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Rio de Janeiro
2019
Fernanda Lemos Gonçalves
Vinicius Souza Valdrez
Projeto de Graduação
apresentado, como requisito
parcial para obtenção do Grau de
Engenheiro, à Faculdade de
Engenharia da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro. Área de
concentração Produção.
Rio de Janeiro
2019
CATALOGAÇÃO NA FONTE
UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CTC/B
Fernanda Lemos Gonçalves
Vinicius Souza Valdrez
Banca Examinadora:
_____________________________________________________
Prof. DSc. Carlos Alexandre da Silva Prado (Orientador)
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
_____________________________________________________
Prof. MSc. Fábio Reis Côrtes
_____________________________________________________
Prof. MSc. Leonardo dos Santos de Jesus
Rio de Janeiro
2019
AGRADECIMENTOS – Fernanda Lemos Gonçalves
A Deus em primeiro lugar por ser a minha fonte de força e meu refúgio em
toda a jornada da minha vida. A fé em Deus é um dos motores que propulsionam a
minha ação para atingir qualquer resultado.
Aos meus pais, Patricia Valdrez e Marcos Valdrez, que são os meus grandes
professores, meus exemplos e que contribuirão de forma imensurável para que toda
a Graduação e esse projeto fosse concluído com êxito! Obrigado por serem meus
maiores motivadores, por tudo que me ensinam, vocês são fantásticos!
Agradeço também a minha irmã Amanda Valdrez, pela compreensão de
sempre, por todo apoio emocional que me proporciona e por sempre acreditar que
tudo vai dar certo.
A minha avó Wanda Reis, que é a minha inspiração e também uma das
maiores fornecedoras de amor, proteção e cuidado. Muito obrigado por tudo, a
senhora faz a diferença na minha vida, te amo!
Aos meus amigos Caio Ibrahim, Natália Oliveira e Dandara Carneiro por
sempre acreditarem em mim e por compartilharem dos principais momentos da
minha vida, sejam eles bons ou ruins. Obrigado por tudo!
Agradeço a minha dupla Fernanda Lemos que em muitos momentos ao longo
da graduação e desse projeto, foi um dos meus alicerces. Você é merecedora de
todo o sucesso, tenho certeza que alcançará todos os desejos que almeja.
Ao Professor Alexandre Prado, por ter disponibilizado de seu precioso tempo
para ministrar as orientações deste projeto. Muito obrigado Mestre, levarei para
sempre os ensinamentos durante a minha trajetória.
RESUMO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 17
Contexto e Relevância da Pesquisa ................................................................. 17
Objetivos ............................................................................................................. 19
Delimitações da Pesquisa ................................................................................. 20
Motivação da Pesquisa ...................................................................................... 20
Estrutura do Trabalho ........................................................................................ 21
1. REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................... 22
1.1 Gestão de Estoques ..................................................................................... 22
1.1.1 Gerenciamento do estoque de MRO ........................................................ 23
1.1.2 Processos de Interface do Estoque de MRO com outras áreas ............ 25
1.2 Indicadores de Performance aplicados ao processo ................................ 27
1.2.1 Custo dos Estoques .................................................................................. 28
1.2.2 Acurácia de Estoques ............................................................................... 30
1.2.3 Nível de Serviço do Estoque .................................................................... 31
1.3 Classificação de Materiais ........................................................................... 31
1.3.1 Curva ABC ................................................................................................. 31
1.3.2 Curva XYZ .................................................................................................. 33
1.3.3 Combinação da Classificação XYZ e ABC .............................................. 34
1.4 Dimensionamento de estoques .................................................................. 35
1.4.1 Método de ressuprimento através do modelo Mínimo – Máximo ......... 35
1.5 Processos de Manutenção .......................................................................... 38
1.5.1 Manutenção Corretiva ............................................................................... 38
1.5.2 Manutenção Preventiva ............................................................................ 39
1.5.3 Manutenção Preditiva ............................................................................... 39
1.6 Orçamento Base Zero .................................................................................. 40
1.7 Ferramentas da Melhoria de Processos ..................................................... 41
1.7.1 SIPOC (Supplier, Input, Process, Output, Customer)............................. 41
1.7.2 Árvore de Realidade Atual (ARA) ............................................................. 42
1.7.3 Árvore da realidade Futura (ARF) ............................................................ 43
1.7.4 Metodologia 5S ......................................................................................... 44
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS......................................................... 45
