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Município de Águeda
Instalações e Equipamentos Mecânicos de AVAC
Estudo Prévio
Caderno de encargos
Revisão 00
quarta-feira, 27 de março de 2024
Índice
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1. Memória Descritiva e Justificativa
1.1. Introdução
Refere-se o presente documento à fase de estudo prévio das Instalações e Equipamentos Mecânicos de Aquecimento,
Ventilação e Ar Condicionado, a serem implementados no Museu Macinhata do Vouga, cujo projeto foi requerido pelo
Município de Águeda.
Esta Memória Descritiva e Justificativa tem como objetivo apresentar as soluções que se propõem implementar para
garantir:
• A renovação do ar interior;
• A extração de ar das instalações sanitárias, copas e arrumos;
• O controlo dos diversos sistemas mecânicos
Teve-se a preocupação de minimizar o impacto energético e ambiental, incidindo-se nos sistemas e equipamentos
técnicos, quer ao nível das instalações mecânicas quer nas instalações elétricas, implementando soluções de alta
eficiência no tipo de equipamentos a instalar, de forma a garantir o menor consumo e a menor fatura energética possível.
As necessidades de transporte de energia aos consumidores são função de diversas variáveis significativas, como
exemplo da temperatura exterior. Assim o equipamento que será instalado terá de conferir à instalação o potencial de
substituição parcial da energia primária pela energia disponível no ar ambiente e que tipicamente é degradada para a
atmosfera.
Este projeto terá em consideração as orientações das normas e recomendações da legislação Portuguesa aplicável,
nomeadamente:
Legislação:
• Decreto-lei 101-D/2021 – Sistema de Certificação Energética dos Edifícios (SCE)
Tomado como referência o regulamento que estabelece os requisitos aplicáveis a edifícios para a melhoria do seu
desempenho (Decreto-Lei n.º 101-D/2020), e a publicação do INMG e LNEC, “Temperaturas Exteriores de Projeto e
Números de Graus-dias”, são os seguintes elementos de caracterização climática em Águeda – Estação Climatérica Baixo
Vouga
• Temperatura exterior de projeto no verão (bolbo seco): 34,0 ºC
• Temperatura exterior de projeto no verão (bolbo húmido): 21,7 ºC
• Temperatura exterior de projeto no inverno: -1,4 ºC
o Probabilidade acumulada de ocorrência de 99%
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o Probabilidade acumulada de ocorrência de 1%
A zona climática obtida é V2-I2.
Imagem 1 – Caracterização climática em Águeda
Para o cálculo das necessidades energéticas, em período de aquecimento e arrefecimento, tomam-se como base valores
convencionais de temperatura e humidade do ar interior capazes de satisfazer as exigências de conforto térmico ambiente
requeridas.
Apresentam-se seguidamente as condições do ambiente interior consideradas.
• Espaços Climatizados 25ºC Verão / 20ºC Inverno
• Humidade Relativa 50 %
No entanto não está prevista climatização do edifício neste projeto das instalações e equipamentos mecânicos de AVAC.
1.2.4. Renovação de Ar
Refere-se a renovação de ar aos sistemas de tratamento e qualidade do ar ambiente interior dos espaços comuns do
edifício. Tendo em conta que o ar se vai deteriorando em função da atividade de cada local, é necessário renovar o ar
interior com ar novo do exterior.
Em edifícios de comércio e serviços, nos termos do previsto na portaria prevista no n.º 12 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º
101-D/2020, de 7 de dezembro, os espaços dos edifícios de comércio e serviços devem apresentar um caudal de ar novo
igual ou superior ao caudal de ar novo mínimo, determinado em função dos critérios de ocupação e do edifício.
Nas situações em que se verifique a existência de ventilação mista, o caudal de ar novo deve ser determinado com base
no contributo das duas formas de ventilação (mecânica e natural), tendo em conta as horas de funcionamento de cada
uma.
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Nos termos do previsto na portaria prevista no n.º 12 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020, de 7 de dezembro, e
quando aplicável, as instalações sanitárias em edifícios de comércio e serviços encontram-se sujeitas ao cumprimento de
requisitos no que respeita aos caudais de extração. Neste sentido, devem apresentar um caudal de extração igual ou
superior ao caudal de extração mínimo, não devendo ser considerada a eficácia de remoção de poluentes.
