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Educação

Ambiental e
Desenvolvimento
Sustentável
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

Curso on-line – Educação Ambiental e


Desenvolvimento Sustentável – Brasília:
SEST/SENAT, 2016.
78 p. :il. – (EaD)

1. Educação ambiental. 2. Proteção ambiental. I.


Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de
Aprendizagem do Transporte. III. Título.

CDU 502:37

ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 5

Unidade 1 | O Que É Sustentabilidade 7

1 O Que É Susten tabilidade 8

Glossário 10

Atividades 11

Referências 12

Unidade 2 | Ambiente e Desenvolvimento 15

1 Ambiente e Desenvolvimento 16

1.1 Os Problemas e as Crises Ambientais 18

2 O Impacto no Ambiente por Causa do Desenvolvimento 18

Glossário 19

Atividades 20

Referências 21

Unidade 3 | Por Que Devemos Ser Ambientalmente Corretos 24

1 Por Que Devemos Ser Ambientalmente Corretos 25

Glossário 27

Atividades 28

Referências 29

Unidade 4 | Energia Limpa 32

1 Energia Limpa 33

Glossário 36

Atividades 37

Referências 38

Unidade 5 | Mudanças Climáticas 41

1 Mudanças Climáticas 42

3
Glossário 45

Atividades 46

Referências 47

Unidade 6 | O Papel do Transporte na Questão Ambiental 50

1 O Papel do Transporte na Questão Ambiental 51

Glossário 54

Atividades 55

Referências 56

Unidade 7 | Crise da Água 59

1 Crise da Água 60

Glossário 63

Atividades 64

Referências 65

Unidade 8 | Consequências do Aquecimento Global no Planeta 68

1 Consequências do Aquecimento Global no Planeta 69

Glossário 72

Atividades 73

Referências 74

Gabarito 77

4
Apresentação

Prezado(a) aluno(a),

Seja bem-vindo(a) ao curso Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável!

Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de


cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos,
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e
ajudar na compreensão do conteúdo.

O curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 8 unidades, conforme
a tabela a seguir.

Unidades Carga Horária


Unidade 1 | O Que é Sustentabilidade 4h
Unidade 2 | Ambiente e Desenvolvimento 3h
Unidade 3 | Por que Devemos Ser Ambientalmente Corretos 3h
Unidade 4 | Energia Limpa 2h
Unidade 5 | Mudanças Climáticas 2h
Unidade 6 | O Papel do Transporte na Questão Ambiental 2h
Unidade 7 | Crise da Água 2h
Unidade 8 | Consequências do Aquecimento Global no Planeta 2h

5
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:

a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas


“Aulas Interativas”;

b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;

c) responder à “Avaliação de Reação”; e

d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.

Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de


dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat.
org.br.

Bons estudos!

6
UNIDADE 1 | O QUE É
SUSTENTABILIDADE

7
1 O Que É Susten tabilidade

Nunca se ouviu tanto a palavra sustentabilidade. Ela está presente nos debates nas
escolas, nos bate-papos do dia a dia, nos comerciais de TV, nas revistas, nas redes sociais,
nas políticas públicas, nos rótulos de produtos do supermercado e nas empresas. Não
temos dúvida, sustentabilidade está nos centros das atenções atualmente.

Mas o que de fato significa esse termo?

Quando ouvimos essa palavra, logo pensamos nas florestas, nos verdes, nos animais
e nos rios. Mas para quem mora em centros urbanos, ou próximo deles, a realidade
é completamente diferente e o que podemos constatar são construções, asfaltos e
poucas ou nenhuma área verde.

É comum encontrarmos pessoas que nunca tomaram um banho de rio ou, se o fizeram,
andaram alguns quilómetros para isso, pois os rios que passam em nossas cidades
muitas vezes estão poluídos ou canalizados embaixo do asfalto, longe da nossa atenção.

8
Pensar em meio ambiente, muitas vezes, é pensar, por exemplo, na Floresta Amazônica.
Mas, esse é um grande erro que cometemos, já que não há lugar possível sem o meio
ambiente. Mas, afinal, sustentabilidade está relacionada somente ao verde da mata e
ao rio limpo?

Essa não é uma pergunta que tem como resposta o sim ou o não. É preciso compreender o
contexto. Em nenhum momento da história humana houve tanta degradação ambiental
como atualmente e ainda não fomos capazes de compreender as consequências de
tanta poluição e desmatamento gerados pelo processo de urbanização, industrialização
e desenvolvimento.

Não temos dúvida que a palavra sustentabilidade relaciona-se com o conceito de


ambiente. Quanto mais degradado o ambiente, menos sustentável ele é. Sustentabilidade
vem do verbo sustentar. Dessa forma, podemos dizer que sustentabilidade se refere
a sustentar a vida no Planeta. Portanto, ações que visem a sustentabilidade de um rio,
por exemplo, devem promover resultados que ajudem a biodiversidade (diversidade
de espécies de animais e plantas) a viver, se alimentar e se reproduzir naquele rio. Ou
seja, quanto menos poluição e desmatamento, mais sustentável será aquele rio.

Há um engano comum ligado ao conceito de sustentabilidade,

cc que é o fato de acreditarmos que os problemas são unicamente


ambientais. No entanto, eles são amplos e estão ligados à forma
como nos relacionamos com outros seres humanos, com outras
espécies (de plantas e animais) e com o ambiente em que
vivemos.

É preciso ter em mente que para compreendermos a sustentabilidade não devemos


tratar os problemas como unicamente ambientais ou sociais, todos são socioambientais.
A sustentabilidade também deve ser compreendida de forma sistêmica, pois envolve
aspectos econômico, político, social, cultural e ambiental.

A percepção dos problemas ambientais que vivemos hoje e que demandam soluções
sustentáveis se iniciou na década de 1960, quando tivemos o nascimento do movimento
ambientalista. Desde então, muitos passos foram dados e a educação ambiental se
tornou um dos caminhos que visam contribuir para a sustentabilidade, que se faz
necessária para todos nós, seres vivos, que compartilhamos o ar, a água e o alimento
que vem do solo.

9
A Educação Ambiental é voltada para a cidadania, o objetivo dela é desenvolver no
estudante a capacidade de participar ativamente da sociedade, promovendo ações que
visem maior qualidade de vida para todas as espécies. Ela é a educação que promove
a sustentabilidade.

Vale destacar que educação ambiental se difere de gestão ambiental. Esta é uma
ferramenta para resolução de problemas ou de gestão do meio ambiente.

A educação ambiental está nas esferas das relações, nas dinâmicas sociais, de início na
comunidade local e posteriormente em redes mais amplas de solidariedade.

A principal ideia do desenvolvimento sustentável está relacionada à escolha de um


caminho equilibrado que esteja entre desenvolvimento e conservação do meio
ambiente, procurando equilíbrio ao implementar soluções em relação aos problemas
socioambientais.

Glossário

Movimento ambientalista: organização de cidadãos que atuam e lutam em nome da


conservação do Planeta Terra.

