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Índice

Introdução................................................................................................................................4
Emergência do filosofar.......................................................................................................... 5
Definição etimológica da Filosofia......................................................................................... 5
A atribuicao da palavra ou termo filosofia.............................................................................6
Definição da filosofia segundo Aristóteles............................................................................. 6
Períodos da Filosofia grega..................................................................................................... 6
Os considerados filósofos naturalistas.................................................................................... 9
Vida e obra de Sócrates, Platão e Aristóteles........................................................................10
As condições que contribuíram para o surgimento da Filosofia........................................... 13
Objecto e métodos de estudo da filosofia..............................................................................13
Atitude filosofica e a natureza das questoes filosoficas........................................................14
As disciplinas da Filosofia.................................................................................................... 15
As funções da filosofia..........................................................................................................19
Consciencia Moral.................................................................................................................20
Definição de pessoa numa abordagem filosófica..................................................................20
Aspectos da ética individual..................................................................................................21
Descrição de funções de filosofia..........................................................................................23
Bioética..................................................................................................................................23
Papel da Filosofia no universo das outras ciências............................................................... 24
Valores.................................................................................................................................. 24
Definição da teoria de conhecimentos.................................................................................. 25
Conclusão.............................................................................................................................. 27
Bibliografia............................................................................................................................28
Introdução
O presente trabalho de investigação é da cadeira de Introdução à Filosofia do 2º Ano da
Licenciatura em ensino de Matemática pela UCM-CED- Cuamba. Este trabalho, visa abordar
os conteúdos relacionados ao módulo da unidade 1 ate a unidade 12.

Assim sendo, este trabalho foi elaborado com base o módulo e apoiado de outros manuais e a
internet. O objectivo geral deste trabalho é conhecer aspectos relacionados a Introdução da
filosofia (conceito, surgimento, objecto do estudo, filósofos que contribuíram para o
surgimento da filosofia, etc.) e com os seguintes específicos:

 Definir a Filosofia, consciência moral, pessoa, a bioética, valores e a Teoria de


conhecimento.
 Identificar os períodos da Filosofia grega, filósofos naturalistas, aspectos da ética
individual,
 Descrever a vida e obra de Sócrates, Platão e Aristóteles;
 Mencionar as disciplinas da filosofia;

Tratando de um trabalho de investigação, este trabalho contem Introdução, desenvolvimento,


conclusão e bibliografia, Para melhor compreensão ao caro leitor este segue a estruturado da
seguinte:

 Emergência do filosofar
 Períodos da Filosofia grega
 Os considerados filósofos naturalistas
 Vida e obra de Sócrates, Platão e Aristóteles
 Atitude filosofica e a natureza das questoes filosoficas
 As disciplinas da Filosofia

 As funções da filosofia
 Consciência Moral
 Definição de pessoa numa abordagem filosófica
 Bioética
 Definição da teoria de conhecimentos

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Emergência do filosofar
Portanto a definição da Filosofia é "PROBLEMÁTICA", isto é, há dificuldade de se encontrar
uma definição consensual. A Problemática ou a dificuldade de definir a Filosofia está
precisamente O facto de não haver Filosofia mais sim "Filosofar", isto é, cada filósofo tinha a
sua concepção responder as perguntas do seu tempo.
Isso quer dizer `` a filosofia surgiu num período de muita contribuição do saber ´´ dai que, foi
definida por muitos filósofos dependendo a sua época.
Qualquer ciência só pode ser reconhecida como tal quando apresenta: "definição, objecto de
estudo e método".
assim temos as diversas definições da filosofia pelo diversos autores:
-Aristóteles(384-322 aC), Diz que a Filosofia "Estuda as causas últimas de todas as coisas".

-Cícero (106-43 aC ), define a Filosofia "O Estudo das causas humanas e divinas".
-Descartes (1596-1650 dC ), afirma que a Filosofia "Ensina a racionar bem".
-Hegel (1770-1831), entende-a como "o Saber absoluto".
-Whitehead, o papel da Filosofia é de "Fornecer uma explicação orgânica do universo".
-Jasper (1883-1969), a Filosofia é "Estar a caminho".

A Filosofia começa quando algo desperta a nossa admiração, espanto (que é isto? Por que é
assim? Como é possível que seja assim?). A Filosofia não é algo dado, mais antes algo que se
procura.

Definição etimológica da Filosofia


Etimologicamente O termo “filosofia” é composto de dois termos gregos: PHILOS E
SOPHIA.

PHÍLOS, que significa amigo de, amante de, afeiçoado a, que gosta de, que tem gosto em,
que se compraz em, que busca com afã, que anseia, etc..

SOPHÍA, que significa sabedoria, saber, ciência, conhecimento, etc. Assim pois,
etimologicamente, o termo filosofia significa: amor à sabedoria, gosto pelo saber.

A Filosofia é uma palavra de origem grega (PHILOSOPHIA=PHILO-amigo+ SOPHIA-


sabedoria), Portanto etimologicamente a Filosofia é "a Amizade pela Sabedoria"; ela não é a
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posse do saber mais a sua busca. O filósofo não é um SOPHO(sábio) mais aquele que ama o
saber, aquele que o procura. A palavra philosophía não é simplesmente uma invenção
moderna a partir de termos grego mas, sim, um empréstimo tomado da própria língua grega.

A atribuicao da palavra ou termo filosofia


Termo Filosofia foi inventado por filósofo matemático, Pitágoras (582-500 aC) que certa vez
alguém chama-lhe "Sábio", que ele considerando este nome (sábio) mais elevado pediu
simplesmente que lhe chamasse "filósofo", isto é "Amigo da Sabedoria", " O termo foi
atribuído por Pitágoras.

