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Ambiental e
Desenvolvimento
Sustentável
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
CDU 502:37
ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 5
Glossário 10
Atividades 11
Referências 12
1 Ambiente e Desenvolvimento 16
Glossário 19
Atividades 20
Referências 21
Glossário 27
Atividades 28
Referências 29
1 Energia Limpa 33
Glossário 36
Atividades 37
Referências 38
1 Mudanças Climáticas 42
3
Glossário 45
Atividades 46
Referências 47
Glossário 54
Atividades 55
Referências 56
1 Crise da Água 60
Glossário 63
Atividades 64
Referências 65
Glossário 72
Atividades 73
Referências 74
Gabarito 77
4
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
O curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 8 unidades, conforme
a tabela a seguir.
5
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
Bons estudos!
6
UNIDADE 1 | O QUE É
SUSTENTABILIDADE
7
1 O Que É Susten tabilidade
Nunca se ouviu tanto a palavra sustentabilidade. Ela está presente nos debates nas
escolas, nos bate-papos do dia a dia, nos comerciais de TV, nas revistas, nas redes sociais,
nas políticas públicas, nos rótulos de produtos do supermercado e nas empresas. Não
temos dúvida, sustentabilidade está nos centros das atenções atualmente.
Quando ouvimos essa palavra, logo pensamos nas florestas, nos verdes, nos animais
e nos rios. Mas para quem mora em centros urbanos, ou próximo deles, a realidade
é completamente diferente e o que podemos constatar são construções, asfaltos e
poucas ou nenhuma área verde.
É comum encontrarmos pessoas que nunca tomaram um banho de rio ou, se o fizeram,
andaram alguns quilómetros para isso, pois os rios que passam em nossas cidades
muitas vezes estão poluídos ou canalizados embaixo do asfalto, longe da nossa atenção.
8
Pensar em meio ambiente, muitas vezes, é pensar, por exemplo, na Floresta Amazônica.
Mas, esse é um grande erro que cometemos, já que não há lugar possível sem o meio
ambiente. Mas, afinal, sustentabilidade está relacionada somente ao verde da mata e
ao rio limpo?
Essa não é uma pergunta que tem como resposta o sim ou o não. É preciso compreender o
contexto. Em nenhum momento da história humana houve tanta degradação ambiental
como atualmente e ainda não fomos capazes de compreender as consequências de
tanta poluição e desmatamento gerados pelo processo de urbanização, industrialização
e desenvolvimento.
A percepção dos problemas ambientais que vivemos hoje e que demandam soluções
sustentáveis se iniciou na década de 1960, quando tivemos o nascimento do movimento
ambientalista. Desde então, muitos passos foram dados e a educação ambiental se
tornou um dos caminhos que visam contribuir para a sustentabilidade, que se faz
necessária para todos nós, seres vivos, que compartilhamos o ar, a água e o alimento
que vem do solo.
9
A Educação Ambiental é voltada para a cidadania, o objetivo dela é desenvolver no
estudante a capacidade de participar ativamente da sociedade, promovendo ações que
visem maior qualidade de vida para todas as espécies. Ela é a educação que promove
a sustentabilidade.
Vale destacar que educação ambiental se difere de gestão ambiental. Esta é uma
ferramenta para resolução de problemas ou de gestão do meio ambiente.
A educação ambiental está nas esferas das relações, nas dinâmicas sociais, de início na
comunidade local e posteriormente em redes mais amplas de solidariedade.
Glossário
10
Atividades
aa
1) De acordo com o curso, o objetivo da Educação Ambiental
é:
11
Referências
BRANDÃO, C. R. Aqui é onde eu moro, aqui nós vivemos – escritos para conhecer,
pensar e praticar o Município Educador Sustentável. 2ed. Brasília: MMA, 2005.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/mes_livro.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
BRASIL. Mudança do clima: principais conclusões do 5o. Relatório do IPCC – nota técnica.
Brasília: Câmara dos Deputados, 2014. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/
documentos-e-pesquisa/publicacoes/estnottec/areas-da-conle/tema14/2013_24881.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
12
CARVALHO, I. C. M. Qual Educação Ambiental? Elementos para um debate sobre
Educação Ambiental e extensão rural. Agroecologia e Desenvolvimento Rural
Sustentável, Porto Alegre, v. 2, n. 2, 2001. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/
estruturas/educamb/_arquivos/qual_educacao_ambiental_20.pdf>. Acesso em: 23
mar. 2016.
GADOTTI, Moacir. A Carta da Terra na Educação. São Paulo: Instituto Paulo Freire,
2010. Disponível em: <http://www.apu.com.br/assets/imagens/publicacoes/EdL_A_
Carta_da_Terra_na_Educacao_Moacir_Gadotti.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
13
MENDONÇA, F. A.; LEITÃO, S. A. M. Riscos e vulnerabilidade socioambiental urbana:
uma perspectiva a partir dos recursos hídricos. Geotextos, v. 4, n. 1 e 2, p. 145-163,
2008. Disponível em: <http://www.portalseer.ufba.br/index.php/geotextos/article/
view/3300/2413>. Acesso em: 23 mar. 2016.
SCARPA, Fabiano; SOARES, Ana Paula. Pegada ecológica: qual é a sua? São José dos
Campos: INPE, 2012. Disponível em: <http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/
Cartilha%20-%20Pegada%20Ecologica%20-%20web.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
THE LANCET. Protecting health: the global challenge for capitalism. The Lancet, v.
