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80 horas Enfermagem e a Saúde da

Mulher
Samara Calixto Gomes
Com certificado Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem e a Saúde da Mulher" do
online EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a
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80 horas
Enfermagem e a Saúde da
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Samara Calixto Gomes
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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 5
SAÚDE DA MULHER ........................................................................................................ 6
QUADRO DE CONCEITOS .............................................................................................. 8
PUBERDADE ...................................................................................................................... 9
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ........................................................................ 11
5.1 HORMÔNIOS FEMININOS .................................................................................... 11
5.2 HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS .................................................................. 11
5.2.1 Funções do Estrogênio........................................................................................ 12
5.2.2 Funções da Progesterona .................................................................................... 12
CICLO MENSTRUAL...................................................................................................... 13
6.1 CICLO MENSTRUAL NORMAL: .......................................................................... 14
6.2 COMPONENTES FUNCIONAIS DO CICLO MENSTRUAL ............................... 14
6.3 FASES DO CICLO OVARIANO ............................................................................. 14
6.3.1 Fase Folicular ..................................................................................................... 14
6.3.2 Ovulação ............................................................................................................. 15
6.3.3 Fase Lútea ........................................................................................................... 15
6.4 FASES DO CICLO UTERINO ................................................................................. 15
AVALIAÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL ......................................................................... 17
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO ............................................................................. 19
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS ............................................................................ 20
9.1 VOCÊ SABE DIFERENCIAR O PLANEJAMENTO FAMILIAR DO CONTROLE
DE NATALIDADE? ....................................................................................................... 21
9.1.1 Planejamento Familiar ........................................................................................ 21
9.1.2 Controle de Natalidade ....................................................................................... 21
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS .................................................................................. 22
10.1 MÉTODOS NATURAIS OU COMPORTAMENTAIS ......................................... 23
10.1 1 Temperatura Basal ............................................................................................ 23
10.1.2 Tabela de Ogino-Knauss (Tabelinha) ............................................................... 23
10.1.3 Método de Billings ou do Muco Cervical ........................................................ 24
10.1.4 Lactação-Amenorreia ....................................................................................... 24
10.2 MÉTODOS DE BARREIRA .................................................................................. 25
10.2.1 Preservativo ...................................................................................................... 25
10.2.1 Diafragma ......................................................................................................... 25
10.2.2 Espermicidas..................................................................................................... 25
10.3 Métodos Hormonais ................................................................................................ 26
10.3.1 Pílula ................................................................................................................. 26
10.3.2 Pílula do Dia Seguinte ...................................................................................... 26
10.4 MÉTODOS MECÂNICOS ..................................................................................... 27
10.4.1 DIU - Dispositivo Intra Uterino........................................................................ 27
DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ ................................................................................... 28
PRE-NATAL ...................................................................................................................... 30
PREVENÇÃO DO CÂNCER GENITAL E DE MAMA ............................................... 31
ASSISTÊNCIA A MULHER NO CLIMATÉRIO ......................................................... 33
14.1 SAÚDE BUCAL NO CLIMATÉRIO ..................................................................... 35
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER ............................................................................. 37
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 39
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 42
Unidade 1 – Apresentação

01
APRESENTAÇÃO

A manutenção da boa saúde da mulher exige uma série de cuidados e atitudes preventivas.

Cada mulher tem uma história e um corpo diferente das outras mulheres e que
devem ser analisadas cuidadosamente com a supervisão de um médico, para garantir uma
vida saudável e sem surpresas.

Neste curso, faremos uma revisão sobre os principais pontos que prejudicam a
saúde da mulher. Ao realizar o curso, o enfermeiro será capaz de prestar assistência
sistematizada e integral à mulher nas diversas fases do ciclo vital.

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Enfermagem e a Saúde da Mulher

02
SAÚDE DA MULHER

De acordo com o Ministério da Saúde, as mulheres compõem a maioria da população


brasileira e são as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS).

Além de buscarem os serviços de saúde para o seu próprio atendimento,


acompanham crianças e outros familiares, como pessoas idosas, com deficiência, vizinhos
e amigos. Também são também cuidadoras, não só das crianças ou outros membros da
família, mas também de pessoas da vizinhança e da comunidade.

A situação de saúde de um indivíduo envolve diversos aspectos da vida, como a re-


lação com o meio ambiente, o lazer, a alimentação e as condições de trabalho, moradia e
renda. No caso das mulheres, os problemas são agravados pela discriminação nas relações
de trabalho e a sobrecarga com as responsabilidades com o trabalho doméstico.

Mulheres vivem mais do que os homens. Entretanto, adoecem com mais frequência.
E essa vulnerabilidade está mais relacionada com a situação de discriminação na sociedade
do que com fatores biológicos.

Existem vários conceitos sobre saúde da mulher. Conceitos mais restritos abordam
apenas aspectos da biologia e anatomia do corpo feminino e outros mais amplos que
interagem com dimensões dos direitos humanos e questões relacionadas à cidadania.

No primeiro, o corpo da mulher é visto apenas na sua função reprodutiva e a


maternidade torna-se seu principal atributo, limitando a saúde da mulher à saúde materna
ou à ausência de enfermidade associada ao processo de reprodução biológica. Nesse caso
estão excluídos os direitos sexuais e as questões de gênero.

Com o novo conceito de saúde, essa realidade começa a mudar. Além do aspecto
reprodutivo, as desigualdades sociais se revelam no processo de adoecer e morrer das
populações.

O relatório sobre a situação da População Mundial (2014) demonstra que o número


de mulheres que vivem em situação de pobreza é superior ao de homens, que as mulheres
trabalham durante mais horas do que os homens e que, pelo menos, metade do seu tempo é

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Unidade 2 – Saúde da Mulher

gasto em atividades não remuneradas, o que diminui o seu acesso aos bens sociais,
inclusive aos serviços de saúde, o que implica num forte impacto em suas condições.

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Enfermagem e a Saúde da Mulher

03
QUADRO DE CONCEITOS

Antes de nos aprofundarmos nos estudos de saúde da mulher, vamos conhecer alguns
termos sobre o tema:

Amenorreia: Ausência de menstruação.

Climatério: é a fase da vida em que ocorre a transição do período reprodutivo ou


fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos
ovários.

Menacme: Período reprodutivo da mulher. Inicia-se após a puberdade.

Menarca: Primeira menstruação.

Menopausa: é a última menstruação da mulher. É o evento marcante do climatério.


Geralmente ocorre dos 45 aos 55 anos e só pode ser diagnosticada após 12 meses de
amenorreia.

Menstruação: Sangramento genital de origem intrauterina, periódico e temporário


na mulher e que se manifesta aproximadamente em cada mês. Inicia-se com a menarca e
termina com a menopausa.

Perimenopausa: É o período no qual surgem as irregularidades menstruais, os


distúrbios neurovegetativos e alterações psicoemocionais. Ela inicia-se em torno de 5 anos
antes da menopausa e acaba 12 meses após.

Telarca: Desenvolvimento do tecido e botão mamário.

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Unidade 4 – Puberdade

04
PUBERDADE

Na infância nosso corpo ainda não está totalmente formado. Na adolescência, acontece a
transição da infância para a fase adulta, que chamamos de Puberdade.

A Puberdade é um momento de transformações físicas e biológicas e de oscilações


emocionais ocasionadas pelas alterações hormonais que o corpo sofre.