Desde o seu surgimento, em Mileto no século V a.C., e do aparecimento da palavra “filosofia”,


que Cícero e Diógenes atribuem a Pitágoras, muitos filósofos tentaram responder à pergunta
sobre o que é a Filosofia. Conforme essa tradição, Pitágoras teria criado o termo para
modestamente ressaltar que a sabedoria plena e perfeita seria atributo apenas dos deuses; os
homens, no entanto, poderiam venerá-la e amá-la na qualidade de filósofos.

Definição da filosofia segundo Aristóteles


No decorrer da história da filosofia, foi assumindo várias definições, de acordo com o filósofo
e o tempo em que se encontrasse.

Aristóteles (384-322 a.C), foi o primeiro a fazer uma pesquisa rigorosa e sistemática de
filosofia. Diz que a Filosofia "Estuda as causas últimas de todas as coisas".
Assim, Aristóteles (384-322 a.C) define filosofia como sendo a disciplina que estuda “as
causas últimas de todas as coisas”.

Períodos da Filosofia grega


Os quatro grandes períodos da Filosofia grega são:

1. Período pré-socrático ou cosmológico;


2. Período socrático ou antropológico;
3. Período sistemático;
4. Período helenístico ou greco-romano.

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Período pré-socrático ou cosmológico

O período pré-socrático é o ponto inicial das reflexões filosóficas .Suas discussões se


prendem a Cosmologia, sendo a determinação da physis (princípio eterno e imutável que se
encontra na origem da natureza e de suas transformações) ponto crucial de toda formulação
filosófica.

Os principais filósofos pré-socráticos (e suas escolas) foram:


 Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de
Mileto e Heráclito de Éfeso;
 Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;
 Escola Eleata: Xenófanes, Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia e Melisso de Samos.
 Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de
Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.

Período socrático ou antropológico,

Do final do século V e todo o século IV a. C., quando a Filosofia investiga as questões


humanas, isto é, a ética, a política e as técnicas ( em grego, antropos quer dizer homem; por
isso o período recebeu o nome de antropológico).

O filósofo Sócrates, considerado o patrono da Filosofia, rebelou-se contra os sofistas, dizendo


que não eram filósofos, pois não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela verdade,
defendendo qualquer ideia, se isso fosse vantajoso. Corrompiam o espírito dos jovens, pois
faziam o erro e a mentira valer tanto quanto a verdade.
Por volta do século V aC. Começa o que podemos considerar como um novo período na
história da filosofia, ao qual podemos chamar de período Socrático
ou ANTROPOLÓGICO. Esse também é chamado de período clássico da filosofia.
Podemos marcar o início desse período com a actuação dos Sofistas que estavam preocupados
mais com a linguagem e a erudição do que com a explicação do mundo

O período antropológico que também é chamado o período Clássico da Filosofia recebe essa
denominação por que nessa época floresceu não só a filosofia como também as artes e o
começo da organização de todo o saber. Principalmente pela actuação de Aristóteles e seus
discípulos do Liceu (nome de sua escola, em homenagem ao deus Apolo Lício) floresceu o
processo de aquisição e sistematização de vários saberes. A filosofia chegou ao seu apogeu
com esses três pensadores que foram uma das maiores marcas da história do saber.
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Período sistemático

Do final do século IV ao final do século III . C., quando a Filosofia busca reunir e sistematizar
tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a antropologia, interessando-se sobretudo em
mostrar que tudo pode ser objecto de conhecimento filosófico, desde que as leis do
pensamento e de suas demonstrações estejam firmemente estabelecidas para oferecer os
critérios da verdade e da Ciência. O segundo período da história do pensamento grego é o
chamado período sistemático. Com efeito, nesse período realiza-se a sua grande e lógica
sistematização, culminando em Aristóteles, através de Sócrates e Platão, que fixam o conceito
de ciência e de inteligível, e através também da precedente crise cética da sofística. O
interesse dos filósofos gira, de preferência, não em torno da natureza, mas em torno do
homem e do espírito; da metafísica passa-se à gnosiologia e à moral. Daí ser dado a esse
segundo período do pensamento grego também o nome de antropológico, pela importância e o
lugar central destinado ao homem e ao espírito no sistema do mundo, até então limitado à
natureza exterior.

Esse período esplêndido do pensamento grego - depois do qual começa a decadência - teve
duração bastante curta. Abraça, substancialmente, o século IV a.C., e compreende um número
relativamente pequeno de grandes pensadores: os sofistas e Sócrates, daí derivando as
chamadas escolhas socráticas menores, sendo principais a cínica e a cirenaica, precursoras,
respectivamente, do estoicismo e do epicurismo do período seguinte; Platão e Aristóteles,
deles procedendo a Academia e o Liceu , que sobreviverão também no período seguinte e
além ainda, especialmente a Academia por motivos éticos e religiosos, e em seus
desenvolvimentos neoplatônicos em especial - apesar de o aristotelismo ter superado
logicamente o platonismo.

Período helenístico ou greco-romano

Designa-se por período helenístico o período da história da Grécia e de parte do Oriente


Médio compreendido entre a morte de Alexandre o Grandeem 323 a.C. e a anexação da
península grega e ilhas por Roma em 147 a.C.. Caracterizou-se pela difusão da civilização
grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo
geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir acultura
grega aos territórios que conquistava. Foi naquele período que asciências particulares tiveram

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seu primeiro e grande desenvolvimento. Foi o tempo de Euclides e Arquimedes. O helenismo
marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma. Durante o período
helenista foram fundadas várias cidades de cultura grega, entre elas Alexandria e Antioquia,
capitais do Egipto ptolemaico e do Império Selêucida, respectivamente

Do final do século III a. C. até o século VI depois de Cristo. Nesse longo período, que já
alcança Roma e o pensamento dos Padres da Igreja, a Filosofia se ocupa sobretudo com as
questões da ética, do conhecimento humano e das relações entre o homem e a Natureza e de
ambos com Deus.

