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Museu Macinhata do Vouga

Município de Águeda
Instalações e Equipamentos Mecânicos de AVAC
Estudo Prévio

Caderno de encargos
Revisão 00
quarta-feira, 27 de março de 2024
Índice

1. Memória Descritiva e Justificativa ....................................................................................................................... 5

1.1. Introdução ........................................................................................................................................................ 5

1.2. Condições de Referência................................................................................................................................ 5

1.2.1. Orientações Técnicas e Legislativas .......................................................................................................... 5

1.2.2. Condições Climatéricas Exteriores ............................................................................................................ 5

1.2.3. Condições do Ambiente Interior ................................................................................................................. 6

1.2.4. Renovação de Ar ........................................................................................................................................ 6

1.2.5. Exaustão de Ar Viciado .............................................................................................................................. 6

1.2.6. Cálculo de Condutas e Tubagem ............................................................................................................... 7

1.2.7. Níveis de Ruído.......................................................................................................................................... 7

1.2.8. Disposições de Instalação dos Equipamentos ........................................................................................... 7

1.3. Soluções Propostas ........................................................................................................................................ 8

1.3.1. Renovação de Ar ........................................................................................................................................ 8

1.3.2. Exaustão de Ar Viciado .............................................................................................................................11

1.4. Instalações Elétricas e de Controlo ............................................................................................................. 11

1.4.1. Instalações Elétricas Associadas ..............................................................................................................11

1.5. Considerações dos aspetos de conceção e durabilidade ......................................................................... 12

1.6. Manutenção ................................................................................................................................................... 12

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1. Memória Descritiva e Justificativa

1.1. Introdução

Refere-se o presente documento à fase de estudo prévio das Instalações e Equipamentos Mecânicos de Aquecimento,
Ventilação e Ar Condicionado, a serem implementados no Museu Macinhata do Vouga, cujo projeto foi requerido pelo
Município de Águeda.
Esta Memória Descritiva e Justificativa tem como objetivo apresentar as soluções que se propõem implementar para
garantir:
• A renovação do ar interior;
• A extração de ar das instalações sanitárias, copas e arrumos;
• O controlo dos diversos sistemas mecânicos
Teve-se a preocupação de minimizar o impacto energético e ambiental, incidindo-se nos sistemas e equipamentos
técnicos, quer ao nível das instalações mecânicas quer nas instalações elétricas, implementando soluções de alta
eficiência no tipo de equipamentos a instalar, de forma a garantir o menor consumo e a menor fatura energética possível.
As necessidades de transporte de energia aos consumidores são função de diversas variáveis significativas, como
exemplo da temperatura exterior. Assim o equipamento que será instalado terá de conferir à instalação o potencial de
substituição parcial da energia primária pela energia disponível no ar ambiente e que tipicamente é degradada para a
atmosfera.

1.2. Condições de Referência

1.2.1. Orientações Técnicas e Legislativas

Este projeto terá em consideração as orientações das normas e recomendações da legislação Portuguesa aplicável,
nomeadamente:
Legislação:
• Decreto-lei 101-D/2021 – Sistema de Certificação Energética dos Edifícios (SCE)

• Portaria 138-I/2021 – Requisitos da Envolvente e dos Sistemas Técnicos

• Despachos 6475-A a E/2021 – Despachos de apoio ao SCE

• Despacho 6476-H/2021 – Manual do SCE

• Portaria nº 1532/2008 – Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio (SCIE)

• Portaria nº 135/2020 – Alteração ao Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio (SCIE9)

• Requisitos da norma de Ecodesign de 2018

1.2.2. Condições Climatéricas Exteriores

Tomado como referência o regulamento que estabelece os requisitos aplicáveis a edifícios para a melhoria do seu
desempenho (Decreto-Lei n.º 101-D/2020), e a publicação do INMG e LNEC, “Temperaturas Exteriores de Projeto e
Números de Graus-dias”, são os seguintes elementos de caracterização climática em Águeda – Estação Climatérica Baixo
Vouga
• Temperatura exterior de projeto no verão (bolbo seco): 34,0 ºC
• Temperatura exterior de projeto no verão (bolbo húmido): 21,7 ºC
• Temperatura exterior de projeto no inverno: -1,4 ºC
o Probabilidade acumulada de ocorrência de 99%

