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Transações da Pesca Americana

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Orientação da Falange na Alimentação

Comportamento do pequeno atum, Euthynnus
alletteratus
a a
Harvey R. Bullis Jr. & Rolf Juhl
a
Bureau of Commercial Fisheries, Base de Pesca Exploratória Pascagoula, ,
Mississippi, EUA Publicado online: 09
de janeiro de 2011.

Para citar este artigo: Harvey R. Bullis Jr. e Rolf Juhl (1967) Phalanx Orientation in Feeding Behavior of the
Little Tuna, Euthynnus alletteratus, Transactions of the American Fisheries Society, 96:2, 122-125, DOI:
10.1577/1548 -8659(1967)96[122:POIFBO]2.0.CO;2

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Orientação da Falange no Comportamento Alimentar do Pequeno

Atum, Euthynnus a!!etteratus

HARVEY R. BULLIS, JR. E ROLV Ju•L

Bureau o! Pesca Comercial, Base de Pesca Exploratória, Pascagoula, Mississippi

ABSTRATO

Em Setembro de 1964, foram feitas observações sobre o comportamento alimentar do pequeno

atum (Euthynnus alletteratus ) na Ilha Cannouan, Ilhas Granadinas, Pequenas Antilhas. As observações
ocorreram à noite durante uma estação noturna em águas rasas. Observou-se que pequenos atuns
formavam uma orientação semelhante a uma falange enquanto aparentemente se alimentavam de
uma grande agregação de arenque-anão (.[enkinsia lamprotaenia) diretamente sob a luz noturna
flutuante. Padrões de comportamento semelhantes não foram relatados anteriormente.

as Ilhas Granadinas. O Bureau de Com-

Ocasionalmente, as barbatanas do atum albacora
(Thunnus albacares (Bonnaterre)) pego mercial Fisheries R/V Oregon estava ancorado na baía de Charleston,
a costa oeste do México e da América Central em uma profundidade de 20 braças (estação número 5053, latitude
apresentam desgaste considerável. Alguns pescadores de atum 12°45' N, homens longos acreditam que este desgaste das nadadeiras
é causado por peixes 61°20' W). A temperatura da água da superfície era de 83 F, as condições do mar estavam ligeiramente agitadas e
de 8 nós. Em escolas densamente lotadas. A condição desgastada sopravam um contra o outro quando viajavam com um vento nordeste
pronunciada nas nadadeiras anal, segunda dorsal e caudal. O feixe por volta das 19:00 horas, uma vedação flutuante de 100 watts , é mais
cobrindo os raios da nadadeira completamente desgastados da de luz noturna do tecido epidérmico foi colocado no lado de sotavento
embarcação, e observações foram feitas conseqüentemente as extremidades estão desgastadas e durante a noite (até 05h30) erodidas . As
segundas barbatanas dorsal e anal, atração luminosa e comportamento agregador do arenque anão (]enk•nsia lamprotaenia caracteristicamente
longa em indivíduos grandes, são por vezes reduzidas a um quarto ou menos (Gosse)).

da sua altura normal. Por volta das 2.000 horas, ]enkinsia havia formado um grande
Os pescadores relatam que ocorrem cardumes cardume compacto em forma de bola sob a luz, e numerosos
densos sempre que a “alimentação” se concentra outros clupeídeos e carangídeos podiam ser vistos nos setores
externos do que
nas margens de pesca, geralmente na Primavera. Eles acreditam
os peixes nadam em contato próximo uns com os outros
área iluminada. Como medida da densidade do
durante a alimentação e que a massa bem compactada cardume de Enkinsia, sete lanços verticais de uma
de atum evita que a ração passe entre os indivíduos e rede de plâncton de 1 metro através do cardume
escape da captura. Pescadores de atum de vários renderam uma captura de 150 libras. Durante a noite,
portos de pesca da Califórnia relataram-nos este o tamanho da escola foi estimado em cerca de uma
comportamento (Juhl) em diversas ocasiões. O
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a quatro toneladas, expandindo-se e contraindo-se

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comportamento de alimentação escolar foi observado

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de forma mais ou menos esférica.

