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Capitulo 1 – Parque de Diversões

Carlos sentiam o suor frio escorrer por sua testa a cada andar que o elevador avançava, sentia
que viria a ter um colapso. Quando o elevador abriu, saiu apressado, olhou para os lados, não
avistando suas malas. Apertou o elevador novamente, e esse finalmente abriu. Sentiu o alivio
tomar seu corpo, e suspirou, mas o momento de alivio durou pouco, pois assim que se abriu
completamente, deparou-se com uma cena nem um pouco, digamos alegre, quer dizer, não
para ele

- AHH – Soltou um grito fino e colocou as mãos sobre a cabeça, arregalando os olhos. Duas
crianças, brincavam com suas roupas. Uma carregava uma cueca rosa na cabeça, que logo
reconheceu como sua e a outra um sutiã amarrado em sua cintura. Os dois jogavam as roupas
para o alto, fazendo uma verdadeira festa. A que estava com sua cueca na cabeça, pegou suas
pantufas em forma de unicórnio dentro da sua mala – Ah não, minhas pantufas não – Segurou
com firmeza uma delas da mão do garoto, que puxava de volta – me devolve
seu ...seu ...seu ...BOBOCA – xingou o menino que apenas ria, enquanto puxava as pantufas. O
moreno puxou ele para fora do elevador, e como um pião, começarão a rodar. Não se sabia se
era o garoto que era muito forte e não soltava o negócio, ou se o moreno que era muito fraco
e não conseguia puxa-lo – SOLTAAAA – Gritou irritado, e puxou com brutalidade as pantufas,
fazendo o pobre garoto ser jogado com força para o final do corredor. Coitado, sentiu a
liberdade de voar por poucos segundos antes de perder o BV com o chão

-EU VOU CONTAR A MINHA MÃE – ele gritou, saindo correndo logo em seguida. O moreno
engoliu em seco. É querido, ele vai chamar a mãe, prevejo uma chinela voando como o garoto
voou

-Ei – uma voz fina o chamou e ele virou-se encarando novamente o ventilador – bye bye – a
outra criança, que estava com o sutiã na cabeça, sorriu diabolicamente e apertou o botão para
fechar as portas. Carlos correu em disparada até ele mais foi tarde, o elevador já estava
descendo. Olhou o painel e viu que estava indo até a recepção, correu até o outro (acho que o
coitado já perdeu uns 9 quilos de tanto que já correu) abriu e apertou o andar

-Que aquele sutiã seja de qualquer uma, menos de Duda – fechou as mãos, pedindo aos céus
que seu pedido desesperado seja atendido - Oh meu Deus, ela vai arrancar meu pinto fora e
decapitar a pobre, ou quase, criança - faltava apenas dois andares e já sentia que iria desmaiar
– Pelo tamanho pode ser de Stefane, então seja dela, pelo menos a criança escapa – O andar
finalmente chegou, mas antes, ele fez um sinal da cruz e respirou fundo e saiu do elevador

-O QUE ESSA CRIA DO DEMONIO ESTÁ FAZENDO COM MEU SUTIÃ? – O grito da ruiva ecoou
pela sala, assustando até o porteiro. Ah se arrependimento matasse, ele nunca teria tirado a
carteira de motorista – CARLOS – engoliu em seco e começou a correr atrás da criança e a
ruiva atrás dele. Isso é o que eu chamo de corrida mortal, eu ele pegava a criança e salvava seu
pinto ou ela pegava ele e ele ficava sem

-EU SOU O HOMEM FORMIGA – O menino gritava enquanto corria entre os moveis

-E EU VOU SER O HOMEM MORTO – O moreno berrou correndo atrás do pequeno garotinho

-E O HOMEM SEM PINTO- a ruiva terminou a frase do mais novo, correndo junto aos dois á
frente. O garoto pulou no sofá e o moreno viu a chance perfeita, pegou impulso e correu até o
sofá, saltando para pular em cima dele e consequentemente pegar o menino. Mas sua conta
saiu um pouco errado, acabou pulando por cima do sofá, caindo de cara com o chão. O destino
pode ser cruel, uma você arremessa crianças, outra hora se arremessa

- Se ferrou – O garoto cantarolava enquanto dançava segurando o sutiã em sua cabeça. Carlos
continuava estirado no chão, tentando inutilmente erguer forças para se levantar

-Te ache, agora você não me escapa – Duda sorriu diabolicamente assim que o achou,
estalando os dedos enquanto observa a cara de espanto dele
-TE PEGUEI – Antes que Duda tivesse alguma reação ou tentativa de homicídio, Clara correu
pegando o garoto pela cintura e consequentemente salvando o amigo, que suspirou aliviado.
O menino começou a gritar, fazendo com que a morena tampasse sua boca com a mão

-Graças a Deus – Carlos vibrou, levantando do chão e deixando lágrimas de emoção


escorrerem – minha heroína

- O que tá acontecendo aqui? – Raissa Chegou junto a recepcionista, com o semblante tedioso,
colocando as mãos na cintura. Duda bufou, sentando no sofá com o olhar irritado

-Nem pergunte – A ruiva respondeu, cruzando os braços e lançando um olhar mortal para
clara, que ignorou