383, n. 9917, p. 577–578, 2014.
______. Water for a sustainable world. UNESCO, 2015. Disponível em: <http://unesdoc.
unesco.org/images/0023/002318/231823E.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
14
UNIDADE 2 | AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO
15
1 Ambiente e Desenvolvimento
dd
Como praticar um desenvolvimento que inclua a perspectiva
ambiental? Como compor os desejos da geração atual de modo
que não comprometa a eficiência de atender as obrigações das
futuras gerações, em um desenvolvimento que não esgota os
recursos para o futuro? Como harmonizar desenvolvimento
econômico e conservação ambiental?
16
Atualmente vivemos sob o modelo de desenvolvimento moldado pelas sociedades
industrializadas que é baseado no consumo altíssimo de energia e recursos naturais,
sobretudo vindos dos países ditos em desenvolvimento, o que é por definição
insustentável.
Os bens são a dimensão material de uma cultura, e temos que ter clareza da
indignidade do subconsumo das populações vulneráveis e também da indignidade do
superconsumo de alguns países, que muitas vezes se utilizam de recursos naturais de
países com grandes questões sociais, ou melhor dizendo, socioambientais.
17
1.1 Os Problemas e as Crises Ambientais
Em 2015 já somos mais de 7 bilhões de pessoas na Terra. Este número está crescendo
e devemos chegar a 11 bilhões até o final do século. Nós consumimos água, alimentos
e outros materiais essenciais para nossa sobrevivência, saúde e conforto. Este
crescimento está causando alterações na estrutura e funções de sistemas naturais da
terra. Rios são desviados e tem suas águas captadas para consumo humano, industrial
ou para irrigação. Esgotos e dejetos da indústria são despejados nos mesmos rios que
coletamos água. Florestas são derrubadas, dando lugar a pastos, plantações e cidades.
Animais são caçados para nos alimentar e vestir. Este consumo dos bens naturais está
além da capacidade de a natureza se recuperar. O sustento e sobrevivência de nossa
população estão cada vez mais ameaçados.
A comissão Lancet (THE LANCET, 2016) que trata da saúde do nosso planeta, chamou
a atenção para três desafios que estão causando impacto na saúde humana e precisam
ser resolvidos. Estes três são causados pela forma como estamos nos desenvolvendo:
18
• 3º desafio – falha na implementação de políticas e ações relacionados às questões
ambientais.
Isto não ocorre apenas em outros países, temos aqui no Brasil, regiões que também
sofrem por conta de impactos ambientais causados pelo desenvolvimento. Em 2015
houve o rompimento de uma barragem na cidade mineira de Mariana. Ela armazenava
resíduos tóxicos da exploração de minérios. O despejo de toneladas de resíduos
causou dois tipos de problemas. O primeiro foi por originado pela grande quantidade
de material saindo da barragem, uma enxurrada de lama que destruiu tudo que tinha
em seu caminho. O segundo por causa dos resíduos tóxicos que foram lançados na
natureza, contaminando o solo e a água de rios e do mar. Este segundo consumirá
muitos recursos e perdurará por anos, talvez décadas, para ser sanado.
Glossário
Potável: refere-se à água doce potável, que é uma água própria para consumo humano,
ou seja, não vai fazer mal à saúde de quem a bebe.
Produto Interno Bruto: Soma de todas as riquezas e serviços que são produzidos no
país.
19
Atividades
aa
1) Assinale a alternativa correta. A sentença: “Erradicar a
pobreza como imperativo ético, social e ambiental” refere-se
a:
b. ( ) Partidos políticos.
c. ( ) Ideias importantes.
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Referências
BRANDÃO, C. R. Aqui é onde eu moro, aqui nós vivemos – escritos para conhecer,
pensar e praticar o Município Educador Sustentável. 2ed. Brasília: MMA, 2005.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/mes_livro.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
BRASIL. Mudança do clima: principais conclusões do 5o. Relatório do IPCC – nota técnica.
Brasília: Câmara dos Deputados, 2014. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/
documentos-e-pesquisa/publicacoes/estnottec/areas-da-conle/tema14/2013_24881.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
21
CARVALHO, I. C. M. Qual Educação Ambiental? Elementos para um debate sobre
Educação Ambiental e extensão rural. Agroecologia e Desenvolvimento Rural
Sustentável, Porto Alegre, v. 2, n. 2, 2001. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/
estruturas/educamb/_arquivos/qual_educacao_ambiental_20.pdf>. Acesso em: 23
mar. 2016.
GADOTTI, Moacir. A Carta da Terra na Educação. São Paulo: Instituto Paulo Freire,
2010. Disponível em: <http://www.apu.com.br/assets/imagens/publicacoes/EdL_A_
Carta_da_Terra_na_Educacao_Moacir_Gadotti.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
22
MENDONÇA, F. A.; LEITÃO, S. A. M. Riscos e vulnerabilidade socioambiental urbana:
uma perspectiva a partir dos recursos hídricos. Geotextos, v. 4, n. 1 e 2, p. 145-163,
2008. Disponível em: <http://www.portalseer.ufba.br/index.php/geotextos/article/
view/3300/2413>. Acesso em: 23 mar. 2016.
SCARPA, Fabiano; SOARES, Ana Paula. Pegada ecológica: qual é a sua? São José dos
Campos: INPE, 2012. Disponível em: <http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/
Cartilha%20-%20Pegada%20Ecologica%20-%20web.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
THE LANCET. Protecting health: the global challenge for capitalism. The Lancet, v.