O corpo está voltado nessa fase para a produção dos hormônios sexuais que são
diferentes para meninos e meninas. Os meninos produzem a testosterona e as meninas o
estrógeno.

Nessa fase o crescimento se acelera, os órgãos sexuais ganham forma e a fertilidade


se inicia. É um processo difícil tanto para o adolescente, que vai viver essas
transformações, como para os que o rodeiam que terão de se adaptar às alterações de
humor e às crises existenciais vividas por ele.

Apesar de tudo isso essas transformações são necessárias para a manutenção da


espécie humana, pois todo esse processo tem como objetivo de adaptar tanto a mulher
quanto o homem para a capacidade de reprodução.

No corpo masculino a puberdade ocorre geralmente entre a faixa etária dos 12 aos
14 anos de idade, e para o biótipo feminino esse marco caracteriza-se a partir da primeira
menstruação, também denominada de menarca, conferindo maturidade por volta dos 10
aos 13 anos de idade.

Além da menarca, outros acontecimentos caracterizam essa fase. São eles:

• O desenvolvimento da genitália;

• Crescimento dos seios (telarca);

• Aparecimento de pelos pubianos na genitália e nas axilas;

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Enfermagem e a Saúde da Mulher

• Definição das formas do corpo acarretada pelo acúmulo de tecido adiposo em


determinadas partes (quadris, coxas);

• Surgimento de erupções na pele (acne).

• Diminuição no crescimento ósseo;

• Expansão óssea da cintura pélvica (bacia);

• Aumento do desejo sexual.

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Unidade 5 – Sistema Reprodutor Feminino

05
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

A Pituitária, também conhecia como Hipófise anterior, não secreta praticamente nenhum
hormônio gonadotrópico até a idade de 10 a 14 anos.

A partir da Puberdade, começa a secretar dois hormônios gonadotrópicos.


Inicialmente, secreta principalmente o hormônio folículo-estimulante (FSH), que inicia a
vida sexual na menina em crescimento. Em seguida, secreta o hormônio luteinizante (LH),
que auxilia no controle do ciclo menstrual.

5.1 HORMÔNIOS FEMININOS


Hormônio Folículo-Estimulante: Causa a proliferação das células foliculares ovarianas e
estimula a secreção de estrógeno, levando as cavidades foliculares a desenvolverem-se e
crescerem.

Hormônio Luteinizante: Aumenta ainda mais a secreção das células foliculares,


estimulando a ovulação.

5.2 HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS


Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são responsáveis pelo
desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. Esses hormônios, como os
hormônios adrenocorticais e o hormônio masculino testosterona, são compostos esteroides,
formados, principalmente, de um lipídio, o colesterol.

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Enfermagem e a Saúde da Mulher

Os estrogênios são vários hormônios diferentes chamados estradiol, estriol e


estrona, mas que têm funções idênticas e estruturas químicas muito semelhantes. Por esse
motivo, são considerados juntos, como um único hormônio.

5.2.1 Funções do Estrogênio

O estrogênio induz as células de vários locais do organismo, a proliferarem-se, ou seja,


aumentar em número. A musculatura lisa do útero, por exemplo, aumenta tanto que o
órgão, após a puberdade, chega a duplicar ou, mesmo, a triplicar de tamanho.

Todas as características que distinguem a mulher do homem, que foram citadas


anteriormente, são devido ao estrogênio e a razão básica do desenvolvimento dessas
características é o estímulo à proliferação dos elementos celulares em certas regiões do
corpo.

O estrogênio também estimula o crescimento de todos os ossos logo após a


puberdade, mas promove rápida calcificação óssea, fazendo com que as partes dos ossos
que crescem se "extingam" dentro de poucos anos, de forma que o crescimento estaciona.

Nessa fase, a mulher cresce mais rapidamente que o homem até os primeiros anos
da puberdade. O estrogênio tem, outrossim, efeitos muito importantes no revestimento
interno do útero, o endométrio, no ciclo menstrual.

5.2.2 Funções da Progesterona

A progesterona tem pouco a ver com o desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos.
Está principalmente relacionada com a preparação do útero para a aceitação do embrião e à
preparação das mamas para a secreção láctea.

Esse hormônio também aumenta o grau da atividade secretória das glândulas


mamárias e, também, das células que revestem a parede uterina, acentuando o
espessamento do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por vasos
sanguíneos.

Determina, ainda, o surgimento de numerosas glândulas produtoras de glicogênio.


E durante a gestação, uma de suas mais importantes funções é a de inibir as contrações do
útero e impedir a expulsão do embrião implantado ou do feto em desenvolvimento.

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Unidade 6 – Ciclo Menstrual

06
CICLO MENSTRUAL

O Ciclo Menstrual representa mudanças fisiológicas recorrentes relacionadas ao sistema


reprodutivo, que ocorrem em mulheres em idade reprodutiva. Esse ciclo fica sob o controle
do sistema hormonal e é necessário para a reprodução.

Em outras palavras, é o conjunto de eventos endócrinos interdependentes do eixo


hipotálamo - hipófise - ovário e as modificações fisiológicas no organismo que são
consequentes a estes eventos, e visam à preparação para a ovulação e para uma futura
gravidez.

Esse ciclo pode ser dividido em várias fases, e a duração de cada fase difere de
mulher para mulher e de ciclo para ciclo. A menstruação inicia-se na metade da puberdade,
geralmente entre os 11 e 12 anos, ainda que possa acontecer dentro do intervalo dos 10 até
os 18 anos.

A partir da menarca, a mulher continua menstruando até os 49 ou 50 anos, podendo


estender-se até os 55 anos, até menopausa, que será discutida mais adiante.

Um ciclo menstrual normalmente varia de 20 a 36 dias, sendo que a maioria das


mulheres tem um ciclo de 28 dias. Normalmente dura de 4 a 6 dias, podendo em algumas
mulheres variar de 2 a 8 dias.

Cada mulher reage de forma distinta quando está menstruada, podendo ocorrer
alguns destes sintomas:

• Aumento do desejo sexual;

• Dores no abdome (cólicas);

• Dores nas pernas;

• Dores de cabeça (enxaqueca);

• Mau humor/ irritação/depressão;

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• Dores nos seios.

Esses sintomas são chamados de “síndrome pré-menstrual”.

6.1 CICLO MENSTRUAL NORMAL:

• Duração do Ciclo Menstrual Normal: 21 a 35 dias;

• Duração do Fluxo Menstrual: 2 a 6 dias;

• Perda Sanguínea: 20 a 60 ml;

• Fases do Ciclo Ovariano: Folicular e Lútea;

• Fases do Ciclo Uterino: Proliferativa, Secretora e Menstrual.

6.2 COMPONENTES FUNCIONAIS DO CICLO MENSTRUAL


Como já foi dito, o ciclo menstrual é uma interação entre o hipotálamo, a hipófise e os
ovários, onde os principais hormônios, responsáveis pela ação desse ciclo, é o Hormônio
liberador de gonadotrofina (GnRH), um dos hormônios-hipotalâmicos.

6.3 FASES DO CICLO OVARIANO

6.3.1 Fase Folicular

Período em que o folículo dominante é selecionado e desenvolvido até se tornar um


folículo maduro. Durante essa fase, o revestimento do útero fica mais espesso, estimulado
ao aumentar gradualmente as quantidades de estrogênio. Ao longo desse processo, o FSH e
o estrogênio aumentam a quantidade de receptores para FSH.

