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bem - v i n d o

Olá, seja muito bem-vindo ao resumo da

primeira aula do curso Execução Máxima!

Neste primeiro módulo, vamos desvendar os

4 mitos da produtividade para eliminar da sua

cabeça os conceitos errados sobre a

produtividade. Não tem como acreditar nesses

mitos e querer ser uma pessoa produtiva.

Vamos começar pela motivação, que é a primeira palavra que

aparece quando você fala sobre produtividade.

“Ah, Luana, eu tô querendo ser mais produtivo, mas eu não estou

motivado”. É sempre isso. Todo santo dia, na minha caixinha de

perguntas, as pessoas falam pra mim: “Eu queria ser mais motivado,

eu não consigo, daí eu não consigo fazer o que eu quero, porque eu

não tenho força de vontade, não tenho motivação”.

O que é a motivação

Motivação é basicamente sentir para fazer alguma coisa. Por

exemplo, você precisa ir à academia de manhã cedo. O que é a

motivação? É você estar, por algum motivo, no sofá e sentir vontade,

estar com o sentimento de querer ir à academia.

Tem algo em você que quer que você vá porque, por algum motivo,

você acha que isso vai ser interessante. É literalmente uma emoção,

um sentimento.

O problema da motivação

O povo fala em “como ter mais motivação”. Na minha percepção,

para você ser uma pessoa genuinamente produtiva, você não pode

contar com a motivação, ou seja, você tem que excluir de fato a

motivação do seu vocabulário. Ela não pode existir.

“Ai, Luana, mas eu queria tanto ser alguém mais motivado”. Eu

também queria. Mas, aqui no Execução Máxima, vamos tratar a

motivação como um bônus. Quando ela aparecer, tudo bem.

Quando ela não aparecer, você vai continuar fazendo tudo que

precisa fazer e ponto final.

O problema de depender da motivação


Quando estamos dispostos a seguir um plano, traçar qualquer meta

na nossa vida, temos que ter consistência e fazer aquilo todo santo

dia, com uma frequência enorme. E se dependermos da motivação

para fazer alguma coisa, o que acontece? Não fazemos o que

precisa ser feito.

Eu não sei você, mas eu não consigo controlar os meus sentimentos

e as minhas emoções. Às vezes eu estou triste, outras, feliz; super

animada; eufórica; ou mais cabisbaixa.

Eu não controlo porque as minhas emoções surgem conforme o

ambiente externo acontece. Eu não tenho controle de tudo que

acontece na minha vida. Eu não tenho controle sobre o humor do

meu namorado ou da minha família. Não tenho controle para saber

se naquele dia o porteiro vai ser bacana comigo ou o atendente vai

me tratar bem. Eu não tenho controle sobre nada disso.

Vamos supor que você tem um super sonho na sua vida que você

precisaria estudar todo santo dia, 5 horas por dia, para alcançar.

Como você vai depender de um sentimento — que depende dos

outros — para fazer isso? Não tem como. Então é uma ilusão querer

estar sempre motivado para fazer o que você precisa fazer e ser

produtivo. Isso não vai acontecer.

Como funciona a motivação

Você está no seu estado atual e quer chegar a outro estado

diferente e melhor.

Você está aqui no ponto A, depois existe um buraco, e na sequência

o ponto B, aonde você quer chegar.

As pessoas acreditam que a motivação é uma ponte, que vão usar a

motivação para fazer o que precisam. Usam da motivação para

começar, sair da inércia e começar a se movimentar, quando o ideal

é só você excluir a motivação dessa equação.

Junte o que você está fazendo agora e o que você precisa fazer.

Exclua a motivação do meio delas. Como fazer isso? No automático.

Você vai ter que amadurecer porque é coisa de gente adulta fazer o

que precisa fazer, mesmo quando não está com vontade de fazer.

Newton mostrou a lei de que algo só se move se tem uma força

atuando. O que vai ser essa força? A motivação? Não. Vai ter a tua

consciência, ou seja, você terá algo reflexivo… “Eu tenho consciência

que eu preciso fazer isso”, você vai lá e faz.