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o Probabilidade acumulada de ocorrência de 1%
A zona climática obtida é V2-I2.
Imagem 1 – Caracterização climática em Águeda

1.2.3. Condições do Ambiente Interior

Para o cálculo das necessidades energéticas, em período de aquecimento e arrefecimento, tomam-se como base valores
convencionais de temperatura e humidade do ar interior capazes de satisfazer as exigências de conforto térmico ambiente
requeridas.
Apresentam-se seguidamente as condições do ambiente interior consideradas.
• Espaços Climatizados 25ºC Verão / 20ºC Inverno
• Humidade Relativa 50 %
No entanto não está prevista climatização do edifício neste projeto das instalações e equipamentos mecânicos de AVAC.

1.2.4. Renovação de Ar

Refere-se a renovação de ar aos sistemas de tratamento e qualidade do ar ambiente interior dos espaços comuns do
edifício. Tendo em conta que o ar se vai deteriorando em função da atividade de cada local, é necessário renovar o ar
interior com ar novo do exterior.
Em edifícios de comércio e serviços, nos termos do previsto na portaria prevista no n.º 12 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º
101-D/2020, de 7 de dezembro, os espaços dos edifícios de comércio e serviços devem apresentar um caudal de ar novo
igual ou superior ao caudal de ar novo mínimo, determinado em função dos critérios de ocupação e do edifício.
Nas situações em que se verifique a existência de ventilação mista, o caudal de ar novo deve ser determinado com base
no contributo das duas formas de ventilação (mecânica e natural), tendo em conta as horas de funcionamento de cada
uma.

1.2.5. Exaustão de Ar Viciado

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Nos termos do previsto na portaria prevista no n.º 12 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020, de 7 de dezembro, e
quando aplicável, as instalações sanitárias em edifícios de comércio e serviços encontram-se sujeitas ao cumprimento de
requisitos no que respeita aos caudais de extração. Neste sentido, devem apresentar um caudal de extração igual ou
superior ao caudal de extração mínimo, não devendo ser considerada a eficácia de remoção de poluentes.
As instalações sanitárias devem ser mantidas em depressão face a todos os espaços adjacentes. Esta depressão será
provocada pela exaustão de ar das mesmas, devendo este caudal de ar verificar o seguinte:

Quadro 1 – Caudais de extração instalações sanitárias


Sistema de extração Caudal de extração (m3/h)
Tipo de espaço
Instalação sanitária privada Com funcionamento contínuo Máx (45; 10 × 𝐴𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜)
Sem funcionamento contínuo Máx (90; 10 × 𝐴𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜)
Instalação sanitária pública Funcionamento normal Máx (90 × (número de urinóis +
número de sanitas + número de
duches); 10 × Área do espaço)
Funcionamento intensivo Máx (125 × (número de urinóis +
número de sanitas + número de
duches); 10 × Área do espaço)

1.2.6. Cálculo de Condutas e Tubagem

A dimensão das condutas será calculada pelo método de perda de carga constante, admitindo-se a perda de carga
máxima de 0,5 Pa/m para insuflações e 0,85 Pa/m para extrações de ar.
A tubagem será dimensionada de modo a não ser ultrapassada simultaneamente a velocidade de 2,5 m/s e a perda de
carga de 250 Pa/m. para o dimensionamento da tubagem de diâmetro igual ou inferior a DN 150 prevalece a perda de
carga sobre a velocidade, isto é, antes de ser atingido o limite de 2,5 m/s para a velocidade, é atingido o valor máximo da
perda de carga (250 Pa/m). para diâmetros superiores a DN 150 prevalece a velocidade sobre a perda de carga (a
velocidade máxima é atingida antes da perda de carga máxima).

