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Sumário
Introdução ............................................................................................................................... 2
1. Estoicismo .......................................................................................................................... 3
1.1 Ordem cósmica ............................................................................................................ 4
1.2 Exercícios de sabedoria .............................................................................................. 5
1.2.1 Abandonar o passado, e confiar o futuro à providência .................................... 6
1.2.2 Esperar um pouco menos, amar um pouco mais .............................................. 6
1.2.3 Cultivar o não-apego ............................................................................................ 7
1.2.4 Preparar-se para a catástrofe .............................................................................. 7
1. Epicurismo .......................................................................................................................... 9
2.1 O materialismo de Epicuro .......................................................................................... 9
2.2 A carta a Meneceu (sobre a felicidade) ................................................................... 10
2.1.1 Não tema os deuses ........................................................................................... 12
2.2.2 Não se preocupe com a morte .......................................................................... 12
2.2.3 O bem é fácil de obter ........................................................................................ 13
2.2.4 O mal é fácil de suportar .................................................................................... 13
Conclusão ............................................................................................................................. 13
Bibliografia ............................................................................................................................ 13
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Isto não é Filosofia
Isto não é um Curso de História da Filosofia
Prof. Vitor Ferreira Lima
Licenciado em Filosofia (UFRRJ)
Introdução
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Isto não é Filosofia
Isto não é um Curso de História da Filosofia
Prof. Vitor Ferreira Lima
Licenciado em Filosofia (UFRRJ)
1. Estoicismo
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Isto não é Filosofia
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Licenciado em Filosofia (UFRRJ)
que utilizaremos para mencionar serão principalmente dos estoicos novos, ainda que
fazendo referência aos antigos.
• Raízes: Física
• Tronco: Lógica
• Frutos: Ética
Há de haver uma relação íntima, portanto, entre a modo correto de conceber o
mundo, o modo correto de pensar a seu respeito e o modo correto de agir conforme
esses pressupostos. Numa expressão conhecida, o homem é um microcosmo que deve
refletir o macrocosmo.
Na essência da tradição grega, apropriada pelo estoicismo, a essência da
realidade é ordem, harmonia e beleza – o que já vimos na aula sobre pré-socráticos
com o nome de kósmos. Para os estoicos, a ordem cósmica pode ser entendida como
um ser vivo, estruturado e animado1. Esse ser é chamado pelos gregos e pelos estoicos
especificamente de divino (theion). Nas palavras de Cícero:
Que Epicuro caçoe tanto quanto quiser [...] não deixa de ser verdade que nada é mais perfeito que
o mundo [...] O mundo é um ser animado, dotado de consciência, inteligência e razão (Sobre a
Natureza dos deuses, I, 425)
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Essa ideia dará origem outras tantas a ela assemelhadas.
1. Animismo (do latim anima, alma): termo geral que designa as doutrinas que afirmam que todas
as formas identificáveis de natureza possuem uma alma e se comportam como um organismo
vivo.
2. Hilozoísmo (do grego hylè, matéria, e zoon, animal): doutrina de que toda a composição do
universo é viva, sendo o próprio kósmos um organismo integrado, com características animadas,
sensíveis e conscientes.
3. Panteísmo (do grego pan, tudo, e théos, Deus): doutrina que identifica deus à totalidade das
coisas que há, de modo que todas as partes perceptíveis fazem parte de um todo divino
integrado.
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Tal visão é oposta e pode chegar a ser ofensiva à visão atual de que é a vontade
dos homens, em contraposição à força da natureza, que deve predominar quando
precisamos estabelecer as reflexões éticas. É amplamente aceita a tese de que a
natureza não é boa em si mesma. Tendemos a pensar que fenômenos naturais não são
bons, nem maus – simplesmente não escolhem acontecer e todo o dano que causam e
todo o benefício que trazem são fatos, não valores.
Diferentemente, o que está em jogo aqui é um aspecto moral na realidade. Dessa
maneira, é bom aquilo que está conforme a ordem cósmica, independentemente da
vontade humana. O bom e o mau se constituem a despeito de agradar os homens. O
dever-ser – o correto moralmente – não está dissociado do ser – da totalidade das coisas
tais quais são.
Contrariando Aristóteles, o conhecimento que vale a pena ser buscado passa a
ser encarado não mais como algo completamente desinteressado, mas com vistas a
alcançar um critério para guiar a vida humana. As escolas da época preocupavam-se
menos com os conceitos e mais com exercícios práticos de sabedoria – diferentemente
do que ocorre hoje. Tais práticas estão presentes, direta ou indiretamente, em
pensadores e movimentos diversos: de Lucrécio a Nietzsche, com similaridades
inclusive com o budismo tibetano.
