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Atualização em Hipertensão na
Gestação
Rachel Cardoso de Almeida
Com certificado
online
Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Hipertensão na Gestação" do
EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a
reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia
expressa do autor (Artigo 29).
80 horas
Atualização em Hipertensão na
Gestação
Rachel Cardoso de Almeida
Com certificado
online
APRESENTAÇÃO...............................................................................................................6
INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 7
2.1 GESTAÇÃO DE RISCO............................................................................................. 7
2.1.1 Ações voltadas a atenção humanizada durante o pré-natal................................... 8
2.2 CONTEXTO EPIDEMIOLÓGICO DAS SÍNDORMES HIPERTENSIVAS............ 9
2.3 MORTALIDADE MATERNA............................................................................. 10
2.3.1 Conceito.............................................................................................................. 10
2.4 FATORES DE RISCO.......................................................................................... 12
CLASSIFICAÇÃO.............................................................................................................14
3.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA PREEXISTENTE.............................. 14
3.2 HIPERTENSÃO GESTACIONAL.......................................................................16
3.3 PRÉ-ECLÂMPSIA SUPERAJUNTADA..................................................................16
3.4 PRÉ-ECLÂMPSIA.................................................................................................... 17
3.5 ECLÂMPSIA............................................................................................................. 18
3.6 SÍNDROME HELLP................................................................................................. 19
ETIOPATOGENIA............................................................................................................21
4.1 DESREGULAÇÃO IMUNOLÓGICA PRÉ-CONCEPCIONAL............................. 21
4.2 PLACENTAÇÃO DEFEITUOSA........................................................................ 21
4.3 DISFUNÇÃO ENDOTELIAL...................................................................................23
4.4 OUTRAS ALTERAÇÕES.........................................................................................23
FISIOPATOLOGIA.......................................................................................................... 24
5.1 ALTERAÇÕES RENAIS......................................................................................24
5.2 ALTERAÇÕES VASCULARES E CARDÍACAS.............................................. 25
5.3 ALTERAÇÕES HEPÁTICAS.............................................................................. 25
5.4 ALTERAÇÕES CEREBRAIS.............................................................................. 25
5.5 ALTERAÇÕES SANGUÍNEAS...........................................................................26
5.6 ALTERAÇÕES HIDROELETROLÍTICAS.........................................................26
5.7 ALTERAÇÕES UTEROPLACENTÁRIAS.........................................................26
5.8 ALTERAÇÕES FETAIS........................................................................................... 27
DIAGNÓSTICO.................................................................................................................27
6.1 PARÂMETROS CLÍNICOS E LABORATORIAIS............................................ 28
6.2 PREDIÇÃO E PREVENÇÃO...............................................................................29
TRATAMENTO.................................................................................................................30
7.1 TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO...........................................................30
7.2 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO.................................................................... 30
Cuidados durante a administração de sulfato de magnésio..........................................32
7.3 CONDUTA DURANTE A ECLÂMPSIA.................................................................32
CONDUTA OBSTÉTRICA.............................................................................................. 33
8.1 IDADE GESTACIONAL INFERIOR A 24 SEMANAS..........................................33
8.2 IDADE GESTACIONAL ≥ 24 SEMANAS E < 34 SEMANAS.............................. 33
8.3 IDADE GESTACIONAL ENTRE 34 E 37 SEMANAS...........................................33
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM..............................................................................35
9.1 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM............................ 35
9.2 PROCESSO DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA A GESTANTE COM
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS ESPECÍFICAS DA GESTAÇÃO............................ 37
9.2.1 Histórico ou coleta de dados............................................................................... 37
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 43
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 47
Atualização em Hipertensão na Gestação
01
APRESENTAÇÃO
Desse modo, no decorrer desse curso iremos abordar aspectos importantes sobre as
Síndromes Hipertensivas na Gestação e a assistência de enfermagem prestada a mulher.
Bons estudos!
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Unidade 2 – Introdução
02
INTRODUÇÃO
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Atualização em Hipertensão na Gestação
Desse modo, conhecer as estratégias oferecidas atualmente a gestante, traz uma reflexão,
aos profissionais, sobre as conquistas já alcançadas e os desafios enfrentados, na busca de
aperfeiçoar cada vez mais a atenção a saúde da mulher, não só no período gravídico, mas
em todo o ciclo vital.
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Unidade 2 – Introdução
Mesmo que as demandas de risco habitual sejam cobertas no país, há ainda muitas
dificuldades quando há o surgimento de complicações que afetam a saúde do binômio.