1.2.7. Níveis de Ruído

Todos os equipamentos e sistemas propostos cumprirão com o Decreto-lei 09/2007 que aprova o Regulamento Geral do
Ruído e revoga o regime legal da poluição sonora, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 292/2000.
Assim, estão previstas as seguintes medidas:
• Todos os equipamentos de produção de energia térmica estão colocados em zona técnica, que deverá ser
acusticamente tratada em coordenação com a Arquitetura e a Acústica;
• as redes de distribuição aeráulicas e hidráulicas/frigorígenas serão dotadas de suportes que garantam a não
transmissão de vibrações ao edifício e terão em consideração os elementos que promovam a turbulência do
fluído de distribuição tais como transições suaves, raios de curvatura alargados e juntas antivibráticas nas
passagens de juntas de dilatação do edifício, caso existam;
• aplicação de isolamentos térmicos e acústicos em todas as redes terminais;
• aplicação de maciços de assentamento ou apoios acústicos e antivibráticos nos equipamentos;
• variação de velocidade em todos os motores e ventiladores, estando os mesmos selecionados para a velocidade
média, de forma a reduzir o ruído de funcionamento ao mínimo.

1.2.8. Disposições de Instalação dos Equipamentos

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Para reduzir o risco de ocorrência de danos nos elementos das instalações mecânicas, serão consideradas algumas
medidas especiais:
• Colocação dos elementos suscetíveis de risco em locais menos perigosos;
• Limitação dos movimentos que poderão apresentar certos equipamentos (depósitos de gás, geradores de
emergência, etc.) e/ou fixação a elementos resistentes;
• Adoção de ligações flexíveis entre componentes, em especial nas zonas atravessamento de juntas de dilatação;
• Isolamento sísmico por dispositivos antivibráticos de equipamentos específicos.
• Instalação de maciços de inércia e apoios antivibráticos nos equipamentos de maior dimensão e peso.
Para além dos cabos, o restante das instalações terá que possuir um grau mínimo de resistência ao fogo e à emissão de
fumos tóxicos e livre de halogéneos.
Todos os cabos instalados no exterior devem ainda de possuir sistema de proteção e resistir aos raios UV.

1.3. Soluções Propostas

1.3.1. Renovação de Ar

A renovação de ar dos espaços será efetuada de forma natural através de grelhas autorreguláveis a nível alto dispostas
nos vão envidraçados, na localização imposta nas peças desenhadas.
De acordo com o Capítulo 9 do Manual SCE, Decreto-Lei 101-D/2020, foi utilizada a ferramenta de cálculo disponibilizada
pelo LNEC, na versão v01, 2021-07-01 (“Pinto, A – Aplicação para determinar caudal de ar novo pelo método analítico,
Lisboa, LNEC, 2021”) por forma a se obter o caudal mínimo de ar novo a aplicar a cada espaço com ocupação
permanente.
Para garantir a renovação de ar, estão preconizadas grelhas autorreguláveis calculadas para o caudal de ar novo mínimo.
Para o cálculo das aberturas, foi utilizada a folha de cálculo disponibilizada pelo LNEC na versão v1.0 (“Pinto, A – Aplicação
LNEC para Ventilação no âmbito SCE. Lisboa, LNEC, 2021. V1.0, 2021-07-01.”). Segundo as características dos espaços
e para a área do vão disponível, de forma a garantir o caudal de ar mínimo foi calculado o comprimento de grelha
autorregulável.
Está-se perante um grande edifício de serviços com tipologia Museus e Galerias ou equivalente. Esta tipologia refere-se
a uma definição térmica, de acordo com o Decreto-lei 101-D/2020. Foram considerados os seguintes perfis de
funcionamento do edifício:

