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1. Que é Direito? Há diferença entre direito positivo e Ciência do Direito? Com base
em sua resposta, critique a expressão: “Direito tributário é o ramo do Direito
público positivo que estuda as relações jurídicas entre o Fisco e os
contribuintes, concernentes à instituição, arrecadação e fiscalização de
tributos”, e propor definição para “direito tributário”.
Na expressão, “Direito tributário é o ramo do Direito público positivo que estuda as relações
jurídicas entre o Fisco e os contribuintes, concernentes à instituição, arrecadação e
fiscalização de tributos”, e propor definição para “direito tributário” o direito tributário é muito
limitado apenas as relações do Fisco com os contribuintes, além de que não se dirige apenas
as instituições, arrecadações e fiscalização de tributo, como bem definido acima pelo
Professor Paulo de Barros Carvalho, direito é um complexo de normas jurídicas validas, com
objetivo de conduzir as pessoas, e neste ponto, podemos dizer que o direito tributário segue
nesta linha com um foco especifico no ramo tributário, mas além da limitação exposta na
expressão.
Já o conceito pode ser entendido como uma forma mais completa e estruturada para
interpretação do termo, como exemplo o conceito um conhecimento mais geral a determinado
situação ou objeto.
Por fim, a definição temos um caráter mais objetivo, como intuito de delimitar o sentido do
termo e conceito.
De acordo com as delimitações do conceito de tributo adotado pelo STF, ADI n. 447, tributo
nas suas diversas espécies compõe o Sistema Constitucional Tributário brasileiro, que a
Constituição inscreve nos seus artigos 145 e 162. Ainda, encontramos a definição no artigo
3º do CTN, na qual define que Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda
ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei
e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Como definido acima o conceito de tributo, podemos afirmar que o valor cobrado pela União
a título de ressarcimento de despesas com selos de controle de IPI fabricado pela Casa da
Moeda pode ser denominado como tributo, uma vez que detém obrigação acessória quanto
a fixação e ao adquiri-los detém natureza de obrigação principal.
Atualmente, a contribuição sindical é opcional, bem como, depende de autorização por parte
do trabalhador, dessa forma, considerando que não preenche os requisitos para
caracterização de tributo não pode ser qualificado como tal.
Considerando a União não pode criar tributo por meio de decreto, conforme artigo 153, §1º
da Constituição Federal, o tributo que for instituído por decreto, que consequentemente será
declarado inconstitucional não é definido como tributo, uma vez que declarado inconstitucional
é alterado a natureza jurídica da prestação pecuniária, retirando do âmbito tributário,
passando a ser indébito com o Poder Público.
Para diferenciar a proposição descritiva da prescritiva, podemos seguir a linha adotada por
Norberto Bobbio, no qual leva em conta as características em três pontos: relação à função,
em relação ao comportamento do destinatário, e por fim, relação ao critério de valoração.
Na definição temos que a proposição está ligada ao conteúdo dos enunciados descritivos
dentro do direito, nesse sentido, a norma jurídica determina as condutas proibidas e a
proposição jurídica relata a existência da norma que proíbe, portanto, a norma é a extensão
da conduta com a sanção e a proposição é apenas a norma que liga a conduta.
A norma jurídica em sentido amplo refere-se a um conjunto normativo formado por norma,
princípios e regras, regendo o ordenamento jurídico, já a norma jurídica em sentido estrito,
refere-se especificadamente a norma de conduta. Norberto Bobbio utiliza das expressões
norma primária e secundária para distinguir as regras que na hierarquia das fontes são
hierarquicamente superiores ou inferiores as outras, nesse sentido temos que a norma
primária é hierarquicamente superior as secundárias.
A progressividade do IPTU e do ITR pode dizer que é uma utilização do tributo como sanção
de ato ilícito, considerando que deve-se preservar a função social da propriedade e aquele
que não o fizer irá ser aplicada a progressividade, entendida como uma sanção.
Neste sentido, seguindo nas afirmações do autor Fernando Favacho, na qual afirma o conflito
entre o artigo 3° do CTN e o artigo 182 da CF. O artigo 182 da CF determina a política de
desenvolvimento urbano, tendo como objetivo ordenar o desenvolvimento das funções
sociais, alinhando-se com o princípio da progressividade dos referidos impostos, já no artigo
3° do CTN é determinado que tributo é toda prestação compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que NÃO constitua sanção de ato ilícito. Portanto, considerando que
o CTN determina de forma clara o que é tributo, bem como, o artigo 182 da CF somente
determina o objetivo e estabelecendo como princípio a função social, pode-se afirmar que a
progressividade não é tributo e sim uma sanção.
Art. 2º A base de cálculo dessa taxa é a receita bruta obtida com a comercialização de
mercadorias ou de serviços que utilizem recursos hídricos.
(...)
Pergunta-se:
A norma que se refere a ausência de apuração, devendo a autoridade fiscal competente lavrar
“Auto de Infração e Imposição de Multa”, aplicando multa de 50% sobre o valor da taxa devida.
A norma jurídica que institui tributo está descrita no artigo 1º da referida Lei, na qual
descreve que o fato gerador da taxa é o exercício do poder de polícia do Estado sobre
as atividades.
c) Qual dessas normas é estudada pela Ciência do Direito Tributário? Justificar.
Podemos considerar todas, uma vez as normas afetam e influenciam diretamente o direito
tributário, uma vez que tratam de instituição, arrecadação e fiscalização, mais precisamente
a descrita no artigo 1º.
O texto acima é parte da ciência do direito, mas não se pode afirmar que é a própria ciência
do direito, uma vez que a ciência do direito tributário é formada pelo conjunto dos enunciado
descritivos relativos a todas as normas tributárias. Portanto, o texto legal apenas faz parte do
complexo da ciência do direito.