Os folículos no ovário começam a desenvolver-se sob a influência de hormônios e


depois de vários dias um folículo (ou ocasionalmente dois) fica dominante. Os folículos
não dominantes atrofiam e morrem. Então, o folículo dominante libera um ovo em um
evento chamado ovulação.

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Unidade 6 – Ciclo Menstrual

6.3.2 Ovulação

A ovulação ocorre aproximadamente 32 a 36 horas após o início da elevação dos níveis de


estradiol. Se o ovo não for fertilizado por espermatozoide em até 1 dia após a ovulação ele
morrerá e será absorvido pelo corpo da mulher.

6.3.3 Fase Lútea

Compreende o período da ovulação até o aparecimento da menstruação.

Depois da ovulação, durante a fase luteal, os restos do folículo dominante no


ovário transformam-se em corpo lúteo, o qual tem como função principal produzir grandes
quantidades de Progesterona. Sob a influência da progesterona, o endométrio (revestimento
do útero) muda para se preparar a uma possível implantação do embrião.

Se a implantação do embrião não ocorrer dentro de aproximadamente duas


semanas, o corpo lúteo morrerá causando queda brusca nos níveis de progesterona e
estrogênio. Essa queda nos níveis hormonais faz com que o útero elimine seu revestimento
em um processo chamado menstruação.

6.4 FASES DO CICLO UTERINO


O útero é um órgão musculado revestido internamente por uma mucosa muito
vascularizada, o Endométrio. Esta mucosa uterina sofre transformações ao longo do ciclo,
com a função de criar condições adequadas para que o óvulo fecundado se aloje no
endométrio, e aí se desenvolva o embrião e, posteriormente, o feto ao longo dos 9 meses.
As transformações que ocorrem no endométrio podem ser agrupadas em três fases:

Fase Menstrual: Ocorre do 1º ao 5º dia. Caracteriza-se por uma ruptura irregular


do endométrio. Isso acontece quando não há fecundação, sendo essa parede uterina,
destruída cerca de 4/5 mm da sua espessura. Esses fragmentos de tecido e sangue
proveniente dos vasos que irrigam a parede do útero são libertados constituindo a
menstruação.

A menstruação é uma hemorragia e marca o início de todo o ciclo sexual feminino.


Lembrando que, o 1º dia de sangramento é o 1º dia do Ciclo Menstrual.

Fase Proliferativa: Ocorre do 6º ao 14º dia. Logo após a menstruação a mucosa


uterina é reconstituída, em que os vasos sanguíneos e tecidos são reconstituídos, passando
de 1 a 5 mm de espessura.

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Fase Secretora: Ocorre do 15º ao 28º dia. Caracteriza-se pela atuação da


progesterona produzida pelo corpo lúteo em contraposição à ação estrogênica. O
endométrio enriquece-se de glândulas e vasos sanguíneos.

As glândulas produzem um muco que é particularmente abundante na ovulação.


Deste modo, o útero está pronto para receber e alojar nesta camada um embrião. Caso não
tenha ocorrido uma fecundação esta camada degenera, iniciando-se assim um novo ciclo
com a fase menstrual.

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Unidade 7 – Avaliação Pré-Concepcional

07
AVALIAÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL

Consideramos Avaliação pré-concepcional, a consulta que o casal realiza antes de uma


gravidez, com o objetivo de identificar fatores de risco ou doenças que possam alterar a
evolução normal de uma futura gestação.

É um instrumento importante para a redução dos índices de morbidade e


mortalidade materna e infantil.

Sabemos que a maioria das gestações não é inicialmente planejada, embora possam
ser desejadas. Esse não planejamento deve-se à falta de orientação ou de oportunidade para
a aquisição de um método Anticoncepcional, e isso ocorre comumente com adolescentes.

As atividades a serem desenvolvidas na avaliação pré-concepcional devem incluir


anamnese e exame físico, com exame ginecológico completo, além de alguns exames
laboratoriais.

É recomendada a realização do Exame Clínico das Mamas (ECM) em qualquer


idade e do exame preventivo do câncer do colo do útero uma vez ao ano e, após dois
exames normais, a cada três anos, principalmente na faixa etária de risco (25 a 59 anos).
Podem ser instituídas ações específicas quanto aos hábitos e estilo de vida, tais como:

• Alimentação adequada;

• Riscos do tabagismo e do uso rotineiro de bebidas alcoólicas e outras drogas;

• Orientações quanto ao uso de medicamentos e, quando necessário, realizar


substituição para drogas com menores efeitos sobre o feto;

• Avaliação das condições de trabalho, com orientação sobre os riscos nos casos de
exposição a tóxicos ambientais;

• Administração preventiva de ácido fólico para a prevenção de defeitos congênitos


do tubo neural;

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• Orientação para registro sistemático do ciclo menstrual;

• Estímulo para que o intervalo entre as gestações seja de, no mínimo, 2 anos.

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Unidade 8 – Planejamento Familiar

08
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO

A regulamentação do planejamento reprodutivo no Brasil, por meio da Lei n.º 9.263/96,


foi conquista importante para mulheres e homens no que diz respeito à afirmação dos
direitos reprodutivos.

Conforme consta na referida Lei, o planejamento reprodutivo é entendido “como o


conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição,
limitação, ou aumento da prole pela mulher, pelo homem, ou pelo casal” (art. 2º).

A atenção em planejamento familiar contribui para a redução da morbimortalidade


materna e infantil, pois:

• Diminui o número de gestações não desejadas e de abortamentos provocados;

• Diminui o número de cesáreas realizadas para fazer a ligadura tubária;

• Diminui o número de ligaduras tubárias por falta de opção e de acesso a outros


métodos anticoncepcionais;

• Aumenta o intervalo entre as gestações, contribuindo para diminuir a frequência de


bebês de baixo peso e para que os bebês sejam adequadamente amamentados;

• Possibilita a prevenção e/ou postergação de gravidez em mulheres adolescentes ou


com patologias crônicas, tais como diabetes, cardiopatias, hipertensão, portadoras
do HIV, entre outras.

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09
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS

O planejamento de uma gestação é fundamental, principalmente para adolescentes e


adultos jovens sexualmente ativos, que devem ser orientados precocemente, uma vez que a
idade para início das relações sexuais está diminuindo cada vez mais, enquanto estão
aumentando o número de adolescentes grávidas.

No Brasil, evitar filhos é uma tarefa assumida, quase exclusivamente, pelas


mulheres. Os homens geralmente associam a diminuição de sua potência sexual ao uso de
algum método para evitar filhos.

Como o governo não tinha um programa que garantisse meios para a mulher e/ou o
homem evitar filhos, algumas organizações não governamentais iniciaram esta atividade
em nosso país, inicialmente distribuindo pílulas e em seguida oferecendo a laqueadura das
trompas, que é irreversível.

Em 1984 o Ministério da Saúde elaborou o Programa de Assistência Integral à


Saúde da Mulher (PAISM), que recomenda aos serviços de saúde a implantação da
atividade de Planejamento Familiar oferecendo todos os meios de evitar ou de ter filhos
garantindo que o casal possa fazer uma opção livre e consciente, escolhendo o método que
melhor responde às suas necessidades.