- Céus, escutei a gritaria do lado de fora – Stefane chegou logo após, sendo seguida por
Matheus, que ao se deparar com a situação, começou a rir que nem uma hiena. Com esse tipo
de amigos, quem precisa de inimigo? – Isso é um sutiã na cabeça dele? – Apontou para o
menino que se contorcia no braço de Clara

-Não Stefane, uma calcinha – Respondeu ignorante, fazendo a amiga revirar os olhos e
levantar o dedo do meio. Andou até a criança, a pegando no braço – ei, o que está fazendo? –
Perguntou, vendo a morena se distanciar, assim como todos

- Levar ele até a mãe dele – Respondeu, apertando o botão do elevador e o esperando abrir –
depois quero saber o que diabos aconteceu aqui...- Antes que pudesse responder mais alguma
coisa, o elevador se abriu. A sorte era que a morena foi rápida e desviou junto com o menino
das malas que eram laçadas para fora do elevador. Logo após isso, um mulher alta saiu com
um olhar assassino (não mais do que o de Duda, o dela assusta até o capeta), puxando junto o
garotinho que avia sido arremessado, e agora se encontrava com um galona cabeça

-ONDE ESTÁ? – A mulher berrava enquanto arrastava o garoto. Pobrezinho, pensava que ia ser
arremessado mais uma vez

- Moça, o que ouve? – Matheus, agora recuperado do ataque de risada, tomou a iniciativa e foi
até a mulher

- QUER SABER O QUE OUVE? – Ela aumentou ainda mais o tom de voz, e balançou ainda mais o
menino, que estava verde de tão enjoado – UM DESGRAÇADO ARREMESSOU MEU FILHO NO
CORREDOR – Declarou, pisando fundo

- Mamãe...- o garoto puxou a blusa da mãe, chamando a atenção dela – foi aquele alí –
Apontou para onde Carlos se encontrava. A mulher soltou o menino, tirando o sapato do pé e
arremessando no moreno. Eu avisei

- AHHH – O grito fino ecoou e o moreno abaixou-se atrás do sofá, já temendo pela sua vida
novamente

- Senhora, por favor – Raissa correu até a mulher, ficando a sua frente – pode resolver isso sem
sapatos sendo lançados nas pessoas

-Não – Matheus interviu – Quero ver sapatos sendo lançados

-Enlouqueceu – Stefane levantou-se e caminhou até os amigos com o garotinho no braço, o


colocou no chão ao lado do outro e foi até a mulher – podemos resolver tudo sem confusões
maiores

-CONCORDO – Carlos gritou por trais do sofá, agora sendo amparado por Clara

-Olha, eu vou com a recepcionista pegar um copo de agua para se acalmar – Raissa caminhou
até a mulher, a puxando pelo braço

-Viu só, não precisa disso tudo – Stefane tocou o ombro da mulher, que a empurrou com
brutalidade
-TIRE SUA MÃO DE UNHA FALSIFICADA DE CIMA DE MIM – A mulher gritou, assustando a
morena ao seu lado – Você faz parte desse bando de agressores de crianças, já estava com
meu outro filho no meu braço para jogar não sei aonde – Apontou o dedo na cara dela

-Unha falsificada? – Stefane arregalou os olhos, encarando a mulher que mantinha o olhar de
superioridade – Falsificado é essa sua plástica malfeita, sua velha mal comida – Respondeu,
colocando as mãos na cintura

- O QUE? – A mulher berrou, jogado o cabelo por cima do ombro – Como ousa sua pirralha? Eu
tenho dois filhos, quem é a mal comida? – Sorriu vitoriosa, e a morena soltou uma risada

- Olhando por esse lado, seus filhos devem ter uns 6 anos, já faz um bom tempo que você não
trepa – O sorriso da mulher murchou, enquanto um ganhava destaque no rosto da morena

-Sabe o que eu vou fazer sua piranha? – Desafiou, fazendo Stefane erguer uma de suas
sobrancelhas – Vou denunciar você e seu amigo por difamação e agressão a menores – Estufou
o peito, cantando sua vitória

-Claro, pode fazer isso – A mulher a olhou duvidosa com a calmaria da morena, que aumentava
seu sorriso de vitória – Afinal não é comum jogar malas em uma pessoa, isso pode te levar a
cadeia sabia? – Virou de costas e jogou o cabelo por cima do ombro – E só fazer um drama e
pronto, vamos ver quem ganha

-Sua...- A mulher trincou os dentes, apertando o punho

-Xinga mais, Difamação também entra na lista além de tentativa de homicídio – Caminhou até
uma cadeira e sentou-se cruzando as pernas e esperando uma reação da mulher. A mesma
caminhou até os filhos, pegando cada um pelo braço e indo embora sem dizer nenhuma
palavra – Unhas falsas, como ela ousa – Perguntou, olhando a própria unha

-Cara, eu filmei tudo, não poderia perder essa – Matheus disse, guardando o celular de volta
no bolso

-Você me surpreende cada dia mais – Duda disse, balançando a cabeça em negação, enquanto
via a morena ainda olhar as unhas

-Stefane, meu amor – Carlos correu abraçando a amiga – Salvou a minha vida

-Claro – Respondeu afastando o moreno – em troca vai apanhar as minhas malas que a velha
mal comida jogou – Respondeu, fazendo todos rirem e o moreno a olhar decepcionado e
caminhar até as malas

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