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Agora que eu estou pensando, não tem nenhum bom momento para ser mordida por um

vampiro. Dito isso, você deve entender. Faz três horas, vinte e cinco minutos e trinta e três
segundos que JAKE WILDER me convidou para o baile! Estou falando de JAKE WILDER, gente! O
cara mais gostoso de todo o Oakridge High School. O protagonista rompe-corações de cada
peça da escola, profundos olhos castanhos e um corpaço digno de babar por ele. Cada garota
que eu conheço está oficialmente apaixonada por ele. Inclusive Mary Markson, e isso que ela
está praticamente casada com seu namorado, Nick. Mas, eu pergunto para você, quem o Deus
do Sexo em questão convidou para o baile de formatura? Oh, sim, essa seria moi. Realmente,
se você tivesse me perguntado a apenas três horas, vinte e cinco minutos, e trinta e QUATRO
segundos se Jake Wilder sabia sequer meu nome, eu haveria apostado meu iPod a que ele não
tinha nem idéia. (E foi uma coisa muito, muito boa que eu não tivesse feito essa aposta porque
um dia sem vinte gigas de música entre meus dedos é como um dia sem sol.) Dito isso, não
posso dizer que total e completa chatice é estar se transformando lentamente em um vampiro
uma semana antes do grande evento. Mas estou adiantando a mim mesma. Dado que você
não tem nem idéia de quem eu sou, provavelmente não te importa muito a minha iminente
transformação em uma Criatura da Noite. (Minha mãe sempre diz que eu tenho as piores
maneiras que a humanidade já conheceu, então peço desculpas antecipadamente por meus
defeitos.) Então, direi tudo sobre mim em um momento. Meu nome é Sunshine Mcdonald.
Sim, Sunshine1 , e se você acha que isso é ruim, temo te apresentar a minha gêmea idêntica,
Rayne2 . Eu sei, eu sei, Sushine e Rayne. Te deixa um pouco doente, não é? Bem, pode culpar
aos nossos pais cruéis e ex-hippies que (Olá!?) cresceram na era da discoteca e deveriam ter
saído pelo Studio 543 dançando toda a noite, em vez de estar na Cooperativa Harvest assando
tofu na grelha. Mas, infelizmente, não. Preferiram paz, amor e estúpidos nomes de bebês à
músicas dance. Evidentemente, atualmente meu pai provavelmente está dirigindo por aí em
um esportivo vermelho, último modelo, enquanto recolhe amantes em Las Vegas. Deixou a
minha mãe para “encontrar a si mesmo” faz quase quatro anos e permaneceu perdido desde
então. Ocasionalmente, recebemos cartões de aniversário trazidos pela culpa, com as
desculpas mais sinceras e uma rangente cédula de cinqüenta dólares dentro, mas isso é tudo.
Às vezes eu sinto falta dele, mas o que eu posso fazer? 1 [N/T: Sunshine significa luz do sol.] 2
[N/T: Rayne significa chuva.] 3 [N/T: Studio 54 foi uma lendária discoteca localizada em
Manhattan, Nova York. "Studio 54" foi idealizada por Steve Rubell, na época áurea do "disco",
que agitava a vida de Nova York com todo o frenesi que lhe deu uma reputação internacional.
Lá Rubell tentava transformar seu sonho em realidade ao dar as melhores festas que o mundo
tinha visto e fazer com que elas durassem para sempre, com toda a decadência e excessos da
época (muita droga e muito sexo... livre).] Mari Mancusi – Blood Coven 01 – Boys That Bite
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http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=65618057 Enfim, voltemos para mim.
Tenho dezesseis anos. Um e sessenta e dois, peso médio, cabelos loiros. Tenho olhos
castanhos escuros que algum dia esconderei com lentes azuis, e um milhão de irritantes sardas
que não desaparecem sem importar quanto suco de limão eu tenha espremido encima.
Mamãe diz que eu herdei as sardas do lado irlandês da família de papai. Papai diz que eu as
herdei dos ancestrais escoceses de mamãe. De qualquer forma, Rayne e eu fomos
amaldiçoadas no útero por uma fada malvada de genes e não podemos fazer nada para evitar.