As instalações sanitárias devem ser mantidas em depressão face a todos os espaços adjacentes. Esta depressão será
provocada pela exaustão de ar das mesmas, devendo este caudal de ar verificar o seguinte:
A dimensão das condutas será calculada pelo método de perda de carga constante, admitindo-se a perda de carga
máxima de 0,5 Pa/m para insuflações e 0,85 Pa/m para extrações de ar.
A tubagem será dimensionada de modo a não ser ultrapassada simultaneamente a velocidade de 2,5 m/s e a perda de
carga de 250 Pa/m. para o dimensionamento da tubagem de diâmetro igual ou inferior a DN 150 prevalece a perda de
carga sobre a velocidade, isto é, antes de ser atingido o limite de 2,5 m/s para a velocidade, é atingido o valor máximo da
perda de carga (250 Pa/m). para diâmetros superiores a DN 150 prevalece a velocidade sobre a perda de carga (a
velocidade máxima é atingida antes da perda de carga máxima).
Todos os equipamentos e sistemas propostos cumprirão com o Decreto-lei 09/2007 que aprova o Regulamento Geral do
Ruído e revoga o regime legal da poluição sonora, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 292/2000.
Assim, estão previstas as seguintes medidas:
• Todos os equipamentos de produção de energia térmica estão colocados em zona técnica, que deverá ser
acusticamente tratada em coordenação com a Arquitetura e a Acústica;
• as redes de distribuição aeráulicas e hidráulicas/frigorígenas serão dotadas de suportes que garantam a não
transmissão de vibrações ao edifício e terão em consideração os elementos que promovam a turbulência do
fluído de distribuição tais como transições suaves, raios de curvatura alargados e juntas antivibráticas nas
passagens de juntas de dilatação do edifício, caso existam;
• aplicação de isolamentos térmicos e acústicos em todas as redes terminais;
• aplicação de maciços de assentamento ou apoios acústicos e antivibráticos nos equipamentos;
• variação de velocidade em todos os motores e ventiladores, estando os mesmos selecionados para a velocidade
média, de forma a reduzir o ruído de funcionamento ao mínimo.
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Para reduzir o risco de ocorrência de danos nos elementos das instalações mecânicas, serão consideradas algumas
medidas especiais:
• Colocação dos elementos suscetíveis de risco em locais menos perigosos;
• Limitação dos movimentos que poderão apresentar certos equipamentos (depósitos de gás, geradores de
emergência, etc.) e/ou fixação a elementos resistentes;
• Adoção de ligações flexíveis entre componentes, em especial nas zonas atravessamento de juntas de dilatação;
• Isolamento sísmico por dispositivos antivibráticos de equipamentos específicos.
• Instalação de maciços de inércia e apoios antivibráticos nos equipamentos de maior dimensão e peso.
Para além dos cabos, o restante das instalações terá que possuir um grau mínimo de resistência ao fogo e à emissão de
fumos tóxicos e livre de halogéneos.
Todos os cabos instalados no exterior devem ainda de possuir sistema de proteção e resistir aos raios UV.
1.3.1. Renovação de Ar
A renovação de ar dos espaços será efetuada de forma natural através de grelhas autorreguláveis a nível alto dispostas
nos vão envidraçados, na localização imposta nas peças desenhadas.
De acordo com o Capítulo 9 do Manual SCE, Decreto-Lei 101-D/2020, foi utilizada a ferramenta de cálculo disponibilizada
pelo LNEC, na versão v01, 2021-07-01 (“Pinto, A – Aplicação para determinar caudal de ar novo pelo método analítico,
Lisboa, LNEC, 2021”) por forma a se obter o caudal mínimo de ar novo a aplicar a cada espaço com ocupação
permanente.
Para garantir a renovação de ar, estão preconizadas grelhas autorreguláveis calculadas para o caudal de ar novo mínimo.
