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São Paulo
2010
THIAGO GABRIEL CAIRO
São Paulo
2010
THIAGO GABRIEL CAIRO
Aprovado em
BANCA EXAMINADORA
Ao meu orientador Dr. Adriano Monteiro de Castro, por toda a paciência que
teve ao me orientar em toda a realização do presente trabalho, pois sem todo seu
estímulo e incentivo eu não poderia ter realizado toda essa empreitada.
Á minha mãe Profª. Sandra Iara de Azevedo Gabriel, por todo apoio que me deu,
não apenas nesse trabalho ou na Universidade, mas em toda minha vida e por ser o
exemplo de profissional que desejo ser em meus próximos passos.
RESUM
A Internet está se difundindo cada vez mais no Brasil e no mundo, de forma que
não é mais possível ignorar os seus benefícios, para a educação, seja ela formal, não
formal ou informal. A sua importância cresce ainda mais, ao se perceber que utilizando
a Internet o aluno sai da condição de espectador e passa a condição de autor, que lhe
permite que além de construir o seu conhecimento, também o compartilhe com outras
pessoas, sejam elas de sua escola, cidade ou de qualquer outro lugar do mundo. A
presente pesquisa procura identificar e analisar as manifestações de alunos do ensino
médio de uma escola pública do município de São Paulo sobre o uso do computador
e da internet em seu cotidiano, para tal foi adotado como instrumento de coleta, um
questionário estruturado composto de nove questões. A análise dos dados, em linhas
gerais, demonstra que os principais usos da Internet pelos estudantes são como central
de entretenimento e comunicação, além de um pequeno uso em suas pesquisas
escolares, sendo que seu uso na educação poderia ser aprimorado pelos professores.
The Internet is spreading increasingly in Brazil and in the world, so that you can no
more possible ignore this benefits for education, whether formal, non-formal or
informal. Its importance is growing even more, when we notice that using the Internet
the student leaves the viewer condition and is being authors, which enables besides
building your knowledge, also share it with others, whether its school, town or
anywhere else in the world. This research seeks to identify and analyze the
manifestations of high school students from a public school in São Paulo on the use of
computers and the Internet in their daily lives, for this was adopted as a collect tool,
a structured questionnaire composed by nine questions. Data analysis, in general,
shows that the main uses of the Internet by the students are as central to entertainment
and communication in addition to this they use in a small school research and this use in
education could be enhanced by the teacher involvement.
Quadro I – Categorias de respostas dadas pelos alunos a questão: Para que você utiliza o
computador?....................................................................................................................20
Quadro II – Categorias de respostas dadas a questão: Os professores pedem para você
utilizar o computador?.....................................................................................................22
Quadro III – Subcategorias de motivos para o professor pedir aos alunos que usem o
computador na questão: Os professores pedem para você utilizar o computador? Para
que?.................................................................................................................................23
Quadro IV – Número de vezes que cada uma das alternativas foi assinalada na pergunta:
Dos recursos abaixo relacionados, quais você mais utiliza em seus trabalhos escolares?
.........................................................................................................................................24
Quadro V – Número de vezes que cada uma das alternativas foi assinalada na pergunta:
Onde você mais acessa a Internet?.................................................................................25
Quadro VI – Número de vezes que cada uma das alternativas foi assinalada na pergunta:
Nas horas vagas, quais dos recursos abaixo você mais utiliza? 25
Quadro VII – Categorias de respostas dadas a questão: Você já publicou coisas na
internet?...........................................................................................................................27
Quadro VIII – Subcategorias referentes a o que os alunos publicam na Internet........27
Quadro IX – Subcategorias referentes a onde os alunos publicam conteúdo na Internet27
Quadro X – Categorias de respostas dadas a questão: Seus amigos publicam essas coisas
na internet?.....................................................................................................................28
Quadro XI – Subcategorias referentes ao que os amigos dos alunos publicam na Internet
.........................................................................................................................................28
Quadro XII – Subcategorias referentes a onde os amigos dos alunos publicam conteúdo
na Internet.......................................................................................................................29
Quadro XIII – Categorias de respostas dadas a questão: Eu aprendo coisas novas na
Internet quando...............................................................................................................29
Quadro XIV – Categorias de respostas dadas a questão: A Internet não é legal quando30
SUMÁRI
1. INTRODUÇÃO................................................................................................8
2. REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................9
2.1. EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS DIFERENTES DO FORMAL..................................9