Portanto, Planejamento Familiar (PF) é a atividade que visa ofertar informações e


meios, para que as pessoas possam decidir livre, consciente e responsavelmente a respeito
do número e da época de terem seus filhos. Sua maior importância é o controle de
Natalidade de um país.

Fator importante na origem de problemas sociais. É um direito humano básico,


inserido na Constituição Federal. Atividade de saúde regulamentada pela Lei do
Planejamento Familiar, a Lei 9.263de 12 de janeiro de 1996, que diz:

Artigo 1º - O planejamento familiar é direito de todo cidadão.

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Unidade 9 – Métodos Anticoncepcionais

Artigo 2º - Entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de


regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento
da prole.

Artigo 4º: O planejamento familiar orienta-se por ações preventivas e educativas e


pela garantia de acesso igualitário a informação, meios, métodos e técnicas disponíveis
para a regulação da fecundidade.

Artigo 9º: Para o exercício do direito ao planejamento familiar, serão oferecidos


todos os métodos e técnicas de concepção e contracepção cientificamente aceitos e que não
coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas, garantida a liberdade de opção.

Artigo 12º: É vedada a indução ou instigação, individual ou coletiva à prática de


esterilização cirúrgica.

Artigo 13º: É vedada a exigência de atestado de esterilização ou teste de gravidez


para quaisquer fins.

Em alguns países, onde não é o caso do Brasil, existe o Controle de Natalidade.

9.1 VOCÊ SABE DIFERENCIAR O PLANEJAMENTO FAMILIAR DO


CONTROLE DE NATALIDADE?

9.1.1 Planejamento Familiar

É o direito à informação, à assistência especializada e acesso aos recursos que permitam


optar livre e conscientemente por ter ou não filhos, o número, o espaçamento entre eles e a
escolha do método anticoncepcional mais adequado, sem coação.

9.1.2 Controle de Natalidade

É uma ação governamental com a preocupação de estipular metas para crescimento “ideal”
da população, quer dizer, onde o governo determina quantos filhos o casal deve ter.

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Enfermagem e a Saúde da Mulher

10
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

Entende-se por Métodos Contraceptivos são as formas utilizadas por mulheres, homens e
casais para evitar ou promover uma gravidez. Alguns métodos servem somente para evitar
filhos, outros sevem para ajudar a mulher a engravidar.

Os métodos contraceptivos podem ser divididos didaticamente em:

• Naturais ou Comportamentais;

• Lactação-amenorreia

• De Barreira;

• Mecânicos;

• Métodos Hormonais

• Cirúrgicos.

A escolha do método contraceptivo deve ser sempre personalizada levando-se em


conta fatores como idade, números de filhos, compreensão e tolerância ao método, desejo
de procriação futura e a presença de doenças crônicas que possam agravar-se com o uso de
determinado método. Como todos os métodos têm suas limitações, é importante que
saibamos quais são elas, para que eventualmente possamos optar por um dos métodos.

Todavia, na orientação sobre os métodos anticoncepcionais deve ser destacada a


necessidade da dupla proteção que seria a contracepção e prevenção as DST e HIV/AIDS,
mostrando a importância dos métodos de barreira, como os preservativos masculinos ou
femininos.

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Unidade 10 – Métodos Contraceptivos

10.1 MÉTODOS NATURAIS OU COMPORTAMENTAIS


São aqueles em que o casal ou a pessoa pode utilizar para evitar ou obter uma gravidez,
identificando o período fértil da mulher. Os métodos naturais mais utilizados:

10.1 1 Temperatura Basal

Esse método é baseado na alteração térmica que o corpo apresenta quando ocorre a
ovulação.

A temperatura se eleva devido ao aumento hormonal (progesterona). Por ocasião da


ovulação acontece uma ligeira queda na temperatura corpórea e após há uma elevação de
aproximadamente 0,5 °C em relação às medidas basais (as da primeira fase do ciclo).

Esta permanecerá elevada até a próxima menstruação. O 4º dia após a elevação da


temperatura é considerado o provável fim do período fértil. Observe que nos 14 dias após a
ovulação a temperatura é superior.

10.1.2 Tabela de Ogino-Knauss (Tabelinha)

A tabelinha é um método que ajuda a mulher a descobrir a época do mês em que ela pode
ficar grávida. Esta época chama-se período fértil. É importante ter um calendário para
marcar a cada mês o início do ciclo menstrual. Consiste em suspender as relações sexuais
no período fértil da mulher. Esse método é baseado na premissa de que os ciclos
menstruais são relativamente constantes e por isso o período fértil do mês subsequente
pode ser estimado pelo ciclo anterior.

Para Ciclos Regulares: o Período Fértil acontece 14 dias antes da próxima


menstruação.

Para Ciclos Irregulares: a mulher deve anotar pelo menos os 6 últimos ciclos e a
partir daí estimar o início de período fértil subtraindo 18 dias do comprimento do ciclo
mais curto, e estimar o fim do período fértil subtraindo 11 dias do ciclo mais longo.

Exemplo: Uma mulher que anotou seus ciclos menstruais durante 6 meses, e teve
um ciclo que chegou até 33 dias, e outro, mais curto de 26 dias, deverá:

• Subtrair 18 dias do ciclo mais curto de 26 dias (26 - 18 = 8);

• Subtrair 11 dias do ciclo mais longo de 33 dias (33 - 11 = 22), então, esta mulher
deverá fazer abstinência a partir do 8º dia até o 22º dia do ciclo.

O índice de falha deste método é muito grande, aproximadamente 40 por 100


mulheres/ano.

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Enfermagem e a Saúde da Mulher

10.1.3 Método de Billings ou do Muco Cervical

Assim como no método da tabelinha, este também é um método de abstinência. Para


detectar o seu período fértil, neste método, a mulher precisa observar e reconhecer o tipo
de secreção presente no colo do útero. A mulher deve ser orientada a respeito das
mudanças que o estrogênio provoca no muco cervical na metade do ciclo. O muco cervical
aumenta em quantidade, fica filante e transparente no período ovulatório, lembrando o
aspecto de clara de ovo. O papel do muco cervical é proteger os espermatozoides do meio
ácido vaginal e também capacitar os espermatozoides para poder haver fertilização.

O método é limitado, pois sua eficácia como contraceptivo é pequena. Para sua
utilização é necessário treinamento e disciplina, além do que várias doenças (tais como os
corrimentos) interferem na qualidade do muco. A mulher deve examinar o muco
diariamente, colocando o dedo na vagina e, em seguida, observando que tipo de secreção
está presente.

O aspecto do muco é mais importante do que a quantidade. O que interessa é se ele


é pastoso, líquido, elástico, ou se não aparece. No início, é bom se examinar 2 ou 3 vezes
ao dia. Depois, com a prática, uma vez só por dia é suficiente. Recomenda-se que o exame
seja feito sempre na mesma hora. Anotar as diferenças do muco durante todo o mês. Isto
ajudará a memorizar quais são os dias férteis.

