-do-pais>. Acesso em:
22 out. 2014.).
No Brasil, parte dos problemas enfrentados pelas populações indígenas se deve a ocupa-
Ecologia
ção do litoral que ocasionou uma enorme perda de biodiversidade para a Mata Atlântica. A
esse respeito podemos afirmar que:
( ) As denominações dadas ao bioma Pampa se devem ao fato de que no Brasil este bioma
Ecologia
a) V, F, F;
b) F, F, F;
c) F, V, F;
d) V, F, V.
Referências
BEGON, Michael; TOWNSEND, Colin R.; HARPER, John L. Ecologia. 4. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2007.
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano-compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes,
2004.
DIAS, Rosângela Lopes. Curso de Educação Ambiental: disciplina Ecologia. Natal: UnP,
2005 (Apostila da Disciplina de Especialização lato sensu).
FAJARDO, Elias. Ecologia e cidadania: se cada um fizer a sua parte... 2. ed. São Paulo:
Senac Nacional, 2003.
Ecologia
SPITZCOVSKY, Débora. Pavan Sukhdev: qual o valor (econômico) da natureza?. Disponível
em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/corporacao-2020/pavan-sukhdev-qual-
o-valor-economico-da-natureza/>. Acesso em: 18 dez. 2013.
121
Conheça o autor
Ana Neri da Paz Justino
Graduada em Turismo, especialista em Educação Ambiental e em Práticas Pedagógicas no
Ensino Superior e Mestre em Administração pela Universidade Potiguar – UnP. Atualmente
Ecologia
é Professora DNS III da UnP e Professora Auxiliar na Universidade do Estado do Rio Gran-
de do Norte. Tem experiência na área de turismo, docência, administração pública, lazer,
recreação, meio ambiente, eventos e planejamento público e privado. É gestora ambien-
122
tal habilitada pelo Programa Nacional de Gestores Ambientais e consultora nas áreas de
domínio de formação em projetos, desenvolvidos pela Fundação Para o Desenvolvimento
Sustentável da Terra Potiguar (FUNDEP/RN). É tutora e autora de material didático para
EaD. Atuou como educadora ambiental no Projeto Barco-Escola Chama-Maré (IDEMA/RN
– FUNDEP/RN).