Quadro 2 – Variáveis segundo o perfil de ocupação

Dados Densidades
Ocupação 40 m²/ocupante
Iluminação -
Equipamento 2 W/m²

Quadro 3 - Verificação regulamentar dos sistemas de ventilação

A verificar Validação Observações

A ventilação nos edifícios deve realizar -se, preferencialmente, de forma natural Cumpre
e quando necessário complementada com soluções de ventilação mecânica,
com vista a assegurar uma adequada renovação do ar.
No caso de edifícios ventilados de forma natural, deve ser assegurado que os Cumpre
sistemas de ventilação são dotados de meios destinados a limitar a renovação
excessiva de ar, designadamente, devido à ação do vento intenso, bem como

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A verificar Validação Observações

de uma distribuição adequada das aberturas nos espaços para promover a


renovação do ar interior e evitar zonas de estagnação.
As soluções de ventilação devem ter em conta o cumprimento das disposições Cumpre
relativas aos requisitos acústicos em edifícios previstas na legislação aplicável
em vigor.
No caso dos edifícios de habitação, a ventilação deve ser geral a todo o edifício, n/a
devendo a admissão de ar ser realizada pelos espaços principais e a extração
por espaços de serviço.
Nos casos em que a ventilação se faça de forma conjunta com a climatização n/a
deve ser dado cumprimento aos requisitos aplicáveis aos sistemas fixos de
climatização previstos nos pontos 2.1 a 2.6 do presente anexo.
Os elementos que compõem os sistemas de ventilação devem estar Cumpre Considerar nas fases
devidamente caracterizados no que respeita às características técnicas, as seguintes
quais devem ser evidenciadas através de documentação e/ou fichas técnicas,
bem como de etiqueta energética emitida no âmbito de sistema de etiquetagem
aplicável nos termos de regulamentação europeia ou nacional em vigor.
Os elementos que compõem os sistemas de ventilação devem cumprir os Cumpre Considerar nas fases
requisitos relativos à conceção ecológica de produtos decorrente de seguintes
regulamentação europeia, dispondo, sempre que aplicável, de marcação CE e
declaração de conformidade que declare que o produto cumpre todas as
disposições aplicáveis.
O dimensionamento dos sistemas de ventilação deve ter em conta a Cumpre
determinação dos caudais de ar exigidos, com vista à promoção da qualidade
do ar interior dos espaços e à minimização dos consumos de energia
associados.
Nos casos em que a rede de condutas dos sistemas de ventilação disponha de n/a
isolamento, este deve ser instalado preferencialmente pelo exterior, no entanto,
se for instalado pelo interior, por razões acústicas ou outras, o isolamento não
deve prejudicar a qualidade do ar em circulação.
Os sistemas de ventilação devem dispor de acessos fáceis para a inspeção e Cumpre
manutenção de filtros, baterias/permutadores de calor, tabuleiros de
condensados, torres de arrefecimento, unidade de tratamento de ar (UTA) e/ou
unidade de tratamento de ar novo (UTAN), ventiladores e rede de condutas de
acordo com a Norma NP EN 12097.
Nos casos em que a velocidade frontal do ar, na passagem pelas baterias de n/a
arrefecimento nas UTA ou UTAN, seja igual ou superior a 2,5 m/s, deve ser
instalado um separador de gotas e salvaguardado o acesso para manutenção,
inspeção e limpeza.
Nas UTA ou UTAN, devem ser instalados tabuleiros que assegurem a recolha n/a
e evacuação rápida dos condensados, caso sejam previsíveis condensações