10.1.4 Lactação-Amenorreia

A secreção irregular de GnRH interfere na liberação do hormônio folículo estimulante


(FSH) e do hormônio luteinizante (LH)

Principais requisitos:

• Aleitamento exclusivo

• Seis primeiros meses pós-parto

• Ausência de menstruação

• Intervalo entre as mamadas não superior a 5 horas

• Risco de gravidez: 2%

• Permite o espaçamento das gestações

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Unidade 10 – Métodos Contraceptivos

10.2 MÉTODOS DE BARREIRA


São aqueles que evitam a gravidez através do impedimento da ascensão dos
espermatozoides ao útero. São métodos que colocam obstáculos mecânicos ou químicos à
penetração dos espermatozoides no canal cervical. Atualmente, com a crescente incidência
das DSTs, houve uma revalorização do uso dos métodos de barreira (preservativos).

10.2.1 Preservativo

Também chamado de camisinha, camisa de vênus, condom. Existe na versão masculina e


Feminina.

Masculino: é o método de barreira mais difundido no mundo. Consiste em um


envoltório de látex ou membrana que recobre o pênis durante o ato sexual e retém o
esperma por ocasião da ejaculação. Oferece proteção contra DST.

Feminino: é um contraceptivo de barreira vaginal de poliuretano. Adequadamente


posicionado recobre a cérvice uterina, paredes vaginais e parte da vulva. Devido à grande
área genital tanto feminina quanto masculina recoberta, oferece proteção efetiva contra a
transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. É mais resistente e durável que o
preservativo masculino, com a vantagem de poder ser inserido fora do intercurso sexual,
ficando seu uso sob controle feminino.

10.2.1 Diafragma

O diafragma é um método vaginal de anticoncepção, que consiste em um capuz macio de


borracha côncavo com borda flexível, que cobre o colo uterino. É colocado na vagina antes
da relação sexual. Deve ser utilizado com geleia ou creme espermicida.

10.2.2 Espermicidas

Eles matam os espermatozoides. Espermaticidas são produtos para serem colocados na


vagina antes da relação sexual. Os espermaticidas podem ser usados sozinhos, porém são
mais seguros quando usados junto com outros métodos (camisinha, diafragma, tabela).

Existem vários tipos: cremes, geleia, tabletes ou óvulos.

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Enfermagem e a Saúde da Mulher

10.3 Métodos Hormonais


Os anticoncepcionais hormonais são esteroides utilizados isoladamente ou em associação
com progesterona com a finalidade básica de impedir a concepção. A anticoncepção
hormonal é um dos métodos mais empregados em todo o mundo desde 1960, tendo sofrido
uma extraordinária evolução em termos de quantidade e qualidade dos hormônios
utilizados. São classificados de acordo com a via de utilização em: oral, injetável,
subcutâneo e vaginal.

10.3.1 Pílula

Também chamados de anticoncepcionais orais hormonais combinados (AOCS). As pílulas


anticoncepcionais são comprimidos, feitos com substâncias químicas semelhantes aos
hormônios encontrados no corpo da mulher. Elas impedem a ovulação, evitando, assim, a
gravidez. Existem diferentes tipos de pílulas, as mais usadas vêm em cartelas com 21
comprimidos. A pílula só faz efeito se tomada corretamente.

Uso correto:

Para começar a usar a pílula a mulher deve tomar o primeiro comprimido no 1º dia
da menstruação. Continuar tomando 1 comprimido por dia, de preferência na mesma hora
até terminar os 21 comprimidos da cartela. Começar nova cartela 7 dias após a tomada do
último comprimido, independente do dia da menstruação.

Se a mulher esquecer de tomar 1 comprimido, deve tomá-lo assim que se


lembrar, além de tomar o comprimido do dia na hora de sempre. E continuar a cartela.

Se a mulher esquecer de tomar 2 ou mais comprimidos seguidos: Parar de tomar


esta cartela; Só iniciar outra cartela no primeiro dia da menstruação; Se não menstruar,
procurar o serviço médico.

Em qualquer caso de esquecimento, o casal deve usar outro método para garantir
maior segurança neste mês. Em caso de diarreia ou vômito por mais de 2 dias, interromper
o uso da pílula.

10.3.2 Pílula do Dia Seguinte

A anticoncepção de emergência é um uso alternativo de contracepção hormonal oral


(tomado antes de 72 horas após o coito) evitando-se a gestação após uma relação sexual
desprotegida.

Este método só deve ser usado nos casos de emergência, ou seja, nos casos em que
os outros métodos anticoncepcionais não tenham sido adotados ou tenham falhado de
alguma forma, como esquecimento, ruptura da camisinha, desalojamento do diafragma,

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26 expressa do autor (Artigo 29).
Unidade 10 – Métodos Contraceptivos

falha na tabelinha ou no coito interrompido, esquecimento da tomada da pílula por dois ou


mais dias em um ciclo ou em caso de estupro.

Este contraceptivo contém o levonorgestrel, que é um tipo de progesterona. O


levonorgestrel previne a gravidez inibindo a ovulação, fertilização e implantação do
blastocisto. Um tablete original contém dois comprimidos.

O primeiro comprimido deve ser tomado no máximo 72 horas após a ocorrência de


uma relação sexual desprotegida (nunca após esse prazo). O segundo deve ser tomado 12
horas após o primeiro. Se ocorrer vômito, a dose deve ser repetida. Nem sempre surte
resultados e pode ter efeitos colaterais intensos. Os sintomas mais comuns são náusea,
dores abdominais, fadiga, dor de cabeça, distúrbio no ciclo menstrual, tontura, fragilidade
dos seios, e, em casos menos comuns, diarreia, vômito e acnes.

Índice de falha:

• Se usada até 24 horas da relação - 5 %.

• Entre 25 e 48 horas - 15 %.

• Entre 49 e 72 horas - 42 %.

Efeitos Colaterais: vômito e diarreia. Alteração no ciclo menstrual, dor de cabeça,


náuseas e sensibilidade nos seios.

10.4 MÉTODOS MECÂNICOS

10.4.1 DIU - Dispositivo Intra Uterino

Os DIUs são artefatos de polietileno, aos quais podem ser adicionados cobre ou
hormônios, que são inseridos na cavidade uterina exercendo sua função contraceptiva.
Atuam impedindo a fecundação, tornando difícil a passagem do espermatozoide pelo trato
reprodutivo feminino.

Os problemas mais frequentes durante o uso do DIU são a expulsão do dispositivo,


dor pélvica, dismenorreia (sangramentos irregulares nos meses iniciais) e aumento do risco
de infecção (infecções agudas sem melhora ou infecções persistentes implicam na remoção
do DIU). Deve ser colocado pelo médico e é necessário um controle semestral e sempre
que aparecerem leucorréias.

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Enfermagem e a Saúde da Mulher

11
DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ

O diagnóstico de gravidez é realizado através da anamnese, exame físico e testes


laboratoriais.

Na presença da amenorreia ou atraso menstrual, deve-se, antes de tudo, suspeitar da


possibilidade de uma gestação.

Mulheres com atraso menstrual que não ultrapassa 16 semanas, a confirmação do


diagnóstico da gravidez pode ser feita pelo profissional de saúde da unidade básica, por
meio de um teste imunológico para gravidez (TIG), de acordo com os procedimentos
especificados no fluxograma a seguir. Para as mulheres com atraso menstrual maior que 16
semanas ou que já saibam da gravidez, o teste laboratorial é dispensável.

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Unidade 11 – Diagnóstico da Gravidez

Atraso irregular menstrual,


náuseas e aumento do volume
abdominal

Avaliar:
-Ciclo menstrual;
- DUM;
-Atividade sexual.