Os considerados filósofos naturalistas


Os considerados filósofos naturalistas são:

 Anaxímenes de Mileto;
 Anaximandro de Mileto;
 Tales de Mileto.

Tales de Mileto (Séc. VI-V a.C.) é um dos sete sábios da Grécia. Conhecedor da cultura
oriental por contactos directos efectuados em numerosas viagens, interessa-se por vários
campos de actividade, desde a engenharia e a matemática até à política e finanças. Foi
astrónomo e, como tal, previu a ocorrência de um eclipse total do sol, que veio a acontecer em
585 a.C. Tales diz que o princípio de tudo é a água, pelo que sustentava ainda que a terra está
sobre a água; considerava talvez como prova, o facto de verificar que o alimento de todas as
coisas é húmido e de que, mesmo o que é quente, se gera e vive no húmido; ora, aquilo de que
tudo provém é o princípio de tudo.

Anaximandro de Mileto (611-546 a.C.): vê no infinito ou indeterminado a arché, isto é, o


princípio de tudo. O infinito, susceptível de produzir constantemente seres novos, é anterior à
própria água. É dele que tudo vem e para onde tudo regressa Arché para ele é o apeiron, que
podemos traduzir como sendo o indeterminadamente infinito ou infinitamente indeterminado,
pois com isso quer-se significar tanto a indeterminação lógica como infinito espacial e
temporal, eterno e omnipresente.

Anaxímenes de Mileto: considera o ar como elemento primordial. Para ele, o ar é tão


necessário como a água, sendo, contudo, de natureza mais subtil.O ar origina todas as coisas
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mediante processos de condensação, dilatação e outros. Assim, por exemplo, da rarefacção
crescente do ar resultariam as estrelas; da solidificação do ar nasceriam os corpos de natureza
cristalina.

Vida e obra de Sócrates, Platão e Aristóteles


Vida e obra de Sócrates

Sócrates foi uma das mais importantes figuras filosóficas da Historia e quase tudo que se sabe
sobre ele foi contado por outros fosse nos diálogos de Platão e Xenofonte ou pecas de
Aristóteles. Isso porque o conhecimento de Sócrates era difundido apenas oralmente mas,
principalmente, por Sócrates afirmar que sabia apenas que nada sabia, não podendo, portanto
firmar conhecimento algum no papel.

Sócrates nasceu por volta do ano de 470 a.C em Atenas, filho de escultor sofronico e da
parteira Fenareta. Socrates ajudava seu pai no oficio, mas se dedicou ao ensino de filosófico
desde sempre. Se casou com Xântipe e Myrto e no total teve 3 ou 4 filhos.

Através da maiêutica, Sócrates conduzia seus discípulos por meio de questionamentos, a uma
linha de pensamento onde o próprio interlocutor chegava na conclusa final. O filósofo
dialogava não só com intelectuais, mas com pessoas comuns nas ruas: não fundou nenhuma
escola ou academia, preferindo as praças públicas e os ginásios.

Segundo Platão (discípulos de Sócrates), Sócrates não recebia nenhum pagamento por suas
aulas, era um homem pobre que muito provavelmente sérvio mais de uma vez no exercito
sempre mostrando ser o homem integro e firme.

Quando a guerra de Peloponeso estourou entre 431 e 404 a.C., Sócrates se tornou general. Ao
final da guerra ordenou que todos os soldados voltassem à Atenas e não enterrassem os
mortos, chegados em Atenas, foi preso mas conseguiu sua libertação.

Aproximadamente 30 anos mais tarde, Sócrates foi novamente julgado acusado de corromper
seus jovens discípulos com seus ideais. Foi condenado a ter sua língua cortada para que não
pudesse transmitir seus conhecimentos para mais ninguém. Como se negou foi condenado à
morte . Ficou preso por 30 dias e ao final desse tempo diante de seus maiores discípulos
Platão estava entre eles tomou um copo de cicuta, morrendo aos 70 anos por envenenamento.

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Resumidamente, Socrates nasceu em Atenas em 469 a.C. Sócrates era filho de um pedreiro e
uma parteira. Provavelmente que tenha seguido a profissão, mas teve a oportunidade de
estudar Filosofia antes de ser convocado para o serviço militar.

Frases de Sócrates:

 Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nos


mesmos as qualidades que naquela admiramos.
 Deve-se temer mais o amor de uma mulher do que o ódio de um homem.
 Existe apenas um bem, saber, e apenas um mal a ignorância.

Obras de Sócrates

Sócrates não deixou nenhum escrito, porem suas ideias foram retratadas na obra Apologia e
em vários outros diálogos do filósofo Platão.

Vida e obra de Platão

Platão, discípulos de Sócrates e mestre de Aristóteles,

Platão nasceu por volta do ano de 427 a.C. em Atenas no auge da democracia grega, vindo
duma família tradicional e política. Foi baptizado como Aristóteles, mas ganhou o apelido
Platão (amplo). Embora provavelmente destinado a uma vida política, tornou-se aluno de
Sócrates. A condenação à morte imputada ao mestre teria desiludido Platão que abandonou
Atenas, viajou bastante passando um período no sul da Itália e na Sicília antes de retornar por
volta de 385 a.C.

Fundou em Atenas uma escola conhecida como academia permanecendo como seu líder ate a
morte em 347 a. C.

Platão voltou a Atenas e por volta de 387 a.C. fundou a sua academia marco na histoeia do
pensamento ocidental onde passou 20 anos dedicando-se ao ensino e as suas obras.