2.1 A condução do Design Science Research ................................................. 45
2.1.1 Fase 1 - Conscientização .......................................................................... 46
2.1.2 Fase 2 - Sugestão ...................................................................................... 49
2.1.3 Fase 3 - Desenvolvimento ........................................................................ 49
2.1.4 Fase 4 - Avaliação ..................................................................................... 49
2.1.5 Fases 5 – Conclusão ................................................................................. 50
3. DESCRITIVO ................................................................................................... 51
3.1 Estrutura Organizacional ............................................................................. 51
3.2 Descrição das Atividades ............................................................................ 52
3.3 Perfil dos colaboradores ............................................................................. 56
3.4 Os problemas ............................................................................................... 57
3.4.1 Inventário e acuracidade .......................................................................... 60
3.4.2 Indisponibilidade de Materiais ................................................................. 62
3.4.3 Excesso de Materiais em estoque ........................................................... 64
3.5 Árvore de Realidade Atual ........................................................................... 66
4. ANÁLISE E PROPOSIÇÃO ............................................................................. 74
4.1 Injeções Propostas ...................................................................................... 74
4.1.1 Injeção 1: Procedimento de Venda de Materiais Obsoletos .................. 76
4.1.2 Injeção 2: Evolução do processo de Plano Orçamentário ..................... 79
4.1.3 Injeção 3: Critérios para Parametrização Inicial ..................................... 82
4.1.4 Injeção 4: Listar todos os Materiais Utilizados na Manutenção Preventiva
............................................................................................................................. 84
4.1.5 Injeção 5: Alteração do modelo de Manutenção Corretiva para
Manutenção Preditiva ........................................................................................ 87
4.1.6 Injeção 6: Elaboração de uma Classificação XYZ, baseada na criticidade
............................................................................................................................. 88
4.1.7 Injeção 7: Alteração da periodicidade de revisão dos parâmetros de
estoque................................................................................................................ 91
4.1.8 Injeção 8: Revisão da Regra de periodicidade para criação de
requisições de compra ...................................................................................... 92
4.1.9 Injeção 9: Reestruturação do processo de avaliação de fornecedores e
melhoria nas atividades de Follow-Up ............................................................. 96
4.1.10 Injeção 10 – Treinamento para colaboradores do 3º turno realizarem a
reserva de materiais ........................................................................................... 99
4.1.11 Injeção 11 – Treinamento com os Almoxarifes sobre os procedimentos
da área e importância das atividades para o negócio .................................. 101
4.1.12 Injeção 12: Estabelecer programa de 5S aplicado às atividades dos
Almoxarifes ....................................................................................................... 103
4.1.13 Injeção 13: Aquisição de um coletor de dados para facilitar o processo
de contagem ..................................................................................................... 104
4.2 Árvore de Realidade Futura (ARF) ............................................................ 107
5. CONCLUSÃO ................................................................................................ 113
5.1 Síntese......................................................................................................... 113
5.2 Análise Crítica ............................................................................................ 114
5.3. Sugestão para Trabalhos Futuros ........................................................... 115
ANEXO 1 – Treinamento de criação de reservas para o 3º Turno................ 117
ANEXO 2 - Treinamento com os Almoxarifes – Injeção 11 ........................... 120
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 125
17
INTRODUÇÃO
Objetivos
Delimitações da Pesquisa
Como este trabalho tem como objeto de estudo uma empresa da indústria de
bebidas, as oportunidades de melhorias mapeadas durante a análise do
gerenciamento de estoques de MRO não poderão ser implementadas, devido a
questões de normas corporativas da organização. Da mesma forma, os pontos
positivos não poderão ser aprimorados, a tempo de conclusão do projeto.
A empresa estudada possui itens de MRO das mais variadas categorias
distintas, como exemplo, manutenção de frota, manutenção predial, dentre outras.
Entretanto, a análise ficará restrita aos itens de Manutenção Industrial, qualquer outra
peculiaridade encontrada em outra categoria não será elucidada nesta obra.