Nessa área, atender as demandas do pré-natal de alto risco representa ainda um grande
desafio ao Sistema Único de Saúde (SUS), e necessita ativamente da participação de todos
os envolvidos no processo de promover saúde.
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Atualização em Hipertensão na Gestação
Nesse sentido, a hipertensão é considerada uma condição clínica que mais acomete
gestantes, apresentando-se em cerca de 10% das gestações, e pode elevar os níveis de
complicações em até 15%. Seus impactos refletem em diversos aspectos individuais e
coletivos como no caso do alto número de internações, morbimortalidade materna e
neonatal, além de nascimentos pré-termo e restrição do crescimento intrauterino.
2.3.1 Conceito
Mesmo com os avanços nas políticas de saúde ao longo do tempo e com as ações que
visam contemplar o processo de redução da mortalidade materna no Brasil, tal realidade
ainda configura um imenso desafio para os serviços de saúde, órgãos governamentais e
sociedade como um todo. As altas taxas de mortalidade encontradas se caracterizam como
violação dos direitos humanos de mulheres e crianças, no que tange as questões obstétricas
e neonatais, por consequente ligação com a gestação e parto, além de ser um grave
problema de saúde pública atual em constante tentativa de intervenção.
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Unidade 2 – Introdução
gestação, ou por condições agravadas pela existência dela, sem restrições quanto a duração
e localização.
Esse mal desfecho obstétrico, divide-se ainda quanto a suas causas obstétricas,
classificada em dois tipos: causas obstétricas diretas, que se originam de complicações que
podem ocorrer durante a gestação, e as causas obstétricas indiretas, que resultam de
condições preexistentes que são agravadas devido a gestação. Como exemplo considera-se:
Eclampsia
Síndrome HELLP
Hemorragias
Infecção puerperal
Diabetes
Hipertensão
Doenças cardiovasculares
Nesse caso, deve-se enfatizar que quase todas as causas diretas relacionadas às
mortes maternas são evitáveis e quanto às causas indiretas, é importante ressaltar que estão
vinculadas a mulheres que já possuem alguma doença, portanto, devem ser consideradas
dentro das gestações de risco e com atenção redobrada, de modo que qualquer alteração
seja identificada e tratada em tempo oportuno. Embora pouco falado, mas gestantes negras
requerem maiores cuidados devido à maior incidência de Hipertensão Arterial Sistêmica,
diabetes e morte materna nessa população, sendo de suma importância o conhecimento
desses fatores por parte dos profissionais.
O fato de estar relacionada à gravidez, aborto e até mesmo ao parto, perdurou por
muitos anos como uma letalidade envolvendo mulheres no período reprodutivo.
Gradualmente, esses eventos foram entendidos como indicadores diretamente relacionados
à qualidade de vida de certas populações, e assim, foram estabelecidos serviços médicos
qualificados a tempo de evitar grande parte das mortes.
Com base nos números brasileiros, de acordo com o Sistema de Informação sobre
Mortalidade (SIM), gerido pelo Ministério da Saúde, em 2016 foram notificados cerca de
1.484 óbitos maternos, distribuídos em cada região do país, de modo que as regiões
Sudeste e Nordeste concentram o maior número de mortes maternas, destas, 543
ocorreram na região Sudeste e 495 na região Nordeste.
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Atualização em Hipertensão na Gestação
Nesse âmbito, a hipertensão entra como a principal causa de morte materna por
causas obstétricas evitáveis, principalmente quando se refere as suas formas mais graves
como a eclâmpsia e a síndrome HELLP, seguida de hemorragias, infecções e abortos.
Assim, se reforça que uma boa assistência em saúde e maior qualificação dos profissionais
envolvidos poderia auxiliar na redução desses números.
Nuliparidade
Gestação molar
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Unidade 2 – Introdução
Gestação múltipla
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Atualização em Hipertensão na Gestação
03
CLASSIFICAÇÃO
Pré-Eclâmpsia (PE)
Eclâmpsia (E)
Síndrome HELLP
As terminologias, pré-eclâmpsia leve e grave estão cada vez mais em desuso, tendo
em vista que nos quadros mais graves onde há sinais de eminência das crises convulsivas, a
intervenção deve ser imediata e precisa, tendo em vista a utilização de condutas que
previnam a ocorrência da eclâmpsia. Para tanto, os próximos tópicos definem cada um de
forma mais detalhada.