Para o cálculo das aberturas, foi utilizada a folha de cálculo disponibilizada pelo LNEC na versão v1.0 (“Pinto, A – Aplicação
LNEC para Ventilação no âmbito SCE. Lisboa, LNEC, 2021. V1.0, 2021-07-01.”). Segundo as características dos espaços
e para a área do vão disponível, de forma a garantir o caudal de ar mínimo foi calculado o comprimento de grelha
autorregulável.
Está-se perante um grande edifício de serviços com tipologia Museus e Galerias ou equivalente. Esta tipologia refere-se
a uma definição térmica, de acordo com o Decreto-lei 101-D/2020. Foram considerados os seguintes perfis de
funcionamento do edifício:
Dados Densidades
Ocupação 40 m²/ocupante
Iluminação -
Equipamento 2 W/m²
A ventilação nos edifícios deve realizar -se, preferencialmente, de forma natural Cumpre
e quando necessário complementada com soluções de ventilação mecânica,
com vista a assegurar uma adequada renovação do ar.
No caso de edifícios ventilados de forma natural, deve ser assegurado que os Cumpre
sistemas de ventilação são dotados de meios destinados a limitar a renovação
excessiva de ar, designadamente, devido à ação do vento intenso, bem como
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A verificar Validação Observações
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A verificar Validação Observações
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A verificar Validação Observações
Para a área do museu estão preconizados ventiladores de exaustão de cobertura, com a localização imposta nas peças
desenhadas.
Estes equipamentos contam com um sistema de controlo e uma sonda de CO2, por forma a determinar o seu acionamento
mediante a concentração de dióxido de carbono presente no espaço.
Em alternativa pode ser programado um horário e curva de funcionamento correspondente ao horário de abertura e fecho
do museu sendo o controlo através da sonda de CO2 ativado apenas quando o valor da concentração programada é
excedida.
O sensor de CO2 pode ser instalado junto ao ventilador de extração, ou na parede ao nível de 1,5 metros de altura.
As instalações sanitárias serão dotadas com sistemas de exaustão mecânico, composto por uma boca de extração
aplicada no teto falso, com ligação a um ventilador de caixa ou inline centralizado. Estes espaços são colocados em
depressão, face aos espaços adjacentes, evitando que ocorra uma propagação de odores e de ar viciado aos espaços
adjacentes.
As instalações elétricas e de controlo serão executadas de acordo com a legislação em vigor. Os quadros elétricos de
comando e controlo alimentam e controlam os equipamentos respetivos.
Os quadros serão equipados com botoneiras de três posições (Manual/0/Automático) para operar individualmente cada
equipamento.
O controlo dos equipamentos de climatização será efetuado no local através de controlo individual, havendo também a
possibilidade de integração no sistema central.
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1.5. Considerações dos aspetos de conceção e durabilidade
Foram também considerados materiais robustos e que tenham grande resistência à corrosão.
Todos os equipamentos instalados no interior do teto-falso dispõem de acesso adequado para manutenção, seja por
alçapão seja por teto-falso amovível.
1.6. Manutenção
A definição dos sistemas deve ter em consideração as necessidades de manutenção de todos as redes e equipamentos
mecânicos.
É necessário assegurar que é possível garantir as tarefas de manutenção a todos os equipamentos, nomeadamente:
• Acesso aos equipamentos principais. É necessário um espaço técnico livre para a realização das tarefas de
manutenção em redor destes equipamentos, sendo que a dimensão desse espaço deve estar compatibilizada
com as indicações dos fabricantes, porquanto há componentes que exigem espaço para serem removidos e
substituídos por outros;
• Acesso às redes de distribuição – as redes de condutas necessitam de acesso, porquanto, estão equipadas com
portas de visita (de 7 em 7 m) para limpeza e desinfeção do seu interior;
De referir que a localização dos equipamentos mecânicos foi pensada de forma a possibilitar a realização das tarefas de
manutenção enquanto o edifício está em funcionamento, pois há zonas que não podem ficar com os serviços
comprometidos devido a uma simples rotina de manutenção.