Outra limitação do trabalho é a restrição do estudo de MRO em apenas uma
indústria, o que dificulta a generalização das conclusões para o segmento como um
todo. Seria interessante a propagação do projeto para outras organizações do mesmo
ramo.
Apesar das limitações apresentadas, é evidente a relevância do tema do
projeto, tanto para aprofundamento dos conceitos acadêmicos no que diz respeito ao
gerenciamento de estoques de MRO, quanto para a observância da aplicação desses
conceitos e métodos em um ambiente vivo e dinâmico de uma organização.
Motivação da Pesquisa
Estrutura do Trabalho
1. REVISÃO DA LITERATURA
Fonte: O autor
Através da análise desses dois custos Santos, Marcos Rogério da Silva (2015),
infere que a elevação dos estoques gera risco de obsolescência, aumento do custo
de armazenagem e aumento do custo do estoque. Porém, a sua falta pode provocar
paradas não desejadas de equipamentos e elevação do custo, devido à ruptura do
estoque e lucros cessantes.
O ponto direcionador de todo o processo de gestão dos estoques, é a
ponderação entre os dois custos explicitados acima. Arozo (2006) propõe através de
uma comparação desses dois elementos, a determinação do nível de estoque que
resultará em um menor custo total, sendo este a soma do custo de manutenção e do
custo referente ao lucro cessante oriundo da falta de material. Através da análise
gráfica, constata-se essa interação:
30
Conforme expõe Guerrini, Belhot, Júnior (2013), a curva ABC surgiu na Itália a
partir de um estudo realizado por Vilfredo Pareto, que tinha objetivo analisar a
distribuição de renda da Itália. E através desse estudo, foi concluído que 80% da
32
são itens de média criticidade, pois podem ser substituídos por outros materiais com
relativa facilidade, apesar de serem importantes para o processo. No estágio de
classificação X, estão agrupados os itens em que a falta não acarretará grandes
prejuízos para a organização.
𝐸𝑀𝐴𝑋 = 𝐸𝑀𝐼𝑁 + 𝐿𝐶
Por definição, Dias (2010) diz que o estoque mínimo é a quantidade limítrofe
inferior que deve existir em estoque para cobrir eventuais atrasos dos fornecedores e
que visa a garantia da não interrupção de todo o processo, quando abordamos
especificamente o estoque de itens de MRO.
Machado (2013) equaciona os elementos de Consumo Médio Mensal (CMM)
interagindo com um valor multiplicativo arbitrário que estipula o fator de segurança (K)
desejado pela organização. Abaixo, podemos visualizar a fórmula do estoque mínimo:
A manutenção preditiva, ao ser aplicada, exige que suas tarefas devam fazer
parte do planejamento da manutenção preventiva. Afinal de contas, a manutenção
preditiva é uma maneira de inspecionar os equipamentos.
A ARA é uma ferramenta que pode ser conceituada como uma representação
da relação de causa e efeito que busca identificar quais efeitos indesejáveis (EIs)
ocorrem. Tem como objetivo a localização da causa destes efeitos indesejáveis, ou
seja, as causas raízes ou problemas-raízes. (NETO; ANSELMO e BORNIA;
ANTONIO, 2011).
Segundo Souza et al. (1997), a proposta da ARA é a de diagnosticar um
preblema dentro de um contexto de um processo, extraindo desta análise as
verdadeiras causas (problemas-raízes) responsáveis pela maioria dos sintomas
observados (efeitos indesejáveis ou EIs).
A ARA descreve o sistema como ele é no momento. O processo de construção
da ARA se inicia com a observação de Efeitos Indesejáveis (EIs) e uma conexão lógica
do tipo : “Se, Então” destes EIs, conforme esquematização do método de leitura
abaixo:
1. Fazer uma lista dos principais efeitos indesejáveis que descrevam a área a ser
analisada.
2. Tentar conectar os efeitos, respeitando a relação de efeito-causa-efeito.
43
1.7.4 Metodologia 5S
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
● MRO;
● Gestão de Estoque;
● Peças de Reposição.
47
A etapa posterior da seleção das palavras chaves é a definição das bases que
serão consultadas. As fontes de buscas serão dois tipos: bases de dados de pesquisa
e anais de congressos.