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Unidade 3 – Classificação
20 +11 +7
22 +9 +6
24 +7 +4
26 +5 +3
28 +3 +2
30 0 0
32 -2 -1
34 -4 -3
36 -6 -4
38 -8 -6
40 -10 -7
42 -12 -9
44 -14 -10
46 -16 -11
48 -18 -13
50 -21 -14
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Atualização em Hipertensão na Gestação
Ela possui grande relevância clínica na gravidez, pois pode ocasionar uma série de
complicações à mãe e ao feto, principalmente se somada às condições socioeconômicas
desfavoráveis, intercorrências obstétricas e clínicas. Portanto, mesmo quando a gestante
não apresenta sinais clínicos adicionais para o diagnóstico de pré-eclâmpsia, o profissional
responsável pelos cuidados em saúde no pré-natal deve ficar atento a qualquer
manifestação, pois cerca de 25% das gestantes com hipertensão gestacional podem alterar
o diagnóstico para outras formas, tendo em vista o surgimento de sintomas adicionais.
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Unidade 3 – Classificação
3.4 PRÉ-ECLÂMPSIA
A pré-eclâmpsia corresponde ao aumento da pressão arterial sistólica, de 140mmHg ou
superior e/ou pressão arterial diastólica de 90mmHg ou superior, acompanhada de
proteinúria significativa, com surgimento por volta da 20° semana gestacional.
Insuficiência renal
Disfunção hepática
Trombocitopenia
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Atualização em Hipertensão na Gestação
3.5 ECLÂMPSIA
A eclâmpsia é conhecida como forma grave das síndromes hipertensivas da gestação e
pode ser procedida de uma pré-eclâmpsia com sinais de iminência. Manifesta-se com a
presença de uma ou mais crises convulsivas do tipo tônico-clônicas generalizadas, sem
histórico de doenças neurológicas como a epilepsia, e em gestantes hipertensas ou que
possuíram pré-eclâmpsia anteriormente ao surgimento dos sintomas.
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Unidade 3 – Classificação
Para tanto, o diagnóstico é realizado por meio de exames laboratoriais, definido por
anemia hemolítica microangiopática, com presença de esquizócitos (alteração na forma do
eritrócito normal) no sangue periférico, com contagem de plaquetas para identificação de
plaquetopenia, ou bilirrubinas totais com valores maiores ou igual a 1,2mg/dl, e ainda,
desidrogenase lática (LDH) com valor maior ou igual a 600UI/L.
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Atualização em Hipertensão na Gestação
04
ETIOPATOGENIA
Embora as causas da pré-eclâmpsia sejam pouco conhecidas, ela parece estar relacionada a
alterações na formação e organização placentária, no qual apresenta defeitos de perfusão
uterina, com indução de um estado de hipercoagulabilidade. Esta última característica,
pode decorrer de uma deficiência relativa na produção de prostaciclinas, vasodilatadores
importantes, e produção excessiva de tromboxano, que é uma prostaglandina
vasoconstritora sintetizada quando ocorre a agregação plaquetária. Para tanto, alguns
eventos devem ser considerados para compreender o surgimento de alterações e
manifestações clínicas.
Tal teoria refere, que uma exposição pré-concepcional materna ao líquido seminal
paterno, poderia desencadear respostas imunes desreguladas, onde a mãe se torna tolerante
aos aloantígenos feto-paternos, fazendo com que o risco para a pré-eclâmpsia se torne
aumentado (REZENDE, 2018).
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Unidade 4 – Etiopatogenia
dos vasos são substituídas e os trofoblastos são eliminados da túnica média dessas artérias.
Esse processo consiste na segunda onda de invasão trofoblástica, no qual essas adaptações
aumentam o diâmetro das artérias e consequentemente aumento do aporte sanguíneo para a
placenta (REZENDE, 2018). O esquema de invasão trofoblástica é representado na figura
abaixo:
Para obter essa adequação dos vasos células do citotrofoblasto migram para o
lúmen das artérias espiraladas e sensibilizam a musculatura e membrana elástica do vaso,
processo conhecido como ondas de migração trofoblástica. Vale salientar que esse evento
ocorre em duas ondas, a 1° onda de migração trofoblástica ocorre dentro da 8° e 10°
semana de gestação e a 2° onde de migração trofoblástica ocorre por volta da segunda
metade da gestação, compreendendo o período entre a 14° e a 24° semana gestacional.