2.2. TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO.......................................................................12
2.3. HISTÓRICO DA INTERNET................................................................................13
2.4. INTERNET.............................................................................................................14
2.5. FATORES QUE IMPÕE LIMITES NO USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS
NA EDUCAÇÃO............................................................................................................16
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.....................................................18
4. ANALISE DOS DADOS E DISCUSSÃO......................................................20
4.1. A UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR.................................................................20
4.2. AS SOLICITAÇÕES DOS PROFESSORES AOS ALUNOS QUANTO AO
USO DO COMPUTADOR.............................................................................................22
4.3. PRINCIPAIS RECURSOS UTILIZADOS PELOS ALUNOS EM
TRABALHOS ESCOLARES.........................................................................................23
4.4. DE ONDE É FEITO O ACESSO A INTERNET...................................................25
4.5. RECURSOS UTILIZADOS PELOS ALUNOS EM SEU TEMPO LIVRE..........25
4.6. O QUE OS ALUNOS PUBLICAM NA INTERNET............................................26
4.7. AS PUBLICAÇÕES DOS COLEGAS NA INTERNET........................................28
4.8. CONSIDERAÇÕES DOS ALUNOS SOBRE O QUE APRENDEM NA
INTERNET.....................................................................................................................29
4 9. QUANDO OS ALUNOS CONSIDERAM QUE A INTERNET NÃO É ÚTIL 30
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................32
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................33
APÊNDICE A....................................................................................................36
APÊNDICE B....................................................................................................40
8
1. INTRODUÇÃO
Outro fator que atesta a importância da Internet é que ela está se difundindo cada
vez mais no Brasil e no mundo, de forma que não é mais possível ignorar os seus
benefícios para a educação, seja ela formal, não formal ou informal.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
A educação é algo essencial para qualquer pessoa. Ela que permite que o
indivíduo tenha acesso aos seus direitos, conheça seus deveres e participe efetivamente
da sociedade (GADOTTI, 2005). Mas diferente do que se é pensado, a educação não se
dá apenas em sala de aula através do que se chama de educação formal, mas também,
segundo Gohn (2006), a educação pode ser não formal, ou seja, se processar em tempos
e espaços diferentes daqueles habitualmente denominados escolares.
Para Gohn (2006), não se pode confundir a educação não formal com educação
informal. A educação informal é aquela feita através da socialização do indivíduo com
sua família, amigos e outros componentes que formam o meio onde vive, sem se
basear em um planejamento e numa intenção deliberadamente educativa. Já na educação
não formal há planejamento e intenções educativas e, pela definição de Gadotti (2005),
diferente do que se pensa ela não foi feita para se opor a educação formal, mas sim
trabalhar em conjunto com ela.
Além disso, Gadotti (2005) afirma que na educação formal, além dos objetivos
já pré-existentes e um ambiente de ensino restrito a escolas e universidades, há a
dependência de diretrizes educacionais centralizadas, normalmente fiscalizadas por
órgãos como o Ministério da Educação. Ao contrário disso a educação não formal é
menos burocrática, estando livre de
1
Gohn (2006) complementa isso afirmando que a educação formal requer tempo,
local e pessoal especializado, além de um currículo pré-estabelecido, dividido por idade
e classes de conhecimento. Já a educação não formal não é dividida conforme séries,
idades ou conteúdos, o seu foco está no subjetivo, priorizando o desenvolvimento do
trabalho em grupo, além de desenvolver no estudante e no grupo um sentimento de
pertencimento, ou seja, que ele faz parte daquilo que está produzindo, o que
posteriormente colabora para a melhora da autoestima e para que o grupo perceba que
tem poderes de decisão e autonomia dentro daquele trabalho.
Para Gadotti (2005) toda educação pode ser considerada formal, pois é
intencional, o que muda é o espaço onde a educação vai ocorrer. Na escola, por
exemplo, existe a marca da formalidade e regularidade. Já no espaço de educação não
formal, é vista a descontinuidade, eventualidade e informalidade. Na educação não
formal o tempo e o espaço têm a mesma importância e esse tempo é flexível já que nem
todos aprendem na mesma velocidade.
O que se entende afinal como educação não formal, ainda segundo Gohn (2006),
é que ela está voltada para os homens e mulheres e, não substitui e muito menos
compete com a educação formal, realizada em sala de aula e sim a complementa.
Gadotti (2005) complementa afirmando que a educação não formal pode ajudar a
conhecer melhor as potencialidades de cada um e assim as harmonizar para o beneficio
do grupo.
Ainda quanto a isso, Moran (1997) afirma que a Internet pode ser utilizada como
uma das principais tecnologias por ter sido a mídia que mais se expandiu desde a
televisão, inclusive a superando, sendo que cada vez mais pessoas de diferentes classes
sociais passam a participar da Internet e também demonstram, uma grande abertura
para tomar, para si próprio a autoria de seu conteúdo, algo muito prezado pela educação
não formal.