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Município de Águeda
Museu ferroviário Macinhada do Vouga
Dados do local
Concelho Águeda
Distrito Aveiro
NUTS III Baixo Vouga
Estação meteorológica 24
Altitude de ref. 50
Altitude 23
Distância à costa [km] 24,8
Região A
Pressão do ar [kPa] 101,049
Condições Interiores
Estação Verão Inverno
Temperatura interior [ºC] 25,0 20,0
Humidade relativa interior [%] 50,0 50,0
Conteúdo humidade (w) [g/Kg ar seco] 9,9 7,3
Condições Exteriores
Estação Verão Inverno
Probabilidade de Ocorrência [%] 99,0 1,0
Temperatura bolbo seco [ºC] 34,0 -1,4
Temperatura bolbo húmido coincidente [ºC] 21,7 -1,4
Humidade relativa exterior [%] 31,9 100,0
Conteúdo humidade (w) [g/Kg ar seco] 11,3 3,4
Temperatura espaços não tratados [ºC] 31,8 4,0
Variações
Estação Verão Inverno
Temperatura [ºC] 9,0 21,4
Conteúdo de humidade [g/Kg ar seco] 1,3 3,9
Amplitude térmica [ºC] 13,5
3.1 Ar novo
FALSO
QEIE VE.01 Ventilador extração 7 0,12 230 0,52 XZ1(zh,frt) U3 G2,5 -- XZ1(zh,frt) U3G2,5
--
Aplicação desenvolvida por:
Aplicação LNEC Armando Pinto.
apinto@lnec.pt
Ventilação REH e RECS
Ferramenta de cálculo citada no
n.º3, do ponto 12.1, do despacho n.º 15793-K/2013.
Pinto, A. - Aplicação LNEC para Ventilação no âmbito do REH e RECS. Lisboa, LNEC, 2018. v2.0b, 2018-04-20
1. Enquadramento do edifício
Tipo de edifício PES_novo_ou_grande_re
Área útil (m2): 998,0
abilitação
Local (município) Águeda Pd (m): 5,30
Região A N.º de pisos da fração 1
Rugosidade II Velocidade vento Defeito REH
Altitude do local (m) 35 Vento (u10REH: 3,6) (m/s) 0,00
Número de fachadas expostas ao exterior (Nfach) 2 ou mais Vol (m3): 5289
Existem edifícios/obstáculos à frente das fachadas? Não Texterior (ºC) 9,6
Altura do edifício (Hedif) em m 3 Zref (m) 50
Altura da fração (HFA) em m 3 Aenv/Au: 45%
Altura do obstáculo situado em frente (Hobs) em m 18 Proteção do edifício: Desprotegido
Distância ao obstáculo situado em frente (Dobs) em m 15 Zona da fachada: Inferior
Caudal mínimo PES (m3/h) 3142 Rph minimo PES (h-1) 0,59
2. Permeabilidade ao ar da envolvente
Foi medido valor n50 Não
Valor n50 medido (h-1) 1
Para cada Vão (janela/porta) ou grupo de vãos:
Área dos vãos (m2) 448
Classe de permeabilidade ao ar caix (janelas/portas) 3
Permeabilidade ao ar das caixas de estore Não tem
4. Condutas de ventilação natural, condutas com exaustores/ventax que não obturam o escoamento de ar pela conduta
Condutas de ventilação natural sem obstruções significativas
(por exemplo,consideram-se obstruções significativas exaustores
com filtros que anulam escoamento de ar natural para a conduta) Não Não Não Não
Escoamento de ar Exaustão Admissão Exaustão Exaustão
Perda de carga Alta Alta Média Média
Altura da conduta (m) 3 0 3 3
Cobertura Em terraço, inclinada (<10º) Em terraço, inclinada (<10º) Em terraço, inclinada (<10º) Em terraço, inclinada (<10º)
Número de condutas semelhantes 1 3 1 1
8. Resultados
8.1 - Balanço de Energia - Edifício PES ok
Rph,i (h-1) - Aquecimento 0,66 Situação de ventilação mecânica/Hib. ligada
bve,i (1-recuperação de calor) 100% Caudal de ar novo de insuflação: 0 (m3/h)
Rph,v (h-1) - Arrefecimento 0,66 Caudal de infiltrações: 3491 (m3/h)
bve,v (1-recuperação de calor) 0% Situação de ventilação mecânica/Hib. desligada
Wvm (kWh) 9198,0 Caudal de infiltrações: 1113 (m3/h)
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