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03.
Materiais básicos
Mão na massa
- Conversa inicial
- Construção; Chassi e carrinho com balão
- Testes e compartilhamento
04. Novos desafios de propulsão
- Conversa inicial
- Construção; carrinho com vela
- Testes e compartilhamento
05. Ampliando as ideias de projetos
06. Catalisando
07. Reflexões
08. Quem somos
09. Referências
INTRODUÇÃO
Um carrinho sempre foi um dos brinquedos infantis mais populares.
Utilizando materiais reaproveitados e de baixo custo, estes clássicos
brinquedos podem promover uma experimentação “mão na massa” de
conteúdos curriculares dos campos das Ciências e Tecnologia.
COMEÇANDO
Em primeiro lugar, o educador precisa refletir a respeito de suas
intenções e propósitos pedagógicos para decidir de que forma
irá propor e conduzir a atividade. O carrinho pode ser usado
como disparador ao se trabalhar determinado tema, como
recurso de aprofundamento de temas curriculares científicos,
como estratégia para se desenvolver habilidades
socioemocionais ou como um projeto que se encerra em si,
entre outras possibilidades.
MATERIAIS
BÁSICOS
Para o CHASSI-BASE, pode-se usar materiais recicláveis limpos, como 3
palitos de picolé, 2 palitos de churrasco, 1 canudo, prego com martelo,
quatro tampinhas de garrafa pet e cola quente. É recomendado deixar
alguns alicates disponíveis para facilitar o corte dos palitos, mas, caso
não seja possível, tesouras fazem esta função.
MÃO NA
MASSA
Esta atividade conta com uma estrutura de projeto bastante
completa. Passaremos pelas etapas:
Apresentação do desafio
Definição da solução
Fabricação
Compreensão
Remix
Conversa Inicial
Pode-se iniciar a conversa questionando os alunos sobre
carrinhos, fazendo alusão as suas memórias infantis, com
perguntas como “O que faz um carrinho ir pra frente?” ou
ainda com um exercício imaginativo, como por exemplo
propor aos estudantes: “Pense em um carro ou qualquer meio
de transporte que você gosta, acha legal, sonha em andar ou
ter. Quais as características que ele tem?”
Construção
O que se segue aqui é um passo-a-passo básico. Ele pode ser
modificado a critério do educador, que deve avaliar o nível de
conhecimento prévio e maturidade dos estudantes em relação
aos materiais utilizados para apresentar uma atividade mais ou
menos guiada.
NOVOS
DESAFIOS DE
PROPULSÃO
Com o chassi pronto, o desafio é estimular os estudantes a
seguirem pensando em novas formas de propulsão para o
carrinho. Um modo bem divertido é convidá-los a pensar
sobre o vento como uma maneira interessante de fazer o
carrinho se movimentar.
Conversa Inicial
Pode-se iniciar a conversa questionando os alunos sobre
carrinhos movidos a ar realizados no encontro anterior,
com perguntas como “O que fez o carrinho ir pra frente?
Será que há outras formas de movimentar o carrinho?
Como foi possível que grandes embarcações cruzassem
oceanos séculos atrás?”
Apresentar, então, os novos materiais aos alunos e propor
o desafio: construir com os materiais disponíveis um
modelo de propulsão que use o vento como
“combustível”.
AMPLIANDO
AS IDEIAS DE
PROJETOS
Com o chassi pronto, o desafio é estimular os estudantes a
seguirem pensando em novas formas de propulsão para o
carrinho. Segue abaixo algumas sugestões que podem
inspirar essas montagens alternativas:
#Ficaadica: Formado por uma movimentação contínua de elétrons, o ímã é um objeto capaz de
gerar um campo magnético na área que o cerca. Seus pólos (sul e norte) são inseparáveis e são as
áreas em que a força magnética atua de forma mais intensa.
Uma alternativa à vareta é colocar dois carrinhos com a mesma massa preparados com os imãs, um
de costas pro outro, e notar que percorrem a mesma distância. Se um carrinho for mais pesado que
o outro: a aceleração muda! Quanto maior a massa sob mesma força, menor a aceleração. As três
Leis de Newton podem ser trabalhadas nessa atividade!
Carrinho movido à combustão: Há algumas alternativas aqui, mas duas que sugerimos consideram a
necessidade de um recipiente acoplado ao chassi do carrinho, com sua “boca” aberta voltada para trás,
onde se produzirá uma reação química que impulsionará o carrinho para frente, também relacionado à
3° Lei de Newton.