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em Euthynnus yaito (Kishinouye), que deliberadamente de 10 a 20 pés de diâmetro.

por
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"pasturou" pequenos peixes durante pouco depois das

2.000 horas de luz do dia de um único pequeno atum
(Hiatt e Brock, 1948). Sette (Euthynnus alletteratus
(Rafinesque)) aproximadamente (1950) descreve a alimentação
em grupo de cavala de 20 a 24 polegadas de
comprimento, foi vista nadando rapidamente (Scornbet scombrus
(Linnaeus)) em copépodes indo e voltando sob
formação e entrando e saindo da auréola "poucoa]enkinsia,
mais onde os indivíduos estão espaçados em escola de
da água permitiu un-Magnuson (1963) salienta que do que seu próprio diâmetro". de iluminação. A clareza
não é questionável a identificação quanto às espécies;
todos sabiam se esse tipo de comportamento ocorre,
entre o atum. as marcações características eram claramente visíveis.

Cerca de uma hora depois, um segundo E. alletteratus. Uma

observação sobre o aparente comportamento alimentar do
atum em formação estreitamente espaçada foi feita por um de nós
(Bullis) na noite de 27 de setembro de 1964 na ilha de Cannouan,
em
122
mudou-se para a área e mostrou essencialmente o
mesmo padrão de comportamento. Não vimos
nenhum dos peixes fazer qualquer ataque óbvio ao
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ATUM, ORIENTAÇÃO DA FALANGE 123

escola ou tentar capturar alguém próximo tato dos indivíduos uma vez que a falange tenha
peixe. foi formado. Os 12 funcionários e tripulantes

Por volta das 21h30, um terceiro E. alletteratus foi que testemunharam toda ou parte desta atividade
visto, mas não sozinho. Os dois primeiros peixes concordaram que o contato entre peixes foi mantido
desapareceram brevemente. Em poucos momentos, durante todas as manobras enquanto estavam na área
o "cardume" de três peixes, bem compactados, iluminada. O uso das nadadeiras peitorais por indivíduos
alinhados uniformemente em uma falange lado a lado, reentrou
dentro dana iluminação.
falange foi certamente impedido, e o atrito da
área designada.
segunda falange dorsal imediatamente fez um "ataque" e
das nadadeiras anais contra os peixes vizinhos, enquanto através da metade inferior da bola de ]enkinsia, impossível
de observar diretamente, deve ter ocorrido repetidamente na mesma orientação peixe-peixe . Os observadores também
concordaram com esta e todas as manobras subsequentes. que os ataques não começaram até que a falange já que as
cabeças dos atuns estavam imediatamente formadas. A orientação do corpo é obscurecida pela escola ]enkinsia sobre
a falange à medida que aumentava o tato numérico dos dois grupos, não pudemos realmente forçar é ilustrada na
Figura 1. ver se a alimentação ocorreu, mas o be- Nossas observações dão credibilidade para o re- havior foi interpretado
como deliberado e ag-portos dos pescadores de atum que os atuns vão escola gressiva. A falange moveu-
se através do cardume e se alimentou em concentrações suficientemente densas , com pouca ou nenhuma diminuição
na natação para causar desgaste nas nadadeiras; no entanto, são levantadas várias questões mais rápidas que passam
para segmentos periféricos . É difícil prever a área de iluminação ou além e levantar uma hipótese sobre as vantagens
desta falange de visão. Ataques semelhantes foram feitos a cada poucos comportamentos de formação oferecidos nos
minutos existentes durante o resto da noite. circunstâncias. Interpretação subjetiva em-A falange aproximou-se de uma
borda do

indica que os indivíduos sob observação

escola de diferentes direções e de
poderiam ter capturado adequadamente os Enkinsia em sua condição densamente

profundidades variadas, e quando a cerca escolar, agindo individualmente. Se o mecanismo de alimentação real fosse
de 3 a 6 pés da escola a formação girou, paralelo ao descrito por Walters (1966), poderíamos concluir que cada atum.