10
Atividades

aa
1) De acordo com o curso, o objetivo da Educação Ambiental
é:

a. ( ) Resolver problemas ambientais ou problemas de gestão


ambiental.

b. ( ) Manter o crescimento do PIB para sustentar o aumento


populacional.

c. ( ) Desenvolver a capacidade de participar ativamente da


sociedade, promovendo ações que visem maior qualidade de
vida para todas as espécies.

d. ( ) Promover resultados que ajudem unicamente os seres


humanos, que são dependentes exclusivos dos recursos que
meio ambiente oferece.

2) Conforme o curso, a ideia de desenvolvimento sustentável


está relacionada à escolha:

a. ( ) De um caminho equilibrado que esteja entre o


desenvolvimento e a conservação do meio ambiente.

b. ( ) Manter o crescimento do PIB para sustentar o aumento


populacional.

c. ( ) De promoção de ações que visem maior qualidade de vida


para os seres humanos.

d. ( ) Criar multas para quem poluir.

11
Referências

CARTA CAPITAL. A crise ambiental contemporânea. Portal da internet, 2015.


Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/blogs/blog-do-grri/a-crise-ambiental-
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Brasília: Câmara dos Deputados, 2014. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/
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Técnicos n. 8. Brasília: Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental, 2006.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/dt_08.pdf>.
Acesso em: 23 mar. 2016.

______. Programa Nacional de Educação Ambiental. Ministério do Meio Ambiente.


Departamento de Educação Ambiental; Ministério da Educação, Coordenação Geral da
Educação Ambiental. 3ed. Brasília: MMA, 2005. Disponível em: <http://portal.mec.gov.
br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/pronea3.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.

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de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 2002. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4281.htm>. Acesso em: 23 mar. 2016.

______. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental,


institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 28 abr. 1999. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9795.htm>. Acesso em: 23 mar. 2016.

12
CARVALHO, I. C. M. Qual Educação Ambiental? Elementos para um debate sobre
Educação Ambiental e extensão rural. Agroecologia e Desenvolvimento Rural
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publicacao13012009094643.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.

______. Encontros e Caminhos: formação de educadores ambientais e coletivos


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13
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decisao.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.

14
UNIDADE 2 | AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO

15
1 Ambiente e Desenvolvimento

dd
Como praticar um desenvolvimento que inclua a perspectiva
ambiental? Como compor os desejos da geração atual de modo
que não comprometa a eficiência de atender as obrigações das
futuras gerações, em um desenvolvimento que não esgota os
recursos para o futuro? Como harmonizar desenvolvimento
econômico e conservação ambiental?

Essas são as perguntas pertinentes para que a sustentabilidade seja concebida,


construída e ampliada mais e mais a cada ano, para que possamos recriar nossa forma
humana de estar no mundo e de nos relacionar com as formas de vida do Planeta.

A educação ambiental tem um papel central nesse processo, pois trabalha na


perspectiva socioambiental visando a participação ativa cidadã, além de ensinar os
saberes necessários para a sustentabilidade.

16
Atualmente vivemos sob o modelo de desenvolvimento moldado pelas sociedades
industrializadas que é baseado no consumo altíssimo de energia e recursos naturais,
sobretudo vindos dos países ditos em desenvolvimento, o que é por definição
insustentável.

Dessa forma, há o entendimento de que cada sociedade e comunidade possa


se organizar e se estruturar em termos de sustentabilidade próprias, com seus
parâmetros e agenda, na sua composição étnica e cultural específica. Por isso o termo
está sempre no plural e não no singular: falamos sociedades sustentáveis.

Isso não invalida os avanços já alcançados na compreensão, políticas e ações


estruturadas de desenvolvimento sustentável, mas inclui novas reflexões e práticas no
bojo dessas questões.

Dentre essas reflexões há a necessidade urgente de compreendermos que usar os


recursos da Terra como se fossem infinitos, produzindo coisas e mais coisas de todos
os tipos, estimulando um superconsumo de forma desigual para diferentes países,
enquanto em outros faltam até o básico, como água potável, realmente é um jeito de
funcionar pouco inteligente enquanto humanidade.

Os bens são a dimensão material de uma cultura, e temos que ter clareza da
indignidade do subconsumo das populações vulneráveis e também da indignidade do
superconsumo de alguns países, que muitas vezes se utilizam de recursos naturais de
países com grandes questões sociais, ou melhor dizendo, socioambientais.

Precisamos compreender que a sustentabilidade se ancora na

cc relação com o meio natural e com o meio social e cultural, e


como o superconsumo é insustentável para a Terra. Assim
poderemos compreender que reciclar é importante, mas ao lado
de muitas outras ações mais amplas e urgentes, como por
exemplo erradicar a pobreza é um imperativo ético, social e
ambiental, apontando para a necessidade de ter garantidos os
direitos à água potável, ao ar puro, aos alimentos, ao saneamento
básico.

17
1.1 Os Problemas e as Crises Ambientais

Em 2015 já somos mais de 7 bilhões de pessoas na Terra. Este número está crescendo
e devemos chegar a 11 bilhões até o final do século. Nós consumimos água, alimentos
e outros materiais essenciais para nossa sobrevivência, saúde e conforto. Este
crescimento está causando alterações na estrutura e funções de sistemas naturais da
terra. Rios são desviados e tem suas águas captadas para consumo humano, industrial
ou para irrigação. Esgotos e dejetos da indústria são despejados nos mesmos rios que
coletamos água. Florestas são derrubadas, dando lugar a pastos, plantações e cidades.
Animais são caçados para nos alimentar e vestir. Este consumo dos bens naturais está
além da capacidade de a natureza se recuperar. O sustento e sobrevivência de nossa
população estão cada vez mais ameaçados.

Em várias regiões do planeta já há falta de água potável e

cc moradia digna. Os cidadãos de regiões da Índia, China e do


continente Africano, já vivem no seu dia a dia esta realidade de
escassez, causando muito sofrimento.

2 O Impacto no Ambiente por Causa do Desenvolvimento

A comissão Lancet (THE LANCET, 2016) que trata da saúde do nosso planeta, chamou
a atenção para três desafios que estão causando impacto na saúde humana e precisam
ser resolvidos. Estes três são causados pela forma como estamos nos desenvolvendo:

• 1º desafio – confiança excessiva no crescimento do Produto Interno Bruto


como medida de progresso humano. As populações mais pobres a os países
em desenvolvimento não têm capacidade para se precaver contra problemas
causados pela exploração dos recursos naturais.

• 2º desafio – falta de entendimento sobre os impactos de ações na natureza na


saúde humana. Segundo esta comissão faltam estudos que gerem informações
confiáveis relacionando as ações humanas na saúde planetária.

18
• 3º desafio – falha na implementação de políticas e ações relacionados às questões
ambientais.

O incentivo ao crescimento dos produtos e serviços, sem o correto entendimento de


seus impactos sobre nossas saúdes e sem que ações necessárias para reduzir estes
impactos sejam tomadas, é um conjunto de fatores que levam ao risco de termos uma
crise ambiental sem precedentes.