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Atualização em Hipertensão na Gestação
Ao passo que esses fatores lesivos incidem no endotélio sistêmico arterial materno
(artérias espiraladas), há o surgimento das manifestações clínicas da pré-eclâmpsia:
elevação dos níveis pressóricos seguida por lesão do endotélio renal levando a
glomeruloendoteliose e proteinúria acentuada.
Desse modo, outras alterações estão em pesquisas, porém vale salientar que
algumas evidências apontam para uma possível relação entre as alterações metabólicas
observadas no processo gestacional fisiológico, tornando-se exacerbadas por ocasião da
pré-eclâmpsia e desencadeando a forma clínica da doença. Condições preexistentes como
obesidade ou índice aumentado de massa corporal (IMC >30 kg/m2), bem como síndromes
metabólicas, podem causar respostas inflamatórias em decorrência do estado crônico de
inflamação sistêmica, pela ativação das vias inflamatórias na interface materno-fetal.
Assim, com base nas manifestações materno-fetais, estas serão descritas com mais
detalhes no próximo tópico, sempre levando em consideração as alterações advindas da má
remodelação das artérias espiraladas.
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Unidade 5 – Fisiopatologia
05
FISIOPATOLOGIA
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Atualização em Hipertensão na Gestação
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Unidade 5 – Fisiopatologia
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Atualização em Hipertensão na Gestação
06
DIAGNÓSTICO
Nesse sentido, na fase inicial a gestante pode não apresentar sintomas, portanto, a
avaliação, anamnese e exame físico devem ser constante, no sentido de identificar
alterações ainda no início e de forma mais precoce possível. Todas essas condutas são
realizadas sobremaneira nas consultas periódicas de pré-natal, dando ênfase a importância
de captar o quanto antes essa paciente.
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Unidade 7 – Prognóstico
Busca por sinais de dor, cefaleia, edema generalizado sem diminuição após repouso
em decúbito lateral esquerdo, dentre outros
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Atualização em Enfermagem Obstétrica
Discussões mais recentes têm apontado diminuição dos riscos para pré-eclâmpsia,
mediante utilização terapêutica de ácido acetilsalicílico (AAS) e suplementação de
cálcio. Para o AAS considerar doses terapêuticas de 100 a 150g/dia para gestantes
com fatores de risco aumentados, com início em torno da 12° semana e término a
partir da 36° semana, visando a renovação plaquetária e preparação para o parto. Já
sobre a suplementação de cálcio, podem ser consideradas doses diárias de 1,0 a
2,0g, sobretudo quando houver risco aumentado para a doença e/ou dieta pobre em
cálcio.
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Unidade 7 – Tratamento
07
TRATAMENTO
O tratamento das síndromes hipertensivas compreende diversas condutas, onde podem ser
observadas, condutas não farmacológicas, farmacológicas e assistência frente aos casos de
eclampsia. A seguir, as condutas terapêuticas serão descritas mais detalhadamente.
A dieta hipossódica não é indicada, porém os níveis de sal nos alimentos devem ser
observados com cuidado, assim como em qualquer outra situação alimentar.
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Atualização em Enfermagem Obstétrica
Na emergência hipertensiva, a gestante deve ser levada ao serviço médico, pois são
necessárias avaliações mais precisas, especialmente no que se refere as condições de saúde
maternas e fetais. Utiliza-se muito nos casos agudos, a hidralazina, um vasodilatador
periférico de ação máxima rápida. A dose recomendada é de 5 mg via intravenosa,
encontrada em solução injetável (20 mg/ml – 1ml), sendo uma ampola diluída em 19 ml de
água destilada.
Zuspan 4g por via intravenosa (bolus), 1g por via intravenosa por hora em
administrados lentamente bomba de infusão contínua
(Somente
intravenoso)
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Unidade 7 – Tratamento
Realizar balanço hídrico e controle da diurese, onde essa, deve ser maior que
30ml/h
Verificar o reflexo patelar e a frequência respiratória, que não deve estar menor que
16 irpm
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Atualização em Enfermagem Obstétrica
08
CONDUTA OBSTÉTRICA
A conduta obstétrica varia conforme condições da gestante e do feto, o que exige avaliação
rigorosa de questões como interrupção da gravidez e escolha da via de nascimento. As
recomendações conforme estado de saúde e idade gestacional serão apresentadas a diante.
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Unidade 8 – Conduta Obstétrica
Procedimentos indutores para o preparo do colo uterino também podem ser realizados,
com indicação e avaliação médica.