Você tem que ter noção que você tem controle sobre as suas

pernas. Se você precisa levantar e ir para a academia, você fica “ah,

mas se eu tivesse aquela roupa melhor, se a academia fosse no

meu prédio, se eu tivesse um personal”.

Você está abstraindo. São situações imaginárias da sua cabeça. Na

verdade, o que você precisa fazer é um movimento mecânico do

seu corpo.

E como você faz esse movimento mecânico? Fazendo. Se você ler

“levanta a mão agora”, você levanta a mão. É assim que você vai à

academia ou que você senta para estudar. É literalmente excluindo

essa parte de “sentir vontade” e só fazer a parte mecânica.

Confia em mim: a pior parte é começar. Se você quer ser uma

pessoa produtiva, quer realizar as suas tarefas, quer fazer os seus

trabalhos e entregá-los com excelência, para ter um bom resultado,

você tem que aprender a só começar.

“Ah, não tô com vontade”: não importa, começa!

“Não tô com vontade de comer esse brócolis”. Você colocou brócolis,


você colocou beterraba no seu prato e aparece a lasanha. Não
precisa estar motivado para escolher o brócolis em relação à
lasanha. É um processo mecânico.

Quando eu entendi que o fato de levantar e sentar numa cadeira


para estudar ou ler um livro é um processo muito mais mecânico
do que motivacional, eu comecei a conseguir fazer as coisas sem
precisar ter essa super vontade.

Eu entendi que basta sentar aqui, abrir a planilha e fazer o relatório


que precisa ser feito. É só abrir o documento, ler os artigos e
escrever a resenha. É mecânico.

Pensamos que só vamos conseguir fazer as coisas se tivermos


vontade de fazer. Não é assim. Você tem controle sobre seus
membros. Você pode fechar o olho, abrir o olho. Então quer dizer
que você pode levantar, largar o celular e fazer o exercício.

Pense na parte mecânica dessa situação por inteira.

“Mas tem algumas coisas que a motivação de fato ajuda”. Por


exemplo, se você quer ir bem no trabalho e quer ter resultados, terá
que fazer coisas chatas. E como você vai fazer isso no automático
todo dia? É justamente desenvolvendo a disciplina.

O que é a disciplina
A disciplina é começar a amadurecer a ponto de pensar “vou fazer
isso porque eu preciso fazer”. Simples assim.

Mas atenção: é muito difícil ser uma pessoa disciplinada se você


não tem um motivo um pouco mais profundo para ter disciplina.

Eu comecei a ser uma pessoa disciplinada quando eu comecei a


admirar outras pessoas disciplinadas. É você parar e pensar “Eu
quero ser uma pessoa que faz as coisas, eu quero ser uma pessoa
admirada por fazer isso. Eu não quero que as pessoas olhem para
mim e sintam que não podem contar comigo. Eu quero ser uma
pessoa que faz o que me proponho a fazer.”

Todo esse negócio de produtividade, motivação, foco, disciplina é


mais sobre como você quer ser como pessoa, como você quer ser
admirado.

Se você não dá a mínima de ser aquela pessoa com quem as outras


pessoas podem contar, sabem que você faz o que precisa fazer,
querem você ao lado. Se você não tem vontade de ser essa pessoa
será muito mais difícil fazer todo o resto.

A disciplina é aprender a ser uma pessoa que cumpre as suas


tarefas e ponto final. Mas fica mais complicado se você não
consegue enxergar esse “para além”, o motivo mais profundo para
fazer uma tarefa. Você precisa querer ter uma execução máxima.
Ser uma pessoa que executa, não a pessoa que fica no
planejamento e nas ideias.

Existem algumas formas de colocar outras coisas para preencher a


motivação, já que entendemos que não tem como usar a
motivação. O que você pode fazer?

Encurtar o feedback positivo


Por que é um saco ir para academia? Você vai lá, faz aquele
agachamento livre, vários exercícios, mas não está mais gostosa ou
mais forte quando chega em casa.

Como isso vai motivar você? Não vai, porque você não está vendo
resultado no curto prazo. Quando você faz algo cujo resultado só
chegará no longo prazo, você precisa encurtar o feedback.

O feedback é o resultado. Você tem que encontrar formas de

buscar um resultado de curto prazo. O corpão bonito é o resultado

do longo prazo. Mas o que você pode criar para ter um resultado de

curto prazo?