Combustão de álcool promovida por uma faísca elétrica;
Reação do vinagre em contato com o bicarbonato de sódio.
CATALISANDO
Acreditamos que todas as atividades podem - e devem! -
ser caracterizadas pelo educador que a propõe, seja
personalizando-a para que faça sentido dentro da
proposta pedagógica da escola ou do espaço, adequando-
a ao grupo à que ela se destina, ou para um
aprofundamento dos aprendizados envolvidos. Seguem
aqui algumas sugestões:
REFLEXÕES
Tomar consciência dos aspectos relacionados ao design e ao funcionamento de suas produções são
aprendizados valiosos. Por isso, propomos algumas Rotinas de Pensamento, que auxiliam os
aprendizes a olhar o todo de suas construções e ao mesmo tempo se atentar para cada parte e
função.
Uma sugestão é pedir aos aprendizes que façam um esquema com os desenhos de cada
componente que utilizaram, com questões como “por que cada parte tem determinado formato?”,
“como as partes se conectam?”, “o posicionamento de cada item no objeto influencia o resultado
final da montagem?”. Esta dinâmica irá ajudá-los a entender o funcionamento e o porquê de cada
item nesses carrinhos e pode ser interessante para quando forem construir outros protótipos.
Uma outra Rotina de Pensamento que gostamos de utilizar é propor aos aprendizes a dinâmica do
“Imagina se…” (Disponível aqui). Ao olhar para cada carrinho, devem imaginar outras maneiras e
propósitos para ele, com perguntas como “De que maneira ele poderia ser feito para andar mais
rápido e ir mais longe?” “De que maneira ele poderia ser feito para estar mais equilibrado?” “De que
maneira ele poderia ser feito para ser divertido?” “De que maneira ele poderia ser feito para ser mais
resistente?...”. Você, educador, pode sugerir estas perguntas de acordo com a sua intenção
pedagógica nessa atividade.
Outra Rotina de Pensamento que utilizamos para a parte de compartilhamento foi a “Vejo, Penso,
Pergunto” (disponível traduzida aqui ). Os protótipos finalizados foram dispostos em uma mesa
grande, ou, no nosso caso, sobre várias carteiras escolares juntas e então os estudantes foram
convidados a olharem com atenção todos eles e a responderem de uma vez: Eu vejo…. Isso me faz
pensar que…. E então eu me pergunto se…..
INTEGRAÇÃO? INTERAÇÃO? Não! ITERAÇÃO! Trata-se do ato de repetir! Fazer de novo, para fazer
melhor! Ficou claro nestas oficinas o quão importante é testar e dar a oportunidade para os
estudantes tentarem muitas vezes, validando suas hipóteses e ajustando detalhes para melhorar o
desempenho do carrinho. A chance deles poderem comparar suas produções com as dos colegas,
inspirando-se por melhorias e celebrando cada novo avanço é uma oportunidade única de
aprendizagem!
Acreditamos ser importante incentivar o compartilhamento das criações dos estudantes, valorizando
assim a importância de seus projetos. Esta atitude pode estimular toda a comunidade escolar a
colocar as mãos na massa para aprender fazendo, o que pode até resultar na invenção de soluções
inesperadas para problemas e necessidades pessoais ou coletivas.
QUEM SOMOS
Criado em 2015, o Catalisador é uma Organização da
Sociedade Civil, sem fins lucrativos, que idealiza e
implementa ações na área de Educação, com
Tecnologia e Criatividade. Nosso compromisso é
trabalhar para que estudantes da rede pública - na
escola ou em espaços não formais de educação -
possam resgatar a curiosidade pelo conhecimento e a
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REFERÊNCIAS
Clapp et al. (2017) Maker-centered learning: empowering young people to shape their
worlds / Edward P. Clapp, Jessica Oxman Ryan, Shari Tishman - San Francisco,
Publicado por Jossey-Bass.
Resnick, Mitchel (2020) Jardim de Infância para a Vida Toda: Por uma Aprendizagem
Criativa, Mão na Massa e Relevante para Todos. Tradução: Mariana Casetto Cruz, Lívia
Rulli Sobral - Porto Alegre: Penso.
OBRIGADO
Catalise uma escola// 17