Dentro do plano de marketing institucional eficiente que se pretende para o
município de Betim, o primeiro passo é fazer um diagnóstico coerente das
necessidades de comunicação da administração pública. A atual gestão vem de um processo atribulado de recuperação da autoestima da população e da busca pelo equilíbrio das finanças públicas, ao mesmo tempo em que deve manter os serviços essenciais e ainda corresponder às expectativas de toda a população, que depositou nessa nova gestão e nos atuais administradores a confiança de melhorar sua vida e fazer de Betim uma cidade mais humanizada e com vocação para o bem-estar de sua gente. Assim sendo, uma das prioridades deste processo é repassar, de maneira objetiva e eficaz, as ações já adotadas nos primeiros seis meses de gestão. A área de saúde, por sua alta complexidade, é, sem dúvida alguma, uma das maiores demandas da população e, por consequência, a que mais exige da comunicação neste momento. Por isso mesmo, há de se colocar em prática um plano que explicite todo o esforço da gestão atual em melhorar o sistema municipal de saúde. Ao assumir a prefeitura, em janeiro passado, os atuais gestores encontraram um Sistema Único de Saúde em colapso. Basta relembrar que o principal hospital da cidade estava sofrendo com um poderoso surto de bactérias super resistentes. Diante dessa realidade, governo municipal atuou rapidamente e, mesmo sendo obrigado a tomar medidas antipopulares, como o fechamento de alguns leitos e a publicação de um decreto de calamidade pública, não fugiu de sua responsabilidade. Pois bem, apesar de todo o desgaste que uma ação dessas possa gerar, a responsabilidade foi assumida e, após dias sofríveis, a população do município começa a colher frutos e a contar com um hospital seguro e livre de infecção. Além da situação do hospital, por si só catastrófica, o município, a exemplo de cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, enfrentou a pior epidemia de dengue de todos os tempos, o que, seguramente, foi fruto da falta de investimento em prevenção e de cuidados básicos que se faziam necessários antes do período chuvoso. Nos dois casos é preciso mostrar à população que o governo municipal agiu com exatidão, estratégia e humanização, pois, já nos dias de hoje, o surto de bactérias foi controlado e outras mortes por esses micro-organismos foram evitadas. Outra necessidade urgente de comunicação e que merece uma abordagem específica é a situação financeira do município. Após seis meses de contingenciamento e de ações duras no sentido de poupar recursos, o município já conseguiu pagar 30% das dívidas deixadas pela gestão anterior. Isso, por si só, já demonstra a seriedade desta nova administração, que, compromissada e ciente da suas responsabilidades, viu- se obrigada a cancelar festas, adiar inaugurações e cortar recursos de secretarias. Já a política salarial dos servidores públicos é outra demanda informacional do município. Os servidores municipais, principais mantenedores da gestão pública, estavam inseguros quanto à política de valorização adotada em anos anteriores. Os atuais gestores, mesmo com todos os problemas encontrados ao assumir o governo, alguns deles já mencionados aqui, foram capazes de conceder um reajuste de 6%, com bastante austeridade e compromisso com a Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece limites para o gasto com a folha de pagamento. Surge então outra necessidade de comunicação que é o de explicar a nova reforma administrativa, aprovada pela Câmara Municipal logo no início da gestão. Essa alteração na estrutura orgânica do município criou duas secretarias (Infância e Trabalho) e reativou outra, a de Turismo. Há de se explicar o papel de cada um desses órgãos, bem como os motivos que levaram à criação deles. Ainda há, por parte da Prefeitura, a necessidade cotidiana de comunicação de ações relevantes, que podem criar um conceito positivo em torno desta administração. Os estudantes da rede municipal de ensino voltaram a receber o kit escolar; a escola integral foi ampliada; o município já propôs anistias e benefícios para a quitação de impostos atrasados, como o IPTU e ISS; novas empresas já se beneficiaram da política desenvolvimentista da atual gestão; os salários dos médicos foram reajustados; novas equipes de ESF foram contratadas; o esporte voltou a funcionar com escolinhas de iniciação esportiva, os convênios com o terceiro setor foram reativados e já ocorreram lançamentos de importantes obras de infraestrutura; além da retomada do auxílio às polícias Civil e Militar, colaborando com o Estado na árdua tarefa de conter o crescimento da violência urbana. Diante de tanta demanda reprimida, é impossível sugerir uma única estratégia de comunicação. São várias as ações que se configuram e se norteiam de acordo com a especificidade do município e das necessidades de seus moradores. A diversidade das demandas é apenas mais um desafio, um fio condutor para o início dos trabalhos de comunicação da prefeitura, que, ao propor as campanhas, deve ainda levar em consideração a característica poli-centrada do município e as especificidades de cada uma das dez administrações regionais que dividem geograficamente o município. Além de diagnosticar as necessidades mais urgentes de comunicação em Betim, é necessário levar em conta as técnicas através das quais se chegará à compreensão da realidade enfrentada pelo município e pela administração municipal. Como já dito, o município possui várias regiões densamente povoadas e com necessidades específicas. Assim, utilizar-se dos meios de comunicação de massa, da internet e das mídias alternativas, além de encontros, fóruns, debates sociais e outros eventos capazes de mobilizar as comunidades, tornam-se instrumentos elementares na hora de formular cada campanha e de convencer os públicos que existem dentro da imensa e variada população betinense. É preciso ressaltar que a comunicação da prefeitura deve se focar na prestação de serviços, na correta informação dos cidadãos e no investimento em meios locais, zelando pela aplicação dos recursos públicos que vão satisfazer os princípios de lisura, economicidade, transparência e democracia.
Município Vitalidade “Caso: Análise Orçamentária, Financeira e Socioambiental do Município Vitalidade na construção de um Hospital Municipal em tempos de Pandemia”. Produção Textual Interdisciplinar Individual (PTI) 5º/6º Semestre. Ciências Contábeis. (66) 9.9694-5762.