Por exemplo, você pode pensar que, depois de sair da academia,

está com mais energia para enfrentar seu dia, porque isso de fato

acontece. Você começa a ir para a academia, sente um pequeno

orgulho de si mesmo para enfrentar o seu dia.

E aí você começa a enxergar essa motivação com um feedback

positivo. “Ah, esse sentimento legal, isso é bacana”.

Outra forma de “burlar” essa motivação é deixando óbvio quais são

as consequências. Você precisa ser uma pessoa clara com aquele

tema.

“Luana, eu tô numa dieta, não consigo. Pra mim é muito difícil

porque eu só vou ver o resultado daqui a 6 meses”.

Sabe o que você vai fazer?

Toda vez que você for pegar a bolacha no armário, você vai deixar

óbvio quais são as consequências de estar fazendo aquilo.

Quando você estiver pegando a bolacha, você vai falar em voz alta:

“Estou pegando esse pedaço de bolacha que eu não deveria, mas

eu tô fazendo isso porque eu sou uma pessoa que não consigo me

controlar. Vou pôr na minha boca e instantaneamente depois de

engolir eu vou ficar muito arrependido”.

A partir do momento que você torna claro o que você está fazendo,

você fica com um pouco mais de vergonha. Igual quando você

precisa estudar, precisa entregar um relatório para o seu chefe, fazer

qualquer coisa chata e você fala “não, agora vou limpar o meu

quarto”.

Fale em voz alta: “Estou limpando o meu quarto, mas na verdade o


que eu deveria estar fazendo era esse relatório no Excel. Eu tô
deixando isso para depois, vou me arrepender, vou dormir tarde,
amanhã eu vou acordar cedo porque eu sou um merda e eu não
consigo fazer o que eu preciso fazer”. Mentira, não faça isso.

Mas você tem que tornar óbvias as coisas que você faz, porque
esquecemos muito rapidamente e ligamos o piloto automático.

Você vai deixando para depois e acha que está tudo bem

porque você fica vivendo naquele mundinho de Alice

[no País das Maravilhas].

Mas quando você começa a tomar consciência e ter clareza das


consequências do que você está deixando de fazer ou quando você
está fazendo algo errado, pode ter certeza, você vai conseguir ser
muito mais produtivo.

Imagina, então, se você mandar uma mensagem, um áudio para


um amigo seu falando “Eu tô mais uma vez aqui. Eu tinha que estar
me preparando porque eu vou dar uma reunião. Eu tinha que estar
preparando os slides, mas eu não tô porque eu tô vendo o Explorar
do Instagram, tô fazendo algo que não tá me ajudando nisso”.

Você vai começar a ter mais consciência e fazer uma reflexão mais
ativa do que você está fazendo da sua vida.

Quando você fala em voz alta ficam óbvias as consequências de


você não fazer o que você precisava estar fazendo porque você
estava esperando a motivação. A motivação não virá, esquece. Ela
morreu aqui para nós. Neste curso não vai existir a palavra
motivação.

Torne clara as consequências de você não estar fazendo o que


precisa fazer ou estar adiando aquela tarefa. Você vai começar a
pensar “Poxa, será que eu quero isso mesmo? Melhor deixar essa
bolachinha aqui.”

Você fala “estou com roupa de academia e tô procrastinando. Não


quero ir, não tô com vontade. Vai chegar no final do dia, eu vou
estar me sentindo frustrado de não ter ido hoje e por isso eu vou
querer comer um hambúrguer porque eu já vou achar que a minha
dieta foi para o ralo”.

Torne óbvias as coisas. Você vai ver como vai ficar muito mais claro
que você não precisa de motivação e dá, sim, para fazer as coisas de
uma forma um pouco mais mecânica.

Essa foi a nossa primeira aula. Destruímos com o mito de que


você precisa estar motivado para fazer as coisas, até porque não
tem como contar com a motivação.

Na próxima aula, vou pegar no calcanhar de Aquiles de muita

até a a
gente: o esforço. Se um dia alguém te falou que basta você se
esforçar para chegar aonde você quer e ser produtivo, assista à
próxima aula para entender por que isso não é verdade.

próxim

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