Isto não ocorre apenas em outros países, temos aqui no Brasil, regiões que também
sofrem por conta de impactos ambientais causados pelo desenvolvimento. Em 2015
houve o rompimento de uma barragem na cidade mineira de Mariana. Ela armazenava
resíduos tóxicos da exploração de minérios. O despejo de toneladas de resíduos
causou dois tipos de problemas. O primeiro foi por originado pela grande quantidade
de material saindo da barragem, uma enxurrada de lama que destruiu tudo que tinha
em seu caminho. O segundo por causa dos resíduos tóxicos que foram lançados na
natureza, contaminando o solo e a água de rios e do mar. Este segundo consumirá
muitos recursos e perdurará por anos, talvez décadas, para ser sanado.

Glossário

Bojo: parte mais larga em forma convexa.

Indignidade: qualidade do que não é digno.

Parâmetros: padrão pelo qual pode ser estabelecida uma comparação.

Potável: refere-se à água doce potável, que é uma água própria para consumo humano,
ou seja, não vai fazer mal à saúde de quem a bebe.

Produto Interno Bruto: Soma de todas as riquezas e serviços que são produzidos no
país.

Sociedades sustentáveis: sociedade capaz de satisfazer sua produção, consumo e


crescimento sem utilizar mais recursos naturais do que aqueles que consegue repor.

19
Atividades

aa
1) Assinale a alternativa correta. A sentença: “Erradicar a
pobreza como imperativo ético, social e ambiental” refere-se
a:

a. ( ) Assuntos somente econômicos.

b. ( ) Partidos políticos.

c. ( ) Compromissos de sustentabilidade integral.

d. ( ) Assuntos somente ambientais.

2) Assinale a alternativa correta: Ambiente, desenvolvimento


e sustentabilidade são:

a. ( ) Nomes de diferentes disciplinas.

b. ( ) Conceitos essenciais para a educação ambiental.

c. ( ) Ideias importantes.

d. ( ) Coisas diferentes e separadas.

20
Referências

CARTA CAPITAL. A crise ambiental contemporânea. Portal da internet, 2015.


Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/blogs/blog-do-grri/a-crise-ambiental-
contemporanea-5192.html>. Acesso em: 23 mar. 2016.

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23
UNIDADE 3 | POR QUE DEVEMOS
SER AMBIENTALMENTE
CORRETOS

24
1 Por Que Devemos Ser Ambientalmente Corretos

Por que devemos ser ambientalmente corretos? Parece até uma pergunta primária,
com respostas lógicas, mas a verdade é que o homem vive em um ambiente e o degrada,
destruindo os recursos de que precisa como se fossem inesgotáveis.

O planeta Terra é o lugar em que nascemos, nossa casa, vivemos nele, precisamos dele,
é o nosso lar. O que você faz com no seu lar? Cuida com zelo, atenção, carinho, faz
reparos e manutenções. Então, com o Planeta não deve ser diferente, devemos pensá-
lo como extensão de nossas casas. Afinal, o que vamos deixar para as gerações futuras?

Ademais, se cada um cuidar de seu espaço, de seu jardim e de suas relações com seus
vizinhos e comunidade, podemos conceber um mundo cheio de vida, de esperança e
de sustentabilidade. E é para alcançar esse bem comum que precisamos todos pensar
de forma ambientalmente correta e consciente. Precisamos de todos, mas devemos
começamos por nós mesmos.

Compreender como os diferentes países, comunidades e pessoas se relacionam com a


sustentabilidade é relevante. Precisamos de conhecimento para agir de forma correta
com o meio ambiente, não basta apenas boa vontade. A informação é importante para

25
que se tenha condição de participação de decisões no seu bairro, na sua cidade e em
seu país, também é fundamental para que se possa agir localmente, agir localmente
seria o ponto de partida.

hh
Olhar para o aqui e agora, para esse lugar e para nossa história
de vida, compreender melhor essas relações, está ao alcance de
todos e é um dos objetivos da educação ambiental.

São inúmeros os assuntos dos quais podemos nos inteirar para atuar: como lidamos
com o lixo em nossa casa, em nosso bairro, em nossa cidade? Como usamos os recursos
como a água nas casas, na agricultura, nas indústrias? Ou sobre a energia elétrica:
onde e quando ocorrem desperdícios? E nossos alimentos? De onde provém? Como
são produzidos?

E as políticas sobre esses assuntos, elas existem? Funcionam? Precisam ser construídas
ou alteradas? Quais são os movimentos socioambientais de minha cidade? Como
atuam? Quais os assuntos que trabalham?

Todas essas perguntas são a base da compreensão de como podemos contribuir


para construir um “aqui” sustentável. Essas perguntas são também a base para uma
cidadania ativa, eu como parte atuante de um todo maior, fazendo o que posso para
contribuir com um mundo mais justo e melhor para todos nós.

Mas vale ressaltar que a educação ambiental não deve impor prática ou conteúdo
para os educandos, mas promover ambientes e encontros que permitam que as
compreensões individuais e coletivas aconteçam a partir de diálogos e reflexões.

Por fim, para terminarmos esse item, temos uma frase do educador brasileiro Paulo
Freire que diz assim: “A educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas.
Pessoas transformam o mundo”. Essa deve ser nossa compreensão, e o ponto de início
de nossa ação somos nós mesmos.

Essa é a importância de sermos (sócio-) ambientalmente corretos, pois a mudança


do mundo começa em nós, como nos disse Gandhi, que foi um grande líder político e
espiritual da Índia: “Seja a mudança que você deseja ver no mundo”.

26
Glossário

Movimentos socioambientais: movimentos ligados a ações que respeitam o ambiente.

27
Atividades

aa
1) De acordo com o que estudamos na Unidade 3, do que
precisamos para agir de forma correta com o meio
ambiente?

a. ( ) Aumentar o PIB.

b. ( ) De modificações sociais que nos permitam consumir


mais.

c. ( ) Conhecimento.

d. ( ) Nada, não há o que se fazer pelo meio ambiente.

2) Complete a frase de Paulo Freire: “A educação não


transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas
___________ o mundo.”

a. ( ) pioram

b. ( ) transformam

c. ( ) aumentam

d. ( ) diminuem

28
Referências

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31
UNIDADE 4 | ENERGIA LIMPA

32
1 Energia Limpa

As energias podem ser consideradas renováveis, que são as energias limpas, e não
renováveis, conforme a disponibilidade e capacidade de reposição dos recursos
utilizados. Atualmente ainda somos, aqui no Brasil e no mundo, uma sociedade
dependente de combustíveis não renováveis.

Mas a cada ano as pesquisas avançam e nossa consciência

ff também se amplia em relação às questões de sustentabilidade,


e as energias limpas estão cada vez mais acessíveis.

As fontes de energia são utilizadas para propiciar o deslocamento de veículos, gerar


calor, produzir eletricidade para os mais diversos fins. Qualquer país precisa criar para
si uma infraestrutura energética capaz de suprir as demandas de sua população e
atividades econômicas. Usamos energia nas residências, no comércio, na agricultura,
nos meios de transporte.