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A verificar Validação Observações

nas baterias de arrefecimento ou quaisquer permutadores, com as seguintes


características:
Não permitam a acumulação de água;
Equipados com sifões que evitem a passagem de odores;
Ligados, preferencialmente, à rede de drenagem de águas pluviais do edifício.
Nas UTA ou UTAN, devem ser instalados módulos de filtragem que tenham sido n/a
ensaiados de acordo com as Normas ISSO 16890-1 ou EN 1822 -1, rotulados
individualmente, de classe adequada, tendo em conta a qualidade do ar exterior
e o tipo de utilização dos espaços, conforme previsto na Norma EN 16798 -3 e
na Recomendação EUROVENT 4/23 relativas à classificação de sistemas de
filtragem, devendo ser garantida a existência de um andar de filtragem
composto por, pelo menos, um filtro nas seguintes condições:
A montante de qualquer bateria ou recuperador de calor;
A jusante de ventiladores com motores e transmissão por correias em contacto
com o ar circulante;
A jusante de atenuadores acústicos, exceto nos casos onde se verifique a
existência de um certificado que ateste a não desagregação do elemento
acústico emitido por laboratório acreditado
Nas UTA ou UTAN, devem ser instalados pressostatos diferenciais, ou n/a
sensores de pressão diferencial, para monitorização do grau de colmatação
dos filtros.
Deve ser prevista uma adequada proteção das aberturas das partes do sistema n/a
de ventilação, designadamente, extremidades das condutas e aberturas de
UTA e UTAN, e demais elementos, durante o transporte, armazenamento e
instalação
Nos sistemas de ventilação mecânica devem ser garantidas adequadas n/a
condições de captação de ar novo, assegurando as distâncias mínimas
relativamente aos locais de emissões poluentes que constam na Tabela 9 do
Anexo II da Portaria n.º 138-I/2021, ou outras estabelecidas em normalização
internacional, designadamente nas EN 16798 -3 e CEN/TR 16798 -4.
Nas situações em que exista recirculação de ar ou em que a ventilação do n/a
espaço se processe com recurso a ar transferido, este não deve ser
proveniente de instalações sanitárias, cozinhas, arrecadações, parques de
estacionamento, espaços com fumadores e outros espaços com fontes de
contaminação identificadas.
As instalações sanitárias devem ser mantidas em depressão relativamente a Cumpre
todos os espaços adjacentes, através de redes de condutas de exaustão
independentes.
Nos espaços indicados na Tabela 13 do Anexo II da Portaria n.º 138-I/2021, o Cumpre
cumprimento do caudal de extração deve ser assegurado através da colocação
de aberturas de ar localizadas acima da fonte poluente, sendo que, nos casos

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A verificar Validação Observações

em que várias fontes poluentes se localizem num único volume não


compartimentado, a extração de ar do espaço pode ser pontual, numa única
abertura
Nos edifícios de comércio e serviços que disponham de sistema de ventilação Cumpre
natural, recomenda-se a instalação de um sistema de controlo de abertura dos
dispositivos de admissão e extração de ar através de um sistema de
monitorização permanente de CO2 de forma assegurar uma eficaz ventilação
dos espaços
É obrigatória a instalação de um sistema de caudal de ar novo variável que Cumpre
permita o ajuste dos caudais em função da utilização e ocupação dos espaços,
cujo controlo é feito com base num sistema de monitorização permanente de
CO2 e/ou detetores de presença sempre que se verifiquem cumulativamente
as seguintes condições:
O edifício dispõe de sistemas de climatização com potência nominal global (PC)
superior a 100 kW;
Existência de espaços com ocupação permanente e dotados de ventilação
mecânica, em que a ocupação média destes, durante o período de
funcionamento, é inferior a 50 % da ocupação máxima.

1.3.2. Exaustão de Ar Viciado

Para a área do museu estão preconizados ventiladores de exaustão de cobertura, com a localização imposta nas peças
desenhadas.
Estes equipamentos contam com um sistema de controlo e uma sonda de CO2, por forma a determinar o seu acionamento
mediante a concentração de dióxido de carbono presente no espaço.
Em alternativa pode ser programado um horário e curva de funcionamento correspondente ao horário de abertura e fecho
do museu sendo o controlo através da sonda de CO2 ativado apenas quando o valor da concentração programada é
excedida.
O sensor de CO2 pode ser instalado junto ao ventilador de extração, ou na parede ao nível de 1,5 metros de altura.
As instalações sanitárias serão dotadas com sistemas de exaustão mecânico, composto por uma boca de extração
aplicada no teto falso, com ligação a um ventilador de caixa ou inline centralizado. Estes espaços são colocados em
depressão, face aos espaços adjacentes, evitando que ocorra uma propagação de odores e de ar viciado aos espaços
adjacentes.