E em 1997 a Internet 2.0 começa a dar seus primeiros passos, quando Jorn
Barrer cria o blog que permitia que qualquer um pudesse ser autor de conteúdo e não
mais apenas as agências de notícias e as universidades. E então em 1998 Larry Page e
Sergei Brin fundam o Google, que começou como um site de busca na Internet, que se
expandiu e agregou vários outros serviços como, por exemplo, e-mail (Gmail) e redes
sociais (Orkut e Buzz). No ano de 2005 surge o Youtube que iria revolucionar mais uma
vez a Internet, ao permitir que qualquer pessoa publicasse vídeos para compartilhar com
o resto do mundo, sem que para isso precisassem de algum tipo de concessão dada pelo
governo. (DISCOVERY BRASIL, 2008).
2.4. INTERNET
1
Pesquisa publicada em reportagem do Portal G1 em 10 de Fevereiro de 2010.
http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1484777-6174,00.html
1
usuários conectados em 2009 foi de 66,3 milhões. Um dos motivos disso é que no
espaço virtual o usuário deixa de ser apenas um receptor de informações, pelo contrário,
a cada ano aumenta o número de pessoas produzindo conteúdo, seja por blogs ou redes
sociais e isso sem precisar de algum tipo de autorização do governo ou de um patrocínio
privado (MORAN, 1997).
forma quase que instantânea esses conteúdos na rede para qualquer pessoa que
demonstre interesse e de forma recíproca o professor pode ter acesso a informações de
outros colegas de profissão sobre formas de como lidar com os novos problemas que
surgem no dia-a-dia. Além de permitir ao professor que de forma mais dinâmica atenda
as necessidades individuais de cada aluno, propondo alternativas e até mesmo tendo
contato direto com esse aluno pela Internet (MORAN, 1995).
Um dos principais fatores que impõe limites no uso das novas tecnologias na
educação é que por muito tempo não se deu o valor adequado ao uso de tecnologias para
melhorar a eficácia e eficiência do processo de ensino-aprendizagem. Isso porque o
professor é levado a valorizar mais os conteúdos e as aulas expositivas, já que em
grande parte dos cursos de formação de professores se faz pouco uso dessas tecnologias
como elemento auxiliar na motivação dos estudantes (MASETTO, 2006).
Por fim outra grande dificuldade que surge é a desigual participação dos
professores, enquanto alguns professores dedicam o seu tempo para melhorar seu
domínio sobre a Internet, outros podem acompanhar de longe e até mesmo não
acompanhar o trabalho que seu colega está fazendo, ou então deixa a cargo do aluno a
passagem das informações, e muitas vezes fazem isso por simplesmente não saberem
mexer no computador. Outro fator é que quando o professor tem curiosidade eles podem
acabar descobrindo novos recursos para utilizar em suas aulas, por outro lado quando o
professor se torna acomodado ele pode acabar, apenas reclamando das dificuldades de
uso que encontra e da lentidão que pode se apresentar no seu uso e então no final de
contas, para ele todo esse trabalho não é justificável, pois no final não existem
diferenças entra as aulas convencionais e as que se utilizam da Internet (MORAN,
1997).
1
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente estudo pode ser caracterizado, com base em Lüdke e André (1986),
como uma pesquisa de abordagem qualitativa. Nesse tipo de abordagem dados
predominantemente descritivos são analisados a partir de um processo
frequentemente indutivo. Para as autoras, a obtenção desses dados pode se processar
pela realização de entrevistas com os sujeitos de um espaço social que se pretende
estudar.
Uma vez aplicado esse questionário, eles foram submetidos a uma breve análise
para a identificação dos questionários que não atendiam aos parâmetros combinados
com os alunos ou que a resposta não condizia com o pedido no enunciado. Então dos 56
questionários aplicados, 30 foram eliminados por não atenderem a esses parâmetros.
Então as respostas foram submetidas a uma análise quantitativa dos dados, para
isso os dados obtidos foram separados em cada tema,
1
Quando necessário, as respostas dadas pelos alunos serão citadas; além disso as
respostas aos questionários na integra estão disponíveis no Apêndice B.
2
Neste tema, foi possível visualizar quais são as principais motivações dos
alunos ao usarem o computador. E então as respostas dadas a questão proposta foram
organizadas em dezesseis categorias, conforme pode ser visto no quadro I.