33
Dependendo de como a energia é produzida, pode causar grandes impactos
socioambientais. A energia limpa é definida assim porque em seu processo de
produção ou consumo não libera resíduos ou gases poluentes geradores do efeito
estufa e do aquecimento global.

As fontes de energia que liberam quantidades muito baixas desses gases ou resíduos
também são consideradas fontes de energia limpa. A produção e o consumo dessas
fontes de energia limpa são fundamentais para trilharmos um caminho mais sustentável
enquanto sociedade.

Quando falamos em energia limpa não estamos afirmando que não há nenhum impacto
socioambiental, pois, até esse momento, não há energia que não provoque impacto ao
ambiente. Todas as formas de energia causam algum impacto, mas as energias limpas
não interferem na poluição em nível global, essa é a diferença.

Entre as formas de energia que atendem a esses requisitos estão: energia eólica,
energia solar, energia maremotriz, energia geotérmica, energia nuclear, biogás e
biocombustíveis. Abaixo vamos falar de cada uma delas.

Quando falamos de energia limpa para movimentação de veículos, estamos falando


sobre aquela que não contribui de maneira significativa para a quantidade de dióxido
de carbono (CO2) na atmosfera e, consequentemente, não agrava o problema do
aquecimento global por exemplo: etanol e o biodiesel.

O biodiesel pode ser produzido a partir de vários óleos vegetais,

ee tais como: soja, milho, palma, algodão, mamona, amendoim,


girassol, dendê, canola, gergelim. Assim como qualquer material
orgânico, quando queimados os biocombustíveis também
liberam dióxido de carbono.

Porém, se pensarmos que esse gás volta a fixar-se no vegetal durante o seu crescimento,
por meio da fotossíntese, temos uma fonte renovável e que tem o balanço de carbono
igual a zero para a atmosfera e, por isso, esses combustíveis são considerados “limpos”.

Já os combustíveis fósseis, como os derivados do petróleo, emitem gás carbônico


desde a sua extração até a sua queima e são não renováveis e não têm o balance de
carbono igual ou próximo de zero.

34
No Brasil o mais comum é termos a energia elétrica a partir da

ee energia hidráulica. São construídas usinas hidrelétricas que


aproveitam o movimento das águas de rios em lugares com
desnível (naturais ou artificiais). O movimento das águas faz as
turbinas girar e um gerador transforma essa energia mecânica
em energia elétrica. A construção dessas usinas causa
alagamentos, alterações de paisagens, destruição de
ecossistemas e deslocamentos de populações, entre outros
impactos socioambientais.

As principais fontes de energia limpa são:

• Energia eólica: gerada pela força do vento. Para isso, instalam-se hélices presas
em um pilar, que captam a energia mecânica produzida pelos ventos para
transformá-la em energia elétrica. Os impactos que a energia eólica pode causar
são ameaça aos pássaros, que por vezes se acidentam nas hélices, a alteração das
paisagens, a poluição sonora e interferência nas transmissões de rádio e TV.

• Energia solar: gerada a partir dos raios solares. Instalam-se painéis solares com
células voltaicas (feitas principalmente de silício), que captam a energia do sol.
Isso pode ser usado para aquecer a água das casas e também produzir energia
elétrica. A instalação dessas placas ainda tem um custo elevado, ficando menos
acessível para a população, mas isso está mudando e o valor está se reduzindo a
cada ano que passa. O custo inicial dos painéis solares acaba sendo compensado
pela economia, quando comparado à energia elétrica convencional. O principal
impacto desse tipo de energia limpa é na extração e no processamento do silício.

• Energia maremotriz: a energia cinética proveniente das ondas dos mares é


aproveitada para gerar energia elétrica. As águas do mar movimentam uma
turbina que aciona um gerador de eletricidade, processo parecido com a energia
eólica.

• Energia geotérmica: é a energia calorífica da terra, que vem do magma que fica
em torno de 64 km da superfície terrestre. Esse calor faz a água de camadas
subterrâneas evaporar e esse vapor é conduzido por meio de tubos até fazer
girar uma turbina, e então um gerador transforma essa energia mecânica em
elétrica.

35
• Energia nuclear: as reações de fissão nuclear geram uma quantidade enorme
de energia, que é utilizada nessas usinas para aquecer a água. O vapor gerado
faz as turbinas girarem, produzindo energia elétrica. Causa grande impacto
socioambiental por gerar lixo nuclear. Há muita divergência sobre se essa energia
é limpa ou não, e muitos afirmam que não por causa do lixo que gera.

• Biogás: produzido a partir da transformação de excrementos animais e lixo


orgânico, como restos de alimentos, em uma mistura gasosa, que substitui o gás
de cozinha, derivado do petróleo. A matéria-prima é fermentada por bactérias
num biodigestor, liberando gás e adubo.

• Biocombustíveis: geração de etanol e biodiesel para veículos automotores a


partir de produtos agrícolas (como semente de mamona e cana-de-açúcar) e
cascas, galhos e folhas de árvores, que sofrem processos físico-químicos. O Brasil
está entre os maiores produtores mundiais.

Glossário

Agravar: tornar mais grave, piorar ou dificultar a situação.

Biocombustíveis: combustíveis gerados a partir de produtos agrícolas.

Biogás: gás produzido por transformações naturais.

Energia eólica: é gerada a partir da força do vento.

Energia geotérmica: é a energia calorífica da terra, que vem do magma.

Energia maremotriz: é a energia cinética proveniente das ondas dos mares é


aproveitada para gerar energia elétrica.

Energia solar: é gerada a partir dos raios solares.

Fissão Nuclear: é o processo pelo qual os núcleos de átomos são partidos, e isso faz
com que grande quantidade de energia seja liberada.

Poluição sonora: são barulhos e ruídos que quando estão em elevado volume causam
danos à saúde humana.

36
Atividades

aa
1) Assinale a alternativa que responde corretamente a
seguinte pergunta: O que é correto afirmar sobre energia
eólica e solar?

a. ( ) Não existe no Brasil.

b. ( ) São energias limpas.

c. ( ) São muito caras.

d. ( ) Precisamos inventar tecnologia para podermos ter.

2) Assinale a alternativa correta de acordo com o que você


aprendeu na Unidade 4. Sobre os biocombustíveis, podemos
afirmar que:

a. ( ) Não poluem em nada o meio ambiente.

b. ( ) São combustíveis não renováveis.

c. ( ) O Brasil está entre os maiores produtores mundiais.

d. ( ) O Brasil ainda não produz.

37
Referências

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40
UNIDADE 5 | MUDANÇAS
CLIMÁTICAS

41
1 Mudanças Climáticas

As mudanças climáticas, também conhecidas como aquecimento


global, ocorrem devido ao aumento das emissões de gases do
efeito estufa na atmosfera, sobretudo o gás carbônico (CO2).
Essas mudanças são reais e estão acontecendo agora em nosso
Planeta.