1.4. Instalações Elétricas e de Controlo

1.4.1. Instalações Elétricas Associadas

As instalações elétricas e de controlo serão executadas de acordo com a legislação em vigor. Os quadros elétricos de
comando e controlo alimentam e controlam os equipamentos respetivos.
Os quadros serão equipados com botoneiras de três posições (Manual/0/Automático) para operar individualmente cada
equipamento.
O controlo dos equipamentos de climatização será efetuado no local através de controlo individual, havendo também a
possibilidade de integração no sistema central.

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1.5. Considerações dos aspetos de conceção e durabilidade

No dimensionamento do projeto foram contemplados princípios e exigências de durabilidade, de acordo com


características dos equipamentos e do tipo de funcionamento previsto para cada sistema.
Deverá ser considerado um conjunto de regras e procedimentos que devem ser tidos em conta na montagem, fixação e
acesso a todos os equipamentos e redes que assegurem a disponibilidade de informação técnica local sobre os mesmos,
bem como um fácil acesso por forma a viabilizar a eficácia e rapidez das intervenções de manutenção quer sejam
preventivas quer corretivas e, por maioria de razão, de emergência.
Nesta conformidade, deverá ser dada especial atenção aos seguintes aspetos:

• Adequado suporte e fixação de equipamentos;


• Adequada fixação de caminhos de cabos e compatibilização de traçados em planta e altimetria, garantindo
índices de ocupação moderados por forma a viabilizar alterações supervenientes com fácil acesso e sem
necessidade de substituição;
• Identificação rigorosa de acessórios, de acordo com a regulamentação em vigor e as “regras da arte”;
• Disponibilização, nas centrais técnicas, dos diagramas das instalações que permitam uma intervenção local
mais competente;
• Ensaios frequentes dos equipamentos e sistemas.

Foram também considerados materiais robustos e que tenham grande resistência à corrosão.
Todos os equipamentos instalados no interior do teto-falso dispõem de acesso adequado para manutenção, seja por
alçapão seja por teto-falso amovível.

1.6. Manutenção

A definição dos sistemas deve ter em consideração as necessidades de manutenção de todos as redes e equipamentos
mecânicos.
É necessário assegurar que é possível garantir as tarefas de manutenção a todos os equipamentos, nomeadamente:
• Acesso aos equipamentos principais. É necessário um espaço técnico livre para a realização das tarefas de
manutenção em redor destes equipamentos, sendo que a dimensão desse espaço deve estar compatibilizada
com as indicações dos fabricantes, porquanto há componentes que exigem espaço para serem removidos e
substituídos por outros;

• Acesso às redes de distribuição – as redes de condutas necessitam de acesso, porquanto, estão equipadas com
portas de visita (de 7 em 7 m) para limpeza e desinfeção do seu interior;

• Equipamentos mecânicos – é necessário providenciar acesso a todos os equipamentos mecânicos que se


desenvolvem no interior do teto falso. Estas redes desenvolvem-se no interior do teto falso e distribuem-se ao
longo dos corredores de circulação, pelo que deverá ser prevista na Arquitetura alçapões no teto falso, ou teto
falso totalmente amovível.

De referir que a localização dos equipamentos mecânicos foi pensada de forma a possibilitar a realização das tarefas de
manutenção enquanto o edifício está em funcionamento, pois há zonas que não podem ficar com os serviços
comprometidos devido a uma simples rotina de manutenção.