Atraso menstrual em mulheres


maiores de 10 anos com
atividade sexual

Solicitar teste imunológico de


gravidez

Após a confirmação da gravidez em consulta médica ou de enfermagem, dá-se


início ao acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no SISPRENATAL.

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Enfermagem e a Saúde da Mulher

12
PRE-NATAL

Os procedimentos e as condutas que se seguem devem ser realizados sistematicamente e


avaliados em toda consulta de pré-natal. As condutas e os achados diagnósticos sempre
devem ser anotados na ficha perinatal e no cartão da gestante.

Nesse momento, a gestante deverá receber as orientações necessárias referentes ao


acompanhamento pré-natal – sequência de consultas, visitas domiciliares e reuniões
educativas. Deverão ser fornecidos:

• O cartão da gestante, com a identificação preenchida, o número do


SISPRENATAL, o hospital de referência para o parto e as orientações sobre este;

• O calendário de vacinas e suas orientações;

• A solicitação dos exames de rotina;

• As orientações sobre a participação nas atividades educativas – reuniões e visitas


domiciliares.

Maiores informações sobre esse tópico serão abordadas no curso Enfermagem


Obstétrica.

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30 expressa do autor (Artigo 29).
Unidade 13 – Prevenção do Câncer Genital e de Mama

13
PREVENÇÃO DO CÂNCER GENITAL E DE
MAMA

De acordo com o Ministério da Saúde, no ano de 2018 foram estimados mais de 59.700
casos novos de câncer na população brasileira.

Embora as ações de prevenção de câncer cérvicouterino e de mama tenham


aumentado nos últimos anos, elas têm sido insuficientes para reduzir a tendência à
mortalidade das mulheres por esses cânceres.

Em algumas regiões do país, o diagnóstico tardio está relacionado a fatores como a


dificuldade de acesso da população feminina aos serviços e ações de saúde e a baixa
capacitação dos profissionais envolvidos na atenção oncológica, principalmente em
municípios de pequeno e médio portes.

Existe, ainda, a dificuldade dos gestores municipais e estaduais em definir um fluxo


assistencial que permita o manejo e o encaminhamento adequado dos casos suspeitos para
investigação em outros níveis do sistema.

Embora as ações de prevenção de câncer cérvicouterino e de mama tenham


aumentado nos últimos anos, elas têm sido insuficientes para reduzir a tendência à
mortalidade das mulheres por esses cânceres.

A prevenção do câncer não é condição que se planeje ou que se organize de


maneira isolada, desvinculada do contexto social. Ela envolve políticas públicas, ações
profissionais e a participação da população. Articuladas, essas ações resultarão em
benefícios para as usuárias do sistema de saúde.

A prevenção do câncer cérvicouterino está baseada no rastreamento da população


feminina que apresenta probabilidade de ter lesões pre-cancerosas detectáveis pelos
exames de detecção precoce, no diagnóstico exato do grau da lesão e no tratamento.

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expressa do autor (Artigo 29). 31
Enfermagem e a Saúde da Mulher

Desse modo, a cobertura da população feminina em relação à prevenção é um


elemento primordial no controle dos cânceres de mama e cérvico uterino.

Maiores informações sobre esse tópico serão abordados no curso HPV e


Câncer de Colo de Útero.

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32 expressa do autor (Artigo 29).
Unidade 14 – Assistência a Mulher no Climatério

14
ASSISTÊNCIA A MULHER NO
CLIMATÉRIO

O Climatério é o período de transição entre as fases reprodutiva e não reprodutiva da


mulher. Iniciam-se por volta dos 40 anos, podendo estender-se até os 55 anos ou mais.
Durante esses anos, acontece a última menstruação, definida como menopausa.

O climatério pode causar sintomas em torno de 20 a 25% das mulheres. Quando


presentes são consequentes à insuficiência ovariana progressiva. É importante considerar
que hoje, diferentemente de épocas passadas, o fim da fase “reprodutiva” não coincide com
o da fase “produtiva” da mulher que, com expectativa de vida de quase 80 anos, pode viver
metade de sua vida após a menopausa.

A mulher vivencia mudanças de diversas naturezas ao longo da vida: menarca,


iniciação da vida sexual, gravidez e menopausa que exigem adaptações físicas,
psicológicas e emocionais. Portanto, é comum ela reviver antigos conflitos nessa fase.

Para a mulher cujos filhos estão começando a abandonar o “ninho”, o climatério


pode representar uma chance de refazer seus planos de vida. Por outro lado, o metabolismo
sofre algumas alterações, especialmente relacionadas às funções do sistema endócrino e
diminuição da atividade ovariana.

Assim, o evento menopausa pode ser vivenciado, por algumas mulheres, como a
paralisação do próprio fluxo vital, pois os seus órgãos genitais, assim como o restante do
organismo, mostra, gradualmente, sinais de envelhecimento.

É frequente encontrá-las insatisfeitas, ansiosas e desmotivadas, com queixas de que


tudo está errado, sem saberem definir bem a causa. Muitas têm a sensação de que a vida
está um caos, de que tudo foge ao seu controle como se fosse ocorrer uma “tragédia
iminente”.

É nesse contexto socioemocional que devemos desenvolver estratégias no sentido


de motivar essas usuárias para as mudanças no estilo de vida, em especial o

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expressa do autor (Artigo 29). 33
Enfermagem e a Saúde da Mulher

desenvolvimento de hábitos saudáveis e a busca de novos objetivos e afetos que motivem o


seu viver.

As ansiedades e inseguranças femininas podem ser acolhidas pelos profissionais de


saúde, além da detecção precoce das principais doenças que acometem as mulheres e que
são características dessa fase.

Outro aspecto a ser considerado é a discriminação geracional que ocorre na nossa


sociedade, como se fosse algo natural. Seus efeitos na mídia promovem discriminação
mais intensa e evidente para as mulheres. Embora seja um evento fisiológico, o climatério
pode cursar com intensas manifestações sintomáticas que acometem de maneira variada,
em torno de 75% das mulheres.

Os sintomas resultam da falência ovariana e são expressos por instabilidade


vasomotora, modificações atróficas e distúrbios emocionais.

Inicialmente, torna-se necessário fazer algumas distinções conceituais entre


climatério, menopausa e perimenopausa, que são tratados como se fossem sinônimos. A
promoção da saúde às mulheres nessa faixa etária ainda é um aspecto muito negligenciado
na formação e atuação dos profissionais de saúde.

Atividades de educação em saúde deve ajudá-las a compreender as mudanças


físicas que estão ocorrendo e a desenvolver atitudes mais positivas em relação à saúde, tais
como:

• O autocuidado em geral pode influenciar na melhora da autoestima e da


insegurança frente às mudanças que acompanham essa fase. Aquisição de hábitos
saudáveis;

• Cuidados com a limpeza e a hidratação da pele e cabelos, automassagem, técnicas


de meditação e relaxamento e outras tantas formas que proporcionam o bem-estar
físico e psicoemocional;

• Atenção em relação ao uso excessivo de medicamentos como: diuréticos que


podem provocar espoliação de minerais – magnésio, sódio e potássio; antiácidos,
que diminuem a acidez gástrica, alterando a digestão e absorção de nutrientes;
antibióticos, que alteram a flora bacteriana normal, propiciando má-absorção;
laxantes, que aumentam a perda de nutrientes e podem levar à dependência; e
sedativos e neurolépticos, que diminuem a atividade cerebral;

• Apoio às iniciativas da mulher na melhoria da qualidade das relações, valorizando a


experiência e o autoconhecimento adquiridos durante a vida;

• Estímulo à prática do sexo seguro em todas as relações sexuais. O número de


mulheres portadoras do HIV nessa faixa etária tem sido crescente;

• Estímulo ao “reaquecimento” da relação ou a reativação da libido por diversas


formas, segundo o desejo e os valores das mulheres.

