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CVM CEA

CVM: COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Completando nosso trio de ferro, CMN, BACEN e... sim, chegou a vez da CVM, em nossa Aula 3,
referente ao Módulo 1. Se você trabalha em banco, provavelmente escuta falar muito mais do Ban-
co Central do que da CVM, mas como nosso foco é investimento, ela é a mãe de quase tudo, pois
a maioria das opções de investimento são valores mobiliários, onde a CVM é a maior autoridade.
Sem mais delongas, vamos começar nossa aula de hoje!

A grande CVM! Comissão de Valores Mobiliários.


Primeira coisa é saber o que é um valor mobiliário:
Algo que tenha valor mobiliário é algo que tenha valor e pode passar de mão, onde uma pessoa
pode vender pra uma outra pessoa ou comprar. Neste caso no mercado secundário!
“Professor, mas eu também não sei o que é mercado secundário.”
Então presta atenção cabeção:
Imagina que você queira comprar um carro e decide ir diretamente na concessionária.
O seu dinheiro, nesse caso, será enviado para o fabricante desse veículo.
Depois de alguns anos, você decide vender esse mesmo carro só que dessa vez negocia diretamente
com outra pessoa. Nesse caso o fabricante não tem ligação com essa negociação, o dinheiro vai
direto pra sua mão.
No mundo dos investimentos também funciona assim.
Quando uma empresa emite ações ou o governo emite títulos públicos, a primeira negociação é
quando o dinheiro dos investidores vai diretamente para eles, chamado de Mercado Primário.
Daí em diante, você que tinha uma ação (ou um carro no exemplo acima) resolve vender essa ação
para outro investidor, o dinheiro já está passando para uma segunda pessoa. Essa negociação da
segunda pessoa em diante é chamado de Mercado Secundário.

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Mas voltando aos valores mobiliários, eu estou falando de títulos que podem ser passados adiante.
Dando outro exemplo:
Seria como eu emprestasse meu dinheiro para uma empresa (o mesmo que investir nela). E eu
recebesse um título (um comprovante) dessa empresa que mostrasse que ela está me devendo, já
que eu emprestei dinheiro pra ela.
E eu pudesse vender esse título para outra pessoa?
Ou seja, existe um mercado secundário.
Essa é a filosofia do mercado de valores mobiliários.
O mercado de valores mobiliários foi criado posterior do mercado financeiro.
O mercado financeiro surge na década de 64, com a Lei nº 4595 que já citamos algumas vezes,
quando cria o CMN e o mercado começa a ficar forte.
Já existia o mercado de valores mobiliários mas era algo muito pequeno, tanto que só em 1976 vai
nascer a CVM. Porque ai é que se faz necessário ter uma autarquia (autoridade do governo pra
cuidar disso), porque antes era o Banco Central que cuidava. E desde 1976 é a CVM quem cuida.

Se olharmos friamente na hierarquia do sistema financeiro, parece


que a CVM é subordinada ao CMN. Porém, na própria Lei nº 6385
(que cria a CVM e disciplina o mercado de capitais) ela deixa claro
que a CVM está ausente de subordinação hierárquica. Ou seja,
quando se trata de valores mobiliários a CVM é quem manda.

Presta
ATENÇÃO,
cabeção!

Bora lá! Vem comigo!


Já vimos o que é valor mobiliário, agora você tem de enxergar quais investimentos são de valores
mobiliários:

O que é?
Ação é a menor parcela do capital social das companhias ou sociedades anônimas. É,
portanto, um título patrimonial e, como tal, concede aos seus titulares, os acionistas,
Ação todos os direitos e deveres de um sócio no limite das ações possuídas. O acionista
torna-se sócio da empresa e, portanto, não existe risco de crédito nesse investimento,
já que não se trata de um empréstimo.
Título de renda fixa de médio e longo prazo (a partir de 360 dias) emitidos por
Sociedades Anônimas. Representa um direito de crédito que o investidor possui contra
Debêntures
a empresa emissora. O investidor faz um empréstimo para a empresa. Cada debênture
é uma fração da dívida de quem a emitiu.