Para a base de dados de pesquisa serão utilizados os Periódicos Capes, o
Scielo e a base BDTD devido a quantidade e variedade de conteúdos que se pode
encontrar nos mesmos. Para anais de congressos serão utilizados os artigos
encontrados como produto dos últimos cinco anos do Encontro Nacional de
Engenharia de Produção (ENEGEP) por terem enfoques voltados a especialidade de
Engenharia de Produção.
3. DESCRITIVO
Dir. Comercial/ RIbeirão Preto Dir. Jurídica Dir. Recursos Humanos Dir. Operações Dir. Financeira
Industrial & Qualidade RJ - RP / Logística RJ - ES
Presidente
Supervisor de Manutenção (Mecânica) Supervisor de Manutenção (Elétrica) Suprimentos Diretos Suprimentos Indiretos
de início e término e suas atividades. É possível também ter uma visualização clara
das entradas e saídas do processo objeto de estudo.
Para a realização da matriz, realizaram-se entrevistas com os colaboradores
da área de Armazenamento com a finalidade de compreender as entradas, saídas,
clientes e fornecedores do processo como um todo através do viés dos trabalhadores.
Na figura abaixo, é possível verificar que os colaboradores envolvidos no
processo dão uma ênfase maior à atividade de armazenagem e não à administração
de itens de MRO.
Figura 19: Fluxograma funcional das atividades que compõem a gestão de MRO
3.4 Os problemas
Acuracidade e inventário
Insatisfatório Satisfatório
Indisponibilidade de Materiais
Note que para o modelo, foi adotado que o ponto de ressuprimento é igual ao
estoque mínimo.
Para o cálculo de estoque máximo, a empresa adotou as premissas da forma
de cálculo acima. Os autores do presente trabalho não identificaram nas referências
bibliográficas, artigos e/ou literaturas que apresentassem cálculos similares.
64
Capital Imobilizado,
impedindo a aplicação
de orçamento em
possíveis investimentos
Aumento do número de
itens em estoque
3
Compra de materiais
que não são necessários
4
5
Área técnica não possui
Superdimensionamento
orçamento para
da necessidade de
requisitar os materiais
compra.
de Almoxarifado
6
Indisponibilidade do
item para realização de
manutenção
Tempo de resuprimento
interno acrescido do Atraso na entrega dos
1 tempo do cronograma materiais
de compras
5
10
3
Alta quantidade de itens
4 sobressalentes -
Parâmetros mín. 1 máx.
1
No sistema consta X
unidades e fisicamente
consta y
9
Desorganização dos
estoques
sugestão de alterações nos parâmetros de todos os itens de MRO, essa análise tem
como insumo principal o histórico de consumo do ano anterior.
CR 7 - A reposição não é automática, aguarda-se o cronograma para gerar as
requisições. Conforme explicitado no item 3.2, os materiais seguem a lógica de
estoque mínimo e de estoque máximo, porém as requisições de compra não são
criadas durante os intervalos do Cronograma de Compras, apenas nas datas
estipuladas internamente. O que significa que um material, por exemplo, pode atingir
o nível abaixo do ponto de ressuprimento no dia 06, e a requisição para o mesmo será
criada apenas no dia 15.
CR 8 - Fornecedores que não cumprem os prazos de entrega. Como também
mencionado no capítulo introdutório, a maioria dos fornecedores para itens de MRO
não estão presentes em território nacional, o que qualquer evento não planejado,
acaba impactando no acordo do prazo de entrega dos materiais. Essa causa é de
natureza externa à organização.
CR 9 - Falhas no pagamento e disponibilização dos itens. Os Almoxarifes têm
como uma de suas principais responsabilidades laborativas disponibilizar os itens para
a Manutenção Industrial, mediante reserva de necessidade. São identificados diversos
pagamentos efetuados de maneira errada, como por exemplo, entregar uma
quantidade diferente da quantidade solicitada ou entregar um material diferente do
requisitado.
CR 10 - Baixa contábil não acontece no momento da retirada do material. O
almoxarife além de entregar fisicamente os materiais é responsável por realizar a
baixa contábil no sistema, mediante a entrega de reserva da área técnica.
Ocasionalmente ocorrem falhas nesse procedimento, o que por sua vez acarreta na
entrega de um item sem a devida regularização sistêmica.