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Atualização em Enfermagem Obstétrica
09
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
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Unidade 9 – Assistência de Enfermagem
representa uma etapa importante no contato profissional com o paciente, considerando uma
ferramenta teórico científica, que contribui para o crescimento da profissão enquanto
ciência, embasa o raciocínio clínico, a tomada de decisões e o planejamento dos cuidados
de enfermagem.
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Atualização em Enfermagem Obstétrica
Sendo assim, alguns cuidados devem ser observados em diferentes momentos, tanto
na prevenção de agravos relacionados as síndromes hipertensivas, quanto nas urgências
hipertensivas.
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Unidade 9 – Assistência de Enfermagem
Verificar a pressão arterial (PA) que deve ser realizada idealmente após um
descanso de pelo menos cinco minutos, com a mulher sentada confortavelmente,
sem falar, pernas descruzadas, costas apoiadas e braço apoiado, de modo que a
medida seja feita com o braço na altura do átrio direito (meio do osso esterno)
Checar se a mulher ingeriu álcool, café, coca e/ ou fumou cigarro antes e na hora de
verificar a PA, pois isto deve ser evitado
Busca pela história clínica de sinais e sintomas (cefaleia, edema, dor epigástrica,
ganho de peso) e a medida adequada da pressão arterial e do peso da mulher em
todas as consultas são imprescindíveis para o diagnóstico de síndromes
hipertensivas
História obstétrica
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Atualização em Enfermagem Obstétrica
Histórico de consultas
Dor aguda
Náusea
Ansiedade
Medo
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Unidade 9 – Assistência de Enfermagem
Orientar que possivelmente serão prescritos alguns exames pelo médico para
confirmar diagnóstico e facilitar a avaliação, tais como, proteinúria, contagem de
plaquetas, ácido úrico creatinina plasmática, bilirrubinas, transaminases hepáticas e
a desidrogenase láctica
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Atualização em Enfermagem Obstétrica
Realizar balanço hídrico e controle da diurese, onde essa, deve ser maior que
30ml/h
Por fim, todos os achados e intervenções realizadas pelo profissional, devem ser
devidamente registradas e assinadas com data, horário e registro profissional referente a
quem os realizou, fornecendo um aparato de informações tanto para uma avaliação da
efetividade do plano de cuidados, quanto para nortear as próximas intervenções que serão
realizadas. É nesse momento que as condutas prestadas são avaliadas conforme os seus
resultados, e quando necessário, o plano de cuidados pode ser revisitado e adaptado
conforme ações mais adequadas ao contexto.
Posto isto, algumas estratégias gerais também podem contribuir para uma atuação
protagonista no cenário de atenção integral a saúde da mulher:
Criar espaços individuais e grupais de participação das usuárias para ouvir suas
necessidades, seus anseios em relação ao atendimento, seus projetos de vida, seus
problemas
A partir das necessidades e projetos de vida indicados pela usuária, planejar junto a
ela seus laços afetivos, um cuidado pautado em ações e atividades viáveis e em
consonância com as condições de vida e desejos da mulher atendida
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deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29).
Unidade 9 – Assistência de Enfermagem
Por fim, a atenção à saúde da mulher deve ser proposta, de modo que promova a
expansão do território com discussões e participações coletivas, tomando como base o
local de moradia das pessoas, pois é lá que se apresentam muitas necessidades de saúde. É
preciso compreender a assistência em saúde da mulher como algo inerente e necessário a
sua sobrevivência e qualidade de vida, sem deixar de lado todas as fases do seu ciclo vital,
tomando como base as suas individualidades e experiências. Refere-se ao cuidado em
saúde da mulher como algo que deve ser construído coletivamente e com responsabilização
de todos os envolvidos.
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Atualização em Enfermagem Obstétrica
AVALIAÇÃO
a. Síndromes hemorrágicas
b. Síndromes hipertensivas
d. Eventos tromboembólicos
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Avaliação
a. Disfunção endotelial
b. Alterações endócrinas
c. Placentação defeituosa
d. Resposta imunogenetica
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Atualização em Enfermagem Obstétrica
c. Mesmo que haja perdas vaginais não devem ser levadas em conta, pois não
possuem referência a síndrome
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Avaliação
a. Zuspan
b. Metildopa
c. Pritchard
d. Zuspan + Pritchard
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Atualização em Enfermagem Obstétrica
REFERÊNCIAS
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