Diz Marco Aurélio:
Assim como os cirurgiões têm sempre à mão as lancetas e bisturis para as súbitas urgências de
sua arte, também tu deves ter os teus princípios sempre prontos para a compreensão das coisas,
tanto as humanas quanto as divinas, nunca esquecendo, mesmo na mais trivial da ações, como
as duas estão tão intimamente ligadas. Porque nada de humano pode ser feito com acerto sem
referência ao divino, e reciprocamente. (Meditações, III, 13)
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A esperança implica que algo falta, portanto incentiva que sintamos uma tensão
insaciada. A sensação de falta de saciedade aponta para a infelicidade, dado que
felicidade é plenitude. O perigo da esperança, então, é a de adiar a felicidade de modo
indefinido, seja em prol de um paraíso aqui ou além.
É conhecida a fábula de La Fontaine (1621-1695) da Leiteira e o balde de leite.
Uma moça, chamada Perrette, voltava do campo com um balde de leite cheio. Enquanto
caminhava, imaginava o futuro e não só: ansiava por ele. Tudo o que produziria com o
leite, as riquezas que a partir dele seriam produzidas. Ela poderia comprar ovos. Dos
ovos, nasceriam pintinhos. Os pintinhos seriam vendidos para a compra de um vestido
novo. Nesses pensamentos distraída, deixou o balde cair e perdeu todo o leite que
derramou no chão. A lição estoica é a de que, por mais que o futuro seja ansiado, é o
presente que importa. Sendo o presente que importa, também não adianta chorar pelo
leite derramado.
A vida boa é a vida sem esperanças, sem apegos e, assim, sem temores: a vida
em reconciliação com a realidade tal qual ela é. Como diz Epicteto:
É preciso conciliar nossa vontade com os acontecimentos de tal maneira que nenhum
acontecimento ocorra contra nossa conveniência, e que também não haja nenhuma acontecimento que
ocorra quando não o desejamos. A vantagem para aqueles que estão assim prevenidos é de não falhar em
seus desejos, de não se deparar com o que detestam, de viver interiormente uma vida sem dificuldade,
sem temor e sem perturbação [...] (Entretiens, II, Discurso II, XVI, 45-47)
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Uma vez que a única dimensão da vida é o presente (passado é nostalgia; futuro
é esperança) e que o presente não é garantia de nada possuir (dado que nada está
assegurado), é sábio habituar-se ao não-apego. Novamente Epicteto:
O primeiro e principal exercício, o que conduz de imediato às portas do bem, consiste, quando
uma coisa nos prende, em considerar que ela não é daquelas que não nos podem ser tiradas; que
ela é como uma panela, ou uma taça de cristal, que quando se quebra não nos perturba porque
lembramos o que ela é. O mesmo acontece aqui: se abraças um filho, um irmão ou um amigo, não
te abandones sem reservas à imaginação... Lembra-te que amas um mortal, um ser que não é
absolutamente tu mesmo. Ele te foi concedido para o momento, mas não para sempre, nem sem
que te possa ser tomado... que mal existe em murmurar entre dentes, enquanto se abraça o filho:
“Amanhã ele morrerá?” (Entretiens, III, 84 ss.)
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Por vezes, o estoicismo é acusado de quietismo e fatalismo. Quietismo é uma prática espiritual cujas
origens remontam ao séc. XVII, na figura do religioso espanhol Miguel de Molinos. Segundo essa doutrina,
o fiel alcançaria a Deus mediante a oração contemplativa, de modo que, uma vez nesse estado de
quietude, a mente humana se inativaria e já não teria vontade própria, abrindo caminho para somente
Deus nela operar. A doutrina foi considerada herética pelo Papa Inocêncio XI. Fatalismo é uma concepção
filosófica que remonta ao período greco-romano de que os acontecimentos passam de modo irrevogável,
de acordo com uma ordem cósmica. Ambos, quietismo e fatalismo, são termos usados de modo
pejorativo, sendo atribuídos a quem aceita de modo passivo os acontecimentos, não acreditando que
pode exercer algum papel em sua modificação.