Porto, 27 de março de 2024


Francisco Marques (Eng. Mecânico – OE 80102)

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Município de Águeda
Museu ferroviário Macinhada do Vouga

1. Caracterização das Condições de Projecto

1.1 Condições de Projeto

Dados do local
Concelho Águeda
Distrito Aveiro
NUTS III Baixo Vouga
Estação meteorológica 24
Altitude de ref. 50
Altitude 23
Distância à costa [km] 24,8
Região A
Pressão do ar [kPa] 101,049

Condições Interiores
Estação Verão Inverno
Temperatura interior [ºC] 25,0 20,0
Humidade relativa interior [%] 50,0 50,0
Conteúdo humidade (w) [g/Kg ar seco] 9,9 7,3

Condições Exteriores
Estação Verão Inverno
Probabilidade de Ocorrência [%] 99,0 1,0
Temperatura bolbo seco [ºC] 34,0 -1,4
Temperatura bolbo húmido coincidente [ºC] 21,7 -1,4
Humidade relativa exterior [%] 31,9 100,0
Conteúdo humidade (w) [g/Kg ar seco] 11,3 3,4
Temperatura espaços não tratados [ºC] 31,8 4,0

Variações
Estação Verão Inverno
Temperatura [ºC] 9,0 21,4
Conteúdo de humidade [g/Kg ar seco] 1,3 3,9
Amplitude térmica [ºC] 13,5

3. Folha de cálculo resumo

3.1 Ar novo

Concentração exterior de CO2 (ppm) 390

Dados de entrada Balanço Dados de saída


Método analítico
Método de
Tipo de espaço
Designação do Pd Tipo de atividade Limiar de proteção Ventilação Caudal de ar/ev, Caudal de ar QAN
Área pav (m2) n.º Ocup. Faixa Etária Perfil Ocupa. (Carga poluente Interpolação
espaço (m) (metabólica) CO2 (Eficácia de remoção QANf (m3/h) (m3/h)
edifício)
de poluentes)
Sem atividades que
até 18 anos e 1625 ppm (2925 envolvam a emissão 0 - Ventilação
Museu 1047,50 5,30 27,00 Sedentária Museus e Galerias -1646,4497 3143 3143
adultos mg/m3) de poluentes Natural
específicos

FALSO

3.2 Quadros elétricos

Equipamento Potência Elétrica Alimentação Tipo de cabo


QEIM Quantidade Unitária M/T Intensidade Secção cabo Intensid. arranque Localização eq.
Designação Tipo Proteção Fase Cabo
kW V A mm² A

QEIE VE.01 Ventilador extração 7 0,12 230 0,52 XZ1(zh,frt) U3 G2,5 -- XZ1(zh,frt) U3G2,5

QEIE CT Controlador VE 7 0,05 230 0,22 XZ1(zh,frt) U3 G2,5 -- XZ1(zh,frt) U3G2,5

--
Aplicação desenvolvida por:
Aplicação LNEC Armando Pinto.
apinto@lnec.pt
Ventilação REH e RECS
Ferramenta de cálculo citada no
n.º3, do ponto 12.1, do despacho n.º 15793-K/2013.
Pinto, A. - Aplicação LNEC para Ventilação no âmbito do REH e RECS. Lisboa, LNEC, 2018. v2.0b, 2018-04-20
1. Enquadramento do edifício
Tipo de edifício PES_novo_ou_grande_re
Área útil (m2): 998,0
abilitação
Local (município) Águeda Pd (m): 5,30
Região A N.º de pisos da fração 1
Rugosidade II Velocidade vento Defeito REH
Altitude do local (m) 35 Vento (u10REH: 3,6) (m/s) 0,00
Número de fachadas expostas ao exterior (Nfach) 2 ou mais Vol (m3): 5289
Existem edifícios/obstáculos à frente das fachadas? Não Texterior (ºC) 9,6
Altura do edifício (Hedif) em m 3 Zref (m) 50
Altura da fração (HFA) em m 3 Aenv/Au: 45%
Altura do obstáculo situado em frente (Hobs) em m 18 Proteção do edifício: Desprotegido
Distância ao obstáculo situado em frente (Dobs) em m 15 Zona da fachada: Inferior
Caudal mínimo PES (m3/h) 3142 Rph minimo PES (h-1) 0,59