383, n. 9917, p. 577–578, 2014.
______. Water for a sustainable world. UNESCO, 2015. Disponível em: <http://unesdoc.
unesco.org/images/0023/002318/231823E.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
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UNIDADE 3 | POR QUE DEVEMOS
SER AMBIENTALMENTE
CORRETOS
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1 Por Que Devemos Ser Ambientalmente Corretos
Por que devemos ser ambientalmente corretos? Parece até uma pergunta primária,
com respostas lógicas, mas a verdade é que o homem vive em um ambiente e o degrada,
destruindo os recursos de que precisa como se fossem inesgotáveis.
O planeta Terra é o lugar em que nascemos, nossa casa, vivemos nele, precisamos dele,
é o nosso lar. O que você faz com no seu lar? Cuida com zelo, atenção, carinho, faz
reparos e manutenções. Então, com o Planeta não deve ser diferente, devemos pensá-
lo como extensão de nossas casas. Afinal, o que vamos deixar para as gerações futuras?
Ademais, se cada um cuidar de seu espaço, de seu jardim e de suas relações com seus
vizinhos e comunidade, podemos conceber um mundo cheio de vida, de esperança e
de sustentabilidade. E é para alcançar esse bem comum que precisamos todos pensar
de forma ambientalmente correta e consciente. Precisamos de todos, mas devemos
começamos por nós mesmos.
25
que se tenha condição de participação de decisões no seu bairro, na sua cidade e em
seu país, também é fundamental para que se possa agir localmente, agir localmente
seria o ponto de partida.
hh
Olhar para o aqui e agora, para esse lugar e para nossa história
de vida, compreender melhor essas relações, está ao alcance de
todos e é um dos objetivos da educação ambiental.
São inúmeros os assuntos dos quais podemos nos inteirar para atuar: como lidamos
com o lixo em nossa casa, em nosso bairro, em nossa cidade? Como usamos os recursos
como a água nas casas, na agricultura, nas indústrias? Ou sobre a energia elétrica:
onde e quando ocorrem desperdícios? E nossos alimentos? De onde provém? Como
são produzidos?
E as políticas sobre esses assuntos, elas existem? Funcionam? Precisam ser construídas
ou alteradas? Quais são os movimentos socioambientais de minha cidade? Como
atuam? Quais os assuntos que trabalham?
Mas vale ressaltar que a educação ambiental não deve impor prática ou conteúdo
para os educandos, mas promover ambientes e encontros que permitam que as
compreensões individuais e coletivas aconteçam a partir de diálogos e reflexões.
Por fim, para terminarmos esse item, temos uma frase do educador brasileiro Paulo
Freire que diz assim: “A educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas.
Pessoas transformam o mundo”. Essa deve ser nossa compreensão, e o ponto de início
de nossa ação somos nós mesmos.
26
Glossário
27
Atividades
aa
1) De acordo com o que estudamos na Unidade 3, do que
precisamos para agir de forma correta com o meio
ambiente?
a. ( ) Aumentar o PIB.
c. ( ) Conhecimento.
a. ( ) pioram
b. ( ) transformam
c. ( ) aumentam
d. ( ) diminuem
28
Referências
BRANDÃO, C. R. Aqui é onde eu moro, aqui nós vivemos – escritos para conhecer,
pensar e praticar o Município Educador Sustentável. 2ed. Brasília: MMA, 2005.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/mes_livro.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
BRASIL. Mudança do clima: principais conclusões do 5o. Relatório do IPCC – nota técnica.
Brasília: Câmara dos Deputados, 2014. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/
documentos-e-pesquisa/publicacoes/estnottec/areas-da-conle/tema14/2013_24881.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
29
CARVALHO, I. C. M. Qual Educação Ambiental? Elementos para um debate sobre
Educação Ambiental e extensão rural. Agroecologia e Desenvolvimento Rural
Sustentável, Porto Alegre, v. 2, n. 2, 2001. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/
estruturas/educamb/_arquivos/qual_educacao_ambiental_20.pdf>. Acesso em: 23
mar. 2016.
GADOTTI, Moacir. A Carta da Terra na Educação. São Paulo: Instituto Paulo Freire,
2010. Disponível em: <http://www.apu.com.br/assets/imagens/publicacoes/EdL_A_
Carta_da_Terra_na_Educacao_Moacir_Gadotti.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
30
MENDONÇA, F. A.; LEITÃO, S. A. M. Riscos e vulnerabilidade socioambiental urbana:
uma perspectiva a partir dos recursos hídricos. Geotextos, v. 4, n. 1 e 2, p. 145-163,
2008. Disponível em: <http://www.portalseer.ufba.br/index.php/geotextos/article/
view/3300/2413>. Acesso em: 23 mar. 2016.
SCARPA, Fabiano; SOARES, Ana Paula. Pegada ecológica: qual é a sua? São José dos
Campos: INPE, 2012. Disponível em: <http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/
Cartilha%20-%20Pegada%20Ecologica%20-%20web.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
THE LANCET. Protecting health: the global challenge for capitalism. The Lancet, v.
383, n. 9917, p. 577–578, 2014.
______. Water for a sustainable world. UNESCO, 2015. Disponível em: <http://unesdoc.
unesco.org/images/0023/002318/231823E.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
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UNIDADE 4 | ENERGIA LIMPA
32
1 Energia Limpa
As energias podem ser consideradas renováveis, que são as energias limpas, e não
renováveis, conforme a disponibilidade e capacidade de reposição dos recursos
utilizados. Atualmente ainda somos, aqui no Brasil e no mundo, uma sociedade
dependente de combustíveis não renováveis.
