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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA

FLUMINENSE CAMPUS ITAPERUNA – RJ


LICENCIATURA EM QUÍMICA

RESENHA DO ARTIGO:

ALQUIMIANDO A QUÍMICA

ITAPERUNA-RJ
Abril de 2019
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FLUMINENSE CAMPUS ITAPERUNA – RJ
LICENCIATURA EM QUÍMICA

RESENHA DE ARTIGO:

ALQUIMIANDO A QUÍMICA

Trabalho apresentado a disciplina História da


Química, curso Licenciatura em Química do
Instituto Federal Fluminense Campus
Itaperuna-RJ, como requisito parcial de
avaliação para a primeira avaliação – P1,
apresentado ao Prof. Me. Anders Teixeira
Gomes.

Nome do aluno (a): Isabel Bastida Medeiros

ITAPERUNA-RJ
Abril de 2019
1. DADOS GERAIS DA OBRA

1.1. IDENTIFICAÇÃO DA OBRA COMPLETA

CHASSOT, Attico I. ALQUIMIANDO A QUÍMICA. Química Nova na


Escola. Nº 1. MAIO 1995.

2. RESENHA DESCRITIVA DO ARTIGO

No texto “Alquimiando a Química”, o autor procura levantar algumas


questões sobre o conhecimento atual em relação a química, de como a
entendemos como ciência propriamente dita. Para isso o autor traça
algumas considerações não habituais em relação à alquimia.
É notório que desde o começo da humanidade as pessoas já tinham
a curiosidade de saber como tudo surgiu, essa curiosidade, vinda da
vontade de um entendimento maior, foi a razão para todo a indagação que
se manifestou. O autor investiga que a história desta ciência não pode ser
observada sem considerar a história da filosofia, da educação, das religiões,
das artes, das magias. Uma vez que estas nasceram da vontade de
entender o que não está aparente aos olhos.
Não se sabe ao certo quando a alquimia e a própria química nasceu,
pois se tratava de tempos remotos, onde não se era comum qualquer tipo
de registro, mesmo que alguns considerem Lavoisier ou ainda Robert Boyle
como os “Pais da Química”. O autor destaca com sutileza “A busca de um
ponto de partida para o conhecimento mostra-se uma investigação
problemática e complexa e provavelmente indefinida”.
Mesmo que sem saber, os predecessores dos químicos já andavam
pela terra, o domínio do fogo foi um dos primeiros conhecimentos ligados à
química adquiridos pelo homem primitivo. Em uma época onde tudo era
explicado através da religião e do misticismo, não havia espaço para outras
indagações a cerca de certos assuntos. Tudo era associado a seres ou
forças sobre-humanas.
O autor destaca que não se pode afirmar que a transição da
alquímica à química corresponde à ascensão da primeira em ciência, já que
a alquimia se restringia a concepções filosóficas da vida e a química, por
outro lado, tratava de explicar algumas práticas da alquimia tirando o seu
lado místico. Desta maneira, o autor ao verificar que sempre houve
questionamentos em relação a alquimia, apresenta, de forma breve, três
leitura que podem ser feitas sobre a alquimia. Uma leitura cética, que afirma
que a alquimia nada mais era do que uma prática de charlatanismo sem
qualquer significado científico; Uma histórica, onde contextualiza a alquimia
e os alquimistas nos tempos medievais; e por fim uma leitura que admite
certo realismo-fantástico, onde tudo era muito incrível e inexplicável.
É comum ouvir histórias sobre a “pedra filosofal” e como os
alquimistas transformavam metais comuns em ouro. O autor estabelece
uma relação entres as transmutações realizadas pelos alquimistas e as
sínteses que ocorrem em laboratórios modernos, como por exemplo, os
elementos localizados depois do urânio na tabela periódica. Assim, faz uma
analogia, para aqueles que não acreditam nas energias envolvidas nesse
processo. Ao dizer que um cofre pode ser aberto de duas formas, pelo
conhecimento do segredo e por arrombamento, afirma que há diferentes
energias envolvidas nos dois processos. A exemplo, as transmutações
nucleares que correspondem à uma violência contra o núcleo de certo
elemento, se caracteriza como um arrombamento. Já as transformações
que, em algumas hipóteses, plantas e animais fazem envolvem outra
energia. E questiona porque não podemos acreditar que os alquimistas já
tinham o conhecimento dessas transmutações, porque esses segredos ou
práticas alquimistas não chegaram até nós, já que a química é uma ciência
cumulativa.
Existem hipóteses para o motivo de essas ideias alquimistas não
estarem presentes nas preocupações das ciências atualmente, o autor
consolida seu ponto de vista em algumas teses, como A Dizimação por uma
peste, é possível imaginas que grupos de alquimistas tenham desaparecido
por esta razão e suas práticas ficaram perdidas, visto que não havia o
hábito de registro; A Forte Influência da Igreja, que para proteger seus fiéis
proibiu as práticas através de uma bula papal feita por João XXII;
Destruição Pela Própria Descoberta, como por exemplo, a morte de Marie
Curie que foi causada pelo elemento rádio, proveniente de seus estudos
sobre radiação; Poder Econômico, se as transformações de metais em ouro
fossem possíveis hoje em dia, os mercados mundiais entrariam em
instabilidade; Inveja e conhecimento científico, não existiriam o monopólio
do conhecimento que há no mundo atual.
A partir da leitura e análise da obra, é possível concluir que Chassot
faz uma crítica em relação a como a alquimia é desvalorizada, taxada como
mística e sem importância. Como se a química teria surgido do nada, sem
nenhum precedente.

3. IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR DA RESENHA

Isabel Bastida Medeiros, Técnica em Química pelo Instituto Federal


Fluminense – Campus Itaperuna e licenciando em Química pelo Instituto
Federal Fluminense – Campus Itaperuna

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