O filosofo ainda tentou a 3ª viagem à região onde passou quase um ano tentando unir nos
gregos da Sicilia contra a ameaça cartaginesa mas também dessa vez não obteve sucesso. O
governo passado do Tirano por tirano se mostrou instável e imprudente e a Sicília acabou
sendo conquistada por estrangeiros como Platão previra. Regressando à Atenas Platao voltou

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à academia e as suas obras onde permaneceu fiel até a morte em 348/347 a.C aos 80 anos de
idade, sendo enterrado nos jardins da academia.

Frases de Platão

 Não há ninguém mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o amor toma
conta dele.
 Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da
vida é quando os homens têm medo da luz.
 Tente mover o mundo primeiro passo será mover a si mesmo.

As Principais obras de Platão são A republicam, Apologia de Sócrates, Parménides, Sofista, O


Baquete e o politico.

Vida e obra de Aristóteles

O filósofo grego Aristóteles nasceu em 384 a.C. na cidade antiga de Estagira e morreu em 322
a.C., aos 62 anos de idade, seus pensamentos filosóficos e ideais sobre a humanidade tem
influencias significativas na educação e no pensamento ocidental contemporâneo.

Aristóteles é considerado um dos principais filósofos da Antiguidade, ao lado de Sócrates e


Platão. Filho de Nicômaco, médico pessoal de Amintas, rei da Macedônia, nasceu na Estagira,
em Calcídica, situada no litoral norte do Mar Egeu, no ano de 384 a.C. Com
aproximadamente 16s ou 17 anos, ele partiu para o centro cultural da Grécia, Atenas, optando
pela Academia fundada por Platão. Aí o filósofo permaneceu, ao longo de vinte anos, até a
morte de seu mestre.
Neste período ele se dedicou também ao estudo da filosofia pré-platónica, o que influenciaria
profundamente sua futura visão teórica. Ao ser rejeitado para substituir Platão na Academia,
ele se muda para Aços, onde institui um grupo filosófico, assessorado pelo governante local,
Hérmias. Permanece nesta localidade por três anos, casando-se com Pítias, sobrinha do tirano.
Aristóteles é considerado o criador do pensamento lógico, suas influências também na
teologia medieval da cristandade.
Aristóteles foi viver em Atenas aos 17 anos onde conheceu Platão, tornando seu discípulo.
Passou o ano de 343 a.C. como preceptor do imperador Alexandre o grande da Macedónia.
Fundou em Atenas no ano de 335 a.C. a escola Liceu que depois se transformou na escola
peripatética, voltada para o estudo das Ciências Naturais.
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Fez escola e seus pensamentos foram seguidos e propagados pelo discípulos. Pensou,
escreveu sobre diversas áreas de conhecimento: politica, lógica, ética, teologia, pedagogia,
metafísica, didáctica, poética, retórica, física, antropologia, psicologia e biologia. Valorizava a
educação e considerava uma das formas crescimento intelectual e humano. Sua grande obra é
o livro organon que reúne grande parte dos seus pensamentos.
As principais obras de Aristóteles são: Ética a nicômano (compilação de aulas de Aristóteles),
Politica, Organom, retórica das paixões, a poética clássica, metafísica, De anima, O homem
de génio e a melancolia, Magna Moralia, ética e Eudemo, Física e Sobre o céu.

As condições que contribuíram para o surgimento da Filosofia


As condições que contribuíram para o surgimento da Filosofia São:

 A invenção da escrita,
 O surgimento da moeda,
 A lei escrita, o nascimento da polis (cidade-estado).

O surgimento da racionalidade crítica foi o resultado de um processo lento, preparado pelo


passado mítico, cuja características não desapareceram na nova abordagem filosófica do
mundo, ou seja, o surgimento da filosofia na Grécia não é o resultado de um salto, um
“milagre”, realizado por um povo privilegiado, mas a culminação de um processo que se fez
através dos tempos e tem sua dívida com o passado mítico. A Filosofia começa quando algo
disperta a nossa admiração, espanto(que é isto? Por que é assim? Como é possível que seja
assim?).

Objecto e métodos de estudo da filosofia


Objecto do estudo da Filosofia

O objecto de uma ciência representa o domínio da realidade, a matéria ou o problema que essa
me.

A filosofia não tem um objecto específico de estudo, tem vários, ou se quisermos dizer, o seu
objecto é o Todo. O objecto da reflexão filosófica é o Ser, conceito que engloba tudo quanto
existe, desde os mais simples e vulgares objectos materiais até às mais complexas e refinadas
criações do espírito humanos na ciência estuda.

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Métodos de estudo da filosofia

Método - do grego methodos significa caminho para se chegar a um fim. Todo método, seja
em Filosofia ou em qualquer outro campo, tem por finalidade formular e tentar afirmações,
explicações e previsões, com o intuito de descobrir a verdade, contrapondo-se ao erro. Na
ciência, utilizamos o método positivo; em filosofia, o método especulativo.

A filosofia recorre ao método puramente racional daquela totalidade, embora não exclua
algum momento intuitivo. Mas os métodos racionais são múltiplos, e os mais importantes são
indução e a dedução. A filosofia utiliza ambos: a indução para ascender dos factos aos
princípios primeiros e a dedução para descer de novo dos primeiros princípios e iluminar
posteriormente os factos, para compreendê-los melhor.

Atitude filosofica e a natureza das questoes filosoficas


Para Platão (427-347 a.C) citado por Rosa(2010), a primeira atitude do filósofo é admirar-se.
A admiração é a condição de onde deriva a capacidade de problematizar, o que marca a
Filosofia não como posse da verdade, mas como sua busca.

Para Kant, filósofo alemão do século XVIII, “não há filosofia que se possa aprender; só se
pode aprender a filosofar”. Isto significa que a filosofia é, sobretudo, uma atitude, um pensar
permanente.