33
Dependendo de como a energia é produzida, pode causar grandes impactos
socioambientais. A energia limpa é definida assim porque em seu processo de
produção ou consumo não libera resíduos ou gases poluentes geradores do efeito
estufa e do aquecimento global.
As fontes de energia que liberam quantidades muito baixas desses gases ou resíduos
também são consideradas fontes de energia limpa. A produção e o consumo dessas
fontes de energia limpa são fundamentais para trilharmos um caminho mais sustentável
enquanto sociedade.
Quando falamos em energia limpa não estamos afirmando que não há nenhum impacto
socioambiental, pois, até esse momento, não há energia que não provoque impacto ao
ambiente. Todas as formas de energia causam algum impacto, mas as energias limpas
não interferem na poluição em nível global, essa é a diferença.
Entre as formas de energia que atendem a esses requisitos estão: energia eólica,
energia solar, energia maremotriz, energia geotérmica, energia nuclear, biogás e
biocombustíveis. Abaixo vamos falar de cada uma delas.
Porém, se pensarmos que esse gás volta a fixar-se no vegetal durante o seu crescimento,
por meio da fotossíntese, temos uma fonte renovável e que tem o balanço de carbono
igual a zero para a atmosfera e, por isso, esses combustíveis são considerados “limpos”.
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No Brasil o mais comum é termos a energia elétrica a partir da
• Energia eólica: gerada pela força do vento. Para isso, instalam-se hélices presas
em um pilar, que captam a energia mecânica produzida pelos ventos para
transformá-la em energia elétrica. Os impactos que a energia eólica pode causar
são ameaça aos pássaros, que por vezes se acidentam nas hélices, a alteração das
paisagens, a poluição sonora e interferência nas transmissões de rádio e TV.
• Energia solar: gerada a partir dos raios solares. Instalam-se painéis solares com
células voltaicas (feitas principalmente de silício), que captam a energia do sol.
Isso pode ser usado para aquecer a água das casas e também produzir energia
elétrica. A instalação dessas placas ainda tem um custo elevado, ficando menos
acessível para a população, mas isso está mudando e o valor está se reduzindo a
cada ano que passa. O custo inicial dos painéis solares acaba sendo compensado
pela economia, quando comparado à energia elétrica convencional. O principal
impacto desse tipo de energia limpa é na extração e no processamento do silício.
• Energia geotérmica: é a energia calorífica da terra, que vem do magma que fica
em torno de 64 km da superfície terrestre. Esse calor faz a água de camadas
subterrâneas evaporar e esse vapor é conduzido por meio de tubos até fazer
girar uma turbina, e então um gerador transforma essa energia mecânica em
elétrica.
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• Energia nuclear: as reações de fissão nuclear geram uma quantidade enorme
de energia, que é utilizada nessas usinas para aquecer a água. O vapor gerado
faz as turbinas girarem, produzindo energia elétrica. Causa grande impacto
socioambiental por gerar lixo nuclear. Há muita divergência sobre se essa energia
é limpa ou não, e muitos afirmam que não por causa do lixo que gera.
Glossário
Fissão Nuclear: é o processo pelo qual os núcleos de átomos são partidos, e isso faz
com que grande quantidade de energia seja liberada.
Poluição sonora: são barulhos e ruídos que quando estão em elevado volume causam
danos à saúde humana.
36
Atividades
aa
1) Assinale a alternativa que responde corretamente a
seguinte pergunta: O que é correto afirmar sobre energia
eólica e solar?
37
Referências
BRANDÃO, C. R. Aqui é onde eu moro, aqui nós vivemos – escritos para conhecer,
pensar e praticar o Município Educador Sustentável. 2ed. Brasília: MMA, 2005.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/mes_livro.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
BRASIL. Mudança do clima: principais conclusões do 5o. Relatório do IPCC – nota técnica.
Brasília: Câmara dos Deputados, 2014. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/
documentos-e-pesquisa/publicacoes/estnottec/areas-da-conle/tema14/2013_24881.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
38
CARVALHO, I. C. M. Qual Educação Ambiental? Elementos para um debate sobre
Educação Ambiental e extensão rural. Agroecologia e Desenvolvimento Rural
Sustentável, Porto Alegre, v. 2, n. 2, 2001. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/
estruturas/educamb/_arquivos/qual_educacao_ambiental_20.pdf>. Acesso em: 23
mar. 2016.
GADOTTI, Moacir. A Carta da Terra na Educação. São Paulo: Instituto Paulo Freire,
2010. Disponível em: <http://www.apu.com.br/assets/imagens/publicacoes/EdL_A_
Carta_da_Terra_na_Educacao_Moacir_Gadotti.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
39
MENDONÇA, F. A.; LEITÃO, S. A. M. Riscos e vulnerabilidade socioambiental urbana:
uma perspectiva a partir dos recursos hídricos. Geotextos, v. 4, n. 1 e 2, p. 145-163,
2008. Disponível em: <http://www.portalseer.ufba.br/index.php/geotextos/article/
view/3300/2413>. Acesso em: 23 mar. 2016.
SCARPA, Fabiano; SOARES, Ana Paula. Pegada ecológica: qual é a sua? São José dos
Campos: INPE, 2012. Disponível em: <http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/
Cartilha%20-%20Pegada%20Ecologica%20-%20web.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
THE LANCET. Protecting health: the global challenge for capitalism. The Lancet, v.