No colégio eu vou bem. Uma estudante A ou B4 , normalmente. Gosto de Inglês. Odeio
matemática. Quero ser jornalista quando for “mais velha”. Jogo na equipe de hóquei sobre
grama do colégio e fiz duas vezes os testes para a peça da escola, tudo para estar o mais perto
possível de Jake Wilder. Até agora eu terminei duas vezes como a suplente de Heather Miller e
a estúpida nunca fica doente. Falo da “vencedora da assistência perfeita por dois anos
seguidos” nunca ficar doente. Para acrescentar um insulto a essa injúria, ela também tem tetas
grandes e se joga em cima de Jake diariamente. Mas de qualquer forma, eu estou certa que
você está muito mais interessado em toda a questão dos vampiros do que nos peitos de
Heather Miller. (Embora você devesse ver. Ela parece com a maldita Pamela Anderson!)
Basicamente, o problema começou quando Rayne decidiu me arrastar para um clube gótico.
Agora, para que conste, eu não estou metida nessa da música gótica nem nada relacionado
com o tema EM ABSOLUTO. Não é que eu seja uma amante de Britney, é claro. Suponho que
você poderia me considerar uma garota de Norah Jones ou Liz Phair. Mas Rayne, por outro
lado, é uma garota gótica completamente decidida. Se você a ver alguma vez vestida com algo
que não for negro, eu ficaria seriamente em estado de choque e pavor. Ela escuta todas essas
músicas estranhas que você jamais vai ouvir nas rádios e adora filmes escuros e retorcidos que
não tem nenhum sentido. Por exemplo, ela já viu Donnie Darko cinqüenta vezes e consegue
recitar de memória dezessete episódios de Buffy. Quando é lançado um novo livro de Anne
Rice, acampa toda a noite para ser a primeira da fila para comprar. (Mesmo que tenha muitos
desses livros psicóticos para sair, acredite.) Assim, que de qualquer forma, faz dois dias que
Rayne veio e me disse que viu esse panfleto do Newbury Comics sobre um clube gótico para
todas as idades em Nashua, New Hampshire. Aproximadamente vinte minutos de onde
moramos na fronteira de Massachusetts. Seu nome é, sério pode acreditar, “Club Fang”, que
tem que ser, realmente, o nome mais ridículo de todo o planeta. Rayne, por outro lado, está
tão animada, que eu estou meio que convencida que ela vá fazer xixi nas calças. (Ou em sua
longa saia negra, para ser mais exata, a garota não seria pega nem morta usando calças.) E por
que, como eu me lembro, a conheço desde que eu nasci, é evidentemente meu dever de irmã
gêmea de renunciar a qualquer tipo de plano que eu tenha para o domingo para ir com ela, já
que todas as suas amigas estão muito ocupadas. Eu sou uma sortuda. 4 [N/T: Como as notas
são nos Estados Unidos. A seria uma nota excelente e B uma nota boa.] Mari Mancusi – Blood
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http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=65618057 Capítulo 01 Gotiquize-me,
baby “Dê-me uma boa razão para que eu deva ir esta noite”. É domingo de tarde, cinco horas,
e estou tentando desesperadamente escapar da saída ao grande Club Fang que minha irmã
planejou. Embora eu não tenha muita esperança. Depois de tudo, é um fato comprovado na
vida que o que a Rayne quer, Rayne consegue. Ponto. Fim da história. Rayne gira sobre si
mesma, deitada em sua cama com dossel, levanta a cabeça sobre um cotovelo, e expõem seus
melhores motivos. “Deixa de choramingar. Vai ser totalmente divertido, e você sabe. Além
disso, fui ver Dave Matthews contigo e você não pode nem imaginar o quão doloroso foi para
mim suportar isso. Meus ouvidos ainda não se recuperaram.” Minha gêmea dramática esfrega
as orelhas com os dedos, como se ainda produzissem dor. Por favor. “Como você disse”.
Empurro-a de brincadeira, e volto a cair sobre o colchão. “Parece como se fosse um dever
ouvir essa voz de sonhos”. “Dever, não. Castigo cruel e incomum, pior do que a morte? Agora
sim você está mais perto”. Rayne pula da cama e caminha até o armário. “Então você vai. Está
decidido”. Remexe entre os cabides, com cara de concentração... “Agora devemos encontrar
algo para você usar”. Perigo! Perigo! “Oh, não, absolutamente não!” Grito. “Você pode me
forçar a ir nesse clube estúpido, mas não penso em me submeter a nenhuma transformação
radical gótica. Não há nada de errado com o que eu uso”. Fico de pé para mostrar minha
combinação camiseta/calças jeans/botas, que eu sempre uso. Rayne se vira para me olhar
durante um segundo. O suficiente para me olhar de cima a baixo e revirar os olhos e depois
voltar para seu armário. Pega uma saia comprida negra e um suéter preto. “Não vou usar um
suéter em um clube noturno”. Eu protesto. “Suarei até a morte”. “Bem. Caramba. Era só uma
idéia”. Coloca o conjunto de novo no armário cheio, mudando para um top negro (surpresa,
surpresa). Agora sim, embora por regra geral eu seja uma garota só de camisetas e tops, tento
me manter afastada daquelas que são feitas de vinil. “De jeito nenhum”. Sacudo a cabeça. “As
pessoas vão pensar que eu vou começar um show de sadomasoquismo e começaram a me dar
chicotadas ou a me algemar no palco ou algo assim”. Rayne emite seu suspiro de frustração
ante o meu protesto, mas graças a Deus devolve o conjunto sadomasoquista para o armário.