Efeito estufa é um fenômeno natural e ajuda o Planeta a manter sua temperatura,


permitindo que haja condições para existir vida. Sem isso a Terra seria muito fria, e
dificilmente haveria seres vivos.

Quando os raios de sol chegam à Terra, parte deles são absorvidos e transformados
em calor, deixando o Planeta aquecido. Outra parte desses raios são refletidos e
redirecionados para o espaço. Os chamados gases estufa é que são capazes de reter
esse calor do sol.

42
Nas últimas décadas, com a industrialização, aumentamos a poluição do ar, e o aumento
desses gases do efeito estufa na atmosfera provocaram um aumento na temperatura
de todo o Planeta, causando o que chamamos de aquecimento global.

Os principais gases do efeito estufa que provocam esse fenômeno são:

• Dióxido de carbono (CO2);

• Óxido nitroso (N2O);

• Metano (CH4);

• Ozônio (O3);

• Cloro-flúor-carboneto (CFC);

• O vapor d’água (H2O).

Esses gases são liberados na atmosfera principalmente a partir de queima de


combustíveis fósseis e desmatamento e aumentam o aquecimento na Terra, provocando
consequências desastrosas. Assim, podemos compreender mais profundamente a
necessidade de utilizarmos energia limpa e conservarmos e ampliarmos as áreas
verdes.

Também precisamos considerar que a pecuária representa 16%

cc das emissões mundiais dos gases do efeito estufa, pois com ela
temos a emissão do metano pela flatulência dos ovinos e
bovinos, que é 20 vezes mais potente que o gás carbônico nesse
processo. Também temos a emissão de metano na decomposição
do lixo orgânico e no derretimento do solo congelado das
regiões frias, onde originalmente ficava estocado na matéria
inorgânica inerte.

Sabe-se agora, através de pesquisas, que o aquecimento atmosférico e também o


aquecimento marítimo, assim como a elevação dos oceanos devido ao derretimento
das calotas polares, continuarão por séculos mesmo se a concentração dos gases estufa
cessarem, pois ocorrem processos climáticos de realimentação e também muitos dos
efeitos se produzem com lentidão na escala global.

43
A poluição dos rios e mares também afeta o aquecimento global, pois no oceano há
espécies de algas que são responsáveis pela absorção de gás carbônico e emissão de
oxigênio, mas quando as águas estão com poluição ocorre a destruição dos habitats e
essas espécies diminuem em quantidade.

Precisamos lembrar que o processo industrial é responsável pela emissão de muitos


desses gases e que uma economia baseada no alto consumo contribui para o
aquecimento global. Assim, precisamos repensar nossa cultura consumista.

É uma maneira de estudarmos e repensarmos qual o impacto que nossa forma de viver
tem no Planeta. Se pesquisarmos qual a ‘pegada ecológica’ de um país considerado
desenvolvido, veremos que é muito distante do que acontece numa população
considerada subdesenvolvida.

Fabiano Scarpa e Ana Paula Soares (2012) explicam que a expressão “pegada ecológica”
foi criada por Mathis Wackernagel e William Rees nos anos 1990 e atualmente é uma
das formas utilizadas para medir a utilização dos recursos naturais do planeta. Assim,
a “pegada ecológica” relaciona-se ao desenvolvimento sustentável no que diz respeito
ao uso racional e equitativo dos recursos naturais (SCARPA E SOARES, 2012, p. 6).

Para calcular uma ‘pegada ecológica’ é necessário somar todos os componentes que
podem causar impacto socioambiental, e para diminuirmos o impacto no ambiente
precisamos repensar a mobilidade urbana, a alimentação e iniciar processos de
consumo sustentável e diminuição da produção de lixo.

A pergunta que respondemos quando calculamos a pegada ecológica é: Quantos


planetas seriam necessários se todos tivessem o mesmo estilo de vida que você?

Se a humanidade consome mais recursos do que a capacidade de renovação da Terra,


precisamos rever nossos padrões de consumo, pois isso ameaça a vida em nosso
Planeta. Quando pudermos, por cuidado e consciência, promover mudanças em
nosso cotidiano, estaremos contribuindo com algo muito maior que nosso ambiente
individual.

Todo consumo causa impacto, mas ter consciência disso na hora de escolher contribui
para a construção coletiva de um mundo melhor para todos nós.

As mudanças climáticas são reais e estão acontecendo exatamente agora. É preciso


que tenhamos consciência desse fato, e que a ação de cada um pode mudar o todo.

44
Glossário

Equitativo: diz respeito aquilo que é justo.

Inerte: algo imóvel e inanimado, ou seja, sem vida.

45
Atividades

aa
1) Assinale a alternativa que completa corretamente a
seguinte frase: Pegada ecológica serve para:

a. ( ) Sabermos quais os animais existem no ecossistema.

b. ( ) Sabermos o que é meio ambiente.

c. ( ) Ajudarmos a salvar a natureza.

d. ( ) Compreendermos qual impacto nossa forma de viver


causa no planeta.

2) Assinale a alternativa que completa corretamente a


seguinte frase: As mudanças climáticas:

a. ( ) Acontecerão num futuro próximo.

b. ( ) Não acontecem no Brasil.

c. ( ) Acontecem na Europa e na América do Norte.

d. ( ) Estão acontecendo no planeta no presente.

3) Quanto à capacidade de renovação da Terra, podemos


afirmar que:

a. ( ) Reciclar o lixo resolve esse problema.

b. ( ) Todos os países consomem e utilizam a mesma quantidade


de recursos do planeta, e por isso, são igualmente
responsáveis.

c. ( ) Que precisamos repensar o consumismo.

d. ( ) Que encontraremos uma alternativa tecnológica para


resolver essa questão.

46
Referências

CARTA CAPITAL. A crise ambiental contemporânea. Portal da internet, 2015.


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49
UNIDADE 6 | O PAPEL DO
TRANSPORTE NA QUESTÃO
AMBIENTAL

50
1 O Papel do Transporte na Questão Ambiental

Mobilidade urbana sustentável é o grande desafio da atualidade em todas as partes


do mundo. Envolve a implantação de outras alternativas de transporte, na tentativa
de diminuir o desperdício de tempo em que ficamos parados no trânsito e também
à queima de combustíveis fósseis em excesso, que aumentou devido ao alarmante
crescimento dessa frota. A preocupação é, sobretudo, nos grandes centros urbanos,
que já possui elevado índice de poluição atmosférica.

hh
Sabemos que a questão da mobilidade urbana tem um impacto
direto e profundo na qualidade do ambiente e qualidade de vida
das pessoas. Assim, estrategicamente, temos que encontrar
soluções que atendam às necessidades de deslocamento das
pessoas nas áreas urbanas e estimular de forma integrada os
diferentes modos de transporte: transporte público, ciclovias e
sistemas de carona.