acelerou e carregou através do centro do Pouco tempo depois, a falange havia obtido um bocado de presa com cada
a escola.
ataque reduzido para 5 indivíduos, com 2 peixes lado a lado. da falange e todos

os participantes ficariam do lado imediatamente abaixo do original, totalmente alimentados em relativamente poucas passagens. Brock ção. Antes das 2.400

horas o grupo aumentou e Riffenburgh (1960) mostra que abaixo de 6, 7 e 9 indivíduos. Além deste ponto, as vantagens das condições descritas seriam acumuladas,

era difícil fazer uma contagem precisa devido à ]enkinsia fortemente escolarizada, pois em parte devido à compactação do conjunto, o limite da predação é alcançado

pela rapidez dos ataques da ]enkinsia, e comportamento escolar. A hipótese deles oferece um corte superficial crescente. Às 02h30, nenhuma explicação antitética

para este particular, estimamos que a falange continha algum comportamento de predador. Já as posições eram 14 ou 15 peixes mais ou menos do mesmo tamanho.

tão estreitamente mantido na falange e todas as manobras foram realizadas com grande precisão que a troca de indivíduos ocorreu no. Parece que a aplicação desta

" falange em massa durante a noite. Com os numerosos ataques" o comportamento não teve origem neste ataques, é provável que alguns indivíduos teriam situação
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obviamente atípica. estariam totalmente alimentados e não participariam mais desse padrão. Após a formação da assembléia original de três peixes, entretanto, não
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vimos nenhum E. alletteratus durante o período

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Não conseguimos observar se alguns

A literatura sobre atração de luz em ambientes marinhos

O peixe é volumoso e não precisa de mais

citação aqui; no entanto, estas observações

actuais contradizem a conclusão de Walls
noite, exceto na formação de falange. Por volta das 04h30 (1942) de que os peixes telcost em geral não
eles desapareceram. atravessam habitats com gradientes de luz
O aspecto mais interessante desta observação é o pronunciados devido à sua incapacidade de
óbvio contexto físico contínuo fazer ajustes visuais rápidos. Independentemente do g
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124 •. R. BULLIS, JR. E ROLF JUHL

nenhuma vantagem direta na alimentação. No que diz respeito

ao espaçamento ou posicionamento dentro da estrutura do
cardume, Breder (1951) enfatiza um comportamento altamente
sequencial da orientação peixe-peixe durante a formação e individualista de qualquer peixe. If F•guaE 1.-Visão transversal
atividade da explicação de Sette (1950) sobre as vantagens da falange alimentar no pequeno atum Euthynnus
a um comportamento mais ou menos semelhante na cavala
alletteratus.