Eu, por minha parte, me sento outra vez na cama e me pergunto se eu deveria me preocupar
que minha gêmea use um conjunto como esse, para começar. “Que tal isso?” Pergunta. Tira
um top justo e muito bonito com as palavras Fashion Victim escritas na frente. “Parece
bastante apropriado”. Atiro uma almofada nela. “Apenas no mais irônico dos sentidos, é
claro”. Guarda com uma risadinha. “Há sempre esse”. Muda um top por outro. Este rosa com
letras escritas dizendo Morda-me! “Onde você conseguiu essa camisa?” Pergunto com
curiosidade. “Não parece ser o seu estilo. Ela nem sequer é preta”. Mari Mancusi – Blood
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http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=65618057 Ela dá de ombros. “Um
vampiro me emprestou há algum tempo. Eu continuo esquecendo de devolver”. “Vampiro?”
Levanto uma sobrancelha. Mesmo sabendo que Rayne se move em um círculo diferente, não
havia me dado conta de que eles chamavam a si mesmos de criaturas da noite. “Então, agora
nós trocamos roupas com os não-mortos?” Isso explicaria todo o negro. Rayne bufa. “Só pedi
emprestada uma camisa, espertinha. Mas só para que conste, sim. Existe esse grande grupo
deles em Nashua. Parecem garotos góticos, mas na verdade são membros de um antigo grupo
de vampiros”. “Você deve estar brincando” Grunhi. “Além disso, por que alguém ia querer
fingir ser um vampiro? Por que isso ia ser legal? Vocês ficam por aí bebendo o sangue um dos
outros, ou algo assim?” Rayne encolhe os ombros num gesto em que ela não se compromete a
nada, o que me diz que sim, ela acredita que isso é legal, mas que não vai admitir na minha
frente. Considero rir dela, mas logo decido que a teoria “viva e deixe viver” das irmãs é o
melhor plano de ação nesse momento, e abandono o assunto. Depois de tudo, tenho que sair
com ela durante toda a noite. Ter ela irritada comigo só vai deixar as coisas muito mais difíceis.
“Está bem. Eu usarei a camisa Morda-me”, digo para deixar ela feliz. Pelo menos não é preta.
“Será minha resposta padrão para qualquer um que tente paquerar comigo”. Solto uma
risadinha. “Alguém pode vir dizendo, “Ei , baby, qual é o seu signo?”, e eu simplesmente
apontarei para a camisa”. Rayne ri apreciativamente e joga a camisa para mim. “Claro, que
talvez eles achem que você está apontando para os seus peitos, como se dissesse „São todos
seus, garoto‟”. “Argh!” “Não se preocupe”, minha irmã diz, mudando sua camiseta por um
longo vestido negro de princesa adornado com uma tonelada de laços. Onde ela encontra
todas essas coisas? “A maioria dos garotos são gays, tenho certeza. Todos os bons são,
principalmente na cena gótica. Não existem muitos garotos hetero que gostem de usar rímel”.
Ela bufa. “Desta forma, pequena e angelical irmã gêmea, me aventuro a dizer que a sua virtude
permanecerá intacta, sem importar a camiseta que você use”. Lá vai ela de novo. Eu sabia que
não poderíamos ter uma conversa inteira sem as infames provocações “Sunny, a inocente” da
Rayne. Minha preciosa gemeazinha perdeu a virgindade no ano passado e tem estado se
exibindo por causa disso, desde então. Qualquer um diria que ela ganhou uma medalha
Olímpica do sexo, ou algo assim. Mas, sinto muito. Conhecer um skatista porco em um
acampamento e fugir para fazer no chão da garagem de barcos não é definitivamente minha
idéia de uma primeira experiência enriquecedora. Pode me chamar de brega, mas quero que a
minha primeira vez tenha velas e rosas, não estilhaços e queimaduras nos joelhos. Cada um
com o seu, suponho. “Então, como eu estava dizendo”, Rayne continua, tom

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