CR 11 - Criação de reservas realizada apenas por colaborador administrativo,
durante o período de 08h as 18h. Durante o 3º turno, cuja jornada de trabalho é de
20h as 06h, toda solicitação de material é realizada sem a criação de reserva, ficando
como responsabilidade e confiança de que as reservas serão criadas no horário
administrativo subsequente. É utilizado um bloco de anotações para as solicitações
nesse horário.
CR 12 - Processo manual de contagem dos itens sujeito a falhas (humano). No
departamento de Suprimentos Indiretos, o método de contagem não dispõe de
nenhuma tecnologia de coleta de dados. O almoxarife conta as peças e escreve a
73
4. ANÁLISE E PROPOSIÇÃO
Algumas das injeções propostas são aplicáveis a mais de uma causa raiz,
assim como algumas causas raízes possuem a proposição de mais de uma injeção.
Esse método é aplicado ao nosso estudo, pois atuando nas causas raízes, todo o
efeito de melhoria é cascateado para cima da Árvore de Realidade Futura,
possibilitando dessa forma que as ações ou atividades idealizadas, mesmo que de
pequena proporção, terão efeitos nos problemas macros, atingindo ao topo da árvore.
Reforçam-se as limitações do presente trabalho já apresentadas no capítulo 1.
É importante mencionar o fato de a empresa objeto de estudo ser de grande porte e
com uma estrutura organizacional que demanda tempo para realização de processos
de mudanças. De forma que até a finalização do projeto as injeções propostas não
terão tempo hábil para implementação. No entanto, as proposições serão explicitadas
e apresentadas como oportunidades para o processo de melhoria contínua.
Abaixo, segue um arranjo das 15 causas raízes do nosso caso, assim como a
correlação entre as propostas de injeção para eliminação e ou mitigação do efeito
indesejável de primeira camada:
75
1. Itens obsoletos tecnicamente por conta da Mudança 1. Desenvolver um processo cíclico de venda de itens
de equipamentos obsoletos para indústrias similares.
11. Criação de reservas realizada apenas por Colaborador 10. Treinar Colaboradores do 3º turno para criação de reserva.
administrativo, durante o período de 08h às 18h
12. Processo manual de contagem dos itens sujeito a 11. Treinamento com os Almoxarifes sobre os procedimentos
falhas (humano) da área. Assim como sobre a importância das atividades para o
negócio
Identificação da
Listar todos os Geração de
necessidade de Prospecção de
materiais que Fluxo de Caixa e
substituição de Compradores Execução da
foram Redução de
um (Industrias venda
obsoletados Capital
equipamento Similiares)
tecnicamente Imobilizado
e/ou tecnologia
Possibilidade de aproveitamento de
2. Substituição das esteiras, utilizando as que estão armazenadas no estoque. R$ 12.000 estoque, reduzindo dessa forma o capital
imobilizado
Material Texto breve material Qtd. Necessária Criticidade do Material Saldo em Estoque Ação Qtd. A ser comprada
151854306 REFLETOR COMPAC HEUFT HBE211198SIM 1 Baixo 3 Utilizar do Estoque
151849431 CORRENTE TRANSMISSAO SIDEL 203444/207 2 Médio 30 Utilizar do Estoque
151851209 LAMPADA;UNIDADE UV PAVAX;OPF000400 10 Médio 13 Comprar 14
151862530 CORREIA;SIDEL/00000216032 2 Alto 10 Utilizar do Estoque
151869302 SELO MEC MITECO 1000004909 2 Baixo 3 Utilizar do Estoque
151850811 INTERFACE HOM MAQ LCD/TFT 10,4" 3 Baixo 2 Comprar 2
151850772 CELULA;P/MEDIC;DO ANAL ANTON PAAR;18930 4 Baixo 2 Comprar 3
151850382 SUPORTE KHS B2803305767014 20 Baixo 50 Utilizar do Estoque
151896283 CONVERSOR INTERF ETHERNET/TTY 5 Médio 1 Comprar 5
151864105 ATUADOR PNEUM MITECO 1000003581 1 Médio 4 Utilizar do Estoque 1
Figura 33: Comparação de Manutenção Corretiva Não Planejada e Manutenção Corretiva Planejada
Falha no
Equipamento Realização do reparo
- Equipamento reparado;
Outpu - Levantamento dos itens a
serem utilizados;
- Conhecimento das
condições técnicas dos
Levantamento dos itens de equipamentos.