A atitude filosófica possui algumas características que são as mesmas, independentemente do


conteúdo investigado, que são:

- Perguntar o que a coisa, ou o valor, a idéia, é. A Filosofia pergunta qual é a realidade ou a


natureza e qual é o significado de alguma coisa, não importa qual;

- Perguntar como a coisa, a idéia ou o valor, é. A filosofia pergunta qual é a estrutura e quais
são as relações que constituem uma coisa, uma idéia ou um valor;

- Perguntar por que a coisa, a idéia ou o valor, existe e é como é. A filosofia pergunta pela
origem ou pela causa de uma coisa, de uma idéia, de um valor. A atitude filosófica inicia-se
dirigindo essas perguntas ao mundo que nos rodeia e as relações que mantemos com ele. Aos

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poucos, porém, descobre que essas questões se referem, afinal, a nossa capacidade de
conhecer e de pensar.

As disciplinas da Filosofia
Alguns filósofos no caso de Aristóteles, Pitágoras, Platão, Sócrates, Descartes, Locke, Kant,
Freud, Habermas e muitos outros fizeram suas teorias baseadas nas diversas disciplinas da
filosofia dentre outras que são:

 Psicologia experimental

 Lógica
 Ética
 Estética
 Teoria do Conhecimento
 Metafísica

 Antropologia filosófica

.Psicologia Experimental

O objecto da psicologia experimental é o comportamento observável, a fim de testar modelos


e teorias matemáticas sobre diversos aspectos do mesmo: prestar atenção, perceber, recordar,
aprender, decidir, reagir emocionalmente e interagir. Os testes às teorias e modelos são
experimentais, isto é, implicam a manipulação de variáveis ditas independentes e o registo
rigoroso e a medição precisa do que acontece às variáveis dependentes. Por exemplo,
manipular a intensidade da luz e registar e medir a velocidade de reacção de pressionar uma
determinada tecla face a um estímulo sonoro.

Na psicologia experimental os conceitos são rigorosamente definidos, sendo as definições do


tipo operacional. Do mesmo modo, os termos (ou nomes) usados para designar os conceitos
são universais. Não é admitida a ambiguidade que ocorre com muita frequência em outras
áreas da psicologia. A maioria dos estudos experimentais em psicologia ocorre em ambiente
laboratorial, apesar de também poderem ser feitas experiências em ambiente natural, como

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pretexto para testar modelos desenvolvidos e testados em laboratório ou para gerar ideias que
serão testadas nas condições de rigor draconiano dos laboratórios.

Lógica

A lógica (do grego clássico logos, que significa palavra, pensamento, idéia, argumento, relato,
razão lógica ou princípio lógico), é uma ciência de índole matemática e fortemente ligada à
Filosofia.

A lógica é o ramo da filosofia que cuida das regras do bem pensar, ou do pensar correcto,
sendo, portanto, um instrumento do pensar.

Tradicionalmente, lógica é também a designação para o estudo de sistemas prescritivos de


raciocínio, ou seja, sistemas que definem como se "deveria" realmente pensar para não errar,
usando a razão, dedutivamente e indutivamente. A forma como as pessoas realmente
raciocinam é estudada nas outras áreas, como na psicologia cognitiva.

A maior parte dos filósofos assumem que a maior parte do raciocínio "normal" pode ser
capturada pela lógica, desde que se seja capaz de encontrar o método certo para traduzir a
linguagem corrente para essa lógica.

Ética

A palavra Ética é originada do grego ethos, (modo de ser, carácter) através do latim mos (ou
no plural mores,costumes, de onde se derivou a palavra moral). Em Filosofia, Ética significa o
que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a
natureza de deveres no relacionamento indivíduo - sociedade.

Ética, pode ser definida como a disciplina filosófica que busca reflectir sobre os sistemas
morais elaborados pelos homens, buscando compreender a fundamentação das normas e
interdições próprias e cada sistema moral.

Eugênio Bucci, em seu livro Sobre Ética e Imprensa, descreve a ética como um saber escolher
entre "o bem" e "o bem" (ou entre "o mal" e o mal"), levando em conta o interesse da maioria
da sociedade

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O Homem vive em sociedade, convive com outros Homens e, portanto, cabe-lhe pensar e
responder à seguinte pergunta: “Como devo agir perante os outros?”. Trata-se de uma
pergunta fácil de ser formulada, mas difícil de ser respondida. Ora, esta é a questão central da
Moral e da Ética. Enfim, a ética é julgamento do carácter moral de uma determinada pessoa.
Como Doutrina Filosófica, a Ética é essencialmente especulativa e, a não ser quanto ao seu
método analítico, jamais será normativa, característica esta, exclusiva do seu objecto de
estudo, a Moral.

Estética

Estética (do grego aisthésis: percepção, sensação) é um ramo da filosofia que tem por objecto
o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a
percepção do que é considerado belo, a produção das emoções pelos fenómenos estéticos,
bem como as diferentes formas de arte e do trabalho artístico; a ideia de obra de arte e de
criação; a relação entre matérias e formas nas artes. Por outro lado, a estética também pode
ocupar-se da privação da beleza, ou seja, o que pode ser considerado feio, ou até mesmo
ridículo.

A estética adquiriu autonomia como ciência, destacando-se da metafísica, lógica e da ética,


com a publicação da obra Aesthetica do educador e filósofo alemão Alexander Gottlieb
Baumgarten, em dois volumes (1750-1758)

Na antiguidade - especialmente com Platão, Aristóteles e Plotino - a estética era estudada


fundida com a lógica e a ética.

Na Idade Média surgiu a intenção de estudar a estética independente de outros ramos


filosóficos.

Os filósofos gregos começaram a pensar sobre a estética através de objetos bonitos e


decorativos produzidos em sua cultura. Platão entendeu que estes objetos incorporavam uma
proporção, harmonia, e união, tentando entender estes critérios. Semelhantemente, na
"metafísica", Aristóteles achou que os elementos universais de beleza eram a ordem, a
simetria, e a definição.