383, n. 9917, p. 577–578, 2014.
______. Water for a sustainable world. UNESCO, 2015. Disponível em: <http://unesdoc.
unesco.org/images/0023/002318/231823E.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
40
UNIDADE 5 | MUDANÇAS
CLIMÁTICAS
41
1 Mudanças Climáticas
Quando os raios de sol chegam à Terra, parte deles são absorvidos e transformados
em calor, deixando o Planeta aquecido. Outra parte desses raios são refletidos e
redirecionados para o espaço. Os chamados gases estufa é que são capazes de reter
esse calor do sol.
42
Nas últimas décadas, com a industrialização, aumentamos a poluição do ar, e o aumento
desses gases do efeito estufa na atmosfera provocaram um aumento na temperatura
de todo o Planeta, causando o que chamamos de aquecimento global.
• Metano (CH4);
• Ozônio (O3);
• Cloro-flúor-carboneto (CFC);
cc das emissões mundiais dos gases do efeito estufa, pois com ela
temos a emissão do metano pela flatulência dos ovinos e
bovinos, que é 20 vezes mais potente que o gás carbônico nesse
processo. Também temos a emissão de metano na decomposição
do lixo orgânico e no derretimento do solo congelado das
regiões frias, onde originalmente ficava estocado na matéria
inorgânica inerte.
43
A poluição dos rios e mares também afeta o aquecimento global, pois no oceano há
espécies de algas que são responsáveis pela absorção de gás carbônico e emissão de
oxigênio, mas quando as águas estão com poluição ocorre a destruição dos habitats e
essas espécies diminuem em quantidade.
É uma maneira de estudarmos e repensarmos qual o impacto que nossa forma de viver
tem no Planeta. Se pesquisarmos qual a ‘pegada ecológica’ de um país considerado
desenvolvido, veremos que é muito distante do que acontece numa população
considerada subdesenvolvida.
Fabiano Scarpa e Ana Paula Soares (2012) explicam que a expressão “pegada ecológica”
foi criada por Mathis Wackernagel e William Rees nos anos 1990 e atualmente é uma
das formas utilizadas para medir a utilização dos recursos naturais do planeta. Assim,
a “pegada ecológica” relaciona-se ao desenvolvimento sustentável no que diz respeito
ao uso racional e equitativo dos recursos naturais (SCARPA E SOARES, 2012, p. 6).
Para calcular uma ‘pegada ecológica’ é necessário somar todos os componentes que
podem causar impacto socioambiental, e para diminuirmos o impacto no ambiente
precisamos repensar a mobilidade urbana, a alimentação e iniciar processos de
consumo sustentável e diminuição da produção de lixo.
Todo consumo causa impacto, mas ter consciência disso na hora de escolher contribui
para a construção coletiva de um mundo melhor para todos nós.
44
Glossário
45
Atividades
aa
1) Assinale a alternativa que completa corretamente a
seguinte frase: Pegada ecológica serve para:
46
Referências
BRANDÃO, C. R. Aqui é onde eu moro, aqui nós vivemos – escritos para conhecer,
pensar e praticar o Município Educador Sustentável. 2ed. Brasília: MMA, 2005.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/mes_livro.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
BRASIL. Mudança do clima: principais conclusões do 5o. Relatório do IPCC – nota técnica.
Brasília: Câmara dos Deputados, 2014. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/
documentos-e-pesquisa/publicacoes/estnottec/areas-da-conle/tema14/2013_24881.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
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CARVALHO, I. C. M. Qual Educação Ambiental? Elementos para um debate sobre
Educação Ambiental e extensão rural. Agroecologia e Desenvolvimento Rural
Sustentável, Porto Alegre, v. 2, n. 2, 2001. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/
estruturas/educamb/_arquivos/qual_educacao_ambiental_20.pdf>. Acesso em: 23
mar. 2016.
GADOTTI, Moacir. A Carta da Terra na Educação. São Paulo: Instituto Paulo Freire,
2010. Disponível em: <http://www.apu.com.br/assets/imagens/publicacoes/EdL_A_
Carta_da_Terra_na_Educacao_Moacir_Gadotti.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
48
MENDONÇA, F. A.; LEITÃO, S. A. M. Riscos e vulnerabilidade socioambiental urbana:
uma perspectiva a partir dos recursos hídricos. Geotextos, v. 4, n. 1 e 2, p. 145-163,
2008. Disponível em: <http://www.portalseer.ufba.br/index.php/geotextos/article/
view/3300/2413>. Acesso em: 23 mar. 2016.
SCARPA, Fabiano; SOARES, Ana Paula. Pegada ecológica: qual é a sua? São José dos
Campos: INPE, 2012. Disponível em: <http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/
Cartilha%20-%20Pegada%20Ecologica%20-%20web.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
THE LANCET. Protecting health: the global challenge for capitalism. The Lancet, v.
383, n. 9917, p. 577–578, 2014.
______. Water for a sustainable world. UNESCO, 2015. Disponível em: <http://unesdoc.
unesco.org/images/0023/002318/231823E.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
49
UNIDADE 6 | O PAPEL DO
TRANSPORTE NA QUESTÃO
AMBIENTAL
50
1 O Papel do Transporte na Questão Ambiental
hh
Sabemos que a questão da mobilidade urbana tem um impacto
direto e profundo na qualidade do ambiente e qualidade de vida
das pessoas. Assim, estrategicamente, temos que encontrar
soluções que atendam às necessidades de deslocamento das
pessoas nas áreas urbanas e estimular de forma integrada os
diferentes modos de transporte: transporte público, ciclovias e
sistemas de carona.