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Unidade 14 – Assistência a Mulher no Climatério

A avaliação clínica da mulher no climatério envolve uma equipe multidisciplinar e


deve ser voltada para o seu estado de saúde atual e pregresso.

Além da promoção da saúde, a atenção precisa abranger prevenção de doenças e a


assistência aos sintomas climatéricos que ocorrem concomitantes às doenças sistêmicas
(BRASIL, 2008g). Estas se manifestam em queixas como: dores articulares ou musculares,
ganho de peso gradativo, depressão ou sintomas de hipotireoidismo muitas vezes ainda não
diagnosticado.

Da mesma forma que nem todas as mulheres apresentam os sintomas climatéricos,


é preciso estar atento às doenças que se tornam mais comuns com o avançar da idade,
como diabetes mellitus e hipertensão arterial. Na avaliação do estado de saúde, a escuta
qualificada é um componente fundamental do acolhimento para facilitar o diagnóstico e
acompanhamento adequados.

Para isso, deve-se realizar sempre a anamnese e o exame físico completos,


incluindo o ginecológico, ressaltando-se a importância do exame das mamas e da vulva.
Deverão ser solicitados, também, alguns exames complementares rotineiramente. São eles:

• Mamografia de rastreamento, para pacientes assintomáticas entre 50 e 69 anos;

• Dosagem de colesterol total e fracionado;

• Dosagem de triglicérides;

• Dosagem da glicemia de jejum;

• Dosagem de TSH, uma vez que as disfunções tireoidianas assintomáticas são


frequentes nessa faixa etária.

14.1 SAÚDE BUCAL NO CLIMATÉRIO


Um aspecto importante da educação em saúde é que as mulheres precisam estar cientes dos
potenciais problemas de saúde sistêmicos e localizados que ocorrem com o avançar da
idade e sobre a importância da higiene bucal diária, principalmente à medida que as
condições debilitantes sistêmicas se agravam.

Dificuldade relacionada à alimentação, fala e queixas de dor podem ser sinais e


sintomas importantes de que alguma alteração bucal está ocorrendo.

Por isso, as mulheres nessa faixa etária devem ter acesso à reabilitação bucal por
meio de restaurações diretas e a todos os tipos de próteses que são importantes no
restabelecimento da função (mastigação, fonação e deglutição) e da estética dos dentes, as
quais influenciam o bem-estar e a autoestima.

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Enfermagem e a Saúde da Mulher

Atenção especial deve ser dada ao uso inadequado de prótese total ou parcial, seja
por má-adaptação, por estar quebrada ou frouxa. Deve ser verificado, ainda, se há dentes
fraturados e restos radiculares, que devem ser diagnosticados precocemente e removidos
para que esses fatores traumáticos não se tornem uma lesão que possa evoluir para
malignização.

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Unidade 15 – Violência Contra a Mulher

15
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Embora a Lei 11.340/2006 de 07/08/2006 venha sendo utilizada na defesa de mulheres em


situação de violência, ela ainda é pouco conhecida pelos profissionais de saúde,
principalmente por enfermeiros.

Existe, ainda, uma dificuldade de compreender as raízes desse tipo de violência,


pois elas se situam nas próprias relações entre homens e mulheres.

A violência surge como uma característica perversa ao anular a relação entre dois
sujeitos: um deles se vê transformado em objeto. É importante realçar que as mulheres
também podem ser violentas com seus parceiros, outras mulheres e crianças, porém isto
ocorre com menos frequência.

Outro aspecto a ser considerado é a violência causada pela própria privação dos
bens materiais e sociais que a população assistida pela equipe de Saúde da Família sofre
cotidianamente. Na sua maioria, além de possuírem baixa renda e baixa escolaridade, se
veem frustradas em seus direitos básicos.

Como você já deve ter observado a violência contra a mulher é um problema


bastante complexo e difícil de ser abordado. Seu enfrentamento requer a implementação de
políticas públicas intersetoriais que tenham a perspectiva de gênero em seus fundamentos.

Em 1998, a área técnica de saúde da mulher e a coordenação nacional de


DST/AIDS do Ministério da Saúde estabeleceram um protocolo para abordagem e conduta
frente aos agravos resultantes da violência sexual contra a mulher. Esse protocolo foi
publicado nas normas técnicas de Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da
Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes.

A rede básica de saúde constitui-se em uma instância de enfrentamento da violência


contra as mulheres, por seu papel fundamental na detecção de casos e na problematização
desse problema com as mulheres.

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Enfermagem e a Saúde da Mulher

Este tem sido um desafio enfrentado pelos profissionais que atuam na equipe de
Saúde da Família porque implica mudanças profundas nos paradigmas que sustentam as
suas práticas.

Assim, é necessária a capacitação dos serviços de saúde para o acolhimento,


identificação, tratamento e encaminhamento adequado das vítimas, para que todas as
unidades com serviços de ginecologia-obstetrícia prestem atendimento imediato a esses
casos.

O ideal é que o atendimento a essas mulheres possa ser realizado por uma equipe
multidisciplinar sensibilizada e treinada para lidar com essa questão. Segundo
recomendação do Ministério da Saúde, é importante dispor de recursos laboratoriais para
realização dos seguintes exames:

A anticoncepção de emergência deve ser proposta, em casos de estupro, até 72


horas após a sua ocorrência. Ela será desnecessária se a mulher estiver usando método
anticoncepcional de alta eficácia, como anticoncepcional oral, injetável ou dispositivo
intrauterino (DIU).

Sabe-se que 16% das mulheres que sofrem violência sexual contraem algum tipo de
doença sexualmente transmissível (DST) e que uma em cada 1.000 é infectada pelo HIV.
Por isto, a prevenção de DST/AIDS também deve ser realizada:

• Para sífilis: penicilina benzatina 2.400.000 U IM;

• Outras doenças sexualmente transmissíveis: azitromicina 1g VO dose única


associada à cefixima 400 mg VO, dose única;

• Vacinação anti-hepatite B também é preconizada;

• Quimioprofilaxia para o HIV.

É importante acentuar que a mulher que vive sob ameaça física e de morte deve ser
preparada para sair dessa situação com muito cuidado, pois qualquer motivo pode
justificar, para a mente perversa do agressor, justificativa para seu extermínio.

O apoio emocional para que a mulher recupere a sua autoestima e construa seu
plano de fuga, caso seja esse o seu desejo, deve ser um objetivo da equipe de saúde.

Ela deve ser orientada a evitar o confronto com o seu agressor, pois se a agressão
física e psicológica existe é porque ela se encontra em condição realmente vulnerável.

Muitas vezes, as mulheres que recebem o estereótipo de “poliqueixosas”


vivenciaram situações de violência. Suas queixas geralmente são vagas e de sintomas
crônicos que não são esclarecidos em exame clínico e laboratorial.