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Teoria de conjuntos

A teoria do conhecimento interessa-se pela investigação da natureza, fontes e validade do


conhecimento. Entre as questões principais que ela tenta responder estão as seguintes: O que é
o conhecimento? Como nós o alcançamos? Podemos conseguir meios para defendê-lo contra
o desafio cético? Essas questões são, implicitamente, tão velhas quanto à filosofia.

Metafísica

Aristóteles é considerado o "pai" da metafísica. Metafísica (do grego met = depois de, além de;
physis = natureza ou físico) é um ramo da filosofia que estuda a essência do mundo. A saber,
é o estudo do ser ou da realidade. Se ocupa em procurar responder perguntas tais como:O que
é real? O que é natural? O que é sobrenatural?

O sentido da palavra metafísica deve-se a Aristóteles e a Andrônico de Rodes.

Assim, eles vinham além da física (Meta = depois, além; Physis = física). Neste sentido, a
metafísica é algo intocável, que só existe no mundo das ideias.

Em resumo, a Metafísica trata de problemas sobre o propósito e a origem da existência e dos


seres

Antropologia filosófica

Antropologia filosófica é a antropologia encarada metafisicamente; é antes aquela parte da


filosofia que investiga a estrutura essencial do homem; contudo, este ocupa o centro da
especulação filosófica, na medida em que tudo se deduz a partir dele, na medida em que ele
torna acessíveis as realidades, que o transcendem, nos modos de seu existir relacionados com
essas realidades. Ou seja, a antropologia filosófica é uma antropologia da essência e não das
características humanas

Segundo Groethuysen, ela, de fato, constitui a base da antropologia filosófica. De acordo com
Landsberg, a antropologia filosófica faz uso dos dados proporcionados pelas outras formas de
antropologia, por exemplo, os fornecidos pela “antropologia das características humanas”, ou
seja, dados proporcionados pela biologia, pela sociologia, pela psicologia, pela etnografia,
pela arqueologia e pela história, mas interpreta esses dados à sua maneira, e procura unificá-
los numa teoria abrangente.
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Immanuel Kant definiu a antropologia como a “questão filosófica por excelência”, uma vez
que a filosofia enquanto tal tomaria ao seu encargo quatro grandes problemáticas: a metafísica,
a ética, a religião e a antropologia, considerando que todas a três primeiras não seriam senão
partes da última, pois todas elas remetem, em última análise, ao problema do humano.

A produção filosófica de Scheler é dividida em três períodos:

1º Período: pré-fenomenológico: escritos produzidos a partir de 1899 e vai até o ano de 1905.

2º Período: fenomenológico: Obras produzidas de 1906 até 1920, sendo considerado como
primeira fase de maturidade do filósofo.

3º Período: período que vai de 1921 até 1928, ano em que Scheler faleceu, interrompendo-se,
bruscamente, a fase de maturidade do pensador.

As funções da filosofia
A filosofia não serve para nada. Por isso se costuma chamar de “filósofo” alguém sempre
distraído, com a cabeça no mundo da lua, pensando e dizendo coisas que ninguém entende e,
que são perfeitamente inúteis. Mas esta pergunta continua sendo feita porque em nossa cultura
e sociedade habituamos considerar que alguma coisa só tem o direito de existir se tiver
alguma finalidade prática, muito visível e de utilidade imediata.

A Filosofia seria a arte de bem-viver. Estudando as paixões e os vícios humanos, a liberdade e


a vontade, analisando a capacidade de nossa razão para impor limites aos nossos desejos e
paixões, ensinando-nos a viver de modo honesto e justo na companhia dos outros seres
humanos e na virtude, que é o princípio de bem-vive.

A necessidade da filosofia está no facto de que, por meio da reflexão, a Filosofia permite ao
Homem ter mais de uma dimensão, além da que é dada pelo agir imediato, no qual o Homem
“prático” se encontra mergulhado. É a Filosofia que dá o distanciamento para avaliação dos
fundamentos dos actos humanos e dos fins a que eles se destinam; reúne o pensamento
fragmentado da ciência e a reconstrói na sua unidade; retoma a acção pulverizada no tempo e
procura compreendê-la.

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Finalmente, a filosofia exige coragem. Filosofar não é um exercício puramente intelectual.
Descobrir a verdade é ter a coragem de enfrentar as formas estagnadas de poder que tentam
manter o status quo, é aceitar o desafio da mudança. Lembremo-nos que Sócrates foi aquele
que enfrentou o dasafio máximo da morte.

Karl Jaspers diz-nos que a Filosofia ensina, pelo menos, a não nos deixarmos iludir.

Consciência Moral
Para Pestana & Páscoa (2002: 46), consciência é uma função psicológica que no estado de
vigília, fornece ao indivíduo a experiência subjectiva, suficientemente clara, dos seus
processos psíquicos (idéias, percepções, sentimentos...)

Segundo Myers (1999) a consciência é a percepção de nós mesmos e do nosso ambiente.


Portanto, consciência é o conhecimento da nossa existência, dos nossos actos e do mundo
exterior.

Na perspectiva ético e moral, a consciência :

É a espontaneidade livre e racional, para escolher, deliberar, e agir conforme à liberdade aos
direitos alheios e deveres.

É a pessoa dotada de vontade livre e de responsabilidade.

É a capacidade para compreender e interpretar sua situação e condição (física, mental, social,
cultural, histórica), viver na companhia dos outros segundo as normas e os valores morais
definidos por sua sociedade, agir tendo em vista fins escolhidos por deliberação e decisão,
realizar as virtudes e, quando necessário, contrapôr-se e opôr-se aos valores estabelecidos em
nome de outros, considerados mais adequados à liberdade e à responsabilidade.