51
Nossa história nos mostra que fomos desenvolvendo uma mobilidade dependente do
automóvel e a má qualidade do transporte coletivo só reforça esse fato. Nas cidades
temos as vias públicas tomadas por trânsito, deixando de ser espaços de convivência e
passando a ser apenas uma via de passagem.
Assim, temos que confrontar esse tema e esse desafio que compõe a agenda e as
políticas ambientais, sem deixar de lado também, a frota de motocicletas e a frota de
transporte de cargas.
Podemos inserir, além desses fatores, o aumento da poluição sonora, a perda de tempo
nos congestionamentos, o aumento do estresse, a degradação dos espaços públicos
de convivência e atropelamentos.
O foco deve sempre ser uma sociedade mais justa e mais saudável para todos, ou seja,
ser sustentável. Mas essas conquistas são efetivas quando são pensadas coletivamente
e partes de políticas públicas criadas com a participação cidadã.
1. Acessibilidade universal;
52
6. Segurança nos deslocamentos das pessoas;
53
Imagine uma cidade em que uma pessoa precisa caminhar no máximo 20 minutos para
ter acesso ao seu trabalho, ou sua escola, ou ao lazer. Em lugares como a Alemanha
isso já acontece. Outros países também estão investindo nessa direção, inclusive
a prefeitura de São Paulo está tomando iniciativas de estímulo a isso, construindo
ciclovias.
Glossário
54
Atividades
aa
1) Assinale a alternativa que completa corretamente a
seguinte frase: Construir ciclovias:
a. ( ) Atrapalha os carros.
a. ( ) Muito pobres.
c. ( ) Sustentáveis.
d. ( ) Litorâneas.
c. ( ) Investem na sustentabilidade.
55
Referências
BRANDÃO, C. R. Aqui é onde eu moro, aqui nós vivemos – escritos para conhecer,
pensar e praticar o Município Educador Sustentável. 2ed. Brasília: MMA, 2005.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/mes_livro.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
BRASIL. Mudança do clima: principais conclusões do 5o. Relatório do IPCC – nota técnica.
Brasília: Câmara dos Deputados, 2014. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/
documentos-e-pesquisa/publicacoes/estnottec/areas-da-conle/tema14/2013_24881.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
56
CARVALHO, I. C. M. Qual Educação Ambiental? Elementos para um debate sobre
Educação Ambiental e extensão rural. Agroecologia e Desenvolvimento Rural
Sustentável, Porto Alegre, v. 2, n. 2, 2001. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/
estruturas/educamb/_arquivos/qual_educacao_ambiental_20.pdf>. Acesso em: 23
mar. 2016.
GADOTTI, Moacir. A Carta da Terra na Educação. São Paulo: Instituto Paulo Freire,
2010. Disponível em: <http://www.apu.com.br/assets/imagens/publicacoes/EdL_A_
Carta_da_Terra_na_Educacao_Moacir_Gadotti.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
57
MENDONÇA, F. A.; LEITÃO, S. A. M. Riscos e vulnerabilidade socioambiental urbana:
uma perspectiva a partir dos recursos hídricos. Geotextos, v. 4, n. 1 e 2, p. 145-163,
2008. Disponível em: <http://www.portalseer.ufba.br/index.php/geotextos/article/
view/3300/2413>. Acesso em: 23 mar. 2016.
SCARPA, Fabiano; SOARES, Ana Paula. Pegada ecológica: qual é a sua? São José dos
Campos: INPE, 2012. Disponível em: <http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/
Cartilha%20-%20Pegada%20Ecologica%20-%20web.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
THE LANCET. Protecting health: the global challenge for capitalism. The Lancet, v.
383, n. 9917, p. 577–578, 2014.
______. Water for a sustainable world. UNESCO, 2015. Disponível em: <http://unesdoc.
unesco.org/images/0023/002318/231823E.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
58
UNIDADE 7 | CRISE DA ÁGUA
59
1 Crise da Água
Sabemos que sem água não há vida. Nada pode ser ou existir no Planeta sem a presença
dela. Essa é uma questão mundial e aparentemente pode parecer contraditória, já que
70% da superfície da Terra é coberta por água.
60
Podemos pensar então que não há como diminuir a quantidade de água do Planeta
Terra. Porém, para sobrevivermos, nós, habitantes da Terra, precisamos de água doce
potável que seja acessível.
O que tem diminuído é a quantidade dessa água doce potável com a poluição,
o desperdício da utilização, sobretudo pela indústria e agricultura baseada na
monocultura, a impermeabilização do solo, que impede que essa água seja absorvida e
reintegrada aos lençóis freáticos.
Em uma área verde, como uma mata, quando a chuva cai é amortecida pelas copas de
árvores, e vai escorrendo com menos velocidade pelas folhas, galhos e troncos, até
chegar ao solo. Quando chega aí, encontra sistemas de raízes que perfuram e fazem
aeração do solo.
Assim, o solo tem capacidade de absorver parte dessa água, que alimenta os lençóis
freáticos, que em outro momento alimentará córregos, riachos e rios. O que não é
absorvido encontra caminho até os rios, mas com velocidade adequada, porque vai
percorrer o solo da floresta encontrando muitas plantas em seu caminho, desviando e
escorrendo entre herbáceas, arbustos e árvores.