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O que é?
Título de renda fixa de curto prazo (até 360 dias) emitidos por Sociedades Anônimas.
Notas A finalidade de emissão por parte da empresa é a de sanar necessidades de capital de
Promissórias giro ou fluxo de caixa. Trata-se de um empréstimo do investidor diretamente para a
empresa.
É a fração do Patrimônio Líquido de um fundo de investimentos, que é um serviço de
Cotas de
gestão de recursos. Vários cotistas se reúnem e centralizam os seus recursos para ter
Fundos de
vantagens no momento da aplicação e/ou para reduzir custos e riscos. A cota representa
Investimentos
a participação de cada um dos cotistas desse fundo.
É uma denominação genérica para operações que têm por referência um ativo qualquer,
chamado de “ativo base” ou “ativo subjacente” (que em geral é negociado no mercado
Derivativos
à vista). Principais exemplos de derivativos: Opções, Mercado Futuro, Mercado a Termo
e Swap.
É um instrumento que dá ao seu titular (dono da opção), um direito futuro sobre ações
ou contratos futuros, mas não uma obrigação. Ao mesmo tempo, dá ao seu lançador
Opções (vendedor da opção) uma obrigação futura, caso o titular exerça o seu direito. Existem
opções de compra (direito de comprar determinado ativo) e opções de venda (direito
de vender determinado ativo).
É o compromisso de compra e venda de um determinado bem em uma data futura por
Mercado a
um preço fixado na data atual, que não irá variar até a data da efetiva entrega desse
Termo
bem.
Pode ser entendido como uma evolução do mercado a termo. Nesse mercado, os
participantes se comprometem a comprar ou vender certa quantidade de um ativo
Mercado
por um preço estipulado previamente para liquidação futura. Não necessariamente irá
Futuro
ocorrer a liquidação física (entrega do bem em si). As características que o fazem uma
evolução do mercado a termo são: contratos padronizados e ajuste diário.
Contrato entre dois agentes, no qual se realiza a troca de fluxos de caixas futuros ou
troca de rentabilidade futura. Existe, portanto, duas pontas na operação (uma que se
Swap
passa a receber e outra que será cedida), que são vistas como ponta ativa e passiva,
respectivamente.

Todos esses investimentos possuem algo chamado: mercado secundário.


Já vimos o que é mercado secundário cabeção! Mas se você não lembra é quando alguém tem um
título e tem outra pessoa querendo o título dele.

Essa negociação no mercado secundário, pode acontecer no:

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• Balcão organizado
• Bolsa de Valores
No Brasil é praticamente um monopólio, a bolsa de valores é chamada de B3 (balcão, bolsa e brasil)
daí seu nome.
Tudo isso: os títulos que considerados valores mobiliários, que são negociados no mercado
secundário, dentro da B3. E o órgão que olha tudo isso é a: CVM!

Quando eu falo da relação CMN x BACEN, eu separo as funções de cada um através dos verbos:
"Ah professor verdade, se for gerúndio então...não cabeção!
• CMN: verbos de quem manda
• BACEN: verbos de quem executa

E pra CVM?
Esquece o verbo!!
Pra CVM, falou desses caras aqui é ela quem manda:
• Ações
• Debêntures
• Fundos de Investimentos
• Derivativos
• ADR/ BDR
• Bônus de Subscrição
• Notas Promissórias (Commercial Papers)

Falou de Bolsa de Valores: CVM!


Por exemplo:
• Quem autoriza a constituição de um fundo de investimento? CVM!
• Quem regulamenta? CVM!
• Quem fiscaliza? E quem pune? Simmm, a CVM!
Bacana? Beleza então!
Foi lindo e até a próxima!

• Ações
• Debêntures
• Fundos de Investimentos OUVIU FALAR DELES:
• Derivativos CVM QUEM MANDA!!
VAI CAIR NA SUA • ADR/ BDR (esquece o verbo nesse caso)
PROVA! • Bônus de Subscrição
• Notas Promissórias (Commercial Papers)

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RESUMO
O que é a CVM Autarquia vinculada ao Ministério da Economia
Composição 05 diretores, sendo que um deles é Presidente (Diretor-Presidente)
Funções Tudo relacionado ao mercado de valores mobiliários (conforme exemplos dados)
Verbos de mandar = CMN
Verbos de executar = BACEN

Esquece o verbo! Faz tudo no mercado de capitais = CVM


• Fiscaliza
• Supervisiona
• Regulamenta

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