2. Permeabilidade ao ar da envolvente
Foi medido valor n50 Não
Valor n50 medido (h-1) 1
Para cada Vão (janela/porta) ou grupo de vãos:
Área dos vãos (m2) 448
Classe de permeabilidade ao ar caix (janelas/portas) 3
Permeabilidade ao ar das caixas de estore Não tem

3 . Aberturas de admissão de ar na envolvente


Tem aberturas de admissão de ar na envolvente Sim
Tipo de abertura Fixa ou regulável Auto-regulável a 2 Pa Auto-regulável a 10 Pa Auto-regulável a 20 Pa
manualmente
Área livre das aberturas fixas (cm2) /
0 0 0 3500
Caudal Nominal aberturas auto-reguláveis (m3/h)

4. Condutas de ventilação natural, condutas com exaustores/ventax que não obturam o escoamento de ar pela conduta
Condutas de ventilação natural sem obstruções significativas
(por exemplo,consideram-se obstruções significativas exaustores
com filtros que anulam escoamento de ar natural para a conduta) Não Não Não Não
Escoamento de ar Exaustão Admissão Exaustão Exaustão
Perda de carga Alta Alta Média Média
Altura da conduta (m) 3 0 3 3
Cobertura Em terraço, inclinada (<10º) Em terraço, inclinada (<10º) Em terraço, inclinada (<10º) Em terraço, inclinada (<10º)
Número de condutas semelhantes 1 3 1 1

5. Exaustão ou insuflação por meios mecânicos de funcionamento prolongado


Existem meios mecânicos (excluindo exaustores ou ventax) Sim
Escoamento de ar Exaustão
Caudal nominal (m3/h) 3500
Conhece Pressão total do ventilador e rendimento Não Não Não Não
Pressão total (Pa) 100 100 250 250
Rendimento total do ventilador(%) 30 30 50 50
Tem sistema de recuperação de calor Sim Não Não Não
Rendimento da recuperação de calor (%) 0 0 70 70

6 . Exaustão ou insuflação por meios híbridos de baixa pressão (< 20 Pa)


Existem meios híbridos Não
Escoamento de ar Exaustão Exaustão Exaustão Exaustão
Caudal nominal (m3/h) 90 0 0 0
Conhece Pressão total do ventilador e rendimento Sim Não Não Não
Pressão total (Pa) 150 15 15 15
Rendimento total do ventilador(%) 30 70 70 70

7. Verão - Recuperador de calor


Existe by-pass ao recuperador de calor no verão Sim

8. Resultados
8.1 - Balanço de Energia - Edifício PES ok
Rph,i (h-1) - Aquecimento 0,66 Situação de ventilação mecânica/Hib. ligada
bve,i (1-recuperação de calor) 100% Caudal de ar novo de insuflação: 0 (m3/h)
Rph,v (h-1) - Arrefecimento 0,66 Caudal de infiltrações: 3491 (m3/h)
bve,v (1-recuperação de calor) 0% Situação de ventilação mecânica/Hib. desligada
Wvm (kWh) 9198,0 Caudal de infiltrações: 1113 (m3/h)

8.2 - Balanço de Energia - Edifício de Referência


Rph,i REF (h-1) 0,59

8.3 - Caudal mínimo de ventilação


Caudal de ar do sistema 0,66 3491 (m3/h)
Requisito minimo de ventilação Edif. Novos 0,59 3142 (m3/h)
Critério de caudal minimo de ar novo Satisfatório Satisfatório Técnico:
Nota: No Cálculo de Rph min em edifícios novos e grandes reabilitações não é considerado o efeito de janelas sem
classificação, da classe 1 e 2 e a existência de caixas de estore.
Data: 25/03/2024

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