51
Nossa história nos mostra que fomos desenvolvendo uma mobilidade dependente do
automóvel e a má qualidade do transporte coletivo só reforça esse fato. Nas cidades
temos as vias públicas tomadas por trânsito, deixando de ser espaços de convivência e
passando a ser apenas uma via de passagem.

Assim, temos que confrontar esse tema e esse desafio que compõe a agenda e as
políticas ambientais, sem deixar de lado também, a frota de motocicletas e a frota de
transporte de cargas.

Esse padrão de mobilidade centrado no transporte motorizado individual mostrou-


se insustentável, tanto no que diz respeito ao atendimento das necessidades de
deslocamento da grande população, como no quesito de proteção ambiental.

Podemos inserir, além desses fatores, o aumento da poluição sonora, a perda de tempo
nos congestionamentos, o aumento do estresse, a degradação dos espaços públicos
de convivência e atropelamentos.

Assim como em outras áreas de nossa vida, na alimentação, na questão do consumo e


consumismo, na questão do lixo, também precisaremos repensar e recriar na área de
mobilidade urbana.

O foco deve sempre ser uma sociedade mais justa e mais saudável para todos, ou seja,
ser sustentável. Mas essas conquistas são efetivas quando são pensadas coletivamente
e partes de políticas públicas criadas com a participação cidadã.

A Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal nº 12.587/2012) trata de


apresentar princípios, diretrizes e instrumentos fundamentais para esse processo de
transição. Dentre os princípios temos (BRASIL, 2013, p. 7):

1. Acessibilidade universal;

2. Desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões


socioeconômicas e ambientais;

3. Equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo;

4. Eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de


transporte urbano;

5. Gestão democrática e controle social do planejamento e


avaliação da política nacional de mobilidade urbana;

52
6. Segurança nos deslocamentos das pessoas;

7. Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos


diferentes modos e serviços;

8. Equidade no uso do espaço público de circulação, vias e


logradouros; e

9. Eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana.

Os objetivos trazidos nessa Política são (Brasil, 2013, p. 9):

1. Reduzir as desigualdades e promover a inclusão social;

2. Promover o acesso aos serviços básicos e equipamentos sociais;

3. Proporcionar melhoria nas condições urbanas da população no


que se refere à acessibilidade e à mobilidade;

4. Promover o desenvolvimento sustentável com a mitigação


dos custos ambientais e socioeconômicos dos deslocamentos de
pessoas e cargas nas cidades; e

5. Consolidar a gestão democrática como instrumento e garantia


da construção contínua do aprimoramento da mobilidade urbana.

As cidades podem e devem desenvolver suas próprias políticas de mobilidade urbana


sustentável no intuito aumentar a qualidade de vida de sua população e a conservação
do ambiente.

Podemos entender que é necessário construir ciclovias, dar

cc suporte e promover o uso da bicicleta, que além de não poluir,


combate o sedentarismo, que é um problema público de saúde.

Mas a mobilidade urbana é um conceito mais amplo, e deve envolver aspectos de


trabalho, educação, cultura, saúde e lazer, e que todo cidadão deveria ter suporte
de transporte para ter acesso a tudo isso. As cidades precisam ser pensadas e
reestruturadas.

53
Imagine uma cidade em que uma pessoa precisa caminhar no máximo 20 minutos para
ter acesso ao seu trabalho, ou sua escola, ou ao lazer. Em lugares como a Alemanha
isso já acontece. Outros países também estão investindo nessa direção, inclusive
a prefeitura de São Paulo está tomando iniciativas de estímulo a isso, construindo
ciclovias.

Na Colômbia, em Medelín, temos mobilidade urbana inteligente, com muitas ciclovias


e até um teleférico. Nova York e Denver são lugares que privilegiam o pedestre e criam
infraestrutura estimulando isso. Cidades como Cingapura e Hong Kong oferecem
transporte público eficiente com qualidade e conforto. O Reino Unido também
dá exemplo de mobilidade urbana inteligente e sustentável, com as bicicletas e o
transporte coletivo de qualidade.

Assim, precisamos pensar globalmente, compreendendo que a mobilidade urbana


é fundamental na atualidade e apesar de ser um desafio, precisamos dar passos de
profundas mudanças agindo localmente e aprendendo com outros grandes centros
urbanos do mundo a superar as dificuldades e construir um novo modelo que promova
a saúde do ambiente e de todas as pessoas que vivem nesse ambiente.

Glossário

Ciclovias: pista de uso exclusivo para bicicleta.

Estresse: é um conjunto de reações físicas e psíquicas que expressamos quando


estamos vivendo sob uma situação de esforço extremo e desconforto.

Sedentarismo: é o comportamento de pessoas que não praticam nenhum ou praticam


muito pouco exercício físico.

54
Atividades

aa
1) Assinale a alternativa que completa corretamente a
seguinte frase: Construir ciclovias:

a. ( ) Atrapalha os carros.

b. ( ) É parte da política de mobilidade sustentável.

c. ( ) Deve obrigar a todos a ter uma bicicleta.

d. ( ) Nunca funciona em cidades grandes.

2) Assinale a alternativa que completa corretamente a


seguinte frase: Não usar carros, ou usá-los muito pouco,
acontece em cidades:

a. ( ) Muito pobres.

b. ( ) Com falta de planejamento.

c. ( ) Sustentáveis.

d. ( ) Litorâneas.

3) Assinale a alternativa que completa corretamente a


seguinte frase: Cidades que privilegiam o pedestre e o
transporte coletivo:

a. ( ) São muito comuns no Brasil.

b. ( ) Não possuem política de mobilidade urbana.

c. ( ) Investem na sustentabilidade.

d. ( ) Só existem nos Estados Unidos.

55
Referências

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58
UNIDADE 7 | CRISE DA ÁGUA

59
1 Crise da Água

Sabemos que sem água não há vida. Nada pode ser ou existir no Planeta sem a presença
dela. Essa é uma questão mundial e aparentemente pode parecer contraditória, já que
70% da superfície da Terra é coberta por água.

Nas primeiras séries de estudo, aprendemos sobre o ciclo da


água. Há milhões de anos a água faz essa trajetória: quando
chove a água cai nos oceanos e nos continentes. Caindo nos
continentes, acabam no lençol freático ou nos rios, que
desembocam nos mares. Durante essas etapas, a água evapora
e forma as nuvens, repetindo o ciclo.

Também devemos considerar os seres vivos em relação ao ciclo da água. As plantas


retiram a água do solo, absorvendo, e os animais também absorvem a água, fazendo
parte da composição de todos as espécies. Essa água volta para a superfície durante
a decomposição. A água que as plantas e os animais transpiram também retornam à
atmosfera.

60
Podemos pensar então que não há como diminuir a quantidade de água do Planeta
Terra. Porém, para sobrevivermos, nós, habitantes da Terra, precisamos de água doce
potável que seja acessível.

O que tem diminuído é a quantidade dessa água doce potável com a poluição,
o desperdício da utilização, sobretudo pela indústria e agricultura baseada na
monocultura, a impermeabilização do solo, que impede que essa água seja absorvida e
reintegrada aos lençóis freáticos.