Planejamento MRO e recursos nessários
Detecção do para a manutenção Realização do
da Manutenção reparo
problema
Fonte: Os autores
Para facilitar o preenchimento da planilha, foi criado também uma legenda para
definição dos três níveis de criticidade, as mesmas são explicitadas abaixo:
Essa injeção pretende trazer uma maior confiabilidade da definição dos níveis
de estoque máximo e mínimo no que tange o atendimento das reais necessidades de
consumo dos itens de MRO. Os níveis de estoque podem ser revisados
continuamente ou periodicamente dependendo da tecnologia presente e dos custos
de revisão, dentre outros fatores. CHAVES, GISELE (2014).
A injeção 7 se propõe a agir sob os efeitos indesejáveis de compra
desnecessária e também de comprar pouco os materiais que realmente são
necessários, uma vez que tem ação direta na causa raiz da revisão dos parâmetros
de estoque mínimo e máximo com a periodicidade anual.
A injeção possui objetivo central de propor uma periodicidade ótima para a
revisão dos níveis de estoque mínimo e máximo, considerando as variações ocorridas
durante o período de tempo proposto e sem desprezar que o consumo dos itens de
MRO é irregular. Deve-se ponderar também que o tempo de execução da atividade
do analista de Suprimentos responsável é de 01 (uma) semana.
Com as definições de nível de estoque mínimo e estoque máximo realizadas
anualmente, a organização não possui uma visão dinâmica das reais necessidades
de consumo, uma vez que o consumo médio é alterado de acordo com o período de
análise adotado. Entende-se que uma série de eventos ocorra durante o período de
01 (um) ano e que os níveis para atendimento das necessidades devam ser revisados
em um período que contemple tais variações.
Conforme presente no capítulo 3, os cálculos para os níveis de estoque mínimo
e máximo são expressos a partir das seguintes fórmulas:
92
Figura 37: Representação da Cadeia de Suprimentos dos itens de MRO com a inclusão das
assistentes de Follow-Up
Fluxo de Informações
Assistentes de Follow-Up
Fluxo de Materiais
3ª Etapa:
Orientação de
Follow-Up com
2ª Etapa: base na
Considerar criticidade de
leadtime e itens
aplicar demérito (Classificação
na fase de XYZ)
1ª Etapa: Dar negociação
peso maior ao
leadtime na
Avaliação de
Fornecedor
1ª Etapa
Há um colaborador na área de Compras dedicado à atividade de avaliação de
fornecedor. A primeira etapa a ser apresentada será nesta atividade. A avaliação
possui os critérios de atendimento de solicitação, tempo de resposta do fornecedor,
atendimento de lead time e atendimento ao escopo contratado.
A proposição é a alteração da métrica de avaliação de fornecedor, com o
aumento do peso do critério de atendimento de lead time. Essa informação deverá ter
impacto direto nas etapas de negociação e equalização de propostas.
2ª Etapa
A área de Compras é a área responsável por obter todo o material necessário
para que a organização mantenha os processos produtivos funcionando. Dentre as
atribuições deste departamento estão a realização das solicitações de cotação e
ordens de compra, as negociações com os fornecedores, o recebimento e a
comparação de propostas.
98
3ª Etapa
A terceira etapa proposta será na atividade de Follow-Up. Hoje a área de
Compras é estruturada com 03 (três) colaboradores dedicados a esta atividade, que
tem o direcionamento de demanda com base nas datas de remessa mais antigas.
Estas datas são informadas pelo comprador na execução do pedido de compras no
sistema.
A atividade consiste em entrar em contato com o fornecedor, através de ligação
telefônica ou e-mail, para gerenciar os problemas relacionados às datas de entrega
não cumpridas. Estes colaboradores retornam as informações para os compradores.
Estas informações podem ser respostas dos fornecedores e/ou solicitações como
alterações nos pedidos.
A terceira etapa prevê a orientação dos contatos com base na classificação
XYZ, apresentada na injeção 6, de forma a evitar a falta de materiais críticos na
organização.