Definição de pessoa numa abordagem filosófica


Definição de pessoa segundo os filósofos:

Severino Boécio: “Pessoa é uma substância individual de natureza racional”.

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S. Tomás de Aquino: “Pessoa significa o que de mais nobre há no universo, isto é, o
subsistente de uma natureza racional”.

Para Kant, “os seres humanos são chamados pessoas porque a sua natureza os distingue já
como fins em si…o homem e em geral cada ser racional, existe como fim em si e não como
um meio de que esta ou aquela vontade pode servir-se ao seu bel-prazer”.

Paul Ricoeur concebe a pessoa como: “a humanidade é o modo de ser sobre a qual deve
regular-se cada aparição empírica do que nós chamamos de ser humano”.

Scheler, “a pessoa é antes a unidade, imediatamente vivida pelo vivente espiritual e não uma
coisa pensada atrás e fora do imediatamente vivido”. A pessoa é a unidade essencial concreta
do ser de actos de essências diferentes, que em si mesma precede todas as diferenças de actos.

Romano Guardini elaborou um conceito de pessoa como: a substancialidade, individualidade,


a incomunicabilidade e a auto consciência. A sua definição diz: “A pessoa é a forma da
individualidade enquanto é determinada pelo espírito”.

Assim, a pessoa significa que eu, no meu ser, em definitivo não posso ser possuido por
nenhuma outra instância, mas que me pertenço; pessoa significa, que eu não posso ser
habitado por nenhum outro, mas que, em relação à mim, estou só comigo mesmo; não posso
ser representado por nenhum outro, mas eu respondo por mim mesmo; não posso ser
substituído por nenhum outro, mas sou único.

Aspectos da ética individual


Os aspectos da ética são:

 Responsabilidade

A responsabilidade pode assumir diferentes formas, que são:

 Responsabilidade civil
 Responsabilidade moral

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 Mérito
O mérito é definido como sendo a aquisição de valores, em consequência do bem que se
pratica. O seu oposto é o demérito, que é a perda de valor, em virtude dos factos cometidos.

 A sanção
A sanção é o prémio ou o castigo infinigido pelo cumprimento ou violação da lei. Sancionar
um acto é sublinhar o seu valor, quer reconhecendo-o como bom, por meio de elogios e
recompensas, quer tomando-o como mau, através de censuras e castigos. As sanções
sobrenaturais compreendem à:

Sanções de consciências:

Sanções de opinião pública

Sanções naturais

Sanções sobrenaturais

Sanções civis

 O dever
O dever pode ser entendido como um imperativo, isto é, como uma ordem a que o indivíduo
se terá de submeter e que assume duas dimensões, que são as seguintes:

Dimensão subjectiva

Dimensão objectiva

Assim, podemos concluir que a consciência moral é uma instância dinâmica na qual se inter-
relacionam factores de diversa ordem, como: Individuais, Sociais, Racionais e Afectivos.

 A Justiça
As palavras hebraicas bíblicas que significam justiça (tzedek, tzedaká, mishpat) possuem
muitas tonalidades de sentido (justiça, rectidão, bom comportamento, lealdade, integridade,
etc). A justiça é comummente dividida em retributiva e distributiva.

John Rawls em sua obra Teoria da Justiça (1971), apresenta dois princípios de justiça:

Uma sociedade justa, de acordo com a nossa concepção, seria aquela onde as pessoas
pudessem melhorar suas posições por meio de trabalho ( com oportunidades de trabalho

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disponíveis para todos), mas elas não aproveitariam posições superiores simplesmente porque
nasceram com sorte.

Descrição de funções de filosofia


 Analisar os fundamentos da ciência
 A filosofia busca recuperar a visão de totalidade, perdida diante da multiplicação das
ciências particulares e da valorização do mundo dos especialistas
 Analisar as condições em que se realizam as pesquisas cientificas

Bioética
A bioética é a ciência normativa do comportamento humano aceitável no campo da vida e da
morte (Pierre Deschamps – jurista);

A bioética é o estudo interdisciplinar do conjunto das condições que uma gestão responsável
da vida humana (ou da pessoa humana) exige, no quadro dos progressos rápidos e complexos
do saber e das tecnologias biomédicas (David Roy);

A bioética designa a investigação do conjunto das exigências do respeito e da promoção da


vida humana e da pessoa, no sector biomédico (Guy Durand).

Aspectos que reflectem na bioética e suas características

Os aspectos que reflectem não bioética são:

Eutanásia

Caracterizada por uma morte pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira
controlada e assistida por um especialista.

Uma morte voluntario devido ao seu estado precário de saúde, desejando dar um fim ao seu
sofrimento antecipando a morte.

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Aborto

O aborto consiste na expulsão ou extracção de um feto pesando menos de mil gramas, ou com
uma idade gestacional inferior a vinte e oito semanas completas.

Papel da Filosofia no universo das outras ciências


Filosofia no universo das outras ciências tem o seguinte papel:

 Analisar os fundamentos da ciência;


 A filosofia busca recuperar a visão de totalidade, perdida diante da multiplicação das
ciências particulares e da valorização do mundo dos especialistas;
 Analisar as condições em que se realizam as pesquisas científicas.
 Investigar as causas últimas de todas as coisas.