Por isso, ao invés de chamarmos de crise da água, vamos chamar de vulnerabilidade


ou escassez hídrica.

Despejamos no Brasil e no mundo, esgotos domésticos e descartes industriais em


nossos rios sem o devido tratamento. Muitas populações não têm acesso ao saneamento
básico. Nos centros urbanos, retificamos os rios, muitas vezes os canalizamos, não
respeitamos suas áreas de cheia, os poluímos cotidianamente.

Em uma área verde, como uma mata, quando a chuva cai é amortecida pelas copas de
árvores, e vai escorrendo com menos velocidade pelas folhas, galhos e troncos, até
chegar ao solo. Quando chega aí, encontra sistemas de raízes que perfuram e fazem
aeração do solo.

Assim, o solo tem capacidade de absorver parte dessa água, que alimenta os lençóis
freáticos, que em outro momento alimentará córregos, riachos e rios. O que não é
absorvido encontra caminho até os rios, mas com velocidade adequada, porque vai
percorrer o solo da floresta encontrando muitas plantas em seu caminho, desviando e
escorrendo entre herbáceas, arbustos e árvores.

Quando observamos uma chuva num centro urbano, vemos que a chuva atinge o
asfalto com velocidade, e corre para os bueiros rapidamente, indo integralmente em
volume para os rios da região. O que acontece é que deixamos de alimentar os lençóis
freáticos e ocorrem as enchentes. Em um ambiente natural não há enchente, porque
os rios não são retos e possuem sua área de charco e de cheia. Nas cidades nós fazemos
construções nesses locais, sem respeitar a vazão e os períodos de cheia do rio.

Em áreas rurais, baseadas na monocultura e em pastos, a chuva cai no solo com força
e não pode ser absorvida pelo solo na maneira que ocorre em ambientes com mata.
Assim, a água arrasta com ela nutrientes do solo causando erosões e também um
aumento de matéria orgânica nos rios, modificando o PH e a composição bioquímica
da água.

61
Assim, podemos compreender que desmatamento e crescimento urbano sem
planejamento socioambiental se relaciona diretamente com o que chamamos de
crise da água. Poluição de todos os tipos, esgotos domésticos, despejos industriais,
consumismo, desigualdade social, lixo. Todos esses assuntos se relacionam diretamente
com essa temática.

hh
Uma forma bastante consciente e inteligente de lidar com isso é
conservar e restaurar as áreas de matas ciliares, que
acompanham os cursos d’água. Isso é altamente eficaz para a
preservação e aumento da água doce potável.

Em 2014, na região Sudeste do país, e de forma menos intensa, mas também presente
no Centro-Oeste e Nordeste, tivemos uma forte seca e instalou-se um momento
de crise. Junto com uma gestão e planejamento de infraestrutura pouco eficaz, os
níveis dos reservatórios de abastecimentos de muitas cidades, sobretudo São Paulo,
praticamente secaram.

A falta de chuva foi apontada por alguns pesquisadores como consequência dos
desmatamentos das florestas. Também alguns estudos relacionam essa mudança do
regime das chuvas com as mudanças climáticas. Mas não podemos pensar essa situação
sem compreender a dimensão política e econômica, pois o crescimento industrial,
populacional, comercial estão vinculados tanto ao desmatamento quanto à falta de
planejamento de infraestrutura para reservatórios, captação e distribuição da água.

Na dimensão local, podemos observar nossa relação com a água: como é o desperdício
em minha casa, em meu bairro, em minha cidade? Como é a produção dos alimentos
que compro? Como é feita a irrigação? Posso diminuir o consumo em meu estilo de vida?
Afinal, tudo o que compro usou água em algum momento de seu ciclo de produção.

Posso ampliar minha percepção e atuação, compreendendo as políticas de meu


município sobre o uso da água. Como ela é captada e de onde? Como é distribuída para
as residências, para a indústria e comércio, para a agricultura?

Uma importante atividade de educação ambiental é compreender e refletir sobre a


captação e distribuição de água em nosso município. Pergunte-se: Quando eu abro a
torneira para lavar meu rosto pela manhã, que rio corre ali na minha frente? Ou seja, de
qual rio/reservatório aquela água foi trazida para minha residência?

62
Muitas pessoas no mundo não têm acesso a torneiras com água potável. Não possuem
água potável para beber ou cozinhar. Muito menos saneamento básico. Pensar a
desigualdade na distribuição desse recurso de valor também nos diz muito sobre os
problemas socioambientais que contribuem para a insustentabilidade de nossa forma
de organizar as sociedades.

Essas reflexões podem expandir para compreender que precisamos nos sensibilizar
em relação à água. Não de forma superficial, mas numa relação de pertencimento e
reverência a esse Planeta Terra que nos oferece tanta água.

Glossário

Aeração: renovação do ar em certo ambiente, ventilação.

Hídrica: recursos hídricos são as águas disponíveis, tanto subterrânea quanto


superficiais.

Matas ciliares: vegetação que ocorrem nas margens de rios e outros corpos d’água.

PH: Potencial Hidrogeniônico. Identifica valor ácido ou básico do líquido.

Vulnerabilidade hídrica ou escassez hídrica: é quando a necessidade de água é maior


que a quantidade de água disponível, e essa é uma situação de vulnerabilidade.

63
Atividades

aa
1) Assinale a alternativa que completa corretamente a
seguinte frase: A absorção da água e o abastecimento do
lençol freático acontece:

a. ( ) De forma mais eficaz nas cidades, graças aos bueiros e


vielas.

b. ( ) De forma mais eficaz nas florestas e matas, graças às


árvores e ao solo que não foi impermeabilizado.

c. ( ) Somente nos rios e mares.

d. ( ) Nas áreas de monocultura.

2) Assinale a alternativa que completa corretamente a


seguinte frase: As enchentes podem ser relacionadas:

a. ( ) Ao ciclo da água.

b. ( ) Aos lugares tropicais.

c. ( ) Com a impermeabilização dos solos e construções nas


áreas de charco dos rios.

d. ( ) Aos gases de efeito estufa.

3) Assinale a alternativa que completa corretamente a


seguinte frase: A crise da água é:

a. ( ) Cíclica.

b. ( ) Dependente das enchentes.

c. ( ) Consequência da despoluição dos rios.

d. ( ) A situação de vulnerabilidade ou escassez hídrica desse


recurso.

64
Referências

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______. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental,


institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 28 abr. 1999. Disponível em:
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67
UNIDADE 8 | CONSEQUÊNCIAS
DO AQUECIMENTO GLOBAL NO
PLANETA

68
1 Consequências do Aquecimento Global no Planeta

As mudanças climáticas já causaram impactos sobre a vida de muitas pessoas e também


em diferentes ecossistemas. Catástrofes naturais já atingiram plantações e as graves
secas já causaram grandes perdas econômicas e de habitats.