embora me alimentasse de copépodes, aceitei que seria tênue

aplicar a mesma explicação aqui. turbidez, a atenuação da luz
na água do mar é semelhante à observação de Hiatt e Brock (1948) rápida e, assumindo uma taxa de atenuação no pastoreio de
peixes-presa, enquanto a água oceânica tropical é de 20%, os peixes se movem mostrando algum grau de coordenação se não
de uma distância periférica de mas de 15 metros de esforço cooperativo, não parece plausível que uma posição diretamente
abaixo da luz estaria relacionada. Pode-se considerar que a passagem através de gradientes equivalentes ao comportamento da
falange foi uma tentativa de pastoreio. 25 vezes a intensidade periférica. Se assim for, de Duntley , parecia ser altamente ineficaz,
uma vez que (1963) os dados indicam que eles não passariam por nenhum segmento do cardume de presas, uma mudança de 70
vezes na intensidade da luz. mesmo momentaneamente. Se fosse uma atividade de alimentação, realizamos centenas de iluminação
noturna e foi inquestionavelmente altamente eficaz, embora as vantagens sobre a alimentação individual a bordo de navios do
Bureau, e que temos feito com frequência, sejam, na melhor das hipóteses, especulativas. observaram cardumes de arenque-anão
durante os últimos 15 anos; embora nenhuma evidência de "desgaste das nadadeiras" tenha ocorrido ; no entanto, não
estações no Golfo do México e no Caribe
vimos nenhum relato em E. alletteratus, nossa observação
comparável a esta formação de falange substancia os relatos de comercialização de E. alletteratus. Não
foram observadas indicações de desgaste das barbatanas em pescadores que alimentam o atum em E. alletteratus densamente
compactados . Os cardumes alimentadores , em contato
suficientemente próximo para causar o comportamento de E. alletterc•tus
durante a luz do dia, apresentam desgaste das segundas
nadadeiras dorsais e anais - um fenômeno observado com frequência e
com características comportamentais estreitas, anteriormente
não relatadas , paralelas às de outras espécies de atum, que são
tipicamente agressivas. , altamente individualista, e Gostaríamos
de expressar agradecimento aos altamente desorganizados.
Alimentação noturna de camarão por vários colegas que
discutiram conosco os descartes de restos de peixe da traineira pela
observação de E. alletteratus. Estamos particularmente gratos -
foi observado durante o verão na íntegra a John R. Thompson,
Bureau of Com- Golfo do México. Aqui, a captura de alimentos
na literatura.
tem sido menos agressiva, com pesca comercial, Pascagoula e
Richard, com observação individual de peixes - R. Whitney, Heeny
SH Yuen e Eugene selecionando e afundando ou flutuando dis-
com corridas ocasionais para pegar o mesmo peixe. As escolasL. Nakamura, Bureau of Commercial Fisheries, peixes cardados,
muitas sugestões a E. alletteratuseen seguindo os arrastões à de pré-alimentação que revisaram o manuscrito e ofereceram
noite. estavam todos vagamente espaçados.
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LITERATURA CITADO
Como apontou um revisor deste manuscrito , as
circunstâncias dessas observações
BREDER, CM 1951. Estudos sobre a estrutura do cardume de peixes. Amer.
são artificiais e a ausência de ob- Mus. Nat. História. Touro. 98:
1-28.
servações em peixes escombrídeos, tanto naturais , ANI) F.
HAL?ElaN. 1946. Situações inatas e aceitáveis ou artificiais
proporcionam pouco comportamento questionado que afeta a
agregação de orientação preventiva. A aparente singularidade dos
peixes. Fisiol. Zoológico. 19: 154--190. do fenômeno da falange fortalece BROCK, VERNON E. E ROBERT H.
RIFFENBURgH.
afirmação de Re-Springer (1957) de que talvez a redução da 1960. Cardumes de peixes: um possível fator na
predação. J. du Cons. 25: 307-317. só assim algumas
características comportamentais podem DUNTLEY, SQ 1963.
Luz no mar. J. A observação óptica está sob condições especiais.
Soc. Amer. 53: 214--233.
Vários aspectos desse tipo de comportamento divergem da HIATT, RW, ANI) VE BaOCK. 1948. Sobre o pastoreio de presas
e a escolarização do gaiado preto Euthynnus yaito
literatura. Breder e Halperu (1946) consideraram a atividade
Kishinouye. Pacífico
escolar como tendo Ciência. 2: 297-298.
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ATUM, ORIENTAÇÃO DA FALANGE 125

MAgNVSON. Jo•N J. 1963. Comportamento e fisiologia do atum, uma revisão. México e águas adjacentes. Ecologia 38: 166-
Representante de Pesca da FAO 3(6): 1157-1166. 171.
WALLS, GL 1942. O olho dos vertebrados e sua
SETTE, OE 1950. Biologia da cavala do Atlântico radiação adaptativa. Instituto Cranbrook. Ciência. Touro.
(Scomber scombrus) da América do Norte. Parte
II – Migrações e hábitos. Peixes e selvagens dos EUA. Nº 19, Cranbrook, Michigan.
Servir. Peixe. Touro. 51: 249358. WALTERS, Vladimir. 1966. Sobre a dinâmica da
SPRINGZa, STEWART. 1957. Algumas observações do comportamento alimentação por filtro do gaiado ondulado (Euthyn-
de cardumes de peixes no Golfo de nus a/finis). Touro. Março. Ciência. 16: 209-221.
Universidade
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