Você está na página 1de 6

GUIA DE

SOBREVIVÊNCIA
O fatorial é uma operação matemática,
simbolizada por !, em que para qualquer
número natural que seja maior ou igual a
dois (∀n∈N e n≥2), existe o fatorial desse
número que é o produto dele e todos os
naturais antecessores a ele até o número um.
Ou seja:
Ordem e Natureza
n!=n⋅(n-1)⋅(n-2)⋅…⋅2⋅1
A ordem, como você deve imaginar, estabelece
OBS: Existe fatorial de 0 e 1, porém eles não uma organização, assim como vimos os
seguem a fórmula e ambos são iguais a 1, isto números ordinais no nosso ensino primário.
é, 0!=1 e 1!=1. Se tratando de análise combinatória, a ordem
Análise Combinatória

é importante quando falamos de anagramas,


senhas, competições, números, etc.
Operações com Fatorial
Por outro lado, a natureza é um termo
Adição e Subtração mais abrangente, mas definindo-a dentro
de análise combinatória, seria os casos em
Primeiramente se resolve os fatoriais e, após
que temos mais elementos que lugares para
isso, adiciona ou subtrai os resultados:
coloca-los. Ela é vista geralmente quando
5!+3!=120+6=126 falamos de sorteios, escolhas, formar grupos,
etc.
4!-2!=24-2=22
Multiplicação
Princípio Fundamental
Resolve os fatoriais e, logo após, realiza a da Contagem
multiplicação:
O princípio fundamental da contagem, ou
3!⋅2!=(3⋅2⋅1)⋅(2⋅1)=6⋅2=12 PFC, é utilizado para as relações de contagem
Divisão entre dois ou mais elementos. Essas
relações são calculadas por duas principais
Simplifica os valores que forem possíveis e informações dentro da análise combinatória:
realiza a divisão:
OU: Em casos que queremos escolher
uma coisa OU outra, então, somamos as
possibilidades;

Equação Fatorial E: Em casos que queremos escolher uma


coisa E outra, dessa forma, multiplicamos as
É a equação em que a variável está possibilidades.
acompanhada de fatorial:
Exemplo: Combinação
Dados três sapatos, cinco pares de meias e Combinação é umas das fórmulas mais
dois chinelos, responda de quantas maneiras usadas em análise combinatória. Ela é usada
uma pessoa pode se vestir usando um sapato para situações em que apenas a NATUREZA
e um par de meia ou um chinelo. importa, ou seja, quando o número de
Solução: elementos é maior do que o espaço para
defini-los.
As opções são um sapato para três e um par
de meia para cinco ou um chinelo para dois. A combinação de n elementos separados de
Ou seja, entre os sapatos e pares de meias p em p é dada por:
tem a relação E, dessa forma, multiplicamos:
3⋅5=15 maneiras de usarmos os sapatos
com as meias. Além disso, temos uma
relação OU entre os sapatos e pares de Arranjo
meia com os chinelos, assim, basta apenas
somar: 15+2=17. Então, no total, temos 17 O arranjo é outra maneira de calcularmos um
maneiras. número total de possibilidades, elementos,
etc. Além disso, ela é a mistura da permutação
Permutação com a combinação, pois é usada quando tanto
A permutação é um dos três métodos mais a ORDEM quanto a NATUREZA importam.

Análise Combinatória
usados para os cálculos de problemas de Sendo assim, o arranjo de n elementos
combinatória. separados de p a p é:
Ela é usada em questões no qual somente a
ORDEM importa, podendo ser com repetição
ou sem.
Permutação sem Repetição Permutação Circular
A permutação de n elementos sem repetição Permutação circular é uma variação da
é dada por n fatorial, isto é: permutação, a mudança ocorre pois, aqui,
desconsideramos sequências cíclicas iguais
Pn=n! com inícios diferentes, como por exemplo:
ABCD é o mesmo que BCDA se observarmos
Permutação com Repetição
em um círculo. Sua fórmula é dada por:
Sejam n elementos descritos em que
PCn=(n-1)!
um ou mais elementos se repetiram um
determinado número de vezes. O número de Permutação Caótica
permutações que se pode obter com esses n
elementos é: Quando queremos calcular todas as situações
adversas (calcular o número de maneiras
em que três cartas cheguem em destinos
errados) usamos a permutação caótica ou
desarranjo. Ela é dada pela fórmula:
Perceba que a,b,c,…, são a quantidade de
vezes que diferentes elementos se repetiram.

www.biologiatotal.com.br 3
Número Binomial Propriedades do
Triângulo de Pascal
Um número binomial é dado pela fórmula
conhecida da combinação:
• , a soma dos elementos
de cada linha é igual a 2n;
• Um cateto e a hipotenusa do triângulo
Casos Notáveis possuem apenas o valor 1;
• Os termos equidistantes dos extremos
• são iguais para cada linha;


• Se , então p=q ou p+q=n;

• , essa relação é
Triângulo de Pascal conhecida como Relação de Stifel.
Com base nos desenvolvimentos dos
números binomiais de p até n para cada n∈N,
obtemos uma construção triangular que Binômio De Newton
denominamos Triângulo de Pascal: Definimos um binômio como a soma de dois
Análise Combinatória

elementos elevado a um terceiro natural, ou


seja, (x+a)n,n∈N.
Para expandir os binômios temos duas opções,
usamos a propriedade distributiva que seria
inviável para n sendo um valor grande,
ou podemos usar o teorema de expansão
binomial, mais conhecido como binômio
de Newton, que usa os conhecimentos do
triângulo de Pascal.
Para expandirmos um binômio qualquer
Essa construção é da forma acima, em que (x+a)n,n∈N, usamos a seguinte fórmula:
a medida que deslocamos uma célula para
a direita o p aumenta uma unidade, por
outro lado, a medida que deslocamos uma
célula para baixo, o n aumenta uma unidade.
Calculando os números binômios, obtemos:

Pode parecer um pouco confuso, mas


utilizando o somatório podemos simplificar
essa fórmula para:

Quanto mais calcular mais relações obtemos,


e com isso, temos algumas propriedades.

4
O expoente do primeiro elemento começa se que o expoente que eleva o binômio deve
em n e diminui até 0. Por outro lado, o ser par. O termo central é calculado pela
expoente do segundo elemento começa em fórmula do termo geral:
0 e vai até n;
O número de termos de um binômio elevado
a n é n+1.
Em que pc é a posição do termo central
calculada por .
Termo Geral
Todo termo de qualquer binômio (x+a)n pode
ser calculado pela fórmula: Binômios e Juros Compostos
Se a base de uma potência é um número
muito pequeno usamos uma aproximação
que pode ser usada para juros compostos,
Em que p+1 refere-se a ordem do termo, em que:
se for o quinto termos então a posição do
(1±x)n≅1±x⋅n
quinto termo é p=4.
Aplicando em juros compostos, um capital
rende por mês a uma taxa de 0,03%. Ou seja:

Análise Combinatória
Termo Central
O termo central de uma expansão binomial
só existe se na expansão possuir uma
quantidade ímpar de termos, para isso, deve-

ANOTAÇÕES

www.biologiatotal.com.br 5

Você também pode gostar