O aumento de temperatura pode levar à extinção muitas espécies da fauna e flora, e


ameaça a vida no Planeta, e os danos são incalculáveis. As mudanças que ocorrem nos
padrões de precipitação resultam em secas em certas regiões, enquanto há enchentes
em outras. As calotas polares estão derretendo, assim como o pergelissolo, que é
um tipo de solo encontrado no Ártico, composto de gelo, terra e rochas, e neve que
chegava a atingir 300 metros de profundidade no inverno.

O padrão dos ventos também sofre alterações, influenciando chuvas, secas, enchentes.
Também há alterações na presença e frequência de ciclones tropicais e furacões, e
outros eventos meteorológicos extremos que atingem cidades e florestas, causando
prejuízo e a morte de humanos, animais e vegetais, assim como a destruição de
ecossistemas.

69
O El Niño é um fenômeno natural que ocorre no Oceano Pacífico
e tem um impacto importante em todo o sistema climático
mundial. Com ele, as regiões Leste e tropical do Pacífico sofrem
forte aquecimento, com consequências no Planeta todo,
variando a distribuição das chuvas e as temperaturas. Estudos
indicam forte relação do aquecimento global que intensificam o
El Niño, podendo duplicar sua frequência e intensidade.

La Niña é um fenômeno oposto ao El Niño, com a diminuição das


temperaturas das águas superficiais do Oceano Pacífico, e
também causa graves consequências e alterações no Planeta.
Também há indicações que esse fenômeno é intensificado pelo
aquecimento global.

No Brasil, o El Niño causou fortes e constantes chuvas na região sul, desabrigando


milhares de pessoas, em julho de 2015. Também tivemos enchentes em outubro de
2015, na mesma região.

A estiagem no norte do Brasil e a queda do nível do Rio Negro fez Manaus ficar com
muitos focos de incêndio e muitos dias debaixo de uma nuvem de fumaça, também em
outubro de 2015.

Nesse mesmo mês, tivemos uma onda de calor no Centro Oeste, Sudeste e Nordeste,
com temperaturas altíssimas, e muitas cidades registrando temperaturas recordes.

As três últimas décadas foram as mais quentes de que se tem registro. E os oceanos
acumulam a maior parte do aquecimento, o que tem afetado sua biodiversidade,
correntes marinhas e diminuição da capacidade de absorver gás carbônico.

Os mares estão ficando ácidos devido à absorção de gás carbônico, e seu nível
aumentou devido à expansão térmica das águas. Essa elevação já atingiu 19 cm entre
1901 e 2010, e pode chegar a 80 cm até 2100 (MARENGO, 2006).

Hoje não há dúvidas de que nunca enfrentamos, enquanto humanidade, um problema


desse porte e com essa complexidade, que afeta o Planeta como um todo.

70
As pesquisas demonstram que a remoção do gás carbônico atmosférico é muito lenta e
tem padrões de feedback, pois os efeitos são cumulativos e de longo prazo. Ou seja, as
previsões são catastróficas e mesmo se conseguíssemos cessar a emissão desses gases
imediatamente, o que não é um fato, ainda assim teríamos que enfrentar grandes e
extensos impactos.

Durante a Rio 92 foi adotado a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança
do Clima (CQNUMC), e foi um passo internacional importante no reconhecimento
da necessidade de alcançarmos o objetivo da redução dos gases de efeito estufa no
mundo.

Assim, foi discutido e negociado um Tratado internacional em 1997, em Quioto,


Japão, que estabelecia metas de redução de emissão desses gases. As metas eram e
são diferenciadas para países considerados desenvolvidos e países considerados em
desenvolvimento. Países como o Brasil, México e Índia participam voluntariamente por
estar em franco desenvolvimento.

O Protocolo de Quioto (ou Protocolo de Kyoto) é o único tratado


que compromete os países desenvolvidos com a redução dos
gases de efeito estufa, e entrou em vigor em 2005, propondo
um calendário para que os países membros pudessem cumprir
e, assim, reduzir suas emissões, em relação aos níveis de 1990,
no período entre 2008 e 2012.

Essa redução deve acontecer em várias atividades econômicas e envolver, em cada país
membro, a reforma da infraestrutura de energia, a matriz de transportes, a mobilidade
urbana, a proteção das florestas, águas e ecossistemas em geral, a redução das
queimadas e a promoção de sistemas energéticos renováveis, e práticas sustentáveis.

Em dezembro de 2012, durante as negociações na Conferência da ONU sobre Mudanças


Climáticas (COP18), que aconteceu em Doha, no Qatar, o Protocolo de Quioto foi
renovado até 2020. Porém países como o Japão, Rússia, Canadá e Nova Zelândia não
assinaram o acordo, e o grupo comprometido na redução dos gases de efeito estufa
foram 36 países.

71
É fundamental compreendermos esse cenário global, mas também continuar agindo
localmente, em vistas a procurar compreender e acompanhar os acordos internacionais
de Mudanças Globais, assim como atuar em nosso cotidiano, diminuindo nossa pegada
ecológica e criando modos de vida eficientes e sustentáveis.

Glossário

Calotas polares: trata-se das camadas de gelo que estão sobre terra firme nas regiões
dos polos do nosso planeta.

Ecossistema: é o conjunto de seres vivos e o ambiente onde vivem.

El Niño: é um fenômeno natural que ocorre no Oceano Pacífico e tem um impacto


importante em todo o sistema climático mundial.

Expansão térmica das águas: quando aquecemos a água há um aumento de seu


volume.

Padrões de precipitação: refere-se ao padrão de quantidade de chuva, ao longo de


um determinado tempo, que cai em um determinado local.

Pergelissolo: solo que nunca descongela.

Protocolo de Kyoto: é o único tratado que compromete os países desenvolvidos com


a redução dos gases de efeito estufa.

72
Atividades

aa
1) Assinale a alternativa correta complementando a frase:
Reduzir as emissões de gases de efeito estufa:

a. ( ) É um comprometimento que todos os países devem


fazer.

b. ( ) É um comprometimento que somente os países em


desenvolvimento devem fazer.

c. ( ) É impossível de ser feito.

d. ( ) Não é a coisa mais urgente para diminuir os problemas


ambientais.

2) Assinale a alternativa correta complementando a frase: O


aumento da temperatura _____________________ .

a. ( ) somente prejudica os animais e a flora.

b. ( ) somente prejudica a flora.

c. ( ) somente prejudica os seres humanos.

d. ( ) atinge o planeta como um todo.

3) Assinale a alternativa correta complementando a frase: O


Protocolo de Quioto foi _______________________ .

a. ( ) um filme sobre as mudanças climáticas.

b. ( ) um tratado que compromete muitos países com a redução


dos gases do efeito estufa.

c. ( ) um acordo entre Estados Unidos e China.

d. ( ) um documento que mostra que o lixo deve ser reciclado.

73
Referências

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76
Gabarito

Questão 1 Questão 2 Questão 3

Unidade 1 C A -

Unidade 2 C B -

Unidade 3 C B -

Unidade 4 B C -

Unidade 5 D D C

Unidade 6 B C C

Unidade 7 B C D

Unidade 8 A D B

77

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