Valores

Definição

Valores são o conjunto de características de uma determinada pessoa ou organização, que


determinam a forma como a pessoa ou organização se comportam e interagem com outros
indivíduos e com o meio ambiente.
A palavra valor pode significar merecimento, talento, reputação, coragem e valentia. Assim,
podemos afirmar que os valores humanos são valores morais que afectam a conduta das
pessoa

O conceito geral dos valores se deixa resumir assim:

 O mundo dos valores é o mundo de entes ideais (só existe para quem os vive);
 Os valores são orientações gerais para a acção (pois dão-lhe sentido);
 Introduzem apreciação no mundo dos objectos (condicionam as nossas opções);
 São qualidades incorporadas em objectos (só existem num contexto cultural).
 O valor deve distinguir-se de regra, norma ou lei, pois estas são prescrições de conduta
definidas por consenso que pretendem fixar e institucionalizar os valores. Assim, por
exemplo, deve-se ser corajoso, é claramente uma regra, cujo valor é a coragem.
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Características dos valores
 A polaridade: visão positiva e negativa, ou seja, ausência de neutralidade perante os
acontecimentos;
 A hierarquização: organização dos valores em termos de mais importantes e menos
importantes, o que permite depois, na acção, o estabelecimento de prioridades sem o que
nenhum projecto é realizável;
 A relatividade;
 A historicidade;
 A objectividade subjectividade.

Tipos de valores:

Dentre outros os tipos de valores são: Morais, sociais, éticos, religiosos e outros.

Morais – estes valores ditam o funcionamento da sociedade e foram prestabelecidos ao longo


dos anos.

Sociais - contribuem com o convívio das pessoas em sociedade. Outros valores sociais
importantes são o compartilhando e o dialogo e outros.

os valores subdividem-se em:

1. Positivo e negativo. Valor positivo é aquele que mais geralmente costumamos designar
pela expressão pura e simples de “valor”

2. Valores das pessoas e valores das coisas, ou valores pessoais e reais. Valores das pessoas,
ou pessoais, são aqueles que só podem pertencer a pessoas, como os valores éticos

3. Valores em si mesmo, ou autónomos e valores derivados de outros ou dependentes

Definição da teoria de conhecimentos


Conhecimento é o pensamento que resulta da relação que se estabelece entre o sujeito que
conhece e o objecto a ser conhecido.

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A teoria do conhecimento é uma disciplina filosófica que investiga quais são os problemas
decorrentes da relação entre sujeito e objecto do conhecimento, bem como as condições do
conhecimento verdadeiro.

A reflexão sobre a natureza do nosso conhecimento dá origem a uma série de desconcertantes


problemas filosóficos, que constituem o tema da teoria do conhecimento, ou epistemologia. A
maior parte desses problemas foi debatida pelos gregos antigos e, ainda hoje, a concordância é
escassa sobre a maneira como devem ser resolvidos ou, no caso de tal não ser possível,
abandonados. Descrevendo os temas dos sete capítulos que se seguem, poderemos dar a
entender, de modo geral, a natureza desses problemas.

Correntes da possibilidade do conhecimento

São as principais correntes da origem do conhecimento são: o racionalismo e o empirismo.

Racionalismo

Doutrina que afirma que tudo que existe tem uma causa inteligível, mesmo que não possa ser
demonstrada de fato, como a origem do Universo. Privilegia a razão em detrimento da
experiência do mundo sensível como via de acesso ao conhecimento. Considera a dedução
como o método superior de investigação filosófica. René Descartes (1596-1650), Spinoza
(1632-1677) e Leibniz (1646-1716) introduzem o racionalismo na filosofia moderna.
Friedrich Hegel (1770-1831), por sua vez, identifica o racional ao real, supondo a total
inteligibilidade deste último. O racionalismo é baseado nos princípios da busca da certeza e
da demonstração, sustentados por um conhecimento a priori, ou seja, conhecimentos que não
vêm da experiência e são elaborados somente pela razão.

Empirismo

A palavra empirismo vem do grego empeiria, que significa “experiência”. O empirismo,


sustenta que todo o conhecimento é, de raiz; particular e contingente, a posteriori, visto que
procede inteiramente da experiência, isto é, o fundamento e a fonte de todo e qualquer
conhecimento é experiência sensível, responsável pela existência das ideias na razão e
controlando o trabalho da própria razão, pois o valor e o sentido da actividade racional
dependem do que é determinado pela experiência sensível.

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Conclusão
Como acabamos de ler o presente trabalho que respondemos as questões dadas nesta cadeira
concluímos que a Filosofia é uma palavra de origem grega (PHILOSOPHIA=PHILO-amigo+
SOPHIA-sabedoria), Portanto etimologicamente a Filosofia é "a Amizade pela Sabedoria";
ela não é a posse do saber mais a sua busca. O filósofo não é um SOPHO(sábio) mais aquele
que ama o saber, aquele que o procura. A palavra philosophía não é simplesmente uma
invenção moderna a partir de termos grego mas, sim, um empréstimo tomado da própria
língua grega.

Desde o seu surgimento, em Mileto no século V a.C., e do aparecimento da palavra “filosofia”,


que Cícero e Diógenes atribuem a Pitágoras, muitos filósofos tentaram responder à pergunta
sobre o que é a Filosofia.

A Filosofia "Estuda as causas últimas de todas as coisas".


Assim, Aristóteles (384-322 a.C) define filosofia como sendo a disciplina que estuda “as
causas últimas de todas as coisas”.

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Bibliografia
Rosa, Antonio Luis.(2010). Modulo de Introducao a Filosofia-UCM-CED. Beira

Osborne, Richard.(1998). Filosofia para principiantes. Rio de Janeiro: Objetiva. 4. ed

Chauí, Marilena (2005) Convite à filosofia. São Paulo: Ática.13. ed.

Chambisse, Ernesto, et all (2010) emergência do filosofar. Maputo. textos editores. 1ª ed. 5ª
tiragem,
Marques, António e ribeiro dos santos Leonel (1980) Filosofia I. 10º de escolaridade Lisboa
3ª ed.
INDE/MINED- Moçambique. Introdução a Filosofia-11ª Classe
GALLO, Sílvio et al(2009.Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Ed. Vozes

www.google.com

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