É possível notar que dois itens, predominam sobre os demais, o primeiro é o uso
de Redes Sociais como o principal motivo para o uso de computador pelos alunos, isso
pode estar relacionado às observações de Moran (1997), que o levaram a perceber que
os estudantes gostam de divulgar o que sabem e também conversar com seus colegas
via Internet, o que segundo Paula (2009) são funções básicas das redes sociais.
Essa separação de trabalho escolar e pesquisa pode estar relacionada com o fato
de que os estudantes preferem procurar aquilo que os interessa, sendo que nem sempre o
conteúdo do trabalho escolar é algo que julga interessante. Isso leva a interpretar que,
quando o aluno se refere à pesquisa de forma separada isto pode ser um indicativo de
que para ele pesquisar seja buscar conteúdo sobre o qual ele se interessa (MORAN,
1997).
Além disso, é possível observar que apenas três alunos falaram que usam o
computador para acessar a Internet, os demais já encaravam que usar o computador seja
o mesmo que usar a Internet, as respostas dos alunos 10 e
19 servem como exemplo disso, enquanto o aluno 10 responde a questão dizendo:
“Para utilizar a internet usando o msn, orkut, twitter e quando tem trabalho de
escola.” Nesse caso ele primeiro diz que usa a Internet, para depois então dizer o que
faz nela, já o aluno 19 responde: “Para realizar minhas pesquisas escolares, para
falar com meus amigos (MSN), para me divertir.” Nesse caso o aluno apenas diz o
que faz na Internet.
Neste tema, foi possível perceber se os professores solicitam aos alunos que
usem o computador e se sim, para que. Para sua análise, as respostas dadas pelos alunos
foram agrupadas em quatro categorias; sendo que a categoria “Sim” deu origem a mais
seis subcategorias.
É possível com as respostas que foram dadas, perceber que a maior parte dos
professores da escola onde o questionário foi aplicado solicita aos alunos que utilizem
como recurso didático o computador, o que segundo Lèvy (2000) permite acesso a
novas formas de se chegar a uma informação e também, novas possibilidades para o uso
do raciocínio do aluno. Apenas uma minoria dos alunos respondeu que apenas alguns
professores não solicitam o uso ou que nenhum professor solicitava o uso do
computador, sendo que o aluno 25 foi o único a dizer que não pedem, assumindo que a
justificativa para isso é a seguinte:
“Não, não pedem porque com a utilização do computador, você mais faz um
plágio do que aprende, pois para sair bom o trabalho é necessário um resumo
e uma conclusão de sua opinião.”
2
Percebe-se ainda nesse trecho que algum professor deu a entender a esse aluno
que trabalhos feitos em computador são cópias sem referência. Vale pontuar que
isso não é um problema isolado no âmbito do uso do computador. A tecnologia só
facilitou os recursos de cópia e reprodução. Na verdade, a cópia e reprodução são ações
muito relacionadas às abordagens mais tradicionais do ensino, pois ela valoriza a
necessidade de cumprir um currículo conteudista no ensino (GADOTTI, 2005).
Nesse tema, é possível analisar quais recursos os alunos usam em seus trabalhos
escolares, sendo que cada aluno devia escolher três opções. As
2
Foi possível observar que todos os alunos que responderam o questionário usam
recursos de Internet para realizar os seus trabalhos escolares, sendo os principais as
ferramentas de busca e a Wikipedia; e para a manipulação e organização dos conteúdos
pesquisados, a maioria dos alunos utiliza as ferramentas de edição de texto.
Vale considerar que recursos como a Wikipedia, que podem ser editados por
qualquer pessoa, representam uma fonte duvidosa para pesquisas, sendo que para Moran
(1997), os alunos deveriam ter bom senso durante a navegação na Internet e,
comparando os conteúdos que localizam, selecionar os mais importantes. Assim, o uso
de tal recurso não necessariamente deve ser proibido, mas sim acompanhado, sendo
ainda permitido seu uso pelo aluno não somente como sujeito que busca informações,
mas também como autor dessas informações. Dessa maneira a formação para o bom
senso esperado por Moran (1997) no uso desses recursos pode ser objetivo do trabalho
do professor.
2
Foi solicitado para essa análise, que os alunos selecionassem de onde mais
acessam a Internet, e com os resultados obtidos foi montado o quadro V.
É notado que apenas dois dos vinte e seis alunos que responderam o questionário
não utilizam a Internet em casa. Essa alta quantidade de pessoas navegando de onde
moram, e não de outros locais, pode ser indicativo de um processo de inclusão digital da
população. Essa inclusão, segundo Passarelli (2007), pode inclusive auxiliar para que
gradativamente sejam eliminadas algumas barreiras sociais que existem no país hoje.