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Marco Aurélio também disse algo semelhante: “é preciso realizar cada ação da
vida como se fosse a última” (Meditações, II, 5, 2). É preciso se despojar do apego ao
passado, ao futuro e às posses do presente. Viver cada ação como se fosse a última
implica ter a consciência de que o momento passará, não voltará e que, portanto, deve
ser fruído enquanto dura. Há momentos de plenitude na vida, em que nos reconciliamos
com o mundo. Você imagina o melhor exemplo que se lhe enquadra. Mergulhar no mar.
Correr no campo. Trilhar pela floresta. Pular de paraquedas. Escutar a canção preferida.
Quando há esses momentos de harmonia entre nós e o mundo, parece haver uma
dilatação do presente, cuja serenidade não é rompida, nem pelo que passou, nem pelo
que virá. Com a habilidade de permanecer no presente, seja ele qual for, quando o
desastre acontecer, estaremos preparados.
Muita associação confusa acontece com essa noção e a de carpe diem
(aproveite o dia), que remonta ao poeta – e não filósofo – Quintus Horacius Flacus (65
a.C – 8 a.C), mais conhecido como Horácio. Sua lira é associada ao verso “carpe diem,
quam minimum crédula postero” (goza o dia, confie o mínimo possível no futuro). Trata-
se do verso 11, do Livro 1 de suas Odes. No contexto da frase, o poeta tenta dissuadir
um interlocutor, Leuconoe, de fornecer crédito a astrólogos e mestres da adivinhação.
Seria vão tentar adivinhar o futuro, restando apenas aproveitar o presente, que é o que
se pode controlar. O penúltimo verso do livro é “Nunc est bibendum” (agora é a hora de
brindar!). O contexto, portanto, é de festa.
O verso, porém, também é associado à morte, a única certeza do homem. Como
viver em face da morte? A partir da consciência de que cada minuto pode ser o último.
Logo, deve-se aproveitar cada instante da vida presente. Nesse sentido, o verso do
poeta latino se transformou nas mãos de outro, desta vez renascentista: Robert Herrick
(1591-1674), no poema To The Virgins, To Make Much of Time, especialmente neste
trecho:
Gather ye rosebuds while ye may,
Amanhã morrerá)
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1. Epicurismo
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Esta crítica, de certo modo, explica porque a carta abre da maneira que expomos
na seção anterior:
Quem aconselha o jovem a viver bem e o velho a morrer bem não passa de um tolo, não só pelo
que a vida tem de agradável para ambos, mas também porque se deve ter exatamente o mesmo
cuidado em honestamente viver e em honestamente morrer. Mas pior ainda é aquele que diz: bom
seria não ter nascido, mas, uma vez nascido, transpor o mais depressa possível as portas do
Hades. Se ele diz isso com plena convicção, por que não se vai desta vida? Pois é livre para fazê-
lo, se for esse realmente seu desejo; mas se o disse por brincadeira, foi um frívolo em falar de
coisas que brincadeira não admitem. (Carta a Meneceu)
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Para Epicuro, não há idade para dedicar-se à filosofia, porque filosofar para ele
implica buscar a vida boa – prática que deve se estender por toda a vida –, e a vida boa
é aquela dedicada ao prazer (hedoné). Porém, pouco se entende o que prazer significa
para o filósofo.
A melhor maneira de entender prazer para Epicuro é concebê-lo duplamente
como saúde do corpo (aponia) e tranquilidade do espírito (ataraxia),
indissociavelmente. Em outras palavras menos precisas: ausência de dor e ausência de
ansiedade.
Quando, então, dizemos que o fim último é o prazer, não nos referimos aos prazeres dos
intemperantes ou aos que consistem no gozo dos sentidos, como acreditam certas pessoas que
ignoram o nosso pensamento, ou não concordam com ele, ou o interpretam erroneamente, mas
ao prazer que é a ausência de sofrimentos físicos e de perturbações da alma. (Carta a
Meneceu)
Nesse sentido, prazer não é algo que deva ser buscado indiscriminadamente.
Proceder assim, inclusive, conduz à dor – o corpo adoece depois de uma ressaca, o
espírito se sente vazio depois de uma festa quando todos os supostos amigos se vão.
A dor, por sua vez, nem sempre deve ser evitada, já que pode resultar em prazer –
exercitar-se pode causar desconforto, mas conduz à saúde do corpo; falar sobre
assuntos que causam sofrimento no momento pode fazer com que os compreendamos
e alcancemos a tranquilidade do espírito. No epicurismo, o prazer é necessariamente
comedido e é buscado na medida exata da satisfação – princípio da qualidade sobre
a quantidade.