Quando observamos uma chuva num centro urbano, vemos que a chuva atinge o
asfalto com velocidade, e corre para os bueiros rapidamente, indo integralmente em
volume para os rios da região. O que acontece é que deixamos de alimentar os lençóis
freáticos e ocorrem as enchentes. Em um ambiente natural não há enchente, porque
os rios não são retos e possuem sua área de charco e de cheia. Nas cidades nós fazemos
construções nesses locais, sem respeitar a vazão e os períodos de cheia do rio.
Em áreas rurais, baseadas na monocultura e em pastos, a chuva cai no solo com força
e não pode ser absorvida pelo solo na maneira que ocorre em ambientes com mata.
Assim, a água arrasta com ela nutrientes do solo causando erosões e também um
aumento de matéria orgânica nos rios, modificando o PH e a composição bioquímica
da água.
61
Assim, podemos compreender que desmatamento e crescimento urbano sem
planejamento socioambiental se relaciona diretamente com o que chamamos de
crise da água. Poluição de todos os tipos, esgotos domésticos, despejos industriais,
consumismo, desigualdade social, lixo. Todos esses assuntos se relacionam diretamente
com essa temática.
hh
Uma forma bastante consciente e inteligente de lidar com isso é
conservar e restaurar as áreas de matas ciliares, que
acompanham os cursos d’água. Isso é altamente eficaz para a
preservação e aumento da água doce potável.
Em 2014, na região Sudeste do país, e de forma menos intensa, mas também presente
no Centro-Oeste e Nordeste, tivemos uma forte seca e instalou-se um momento
de crise. Junto com uma gestão e planejamento de infraestrutura pouco eficaz, os
níveis dos reservatórios de abastecimentos de muitas cidades, sobretudo São Paulo,
praticamente secaram.
A falta de chuva foi apontada por alguns pesquisadores como consequência dos
desmatamentos das florestas. Também alguns estudos relacionam essa mudança do
regime das chuvas com as mudanças climáticas. Mas não podemos pensar essa situação
sem compreender a dimensão política e econômica, pois o crescimento industrial,
populacional, comercial estão vinculados tanto ao desmatamento quanto à falta de
planejamento de infraestrutura para reservatórios, captação e distribuição da água.
Na dimensão local, podemos observar nossa relação com a água: como é o desperdício
em minha casa, em meu bairro, em minha cidade? Como é a produção dos alimentos
que compro? Como é feita a irrigação? Posso diminuir o consumo em meu estilo de vida?
Afinal, tudo o que compro usou água em algum momento de seu ciclo de produção.
62
Muitas pessoas no mundo não têm acesso a torneiras com água potável. Não possuem
água potável para beber ou cozinhar. Muito menos saneamento básico. Pensar a
desigualdade na distribuição desse recurso de valor também nos diz muito sobre os
problemas socioambientais que contribuem para a insustentabilidade de nossa forma
de organizar as sociedades.
Essas reflexões podem expandir para compreender que precisamos nos sensibilizar
em relação à água. Não de forma superficial, mas numa relação de pertencimento e
reverência a esse Planeta Terra que nos oferece tanta água.
Glossário
Matas ciliares: vegetação que ocorrem nas margens de rios e outros corpos d’água.
63
Atividades
aa
1) Assinale a alternativa que completa corretamente a
seguinte frase: A absorção da água e o abastecimento do
lençol freático acontece:
a. ( ) Ao ciclo da água.
a. ( ) Cíclica.
64
Referências
BRANDÃO, C. R. Aqui é onde eu moro, aqui nós vivemos – escritos para conhecer,
pensar e praticar o Município Educador Sustentável. 2ed. Brasília: MMA, 2005.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/mes_livro.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
BRASIL. Mudança do clima: principais conclusões do 5o. Relatório do IPCC – nota técnica.
Brasília: Câmara dos Deputados, 2014. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/
documentos-e-pesquisa/publicacoes/estnottec/areas-da-conle/tema14/2013_24881.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
65
CARVALHO, I. C. M. Qual Educação Ambiental? Elementos para um debate sobre
Educação Ambiental e extensão rural. Agroecologia e Desenvolvimento Rural
Sustentável, Porto Alegre, v. 2, n. 2, 2001. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/
estruturas/educamb/_arquivos/qual_educacao_ambiental_20.pdf>. Acesso em: 23
mar. 2016.
GADOTTI, Moacir. A Carta da Terra na Educação. São Paulo: Instituto Paulo Freire,
2010. Disponível em: <http://www.apu.com.br/assets/imagens/publicacoes/EdL_A_
Carta_da_Terra_na_Educacao_Moacir_Gadotti.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
66
MENDONÇA, F. A.; LEITÃO, S. A. M. Riscos e vulnerabilidade socioambiental urbana:
uma perspectiva a partir dos recursos hídricos. Geotextos, v. 4, n. 1 e 2, p. 145-163,
2008. Disponível em: <http://www.portalseer.ufba.br/index.php/geotextos/article/
view/3300/2413>. Acesso em: 23 mar. 2016.
SCARPA, Fabiano; SOARES, Ana Paula. Pegada ecológica: qual é a sua? São José dos
Campos: INPE, 2012. Disponível em: <http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/
Cartilha%20-%20Pegada%20Ecologica%20-%20web.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
THE LANCET. Protecting health: the global challenge for capitalism. The Lancet, v.