O resultado das três etapas que englobam a injeção seria um conjunto de
informações que ajudam a monitorar os fornecedores no que tange a prazo de
entrega. Aumentando assim a relevância do atendimento de lead time na etapa de
negociação, refletindo na prestação de serviço pelos fornecedores. Com a diminuição
do tempo de lead time e com o atendimento do fornecedor das necessidades da
Organização, acredita-se que a injeção terá resultado direto no efeito indesejável de
atraso de entrega de materiais, proporcionando assim a disponibilidade do item para
a realização da manutenção.
99
Fonte: Os autores
Treinamento com os
colaboradroes do 3º Turno
Bloco em papel para preenchimento da necessidade Criação de reserva sistêmica de forma imediata
Redução nos problemas de inventário e Aumento da produtividade,
Criação da reserva sistêmica somente nos turnos subsequentes
visto que elimina a necessidade de criação de reserva em papel
Senso de Utilização:
Senso de Ordenação:
Senso de Limpeza:
Senso de Padronização:
Senso de Disciplina:
Compra de materiais que não são necessários Compras de acordo com a necessidade
Área técnica não possui orçamento para requisitar os Área técnica com orçamento disponível para
materiais de Almoxarifado requisitar materiais
Itens obsoletos tecnicamente por conta da Mudança de Redução na quantidade de itens obsoletos
equipamentos tecnicamente em estoque
Interação ineficiente entre a área de Manutenção e o Interação eficiente entre a Manutenção e o
Financeiro Financeiro
Parametrização inicial dos níveis de estoque conforme Parametrização inicial dos níveis de estoque
sugestão da área de Manutenção para itens novos baseado em premissas padronizadas
Todos os itens em estoque são tratados com igual Classificação XYZ, com critério de criticidade de
prioridade material
Disponibilidade do item para realização de
Indisponibilidade do item para realização de manutenção
manutenção
Revisão dos parâmetros de estoque mínimo e máximo Revisão dos parâmetros de estoque mínimo e
apenas a cada ano máximo a cada 6 (seis) meses
Tempo de ressuprimento interno acrescido do tempo do
Redução do Tempo de ressuprimento interno
cronograma de compras
Diminuição das ocorrências de atraso na entrega dos
Atraso na entrega dos materiais
materiais
Alta quantidade de itens sobressalentes - Parâmetros mín.
Redução da quantidade de itens sobressalentes
1 máx. 1
A reposição não é automática, aguarda-se o cronograma
Reposição automática para itens críticos
para gerar as requisições.
Aumento das ocorrências de fornecedores que
Fornecedores que não cumprem os prazos de entrega
cumprem os prazos de entrega
Entrega de itens sem baixa contábil no sistema Entrega de itens com baixa contábil no sistema
109
Alto turnover de funcionários que ocupam o cargo de Baixo turnover de funcionários que ocupam o cargo
almoxarife de almoxarife
Endereçamentos errados, não sendo possível localizar as Endereçamentos corretos, sendo possível localizar
peças as peças
110
Dimunição da
quantidade de materiais
obsoletos
Redução de Capital
Imobilizado
Quantidade de itens de
estoque alinhadas com
as necessidades reais
5
Área técnica com
orçamendo disponível
para requisitar materias
INJEÇÃO 1 INJEÇÃO 3
INJEÇÃO 2 INJEÇÃO 6
INJEÇÃO 4 INJEÇÃO 5
111
Disponibilidade do item
para realização de
manutenção
1
Diminuição das
Redução do Tempo de
ocorrências de atraso na
resuprimento interno
entrega dos materiais
9
2
Redução da quantidade
4 de itens sobressalentes
INJEÇÃO 8 INJEÇÃO 9
INJEÇÃO 7
No sistema consta X
unidades e fisicamente
consta X
8
Organização dos
estoques
INJEÇÃO 10
INJEÇÃO 11 INJEÇÃO 11 INJEÇÃO 13
INJEÇÃO 11
INJEÇÃO 12
INJEÇÃO 12
5. CONCLUSÃO
5.1 Síntese
REFERÊNCIAS
ANTUNES Jr. J. A. V., KLIPPEL, Marcelo, KOETZ, André Luiz, LACERDA, Daniel
Pacheco. Critical Issues about the Theory of Constraints Thinking Process -
A Theoretical and Practical Approach. 15 th POMS – Production and Operation
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