Classificação dos estágios da Doença Renal Crônica
A Doença Renal Crônica (DRC) é uma enfermidade frequentemente
diagnosticada em cães e gatos, mais comum na espécie felina, sendo considerada a doença mais comum em gatos idosos e a segunda maior causa de óbito em pacientes geriátricos. Possui prevalência variada de acordo com a faixa etária do indivíduo, chegando a acometer aproximadamente 49% dos gatos com mais de 15 anos de idade. Embora incurável, a DRC pode ser controlada, visando aumentar a qualidade e a expectativa de vida dos animais acometidos.
É de suma importância à diferenciação entre os estágios da DRC para se
estabelecer condutas terapêuticas, a fim de melhorar a qualidade de vida, retardar a progressão da doença, aumentar a expectativa de vida e reduzir as complicações inerentes a sua evolução (POLZIN et al., 2009).
Estágio 1: Neste estágio, não azotêmico (sem alteração bioquímica), o animal já
apresenta alguma anormalidade renal macroscópica (alteração no tamanho à palpação), alteração em exames de imagem (tamanho, ecogenicidade e forma), proteinúria renal, alteração histológica ou perda de capacidade de concentração urinária. Valores de creatinina menores que 1,6 mg/dL.
Estágio 2: Com a progressão da doença, nesta fase o animal já possui diminuição da
taxa de filtração glomerular e possui azotemia discreta, bem como manifestações clínicas brandas. Perda de cerca de 2/3 da função dos néfrons. Valores de creatinina entre 1,6 mg/dL e 2,8 mg/dL.
Estágio 3: Animal já com azotemia renal moderada, com diversas manifestações
clínicas presentes. Valores de creatinina entre 2,8 mg/dL e 5,0 mg/dL.
Estágio 4: Azotemia importante, síndrome urêmica. Valores de creatinina maiores que
5,0 mg/dL. Referencias Bibliográficas
POLZIN, D.J. Diagnosing & staging kidney disease in dogs and cats. 2008. Disponível em: <http://www.chicagovma.org/>.
Waki et al. Classificação em estágios da doença renal crônica em cães e gatos -
abordagem clínica, laboratorial e terapêutica. Ciência Rural, Santa Maria, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cr/2010nahead/a741cr3532.pdf>. Acesso em: 29 de maio de 2017.