Um quadro de psicossomatização pode estar refletindo dores e traumas


vivenciados, traduzidos por meio de queixas físicas, mentais ou sociais.

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1. Quais as Fases do Ciclo Ovariano:

a. Fase Folicular; Ovulação e Fase Lútea.

b. Menstrual, Folicular e Lútea;

c. Secretora, Ovulação e Lútea;

d. Proliferativa, Lútea e Folicular.

2. Quais são as fases do ciclo uterino:

a. Menstrual e Secretora;

b. Menstrual, Proliferativa e Secretora;

c. Secretora e Menstrual;

d. Hemorrágica e Proliferativa.

3. A Lei n.º 9.263/96 regulamenta o:

a. Planejamento Reprodutivo;

b. Ciclo Menstrual;

c. Controle de Natalidade;

d. Climatério

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4. “Ação governamental com a preocupação de estipular metas para crescimento ‘ideal’


da população, quer dizer, onde o governo determina quantos filhos o casal deve ter.”
Essa afirmativa é o conceito de:

a. Planejamento Familiar

b. Ciclo Menstrual;

c. Controle de Natalidade;

d. Climatério

5. São Métodos Contraceptivos de Barreiras:

a. Temperatura basal; Tabela de Ogino-Knauss (Tabelinha);

b. Pílulas e espermicida;

c. Lactação-amenorreia;

d. Preservativo e Diafragma.

6. O diagnóstico de gravidez é realizado através de:

a. Apenas anamnese;

b. Anamnese, exame físico e testes laboratoriais.

c. Ultrassonografia;

d. Exames de sangue e de fezes.

7. A prevenção do câncer cérvicouterino está baseada em:

a. No rastreamento da população feminina que apresenta probabilidade de ter lesões


pre- cancerosas detectáveis pelos exames de detecção precoce, no diagnóstico exato
do grau da lesão e no tratamento.

b. No rastreamento de gestantes que apresentam probabilidade de ter lesões pre-


cancerosas detectáveis pelos exames de detecção precoce, no diagnóstico exato do
grau da lesão e no tratamento.

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c. No rastreamento de mulheres que NÃO apresenta probabilidade de ter lesões pré-


cancerosas detectáveis pelos exames de detecção precoce, no diagnóstico exato do
grau da lesão e no tratamento.

d. No rastreamento de homens que apresentam DSTs.

8. O Climatério é o período de transição entre as fases reprodutiva e não reprodutiva da


mulher, quando acontece a última menstruação, definida como menopausa. Esse evento
inicia-se por volta dos:

a. 25 anos até os 72 anos.

b. 40 anos, podendo estender-se até os 55 anos ou mais.

c. 20 anos, podendo chegar até os 60 ou mais.

d. 15 anos até os 45 anos.

9. Em casos de estupro, a anticoncepção de emergência deve ser proposta até 72 horas


após a sua ocorrência. Ela será desnecessária quando:

a. Se a mulher estiver usando método anticoncepcional de alta eficácia, como


anticoncepcional oral, injetável ou dispositivo intrauterino (DIU);

b. A mulher não for mais virgem;

c. A mulher for maior que 40 anos;

d. A vítima é uma adolescente.

10. Sabe-se que 16% das mulheres que sofrem violência sexual contraem algum tipo de
doença sexualmente transmissível (DST) e que uma em cada 1.000 é infectada pelo
HIV. Por isto, qual tipo de prevenção de DST/AIDS também deve ser realizado em
suspeita de sífilis:

a. Vacinação antihepatite B também é preconizada;

b. Quimioprofilaxia para o HIV;

c. Penicilina benzatina 2.400.000 U IM;

d. Azitromicina 1g VO dose única associada à cefixima 400 mg VO, dose única.

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REFERÊNCIAS

Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda


mais o seu conhecimento.

ANDRADE, C. J. M. As equipes de saúde da família e a violência doméstica contra a


mulher: um olhar de gênero (Tese) – Escola de Enfermagem da Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2009.

BARBOZA, W.M.O.; COSTA, T.V.; TOLEDO NETO, J.L. Qualidade de vida em


mulheres no período de climatério e menopausa. Revista de Odontologia (ATO), Bauru,
SP.v. 14, n. 7, p. 406-417, jul., 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência Integral à saúde da mulher: bases de ação


programática. Brasília: Ministério da Saúde, 1984.

BRASIL. Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do


exercício da enfermagem, e dá outras providências. Brasília: 1986.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Prevenção e
tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e
adolescentes: norma técnica. 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Direitos sexuais e
direitos reprodutivos: uma prioridade do governo. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de


Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Sistema de informação do câncer do
colo do útero - SISCOLO. Rio de Janeiro: Inca, 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Análise de Situação de Saúde. Saúde Brasil 2006: uma análise da situação de saúde no
Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística. Diretoria de Pesquisas Coordenação de População e
Indicadores Sociais Estudos e Pesquisas Informação Demográfica e Socioeconômica.
Síntese de indicadores sociais 2005. Rio de Janeiro: IBGE, 2006.

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Referência

BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle


dos cânceres do colo do útero e da mama. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e puerpério:
atenção qualificada e humanizada. Brasília: Ministérios da Saúde, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Mamografia: da prática ao


controle. Rio de Janeiro: Inca, 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 204, de 29 de janeiro de 2007. Regulamenta o


financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de
saúde, na forma de blocos de financiamento, com o respectivo monitoramento e
controle. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 779 de 31 de dezembro de 2008. Define o


Sistema de Informação do Controle do Câncer de Mama (SISMAMA), altera a tabela
de procedimentos, medicamentos e órteses, próteses e materiais especiais - OPM do
SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 325, de 21 de fevereiro de 2008. Estabelece


prioridades, objetivos e metas do Pacto pela Vida para 2008. Brasília: Ministério da
Saúde, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Manual de atenção à mulher no climatério/ menopausa.
Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde, Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde. O


SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios. (3a. ed.). Brasília: Editora do Ministério
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BRASIL. Instituto Nacional de Câncer. Plano de ação para redução da incidência e


mortalidade por câncer do colo do útero: sumário executivo.Rio de Janeiro: 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa,


Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. (2010). Saúde da
mulher: um diálogo aberto e participativo. Brasília: Editora do Ministério da Saúde.
2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher:
princípios e diretrizes.Brasília: Editora do Ministério da Saúde. 2010

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres /


Ministério da Saúde, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília: Ministério da
Saúde, 2016.

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CAMARGOS, A. et al. Ginecologia Ambulatorial. 2 ed. Belo Horizonte: Coopmed,


2008.

FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de; VIANA, Dirce Laplaca; MACHADO, Wiliam
César Alves (coords). Tratado prático de enfermagem. vol 1. 2ª ed. São Caetano do
Sul:Yendis Editora, 2008.

FONSÊCA, T.C.; GIRON, M.N.; BERARDINELLI, L.M.M.; PENNA, L.H.G. Qualidade


de vida de profissionais de enfermagem no climatério. Revista Rene. mar-abr;
15(2):214-23. 2014.

NARVAZ, M. G.; KOLLER, S. H. Mulheres vítimas de violência doméstica:


compreendendo subjetividades assujeitadas. Psico, v. 37, n. 1, p. 7-13, 2006.

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