Você está na página 1de 3

ATD2 (Dissertativa) - fitoterapia

Aluna: Ruth Micaelle Carvalho Diniz

O diagnóstico para esse caso clínico, pode ser uma condição chamada de dispepsia funcional,
que é uma síndrome caracterizada por dor ou desconforto na parte superior do abdômen, como
a dor epigástrica em queimação mencionada no caso, sem uma causa orgânica aparente. A
dispepsia funcional é muitas vezes associada ao estresse, hábitos alimentares irregulares e pode
ser agravada por períodos prolongados de estudo ou trabalho, como no caso da paciente de 17
anos, que estuda das 9:00 às 22:00 horas e faz apenas 4 refeições ao longo do dia.

No caso apresentado, é importante notar que a paciente negou plenitude epigástrica pós-
prandial, saciedade precoce, náusea, vômitos. Além disso, não há emagrecimento, icterícia ou
mudança no hábito intestinal, o que sugere que não há evidência de doenças gastrointestinais
mais graves, como úlceras ou outras condições orgânicas. O exame físico não mostrou
anormalidades significativas.

O tratamento inicial recomendado pelo médico, que envolve uma adequação nutricional e a
prescrição de pantoprazol, é adequado. O medicamento pantoprazol é um inibidor de bomba de
prótons que pode ajudar a aliviar a dor epigástrica relacionada à acidez estomacal. No entanto, é
fundamental que a paciente siga as orientações médicas e inicie o tratamento prescrito, pois o
estresse emocional pode desempenhar um papel importante na dispepsia funcional, e a terapia
com pantoprazol pode ajudar a aliviar os sintomas.

Adicionalmente, também seria ideal, aconselhar a paciente a controlar seu estresse,


considerando estratégias de relaxamento, tempo para atividades de lazer e a possibilidade de
buscar apoio psicológico, se necessário. Além disso, é importante que o paciente melhore seus
hábitos alimentares, com a ajuda de um nutricionista.

Diante do quadro apresentado, que parece ser um caso de dispepsia funcional, e considerando a
relação da dor epigástrica com os horários que antecedem a alimentação e o estresse devido às
provas, aqui estão três adequações na alimentação que eu estou priorizando para ajudar essa
paciente:
Adequações na alimentação:
1) Fracionamento das refeições: Recomendaria que a paciente divida sua alimentação ao
longo do dia em porções menores e mais frequentes, em vez de fazer apenas 4 refeições
(café da manhã, almoço, jantar e ceia). O objetivo é evitar longos períodos de jejum, o
que pode contribuir para a sensação de queimação no estômago. Isso, pode contribuir
para a melhoria dos sintomas.

2) Evitar alimentos irritantes: Evitar alimentos que possam agravar a queimação, como
alimentos condimentados, irritantes, fritos, cítricos, cafeína, álcool, molhos picantes,
mostarda, vinagre e alimentos ricos em gordura. Bem como, evitar alimentos e bebidas
que possam aumentar a acidez, adicionar lanches saudáveis, como frutas, iogurte ou
nozes, entre as principais refeições, dar preferência a frutas menos ácidas, verduras e
carnes magras.

3) Mastigação adequada: Incentivo que a paciente tenha uma mastigação completa e lenta
dos alimentos para facilitar a digestão e reduzir a pressão no estômago. Uma mastigação
bem feita quebra os alimentos em pedaços menores, facilitando o trabalho do sistema
digestivo. Isso permite que as enzimas digestivas fiquem de forma mais eficaz, ou que
possam reduzir o risco de desconforto abdominal.
Fitoterápico em preparação caseira: Chá de camomila, que tem propriedades calmantes e
pode ajudar a aliviar a sensação de queimação e desconforto gástrico. A camomila é uma erva
segura e eficaz para o surto de sintomas digestivos.

Prescrição do fitoterápico
Nome cientifico: Matricaria recutita ou Matricaria chamomilla
Nome popular: Camomila
Parte Utilizada: Inflorescências
Forma de utilização: Infusão 3 g (1 colher de sopa) em 150 mL de água fervente (xicara
chá)
Posologia e modo de usar: Utilizar 1 xicara de chá, deixar em infusão por 10 minutos, fazer
o uso 2x ao dia, manhã e tarde, durante 30 dias, preferencialmente entre as refeições ou
quando sentir desconforto gástrico.
Via de admnistração: Oral
Alegação: Cólicas intestinais, quadros leves de ansiedade, como calmante suave.
Anti-inflamatória, antiespasmódica e antibacteriana da camomila.
Contra indicações: Podem ocorrer reações alérgicas ocasionais. Em caso de superdose,
pode ocorrer o aparecimento de náuseas, excitação nervosa e insônia.
Efeitos adversos: Sedação e interação com sedativos e constipação intestinal.

OBS.: É muito importante verificar se a paciente não tem alergia à camomila antes de
recomendar o chá. Além disso, é importante que a paciente inicie o tratamento conforme
prescrito pelo médico, com o pantoprazol, para controlar a produção de ácido no estômago.
Caso os sintomas persistam após as adequações na alimentação e o uso do fitoterápico, ela
deve seguir as orientações médicas e considerar um acompanhamento mais especializado,
como uma endoscopia, para avaliar a condição gástrica com mais detalhes.

Você também pode gostar