Para a análise desse tema, foi solicitado aos alunos que selecionassem os
recursos que mais utilizam, e então com esses dados foi montado quadro VI.
Para uma melhor análise desse tema, as questões respondidas foram divididas
em duas categorias e posteriormente seis subcategorias.
2
as redes sociais, como, por exemplo, o Orkut onde, existe a possibilidade de se publicar
fotos para compartilhar com amigos. Os textos que os alunos falam publicar, podem
estar ligados ao resgate do sentimento de autoria que as tecnologias possibilitam
(MORAN, 1997). E essas publicações, segundo Lima (2007) permitem aos alunos
crescerem ativos e autônomos, podendo intervir na realidade onde vivem.
É possível perceber que a maioria dos alunos, conhece alguém que já havia
publicado algo na Internet. Além disso, é possível notar que o número de alunos cujos
amigos não publicavam nada, é próximo ao número de alunos que disse não ter
publicado algo na rede na questão 6, isso pode representar outro lado da inclusão digital,
ao mesmo tempo em que a rede pode ajudar a diminuir as diferenças, quem não tem
acesso a ela pode acabar sendo excluído (PASSARELLI, 2007). As respostas de o quê e
onde os amigos respondem, geraram duas subcategorias, listadas nos quadros XI e XII.
Sim, Textos 5
Sim, mas não sabe o quê 6
Tal como na questão anterior, o principal item publicado pelos amigos dos
alunos são fotos e o local mais comum para publicá-las são as redes sociais, o que
facilita a publicação e também o compartilhamento com os amigos.
Utilizando-se das respostas dadas pelos alunos sobre o tema, o quadro XIV foi
elaborado.
indesejadas
Quando invadem minha privacidade 2
Quando tenho que estudar 1
Quando ocorre cyberbullying 1
Quando usam para prostituição 1
Essas respostas demonstram que existe uma grande preocupação por parte dos
alunos quanto à segurança no uso da Internet, isso também foi observado por Almeida
(2008), onde 12% dos alunos que entrevistou, também relataram que possuem algum
medo ao usar a Internet.
Ainda que a exposição aos riscos seja uma realidade, trabalhar na perspectiva de
formar alunos para um uso mais seguro dos recursos discutidos em todos os temas da
presente análise é algo de grande importância na educação, pois o computador e a
Internet é cada vez mais essencial na vida das pessoas.
3
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível notar que a Internet é utilizada pelos alunos principalmente como
central de entretenimento e comunicação. Sendo usando para assistir a filmes, como
também para jogos. E no que diz respeito à comunicação, as principais plataformas
utilizadas pelos alunos são as redes sociais e os programas de comunicação instantânea.
Mas não é apenas utilizada pela diversão, alguns alunos também falaram que
aprendem usando a Internet, sendo que afirmaram que aprendem mais quando tem
interesse sobre aquilo que estão pesquisando, demonstrando a importância em que
aquele ensino seja significante para o aluno.
6. REFERÊNCIAS
LÈVY, Pierre. Cibercultura. 2ª Ed. São Paulo, SP: Editora 34: Coleção TRANS,
2000. p. 157 – 176.
3
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 17ª Ed. São Paulo, SP: Cortez Editora: Coleção
Magistério – 2º Grau, 1999. p. 201.
Consentidas. 1ª Ed. São Paulo, SP. Escola do Futuro da USP, 2007. p. 40 – 50.
PAULA, Ricardo de. Mídias Sociais. Escave as Mídias Sociais, 17 ago. 2009.
Disponível em: <http://www.midiassociais.net/2009/08/as-midias-sociais/>. Acesso em
03 mai. 2010.
APÊNDICE A
3
3. Dos recursos abaixo relacionados, quais você mais utiliza em seus trabalhos
escolares? Marque com X os 3 mais utilizados.
( ) Wikipedia
( ) Paint
3
( ) Escola
( ) Casa
( ) Lan houses
5. Nas horas vagas, quais dos recursos abaixo você mais utiliza? Marque com um X
os 4 mais utilizados.
( ) Blogs
6. Você já publicou coisas na internet (fotos, vídeos, textos)? Diga o que já publicou e
onde.
3
9. Complete a frase: A Internet não é legal quando... (não vale responder “quando cai”
ou “quando está lenta”)
40
APÊNDICE B
Estou ciente do conteúdo da Monografia: “CARACTERIZAÇÃO DO USO DO
COMPUTADOR E DA INTERNET POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE
UMA ESCOLA PÚBLICA DA CIDADE DE SÃO PAULO”