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RESUMO
Este artigo tem como objetivo principal apresentar a importância e a contribuição da
musicoterapia no ambiente de trabalho com ênfase na saúde e bem-estar do colaborador. A
metodologia usada origina-se de pesquisas desenvolvidas anteriormente junto a pautas de
estudo sobre o assunto. Ainda, pretende pontuar como essa estratégia atua dentro das
organizações e seus efeitos na vida do colaborador.
Palavras-chave:
Musicoterapia. Colaborador. Saúde. Bem-estar.
ABSTRACT
This article has as its main objective to present the importance and contribution of music
therapy in the work environment with emphasis on the health and well-being of the employee.
The methodology used originates from research developed previously along with study
guidelines on the subject. Still, it intends to point out how this strategy works within
organizations and its effects on the life of the employee.
KeyWords:
Music Therapy. Collaborator. Health. Well-being.
INTRODUÇÃO
A musicoterapia configura-se em uma combinação dinâmica de muitas disciplinas e
que como corpo de conhecimento e de práticas possui dois principais campos, a música e a
terapia. Ambas com delimitações pouco claras e de difíceis significações. Na forma mais
simples, “música” é definida como a arte de organizar sons no tempo, já o termo “terapia”
significa tradicionalmente, a partir da raiz grega therapeia, assistir, ajudar ou tratar.
(BRUSCIA, 2000).
1
Graduanda em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL
2
Graduanda em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL
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Graduando em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL
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Apesar da relação entre práticas musicais e práticas de saúde ser antiga, os regimes de
verdade que sustentam esta disciplina e a situam dentro da Ciência apenas se constroem no
século XX, a partir da II Guerra Mundial, sobretudo em experiências com feridos de guerra
em hospitais (Costa, 1989; Gaston, 1968).
Desse modo, nos últimos anos têm-se provado, a partir de estudos científicos, os
efeitos fisiológicos que a música provoca no corpo, tais como alterações na frequência
respiratória e cardíaca, alterações na pressão arterial, relaxamentos musculares, redução de
estímulos sensoriais como a dor, e aceleração do metabolismo (GONÇALEZ, 2008).
Musicoterapia, por usa vez, é a utilização da música e/ou seus elementos (som, ritmo,
melodia e harmonia) por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, num
processo para facilitar, e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização,
expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar
necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. Que tem, por objetivo,
desenvolver potenciais e/ou restabelecer funções do indivíduo para que ele/ela possa alcançar
uma melhor integração intra e/ou interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de
vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento (WORLD FEDERATION OF MUSIC
THERAPY, 1998).
trabalho, antes é necessário que se conheça este ambiente e a maneira como as relações
interpessoais se desenvolvem.
Trabalhando para apoiar e intensificar grupos de trabalho, a Musicoterapia
Organizacional pode se organizar através de vivências musicais, periódicas ou não, onde a
finalidade é a de melhorar o relacionamento do grupo, promovendo seu crescimento e
possibilitando o aumento da produtividade do mesmo. Observando as formas de interação do
grupo, as necessidades e os conflitos que aparecem durante as vivências musicais, pode-se
transportá-las para o dia-a-dia da organização, tornar conscientes para os funcionários o
porquê de determinadas ações e permitir uma reflexão sobre si, sobre sua relação com o outro,
com o grupo e com a organização. Esse víeis está ligado à área de Gestão de Pessoas,
podendo ser aplicado na forma de consultoria (em dinâmicas de grupo, processos seletivos,
programas de treinamento e desenvolvimento) ou servindo de apoio e suporte em programas
voltados à Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), na prevenção de doenças ocupacionais
(estresse, ansiedade, LER, DORT), grupos 11 terapêuticos (dependência química, drogas e
álcool) e formação de grupos de apoio para melhoria das relações intra/interpessoais.
e comunicação entre os integrantes desta, e que pode ter como consequência, uma melhoria na
qualidade de vida pessoal e/ou profissional do funcionário, bem como da sua produtividade.
Ao trabalhar num ambiente em que haja comunicação eficiente, onde os funcionários
compartilhem dos mesmos valores e expectativas e que estejam cientes de seu papel frente à
organização, a possibilidade de se desenvolver um ambiente de cooperação e colaboração é
bastante grande, o que contribui para uma maior dedicação do funcionário ao seu trabalho,
promovendo consequentemente, um crescimento da própria organização. Ademais, o aumento
de produtividade e o bom funcionamento interno da organização também contribuirão para
uma melhor inserção desta empresa em seu ambiente organizacional.
Para atuar neste nível, o musicoterapeuta deve ser uma espécie de consultor da
empresa. Para que possa observar todo o funcionamento e movimento dos funcionários sem
colocar suas necessidades pessoais à frente da organização. Este distanciamento permite ao
musicoterapeuta ter uma visão panorâmica, mais ampla de toda a dinâmica organizacional
(APUD GUIRADO, 1987). Desta forma, a atuação do musicoterapeuta organizacional
possibilita mudanças na organização relacionadas à cultura organizacional, pois trataria dos
valores, costumes e hábitos de comportamento dos indivíduos com relação à organização, às
suas metas e aos seus objetivos. Além de atuar sobre o clima organizacional, o que permitiria
uma melhoria nas relações interpessoais, proporcionando o estabelecimento de relações
cooperativas em que todos trabalhem integrados num ambiente agradável.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Logo, a presente análise teve como objetivo compreender o impacto da musicoterapia
na vivência dos colaboradores visando questões como saúde e bem-estar. O’Neill (1995) apud
Bruscia (2000, p.243) descreve que a Musicoterapia Organizacional é a potencial aplicação da
música no desenvolvimento e apoio de equipes de trabalho e na melhora das relações de
grupos profissionais em ambientes de trabalho. Dessa forma, nota-se o benéfico impacto da
música nas organizações, uma vez que essa implementação terapêutica garante equilíbrio
físico e mental, proporciona formas de comunicação e expressão, altera estados emocionais,
acalma, equilibra as emoções, além de aumentar a produtividade, o ambiente de cooperação,
o foco e o crescimento empresarial.
REFERÊNCIAS
MAIS, O Povo. Gestão da Saúde: ativo importante também para as empresas. Brasil:
Jornal OP+, 2022. Disponível em:
https://mais.opovo.com.br/jornal/dom/2022/04/10/gestao-da-saude-ativo-importante-tambem-
para-empresas.html. Acesso em: 15 jun. 2022.