O hedonismo epicurista não defende que se beba e se coma
indiscriminadamente. Não defende que se busque a glória a todo custo. Não defende
que as riquezas materiais sejam perseguidas. Todas elas, consideradas em si mesmas,
causam prazer, mas prazer efêmero que, por definição, fenece e acarreta a sensação
de incompletude e de ansiedade. Dada a sua visão materialista de mundo, o filósofo
concede que a vida humana implica sentir prazeres e que, em decorrência dessa
premissa, “praticamos toda escolha e toda recusa [...] de acordo com a distinção entre
prazer e dor”, porém “nem por isso escolhemos qualquer prazer”, ressalta Epicuro. Há,
em suma, uma hierarquia dos prazeres, que pode ser colocada na seguinte tabela:
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Saber hierarquizar os prazeres significa não perder de vista qual a sua função
na construção da vida boa. Para Epicuro:
O conhecimento seguro dos desejos leva a direcionar toda escolha e toda recusa para a saúde do
corpo e para a serenidade da vida feliz: em razão desse fim, praticamos todas as nossas ações,
para nos afastarmos da dor e do medo. (Carta a Meneceu)
Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem
nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a
morte não significa nada para nós proporciona a fruição da vida efêmera, sem querer acrescentar-
lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade. Não existe nada de terrível na vida para
quem está perfeitamente convencido de que não há nada de terrível em deixar de viver. É tolo,
portanto, quem diz ter medo da morte, não porque a chegada desta lhe trará sofrimento, mas
porque o aflige a própria espera: aquilo que não nos perturba quando presente não deveria afligir-
nos enquanto está sendo esperado. Então o mais terrível de todos os males, a morte, não significa
nada para nós, justamente porque, quando estamos vivos, é a morte que não está presente; ao
contrário, quando a morte está presente, nós é que não estamos. A morte, portanto, não é nada,
nem para os vivos, nem para os mortos, já que para aqueles ela não existe, ao passo que estes
não estão mais aqui. E, no entanto, a maioria das pessoas ora foge da morte como se fosse o
maior dos males, ora a deseja como descanso dos males da vida. O sábio, porém, nem desdenha
viver, nem teme deixar de viver; para ele, viver não é um fardo e não viver não é um mal. (Carta a
Meneceu)
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Consideramos ainda a autossuficiência um grande bem; não que devamos nos satisfazer com
pouco, mas para nos contentarmos com esse pouco caso não tenhamos o muito, honestamente
convencidos de que desfrutam melhor a abundância os que menos dependem dela; tudo o que é
natural é fácil de conseguir; difícil é tudo o que é inútil. Os alimentos mais simples proporcionam o
mesmo prazer que as iguarias mais requintadas, desde que se remova a dor provocada pela falta:
pão e água produzem o prazer mais profundo quando ingeridos por quem deles necessita.
Habituar-se às coisas simples, a um modo de vida não luxuoso, portanto, não só é conveniente
para a saúde, como ainda proporciona ao homem os meios para enfrentar corajosamente as
adversidades da vida: nos períodos em que conseguimos levar uma existência rica, predispõe o
nosso ânimo para melhor aproveitá-la, e nos prepara para enfrentar sem temor as vicissitudes da
sorte. (Carta a Meneceu)
Na tua opinião, será que pode existir alguém mais feliz do que o sábio, que tem um juízo reverente
acerca dos deuses, que se comporta de modo absolutamente indiferente perante a morte, que
bem compreende a finalidade da natureza, que discerne que o bem supremo está nas coisas
simples e fáceis de obter, e que o mal supremo ou dura pouco, ou só nos causa sofrimentos
leves? (Carta a Meneceu)
Conclusão
Estoicismo e Epicurismo são duas escolas filosóficas helenistas que mais se
assemelham que se distanciam. Ambas adotam como prevalência de suas
preocupações a ética, por mais que proponham que ela derive de uma física, isto é, de
uma concepção de kósmos e de phýsis, dos quais o homem faria parte e com que
deveria buscar se harmonizar. Ambas almejam fazer com que o homem alcance a
eudaimonia (felicidade). Entretanto, não mais como Aristóteles propunha, no contexto
da pólis. Esse universo, primeiro, desfeito pelo Império Macedônico e, posteriormente,
pelo Império Romano, faz com que as preocupações sejam muito mais locais e, em
alguns casos, individuais e não mais coletivas.
Bibliografia
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