383, n. 9917, p. 577–578, 2014.
______. Water for a sustainable world. UNESCO, 2015. Disponível em: <http://unesdoc.
unesco.org/images/0023/002318/231823E.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
67
UNIDADE 8 | CONSEQUÊNCIAS
DO AQUECIMENTO GLOBAL NO
PLANETA
68
1 Consequências do Aquecimento Global no Planeta
O padrão dos ventos também sofre alterações, influenciando chuvas, secas, enchentes.
Também há alterações na presença e frequência de ciclones tropicais e furacões, e
outros eventos meteorológicos extremos que atingem cidades e florestas, causando
prejuízo e a morte de humanos, animais e vegetais, assim como a destruição de
ecossistemas.
69
O El Niño é um fenômeno natural que ocorre no Oceano Pacífico
e tem um impacto importante em todo o sistema climático
mundial. Com ele, as regiões Leste e tropical do Pacífico sofrem
forte aquecimento, com consequências no Planeta todo,
variando a distribuição das chuvas e as temperaturas. Estudos
indicam forte relação do aquecimento global que intensificam o
El Niño, podendo duplicar sua frequência e intensidade.
A estiagem no norte do Brasil e a queda do nível do Rio Negro fez Manaus ficar com
muitos focos de incêndio e muitos dias debaixo de uma nuvem de fumaça, também em
outubro de 2015.
Nesse mesmo mês, tivemos uma onda de calor no Centro Oeste, Sudeste e Nordeste,
com temperaturas altíssimas, e muitas cidades registrando temperaturas recordes.
As três últimas décadas foram as mais quentes de que se tem registro. E os oceanos
acumulam a maior parte do aquecimento, o que tem afetado sua biodiversidade,
correntes marinhas e diminuição da capacidade de absorver gás carbônico.
Os mares estão ficando ácidos devido à absorção de gás carbônico, e seu nível
aumentou devido à expansão térmica das águas. Essa elevação já atingiu 19 cm entre
1901 e 2010, e pode chegar a 80 cm até 2100 (MARENGO, 2006).
70
As pesquisas demonstram que a remoção do gás carbônico atmosférico é muito lenta e
tem padrões de feedback, pois os efeitos são cumulativos e de longo prazo. Ou seja, as
previsões são catastróficas e mesmo se conseguíssemos cessar a emissão desses gases
imediatamente, o que não é um fato, ainda assim teríamos que enfrentar grandes e
extensos impactos.
Durante a Rio 92 foi adotado a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança
do Clima (CQNUMC), e foi um passo internacional importante no reconhecimento
da necessidade de alcançarmos o objetivo da redução dos gases de efeito estufa no
mundo.
Essa redução deve acontecer em várias atividades econômicas e envolver, em cada país
membro, a reforma da infraestrutura de energia, a matriz de transportes, a mobilidade
urbana, a proteção das florestas, águas e ecossistemas em geral, a redução das
queimadas e a promoção de sistemas energéticos renováveis, e práticas sustentáveis.
71
É fundamental compreendermos esse cenário global, mas também continuar agindo
localmente, em vistas a procurar compreender e acompanhar os acordos internacionais
de Mudanças Globais, assim como atuar em nosso cotidiano, diminuindo nossa pegada
ecológica e criando modos de vida eficientes e sustentáveis.
Glossário
Calotas polares: trata-se das camadas de gelo que estão sobre terra firme nas regiões
dos polos do nosso planeta.
72
Atividades
aa
1) Assinale a alternativa correta complementando a frase:
Reduzir as emissões de gases de efeito estufa:
73
Referências
BRANDÃO, C. R. Aqui é onde eu moro, aqui nós vivemos – escritos para conhecer,
pensar e praticar o Município Educador Sustentável. 2ed. Brasília: MMA, 2005.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/mes_livro.
pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
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Brasília: Câmara dos Deputados, 2014. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/
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pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
74
CARVALHO, I. C. M. Qual Educação Ambiental? Elementos para um debate sobre
Educação Ambiental e extensão rural. Agroecologia e Desenvolvimento Rural
Sustentável, Porto Alegre, v. 2, n. 2, 2001. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/
estruturas/educamb/_arquivos/qual_educacao_ambiental_20.pdf>. Acesso em: 23
mar. 2016.
GADOTTI, Moacir. A Carta da Terra na Educação. São Paulo: Instituto Paulo Freire,
2010. Disponível em: <http://www.apu.com.br/assets/imagens/publicacoes/EdL_A_
Carta_da_Terra_na_Educacao_Moacir_Gadotti.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
75
MENDONÇA, F. A.; LEITÃO, S. A. M. Riscos e vulnerabilidade socioambiental urbana:
uma perspectiva a partir dos recursos hídricos. Geotextos, v. 4, n. 1 e 2, p. 145-163,
2008. Disponível em: <http://www.portalseer.ufba.br/index.php/geotextos/article/
view/3300/2413>. Acesso em: 23 mar. 2016.
SCARPA, Fabiano; SOARES, Ana Paula. Pegada ecológica: qual é a sua? São José dos
Campos: INPE, 2012. Disponível em: <http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/
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383, n. 9917, p. 577–578, 2014.
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unesco.org/images/0023/002318/231823E.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.
76
Gabarito
Unidade 1 C A -
Unidade 2 C B -
Unidade 3 C B -
Unidade 4 B C -
Unidade 5 D D C
Unidade 6 B C C
Unidade 7 B C D
Unidade 8 A D B
77